Processo 1001477-45.2023.5.02.0716

Fls.
: 1
Poder Judiciário
Justiça do Trabalho
Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região
Ação Trabalhista - Rito Ordinário

1001477-45.2023.5.02.0716
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Processo Judicial Eletrônico
Data da Autuação: 28/09/2023

Valor da causa: R$ 637.282,50
Partes:
RECLAMANTE: EDIVAN FERREIRA CAMPOS
ADVOGADO: SILENE VIEIRA DE LIMA
RECLAMADO: TRANSWOLFF TRANSPORTES E TURISMO LTDA
ADVOGADO: JOSE NIVALDO SOUZA AZEVEDO
TESTEMUNHA: GILVAN DOMINGOS DE SOUZA
PERITO: MARIANA ACCARDO DE MORAES FONTES
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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA 16ª VARA DO

TRABALHO DA ZONA SUL DE SÃO PAULO/SP.
EDIVAN FERREIRA CAMPOS, brasileiro, casado, MOTORISTA, nascido em

22/04/1969, filho de MARIA JOVIDA DA CONCEIÇÃO, devidamente inscrito no
Cadastro Nacional de Pessoas Físicas do Ministério da Fazenda CPF/MF. sob nº
118.569.898-10, portador da cédula de identidade tipo R.G. 29178098 SSP/SP,
devidamente inscrito no PIS sob nº 123.99778.99.7 CTPS 55402, Série 026 SP,
residente e domiciliado à Rua Archote do Peru, nº 70, Pq. Das Arvores - São Paulo-
SP, CEP. 04824-100, e-mail: e-mail: camposedivan@hotmail.com, por seus advogados,
mui respeitosamente, perante Vossa Excelência, com fulcro no artigo 840, § 1º da CLT
combinado com o artigo 319 do CPC, propor a presente:
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
em face de TRANSWOLFF TRANSPOTES E TURISMO LTDA, pessoa

jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o número 58.322.512/0001-54, com sede
na Rua Olivia Guedes Penteado, nº 1401, Socorro, CEP 04766-001, São Paulo/SP, pelos
fatos e fundamentos a seguir expostos.
I – PRELIMINARMENTE
I.I – DA CONEXÃO COM A RECLAMATÓRIA TRABALHISTA DE Nº

1001200-63.2022.5.02.0716
Inicialmente, vale destacar que tramita na 16ª Vara do Trabalho de São Paulo –
Zona Sul a Reclamatória Trabalhista de nº 1001200-63.2022.5.02.0716, em que são
partes a ora Reclamante e a Reclamada TRANSWOLFF TRANSPOTES E TURISMO
LTDA, em que se discute o contrato de trabalho firmado no dia 10/07/2018.
Em breve síntese, o objeto da ação é o pedido de rescisão indireta do contrato de

trabalho, o pagamento de horas extras, a supressão do intervalo intrajornada, o pagamento
Rua Pedro Frazão de Brito, nº. 32 – Jd. Ipanema – S. Paulo – CEP 04784-240 1
Tels. 11 5666 6483 – Cel. 98206-3258 – E-mail: silenevieira@adv.oabsp.org.br.
Assinado eletronicamente por: SILENE VIEIRA DE LIMA - Juntado em: 28/09/2023 18:29:45 - 50000e2
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de domingos e feriados laborados em dobro, o adicional noturno, diferenças salariais,

PLR, indenização por danos morais e FGTS e multa de 40%.
O citado processo se encontra em fase de instrução processual, com audiência

designada para o dia 01/02/2024, às 09h30.
De acordo com o artigo 55, § 1º, do Código de Processo Civil, aplicável ao Processo
do Trabalho, subsidiariamente, reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes
for comum o pedido ou a causa de pedir, determinando o novo diploma processual civil
a reunião dos processos contendo as ações conexas para decisão conjunta, salvo se um
deles já houver sido sentenciado, a fim de se evitar decisões judiciais conflitantes ou
contraditórias, preocupação do legislador ordinário mais evidenciada na dicção do § 3º
do mesmo dispositivo legal.
No caso dos autos, as duas reclamações ajuizadas pelo reclamante não são idênticas,
mas conexas, caso que atrai a solução preconizada pelos artigos 55, § 1º c/c 286 , I ,
ambos do Código de Processo Civil.
Por sua vez, em consonância com os princípios da celeridade e economia

processuais, requer que o presente processo seja distribuído por dependência, assim como
seja reconhecida a conexão entre esse e o processo de nº 1001200-63.2022.5.02.0716.
I.II - DA JUSTIÇA GRATUITA
Inicialmente, deverão ser deferidos os benefícios da justiça gratuita em favor do

Reclamante, nos termos do artigo 790, §§ 3º e 4º, da Consolidação das Leis do Trabalho,
trazido pela Reforma Trabalhista e que prevê expressamente o cabimento da gratuidade
de justiça àqueles que perceberem salário igual ou inferior a 40% (quarenta por cento) do
limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social ou comprovarem
insuficiência de recursos para o pagamento das custas do processo.
O Reclamante não possui recursos financeiros para arcar com os ônus processuais
sem significante prejuízo de seu sustento e sobrevivência própria e de sua família,
conforme corrobora a declaração de hipossuficiência anexa.
Destarte, por expressa previsão legal, o Reclamante faz jus à concessão da justiça
gratuita, considerando que a legislação pertinente dispõe que o benefício poderá ser
pleiteado e concedido por simples petição e com a declaração de hipossuficiência, não
necessitando de demais provas, nos termos do artigo 99, §3º, do Código de Processo Civil.
Sucessivamente, caso não aplicado o § 3º do artigo 99 do Código de Processo Civil,

requer, desde já, a aplicação do § 2º do mesmo dispositivo legal cumulado com a Súmula
263 do Tribunal Superior do Trabalho, devendo o Juízo indicar a documentação que
entende pertinente para a comprovação do direito postulado, abrindo-se prazo para que a
Reclamante proceda à respectiva juntada, tudo na forma do artigo 769 da Consolidação
das Leis do Trabalho e artigo 15 do Código de Processo Civil.
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Ademais, cumpre ressaltar, desde já que, o Superior Tribunal Federal, em

20/10/2021, por meio da ADIn nº 5766, julgou parcialmente procedente o pedido
formulado na ação direta, para declarar inconstitucionais os artigos 790-B, caput e §4º,
e 791-A, §4º, da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), entendendo ser indevido
o pagamento de honorários advocatícios sucumbenciais por beneficiários da justiça
gratuita, ainda que obtenham créditos suficientes para o pagamento dessas custas em outra
demanda trabalhista.
Ainda, merece ser observado o enunciado nº 100, aprovado na 2ª Jornada de Direito

Material e Processual do Trabalho promovida pela ANAMATRA, no seguinte sentido:
HONORÁRIOS E ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA -

inconstitucional a previsão de utilização dos créditos
trabalhistas reconhecidos em juízo para o pagamento de
despesas do beneficiário da justiça gratuita com honorários
advocatícios ou periciais (artigos 791-A, § 4º, e 790-B, § 4º,
da CLT, com a redação dada pela lei nº 13.467/2017), por
ferir os direitos fundamentais à assistência judiciária
gratuita e integral, prestada pelo estado, e à proteção do
salário (artigos 5º, LXXIV, E 7º, X, da constituição federal).
Em todos os casos, merece ser acolhida a tese de inconstitucionalidade, com sua

declaração expressa por este MM. Juízo, aplicando-se o artigo 98 do Código de Processo
Civil, garantindo-se ao Reclamante a concessão da Justiça Gratuita, a qual deverá
abranger, integralmente, as custas processuais, os honorários periciais, bem assim os
honorários de sucumbência, além dos demais itens constantes do §1º do aludido
dispositivo legal, sem ressalvas e inadmitir a possibilidade de adimplemento das aludidas
verbas através de parcelas obtidas em outros processos judiciais.
Por todo o exposto, requer-se a concessão do benefício da gratuidade da justiça ao

Reclamante, além de que seja realizado controle de constitucionalidade incidental,
afastando-se a aplicação ao caso sub judice dos artigos 790-B, caput, e §4º, 791-A,
§4º, da Consolidação das Leis do Trabalho.
I.III – ADESÃO AO JUÍZO 100% DIGITAL
O Reclamante desde logo informa que tem interesse em aderir ao juízo 100%
digital, requerendo-se que as audiências sejam realizadas de forma telepresencial.
II – DO CONTRATO DE TRABALHO E DA SÍNTESE DOS FATOS
O Reclamante foi contratado pela Reclamada em 10/07/2018, para exercer a função

de motorista, estando com o contrato atualmente ativo.
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Entretanto, em decorrência de um acidente de trabalho sofrido nas dependências do

estabelecimento da Reclamada, o Reclamante se encontra afastado por licença médica,
percebendo benefício previdenciário pelo INSS.
Vale destacar que o Reclamante sofreu um grave acidente no dia 20/09/2022, com
emissão de CAT, conforme se comprova pelo documento em anexo e também destacado
abaixo:
Na ocasião, o Reclamante sofreu uma queda, fraturando a extremidade superior do

úmero proximal do lado esquerdo, com perda de sensibilidade na mão esquerda.
Diante disso, vem ajuizar a presente reclamatória trabalhista, para que receba o que
lhe é de direito.
III – DO MÉRITO
III.I – DO ACIDENTE DE TRABALHO E DA RESPONSABILIDADE

CIVIL DA RECLAMADA
Conforme registrado, o Reclamante sofreu um acidente de trabalho no dia 20 de

setembro de 2022, quando Reclamante foi retirar o ônibus em uma das garagens da
Reclamada, ainda na madrugada, com pouca iluminação e sem sinalização, quando
atravessava uma passagem até chegar nos ônibus, sendo em uma passarela, sem guarda
corpo, conforme vídeo anexo, o qual resultou em uma queda e uma subsequente fratura
da extremidade superior do úmero proximal esquerdo.
Quando do acidente a Reclamada, não prestou socorro ao Reclamante.
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Como sequela deste lamentável episódio, o Reclamante sofreu uma perda notável
de sensibilidade na mão esquerda, afetando significativamente sua habilidade para
executar tarefas diárias e, de maneira mais relevante, seu trabalho.
Como resultado do acidente, foi diagnosticado no Reclamante a condição médica

conhecida como CID G54.0.
Essa condição, que afeta os nervos que emanam da espinha dorsal e que servem
como canais de comunicação entre o cérebro e o resto do corpo, tem causado ao
Reclamante dores severas e dificuldades de mobilidade em seu membro superior
esquerdo.
O exame de eletroneuromiografia, realizado em 27 de abril de 2023, confirmou o

comprometimento axonal subagudo de três nervos essenciais: o nervo mediano esquerdo,
responsável pelo movimento e sensibilidade da mão; o nervo musculocutâneo esquerdo,
responsável pelos músculos do braço; e o nervo axilar esquerdo, responsável pelo
movimento do ombro. Vejamos:
Além disso, foi observado que não houve reinervação, ou seja, os nervos não estão
conseguindo se recuperar como deveriam, o que acarretou na hipotrofia do braço e
antebraço esquerdo, em decorrência do não uso desses músculos.
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Portanto, conforme verifica-se nos documentos médicos anexados com a presente

exordial, o trabalhador sofreu uma fratura no úmero proximal do braço esquerdo com
perda de sensibilidade na mão, resultando na condição do CID G54.0, que denota lesões
nos nervos raquidianos e plexos nervosos.
Este CID pode levar à disfunção do movimento, sensibilidade e outros problemas

dependendo do nervo afetado.
O exame de eletroneuromiografia demonstra que há um comprometimento

subagudo dos nervos mediano, musculocutâneo e axilar esquerdos, com reinervação
ausente nos dois primeiros e acentuado comprometimento na atividade voluntária na
musculatura inervada pelos nervos acometidos. Este quadro demonstra a seriedade das
lesões, o que leva a uma redução significativa na funcionalidade do membro afetado, e
consequentemente na qualidade de vida e na capacidade de trabalho do empregado.
Vale frisar que a Reclamada emitiu CAT e o Reclamante foi afastada de suas
atividades para receber auxílio previdenciário acidentário, espécie B-91, conforme
abaixo:
O Reclamante precisa fazer tratamento fisioterápico decorrente da lesão, devendo

evitar realizar esforços durante o tratamento, conforme verifica-se nos relatórios médicos
em anexo.
Os laudos e exames em anexo também comprovam que o Reclamante teve redução

de sua capacidade laboral, sofrendo ainda muitas dores e tendo que ainda tomar
medicamento para a dor.
Ou seja, é incontroverso que o Reclamante teve sua capacidade laboral reduzida de

forma definitiva em razão do acidente, com redução de sua força e sensibilidade em sua
mão.
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Por sua vez, por se tratar de lesão sofrida em razão das atividades laborativas,
enquanto estava à serviço da Reclamada, tem-se caracterizado o acidente de trabalho, e,
portanto, devido o reconhecimento da estabilidade provisória que trata o artigo 118 da
Lei nº 8.213/1991 e na Sumula nº 378, II, do Tribunal Superior do Trabalho.
De acordo com a previsão legal, todo e qualquer acidente ocorrido nas dependências
da empresa ou moléstia causada ao colaborador em virtude do exercício da função é
considerado acidente de trabalho.
A empresa Ré negligenciou normas imprescindíveis de segurança e medicina do

trabalho no decorrer do contrato de trabalho, permitindo a ocorrência de sinistro, bem
como agiu com culpa exclusiva direta.
Frise-se que a Reclamada expôs o Reclamante a trabalho sem a entrega de EPI’s

adequados enquanto da reforma, em total descumprimento com as normas de segurança
do trabalho.
Ainda, quando do acidente de trabalho o local estava pouco iluminado e sem a

devida sinalização.
Acrescenta-se, ainda, que as despesas foram todas arcadas pelo Reclamante, não
tendo a Reclamada oferecido tratamento.
O artigo 19 da lei 8.213/91 descreve o que é acidente de trabalho:
Art. 19. Acidente de trabalho é o que ocorre pelo exercício

do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do
trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11
desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação
funcional que cause a morte ou a perda ou redução,
permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.
As normas emanadas no artigo 157 e incisos da Consolidação das Leis do Trabalho

e no § 1º do artigo 19 da Lei nº 8.213/1991 estabelecem que o empregador é responsável
pela adoção e pelo uso das medidas coletivas e individuais de proteção e de segurança da
saúde do trabalhador, também previstas no artigo 7º, XXII, da Constituição Federal.
Ante o exposto, requer-se a verificação, através de prova pericial com médico

ortopedista, da incapacidade entre os danos/lesões/sequelas e a atividade laboral, com
responsabilização da empregadora nos pedidos indenizatórios descritos a seguir,
fundamentados nos artigos 5º, X da Constituição Federal e 186 e 927 do Código Civil.
Diante de todo o exposto, requer-se a procedência do pedido em tela, para que seja
reconhecida a responsabilidade da Reclamada e o acidente de trabalho, e, por
consequência a estabilidade acidentária, nos termos do 118 da Lei nº 8.213/1991 e na
Sumula nº 378, II, do Tribunal Superior do Trabalho.
III.II – DA ESTABILIDADE E DA INDENIZAÇÃO SUBSTITUTIVA
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Conforme demonstrado preliminarmente, o Reclamante ajuizou a Reclamatória

Trabalhista de nº 1001200-63.2022.5.02.0716, pleiteando, dentre outros pedidos, pela
rescisão indireta do contrato de trabalho em face da justa causa patronal.
Por sua vez, vale frisar que o pedido de estabilidade acidentária e de rescisão
indireta não são incompatíveis entre si, conforme entendimento jurisprudencial:
ACIDENTE DO TRABALHO. INDENIZAÇÃO PELA

ESTABILIDADE ACIDENTÁRIA. RESCISÃO
INDIRETA. COMPATIBILIDADE. O art. 118 da Lei
8.213/91 assegura ao empregado que sofreu acidente de
trabalho a garantia provisória de emprego pelo prazo
mínimo de 12 meses após a cessação do auxílio-doença
acidentário. Assim, o empregado que, após sofrer
acidente de trabalho ou for acometido por doença
profissional, tenha ficado afastado por mais de 15 dias
consecutivos, terá direito à garantia em apreço, não
havendo incompatibilidade entre o deferimento da
indenização pelo período de estabilidade acidentária e o
reconhecimento da rescisão indireta. A rescisão
indireta, ou justa causa do empregador, equivale à
dispensa sem justa causa. Logo, o requerimento obreiro
de declaração dessa dispensa não interfere no direito à
indenização pelo período estabilitário não fruído, pois a
terminação do contrato decorreu, em última análise, de
atos patronais que ensejaram a rescisão indireta.
Precedentes TST. Comprovado o acidente de trabalho e o
afastamento superior a 15 dias, deve ser reconhecida a
estabilidade provisória acidentária, porquanto preenchidos
os requisitos legais para sua aquisição. Sentença mantida,
no particular. (TRT-9 - ROT: 00007793820185090069,
Relator: ROSEMARIE DIEDRICHS PIMPAO, Data de
Julgamento: 10/11/2022, 7ª Turma, Data de Publicação:
23/11/2022) (Destaca-se)
Frise-se que o artigo 118 da Lei 8.213/91 assegura ao empregado que sofreu
acidente de trabalho a garantia provisória de emprego pelo prazo mínimo de 12 meses
após a cessação do auxílio-doença acidentário.
Assim, o empregado que, após sofrer acidente de trabalho ou for acometido por
doença profissional, tenha ficado afastado por mais de 15 dias consecutivos, terá direito
à garantia em apreço, não havendo incompatibilidade entre o deferimento da indenização
pelo período de estabilidade acidentária e o reconhecimento da rescisão indireta.
A rescisão indireta, ou justa causa do empregador, equivale à dispensa sem justa

causa. Logo, o requerimento de declaração dessa dispensa não interfere no direito à
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indenização pelo período estabilitário não fruído, pois a terminação do contrato decorreu,
em última análise, de atos patronais que ensejaram a rescisão indireta
Portanto, requer-se que o período de estabilidade seja indenizado, já que

insuscetível a manutenção do vínculo, em face dos descumprimentos contratuais narrados
nos autos de nº 1001200-63.2022.5.02.0716, de forma que se trata de um ambiente de
trabalho hostil, que agravará ainda mais o quadro do Reclamante.
Considerando que o Reclamante, fez renúncia ao pedido de rescisão indireta,

restando pendente a decisão do juízo, sem sentença, caso o seja entendimento diverso
daquele decorrente da renúncia, se forma subsidiária, requerer a estabilidade, após o
termino do afastamento previdenciário, garantido inclusive na cláusula 17ª, da CCT dos
anos de 2021/2022.
Portanto, requer-se que a Reclamada seja condenada ao pagamento dos salários

referentes ao período estabilitário de forma indenizada, estimando-se no valor de R$
48.036,10.
III.III – DOS DANOS MORAIS
Conforme narrado supra, o Reclamante sofreu acidente de trabalho, com lesões e

perda notável de sensibilidade na mão esquerda, tendo a redução da sua capacidade
laborativa de forma definitiva, sendo impossibilitado de realizar as suas atividades até os
dias atuais, restando diversas sequelas.
Nesse caso, portanto, é incontroversa a dor e o sofrimento experimentados pelo

Reclamante.
Frise-se que dá ensejo à reparação por danos morais apenas a prática de ato hábil à
provocação da lesão aos sentimentos íntimos, o que ocorre no caso de acidente do trabalho
típico que, por si só, é capaz de infligir à vítima sentimento de tristeza, angústia,
desestímulo, sofrimento, intranquilidade, trauma, incapacidade, dor, dificuldades para a
realização de tarefas, menos valia perante terceiros, etc.
Justamente por ser a maior dor que temos, a da alma, a do bem psíquico afetado, da
integridade física, é que situações ensejadoras de indenizações devem ser apreciadas e
punidas, ainda que economicamente com o rigor merecido, porque o valor pecuniário
apenas compensa, mas não apaga da mente o registro do mal sofrido.
A responsabilidade é objetiva, bastando a prova do nexo causal entre o acidente e

o dano, tratando-se dano moral in re ipsa.
Nesse sentido, cabe destacar a jurisprudência:
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS

DECORRENTES DE ACIDENTE DO TRABALHO. É
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incontroverso que o autor sofreu acidente de trabalho

típico enquanto realizava suas tarefas na reclamada, e
que, em razão disso, afastou-se do trabalho e foi
submetido à tratamento, restando caracterizado o nexo
de causalidade. Portanto, restou configurada ofensa aos
direitos da personalidade do reclamante, dignidade e
intimidade, configurando o denominado dano moral
presumido ("in re ipsa"), sendo inclusive fato notório o
abalo. Recurso Ordinário do reclamante parcialmente
provido. (TRT-2 10004627820195020070 SP, Relator:
NELSON NAZAR, 3ª Turma - Cadeira 1, Data de
Publicação: 04/11/2020)
É evidente que tais fatos afetaram o psicológico e o emocional do Reclamante,

acarretando danos à sua honra, moral, dignidade e imagem.
Isso posto, cumpre salientar que a caracterização do dano moral está vinculada à
ocorrência de ofensas injustas à intimidade, privacidade, honra ou imagem (Constituição
Federal, artigo 5º, X).
A responsabilidade subjetiva baseia-se na culpa do agente, ou seja, quando agindo

por negligência, imprudência ou imperícia ela causa um mal injusto a outrem. A culpa aí
é também entendida em sentido amplo, id est, abarca o dolo. A dignidade do ser humano
é composta de atributos inerentes à personalidade, entre as quais se incluem o direito à
honra, afetada pelo desprezo a ele dirigido.
Trata-se da proteção aos atributos valorativos da personalidade humana,

incorporados ao artigo 5º, X, da Constituição Federal, que caracteriza o direito subjetivo
constitucional à dignidade, cujo rompimento é objeto de reparação, inclusive a partir da
noção de que no sistema jurídico brasileiro prevalece, como princípio, o dever de
restituição integral do patrimônio, material ou não, lesado.
O atual Código Civil trata dos pressupostos da responsabilidade civil e da

indenização correspondente em três artigos, quais sejam, os artigos 186, 187 e 927, nos
quais se exige a prática de ato ilícito por parte do agente causador do dano, para efeito de
configurar a obrigação de indenizar.
Por sua vez, o artigo 223-C da Consolidação das Leis do Trabalho estabelece que a
honra, a imagem, a intimidade, a liberdade de ação, a autoestima, a sexualidade, a saúde,
o lazer e a integridade física são os bens juridicamente tutelados inerentes à pessoa física,
e o artigo 223-E do mesmo diploma legal estabelece que são responsáveis pelo dano
extrapatrimonial todos os que tenham colaborado para a ofensa ao bem jurídico tutelado,
na proporção da ação ou da omissão.
Os fatos ora narrados demonstram que houve violação de dispositivos legais e

constitucionais de proteção ao trabalho.
Diante disso, resta comprovado o nexo causal entre e o dano e os atos ilícitos
praticados pela Reclamada.
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Ante as razões expostas, o Reclamante é credor de indenização por danos morais,

como forma de minimamente reparar o sofrimento que emite reflexos até hoje.
Assim, requer o pagamento de indenização por dano moral, considerando o dano

causado ao Reclamante e a capacidade da Ré em indenizar, sendo devida indenização no
montante de R$ 74.196,00, ou em quantia a ser arbitrada pelo MMº Juízo, compatível
com o sofrimento e humilhação causados ao Reclamante.
III.IV – DOS DANOS MATERIAIS – DA PENSÃO VITALÍCIA EM RAZÃO

DA PERDA DA CAPICIDADE LABORATIVA DE FORMA DEFINITIVA
Conforme narrado supra, o Reclamante sofreu acidente de trabalho, com lesões e

perda notável de sensibilidade na mão esquerda, tendo a redução da sua capacidade
laborativa de forma definitiva, sendo impossibilitado de realizar as suas atividades até os
dias atuais, restando diversas sequelas.
Em decorrência das lesões apontadas, percebe-se que o Reclamante sofreu redução

da sua capacidade laborativa de forma definitiva.
O Reclamante teve sua capacidade laboral reduzida de forma definitiva em razão

do acidente, sentindo muitas dores, com redução de sua força e sensibilidade na mão
esquerda, além de sentir muitas dores.
Por sua vez, existindo a redução da capacidade laborativa em decorrência de ato do

empregador, nasce o direito a reparação com supedâneo nos artigos já citados da
Constituição Federal e no artigo 950 do Código Civil:
950: Se a ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido não

possa exercer o seu ofício ou profissão ou se lhe diminua a
capacidade de trabalho, a indenização, além das despesas
do tratamento e lucros cessantes até o fim da convalescença,
incluirá pensão correspondente à importância do trabalho
para que se inabilitou, ou da depreciação que ele sofreu.
Tal preceito tem como objetivo a reparação dos danos materiais decorrentes da
perda ou da redução da capacidade laborativa anterior, e não da capacidade de auferir
renda, sendo devida a indenização ainda que o acidentado seja reabilitado e possa obter
rendimentos de outras formas. A indenização por danos materiais não se compensa com
outro salário.
Por sua vez, desde já requer que seja designada a Perícia para comprovar o nexo
causal entre as lesões e as atividades do Reclamante, bem como, constatar a perda da
capacidade laborativa e a necessidade do pagamento dos danos materiais, requerendo-se
seja arbitrada pensão vitalícia.
Frise-se que a pensão vitalícia tem como finalidade o ressarcimento da perda parcial
ou total da capacidade de trabalho, que acompanhará o trabalhador pelo resto de sua vida,
seja no atual ou em futuros empregos.
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Assim, a finalidade é indenizar o empregado pela perda da oportunidade de

progressão funcional futura e/ou pela execução dos serviços de forma mais dificultosa.
Nesse sentido, é o entendimento dos Tribunais Pátrios:
ACIDENTE DE TRABALHO. DANOS MORAIS.

CULPA PRESUMIDA. Em julgamento do recurso de
revista interposto pela parte autora, o C. TST reconheceu a
responsabilidade civil da reclamada pelos danos
decorrentes do acidente de trabalho. Presentes os requisitos
ensejadores da indenização por dano moral: a ocorrência do
fato deflagrador do dano (acidente), o nexo causal ou
concausal (o malefício ocorreu em face das ciscuntâncias
laborativas) e a culpa empresarial presumida, cabível a
reparação indenizatória. VALORES ARBITRADOS.
DANOS MORAIS. O importe de R$ 20.000,00 arbitrado
pela origem a título de danos morais se adequa aos
princípios da proporcionalidade e razoabilidade que
balizam a matéria dos autos, consideradas a natureza grave
da lesão, a idade do trabalhador prejudicado por culpa da
reclamada, o porte econômico da recorrente e o caráter
pedagógico da imposição de indenização, viés preventivo
da medida. PENSÃO VITALÍCIA. CABIMENTO.
Devida a pretensão autoral ao recebimento de pensão
mensal vitalícia como compensação da perda parcial da
capacidade ao exercício do trabalho. Recurso da
reclamada a que se nega provimento. (TRT-2
00003551420145020042 SP, Relator: ELIANE
APARECIDA DA SILVA PEDROSO, 17ª Turma - Cadeira
4, Data de Publicação: 11/11/2021) (Destaca-se)
Assim, os danos causados ao Reclamante dão direito ao pagamento de

pensionamento mensal vitalício, equivalente a 100% da remuneração que percebia.
Diante do exposto, requer-se que a Reclamada seja condenada ao pagamento de

pensão vitalícia, em razão da perda de capacidade laborativa do Reclamante, equivalente
a 100% da remuneração que percebia ou outro percentual que o Juízo entender pertinente.
Estima-se que a Reclamada é credora de danos materiais, no valor de

R$ 442.952,40.
III.V – DOS DANOS ESTÉTICOS
Como se pode verificar nos registros médicos anexados aos autos, diante do
acidente, ficaram expostas cicatrizes na região do braço e mão do Reclamante, sendo
certo que houve dano a sua integridade corporal e danos estéticos.
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Importante destacar que tais cicatrizes se sobrepõe ao ritmo normal da vida do

Reclamante, que passou a sofrer com relevante constrangimento, em especial, quando há
exigência de ter seus membros visíveis a todos.
Nesse sentido, cumpre ressaltar que a lesão à integridade física de alguém constitui
ilícito previsto no Código Civil, artigo 949, que dispõe que “no caso de lesão ou outra
ofensa à saúde, o ofensor indenizará o ofendido das despesas do tratamento e dos lucros
cessantes até o fim da convalescença, além de algum outro prejuízo que o ofendido prove
haver sofrido”.
Por sua vez, o dano estético cumula-se com o dano moral, pois além de causar
sofrimento à vítima diante da vergonha, angústia e sensação de inferioridade, esta é
agravada quando se atinge a integridade estética de seu corpo.
Além disso, conforme súmula 387 do C. Superior Tribunal de Justiça, é lícita a

cumulação das indenizações de ano estético e dano moral.
As sequelas de natureza permanente originárias do acidente, impregnando no corpo

da vítima cicatrizes indeléveis, ensejam a caracterização do dano estético, pois,
comprometem a sua aparência, acarretando-lhe, sentimento de descontentamento e
inferioridade por ter sua aparência comprometida, legitimando que lhe seja conferida
justa compensação como forma de amenização dos efeitos que a afligem.
Além disso, o posicionamento jurisprudencial majoritário é no sentido que

cicatrizes decorrentes de acidente de trabalho justificam o arbitramento de indenização a
título de danos estéticos, conforme ementa abaixo:
ACIDENTE DO TRABALHO. DANOS ESTÉTICOS -

Além da indenização por danos morais, cabe também a
indenização por danos estéticos, quando a lesão
decorrente do acidente do trabalho compromete ou pelo
menos altera a harmonia física da vítima. Enquadra-se
no conceito de dano estético qualquer alteração
morfológica do acidentado como, por exemplo, a perda
de algum membro ou mesmo de um dedo, uma cicatriz
ou qualquer mudança corporal que cause repulsa,
afeiamento ou apenas desperte a atenção por ser
diferente. (TRT-3 - RO: 00107060520195030184 MG
0010706-05.2019.5.03.0184, Relator: Sebastiao Geraldo de
Oliveira, Data de Julgamento: 21/09/2020, Segunda Turma,
Data de Publicação: 21/09/2020. DEJT/TRT3/Cad.Jud.
Página 492. Boletim: Não.) (Destaca-se)
Diante do exposto e ante as cicatrizes existentes no corpo do Reclamante originadas

do acidente, deve a Reclamada ser condenada à título de danos estéticos no montante de
R$ 52.098,00, ou valor a ser atribuído por Vossa Excelência.
III.VI - DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
Fls.: 15
Com a reforma ocorrida na legislação trabalhista, passou-se a prever a possibilidade

de honorários advocatícios em favor dos advogados de ambas as partes da demanda, nos
termos do artigo 791-A, da Consolidação das Leis do Trabalho.
Neste ponto, importante salientar que em 20/10/2021 houve o julgamento da Ação

Direta de Inconstitucionalidade (ADIn) nº 5.766, ajuizada pela Procuradoria-Geral da
República (PGR), contra os artigos de Lei que alteram a gratuidade da justiça dos
trabalhadores que comprovem insuficiência de recursos.
Desse modo, foram julgados procedentes os pedidos formulados quanto a

inconstitucionalidade dos artigos 790-B, caput, §4º, e 791-A, §4º, ambos da Consolidação
das Leis do Trabalho.
Desta forma, restou demonstrada a desobrigação do Reclamante ao pagamento

desta verba, por meio do julgamento da referida ADIn nº 5.766, vez que beneficiário da
gratuidade da justiça.
Assim, diante da gratuidade da justiça pleiteada pelo Reclamante, não há que se

falar em pagamento de honorários sucumbenciais ao patrono da Reclamada.
Outrossim, em razão do trabalho do procurador do Reclamante, necessário – tendo

em vista os aspectos do presente caso – a fixação em 15% sobre o valor da causa.
III.VII - DA APLICAÇÃO DE ÍNDICES DE ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA

E JUROS
O Supremo Tribunal Federal já se posicionou acerca desse tema por meio da Ação
Direta de Inconstitucionalidade n. 4.357, decidindo que a TR não pode ser considerada
como fator de correção monetária, pois esta não reflete a perda do poder aquisitivo da
moeda.
Ademais, em recente decisão do Pleno do Colendo Tribunal Superior do Trabalho

foi decidido que os créditos trabalhistas deverão ser atualizados de acordo com a variação
do Índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E), do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).
Referida decisão foi proveniente do processo ArgInc – 479 - 60.2011.5.04.0231,

publicada no dia 06/08/2015 via DEJT, que julgou a arguição de inconstitucionalidade
(ArgInc) da aplicação da TRD, onde foi suscitada pelo ministro Cláudio Brandão em
relação a dispositivo da Lei da Desindexação da Economia de nº. Lei 8.177/91, onde
determinava a atualização dos valores devidos na Justiça do Trabalho pela Taxa
Referencial Diária (TRD).
Senão, vejamos o do acórdão referente ao ArgInc – de nº. 479-60.2011.5.04.0231:
ACORDAM os Ministros do Tribunal Superior do

Trabalho, em sua composição plenária, I) por unanimidade:
a) acolher o incidente de inconstitucionalidade suscitado
Fls.: 16
pela eg. 7ª Turma e, em consequência, declarar a

inconstitucionalidade por arrastamento da expressão
“equivalentes à TRD”, contida no caput do artigo 39 da Lei
n° 8.177/91; b) adotar a técnica de interpretação conforme
a Constituição para o texto remanescente do dispositivo
impugnado, a preservar o direito à atualização monetária
dos créditos trabalhistas; c) definir a variação do Índice de
Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E) como
fator de atualização a ser utilizado na tabela de atualização
monetária dos débitos trabalhistas na Justiça do Trabalho;
II) por maioria, atribuir efeitos modulatórios à decisão, que
deverão prevalecer a partir de 30 de junho de 2009,
observada, porém, a preservação das situações jurídicas
consolidadas resultantes dos pagamentos efetuados nos
processos judiciais, em andamento ou extintos, em virtude
dos quais foi adimplida e extinta a obrigação, ainda que
parcialmente, sobretudo em decorrência da proteção ao ato
jurídico perfeito (artigos 5º, XXXVI, da Constituição e 6º
da Lei de Introdução ao Direito Brasileiro – LIDB), (...)”
(grifamos).
E o Acórdão do Tribunal Superior do Trabalho está em consonância com o que o

Superior Tribunal Federal tem aplicado, definindo a variação do índice de preços ao
consumidor amplo especial (IPCA-E) como fator de atualização a ser utilizado na tabela
de atualização monetária dos débitos trabalhistas na Justiça do Trabalho, (ADI’s 4357,
4372, 4400 e 4425).
Nesse cenário, pleiteia a parte reclamante a atualização monetária dos créditos

oriundos desta reclamatória, corrigidas com base na variação do índice de preços ao
consumidor amplo especial (IPCA-E) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), imperando assim, o princípio protetivo ao trabalhador, bem como os princípios
da condição mais benéfica e da norma mais favorável ao empregado.
Outrossim, requer a parte autora seja observado a aplicação de juros de um por

cento ao mês, desde a data do ajuizamento da ação, de forma capitalizada, nos termos da
Lei de nº 8.177/91.
III.VIII - DA EXIBIÇÃO DE DOCUMENTOS
O Reclamante protesta pela exibição de documentos, como comprovantes de

pagamentos de salários, férias, controle de jornada e comprovantes de depósitos do
FGTS, sob pena de aplicação dos artigos 355 e 359 do Código de Processo Civil, por
tratar-se de documentos que a Lei exige que os empregadores tenham em seus registros,
e, portanto, a Reclamada não pode furtar-se de exibi-los, sob pena de confissão.
III.IX - DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA
Nos termos do artigo 818 da Consolidação das Leis do Trabalho, "o ônus da prova
incumbe o Reclamante, quanto ao fato constitutivo de seu direito", sucede-se que:
Fls.: 17
Art. 818, §1º - Nos casos previstos em lei ou diante de

peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou
à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos
deste artigo ou à maior facilidade de obtenção da prova do
fato contrário, poderá o juízo atribuir o ônus da prova de
modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada,
caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se
desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.
Destarte, ante o nítido desequilíbrio na obtenção das provas necessárias, tem-se a

necessária inversão do ônus da prova. Portanto, requer o Reclamante, a juntada nos autos
de todos os documentos necessários para elucidar os pleitos da presente exordial.
III.X - DAS CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS
O artigo 195, inciso I, da Constituição Federal, dispõe que é responsabilidade do

empregador as contribuições à Previdência Social do empregado. Já no tocante às
contribuições referentes ao Reclamante, temos que na vigência do contrato de trabalho,
nada foi contribuído em seu nome, por parte de seu empregador.
Assim sendo, requer que a Reclamada apresente o comprovante de pagamento caso

tenha sido realizado, e caso a quantia devida não tenha sido depositada, requer o
reconhecimento da supressão dos recolhimentos previdenciários, bem como a
condenação ao pagamento com correção monetária e juros, em face das verbas acima
requeridas.
III.XI - DOS OFÍCIOS DENUNCIADORES
Ante o exposto, requer a expedição de ofícios denunciadores ao Ministério Público

para tomar as providências cabíveis contra a Reclamada, uma vez estar comprovada a
intenção de prejudicar o Reclamante, bem como oficiar a Delegacia Regional do
Trabalho, para que proceda a fiscalização nas dependências da Reclamada.
Requer ainda, sejam expedidos ofícios denunciantes ao Instituto Nacional do

Seguro Social, ao Ministério da Fazenda e à Caixa Econômica Federal, para aplicação
das medidas administrativas pertinentes.
IV – DOS PEDIDOS
Ante o exposto, pelas razões de fato e direito aqui apresentadas, requer-se:
I - A citação da Reclamada no endereço fornecido no preâmbulo desta exordial, nos

exatos termos do artigo 246, inciso I, do Código de Processo Civil, para que, desejando,
apresente contestação no prazo legal, sob pena de revelia e confissão;
II – O deferimento dos benefícios da assistência judiciária gratuita, nos termos do

artigo 790, §3º, da Consolidação das Leis do Trabalho;
Fls.: 18
III – Que a condenação seja acrescida de juros de mora, correção monetária e

demais cominações legais, desde a data dos fatos até a data do efetivo pagamento;
IV – A expedição de ofícios denunciadores à DRT, CEF, INSS, Ministérios

Públicos Federal, do Trabalho e Estadual, para aplicação das medidas punitivas cabíveis
diante das irregularidades aqui denunciadas;
V - A determinação de que as Contribuições Previdenciárias fique a cargo da

Reclamada, respeitando – assim – a integridade salarial constitucional e legalmente
assegurada pelo artigo 7º, inciso IV, da Constituição Federal e pelo artigo 462 da
Consolidação das Leis do Trabalho;
VI - Que a presente reclamatória seja julgada integralmente PROCEDENTE, para

condenar as Reclamadas:
a) requer-se a procedência do pedido para que seja reconhecida a

responsabilidade da Reclamada e o acidente de trabalho, e, por consequência a
estabilidade acidentária, nos termos do 118 da Lei nº 8.213/1991 e na Sumula nº 378, II,
do Tribunal Superior do Trabalho.
b) requer-se que a Reclamada seja condenada ao pagamento dos salários

referentes ao período estabilitário de forma indenizada, estimando-se no valor de R$
48.036,10.
c) requer o pagamento de indenização por dano moral, considerando o dano

causado ao Reclamante e a capacidade da Ré em indenizar, sendo devida indenização no
montante de R$74.196,00, ou em quantia a ser arbitrada pelo MMº Juízo, compatível com
o sofrimento e humilhação causados ao Reclamante.
d) requer-se que a Reclamada seja condenada ao pagamento de pensão

vitalícia, em razão da perda de capacidade laborativa do Reclamante, equivalente a 100%
da remuneração que percebia ou outro percentual que o Juízo entender pertinente, no
valor estimado de R$442.952,40.
e) deve a Reclamada ser condenada à título de danos estéticos no montante

de R$ 52.098,00, ou valor a ser atribuído por Vossa Excelência.
f) Que a Reclamada seja compelida a trazer aos autos, os documentos

inerentes à presente relação de emprego sob pena de confissão, com fulcro Súmula 338,
I, do Tribunal Superior do Trabalho;
g) Que seja aplicado o IPCA-E como índice de correção em atendimento à

jurisprudência do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior do Trabalho sobre o
tema, bem como a aplicação de juros pela regra da Súmula 200 do Tribunal Superior do
Trabalho e artigo 883 da Consolidação das Leis do Trabalho.;
h) Inversão do ônus da prova, a deferir;
i) Honorários de sucumbência, na forma do artigo 791-A da lei 13.467 de 13

de julho de 2017.
Fls.: 19
j) Na remota hipótese do laudo pericial não ser favorável ao Autor, os

honorários periciais deverão ser suportados pela União, nos termos da súmula 457 do
TST sob pena de violação do artigo 5º, LXXIV da CF que assim dispõe "o Estado
prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência
de recursos".
k) Ademais, desde já requer que, em caso de improcedência de algum dos

seus pedidos, em razão da gratuidade da justiça, eventual condenação em honorários
advocatícios de sucumbência em favor do procurador da reclamada seja objeto de
declaração de suspensão da exigibilidade da obrigação, como meio de obediência à
decisão vinculante proferida pelo STF na ADI 5.766.
l) Entende o Reclamante que não cabe a compensação ou cobrança dos

honorários nestes autos e tampouco em outros processos que vier a ter ou que já estejam
em andamento, pois os valores recebidos nestes autos, assim como nos outros, possuem
natureza alimentar e de recomposição do seu patrimônio.
m) As referidas medidas visam assegurar o direito fundamental de acesso à

Justiça previsto tanto no artigo 5º, quanto no inciso XXIX do artigo 7º da Constituição,
assim como atendem aos princípios da aplicação da norma mais favorável e da proteção
ao trabalhador, responsáveis pela proteção da parte mais fraca da relação de trabalho.
V – DAS PROVAS
Requer-se a oportunidade de provar o alegado por todos os meios de provas em

direito admitidas, especialmente pelo depoimento pessoal da Reclamada, ou na pessoa de
seu representante legal, oitiva de testemunhas que comparecerão em conformidade com
o artigo 825 da Consolidação das Leis do Trabalho, pela juntada de novos documentos,
perícias, além de outras provas que demonstrarem necessárias para o bom andamento do
processo, devendo a reclamada ser intimada a exibir todos os documentos que dizem
respeito ao contrato de trabalho do reclamante, especialmente os cartões de ponto de
controle de jornada, para efeito de cálculo de liquidação de sentença pelo contador do
Juízo, sob as penas do artigo 400 do Código de Processo Civil.
VI – DAS PUBLICAÇÕES
Outrossim, requer que todas as publicações e intimações referentes aos autos em

epígrafe sejam realizadas em nome SILENE VIEIRA DE LIMA - OAB/SP 343.436,
sob pena de nulidade, nos termos do artigo 272 do Código de Processo Civil.
VII - DO VALOR DA CAUSA
Para fins fiscais e de alçada, dá-se à causa o valor de R$637.282,50 (seiscentos e

trinta e sete mil, duzentos e oitenta e dois reais e cinquenta centavos).
Esclarece a parte Reclamante que os valores acima apresentados foram elaborados

de forma estimada e não representam o valor efetivamente devido pela Reclamada,
Fls.: 20
conforme determina a Nova Lei Trabalhista, sendo certo que os reais valores, serão
apresentados, quando da liquidação de sentença, conforme determina o Art. 879,
Parágrafo 2º, da CLT. No mesmo sentindo, temos a IN 41/2018, TST, que em seu artigo
12, §2º, permite que o valor dos pedidos e da causa, sejam estimados. Foi neste sentido,
o posicionamento da 06ª turma do TST, que, por meios da decisão proferida nos autos do
processo de número: 1000987-73-2018.502.0271, de relatoria do Ministro Augusto César
Leite de Carvalho, concluiu que a condenação não deve ser limitada aos valores
apontados na petição inicial, já que os valores são apontados por mera estimativa.
Ainda, caso Vossa Excelência não concorde com o cálculo apresentado, com
base nos princípios da celeridade, economia processual, simplicidade, informalidade e do
amplo acesso à justiça, requer que seja dado prazo ao Reclamante para fins de apresentar,
liquidação dos pedidos.
Termos em que, pede justo deferimento.
São Paulo/SP, 28 de Setembro de 2023.
SILENE VIEIRA DE LIMA

OAB/SP 343.436
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INSS - INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL
COMUNICAÇÃO DE RESULTADO DE REQUERIMENTO

12/07/2023 17:04:46
NIT: 123.99778.99-7
Número do Benefício: 640.948.251-9 Espécie: 91

Número do Requerimento: 217068082
Ao Sr. (a): EDIVAN FERREIRA CAMPOS
Endereço: ARCHOTE DO PERU, 46, PARQUE DAS ARVORES

CEP: 04824-100 Município: SAO PAULO UF: SP
Assunto: Solicitação de Prorrogação de Benefício por Incapacidade.
Decisão: Deferimento do Pedido

Motivo: Constatação de Incapacidade Laborativa
Fundamentação Legal: Art. 59 da Lei nº 8.213, de 24/07/1991; Artigos 71 e 77 e § 2º do Art. 78 do

Decreto nº 3.048, de 06/05/1999; § 6º do Art. 75 do Decreto nº 3.048/1999,
com redação dada pelo Decreto nº 8.691/2016.
Em atenção à sua Solicitação de Prorrogação de Benefício por Incapacidade, apresentada no dia

08/05/2023, informamos que foi reconhecido o direito à prorrogação do benefício. O pagamento do seu
benefício será mantido até o dia 01/06/2025. Caso considere o prazo insuficiente, o(a) senhor(a) poderá
solicitar prorrogação do benefício, dentro do prazo de dias antes de sua cessação, pelo número de
telefone 135 da Central de Atendimento do INSS ou pela internet no endereço eletrônico: meu.inss.gov.br.
Caso considere o prazo suficiente, o(a) senhor(a) poderá retornar voluntariamente ao trabalho, não sendo
necessário novo exame médico pericial, conforme parágrafo 6º do art. 75 do Decreto nº 3.048/1999, com
redação dada pelo Decreto nº 8.691/2016. Desta decisão poderá interpor Recurso, no prazo de 30 dias do
recebimento desta comunicação, à Junta de Recurso do Conselho de Recursos do Seguro Social - JR/CRSS,
pelo número de telefone 135 da Central de Atendimento do INSS ou pela internet no endereço eletrônico:
meu.inss.gov.br.
____________________________________
Alessandro Antonio Stefanutto
Presidente do INSS
Agência da Previdência Social: SAO PAULO JABAQUARA
Endereço: AV ENGENHEIRO GEORGE CORBISIER, 1197 , JABAQUARA

CEP: 04345-001 Município: SAO PAULO UF: SP
Termo de Responsabilidade: Responsabilizo-me, sob as penas do Artigo 171 do Código Penal, pela
veracidade da documentação apresentada para a solicitação do benefício acima descrito.
Ciente, 1 de Junho de 2023
Assinado eletronicamente por: SILENE VIEIRA DE LIMA - Juntado em: 28/09/2023 18:29:45 - 8720b1a
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INSS - INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL
COMUNICAÇÃO DE RESULTADO DE REQUERIMENTO

12/07/2023 17:04:46
Você pode conferir a autenticidade do documento em

https://meu.inss.gov.br/central/#/autenticidade
com o código 2307120KBW2FI-TGPCM753
Assinado eletronicamente por: SILENE VIEIRA DE LIMA - Juntado em: 28/09/2023 18:29:45 - 8720b1a
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Assinado eletronicamente por: SILENE VIEIRA DE LIMA - Juntado em: 28/09/2023 18:29:45 - 9d66225
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PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO
16ª VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO - ZONA SUL
ATOrd 1001477-45.2023.5.02.0716
Destinatário:
Advogado(a) do(a) reclamante
EDIVAN FERREIRA CAMPOS
NOTIFICAÇÃO PJe
Fica V. Sa. notificado(a) acerca da audiência do tipo Una

agendada para 17/10/2023 13:20 horas, sendo que a ausência implicará em
arquivamento do feito nos termos do art. 844, CLT.
Testemunhas nos termos do art. 825, CLT.
Solicita-se comunicar com antecedência mínima de dez dias a

necessidade de nomeação de intérprete de LIBRAS - Língua Brasileira de Sinais para
atuar na audiência caso haja pessoa surda ou com deficiência auditiva como partícipe
de processo.
SAO PAULO/SP, 29 de setembro de 2023.
ALESSANDRO PIGOZZI DE SOUZA

Servidor
Assinado eletronicamente por: ALESSANDRO PIGOZZI DE SOUZA - Juntado em: 29/09/2023 13:03:53 - 08b8e04
Número do processo: 1001477-45.2023.5.02.0716
Fls.: 91
PODER JUDICIÁRIO
ATOrd 1001477-45.2023.5.02.0716
DESTINATÁRIO: EDIVAN FERREIRA CAMPOS
ENDEREÇO: RUA ARCHOTE DO PERU , 70, PARQUE DAS

ARVORES, SAO PAULO/SP - CEP: 04824-100.
INTIMAÇÃO PJe
Fica V.Sa. intimado(a) para comparecer à audiência UNA que se

realizará no dia 17/10/2023 13:20 horas, na sala de audiências da 16ª Vara do Trabalho
de São Paulo - Zona Sul, à AVENIDA GUIDO CALOI , 1000, 3 andar, bloco 2, JARDIM SAO
LUIS, SAO PAULO/SP - CEP: 05802-140, com a participação obrigatória das partes e
testemunhas, nos termos do art. 844 da CLT.
A audiência é presencial e refere-se ao processo acima

identificado.
NAO APAGAR NENHUM CARACTERE DESTA LINHA. ESTE

DOCUMENTO SERA ENVIADO VIA ECARTA.

Servidor
Assinado eletronicamente por: ALESSANDRO PIGOZZI DE SOUZA - Juntado em: 29/09/2023 13:03:53 - 553fc5b
Fls.: 92
PODER JUDICIÁRIO
ATOrd 1001477-45.2023.5.02.0716
DESTINATÁRIO: TRANSWOLFF TRANSPORTES E TURISMO LTDA
ENDEREÇO: RUA OLIVIA GUEDES PENTEADO , 1.401, SOCORRO,

SAO PAULO/SP - CEP: 04766-000.
NOTIFICAÇÃO PJe
Fica V. Sa. citado(a) da presente ação e notificado(a) para

comparecer à audiência do tipo Una que se realizará no dia 17/10/2023 13:20 horas, na
sala de audiências da 16ª Vara do Trabalho de São Paulo - Zona Sul, à AVENIDA GUIDO
CALOI , 1000, 3 andar, bloco 2, JARDIM SAO LUIS, SAO PAULO/SP - CEP: 05802-140.
A audiência será UNA, de conciliação, instrução e julgamento.
A petição inicial poderá ser consultada pela página https://pje.

trt2.jus.br/pjekz/validacao, digitando o Código Localizador da Petição Inicial,
regularmente impresso no rodapé desta correspondência. O destinatário desta
notificação deve atentar-se à existência de outros documentos e/ou atos processuais
constantes dos autos. Os autos do processo estão disponíveis no próprio sistema PJe
ou por meio da consulta pública no endereço https://pje.trt2.jus.br/consultaprocessual.
A exibição de alguns documentos dependerá de prévio acesso por meio de usuário e
senha. Em caso de dificuldade de acesso, compareça a uma Unidade de Apoio
Operacional ou seus postos de serviços, localizados nos fóruns deste Tribunal.
A atuação do advogado no processo depende de prévia

habilitação, realizada pelo interessado no sistema PJe, art. 5º, da Res. CSJT nº 185/2017.
A defesa e demais documentos, classificados na forma do art.

12, da Res. CSJT nº 185/2017, deverão ser protocolados no sistema PJe. Recomenda-se
a juntada com pelo menos 48 horas de antecedência à audiência. É facultada
apresentação de defesa oral, art. 847, da CLT. Em audiência, V. Sa. pode designar
preposto, art. 843, da CLT, bem como constituir advogado. A ausência à audiência
importa revelia e confissão quanto à matéria de fato, art. 844, da CLT.
Assinado eletronicamente por: ALESSANDRO PIGOZZI DE SOUZA - Juntado em: 29/09/2023 13:03:53 - ecc06a3
Fls.: 93
Testemunhas na forma do art. 825, da CLT.
Solicita-se comunicar com antecedência mínima de dez dias a

necessidade de nomeação de intérprete de LIBRAS - Língua Brasileira de Sinais para
atuar na audiência caso haja pessoa surda ou com deficiência auditiva como partícipe
de processo.
NAO APAGAR NENHUM CARACTERE DESTA LINHA. ESTE

DOCUMENTO SERA ENVIADO VIA ECARTA REG.

Servidor
Assinado eletronicamente por: ALESSANDRO PIGOZZI DE SOUZA - Juntado em: 29/09/2023 13:03:53 - ecc06a3
Fls.: 94
PODER JUDICIÁRIO
ATOrd 1001477-45.2023.5.02.0716
DECISÃO
Reconheço a dependência em face do risco de decisões conflitantes ou

contraditórias com o processo 1001200-63.2022.5.02.0716, nos termos dos arts. 55, § 3º e 286, III, do
Código de Processo Civil.
Considerando a Recomendação nº 02/GCGT de 24 de outubro de 2022; o que

definido pelo CNJ no PCA 002260-11.2022.2.00.0000 de 08/11/2022; bem como o requerimento da Ordem
dos Advogados do Brasil, com fulcro no artigo 765 da CLT, no art. 1º, § 2º, da Resolução CNJ n. 345/2020
e artigo 2º, §5º Ato GP nº 10/2021, ficam cientes as partes e procuradores que a audiência do presente feito
ocorrerá de forma presencial.
Os processos com requerimento de “Juízo 100% Digital” também terão suas

audiências presencias, conforme previsto na Resolução CNJ n. 345/2020, Ato GP/CR n. 05 de 20/04/2022 e
Ato GP nº 10/2021, o que não impede a tramitação do feito no “Juízo 100% Digital”.
Mantenho designada a Audiência UNA para o dia 17/10/2023 13:20 horas,

devendo as partes e testemunhas comparecer à Sala de Audiências do Juízo, nos termos do art. 844 da
CLT.
INTIME(M)-SE e NOTIFIQUE(M)-SE a(s) parte(s) e seu(s) patrono(s).
Int.

Servidor
Assinado eletronicamente por: AMANDA DE ALMEIDA SEABRA LO FEUDO - 03/10/2023 17:46:59 - aef4705
https://pje.trt2.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=23092913011392400000319346212
Número do processo: 1001477-45.2023.5.02.0716 ID. aef4705 - Pág. 1
Fls.: 95
PODER JUDICIÁRIO
ATOrd 1001477-45.2023.5.02.0716
DECISÃO
Reconheço a dependência em face do risco de decisões

conflitantes ou contraditórias com o processo 1001200-63.2022.5.02.0716, nos termos
dos arts. 55, § 3º e 286, III, do Código de Processo Civil.
Considerando a Recomendação nº 02/GCGT de 24 de outubro

de 2022; o que definido pelo CNJ no PCA 002260-11.2022.2.00.0000 de 08/11/2022;
bem como o requerimento da Ordem dos Advogados do Brasil, com fulcro no artigo
765 da CLT, no art. 1º, § 2º, da Resolução CNJ n. 345/2020 e artigo 2º, §5º Ato GP nº 10
/2021, ficam cientes as partes e procuradores que a audiência do presente feito
ocorrerá de forma presencial.
Os processos com requerimento de “Juízo 100% Digital” também

terão suas audiências presencias, conforme previsto na Resolução CNJ n. 345/2020, Ato
GP/CR n. 05 de 20/04/2022 e Ato GP nº 10/2021, o que não impede a tramitação do
feito no “Juízo 100% Digital”.
Mantenho designada a Audiência UNA para o dia 17/10/2023 13:

20 horas, devendo as partes e testemunhas comparecer à Sala de Audiências do Juízo,
nos termos do art. 844 da CLT.
INTIME(M)-SE e NOTIFIQUE(M)-SE a(s) parte(s) e seu(s) patrono(s).
Int.
SAO PAULO/SP, 04 de outubro de 2023.

Servidor
Assinado eletronicamente por: ALESSANDRO PIGOZZI DE SOUZA - Juntado em: 04/10/2023 07:37:09 - 0a6454e
Fls.: 96
EXCELENTÍSSIMO (A) SENHORA (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DA 16 ª VARA DO TRABALHO DA ZONA SUL
DE SÃO PAULO – SP.
PROCESSO Nº 1001477-45.2023.5.02.0716
TRANSWOLFF TRANSPORTE E TURISMO LTDA, devidamente qualificada

nos autos do processo em epígrafe, por seu advogado que este subscreve, na ação que promove
EDIVAN FERREIRA CAMPOS, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, requerer a
habilitação nos autos, bem como, requerer que todas as publicações/intimações sejam encaminhadas
a este Patrono, qual seja Dr. José Nivaldo Souza Azevedo, OAB/SP 260.693, com escritório
Avenida João Dias, 498- CEP: 04724-000 - São Paulo - SP.
Nesses Termos,
Pede Deferimento.
São Paulo, 10 de outubro de 2023.
José Nivaldo Souza Azevedo

OAB/SP 260.693
Assinado eletronicamente por: JOSE NIVALDO SOUZA AZEVEDO - Juntado em: 10/10/2023 16:02:55 - c600b63
Fls.: 97
PROCURAÇÃO “AD JUDICIA ET EXTRA”
OUTORGANTE: TRANSWOLFF TRANSPORTES E TURISMO LTDA, inscrita no CNPJ n°

58.322.512/0001-54, com sede na Rua Olivia Guedes Penteado, 1401 - Socorro – CEP: 04766-000 -
São Paulo – SP, neste ato, representado por seu sócio LUIS CARLOS EFIGENIO PACHECO, brasileiro,
casado, maior, portador da cédula de identidade RG nº 19.744.362 SSP/SP, e inscrito no Cadastro de
Pessoas Físicas sob o nº 104.398.608-14, residente e domiciliado nesta Capital e neste ato.
Pelo presente instrumento de procuração, nomeiam e constitui em seus bastantes procuradores os

Advogados:
OUTORGADO:
Dr. JOSÉ NIVALDO SOUZA AZEVEDO..............................OAB/SP 260.693
Com Escritório sediado na Avenida João Dias, 498 - São Paulo - Capital - SP. CEP: 04724-000, a quem
confere(m) amplos poderes o foro em geral, com a Cláusula Ad-judicia, em qualquer juízo, Instância
ou Tribunal, podendo propor contra quem de direito as ações competentes e fazê-lo(s) nas
contrárias, seguindo umas e outras, até final decisão, usando os recursos legais e acompanhado-os ,
conferindo-lhe(s), ainda, poderes especiais para confessar, desistir, transigir, firmar compromisso ou
acordo, receber e dar quitação, agindo em conjunto ou separadamente, podendo ainda
substabelecer este em outrem, com ou sem reservas de iguais poderes, dando tudo por bom, firme
e valioso.
São Paulo, 22 de fevereiro de 2022.
TRANSWOLFF TRANSPORTES E TURISMO LTDA

p.p LUIS CARLOS EFIGENIO PACHECO
Assinado eletronicamente por: JOSE NIVALDO SOUZA AZEVEDO - Juntado em: 10/10/2023 16:02:55 - c5a21e9
Fls.: 98
Assinado eletronicamente por: JOSE NIVALDO SOUZA AZEVEDO - Juntado em: 10/10/2023 16:02:55 - 28508c8
Fls.: 99
Fls.: 100
Fls.: 101
Fls.: 102
Fls.: 103
Fls.: 104
Fls.: 105
Fls.: 106
Fls.: 107
Fls.: 108
EXCELENTÍSSIMO (A) SENHORA (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DA 16 ª VARA DO TRABALHO DA ZONA SUL
DE SÃO PAULO – SP.
PROCESSO Nº 1001477-45.2023.5.02.0716
TRANSWOLFF TRANSPORTE E TURISMO LTDA, devidamente qualificada

nos autos do processo em epígrafe, por seu advogado que este subscreve, na ação que promove
EDIVAN FERREIRA CAMPOS, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, requerer a
habilitação nos autos, bem como, requerer que todas as publicações/intimações sejam encaminhadas
a este Patrono, qual seja Dr. José Nivaldo Souza Azevedo, OAB/SP 260.693, com escritório
Avenida João Dias, 498- CEP: 04724-000 - São Paulo - SP.
Nesses Termos,
Pede Deferimento.

OAB/SP 260.693
Assinado eletronicamente por: JOSE NIVALDO SOUZA AZEVEDO - Juntado em: 10/10/2023 16:06:02 - 8960b9a
Fls.: 109
PROCURAÇÃO “AD JUDICIA ET EXTRA”
OUTORGANTE: TRANSWOLFF TRANSPORTES E TURISMO LTDA, inscrita no CNPJ n°

58.322.512/0001-54, com sede na Rua Olivia Guedes Penteado, 1401 - Socorro – CEP: 04766-000 -
São Paulo – SP, neste ato, representado por seu sócio LUIS CARLOS EFIGENIO PACHECO, brasileiro,
casado, maior, portador da cédula de identidade RG nº 19.744.362 SSP/SP, e inscrito no Cadastro de
Pessoas Físicas sob o nº 104.398.608-14, residente e domiciliado nesta Capital e neste ato.
Pelo presente instrumento de procuração, nomeiam e constitui em seus bastantes procuradores os

Advogados:
OUTORGADO:
Dr. JOSÉ NIVALDO SOUZA AZEVEDO..............................OAB/SP 260.693
Com Escritório sediado na Avenida João Dias, 498 - São Paulo - Capital - SP. CEP: 04724-000, a quem
confere(m) amplos poderes o foro em geral, com a Cláusula Ad-judicia, em qualquer juízo, Instância
ou Tribunal, podendo propor contra quem de direito as ações competentes e fazê-lo(s) nas
contrárias, seguindo umas e outras, até final decisão, usando os recursos legais e acompanhado-os ,
conferindo-lhe(s), ainda, poderes especiais para confessar, desistir, transigir, firmar compromisso ou
acordo, receber e dar quitação, agindo em conjunto ou separadamente, podendo ainda
substabelecer este em outrem, com ou sem reservas de iguais poderes, dando tudo por bom, firme
e valioso.
São Paulo, 22 de fevereiro de 2022.
TRANSWOLFF TRANSPORTES E TURISMO LTDA

p.p LUIS CARLOS EFIGENIO PACHECO
Assinado eletronicamente por: JOSE NIVALDO SOUZA AZEVEDO - Juntado em: 10/10/2023 16:06:02 - 039343d
Fls.: 110
Assinado eletronicamente por: JOSE NIVALDO SOUZA AZEVEDO - Juntado em: 10/10/2023 16:06:02 - d1a9d52
Fls.: 111
Fls.: 112
Fls.: 113
Fls.: 114
Fls.: 115
Fls.: 116
Fls.: 117
Fls.: 118
Fls.: 119
Fls.: 120
EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (ÍZA) FEDERAL DA

16ª VARA DO TRABALHO DA ZONA SUL DA CAPITAL DE SÃO PAULO/SP
PROCESSO nº 1001477-45.2023.5.02.0716
TRANSWOLFF TRANSPORTES E TURISMO LTDA, pessoa

jurídica, já qualificada nos autos da Reclamatória Trabalhista
que lhe promove EDIVAN FERREIRA CAMPOS, por seu advogado e
bastante procurador, que abaixo assina, com escritório
profissional estabelecido na Avenida João Dias, nº 498 - Santo
Amaro – São Paulo/SP – CEP: 04724-000, vem, com a devida vênia,
à presença de Vossa Excelência, com fulcro no art. 5º, LV, da
CRFB, art. 847, da CLT e art. 335 e ss. do CPC, aplicado
subsidiariamente ao Processo do Trabalho por ex vi legis do art.
769, da CLT, para apresentar CONTESTAÇÃO, pelos fatos e direitos
doravante expostos:
BREVES RELATOS DA PEÇA VESTIBULAR
Alega o Reclamante, em sua prefacial:
Aponta em sua exordial, que já existe ação

trabalhista relacionada e distribuída, que naquela requereu
rescisão indireta.
Nesta ação aponta que sofreu acidente de
trabalho na dependência da garagem, pois quando teria passado
em uma local, onde alega ser uma passarela, acabou se
desequilibrando, vindo a sofrer uma queda que resultou em
Assinado eletronicamente por: JOSE NIVALDO SOUZA AZEVEDO - Juntado em: 17/10/2023 11:16:13 - 5e4db0d
Fls.: 121
fratura, denominada na peça inaugural ter fraturando a

extremidade superior do úmero proximal do lado esquerdo.
Consta ainda que em virtude desse trauma vem

sofrendo fortes dores, perda da sensibilidade da mão esquerda,
que as raízes do nervo não vêm se regenerado; que há três nervos
infeccionados;
Requereu reparação indenizatória no período de

estabilidade no importe de R$48.036,10; igualmente pretende
receber reparação de danos na modalidade moral no importe de R$
74.196,00; Danos estéticos no importe de R$52.098,00;
Em decorrência desse suposto acidente, busca uma

indenização no importe de R$442.952,40, a título de pensão
vitalícia;
Requereu condenação de honorários; inversão do

ônus da prova, exibição de documentos; contribuição
previdenciária; requereu ofício para o Ministério Público do
Trabalho, Delegacia Regional do Trabalho, e INSS; deu o valor a
causa o importe de R$637.282,50;
Juntamente com a peça inicial, apresentou

documentos, tais como: fisioterapia e relatórios correspondentes
– ID a5e4751, fb03faf; CAT – ID b858597; ressonância – ID 9;
eletroneoromigrafias de membros superiores – ID e7462e5,
9c588e3, 8a3e8d4, 780c2d9, 2492096; ultima perícia do INSS – ID
8720b1a.
É o relatório.
Fls.: 122
DO MÉRITO
Os fatos apresentados não são verossímeis, nesta

contestatória a verdade reluzirá a este Juízo, conforme se
depreende da narrativa abaixo forjada na arquitetura das provas
acostadas, bem como das que irão ser produzidas no momento
oportuno:
De proémio a narrativa da peça de certo modo

dificulta o contraditório visto que o reclamante não informa de
forma contundente onde ocorreu o acidente. Veja Nobre Julgador,
apenas narrou: “o Reclamante sofreu um acidente de trabalho no
dia 20 de setembro de 2022, quando Reclamante foi retirar o
ônibus em uma das garagens da Reclamada...”. Essa informação
certamente dificulta e muito o contraditório já que a
empregadora, ora reclamada, não consegue rebater os fatos de
forma precisa.
Nesse caso, o obreiro, ora reclamante, ao elaborar

uma petição com fatos indeterminados (quanto ao aspecto
territorial), assim o fez, porque quer dificultar que a verdade
venha soerguer aos autos.
Destarte que o fato jurídico no qual fez eclodir a

interrupção e posteriormente a suspensão do contrato do
trabalho, tudo se deu em virtude de ação direta do obreiro, ora
reclamante. Ressalta Ínclito julgador que o motorista não pode
sair perambulando dentro da garagem, desrespeitando a rota
correta que deveria seguir, até mesmo porque a sua função é
conduzir ônibus, portanto, serviço interno da garagem é
realizado diretamente por outros profissionais contratados.
Fls.: 123
No que pertine este aspecto, pode se concluir que

esse fato não se encontra dentro da regra obrigacional
(responsabilidade objetiva) que deve ser assumida pela
reclamada. Ora, Excelência, a teoria do risco não abarca a regra
do risco integral, deve ficar silente que essa teoria, só deve
apanhar as regras circunstanciadas dentro do conjunto da
atividade desenvolvida.
No caso em tela, essa ocorrência não adveio de um

acidente de trânsito ou outra ocorrência ligada a atividade do
condutor, embora narre que estava indo iniciar a sua atividade,
contudo, não se pode incluir que nesse trajeto já estaria dentro
das obrigações pertinentes a atividade do empresário, razão pela
qual, este fato pertence a outro conjunto, qual seja, da
responsabilidade subjetiva.
Pois bem, na data dos fatos o reclamante adentrou em

um caminho que não estava autorizado a percorrer, vindo
escorregar e cair ao solo. Pois é certo que era sabedor que para
ter acesso ao veículo que se encontrava estacionado deveria
percorrer a passagem de pedestre e não atravessar por dentro dos
galpões onde ficam os veículos em manutenção (oficina). Conforme
se nota nos vídeos apresentados, cujo os protocolos estão anexos.
Percebe que esta conduta só se deu por culpa

exclusiva do obreiro, que não seguiu a rota segura, preferiu
“cortar atalho”, essa conduta imprudente certamente foi o
estopim para o nascimento do evento.
Ressalta que para ensejar responsabilidade objetiva

faz necessária ficar provado que a ocorrência tenha ligação
direta com a função desenvolvida, no caso dos autos, jamais
houve qualquer ocorrência que possa levar um liame de nexo de
Fls.: 124
causalidade, veja que o obreiro, ora requerente, sofreu o

acidente devido culpa exclusiva sua, portanto, nesse caso deve
incidir a teoria da causalidade adequada, já que ficou crível
que o reclamante foi o causador do fato no qual ensejou o
acidente.
Nesse sentido o entendimento da Colendo TST:
“RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO ANTES DA VIGÊNCIA DA LEI

13.015/2014. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS.
ACIDENTE DE TRÂNSITO. CULPA EXCLUSIVA DA VÍTIMA.
EXCLUDENTE DO NEXO DE CAUSALIDADE. O Colegiado de origem
adotou a teoria da responsabilidade objetiva do
empregador, de que trata o artigo 927 do Código Civil,
por entender ser suficiente, para fins de indenização por
danos moral e material o fato de o "de cujus" ter sido
vítima de acidente de trânsito. Efetivamente restou
caracterizado o dano (fato incontroverso), entretanto não
se visualiza o nexo de causalidade entre o acidente e o
labor desenvolvido, notadamente porque consta do acórdão
recorrido que o acidente de trânsito ocorreu porque o de
cujus "conduzindo uma motocicleta tentou passar entre
outros dois veículos ocasionando com isto a sua queda
para baixo do caminhão, dando causa ao acidente por não
manter a distância necessária do veículo à sua frente",
o que permite concluir que o empregado falecido agiu com
culpa exclusiva no acidente que o vitimou. Constatada a
culpa exclusiva da vítima, rompe-se o nexo causal entre
o infortúnio e o trabalho, situação que retira a
obrigação de pagar indenização até mesmo sob a ótica da
responsabilidade objetiva. Recurso de revista conhecido
e provido.”
(TST - RR: 11089720135080119, Relator: Breno Medeiros,

Data de Julgamento: 05/12/2018, 5ª Turma, Data de
Publicação: DEJT 07/12/2018)
Fls.: 125
No mesmo sentido o TRT2:
“ACIDENTE DE TRABALHO. CULPA EXCLUSIVA DO EMPREGADO.

CAUSA EXCLUDENTE DE RESPONSABILIDADE CIVIL. Comprovada
nos autos a culpa exclusiva da vítima no acidente narrado
na peça inicial, não há cogitar de direito à indenização
por danos morais e materiais. Recurso Ordinário a que se
nega provimento.”
(TRT-2 - RO: 00002359020115020004 SP

00002359020115020004 A28, Relator: NELSON NAZAR, Data de
Julgamento: 17/03/2015, 3ª TURMA, Data de Publicação:
24/03/2015)
Deixado de lado a questão fática que toca ao

surgimento ou não do nexo de causalidade, cumpre informar que o
obreiro encontra-se com o contrato de trabalho suspenso. Essa
informação é certeira, visto que a prova por ele mesmo
apresentada dá conta que o reclamante ainda recebe benefício do
INSS até 2025.
Diante disso, a pretensão pertinente a estabilidade

equivalente a um ano, passa ser causa temerária, devendo ser
repudiada literalmente por este juízo.
Veja, Nobre Juiz, que a legislação que regula o

contrato de trabalho estabelece regra precisa no tocante a
suspensão do contrato de trabalho, de modo que a norma determina
que o contrato fica suspenso na medida em que houver mais de 15
dias de atestado médico, no caso dos autos, o obreiro está
afastado das funções, recebendo benefício do INSS, portanto,
vige a regra de suspensão do contrato. Logo, enquanto perdurar
essa hipótese não há que se falar em pagamento de qualquer valor
pertinente ao salário ou indenização equivalente.
Fls.: 126
Bisa-se, que mesmo diante de uma estabilidade não há

razão alguma para exigir indenização, haja vista que o fato
jurídico que gera o liame obrigacional de indenizar sequer
eclodiu no mundo jurídico, percebe que em virtude da prova
acostada aos autos – ID 8720b1a, o contrato de trabalho não
voltou a vigorar.
É do cerne da suspensão do contrato do trabalho, que

enquanto perdurar essa condição suspende a obrigação principal
e acessória congruente ao contrato do trabalho, ficando nesse
caso, apenas o vínculo legal/moral, ou seja, permanece o vínculo
contratual, entretanto, no tocante a contrapartida pelo serviço
prestado não existe; a uma, porque a lei 8.213/91 em seu artigo
60 assim estabeleceu; a duas, não existindo serviço, logo, não
há contrapartida que é a remuneração. Sendo assim, enquanto
perdurar essa hipótese não há que se estabelecer outra estrutura
jurídica.
O dano moral o qual busca haver ressarcido, também

não deve prosperar. Ora, nesse caso, deve incutir a regra de
que, só existe reparação de danos na medida que ocorrer uma
ligação jurídica advinda pelo nexo de causalidade, que decorre
das estruturas do nascimento do fato. No caso concreto, devido
a ação imprudente praticada pelo reclamante gerou o acidente,
portanto, essa atitude deixa à míngua o nexo causal, razão pela
qual, essa falta de liame jurídico certamente fulmina com a
obrigação de indenizar.
Com efeito, deve esclarecer que a ocorrência como

essa surge todos os dias no cotidiano, seja acidente doméstico,
seja porque houve ou tropeço, um escorregão devido à falta de
calçado adequado, enfim, percebe que essa modalidade de fato
jurídico que fez nascer o acidente não pode ser enquadrado no
Fls.: 127
conjunto de fatos que devem ser levado a indenização pelo dano

moral, ir por essa linha, banaliza a própria figura do dano
moral, além do que, causa destempero a segurança jurídica, razão
pela qual, o dano moral deve ser julgado improcedente.
No mesmo sentido refere ao dano estético, no qual o

reclamante pretende que seja ressarcido. Note que, houve literal
excludente de nexo de causalidade, como consequência impede a
reparação do dano.
Depreende que o fato jurídico se deu por culpa

exclusiva do reclamante que não respeitou a trajetória que
deveria seguir, decidiu por sua própria vontade realizar outro
caminho, vindo escorregar e cair.
Esse fato jurídico embora possa ter ocorrido nas

dependências da pessoa jurídica, todavia, não é pertencente ao
conjunto de responsabilidade objetiva, nesta senda, não se tem
dúvida que tudo se deu em virtude da imprudência do reclamante.
Não bastasse isso, essa espécie de fato (queda por

tropeço ou escorregamento), não se encontra dentro da moldura
do conjunto de responsabilidade objetiva da atividade que é
conduzir ônibus, trata-se de fato comum do cotidiano, podendo
acontecer com qualquer pessoa, daí porque a regra a ser incutida
para esse fato é aquela congruente ao art. 7º, inciso XXVIII da
Constituição Federal, combinado com os arts. 186 e 927, caput,
do Código Civil, devendo para tanto ter que comprovar os
elementos da culpa, ou seja, cabe o reclamante apontar que a
reclamada tenha agido com culpa ou dolo.
Nesse caso, nem de longe a reclamada agiu com culpa,

uma vez que o caminho em que os pedestres, ora reclamante, teria
Fls.: 128
de percorrer encontrava-se sem qualquer obstáculo, portanto, não

agiu negligência em nenhuma hipótese.
Na mesma pisada, mesmo que venha discutir

responsabilidade objetiva, no tocante a esse ponto, já foi
literalmente espancado, ou seja, o obreiro deu total causa ao
acidente, portanto, trata-se de um fato que exclui o nexo de
causalidade.
Por outra banda, caberia o reclamante apontar de

forma documental, precisa, que ocorreu uma mudança estética do
seu corpo e que este dano se deu por essa ocorrência, além, é
claro, demonstrar a negligência da reclamada, ou caso assim
entenda pela responsabilidade objetiva, aponte o nexo de
causalidade. Pelo que se verifica esta prova não encontra forjada
no processo.
Pelo exposto, ficou patente a não ocorrência de fato

jurídico capaz de ensejar a reparação de dano pela via estética,
uma vez que tudo decorreu em virtude de ação imprudente do
reclamante, não tendo, portanto, nexo de causalidade, logo, não
procede a pretensão.
No tocante a pensão vitalícia, igualmente não se

extrai uma obrigação direta para a reclamada, haja vista que os
fatos só decorreram pela imprudência do reclamante, daí porque
não assiste razão o pedido.
Neste diapasão, cabe ainda esclarecer que o

reclamante aponta que está recebendo auxilio do INSS, o que
demonstra que embora o perito daquela autarquia tenha apontado
incapacidade para o labor temporário, contudo, deverá ser
restabelecida a capacidade laboral, razão pela qual, falta o
fato jurídico certeiro que possa dá ensejo a pretensão.
Fls.: 129
Ainda nesse ínterim, cabe esclarecer que a partir

das provas colacionadas de forma unilateral pelo reclamante,
percebe que a avaria patológica no enraizamento dos nervos do
braço, certamente não tem qualquer ligação para com os fatos,
essa espécie de patologia segundo a literatura forense decorre
do pinçamento do nervo ciático superior, ou seja, problemas de
coluna vertical, que pode ocorrer por diversos fatores.
Cabe acrescentar, que o reclamante já se encontra

com 54 anos de vida, portanto, é certo que o fator idade pode
contribuir para o desgaste no esqueleto ósseo, principalmente
na coluna, podendo ocasionar essa patologia, razão pela qual, é
importante que seja apresentado prontuário médico dos últimos
dez anos, além de ser necessário uma perícia médica especializada
no sentido de se chegar a verdadeira causa dessa patologia.
Veja a doutrina sobre o tema:
https://www.msdmanuals.com/pt-
br/profissional/dist%C3%BArbios-
neurol%C3%B3gicos/dist%C3%BArbios-do-sistema-nervoso-
perif%C3%A9rico-e-da-unidade-motora/neuropatia-
perif%C3%A9rica
“Os distúrbios de raiz nervosa resultam em sintomas

radiculares segmentares previsíveis (dor ou parestesias
na distribuição de um dermátomo, fraqueza nos músculos
inervados pela raiz). O diagnóstico requer exames de
neuroimagem, eletrodiagnósticos e sistêmicos para
doenças subjacentes. O tratamento depende da causa e
inclui alívio sintomático com anti-inflamatórios não
esteroides, outros analgésicos e corticoides.
(Ver também Visão geral das doenças nervosas

periféricas.)
Fls.: 130
As doenças da raiz nervosa (radiculopatias) são

precipitadas por pressão aguda ou crônica em uma raiz
nervosa na coluna vertebral ou adjacências (ver
figura Raízes nervosas espinhais).
Raízes nervosas espinhais.
Etiologia dos distúrbios da raiz nervosa

A causa mais comum das radiculopatias é Um disco
intervertebral herniado
Vértebra e raízes nervosas espinhais
3D MODEL:
Alterações ósseas devido à artrite

reumatoide ou osteoartrite, specialmente nas áreas
cervicais e lombares, também pode comprimir raízes
nervosas isoladas.
Menos comumente, meningite carcinomatosa causa disfunção
radicular múltipla irregular. Raramente, lesões de massa
espinhal (p. ex., tumores e abscessos
epidurais, meningiomas espinhais, neurofibromas) podem
se manifestar com sintomas radiculares em vez
dos sintomas de disfunção da coluna comuns.
Diabetes pode causar radiculopatia torácica ou
extremidade dolorosa provocando isquemia da raiz nervosa.
Doenças infecciosas, como aquelas causadas por
micobactérias (p. ex., tuberculose), fungos (p.
ex., histoplasmose) ou espiroquetas (p. ex., doença de
Lyme, sífilis), às vezes afetam as raízes
Fls.: 131
nervosas. Infecção por herpes-zóster normalmente provoca

radiculopatia dolorosa com perda sensorial do dermátomo
e exantema característica, mas pode causar radiculopatia
motora com fraqueza segmentar e perda de reflexos.
Polirradiculite induzida por citomegalovírus é uma
complicação da aids.
Sinais e sintomas dos distúrbios da raiz nervosa
As radiculopatias tendem a causar síndromes radiculares
características de dor e deficits neurológicos
segmentares, baseados no nível afetado da coluna
vertebral (ver tabela Sintomas de radiculopatias comuns
por níveis da medula). Os músculos inervados pela raiz
motora afetada se tornam fracos e atróficos; também podem
ficar flácidos e apresentar fasciculações. O envolvimento
da raiz sensorial causa alteração sensorial na
distribuição de um dermátomo. Os reflexos tendinosos
profundos segmentares correspondentes podem estar
diminuídos ou ausentes. As dores em choque podem se
irradiar ao longo da distribuição da raiz nervosa.
“A dor pode ser exacerbada por movimentos que transmitem
pressão à raiz nervosa através do espaço subaracnoideo
(p. ex., movimentar a coluna, tossir, espirrar, manobra
de Valsalva).
As lesões na cauda equina, que afetam múltiplas raízes

lombares e sacrais (síndrome da cauda equina), causam
sintomas radiculares em ambas as pernas e podem alterar
a função esfincteriana e sexual.
Resultados que indicam compressão da coluna incluem:
 Nível sensorial (uma mudança abrupta na sensibilidade
abaixo de uma linha horizontal ao longo da coluna
vertebral)
 Paraparesia flácida ou quadriparesia
 Anormalidades de reflexos abaixo do local de compressão
Fls.: 132
 Hiporeflexia de início precoce seguida mais tarde por

hiperreflexia
 Disfunção do esfíncter
Diagnóstico dos distúrbios da raiz nervosa

 Neuroimagem
 Algumas vezes, exames eletrodiagnósticos
Os sintomas radiculares devem ser investigados por TC ou

RM da área afetada. Mielografia só é necessária se RM é
contraindicada (p. ex., por causa de um marca-passo
implantado ou presença de outros metais) e a TC é
inconclusiva. A área de realização da imagem depende dos
sinais e sintomas; se o nível não for claro, deve-se
fazer exames eletrodiagnósticos para localizar a raiz
afetada, mas estes podem não identificar a causa.
Se a imagem não detectar anormalidades anatômicas,

analisa-se o líquido cefalorraquidiano para verificar
causas infecciosas ou inflamatórias e faz-se uma glicemia
de jejum para avaliar diabetes.
Tratamento dos distúrbios da raiz nervosa
 Tratamento da causa e da dor
 Cirurgia como o último rescurso
Tratar as causas específicas dos distúrbios da raiz

nervosa.
Dor aguda requer analgésicos adequados [p. ex.,

paracetamol, anti-inflamatórios não esteroides (AINEs),
às vezes, opioides]. AINEs são particularmente úteis para
doenças que envolvem inflamação. Relaxantes musculares,
sedativos e tratamentos tópicos raramente fornecem
benefícios adicionais. Se os sintomas não são aliviados
com analgésicos não opioides, corticoides podem ser
Fls.: 133
administrados sistemicamente ou como uma injeção

epidural; mas a analgesia tende a ser modesta e
temporária. Metilprednisolona pode ser administrada,
reduzida ao longo de 6 dias, começando com 24 mg por via
oral uma vez ao dia e reduzida a 4 mg por dia.
O manejo da dor crônica pode ser difícil; paracetamol e
AINEs costumam ser apenas parcialmente eficazes e o uso
a longo prazo de AINEs tem riscos substanciais. Opioides
têm risco de vício. Antidepressivos tricíclicos e
anticonvulsivantes podem ser eficazes, assim como
fisioterapia e consulta com um profissional de saúde
mental. Para alguns pacientes, tratamentos médicos
alternativos (p. ex., estimulação elétrica nervosa
transdérmica, manipulação espinhal, acupuntura, ervas
medicinais) podem ser experimentados se todos os outros
tratamentos são ineficazes.
Se a dor é intratável ou se fraqueza progressiva ou
disfunção esfincteriana sugerem compressão da coluna,
descompressão cirúrgica pode ser necessária.”
Como se pode notar o tipo de patologia lançado na

peça inaugural, a luz literatura especializada sobre o tema
demonstra que não tem nada a ver que o acidente, certamente
advém de desgaste do osso da coluna vertebral que acaba
pressionando as raízes dos nervos responsáveis pela estrutura
mecânica do esqueleto, por essa razão, não é razoável o pedido
de pensão vitalícia, primeiro, porque ainda não se tem fato
jurídico provado no sentido de demonstrar um nexo causal com
aquela ocorrência. Segundo porque, a própria doença surge de
outra anomalia - estrutura óssea do esqueleto, mais precisamente
na coluna vertebral, portanto, fora do contexto da ocorrência.
Não obstante tudo isso, não se pode perder de vista

que o fato só veio surgir no mundo fenomênico em virtude de ação
Fls.: 134
imprudente do próprio reclamante que sponte sua veio adentrar

em local proibido.
Pelo exposto, ficou cristalino que os pedidos

pretendidos na peça exordial, devem ser todos refutados, seja
porque falta nexo de causalidade capaz de imputar á reclamada
obrigação de indenizar, seja porque, pela regra da
responsabilidade subjetiva, não se nota qualquer conduta
negligente da reclamada que pudesse enveredar para um nexo de
causalidade com a ocorrência, ou até mesmo porque ainda não se
tem elementos fáticos consubstanciados capaz de demonstrar uma
obrigação de reparação de danos, nas espécies ora apontada, em
fim a ação deve ser julgada literalmente improcedente.
Requer, por fim, que todas as publicações

sejam encaminhadas ao patrono, DR. JOSE NIVALDO SOUZA AZEVEDO,
OAB/SP 260.693, estabelecido na Av. João Dias, n° 498 – Santo
Amaro – CEP: 04724-000 - São Paulo/SP, sob pena de nulidade, nos
termos da Súmula nº 427, do C. TST, manifestando-se novamente
pela total improcedência de ação, por medida de mais lídima
justiça!
Nesses termos,
Pede deferimento.
São Paulo, 16 de outubro de 2.023.
JOSÉ NIVALDO SOUZA AZEVEDO

OAB/SP nº 260.693
PODER JUDICIÁRIO FEDERAL Fls.: 135
Data de expedição do documento:
Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região 17/10/2023 - 10:19:55
Número do Protocolo:
1839741647792lizHxNz
1 8 3 9 7 4 1 6 4 7 7 9 2 l i z H x N z
COMPROVANTE DE ENVIO DE ARQUIVO
Dados Do Arquivo:
Nome: VIDEO-2023-10-16-18-47-46.mp4
Data de Envio: 17/10/2023 - 10:19:29
Número do Processo: 10014774520235020716
Tipo de Mídia: Prova
Hash do arquivo enviado:
926a854ff9213c1230571c4e498520e3bb69d502f7f5f852e1244dd8a3294235
Protocolo nº 1839741647792lizHxNz
IMPORTANTE
a. Partes e seus advogados: a consulta e verificação

de autenticidade do protocolo pode ser feita em:
https://acervoeletronico.trt2.jus.br/acervo-eletronico-
pje/public/index.php/consulta/consultararquivo
b. Servidores e magistrados: a consulta ao documento
pode ser feita em:
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c. Protocolo emitido gratuitamente.
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PODER JUDICIÁRIO FEDERAL Fls.: 136
Data de expedição do documento:
Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região 17/10/2023 - 10:21:28
Número do Protocolo:
183974164770LP6Rx4Zt
1 8 3 9 7 4 1 6 4 7 7 0 L P 6 R x 4 Z t
COMPROVANTE DE ENVIO DE ARQUIVO
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Data de Envio: 17/10/2023 - 10:20:58
Número do Processo: 10014774520235020716
Tipo de Mídia: Prova
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Protocolo nº 183974164770LP6Rx4Zt
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Fls.: 137
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUÍZ(A) FEDERAL DA 16ª VARA

DO TRABALHO DA ZONA SUL DA CAPITAL DE SÃO PAULO - SP
PROCESSO nº 1001477-45.2023.5.02.0716
TRANSWOLFF TRANSPORTES E TURISMO LTDA, pessoa jurídica, já

qualificada nos autos da Reclamatória Trabalhista que lhe promove EDIVAN FERREIRA
CAMPOS, por seu advogado e bastante procurador que esta subscreve, vem respeitosamente,
à presença de V. Excelência, requerer a juntada da carta convite.
Nestes Termos,
P. Deferimento.
Jose Nivaldo Souza Azevedo

OAB/SP 260.693
Assinado eletronicamente por: JOSE NIVALDO SOUZA AZEVEDO - Juntado em: 17/10/2023 13:39:43 - 37b3e43
Fls.: 138
Assinado eletronicamente por: JOSE NIVALDO SOUZA AZEVEDO - Juntado em: 17/10/2023 13:39:43 - 88fb57c
Fls.: 139
PODER JUDICIÁRIO
16ª Vara do Trabalho de São Paulo Zona Sul
ATOrd 1001477-45.2023.5.02.0716
RECLAMADO(A): TRANSWOLFF TRANSPORTES E TURISMO LTDA
ATA DE AUDIÊNCIA
Em 17 de outubro de 2023, na sala de sessões da MM. 16ª Vara do

Trabalho de São Paulo Zona Sul, sob a direção do(a) Exmo(a). Sr(a). Juiz(a) do
Trabalho RACHEL WERNER, realizou-se audiência relativa à Ação Trabalhista - Rito
Ordinário número 1001477-45.2023.5.02.0716, supramencionada.
Às 14:15, aberta a audiência, foram apregoadas as partes.
Presente a parte reclamante EDIVAN FERREIRA CAMPOS,

pessoalmente, acompanhado(a) de seu(a) advogado(a), Dr(a). SILENE VIEIRA DE LIMA,
OAB 343436/SP.
Presente a parte reclamada TRANSWOLFF TRANSPORTES E TURISMO

LTDA, representado(a) pelo(a) preposto(a) Sr.(a) . DEBORAH MAIRINY GOMES SILVA,
acompanhado(a) de seu(a) advogado(a), Dr(a). THAIS SILVA DAMASCENO, OAB 466298
/SP.
As partes poderão regularizar a representação processual no prazo

de 5 dias, mediante a juntada de carta de preposição, procuração e/ou
substabelecimento.
A Magistrada que preside o ato esclarece às partes que não está

fisicamente presente na sala de audiências do fórum em virtude de autorização da
Corregedoria para realização de trabalho remoto de forma exclusiva, diante da
condição de lactante, com fundamento no disposto no artigo 1º-A c/c artigo 2º, IV, da
Resolução nº 343 do CNJ, bem como no artigo 6º, §1º do Provimento GP/CR n. 1 de 24
de janeiro de 2023 deste E. TRT.
CONCILIAÇÃO REJEITADA
Neste ato, a parte autora requer a juntada de fotos do acidente de

trabalho sofrido pelo reclamante. Indefiro, por estar preclusa a oportunidade,
tratando-se de documentos que deveriam ter sido juntados com a petição inicial.
Protestos pela parte autora.
Recebida a defesa escrita, com documentos.
Tendo em vista o pedido do autor determina-se a realização de

perícia médica para apuração de ACIDENTE DO TRABALHO, nomeando-se a perita
médica MARIANA ACCARDO DE MORAES FONTES , que deverá apresentar laudo em
Assinado eletronicamente por: RACHEL WERNER - Juntado em: 17/10/2023 15:25:07 - 06929f2
Fls.: 140
60 (sessenta) dias, contados após o prazo deferido às partes para apresentação de

quesitos.
O(A) reclamante deverá levar, no ato da perícia médica, todos os

documentos médicos que possua, inclusive, se for o caso, receituários de
medicamentos.
Defere-se ao(a) reclamante o prazo de 10 (dez) dias para

manifestação sobre a(s) defesa(s) e documentos juntados, sob pena de preclusão,
bem como para apresentar quesitos e indicar assistente técnico. No mesmo prazo,
deverá apresentar demonstrativos das diferenças que entende serem devidas, sob
pena de tê-las por inexistentes
Neste mesmo prazo, ainda, deverá(ão) a(s) reclamada(s) apresentar

quesitos e indicar assistente(s) técnico(s).
As partes informam, neste ato, os e-mails para comunicação do sr

Perito:
- silenevieira@adv.oabsp.org.br (reclamante);
- aesadvogados498@gmail.com (reclamada).
As partes conferiram e confirmaram os e-mails acima digitados.
QUESITOS DO JUÍZO
1. O autor(a) foi acometido por alguma doença e/ou acidente de

trabalho típico?
2. Há nexo causal do trabalho executado na reclamada com a doença

e/ou acidente?
3. O exercício do trabalho atuou como concausa no aparecimento ou

agravamento da doença ou na ocorrência do acidente?
4. Houve concausa mensurável relativa a fatores extralaborais?
5. Quais as alterações e/ou comprometimentos que a doença

diagnosticada acarretou na saúde do(a) reclamante, na sua capacidade laboral e,
ainda, se possível identificar, na sua vida social?
6. Qual o percentual de perda da capacidade laboral?
7. É possível mensurar a capacidade residual de trabalho do

reclamante e a viabilidade de seu aproveitamento no mercado, dentro da sua área
de atuação profissional ou em funções compatíveis?
8. Há possibilidade de reversão do quadro para recuperação da

aptidão normal de trabalho?
Fls.: 141
9. A empresa cumpria todas as normas de segurança e prevenção

indicadas na legislação e outras normas técnicas aplicáveis?
10. No setor de trabalho do(a) reclamante ocorreram casos

semelhantes?
Designe-se Audiência de Instrução para o dia 19/02/2024 às 13:00

horas, devendo as partes comparecer, sob pena de confissão.
Sai ciente uma testemunha do reclamante Sr. GILVAN DOMINGOS DE

SOUZA
As partes se comprometem a trazer suas demais testemunhas

independente de intimação, sob pena de preclusão.
Cientes os presentes acima qualificados. Nada mais.
Audiência encerrada às 14:31 horas.
RACHEL WERNER
Juiz(a) do Trabalho
Ata redigida por FRANCINE ZAGO WEBER, Secretário(a) de Audiência.
Campanha CNJ - "Se Renda à Infância - As diferentes infâncias precisam de você"

(Confira em: https://ww2.trt2.jus.br/noticias/noticias/noticia/destinacao-do-ir-para-
campanha-se-renda-a-infancia-pode-ser-realizada-ate-31-5)
Certificado por TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2A REGIAO:03241738000139
Fls.: 142
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA 16ª VARA DO TRABALHO DE

SÃO PAULO /SP.
PROCESSO Nº 1001477-45.2023.5.02.0716
TRANSWOLFF TRANSPORTES E TURISMO LTDA já

qualificado nos autos do processo em epigrafe, por seu advogado que
esta subscreve, na ação que lhe move EDIVAN FERREIRA CAMPOS, vem,
respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, requerer a juntada
do substabelecimento com reservas de poderes aqueles outorgados na
procuração acostada aos autos, bem como, carta de preposição.
Nestes Termos,
P. Deferimento.

OAB/SP 260.693
Assinado eletronicamente por: JOSE NIVALDO SOUZA AZEVEDO - Juntado em: 17/10/2023 16:41:10 - 1b61957
Fls.: 143
S U B S T A B E L E C I M E N T O
Substabeleço COM reservas de direito, na pessoa de Dr(a) THAIS SILVA

DAMASCENO, OAB 466298/SP, todos os poderes outorgados pelo
Peticionante.

OAB/SP 260.693
Fls.: 144
CARTA DE PREPOSIÇÃO
Pela presente carta de preposição, TRANSWOLFF

TRANSPORTES E TURISMO LTDA, empresa jurídica de direito privado, inscrita no CPNJ/MF
sob o n.º 58.322.512/0001-54, com sede a Rua Olivia Guedes Penteado, nº. 1.401, Socorro,
CEP 04766 - 001, São Paulo, SP, neste ato, representada por seu sócio diretor – Sr. Luiz
Carlos Efigênio Pacheco, na forma de seu contrato social, com domicílio no mesmo
endereço AUTORIZA a Sra. DEBORAH MAIRINY GOMES SILVA, brasileira, inscrito no CPF sob
o nº. 401.338.868-59, a representá-la na qualidade de PREPOSTO no procedimento da 16ª
Vara do Trabalho de São Paulo/SP, proposta por EDIVAN FERREIRA CAMPOS, podendo prestar
depoimento e transigir.
Fls.: 145
PODER JUDICIÁRIO
ATOrd 1001477-45.2023.5.02.0716
Destinatário: MARIANA ACCARDO DE MORAES FONTES
Fica V.Sa intimado para tomar ciência que foi designado como
perito, devendo entregar o laudo pericial no prazo determinado pelo Juízo.
SAO PAULO/SP, 17 de outubro de 2023.
FRANCINE ZAGO WEBER

Secretário de Audiência
Assinado eletronicamente por: FRANCINE ZAGO WEBER - Juntado em: 17/10/2023 16:43:00 - 0b1d306
Fls.: 146
PROCESSO: 1001477-45.2023.5.02.0716.
RECLAMANTE: EDIVAN FERREIRA CAMPOS.
RECLAMADA: TRANSWOLFF TRANSPORTES E TURISMO LTDA.
QUESITOS MÉDICOS
1. Em referência ao acidente citado na inicial, queira a senhora Perita informar se o reclamante

apresentou comprovante de atendimento médico da data deste acidente?
2. O autor no momento do ato pericial apresentou exames de imagem que comprovem a fratura
da extremidade superior do úmero proximal esquerdo, mencionado na inicial?
3. Queira esclarecer a Ilma. Perita Judicial, se no momento do acidente referenciado pelo autor,
ele estava realizando suas atividades rotineiras de Motorista, ou estava, apenas se
locomovendo nas dependências da reclamada quando acabou por cair?
4. Queira esclarecer a Expert. Judicial, se a reclamada cumpriu com as normas previstas,

reconhecendo o referido acidente através de emissão de CAT?
5. O autor no momento do ato pericial, apresentou o CNIS (Extrato Previdenciário do INSS)?
6. Caso SIM para o item anterior, o autor recebeu benefício previdenciário?
7. Caso SIM para o item anterior, se tratou de benefício temporário ou permanente/vitalício?
8. O autor realizou tratamento conservador? Ou realizou intervenção cirúrgica, pós diagnóstico?
9. O autor atualmente encontra-se realizando tratamento para o quadro declarado?
10. Caso SIM para o item anterior, concorda a Ilma. Perita Judicial, que o prognóstico para
fraturas do úmero distal geralmente é positivo, com a maioria dos pacientes se recuperando
completamente após a realização do tratamento adequado?
Rua Leite de Morais, 42 – Cj. 5 – Santana – São Paulo – CEP: 02034-020

Unidade 2: Perícias Judiciais Trabalhistas – Telefone: (11) 98505-3052
www.polygonal.com.br
Assinado eletronicamente por: JOSE NIVALDO SOUZA AZEVEDO - Juntado em: 23/10/2023 15:20:30 - c37cce0
Fls.: 147
DADOS CADASTRAIS DOS ASSISTENTES TÉCNICOS DA RECLAMADA
SAUL BORGES CRUZ – Médico especializado em medicina do trabalho, com registro no Conselho
Regional de Medicina de São Paulo – CRM-SP n°. 77.294.
ALEXANDRE VILLAR ROYO – Médico especializado em perícias médicas, com registro no Conselho
ARTHUR HENRIQUE PONTIN – Médico especializado em perícias médicas, com registro no

Conselho Regional de Medicina de São Paulo – CRM-SP n°. 104.796.
BEATRIZ FÉLIX – Médica especializada em perícias médicas, com registro no Conselho Regional de
Medicina de São Paulo – CRM-SP n°. 245.574.
CAROLINA FÉLIX MONTES – Médica especializada em medicina clínica, com registro no Conselho
Regional de Medicina do Rio de Janeiro – CRM-RJ n°. 52.0107015-5.
LAURA GOMES FLORES – Médica especializada em perícias médicas, com registro no Conselho
MÁRIO SÉRGIO DE SOUSA RODRIGUES – Médico especializado em perícias médicas, com registro
no Conselho Regional de Medicina de São Paulo – CRM-SP n°. 78.248.
RAQUEL DE ANDRADE – Médica especializado em perícias médicas, com registro no Conselho

RONALDO DE COLLA MOREIRA FILHO, Médica especializado em perícias médicas, com registro no
Conselho Regional de Medicina de São Paulo – CRM-SP n°. 201.558.

Fls.: 148
Prezado PERITO JUDICIAL INDICADO NOS AUTOS
Na qualidade de ASSISTENTE TÉCNICO DA RECLAMADA, indicados no processo em questão,

solicito-vos a gentileza de informar previamente estes signatários, a data de realização da perícia
técnica, através dos meios abaixo:
Telefones: (11) 98505-3052 / (11) 98176-0040

E-mails: assistencias@polygonal.com.br
Desde já deixamos aqui nossos préstimos de elevada estima e consideração e colocamo-nos à

disposição para quaisquer esclarecimentos que se façam necessários.

SUMÁRIO
Documentos
Data da
Id. Documento Tipo
Assinatura
50000e2 28/09/2023 18:29 Petição Inicial Petição Inicial
2e99a7c 28/09/2023 18:29 01. Procuração Procuração
Declaração de
7f29f3f 28/09/2023 18:29 02. Declaração de Hipossuficiência Hipossuficiência
a5e4751 28/09/2023 18:29 06. Fisioterapias Documento Diverso
fb03faf 28/09/2023 18:29 07. Relatório de Fisioterapias Documento Diverso
Comunicação de
b858597 28/09/2023 18:29 08. CAT Acidente de Trabalho
(CAT)
797a97b 28/09/2023 18:29 09. Ressonãncias Documento Diverso
e7462e5 28/09/2023 18:29 10. Eletroneuromiografia de Membros Superiores 27.04.23 Documento Diverso
9c588e3 28/09/2023 18:29 11 Eletroneuromiografia de Membros Superiores 29.12.2022 Documento Diverso
8a3e8d4 28/09/2023 18:29 12 Eletroneuromiografia de Membros Superiores Documento Diverso
780c2d9 28/09/2023 18:29 13 Eletroneuromiografia de Membros Superiores Documento Diverso
2492096 28/09/2023 18:29 14 Eletroneuromiografia de Membros Superiores Documento Diverso
8720b1a 28/09/2023 18:29 15. Resultado da Última Perícia Médica Documento Diverso
Convenção Coletiva de
9d66225 28/09/2023 18:29 CCT-2021.2022 Trabalho (CCT)
08b8e04 29/09/2023 13:03 Intimação Intimação
553fc5b 29/09/2023 13:03 Intimação Intimação
ecc06a3 29/09/2023 13:03 Notificação Notificação
aef4705 03/10/2023 17:46 Decisão Decisão
0a6454e 04/10/2023 07:37 Intimação Intimação
Solicitação de
c600b63 10/10/2023 16:02 Habilitação Habilitação
c5a21e9 10/10/2023 16:02 01.Procuração TW Procuração
28508c8 10/10/2023 16:02 02. contrato social Contrato Social
Solicitação de
8960b9a 10/10/2023 16:06 Habilitação Habilitação
039343d 10/10/2023 16:06 01.Procuração TW Procuração
d1a9d52 10/10/2023 16:06 02. contrato social Contrato Social
5e4db0d 17/10/2023 11:16 Contestação Contestação
3d54ba5 17/10/2023 11:16 VIDEO 1 Documento Diverso
78e174a 17/10/2023 11:16 VIDEO 2 Documento Diverso
37b3e43 17/10/2023 13:39 Manifestação Manifestação
88fb57c 17/10/2023 13:39 CARTA CONVITE - EDIVAN FERREIRA CAMPOS Documento Diverso
06929f2 17/10/2023 15:25 Ata da Audiência Ata da Audiência

Apresentação de
Substabelecimento
1b61957 17/10/2023 16:41 Apresentação de Substabelecimento com Reserva de Poderes com Reserva de
Poderes
0b1d306 17/10/2023 16:43 perito Intimação
Apresentação de
c37cce0 23/10/2023 15:20 Apresentação de Quesitos Quesitos

Processo 1001477-45.2023.5.02.0716

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Fls.

Ação Trabalhista - Rito Ordinário

Processo Judicial Eletrônico

Data da Autuação: 28/09/2023

EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA 16ª VARA DO

EDIVAN FERREIRA CAMPOS, brasileiro, casado, MOTORISTA, nascido em

em face de TRANSWOLFF TRANSPOTES E TURISMO LTDA, pessoa

I.I – DA CONEXÃO COM A RECLAMATÓRIA TRABALHISTA DE Nº

Em breve síntese, o objeto da ação é o pedido de rescisão indireta do contrato de

de domingos e feriados laborados em dobro, o adicional noturno, diferenças salariais,

O citado processo se encontra em fase de instrução processual, com audiência

Por sua vez, em consonância com os princípios da celeridade e economia

I.II - DA JUSTIÇA GRATUITA

Inicialmente, deverão ser deferidos os benefícios da justiça gratuita em favor do

Sucessivamente, caso não aplicado o § 3º do artigo 99 do Código de Processo Civil,

Ademais, cumpre ressaltar, desde já que, o Superior Tribunal Federal, em

Ainda, merece ser observado o enunciado nº 100, aprovado na 2ª Jornada de Direito

HONORÁRIOS E ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA -

Em todos os casos, merece ser acolhida a tese de inconstitucionalidade, com sua

Por todo o exposto, requer-se a concessão do benefício da gratuidade da justiça ao

I.III – ADESÃO AO JUÍZO 100% DIGITAL

II – DO CONTRATO DE TRABALHO E DA SÍNTESE DOS FATOS

O Reclamante foi contratado pela Reclamada em 10/07/2018, para exercer a função

Entretanto, em decorrência de um acidente de trabalho sofrido nas dependências do

Na ocasião, o Reclamante sofreu uma queda, fraturando a extremidade superior do

III.I – DO ACIDENTE DE TRABALHO E DA RESPONSABILIDADE

Conforme registrado, o Reclamante sofreu um acidente de trabalho no dia 20 de

Quando do acidente a Reclamada, não prestou socorro ao Reclamante.

Como resultado do acidente, foi diagnosticado no Reclamante a condição médica

O exame de eletroneuromiografia, realizado em 27 de abril de 2023, confirmou o

Portanto, conforme verifica-se nos documentos médicos anexados com a presente

Este CID pode levar à disfunção do movimento, sensibilidade e outros problemas

O exame de eletroneuromiografia demonstra que há um comprometimento

O Reclamante precisa fazer tratamento fisioterápico decorrente da lesão, devendo

Os laudos e exames em anexo também comprovam que o Reclamante teve redução

Ou seja, é incontroverso que o Reclamante teve sua capacidade laboral reduzida de

A empresa Ré negligenciou normas imprescindíveis de segurança e medicina do

Frise-se que a Reclamada expôs o Reclamante a trabalho sem a entrega de EPI’s

Ainda, quando do acidente de trabalho o local estava pouco iluminado e sem a

O artigo 19 da lei 8.213/91 descreve o que é acidente de trabalho:

Art. 19. Acidente de trabalho é o que ocorre pelo exercício

As normas emanadas no artigo 157 e incisos da Consolidação das Leis do Trabalho

Ante o exposto, requer-se a verificação, através de prova pericial com médico

III.II – DA ESTABILIDADE E DA INDENIZAÇÃO SUBSTITUTIVA

Conforme demonstrado preliminarmente, o Reclamante ajuizou a Reclamatória

ACIDENTE DO TRABALHO. INDENIZAÇÃO PELA

A rescisão indireta, ou justa causa do empregador, equivale à dispensa sem justa

Portanto, requer-se que o período de estabilidade seja indenizado, já que

Considerando que o Reclamante, fez renúncia ao pedido de rescisão indireta,

Portanto, requer-se que a Reclamada seja condenada ao pagamento dos salários

III.III – DOS DANOS MORAIS

Conforme narrado supra, o Reclamante sofreu acidente de trabalho, com lesões e

Nesse caso, portanto, é incontroversa a dor e o sofrimento experimentados pelo

A responsabilidade é objetiva, bastando a prova do nexo causal entre o acidente e

Nesse sentido, cabe destacar a jurisprudência:

INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS

incontroverso que o autor sofreu acidente de trabalho

É evidente que tais fatos afetaram o psicológico e o emocional do Reclamante,

A responsabilidade subjetiva baseia-se na culpa do agente, ou seja, quando agindo

Trata-se da proteção aos atributos valorativos da personalidade humana,

O atual Código Civil trata dos pressupostos da responsabilidade civil e da

Os fatos ora narrados demonstram que houve violação de dispositivos legais e

Ante as razões expostas, o Reclamante é credor de indenização por danos morais,