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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE TABOÃO DA SERRA
FORO DE TABOÃO DA SERRA
1ª VARA CÍVEL
Rua Mário Latorre, nº 96, ., Parque Pinheiros - CEP 06767-230, Fone:
4787-3004, Taboão da Serra-SP - E-mail: taboao1cv@tjsp.jus.br
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DECISÃO

Processo Digital nº: 1006219-33.2020.8.26.0609


Classe - Assunto Ação Civil de Improbidade Administrativa - Dano ao Erário
Requerente: PREFEITURA MUNICIPAL DE TABOÃO DA SERRA
Requerido: Evilásio Cavalcante de Farias e outros

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RACHEL DE CASTRO MOREIRA E SILVA, liberado nos autos em 24/06/2022 às 12:09 .
Tramitação prioritária

Juíza de Direito: Dra. RACHEL DE CASTRO MOREIRA E SILVA

Vistos.

Cuida-se de ação de civil pública por ato de improbidade


administrativa ajuizada pelo MUNICÍPIO DE TABOÃO DA SERRA em face de
EVILÁSIO CAVALCANTE DE FARIAS, ANDERSON CHRISTENSEM PEREIRA
FERRAMENTAS LTDA., PELISSERV EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS ODONTO
- MÉDICOS LTDA. e COMERCIAL 3 ALBE LTDA., estando todas as partes já
qualificadas.

Consta da inicial que o requerido Evilásio Cavalcante de Farias, na


qualidade de prefeito do Munícipio de Taboão da Serra, representou o ente
público na celebração de contratos para compras diretas de produtos fornecidos
pelas demais requeridas, sem o devido procedimento licitatório prévio. O Tribunal
de Contas do Estado de São Paulo, ao apreciar as contas do exercício do ano de
2011, decidiu por julgá-las irregulares, imputando ao requerido Evilásio
Cavalcante de Farias o pagamento de multa no valor de 300 UFESPs. Postula a
parte autora, então, a procedência da ação para que, reconhecida a prática de ato
de improbidade, sejam os réus condenados ao ressarcimento ao erário no importe
de R$ 546.303,20. Requer, ao cabo, a concessão de tutela provisória de urgência
para o fim de se decretar a indisponibilidade dos bens dos requeridos e a
desconsideração inversa da personalidade jurídica da sociedade empresária Isas
Administração e Participações S/A, de titularidade do réu Evilásio Cavalcante de
Farias. Juntou documentos (f. 21-1050).

O Ministério Público foi intimado a se manifestar antes da análise do


pedido liminar (f. 1051).

A requerida Comercial 3 Albe Ltda. manifestou-se, impugnando o


pedido liminar de indisponibilidade de bens (f. 1057-1064). Alega, em suma, que
não há indícios de irregularidades ou danos ao erário aptos a amparar o
deferimento da medida. Alternativamente, postula a substituição da
indisponibilidade de bens pela apresentação de seguro garantia, restringido ao
valor de R$ 169.393,14, comercializado à municipalidade. Por fim,
subsidiariamente, requer que a limitação da indisponibilidade dos bens em relação
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a ela seja limitada ao montante de R$ 169.393,14. Juntou documentos (f.
1065-1087 e 1089).

O Ministério Público ofereceu parecer (f. 1091-1100).

Foram indeferidos o pedido liminar, bem como o pedido de


desconsideração da personalidade jurídica da sociedade empresária Isas

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RACHEL DE CASTRO MOREIRA E SILVA, liberado nos autos em 24/06/2022 às 12:09 .
Administração e Participações S/A (f. 1101-1105). Desta decisão, o autor,
irresignado, interpôs agravo de instrumento (f. 1206-1215), o qual restou
improvido pelo E. TJSP (f. 1455-1472).

Notificados (f. 1321, 1323 e 1405), os requeridos apresentaram


defesa preliminar nos termos do art. 17, § 7.º, da Lei n.º 8.429/92 (f. 1116-1135,
1230-1243, 1324-1356 e 1406-1417).

A sociedade empresária requerida Comercial 3 Albe Ltda. alega, em


preliminar, a inépcia da petição inicial e a falta de interesse de agir. No mérito,
aduz, em síntese, que não houve irregularidades no fornecimento de produtos à
municipalidade a caracterizar ato de improbidade, porque os alimentos fornecidos
para alimentação hospitalar são perecíveis e, portanto, se enquadram na hipótese
legal de dispensa de licitação. Pugna, então, pelo acolhimento das prefaciais
agitadas ou, subsidiariamente, pela improcedência da demanda. Juntou
documentos (f. 1136-1205).

A requerida Anderson Christensem Pereira Ferramentas Epp aduz,


preliminarmente, a inépcia da petição inicial. Na questão de fundo, sustenta que
não há ato ímprobo, pois todos os serviços contratados pelo ente público foram
devidamente prestados, havendo emissão de nota fiscal e comprovante de
entrega dos produtos, inexistindo dano ao erário. Requer, assim, o acolhimento da
preliminar aventada e, subsidiariamente, a improcedência da demanda. Juntou
documentos (f. 1244-1319).

A requerida Peliserv Equipamentos e Serviços Odonto-Médicos


Eireli, por sua vez, discorre que não há indícios de que houve a prática de ato de
improbidade administrativa, pois não ocorreu o fracionamento indevido do objeto
da licitação. Postula, então, a improcedência da demanda. Juntou documentos (f.
1357-1369).

O requerido Evilasio Cavalcante de Farias alega, preliminarmente, a


inépcia da petição inicial, a inadequação da via eleita e a ilegitimidade do autor
para figurar no polo ativo da demanda. No mérito, sustenta, inicialmente, a
consumação da prescrição. Na sequência, argumenta a inexistência de conduta
ilícita ou de ato ímprobo que tenha causado dano ao erário. Pugna, ao fim, pelo
acolhimento das prefaciais agitadas e, subsidiariamente, pela improcedência da
demanda. Juntou documentos (f. 1418).
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O Ministério Público apresentou parecer às f. 1421-1444, opinando
pelo recebimento da petição inicial.

Vieram os autos conclusos.

É o relatório.

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DECIDO.

Trata-se de ação civil pública por ato de improbidade administrativa.

De início, tendo em vista as recentes e relevantes alterações


legislativas concernentes ao regime jurídico dos atos de improbidade
administrativa, importa tecer algumas considerações.

A Lei n.º 14.230, publicada em 26 de outubro de 2021, alterou


significativamente a Lei n.º 8.429/1992, que dispõe sobre as sanções aplicáveis
em virtude da prática de atos de improbidade administrativa, de que trata o § 4º
do art. 37 da Constituição Federal.

Uma das alterações levadas a efeito foi a outorga de legitimidade


ativa exclusiva ao Ministério Público para ajuizar ação de improbidade
administrativa (art. 17, caput, da Lei n.º 8.429/1992).

A esse respeito, tendo em vista as ações em trâmite ajuizadas pelas


pessoas jurídicas interessadas, dispôs o art. 3.º da Lei n.º 14.230/2021:

Art. 3º No prazo de 1 (um) ano a partir da data de publicação desta Lei, o


Ministério Público competente manifestará interesse no prosseguimento
das ações por improbidade administrativa em curso ajuizadas pela
Fazenda Pública, inclusive em grau de recurso. (Vide ADIN 7042)
(Vide ADIN 7043)

§ 1º No prazo previsto no caput deste artigo suspende-se o processo,


observado o disposto no art. 314 da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015
(Código de Processo Civil).

§ 2º Não adotada a providência descrita no caput deste artigo, o processo


será extinto sem resolução do mérito.

Todavia, no dia 17 de fevereiro de 2022, o i. Ministro Alexandre de


Moraes, relator nos autos da ADI n.º 7042 e ADI n.º 7043, prolatou decisão que
concedeu tutela de urgência cautelar a fim de suspender a eficácia dos
dispositivos legais atinentes a essa alteração legislativa. Eis o dispositivo da
decisão nos autos da ADI n.º 7042:

(...) DEFIRO PARCIALMENTE A CAUTELAR, ad referendum do Plenário


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desta SUPREMA CORTE, para, até julgamento final de mérito: (A)
CONCEDER INTERPRETAÇÃO CONFORME A CONSTITUIÇÃO
FEDERAL ao caput e §§ 6º-A, 10-C e 14, do artigo 17 da Lei nº 8.429/92,
com a redação dada pela Lei nº 14.230/2021, no sentido da EXISTÊNCIA
DE LEGITIMIDADE ATIVA CONCORRENTE ENTRE O MINISTÉRIO
PÚBLICO E AS PESSOAS JURÍDICAS INTERESSADAS PARA A
PROPOSITURA DA AÇÃO POR ATO DE IMPROBIDADE

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ADMINISTRATIVA; (B) SUSPENDER OS EFEITOS do § 20, do artigo 17
da Lei nº 8.429/92, com a redação dada pela Lei nº 14.230/2021, em
relação a ambas as Ações Diretas de Inconstitucionalidade (7042 e 7043);
(C) SUSPENDER OS EFEITOS do artigo 3º da Lei nº 14.230/2021.
Publique-se.

Além disso, verifica-se que na presente ação o ente público autor


não pretende impor aos requeridos as sanções da Lei de Improbidade
Administrativa, mas buscar o ressarcimento ao erário, de modo que,
independentemente das disposições do diploma legal em questão, há a
legitimidade ativa ordinária para a defesa do patrimônio próprio.

Por essa razão, deixo de determinar a suspensão do feito e dou


seguimento ao regular trâmite do processo.

Pois bem, há questões de admissibilidade a serem analisadas.

1. Ilegitimidade ativa. A alegação de que o Município de Taboão da


Serra é parte ilegítima para figurar no polo ativo da ação não merece guarida,
conforme já fundamentado.

2. Inadequação da via eleita. A preliminar carece de fundamento. A


pretensão indenizatória do autor está calcada na alegação de prática de ato de
improbidade administrativa, de modo que adequada a aplicação da legislação
específica correspondente.

3. Inépcia da petição inicial. É caso de rejeitar, outrossim, a


prefacial de inépcia da petição inicial aventada pelos réus.

Pois bem, a inépcia da inicial diz respeito a vícios relacionados com


a apresentação e o reconhecimento dos elementos objetivos da demanda (pedido
e causa de pedir), configurando defeito inerente à veiculação (formulação) da
pretensão em juízo.

Assim, mostra-se inepta, por exemplo, a petição inicial que não


contiver pedido algum ou não explanar a causa de pedir, isto é, o motivo que traz
o autor a solicitar a tutela jurisdicional.

Também é considerada inepta a petição inicial quando, dos fatos


narrados pelo autor, não decorrer logicamente o pedido, evidenciando ausência
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de relação implicacional entre os fatos articulados e o que se pretende.

No caso concreto, a petição inicial apresentada em juízo não padece


de tais defeitos. O pedido é certo e determinado, há causa de pedir e relação
implicacional entre ambos.

Aliás, a existência ou não de ato de improbidade administrativa é

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matéria probatória e será objeto de análise no momento processual adequado
tal fato, aliás, não se relaciona com eventual inépcia da exordial.

Afasto, portanto, a preliminar de inépcia da inicial agitada pelos réus.

4. Falta de interesse de agir. Outra prefacial descabida.

A ré sustenta a falta de interesse de agir ao fundamento de que não


há provas da prática de ato de improbidade administrativa.

A toda evidência, isso é matéria probatória e, portanto, confunde-se


com o mérito da demanda, razão pela qual se afasta a preliminar agitada.

5. Prescrição. O réu Evilásio Cavalcante de Farias alega a


consumação de prescrição.

Afirma que a pretensão da parte autora está prescrita, pois o prazo


prescricional de 08 anos, iniciado em 2011, pela nova redação legislativa, esgotou-
se em 2019, à míngua de qualquer interrupção.

No entanto, como já fundamentado, a presente ação objetiva não a


aplicação das sanções da Lei de Improbidade Administrativa, mas apenas o
ressarcimento ao erário. Nos termos do tema de repercussão geral n.º 897 do
Supremo Tribunal Federal, “são imprescritíveis as ações de ressarcimento ao
erário fundadas na prática de ato doloso tipificado na Lei de Improbidade
Administrativa”. A ocorrência ou não de ato doloso de improbidade administrativa
causador de dano ao erário é questão de mérito, a ser apreciada após a
instrução.

7. No mais, deixo para momento oportuno a análise das demais


arguições apresentadas pelas partes, visto que não há qualquer prejuízo, já que
toda matéria aqui a ser debatida demandará o devido processo legal.

Dessa forma, recebo a inicial.

8. Citação por meio de advogado. Ficam os correqueridos citados


a partir desta decisão, nos termos do art. 17, § 9.º, da Lei 8.429/92, por meio de
seus advogados já constituídos nestes autos.
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Se já houve notificação, com apresentação de defesa preliminar,
desnecessária citação pessoal, bastando a intimação, com as advertências de
praxe, por meio de advogado constituído nos autos, para o fim de apresentar
resposta no prazo legal.

A propósito, esse é o entendimento jurisprudencial:

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AGRAVO DE INSTRUMENTO IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
PRELIMINAR DE NULIDADE DA DECISÃO AGRAVADA
DETERMINAÇÃO DE CITAÇÃO PELA IMPRENSA OFICIAL.
Desnecessidade de citação pessoal - Manifestação anterior que
implica no comparecimento espontâneo do requerido nos autos, da
mesma forma como ocorre para o caso de ausência de citação, com
amparo na regra do art. 214, § 1º, do CPC - Relação processual
consolidada com a notificação, daí a desconsiderar a citação pessoal
da parte, bastando a intimação por meio do advogado constituído nos
autos, para o fins de contestação - Dispensada a outorga específica
de poderes, conforme já decidido por esta Corte de Justiça -
Preliminar rejeitada. AGRAVO DE INSTRUMENTO IMPROBIDADE
ADMINISTRATIVA Decisão que recebeu a petição inicial da ação
civil pública Magistrado que concluiu pela presença de indícios da
prática de ato de improbidade administrativa Decisão
fundamentada, que se mostra em consonância com o art. 17, §§ 7º, 8º
e 9º, da Lei 8.429/1992 Processamento da ação em obediência ao
princípio do "in dubio pro societate" Precedentes jurisprudenciais -
Decisão agravada mantida - Recurso desprovido. (TJSP, Agravo de
Instrumento n.º 2068295-02.2016.8.26.0000, 8.ª Câmara de Direito
Público, Relator Ponte Neto, julgado em 01.06.2016)

AGRAVO DE INSTRUMENTO Ação de improbidade Administrativa


Decisão que reconheceu a intempestividade da defesa preliminar e
dispensou a citação pessoal dos requeridos representados por
advogados nos autos, para fins de contestação Cabimento Início
da contagem de prazo para oferecimento de defesa que é
independente do momento de intimação do Município de Jandira para
figurar como litisconsórcio ativo Intempestividade da defesa prévia
bem aplicada Desnecessidade do ato de notificação Manifestação
anterior que implica no comparecimento espontâneo do requerido
nos autos, da mesma forma como ocorre para o caso de ausência de
citação, com amparo na regra do art. 214, § 1º, do CPC Relação
processual consolidada com a notificação, daí a desconsiderar a
citação pessoal da parte, bastando a intimação por meio do advogado
constituído nos autos, para o fins de contestação Dispensada a
outorga específica de poderes, conforme já decidido por esta Corte
de Justiça. R. decisão mantida. Recurso improvido. (TJSP, Agravo de
Instrumento n.º 2102425-52.2015.8.26.0000, 9.ª Câmara de Direito
Público, Relator Carlos Eduardo Pachi, julgado em 05.08.2015)
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Ademais, ficam todos os réus cientes do prazo legal de 15 dias úteis
para contestar, contados da publicação desta decisão, sob pena de se
presumirem verdadeiras as alegações de fato deduzidas na petição inicial.

9. Oportunamente, tornem os autos conclusos.

Intimem-se.

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Taboão da Serra, 22 de junho de 2022.

DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006,


CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA

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