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FERNANDES

Advogados Associados

EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DO TRABALHO DA


___VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO- SP.

RECLAMANTE, qualificação

AÇÃO RECLAMATÓRIA TRABALHISTA

pelo RITO ORDINÁRIO, em face do reclamado

I- GRABER SISTEMAS DE SEGURANÇA LTDA, inscrito no CNPJ


92.894.922/0001-08, devendo ser citada na Avenida Miguel Frias e Vasconcelos, 1212,
Jaguare, São Paulo/SP, CEP: 05345-000, conforme artigo art. 118 da Consolidação das Normas
da Corregedoria, destaca-se ainda que o último local da prestação de trabalho do
Reclamante foi na Rua Sabuji, 14, Jardim Europa, São Paulo- SP, CEP 01455-030 e conforme
o artigo 651 da CLT a competência das Varas do Trabalho será determinada pelo último local
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de trabalho, assim, o presente foro é o competente para dirimir a lide ora apresentada, com
endereço pelos motivos de fato e direito a seguir articuladamente expostos:

1- DA COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA

A presente demanda não foi submetida à Comissão de Conciliação


Prévia, em razão da mesma não ter sido constituída. Com efeito, foram criadas para a categoria
apenas algumas comissões de conciliação voluntária de caráter facultativo, conforme acordo
firmado entre o Sindicato dos Bancários e o reclamado. Releva que, mesmo na hipótese de que
tivesse sido constituída a Comissão de Conciliação Prévia prevista em lei, a jurisprudência
sintetizada na Súmula nº 2 do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 2 ª Região, deu a
melhor interpretação ao dispositivo em tela e estabeleceu que o comparecimento perante a
Comissão não constitui condição da ação, ou pressuposto processual, face ao disposto no artigo
5º, inciso XXXV, da Constituição Federal.

2- DA INAPLICABILIDADE DAS ALTERAÇÕES DA LEI 13.467/2017 NO


CONTRATO DE TRABALHO FIRMANDO SOB A ÉGIDE DO DECRETO LEI nº
5.452 de 1943 – VIOLAÇÃO DOS DIREITOS CONSTITUICIONAIS

Considerando que a Lei 13.467/2017 não trouxe normas específicas de


transição, há de se esclarecer que é pacífico entendimento de que as novas normas de direito
material somente se aplicam às relações jurídicas não consumadas na vigência da nova lei, de
modo a não ferir o artigo 5º, XXXVI, da Constituição Federal, que trata do direito adquirido, do
ato jurídico perfeito e da coisa julgada.

No caso em tela, importa observar que o contrato de trabalho foi firmado sob
a égide do Decreto Lei nº 5.452 de 1943, portanto, são inaplicáveis as alterações da
Consolidação das Leis de Trabalho por intermédio da Lei 13.467/2017 que possa causar
prejuízos ao obreiro sob pena de violação dos princípios constitucionais fundamentais.
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Tal entendimento é corroborado também no artigo 468 da CLT que


determina:  “nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas
condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem direta ou
indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente dessa
garantia”.

Destarte, requer que sejam resguardados todos os direitos adquiridos no


transcurso do contrato de trabalho do obreiro.

3- DADOS FUNCIONAIS

O Reclamante foi admitido aos quadros do reclamado em 06/10/2006,


exercendo por último a função de vigilante. Em 22/08/2018 houve a rescisão contratual, porém,
o reclamante não recebeu corretamente seus direitos (Docs. 03 e 04).

4- REMUNERAÇÃO

A última remuneração mensal do Reclamante foi no importe de R$


1.486,90 (hum mil, quatrocentos e oitenta e seis reais e noventa centavos) (Doc. 04).

5- DA DESCARACTERIZAÇÃO DO REGIME 12X36 – HORAS EXTRAS

O reclamante labora em regime de revezamento na escala 12 x 36, das


7h as 19h, além da laborar em regime FTS (folgas trabalhadas), sendo evidente o
descumprimento do acordo de compensação de 12 horas laboradas por 36 descansadas, uma vez
que o mesmo exercia sobre labor, apontado nos autos por meio de extrapolação da jornada
laboral, sendo que por determinação da reclamada, o intervalo intrajornada jamais foi
concedido corretamente, sendo que esporadicamente, quando era efetuado, era realizado de
forma parcial com pequenos lanches a serem efetuados no âmbito laboral, o que contraria
inclusive necessidades físicas e de bem estar do obreiro.
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Ademais o ainda obreiro laborou em regime de FTS (folgas


laboradas), laborando em suas folgas mensais, ferindo a assim o regime de compensação
da escala 12x36, ou seja, o reclamante passa a laborar em média 20 a 22 dias mensais, o
que mostra que a escala deixa de ser 12x36 e passa a ser 4x2, 5x2, 6x1, sendo uma forma
de burlar os direitos laborais do obreiro.

Cumpre salientar que eram proibidas a marcação correta das horas


extras no ponto, inclusive as folgas trabalhadas, tornando impugnadas desde já.

Vale salientar que a convenção coletiva somente admite a jornada de


12 horas por 36 de descanso, o que não admite demais escalas em tal jornada, requerendo a
aplicação da Súmula 85 do TST, e consequente reconhecimento das horas extras além da 8ª
diária e 44ª semanais.

Diante desses contornos e considerando o labor de horas extras fica


descaracterizado o acordo de compensação de jornada 12x36. Nesse sentido, colhe-se aresto
jurisprudencial do C. TST, in verbis:

Ementa: RECURSO DE REVISTA .


ESCALA DE TRABALHO DE 12X36. PRESTAÇÃO DE HORAS
EXTRAS HABITUAIS. DESCARACTERIZAÇÃO DO REGIME DE
COMPENSAÇÃO DE JORN ADA.SÚMULA Nº 85, IV, DO TST. 1.
Ante a constatação de que o Reclamante foi submetido à prestação
habitual de horas extras, o Tribunal Regional descaracterizou o regime
de compensação de jornadaadotado pelo Reclamado e o condenou ao
pagamento de horas extraordinárias, assim entendidas as excedentes
da 8ª diária e da 44ª semanal. 2. No recurso de revista, o Reclamado
requer a absolvição da condenação ao pagamento de horas extras, sob
o argumento de que o regime de compensação deve prevalecer, porque
foi convencionado mediante ajuste coletivo de trabalho e por se tratar
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de medida benéfica ao empregado. Em caráter sucessivo, pugna pela


limitação da condenação ao pagamento apenas do adicional de 50%,
quanto às horas excedentes da 8ª diária que não ultrapassarem o limite
de 44 horas semanais. 3. No tocante à pretensão principal do
Reclamado (declarar a validade do regime de compensação de jornada
e afastar a condenação ao pagamento de horas extras), é inviável o
processamento do recurso. Ainda que previsto em norma coletiva de
trabalho o regime de compensação de jornada, o entendimento
consubstanciado na Súmula nº 85, IV, desta Corte é no sentido de que a
prestação de horas extras habituais descaracteriza tal acordo. Ao
contrário do que entende o Reclamado, a flexibilização do direito do
trabalho por meio de acordos e convenções coletivas, autorizada pelo
art. 7º , XXVI , da Constituição Federal , não pode implicar a
derrogação da lei no que diz respeito a normas de ordem pública, a
exemplo da contida no art. 59 da CLT , que limita a prestação de
trabalho suplr. 4. Por outro lado, quanto à pretensão sucessiva do
Reclamado (limitar a condenação ao pagamento apenas do adicional
de 50%, quanto às horas excedentes da 8ª diária que não
ultrapassarem o limite de 44 horas semanais), o recurso de revista
merece prosseguir. Nos termos da Súmula nº 85, IV, desta Corte, a
prestação habitual de horas extras descaracteriza o acordo de
compensação de jornada e implica o pagamento do adicional de horas
extras relativamente às horas efetivamente compensadas e de horas
extras com relação ao labor excedente da 44ª hora semanal. Logo, se
demonstrada a prestação habitual de labor extraordinário, o acordo de
compensação de jornada é descaracterizado e, nessa hipótese, são
devidas como extras as horas excedentes da 44ª semanal e, quanto às
excedentes da 8ª hora diária compreendidas no limite semanal de 44
horas, é devido apenas o adicional de trabalho extraordinário. 5.
Recurso de revista a que se dá provimento.

Entende-se que a carga horária de 12 x 36 horas prevista em norma


coletiva é excepcionalmente aceita, em louvor ao reconhecimento constitucional da validade das
negociações coletivas, mas é inegavelmente uma labuta que onera sobremaneira a higidez do
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trabalhador, à medida que o obriga a laborar por meio dia seguido, às vezes varando toda uma
noite e madrugada.

Aceita-se isto, inclusive, porque há a compensação de descanso pelas


36 horas subsequentes, todavia, quando o empregador ainda compele o trabalhador a exceder
esse limite já exaustivo de trabalho, e o faz com habitualidade, resta claramente desnaturado o
acordo de compensação adrede estipulado, porque o que era compensatório fazer já não é mais.
Contudo, encontrando-se também demonstrado que o recorrente gozava de folga ainda que
inferior à acordada, portanto há de se concluir que existia uma compensação fática de jornada o
que autoriza a aplicação do disposto no inciso IV da Súmula nº 85 do TST, abaixo citada:

"IV. A prestação de horas extras habituais descaracteriza o


acordo de compensação de jornada. Nesta hipótese, as horas que ultrapassarem a jornada
semanal normal deverão ser pagas como horas extraordinárias e, quanto àquelas destinadas à
compensação, deverá ser pago a mais apenas o adicional por trabalho extraordinário. (ex-OJ nº
220 - Inserida em 20.06.2001)". (grifo nosso)

Sendo assim em tais casos, requer a descaracterização da jornada


laboral em regime de escala de 12 horas laboradas por 36 de descanso, e a consequente
condenação da reclamada a fim de remunerar as horas extras excedentes da 8ª diária e 44ª
semanal, conforme tópico juntamente com seu respectivo adicional convencional, em virtude de
todo exposto supracitado.

Caso não haja reconhecimento do pleito acima, além da 8ª e 44ª


semanal mais o adicional convencional, requer que seja apenas considerado o adicional
convencional de 60% conforme cláusula 12 da CCT em anexo.

6- DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS SUCUMBENCIAIS


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O reclamado não pagou à reclamante as referidas verbas nas épocas


próprias.

Via de consequência, em sendo devidas à reclamante as verbas


discorridas nesta exordial, nos termos do artigo 791-A DA Lei 13.467/2017, corroborado com o
entendimento do artigo 85 do CPC/2015, a parte perdedora no processo deverá arcar com os
honorários do advogado da parte vencedora, entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o
máximo de 15% (quinze por cento) sobre o valor da condenação.

Desta feita, requer a condenação da reclamada ao pagamento de


honorários advocatícios, em razão da mera sucumbência, à luz do artigo 791-A DA Lei
13.467/2017, bem como artigo 85, § 2º, do CPC/2015.

7- DA JUSTIÇA GRATUITA

Encontra-se o Reclamante impossibilitado de arcar com as


custas e despesas processuais, sem prejuízo de seu sustento e de seus dependentes,
requerendo a concessão dos benefícios da justiça gratuita.
Primordialmente, sobreleva notar-se que a Lei nº 13.467/2017
fere o princípio constitucional da isonomia. Isso porque o legislador ordinário pretendeu
instituir tratamento mais gravoso, restritivo e prejudicial ao demandante na Justiça do
Trabalho do que o dispensado ao litigante na Justiça Comum, submetido às regras do
CPC. Esse tratamento mais gravoso não é constitucionalmente permitido, tendo em
vista o princípio da isonomia (art. 5º, caput, da Constituição), eis que ignora as
exigências relativas ao tratamento judicial dos créditos trabalhistas, inclusive em termos
de acesso à Justiça (art. 5º, XXXV, da Constituição).
No que tange aos princípios que gerem a Justiça do Trabalho,
encontra-se por pressuposto a facilitação do acesso à justiça, o que inclui a noção de
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“jus postulandi” e de assistência judiciária gratuita, ou seja, a gratuidade, inclusive, é


um princípio do processo do trabalho, como se sabe, e deve abranger todas as despesas
do processo.
Neste certame, o devido processo legal e o direito à ampla
defesa, na Justiça do Trabalho, têm contornos historicamente bem definidos, tendo
como norte o princípio do amplo acesso à Justiça do Trabalho, pelo qual busca-se
facilitar ao trabalhador a defesa judicial de seus direitos.
Outrossim, trata-se de meio inerente à ampla defesa (art. 5º, LV,
da Constituição) no âmbito da Justiça Especializada, de modo que o critério da
gratuidade de justiça se justifica diante da natureza alimentar dos créditos trabalhistas e
encontra respaldo, ainda, nos princípios do valor social do trabalho (art. 1º, IV, da
Constituição) e da função social da propriedade (art. 5º, XXIII, da Constituição).
Vale ressaltar que corrobora com o referido entendimento
os termos dos enunciados aprovados na 2ª Jornada de Direito Material e
Processual do Trabalho, em sua Comissão 7, Enunciado 3.
Não obstante a tais princípios, o artigo 790, § 3º da CLT dispõe
que:
CLT - Art. 790 - § 3º É facultado aos juízes, órgãos julgadores e
presidentes dos tribunais do trabalho de qualquer instância
conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça
gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles
que perceberem salário igual ou inferior a 40% (quarenta por
cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de
Previdência Social.

Neste sentido, verifica-se que a lei refere-se àqueles que


perceberem salário igual ou inferior a 40% (quarenta por cento) do limite máximo dos
benefícios do Regime Geral de Previdência Social, no presente caso, em cenário
atualizado, O Reclamante encontra-se desprovido de qualquer recebimento, sendo,
portanto, inferior aos limites impostos.
Portanto, requer O Reclamante os benefícios da Justiça Gratuita,
haja vista, este não possuir condições financeiras de demandar sem prejuízo do próprio
sustento e da sua respectiva família. Observa-se que a isenção de custas atende aos
ditames da Lei 7.117/83, no art. 1º e da Lei 1.060/50, uma vez que informa seu estado
de pobreza através da declaração acostada aos autos. (Doc. 02).
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DOS PEDIDOS 

Isto posto é a presente para reclamar o pagamento das seguintes


verbas e direitos (cujo quantum deverá ser apurado em liquidação de sentença):

a) Requer a inaplicabilidade das alterações da lei13.467/2017 no contrato de trabalho


firmado, consoante item “2” retro;

b) Descaracterização da jornada 12x36, em razão das horas extras habituais, em consonância


com a Súmula 85, IV do C.TST., bem como a condenação do Reclamado ao pagamento das
horas extras além da 8ª diária e 44ª semanal, com os acréscimos previstos nas convenções
coletivas de trabalho, anteriores nos DSR’s, nas gratificações natalinas, nas férias acrescidas de
1/3, aviso prévio e no FGTS calculadas com base na remuneração total do reclamante,
consoante Súmula 264 do C. TST, nos termos do item “5” retro.........R$ 38.251,94

c) Integrações das horas extras nos RSR’s, nos termos da convenção coletiva de trabalho e
acordos judiciais, consoante ao item “5”
retro............................................................................................................R$ 7.788,24

d) Integrações da verba pleiteada na alínea “a - b” em epígrafe, nas gratificações natalinas,


férias acrescidas de 1/3, aviso prévio e eventuais direitos legais e oriundos do contrato de
trabalho, em conformidade com as SÚMULAS DO E. TST, consoante o item “5”, conforme
discriminado abaixo:
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I. 13o salário
2014 4/12 R$183,90
II. 13o salário
2015 12/12 R$551,70
III. 13o salário
2016 8/12 R$321,83
IV. 13o salário
2017 4/12 R$183,90
V. 13o salário
2018 12/12 R$551,70
VI. Férias indenizadas
2018 12/12 R$550,33
VII. Abono de férias indenizadas
2017 12/12 R$183,44
VIII. Férias indenizadas
2019 12/12 R$468,19
IX. Abono de férias indenizadas
2018 12/12 R$156,06
X. Férias proporcionais
2018 1/12 R$0,00
XI. Abono de férias proporcionais
2018 1/12 R$ 0,00
XII. Aviso Prévio
2018 33 dias R$558,68

e) Pagamento das integrações das horas extras e intrajornada e consectários legais


vencidos, postulada supra, no FGTS, do § 1º, do art. 18 da Lei n.º 8.036/90
.....................................................................................................................R$ 2.183,57

f) A condenação da reclamada ao pagamento de honorários advocatícios em razão da


mera sucumbência, entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de 15% (quinze por
cento) sobre o valor da condenação, à luz do artigo 791-A DA Lei 13.467/2017, bem como
artigo 85, § 2º, do CPC/2015, conforme item “6”
retro..............................................................................................R$ 5.886,39
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Ainda, a concessão do benefício da justiça gratuita, certo de que o


Reclamante preenche os requisitos da lei nº 1060/50, e artigo 790, § 3º, da CLT, consoante faz
prova a declaração em anexo (Doc. 02), conforme item “7” retro.

 DEMAIS REQUERIMENTOS

a) Requer a notificação do reclamado de todos os termos do presente para, ao final, julgada


procedente ação, ser condenada ao pagamento do principal, acrescido de juros, correção
monetária advindo da cumulação do IPCA-E – CORREÇÃO PELO INDICE IPCA-E,
REFERÊNCIA PROCESSO/TST: ARGINC – 479-60.2011.5.04.0231) e demais
cominações de direito;

b)Requer ainda o depoimento pessoal do Representante Legal do reclamado, sob pena de


confissão, nos termos do Enunciado nº 74, do Colendo TST;

c) Requer a aplicação da sumula 368, II do Colendo TST;

d)Requer que não sejam autorizados descontos do crédito do Reclamante referente ao


Imposto de Renda e Contribuições Previdenciárias, ao passo que foi de
responsabilidade o reclamado a inadimplência das verbas devidas. Não obstante, ainda
que Vossa Excelência entenda que os descontas sejam ônus do Reclamante, não há que
se cogitar na incidência de descontos fiscais sobre juros de mora. Esta possui natureza
indenizatória, nos termos do art. 46, §1º, da Lei nº 8.541/92 e da O.J. – SDI – 1, nº 400
do C. TST. Ainda, requer que sejam observadas a progressividade das alíquotas e as
épocas próprias para o cálculo nos termos dos artigos 145, § 1º, 150 inciso II e artigo
153, § 2º, inciso I, todos da Constituição Federal, da Lei 12.350/10 e da Instrução
Normativa RFB nº 1500, de 29 de outubro de 2014, e posteriores. E quanto aos
descontos previdenciários, requer que a quota parte do Reclamante seja limitada ao teto
máximo de contribuição, segundo determina o artigo 68, § 4º, do Decreto nº 2173 de
05/03/97, bem como Orientação Normativa nº 02 de 15/08/94 do Sr. Secretário da
Previdência Social e ainda, Portaria 3964 de 05/06/97 - DOU de 06/06/97
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DOS REQUERIMENTOS FINAIS

a) Requer ainda, por todos os meios de provas em Direito admitidos, a fim de se provar o
alegado, especialmente, depoimentos pessoais, principalmente da Reclamada, pena da
aplicação do Enunciado 74 do C. TST., testemunhais, juntada de novos documentos,
bem como os documentos comuns às partes e de posse exclusiva da Reclamada e tudo o
mais que necessário se fizer, a fim de se provar o alegado.

b) Requer seja a empresa reclamada, CITADA para que, querendo, CONTESTE a


presente reclamatória, sob pena de REVELIA E CONFISSÃO, para que ao final seja
esta julgada PROCEDENTE, condenando a Reclamada ao pagamento do principal
acrescido de juros e correção monetária e demais cominações legais de praxe,
principalmente, custas processuais, honorários advocatícios e periciais, e outras verbas
que do processo emergirem.

Que todas as publicações, intimações, notificações e citações sejam


realizadas em nome do advogado Dr. RENATHO FERNANDES RIBEIRO, OAB/SP
406.996, sob pena de nulidade.

Dá-se à presente causa, o valor de R$ 51.351,69 (cinquenta e um mil,


trezentos e cinquenta e cinquenta e um reais e sessenta e nove centavos), para os efeitos de
alçada.

Ad cautelam, Exa., os valores ora atribuídos aos pedidos da inicial


visam, tão somente, adequar o valor atribuído à causa, em estrito atendimento ao artigo
840 da CLT, sem prejuízo do que vier a ser apurado em regular execução de sentença,
tudo acrescido de juros e correção monetária, na exata forma da inicial.
FERNANDES
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NESTES TERMOS,

PEDE DEFERIMENTO.

São Paulo, data

________________________

ADV
OAB

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