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Direitos Trabalhistas

Nome(s): Kauã Dias, Eduardo Monteiro e Jones Marinho


Turma: 106
O que são Direitos Trabalhistas?

Direitos trabalhistas são leis e regras que regem a relação entre empregados e
empregadores.
São os direitos trabalhistas que regulamentam a relação trabalhista para que a empresa e
o próprio colaborador tenham conhecimento sobre suas obrigações e deveres, evitando
processos trabalhistas e multas.
Podemos destacar dentre os direitos trabalhistas o 13º salário, férias, hora extra, FGTS,
adicional noturno, seguro desemprego, entre outros.
CLT: breve histórico
Os direitos trabalhistas no Brasil surgiram com a criação da Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT), em 1943, através do decreto 5.452. A legislação foi instituída por
Getúlio Vargas, Presidente da República na época.
As leis surgiram principalmente pelo crescimento no número de trabalhadores e pelo
aumento das exigências por parte desses profissionais.
É bom lembrar que esses direitos valem apenas para os colaboradores que atuam no
regime CLT, isto é, com carteira de trabalho assinada. Quem não possui vínculo
empregatício não está contemplado pelos principais direitos trabalhistas.
Qual é a importância dos direitos trabalhistas?

Os direitos trabalhistas garantem um equilíbrio na relação entre empregador e


empregado e é por isso que eles são muito relevantes para ambas as partes. Confira a
importância dos direitos trabalhistas:
Para a empresa
Para as empresas os direitos trabalhistas servem como um alicerce, e funciona como
uma base para que elas mantenham sua relação com os colaboradores de forma
regularizada.
Os direitos trabalhistas são também um suporte para evitar processos trabalhistas ou o
pagamento de multas. Isso, já que a empresa saberá exatamente como lidar, legalmente,
com seus colaboradores ou mesmo como calcular direitos trabalhistas.
Além disso, empresas que cumprem as regras trabalhistas têm maior facilidade de criar
um laço de confiança com seus empregados, potencializando o engajamento e a
produtividade.
Para os colaboradores
A legislação trabalhista, em relação aos colaboradores, é essencial quando o assunto é a
proteção dos próprios direitos. Com os direitos trabalhistas, os colaboradores possuem
amparo diante de algumas situações.
Seja no momento de tirar férias, que serão remuneradas, nos casos de horas extras, que
serão pagas, recebimento do seguro desemprego, em caso de demissões sem justa causa,
entre outras situações.
Alguns direitos trabalhistas
13º salário
O 13º salário é um pagamento extra que todos os colaboradores incluídos no regime
CLT recebem anualmente. Ele costuma ser pago em uma ou duas parcelas, o que pode
variar de empresa para empresa.
Algumas realizam o pagamento do décimo de forma adiantada, seja nas férias do
trabalhador ou no mês de aniversário do colaborador. O que não é permitido é perder o
prazo para o pagamento do 13° salário ou não realizar esse repasse para o trabalhador.
No caso das empresas que parcelam o 13º salário, a primeira parte deve ser paga até o
mês de novembro e a segunda deve ser quitada até dia 20 de dezembro.
Segundo a regra dos direitos trabalhistas, o cálculo desse benefício é bem simples. Se o
colaborador trabalhou os 12 meses do ano, ele tem direito ao valor integral do 13º salário.
Porém, se ele trabalhou menos meses, o pagamento deverá ser proporcional ao tempo
trabalhado.
FGTS
Todos os meses as empresas têm por obrigação, perante os direitos trabalhistas,
depositar 8% do salário bruto do colaborador no chamado Fundo de Garantia do Tempo
de Serviço (FGTS).
Esse valor serve como um resguardo ao profissional que venha a ser demitido sem justa
causa, já que automaticamente ele adquire o direito de sacar integralmente esse valor que
foi depositado.
Existem outros casos em que o FGTS pode ser sacado, confira alguns deles:
Doença grave ou terminal;
Financiamento de imóveis;
Morte do colaborador;
Aposentadoria;
Caso a empresa decrete falência.
Hora extra
As horas extras estão previstas no artigo 59 da CLT e como próprio nome diz são
períodos em que o colaborador trabalha além da sua jornada de trabalho. Pela lei, a
jornada de trabalho não pode ultrapassar 44 horas semanais.
Segundo os direitos trabalhistas, é permitido que o profissional exerça no máximo 2
horas extras diariamente. É primordial também que esse acordo, em torno da hora extra,
esteja previamente definido entre a empresa e colaborador ou em convenção coletiva.
Sobre o valor da hora extra, é importante saber que ele ultrapassa o da hora normal de
trabalho. Antes da reforma trabalhista o valor da hora extra era 20% a mais do valor da
hora normal, mas atualmente o acréscimo é de 50%, considerando dias úteis.
Em finais de semana e feriados esse acréscimo é de 100% sobre o valor normal da hora.
Adicional noturno
O adicional noturno é citado no artigo 73 da CLT e faz referência a um benefício para
os colaboradores que trabalham entre 22h e 5h. Quem exerce sua função nesse período
tem o direito de receber um valor adicional de 20% na hora diurna.
Já o trabalhador rural, que atua na lavoura, tem direito a um valor adicional de 25% e
considera-se o horário de adicional noturno entre 21h e 5h.
Os colaboradores da área pecuária, que trabalham entre 20h e 4h, também têm direito a
receber um adicional de 25%.
Licença maternidade
A licença maternidade é um período de ausência concedido às mulheres que se
tornaram mães. Por no mínimo 120 dias a colaboradora tem o direito de estar junto ao
seu bebê, sem ter nenhuma perda de seus direitos trabalhistas, inclusive de salário.
O tempo de afastamento pode chegar a 180 dias caso a empresa participe do Programa
Empresa Cidadã, que oferece incentivos fiscais para quem o adota.
É importante, no entanto, diferenciar a licença maternidade do salário maternidade. A
licença maternidade se explica como o período em que a colaboradora fica afastada e o
salário maternidade é um valor financeiro que a mulher recebe durante o período de
ausência.
Outra questão importante neste sentido é que as mulheres grávidas não podem ser
demitidas sem justa causa e possuem uma estabilidade de até 5 meses após o nascimento
do bebê. Ou seja, não podem ser dispensadas durante esse período.
Férias
Todo colaborador, que trabalha no regime CLT, e que cumpriu 12 meses de trabalho,
o chamado período aquisitivo, tem o direito de ter 30 dias de férias remuneradas, segundo
o artigo 129 e 130 do regime trabalhista.
Após o cumprimento dos 12 meses de trabalho, a empresa pode conceder as férias
durante o período concessivo, que se refere aos 12 meses posteriores.
As férias podem ser divididas em três períodos, sendo que um desses períodos deve ser
maior que 14 dias e outro dois devem ter no mínimo 5 dias. Além disso, as férias não
podem começar antes de um descanso semanal ou que antecedem dois dias de um
feriado.
Seguro desemprego
O benefício do seguro desemprego é um dos direitos trabalhistas oferecidos aos
colaboradores que são demitidos sem justa causa ou em casos de rescisão indireta, que
ocorre quando a demissão é acarretada por alguma ação do empregador.
O seguro desemprego é visto como um auxílio financeiro temporário para que esse
trabalhador consiga manter seu padrão de vida enquanto procura uma nova ocupação.
Esse benefício é citado na Lei nº 7.998/90.
Quem adquire esse benefício recebe uma parcela mensal, por 3 a 5 meses, com um
valor que é definido com base nos 3 últimos salários do colaborador. O número de
parcelas é calculado de acordo com o tempo em que o colaborador ficou empregado.
A cada 6 meses de trabalho o profissional recebe três parcelas, com 12 meses recebe 4
parcelas e a cada 24 meses recebe 5 parcelas. A parcela considera também, para os seus
reajustes, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
Atualmente podemos considerar:
Colaboradores com renda até R$1.858,18 – É feita uma multiplicação do salário
médio por 0,8.
Colaboradores com renda entre R$1.858,18 e R$3.097,26 – No valor que excede de
R$1.858,17 é feita uma multiplicação 0,5, e se acresce R$1.486,53.
Colaboradores que recebem mais de R$3.097,26 – Recebem, sem variação,
R$2.106,08.
Conclusão
Ao longo deste conteúdo foi destacada a importância de todos os direitos trabalhistas
tanto para os empregados como para os empregadores. Cada detalhe precisa ser de
conhecimento das duas partes para que as regras da CLT sejam cumpridas.

Fonte(s):
pontotel.com.br

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