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PARECER JURÍDICO
João precisaria ter, pelo menos, uma hora de descanso intrajornada ou, no
máximo, duas horas, porque o seu período de trabalho é maior do que seis horas (doze
horas), nos termos do art. 71 da Consolidação da Lei do Trabalho (CLT).
Porém, ainda, deve se considerar o tempo que João leva para trocar de roupa.
Dessa forma, caso a empregadora, minha cliente, obrigar que a colocação do uniforme
se dê dentro da agência, o período máximo de tolerância é de cinco minutos antes de
bater o ponto é de cinco minutos depois, João demora vinte minutos, logo, deveria bater
o ponto e colocar o uniforme, caso o empregador não tolere que ele já venha
uniformizado (fonte:
http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/uniforme_horaextra.htm).
Por fim,
Dessa forma, João deveria ter, minimamente, trinta e seis horas entre uma
jornada e outra de trabalho. O que, por exemplo, não se percebe no caso concreto, já que
ele de segunda para terça ficou menos de doze horas sem trabalhar.
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Fonte:
https://informativotrabalhista.jusbrasil.com.br/artigos/183866114/jornada-de-trabalho-12x36-con
sideracoes-trabalhistas. Acesso em 27 de jan. 2022.
Com base nas informações apresentadas, é necessário analisar o caso concreto,
para confirmar se, de fato, suas funções podem ser enquadradas em um cargo de
confiança. Segue a verbete da súmula n. 102, do Colendo TST:
De qualquer forma, por fim, ela deveria ter um intervalo intrajornada mínimo de
1 hora ou máximo de duas horas, já que trabalha mais de seis horas por dia, nos termos
do artigo 71 da CLT.
Mas, com relação ao artigo 405 da CLT c/c a NR 15, Enzo não poderia ser
ajudante de limpeza, já que trabalha com produtos químicos (produtos de limpeza) e
biológicos (lixo), logo, sua atividade é insalubre, vedada, portanto, ao menor.
Por fim, com relação a uma hora extra que Enzo faz de segunda, terça, quinta e
sexta, para não trabalhar às quartas, tudo correto, pois com relação ao art. 413, I, da
CLT, o menor não pode fazer duas horas extras ou mais por dia, senão mediante
convenção ou acordo coletivo. Desta forma, as horas excedentes de um dia, poderão ser
compensadas em outro dia posterior, sem o pagamento de horas extras.
Ainda vale dizer que a remuneração dele está escorreita, pois trabalha meio
período, percebendo mais de metade de um salário-mínimo, que o caso concreto já se
considerou o atualizado, conforme percebemos no explicado em “João”, ou seja R$
1.212,00.
É o parecer.