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Licença Parental
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Teletrabalho e Digitalização
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Acidentes de Trabalho
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Introdução
Entender o Código do Trabalho em Portugal é crucial para uma boa gestão dos seus
colaboradores. E, sendo gestor, deve manter-se sempre a par de todas as leis
laborais, bem como as atualizações que o governo faz.
É importante referir que este guia é apenas informativo. Sugerimos que consulte
especialistas e advogados, e que leia o Código do Trabalho para a tomada de
decisões jurídicas.
3 Os principais pontos abordados neste guia passarão pelas leis relativas ao controlo
de horas de trabalho e férias, licença parental, contratos de trabalho e
despedimentos, e teletrabalho.
É fácil que, em contexto laboral, existam mal entendidos entre a entidade patronal e
o funcionário. E, por isso, é crucial que ambos compreendam a maior parte dos
4 artigos presentes no Código do Trabalho.
No que diz respeito à hora de entrada e saída do posto de trabalho, esta deve ser
definida no contrato de trabalho entre a entidade patronal e o trabalhador.
Posteriormente, deverá ser cumprido o que for acordado no contrato (e assinado por
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ambas as partes).
Ainda que, nas empresas seja comum que os empregadores determinem um horário
de trabalho para os seus funcionários, em algumas situações é possível flexibilizar
esta regra. Colaboradores que trabalham em determinadas funções podem estar
isentos de horário de trabalho, desde que respeitem certas condições.
De acordo com a lei, todos os setores têm uma carga máxima semanal de 40 horas
trabalhadas, distribuídas ao longo de cinco jornadas de 8 horas. Normalmente,
trabalha-se de segunda a sexta-feira, mas em alguns setores, como na restauração, é
comum trabalhar-se também aos sábados. Ou seja, o horário de trabalho pode variar.
Pode acontecer que o trabalhador precise de ficar mais tempo na empresa, de modo
a terminar de resolver algum assunto. Nestes casos, trata-se de trabalho suplementar,
que não pode ultrapassar as 2 horas por dia e 150 por ano.
Relativamente aos descansos, entre um dia de trabalho e outro, deve haver um
intervalo de, pelo menos, 11 horas. Todos os trabalhadores têm direito a um dia de
descanso semanal, para o qual o domingo é o dia preferencial.
CONTROLO DE FÉRIAS
Dias de férias: O Código do Trabalho prevê que cada trabalhador tem direito a um
mínimo de 22 dias de férias pagas por cada ano civil
Ano para gozar as férias: As férias de um colaborador devem ser gozadas no ano
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em que se vencem
Para mais informações sobre controlo horário e de férias consulte os artigos 212º a
217º e 237º a 247º do Código do Trabalho.
Licença Parental
Desde 2019, com a Lei n.º 7/2009 do Código do Trabalho: Licença Parental, passámos a
não nos referir mais a licença de maternidade ou paternidade, mas sim em licença
parental como um todo. E, por isso, são muitas as leis e regras previstas para esta
licença.
A licença parental é o direito atribuído aos trabalhadores, que acabaram de ter filhos,
de se ausentarem do trabalho por um determinado período de tempo. Estes dias de
“licença” podem ser divididos entre pai e mãe, de acordo com a vontade de ambos.
Cumprir as regras de atribuição da licença é uma obrigação dos empregadores. Caso
este direito seja ignorado, a empresa está sujeita ao pagamento de multas
consideráveis.
Existem diferentes modalidades de licenças parentais, cada uma com as suas leis e
regras previstas no Código do Trabalho.
A licença parental inicial pode durar 120 ou 150 dias consecutivos (4 a 5 meses). Estes
dias podem ser usufruídos tanto pelas mães como pais, e também podem ser
partilhados pelos dois.
Se o casal optar pela partilha de licença, têm direito a 30 dias extra de subsídio,
podendo totalizar até 180 dias. Este acréscimo de 30 dias pode ser gozado apenas
por um dos pais ou partilhado por ambos. Neste caso, podem ser utilizados de forma
consecutiva ou em dois períodos de 15 dias.
Se o bebé nascer sem vida (nado-morto) o período mínimo de 120 dias mantém-se,
mas não pode ser estendido. No caso de nascimentos múltiplos, os casais terão mais
8 30 dias para cada gémeo depois do primeiro.
Para as mães que sofrem de uma gravidez de risco, é possível solicitar uma baixa
médica específica. Para isso, é necessário apresentar na Segurança Social o
Requerimento de risco clínico durante a gravidez, interrupção da gravidez e riscos
específicos.
Após o período de licença parental inicial, os pais podem solicitar a licença parental
alargada, por um período de até três meses cada um. Quando aprovada, esta licença
inclui o subsídio parental alargado. No entanto, o valor a ser pago difere daquele
recebido nos dias iniciais de ausência. Segundo a Segurança Social, no caso da
licença parental alargada, o valor pago é de 25%.
3) LICENÇA PARENTAL EXCLUSIVA DA MÃE
Na licença de maternidade, os direitos das mães são muitos. Como passam por um
processo intenso durante a gestação, as mães podem gozar de 30 dias de folga
facultativas antes do parto. Este é o caso da licença parental exclusiva da mãe.
Quanto aos dias posteriores ao parto, estas têm direito a 6 semanas (42 dias)
obrigatórias. Caso não haja uma partilha entre os membros do casal, o direito é
atribuído automaticamente à mãe.
De acordo com a lei n.º 7/2009 do artigo 42º: É obrigatório o gozo pelo pai de uma
licença parental de 20 dias úteis, seguidos ou interpolados, nas seis semanas
seguintes ao nascimento da criança, cinco dos quais gozados de modo consecutivo
imediatamente a seguir a este.
Para mais informações sobre a licença parental, consulte os artigos 33º a 65º do
Código do Trabalho.
Neste resumo dos principais pontos do Código do Trabalho, iremos entrar em detalhe
sobre o trabalho temporário, o período experimental (estágios) e a cessação de
contratos de trabalho.
1) TRABALHO TEMPORÁRIO
10 Um contrato de trabalho temporário não tem duas, mas sim três partes envolvidas: a
empresa que usufrui dos serviços do colaborador, a empresa de trabalho temporário
e o colaborador.
Exercer uma atividade sazonal ou outra, cujo ciclo anual de produção seja
irregular, dada a natureza estrutural do respetivo mercado. Inclui o
abastecimento de matéria-prima
Assim, o período experimental pode ser definido como a fase inicial de qualquer
relação contratual de trabalho. É durante esta fase que ambas as partes, trabalhador
e empregador, avaliam o interesse em dar continuidade a essa mesma relação.
Existem vários motivos pelos quais relações laborais terminam: cessação do contrato
de trabalho por acordo mútuo, por iniciativa do empregador ou por iniciativa do
empregado.
A rescisão por acodo mútuo é um processo originado por uma decisão conjunta. Por
isso, os termos são definidos num acordo por ambas as partes. O chamado acordo de
revogação contém as informações e datas de vigência do contrato encerrado. Este
acordo pode incluir, com a aprovação da empresa e do funcionário, uma
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compensação monetária.
Despedimento coletivo: Existem apenas 3 motivos, previstos pela lei, para esta
modalidade de despedimento ser aceitável. Estes são: redução da atividade da
empresa provocada pelo mercado, alterações estruturais da organização ou
digitalização de certos processos na empresa que renunciam à necessidade de
mão de obra
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A lei do teletrabalho diz que qualquer trabalhador tem direito a realizar teletrabalho,
caso assim seja acordado entre a entidade patronal e o empregado. O subsídio de
alimentação não é obrigatório em teletrabalho.
Adicionalmente, vítimas de violência doméstica, pais com filhos de idade até três ou
15 oito anos e cuidadores informais não podem ser negados, por lei, a realizar
teletrabalho.
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