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05/10/2020
Número: 0825868-37.2018.8.15.2001
Classe: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL
Órgão julgador: 6ª Vara de Fazenda Pública da Capital
Última distribuição : 17/05/2018
Valor da causa: R$ 24.127,09
Assuntos: Licença Prêmio
Segredo de justiça? NÃO
Justiça gratuita? SIM
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? NÃO
Partes Procurador/Terceiro vinculado
PEDRO ABRANTES DE OLIVEIRA (AUTOR) ALCIR BARROS DA SILVA (ADVOGADO)
ESTADO DA PARAÍBA (REU)
Documentos
Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
14339 17/05/2018 15:32 ÇÃO DE COBRANÇA DE LICENÇA-PRÊMIO Petição Inicial
557
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA COMARCA DE JOÃO PESSOA
PARAIBA POR DISTRIBUIÇÃO
PRELIMINARMENTE
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Assim, faz uso desta declaração inserida na presente petição inicial, para
requerer os benefícios da justiça gratuita.
1. DOS FATOS
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Complementar 39/85, fato que o fez vir buscar a via judicial para cobrar
indenização no valor 03(três) meses de sua ultima remuneração, sendo estas
remunerações, corrigidos pelos índices judiciais incidindo juros de mora.
Art. 139 - Após dez (10) anos de serviço público, o funcionário fará jus a
uma licença de seis ( 6 ) meses, com percepção da retribuição do cargo
efetivo, mais as vantagens do cargo em comissão, função gratificada ou
encargo assemelhado que estiver exercendo.
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CONSTITUCIONAL DO ANO DE 2008. PROCEDÊNCIA DO PEDIDO.
APELAÇÃO. SENTENÇA ILÍQUIDA. APLICAÇÃO DA SÚMULA Nº 490,
DO STJ. CONHECIMENTO DE OFÍCIO DA REMESSA NECESSÁRIA.
VÍNCULO LABORATIVO COMPROVADO. PAGAMENTO DAS
RUBRICAS OU AUSÊNCIA DE DIREITO À PERCEPÇÃO DA VERBA.
FATOS IMPEDITIVOS, MODIFICATIVOS OU EXTINTIVOS DO DIREITO
DO AUTOR. ÔNUS PROBATÓRIO DO RÉU. INTELIGÊNCIA DO ART.
333, II, DO CPC/73, ENTÃO VIGENTE. ADIMPLEMENTO DO MÊS DE
NOVEMBRO E DE PARTE DO DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO DE 2008
COM RELAÇÃO A ALGUNS PROMOVENTES. EXCLUSÃO DA
CONDENAÇÃO. NOMEAÇÃO DE CINCO AUTORAS NO ANO DE 2008.
DIREITO À GRATIFICAÇÃO NATALINA PROPORCIONAL DO
PERÍODO. INDENIZAÇÃO DE FÉRIAS NÃO GOZADAS. SERVIDORES
EM ATIVIDADE. POSSIBILIDADE DE FRUIÇÃO EM QUALQUER
TEMPO. PROVA DO ROMPIMENTO DO VÍNCULO (APOSENTADORIA)
POR APENAS UM DOS DEMANDANTES. TERÇO CONSTITUCIONAL
DE FÉRIAS. DEMANDADAS QUE AINDA NÃO HAVIAM ALCANÇADO O
PERÍODO AQUISITIVO DE DOZE MESES NO ANO DE 2008. NÃO
CABIMENTO. REFORMA PARCIAL DA SENTENÇA. PROVIMENTO
PARCIAL. 1. “A dispensa de reexame necessário, quando o valor da
condenação ou do direito controvertido for inferior a sessenta salários
mínimo, não se aplica a sentenças ilíquidas.” (Súmula 490, STJ) 2.
Demonstrado o vínculo laboral entre o servidor municipal e a
Administração, cabe a esta demonstrar a quitação das verbas
remuneratórias reclamadas ou provar que o funcionário não faz jus a sua
percepção, porquanto lhe pertence o ônus de trazer aos autos fato
impeditivo, modificativo ou extintivo do direito autoral. 3. O servidor
público ainda em atividade não tem direito à indenização por férias
não gozadas, quando inexistente previsão em lei específica nesse
sentido, posto que poderá usufruí-las a qualquer tempo, enquanto
não sobrevier o rompimento do vínculo com a Administração. 4. O
direito às férias é adquirido após o período de doze meses trabalhados,
sendo devido o pagamento do respectivo terço constitucional
independentemente do gozo.
Vale ressaltar que, o Autor não gozou das licenças-prêmios por falta de
adequação junto ao calendário do hospital e por pouca demanda de funcionários
perfazendo-se por todo o período de trabalho.
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ao Autor, se não pleitear em juízo e garantir assim, o seu direito de receber as
licenças-prêmios adquiridas em forma de pecúnia.
http://portal.tce.pb.gov.br/wp-content/uploads/2013/09/constituicaoestadualpb.pdf)
promulgada em 5 de outubro de 1989 estabelece como direito do servidor
publico a licença premio por decênio de serviço prestado ao Estado porem este
item permaneceu até dezembro de 2003 sendo omitido na EMENDA
CONSTITUCIONAL N° 18, DE 09 de Dezembro de 2003.
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perfaz a quantia de R$ 24.127,09 (vinte e quatro mil cento e vinte sete reais e
nove centavos), conforme calculo em planilha abaixo:
Dados informados
Dados calculados
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monetária, a ser aplicada desde a data da aposentadoria (
considerando a base de cálculo utilizada como a última remuneração
recebida). 5. É cabível a inclusão do abono de permanência, do
décimo terceiro salário proporcional e do terço constitucional de
férias na base de cálculo das parcelas devidas a título de
licença-prêmio não usufruída e convertida em pecúnia. 6. (...)
JURISPRUDÊNCIA
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UNIFORMIZAÇÃO DO DIA 28/04/2014 - PUBLICADO NO DJE N. 1861
EM 30/04/2014). ENCARGOS MORATÓRIOS DOS DÉBITOS DEVIDOS
PELA FAZENDA PÚBLICA -REPERCUSSÃO GERAL NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO N. 870.947/SE (TEMA N. 810) APLICABILIDADE
EXCLUSIVA DA FASE DE PRECATÓRIOS.” Os embargos declaratórios
opostos foram rejeitados (eDOC 14, p. 1). No recurso extraordinário, com
fundamento no art. 102, III, a, do permissivo constitucional, aponta-se
ofensa aos arts. 1º, 5º, II, 37 e 97, da Constituição Federal. Nas razões
recursais, sustenta-se, em suma, que “O art.190-A da LC nº 381/07, com
a redação da LC nº 534/11, já acima transcrito, inclusive incentiva o seu
gozo, prescrevendo que o servidor – às vésperas da inatividade - tem
preferência sobre os demais para o usufruto do benefício, sendo que a
sua passagem à inatividade sem prévio requerimento implica na perda do
direito de gozo. E isto é uma determinação à administração pública!
Portanto, o acórdão, ao acolher o pedido inicial, não levou em conta o que
dispõem os arts. 5º, II, e 37, da CF, acarretando violação ao princípio da
legalidade. Ora, tal princípio é capital à configuração do regime jurídico
administrativo e, consequentemente, do Estado de Direito.” (eDOC 16, p.
6, grifo no original). A Presidência da Oitava Turma de Recursos do TJ/SC
inadmitiu o recurso mediante o óbice da incidência das Súmulas 280, 282,
286 e 356 do STF (eDOC 18). É o relatório. Decido. A irresignação não
merece prosperar. Verifica-se que o Tribunal de origem, quando do
julgamento da apelação, à luz da jurisprudência pacificada do TJ/SC,
decidiu que "convertida a licença-prêmio em pecúnia, o valor pago
tem natureza indenizatória, pouco importando se não foi ela gozada
por necessidade de serviço" (TJSC, AC n. 2004.010368-9, Des. Newton
Trisotto) (eDOC 11, p. 4), como se vê de parte de trecho do voto condutor
do acórdão: “Sustenta em suas razões que o § 4º do art. 190-A da Lei
Complementar Estadual 381/07, com redação dada pela também Lei
Complementar Estadual 534/11, veda a conversão da licença-prêmio ou
especial em pecúnia caso o servidor não apresente prévio requerimento
de gozo da referida benesse, resultando na perda do direito. Ledo
engano. Tenho que, garantido ao servidor público e incorporado em
seu patrimônio jurídico o direito à vantagem da licença-prêmio ou
especial, tem ele o direito a ser indenizado da remuneração a que
teria direito nos respectivos períodos que deixou de gozar durante o
exercício das funções de seu cargo em razão de sua aposentadoria.”
(eDOC 11, p.3) Sendo esses os fundamentos acolhidos pelo acórdão
recorrido, eventual divergência em relação ao entendimento adotado pelo
juízo a quo demandaria o exame da legislação local aplicável à espécie
(Lei Complementar Estadual 381/07 e 534/11), o que inviabiliza o
processamento do apelo extremo, tendo em vista a vedação contida na
Súmula 280 do STF. (...). Ante o exposto, nego provimento ao recurso,
nos termos do art. 932, IV, a e b, do Código de Processo Civil, e majoro
em ¼ (um quarto) a verba honorária fixada anteriormente, devendo
ser observados os limites dos §§ 2º , 3º e 11 do artigo 85, do mesmo
dispositivo legal. Publique-se. Brasília, 6 de outubro de 2017. Ministro
Edson Fachin Relator Documento assinado digitalmente
(STF - ARE 1059989, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, julgado em
06/10/2017, publicado em PROCESSO ELETRÔNICO DJe-233 DIVULG
10/10/2017 PUBLIC 11/10/2017)
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IMPOSTO DE RENDA. I - Remessa oficial de sentença que julgou
procedente o pedido para condenar a UNIÃO a converter em pecúnia as
licenças-prêmio não gozadas pelos demandantes, indenizando os
autores em montantes fixados de acordo com o número de meses,
tomando-se por base de cálculo o valor da remuneração no
momento em que lhes foi negado o direito ao gozo das
licenças-prêmio (fevereiro de 2013). II - Considerando que a
licença-prêmio é uma vantagem não prevista na LOMAN, impõe-se o
resguardo do direito à conversão em pecúnia das licenças-prêmios do
magistrado que as adquiriu, em cargo anterior, estas não gozadas em
face do interesse público, tampouco contadas em dobro para fins de
contagem de tempo de serviço para efeito de aposentadoria, com
fundamento na responsabilidade objetiva do Estado (artigo 37, parágrafo
6º, da CF/88) e no princípio que veda o enriquecimento ilícito da
Administração. III - Pagamento em montante equivalente ao número
de meses de licença, tomando-se por base de cálculo o valor da
remuneração no momento em que lhes foi negado o direito ao gozo das
licenças- prêmio, posto que o referido benefício era assegurado ao
servidor, a título de prêmio por assiduidade, com a remuneração do cargo
efetivo (artigo 87 da Lei 8.112/90). IV - Não incide imposto de renda
sobre os valores pagos a título de conversão da licença-prêmio não
gozada em pecúnia, em face do seu caráter indenizatório. Precedente
do STJ. AgRg no AREsp 160113 / DF. Rel. Min. Sérgio Kukina. Julg.
21/05/2013. DJe 27/05/2013. V - Remessa oficial improvida.
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nem a computaram em dobro, para fins de aposentadoria, fazem jus à sua
conversão em pecúnia, uma vez que a Lei resguardou o direito daqueles
que já haviam adquirido o direito, sob pena de enriquecimento ilícito da
Administração. 4. Sobre as prestações devidas deve incidir correção
monetária, a ser aplicada desde a data da aposentadoria (
considerando a base de cálculo utilizada como a última remuneração
recebida). 5. É cabível a inclusão do abono de permanência, do
décimo terceiro salário proporcional e do terço constitucional de
férias na base de cálculo das parcelas devidas a título de
licença-prêmio não usufruída e convertida em pecúnia. 6. (...)
DA PRESCRIÇÃO
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licença-prêmio não gozada somente se inicia com o registro da
aposentadoria no Tribunal de Contas. 2. Quando o agravo interno for
declarado manifestamente inadmissível ou improcedente em votação
unânime, o órgão colegiado, em decisão fundamentada, condenará o
agravante a pagar ao agravado multa fixada entre um e cinco por cento do
valor atualizado da causa (art. 1.021, § 4º, do CPC/2015).
3. Agravo interno desprovido, com aplicação de multa.
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DOBRO INEFICAZ PARA O INGRESSO NA RESERVA REMUNERADA
. CONVERSÃO EM PECÚNIA. POSSIBILIDADE. PRESCRIÇÃO.
TERMO INICIAL. ATO DA APOSENTADORIA.
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Quando o direito do Autor depender da comprovação de fato
constitutivo negativo, como no caso em comento, o alegado não pagamento da
licença premio, o ônus da prova recairá, inevitavelmente, sobre a parte adversa,
no caso a Administração Publica, a qual não se desincumbindo de seu ônus,
devendo suportá-la. Portanto, esta deve provar que realizou o pagamento ou não
das licenças prêmio ao Autor, segundo a dicção do art. 373 , II , do CPC, o qual
preceitua neste sentido. É obrigação da entidade pública demonstrar o fato
impeditivo ao direito pleiteado pelo Autor. Além do mais, o Autor não tem meios
de comprovação, tanto quanto o Ente Publico, inevitavelmente, esta devera
suportar ônus da prova.
JURISPRUDENCIA
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do servidor nos moldes da legislação vigente, objeto da ação de
cobrança, em consonância com o disposto no art. 373, II, do
CPC/2015. (TJPB - ACÓRDÃO/DECISÃO do Processo Nº
00005938320158150301, 3ª Câmara Especializada Cível, Relator DESA.
MARIA DAS GRAÇAS MORAIS GUEDES , j. em 09-10-2017)
DO DIREITO
Vejamos que, o fato do Autor não ter gozado tais licenças, ocorreu
devido à falta de ajuste na questão dos requisitos, como a adequação do
calendário, necessidade de autorização e nova contratação, além de toda a
demanda de trabalho por falta de mão de obra.
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Decisão: Trata-se de agravo regimental interposto em face de decisão
monocrática em que neguei provimento ao recurso com base na Súmula
280/STF. Verifica-se que esta Corte, ao apreciar o ARE 721.001-RG (
tema 635), Rel. Min. Gilmar Mendes, Tribunal Pleno, DJe 7.3.2013,
reconheceu a existência de repercussão geral da matéria em debate e
reafirmou a jurisprudência do STF, no sentido de que, à luz da proibição
do enriquecimento sem causa, é devida a conversão de férias não
usufruídas, bem assim de outros direitos de natureza remuneratória,
como a licença prêmio, em indenização pecuniária por aqueles que
não mais podem delas usufruir, quer pela inatividade, quer pelo
rompimento do vínculo com a Administração Pública. O acórdão
restou assim ementado: “Recurso extraordinário com agravo. 2.
Administrativo. Servidor Público. 3. Conversão de férias não gozadas –
bem como outros direitos de natureza remuneratória – em
indenização pecuniária, por aqueles que não mais podem delas
usufruir. Possibilidade. Vedação do enriquecimento sem causa da
Administração. 4. Repercussão Geral reconhecida para reafirmar a
jurisprudência desta Corte.” Ante o exposto, reconsidero a decisão
agravada e, em consequência, julgo prejudicado o agravo regimental,
determinando a remessa dos autos ao Tribunal de origem para
adequação ao disposto no artigo 1.036 do Código de Processo Civil, nos
termos do art. 328 do RISTF. Publique-se. Brasília, 04 de abril de 2018.
Ministro Edson Fachin Relator Documento assinado digitalmente
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E o TJPB sobre o este assunto, assim se posicionou:
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usufruída ser convertida em pecúnia, a fim de indenizar o servidor e
evitar o enriquecimento ilícito da Administração. (STJ; AgInt-REsp
1.651.790; Proc. 2017/0022735-7; RS; Segunda Turma; Rel. Min. Mauro
Campbell Marques; DJE 14/06/2017).
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LICENÇA-PRÊMIO NÃO GOZADA. REQUERIMENTO
ADMINISTRATIVO. DESNECESSIDADE. PRINCÍPIO QUE VEDA O
ENRIQUECIMENTO ILÍCITO DA ADMINISTRAÇÃO. 1. É deficiente a
fundamentação do Recurso Especial em que a alegação de ofensa ao art.
535 do CPC/1973 se faz de forma genérica, sem a demonstração exata
dos pontos pelos quais o acórdão se fez omisso, contraditório ou obscuro.
Aplica-se, na hipótese, o óbice da Súmula 284 do STF. 2. A orientação
do Superior Tribunal de Justiça é no sentido de que é cabível a
conversão em pecúnia da licença-prêmio e/ou férias não gozadas,
independentemente de requerimento administrativo, sob pena de
configuração do enriquecimento ilícito da Administração. 3. Recurso
Especial parcialmente conhecido e, nessa parte, provido, para anular o
acórdão recorrido e restabelecer a sentença de 1° grau.
A propósito:
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patrimonial e, por consequência, a aplicação do art. 43 do CTN. 4.
Recurso especial provido em parte.
DOS PEDIDOS
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não gozadas, no valor de R$ 24.127,09 (vinte e quatro mil cento e vinte sete
reais e nove centavos), conforme planilha de calculo acima descrita, valor este,
corrigido até a data de 01/03/2018, e que seja devidamente acrescido de juros e
correção até a data do efetivo pagamento;
f) Que não seja incidido desconto de verba previdenciária e imposto de renda por
se tratar de verba indenizatória;
Pede deferimento
OAB/PB 10.289
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