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CURSO TÉCNICO EM RECURSOS HUMANOS

CH: 36 horas

UC4: Apoiar e executar ações referentes a rotinas de admissão e demissão de colaboradores

Docente: Valdecy Bernardes de Alarcão Neto

Senac/ CEP Rio Verde


ADMISSÃO A admissão de funcionários é uma das
muitas rotinas do departamento
pessoal

Feita após as etapas de recrutamento e


seleção
Envolve as questões administrativas e
jurídicas que compõem a contratação
formal de novos colaboradores
Cada empresa pode ter alguns
procedimentos específicos de processos
até chegar na parte de admissão
Como fazer uma admissão?

Assim que a empresa decide qual profissional foi aprovado no


processo seletivo, o DP entra em cena para orientá-lo sobre os
documentos e medidas necessárias para formalizar a
contratação.

Uma das primeiras coisas a serem feitas é o agendamento


do exame médico admissional, que decretará se o
colaborador está apto, física e mentalmente, para exercer
a função.
Também cabe ao DP cuidar da:
Anotações na Carteira de Abertura de registro de
Trabalho e Previdência funcionário junto ao
Social (CTPS); Ministério do Trabalho
e Emprego (MTE);

Geração do
número de registro
de ponto;

Solicitação dos
Arquivamento de todos benefícios (como
os documentos; plano de saúde e vale-
alimentação)
Remuneração de colaboradores 
A remuneração de funcionários no Brasil varia
de acordo com diversos fatores, como o setor
de atuação, o cargo, a experiência e a
localização geográfica.
Executa tarefas mais
Júnior geralmente é complexas e possui uma Total autonomia para
utilizado para alguém maior autonomia, mas tomar decisões e pode
que acabou de se formar ainda precisa da assumir funções de
na universidade e está autorização de sua gestora liderança. 
iniciando sua carreira.  ou gestor para tomar
decisões. 

5 anos 6 a 9 anos > 10 anos


Até 5 anos de experiência,
Também está com uma
apesar de não ser uma
maior maturidade e  Uma pessoa sênior possui
regra e terem diversos
conhecimento na área mais de 10 anos de
profissionais que podem
e, em geral, tem entre 6 experiência, tem
ter mais ou menos anos de
e 9 anos de experiência
experiência.
Geralmente, os empregadores seguem as leis trabalhistas
que definem um salário mínimo nacional e regras para horas
extras, férias, décimo terceiro salário e benefícios.

Além disso, algumas empresas oferecem benefícios adicionais,


como plano de saúde, vale-refeição e participação nos lucros.

É importante consultar a legislação vigente e acordos coletivos para


entender melhor os valores e direitos dos funcionários no Brasil.
DEMISSÃO

A demissão nada mais é do que a


manifestação expressa de
encerrar um vínculo
empregatício.

Ele pode ocorrer de maneiras distintas, sendo elas por


solicitação do colaborador ou por interesse do empregador.
O que mudou com a reforma trabalhista?
1. Mudança no prazo de pagamento das multas
rescisórias, para o colaborador, bem como outros
direitos. O prazo agora é de 10 dias — não importando
se o empregado cumpriu ou não o período de aviso-
prévio;

2. Homologação sindical, que até então


era obrigatória para funcionários com
mais de um ano de contrato de trabalho.
Agora, se ambas as partes estiverem de
acordo, o procedimento pode ser
dispensado;
Quais os direitos do colaborador demitido?

Seguro-desemprego 
Os profissionais que trabalharam em uma
empresa por, pelo menos, 12 meses e suas
demissões foram motivadas pelo
empregador, possuem direito ao seguro-
desemprego.
Saque do FGTS

O Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) é um


benefício que a empresa deve depositar mensalmente em uma
conta vinculada à Caixa Econômica Federal. Esse valor mensal 
corresponde a 8% do salário do empregado.

Quando ocorre a demissão sem justa causa, o profissional pode solicitar


o saque do FGTS e ainda tem o acréscimo de uma multa de 40% desse
total. Quando a demissão é expressa pelo funcionário, esse saque não
pode ser efetuado.
Aviso prévio (trabalhado e indenizado)

O aviso prévio é um período de transição após o pedido de


demissão ser manifestado. Ele pode ocorrer de duas
formas: trabalhado ou aviso prévio indenizado.

No caso da demissão sem justa causa, por exemplo, a empresa


deve notificar o colaborador com 30 dias de antecedência

O mesmo vale para as demissões manifestadas por conta do


empregado. Nesses casos, os 30 dias remunerados devem ser
cumpridos após o pedido
Acerto trabalhista

Saldo de salário (ou salário proporcional);

Férias (vencidas e/ou proporcionais);

13° salário;

Banco de horas;
Remuneração

Remuneração é a soma, a totalidade dos valores que o colaborador


tem direito a receber pelo período em que executou suas tarefas.

No mercado, existe uma variação nos tipos de remuneração e cada


empresa escolhe aquela que mais se adequa ao seu perfil. 

Seja ela adequada a valores que consideram a competência do


colaborador, cargo do profissional ou até acréscimos oriundos de
um plano de benefícios.
Artigo 457 CLT

O termo remuneração está previsto no artigo 457 da CLT, que


destaca os direitos e obrigações da empresa neste pagamento. 

 Art. 457 - Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os


efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo
empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber.   
§ 1o  Integram o salário a importância fixa estipulada, as
gratificações legais e as comissões pagas pelo empregador. 

§ 2o  As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo,


auxílio-alimentação, vedado seu pagamento em dinheiro, diárias para
viagem, prêmios e abonos não integram a remuneração do empregado, não
se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base de incidência
de qualquer encargo trabalhista e previdenciário. 
§ 3º  Considera-se gorjeta não só a importância espontaneamente
dada pelo cliente ao empregado, como também o valor cobrado pela
empresa, como serviço ou adicional, a qualquer título, e destinado à
distribuição aos empregados.

§ 4o  Consideram-se prêmios as liberalidades concedidas pelo empregador


em forma de bens, serviços ou valor em dinheiro a empregado ou a grupo
de empregados, em razão de desempenho superior ao ordinariamente
esperado no exercício de suas atividades.  
O que compõe a remuneração?
Por considerar a totalidade dos valores que o colaborador tem direito a
receber, a remuneração é formada por uma série de verbas, que podem
variar de acordo com a empresa. 
Entre os principais valores extras, que fazem parte dos tipo de
remuneração, estão:

Horas extras;  Comissões;

Décimo terceiro;  Participação nos lucros;


• Adicionais (noturno, 
Férias;
periculosidade e 
Descanso semanal remunerado; insalubridade);
Jornada de Trabalho
Artigo 58 CLT

Art. 58 - A duração normal do trabalho, para os empregados em


qualquer atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias,
desde que não seja fixado expressamente outro limite.

 §1o Não serão descontadas nem computadas como jornada


extraordinária as variações de horário no registro de ponto não
excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos
diários.  
§ 2º  O tempo despendido pelo empregado desde a sua residência até a
efetiva ocupação do posto de trabalho e para o seu retorno, caminhando
ou por qualquer meio de transporte, inclusive o fornecido pelo
empregador, não será computado na jornada de trabalho, por não ser
tempo à disposição do empregador.  

Art. 58-A. § 3º  As horas suplementares à duração do trabalho


semanal normal serão pagas com o acréscimo de 50% (cinquenta
por cento) sobre o salário-hora normal.  

Art. 59.  A duração diária do trabalho poderá ser acrescida de horas


extras, em número não excedente de duas, por acordo individual,
convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho.  
Art. 59. § 6o  É lícito o regime de compensação de jornada estabelecido por
acordo individual, tácito ou escrito, para a compensação no mesmo mês.  
Art. 129 - Todo empregado terá direito anualmente ao gozo de um período de
férias, sem prejuízo da remuneração.
§ 2º - O período das férias será computado, para todos os efeitos, como tempo de
serviço.

Férias
Art. 134 - As férias serão concedidas por ato do empregador, em um
só período, nos 12 (doze) meses subseqüentes à data em que o
empregado tiver adquirido o direito.

§ 1o  Desde que haja concordância do empregado, as férias poderão ser


usufruídas em até três períodos, sendo que um deles não poderá ser
inferior a quatorze dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a
cinco dias corridos, cada um.

§ 3o  É vedado o início das férias no período de dois dias que antecede
feriado ou dia de repouso semanal remunerado.
Art. 136 - A época da concessão das férias será a que melhor
consulte os interesses do empregador.

§ 2º - O empregado estudante, menor de 18 (dezoito) anos, terá


direito a fazer coincidir suas férias com as férias escolares.  
DAS FÉRIAS COLETIVAS

 Art. 139 - Poderão ser concedidas férias coletivas a todos os empregados de


uma empresa ou de determinados estabelecimentos ou setores da empresa.

§ 1º - As férias poderão ser gozadas em 2 (dois) períodos anuais desde


que nenhum deles seja inferior a 10 (dez) dias corridos.  

§ 2º - Para os fins previstos neste artigo, o empregador comunicará ao


órgão local do Ministério do Trabalho, com a antecedência mínima de 15
(quinze) dias, as datas de início e fim das férias, precisando quais os
estabelecimentos ou setores abrangidos pela medida.  
§ 3º - Em igual prazo, o empregador enviará cópia da aludida
comunicação aos sindicatos representativos da respectiva categoria
profissional, e providenciará a afixação de aviso nos locais de trabalho.  
Art. 140 - Os empregados contratados há menos de 12 (doze)
meses gozarão, na oportunidade, férias proporcionais, iniciando-
se, então, novo período aquisitivo. 
Poder disciplinador do empregador

O Poder Disciplinar é conceituado como um aglomerado de prerrogativas


conferidas ao empregador, que o permite a impor sanções disciplinares
quando do descumprimento das obrigações do contrato de trabalho pelo
empregado.
Mas de onde vem a sua fundamentação?

O Poder de empregador está previsto no art. 2º da CLT, que


define como diretor da prestação pessoal de serviços o patrono.

emos que quem assume os riscos da atividade econômica, organiza e


controla a prestação de serviços é o empregador, logo, este tem o
direito de impor sanções e penalidades aos trabalhadores que
descumpram o contrato de trabalho.
Desta forma, vê-se que o empregado está subordinado às ordens dadas pelo
seu empregador, visando sempre cumprir com a melhor dinâmica e
organização de trabalho estabelecidas por ele. Assim, os desvios e
desobediências às regras impostas, estarão passíveis de serem penalizadas.
As penalidades previstas pela CLT são:

Advertência: A advertência pode ser tanto verbal como por escrito. Consiste
num aviso cujo objetivo é prevenir e alertar o empregado sobre a ilicitude de
seu comportamento. A advertência tem o condão de destacar que a persistência
de tal conduta pode levar à rescisão do contrato de trabalho por justa causa.

Dispensa por justa causa: É a penalidade mais gravosa a ser aplicada ao


funcionário. A dispensa por justa causa acontece quando o funcionário pratica
alguma das condutas descritas no art. 482 da CLT, das quais se tem incluída a
insubordinação e a indisciplina.
Suspensão: Prevista no art. 474 da CLT, a suspensão é uma penalidade mais
gravosa imposta ao empregado, pois lhe impõe uma proibição de prestação
de seus serviços à empresa durante o período de sua duração, o qual não
poderá ser maior do que 30 dias consecutivos, impedindo também que o
empregado suspenso receba o salário durante o seu afastamento. Por isso, a
suspensão deve ser aplicada com muita cautela, devendo o patrono deixar
bem claro os critérios para essa punição.
Mas é importante destacar que os poderes disciplinares do
empregador não são absolutos.

A própria Constituição Federal e a CLT dispõem sobre a limitação das


ações disciplinares, como exemplo, o dever de respeitar a intimidade e a
dignidade do empregado, não podendo a sanção penal infringir seus
direitos personalíssimos previstos legalmente.
Faça uma análise geral sobre o que você entendeu
de PRO e CONTRA da reforma trabalhista

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