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PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 15ª REGIÃO
Identificação
É O RELATÓRIO.
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VOTO
RECURSO DA RECLAMANTE
MÉRITO
Equiparação salarial
A reclamante postula o deferimento de diferenças salariais por
equiparação com a paradigma, Ana Cláudia.
Sem razão a reclamante.
Em se tratando de pleito de diferenças salariais decorrentes de
equiparação salarial, pertence à reclamante o ônus de comprovar a identidade
entre sua função e a do paradigma (art. 461 da CLT) nos termos dos artigos 818 da
CLT e 333, inciso I, do CPC.
Acaso reconhecida a identidade de funções, constitui encargo da
reclamada comprovar diferença de tempo de serviço superior a 02 (dois) anos ou a
maior produtividade ou a melhor perfeição técnica do trabalho do paradigma (artigo
461 da CLT), isto é, os fatos impeditivos, modificativos ou extintivos do direito
daquele, nos termos dos artigos (art. 333, inc. II, do CPC) conforme entendimento
veiculado na Súmula nº 6 do TST:
Súmula nº 6 do TST
EQUIPARAÇÃO SALARIAL. ART. 461 DA CLT (redação do
item VI alterada) - Res. 198/2015, republicada em razão de
erro material - DEJT divulgado em 12, 15 e 16.06.2015
I - Para os fins previstos no § 2º do art. 461 da CLT, só é
válido o quadro de pessoal organizado em carreira quando
homologado pelo Ministério do Trabalho, excluindo-se,
apenas, dessa exigência o quadro de carreira das entidades
de direito público da administração direta, autárquica e
fundacional aprovado por ato administrativo da autoridade
competente. (ex-Súmula nº 06 - alterada pela Res. 104/2000,
DJ 20.12.2000)
II - Para efeito de equiparação de salários em caso de
trabalho igual, conta-se o tempo de serviço na função e não
no emprego. (ex-Súmula nº 135 - RA 102/1982, DJ
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11.10.1982 e DJ 15.10.1982)
III - A equiparação salarial só é possível se o empregado e o
paradigma exercerem a mesma função, desempenhando as
mesmas tarefas, não importando se os cargos têm, ou não, a
mesma denominação. (ex-OJ da SBDI-1 nº 328 - DJ
09.12.2003)
IV - É desnecessário que, ao tempo da reclamação sobre
equiparação salarial, reclamante e paradigma estejam a
serviço do estabelecimento, desde que o pedido se relacione
com situação pretérita. (ex-Súmula nº 22 - RA 57/1970, DO-
GB 27.11.1970)
V - A cessão de empregados não exclui a equiparação
salarial, embora exercida a função em órgão governamental
estranho à cedente, se esta responde pelos salários do
paradigma e do reclamante. (ex-Súmula nº 111 - RA
102/1980, DJ 25.09.1980)
VI - Presentes os pressupostos do art. 461 da CLT, é
irrelevante a circunstância de que o desnível salarial tenha
origem em decisão judicial que beneficiou o paradigma,
exceto: a) se decorrente de vantagem pessoal ou de tese
jurídica superada pela jurisprudência de Corte Superior; b) na
hipótese de equiparação salarial em cadeia, suscitada em
defesa, se o empregador produzir prova do alegado fato
modificativo, impeditivo ou extintivo do direito à equiparação
salarial em relação ao paradigma remoto, considerada
irrelevante, para esse efeito, a existência de diferença de
tempo de serviço na função superior a dois anos entre o
reclamante e os empregados paradigmas componentes da
cadeia equiparatória, à exceção do paradigma imediato.
VII - Desde que atendidos os requisitos do art. 461 da CLT, é
possível a equiparação salarial de trabalho intelectual, que
pode ser avaliado por sua perfeição técnica, cuja aferição terá
critérios objetivos. (ex-OJ da SBDI-1 nº 298 - DJ 11.08.2003)
VIII - É do empregador o ônus da prova do fato impeditivo,
modificativo ou extintivo da equiparação salarial. (ex-Súmula
nº 68 - RA 9/1977, DJ 11.02.1977)
IX - Na ação de equiparação salarial, a prescrição é parcial e
só alcança as diferenças salariais vencidas no período de 5
(cinco) anos que precedeu o ajuizamento. (ex-Súmula nº 274 -
alterada pela Res. 121/2003, DJ 21.11.2003)
X - O conceito de "mesma localidade" de que trata o art. 461
da CLT refere-se, em princípio, ao mesmo município, ou a
municípios distintos que, comprovadamente, pertençam à
mesma região metropolitana. (ex-OJ da SBDI-1 nº 252 -
inserida em 13.03.2002)
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Assédio sexual
Alega a reclamante que foi assediada sexualmente pelo seu superior
hierárquico e postula a reparação de danos morais.
Analiso.
O assédio sexual, segundo explicita Rodolfo Pamplona Filho, "in"
Assédio Sexual: questões conceituais, Revista do Direito do Trabalho nº 103,
Editora Revista dos Tribunais, pág. 182: "conceitua-se assédio sexual como toda
conduta de natureza sexual não desejada que, embora repelida pelo destinatário, é
continuadamente reiterada, cerceando-lhe a liberdade sexual".
A Lei 10.224/2001 inseriu no capítulo dos crimes contra a liberdade
sexual o delito de assédio sexual (artigo 216-A do Código Penal):
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PRELIMINAR
Ilegitimidade passiva
A segunda reclamada suscita a sua ilegitimidade passiva, alegando
que a reclamante foi contratada pela primeira reclamada.
Sem razão a recorrente.
A reclamante alegou na inicial que foi contratada por empresa
interposta e postulou o reconhecimento de vínculo empregatício diretamente com a
tomadora dos serviços, no caso a ora recorrente.
Rejeito.
MÉRITO
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como menor aprendiz, tendo se ativo depois como estagiária, e que, por fim, foi
contratada por intermédio da primeira reclamada.
Aduz que embora o contrato tenha sido formalizado com a primeira
reclamada, sempre prestou serviços nas dependências da segunda reclamada, a
quem estava subordinada e com esta tratando todas as questões referentes a sua
prestação de serviços, praticamente sem contato com a primeira reclamada.
O preposto da recorrente confirmou em depoimento pessoal (id.
b29cd0f) que "a trajetória profissional da reclamante foi a seguinte: iniciou como
menor aprendiz na GEVISA por meio da instituição Círculo de Amigos do menor
aprendiz de Campinas, depois foi estagiária e quanto se formou passou a trabalhar
como terceirizada".
Já o preposto da primeira reclamada confirmou a subordinação da
reclamante diretamente à tomadora dos serviços:
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Relatório
Fundamentação
Mérito
Recurso da parte
Item de recurso
Conclusão do recurso
Dispositivo
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Cabeçalho do acórdão
Acórdão
Julgamento ADIADO da Pauta de 29 de maio de 2018 por determinação do
Exmo. Sr. Desembargador Fabio Grasseli, Presidente da 10ª Câmara.
Assinatura
Regiane Cecília Lizi
Relatora
Votos Revisores
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