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AO EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DA XXª VARA DO

TRABALHO DE XXXXX /XX - TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA XXª


REGIÃO.

NATUREZA : CONTRARRAZÕ ES – juntada.


PROCESSO Nº: XXXXXXX-XX.XXXX.X.XX.XXXX
RECLAMANTE: XXXXXX XXXXX XXXXX
RECLAMADO : XXXXXX XXXXXX

XXXXXXX XXXXXXX, devidamente qualificado nos autos do processo epígrafe,


vem, por seu advogado signatá rio, mandato incluso, perante Vossa Excelência,
apresentar CONTRARRAZÕES AO RECURSO ORDINÁRIO interposto pela
Reclamada, o que faz com fundamento nos termos da peça anexa.

Requer, pois, que Vossa Excelência se digne receber as contrarrazõ es, dando-as o
regular processamento, e encaminhando-as, apó s as formalidades de estilo, ao
Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da XXª Regiã o, para conhecimento e
julgamento na forma da Lei.

Termos em que pede e espera deferimento.

XXXXXXXXXX, XX de fevereiro de 20XX.

XXXXXXX XXXXXXXX
OAB/XX nº XX.XXX
CONTRARRAZÕES AO RECURSO ORDINÁRIO

PROCESSO Nº: XXXXXXX-XX.XXXX.X.XX.XXXX


RECLAMANTE: XXXXXX XXXXX XXXXX
RECLAMADO : XXXXXX XXXXXXXX

Egrégia Turma,
Nobres Julgadores,

Apesar dos esforços do Banco Recorrente, nã o faz jus a ser acolhida a tese
esposada no Recurso interposto, da mesma forma nã o merecendo a sentença ser
reformada como pretendida pelo mesmo.

I - DO BREVE RESUMO DA DEMANDA


A sentença julgou parcialmente procedente os pedidos formulados em sede inicial,
com o seguinte dispositivo:

[colacionar dispositivo de sentença]

Contudo, nã o merece prosperar o sustentado pela Reclamada, uma vez que o Juízo
a quo, em brilhante e irretocá vel decisã o quanto à matéria constante no Recurso
Ordiná rio apresentado da Reclamada, corretamente julgou procedente o pedido
supramencionado.

II - DOS FUNDAMENTOS JURIDICOS


1. Das diferenças de bolsa auxílio
A sentença de origem julgou procedente o pedido pagamento das diferenças bolsa-
está gio, bem como as diferenças de recesso remunerado com base na bolsa-
está gio, prevista nas normas coletivas.
Argumenta a parte Ré que a decisã o estará desconsiderando os Acordos Coletivos
de Trabalho específico dos empregados do reclamado, que exclui a clá usula
referente à remuneraçã o dos estagiá rios.

Importante esclarecer que as convençõ es coletivas de trabalho aplicá veis à


categoria profissional dos bancá rios expressamente preveem na clá usula 2ª, § 1º,
que:

Na contratação de estagiário sem vínculo empregatício, como


admitido em Lei, será observado o salário de ingresso
estabelecido nesta cláusula, na proporção das horas de sua
jornada de trabalho.

Já os acordos coletivos firmados pelo réu ressalvam a nã o aplicaçã o das clá usulas
2ª e 3ª das convençõ es coletivas aos empregados e estagiá rios por ele contratados.

Ora Nobres Julgadores, o fato é que em relaçã o aos estagiá rios houve apenas
supressã o de direito (relativa à remuneraçã o), pois nada mais foi estabelecido em
relaçã o a estes, que, ao contrá rio dos acordos coletivos, foram expressamente
contemplados nas convençõ es coletivas.

Nesse aspecto, nã o vinga a tese de que, por nã o serem integrantes da categoria dos
bancá rios, nã o lhes seriam aplicá veis as normas das convençõ es coletivas, pois o
direito em referência foi expressamente alcançado aos estagiá rios pelas
convençõ es coletivas.

Incontroverso, ainda, que os valores pagos a título de bolsa auxílio foram inferiores
ao piso normativo estabelecido nas convençõ es coletivas.

Além disso, e apesar de o reclamado negar, na contestaçã o (Id xxxxxxxxx), a


existência do chamado "Pessoal de Escritó rio", as convençõ es coletivas firmadas
entre os Sindicatos dos Bancos no Rio Grande do Sul e a Federaçã o Nacional dos
Bancá rios - FENABAN, aplicá veis à autora, preveem piso salarial para o Pessoal de
Escritó rio, nã o havendo controvérsia, ademais, acerca das atividades
desenvolvidas pela reclamante durante o está gio, tais como: efetuar tarefas
jurídico-administrativas; elaborar pareceres, petiçõ es, contestaçõ es e recursos,
sempre em conjunto com o advogado do banco; pesquisar material jurídico;
realizar serviços de Fó rum e de Tribunal.

Por fim, fazendo coro com as alegaçõ es desta contrarrazõ es, a corrente
preponderante nesta matéria aduz nã o ser a questã o de um (Acordo) ou outro
(Convençã o), mas sim, a efetiva aná lise do caso concreto, aplicando-se a norma
mais benéfica ao trabalhador.

A matéria em baila já foi julgada pelo Tribunal Superior do Trabalho no


Dissídio Coletivo 179.135/2007-000-00-00.0, ordenando a aplicaçã o do piso
salarial estabelecido nas convençõ es coletivas em que o Sindicato da Reclamada foi
signatá rio.

DISSÍDIO COLETIVO DE NATUREZA JURÍDICA.


INTERPRETAÇÃO DE CLÁUSULAS ESTABELECIDAS EM
CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO. As Cláusulas 2a e 3a da
convenção coletiva de trabalho, firmada pelas entidades
representantes das categorias patronal e profissional do ramo
da atividade bancária nacional, estabelecem pisos salariais
para todos os bancários, determinando que esses valores
básicos sejam observados no pagamento das bolsas dos
estagiários.
Dissídio coletivo de natureza jurídica que se julga procedente.
(...)
O Sindicato dos Bancários de Porto Alegre ajuizou dissídio
coletivo de natureza jurídica, pretendendo ver interpretadas as
cláusulas 23 e 33 estabelecidas na convenção coletiva de
trabalho firmada pela Federação Nacional dos Bancos e Outros,
representando a categoria econômica, e, no outro lado,
representando a categoria profissional, pela Confederação
Nacional dos Trabalhadores em Instituições Financeira - CNTIF
e Outros, com vigência para o período de 2005/2006.
(...)
Então a pergunta é: o piso salarial fixado nas cláusulas servem
também como piso para as bolsas dos estagiários?

Com efeito, a redação das Cláusulas 2ª e 3ª da convenção


coletiva, parece-me bastante clara. Por óbvio que as referidas
normas criaram um piso salarial para toda a categoria e,
também, estabeleceram que esses valores deverão ser
observados relativamente ao pagamento das bolsas aos
estagiários.

Não há outro entendimento a ser declarado.

Assim, julgo procedente o pedido e declaro que, conforme fixado


nas Cláusulas 2ª e 3ª da convenção coletiva, as bolsas pagas aos
estagiários que exerçam funções nas casas bancárias deverão,
no mínimo, ter valores iguais ao estabelecido nas referidas
normas, ·de acordo com as áreas de atuação, conforme preveem
as referidas cláusulas.

ISTO POSTO ACORDAM os Ministros da Seção Especializada em


Dissídios Coletivos do Tribunal Superior ao Trabalho, por
unanimidade, julgar procedente o dissídio coletivo de natureza
jurídica, para declarar que, conforme fixado nas Cláusulas 2ª e
3ª da convenção coletiva, as bolsas pagas aos estagiários que
exerçam funções nas casas bancárias deverão ter valores iguais
ao estabelecido nas referidas normas, observando-se as áreas
de atuação.
Brasília, 13 de setembro de 2007.

Vantuil Abdala
Assim, irretocá vel a sentença guerreada, devendo ser mantida quanto ao ponto por
seus pró prios fundamentos.

2. Das compensações/deduções
O Recorrente requer a compensaçã o dos valores pagos a título de auxílio
alimentaçã o e vales transporte.

Improcede o pedido tendo em vista que estas verbas nã o tem perfil de


contraprestaçã o pelo trabalho realizado. Seu fornecimento ao trabalhador tem
finalidade até mesmo etimoló gica.

O auxílio refeiçã o e a cesta alimentaçã o inserem-se no contexto contratual ou


institucional, onde o benefício é despendido com objetivo nutricional. Nessa ordem
de ideias, os benefícios devem ser vistos quanto à sua realidade institucional,
assumindo o cará ter de ajuda de custo ao trabalhador em relaçã o a um bem da
vida essencial, como também é o caso do auxílio transporte.

A concessã o do benefício tem previsã o legal no pará grafo 2º, do art. 457 da CLT,
que a autoriza SEM integraçã o ao salá rio. O fato de o empregador estar ou nã o
vinculado ao Programa de Alimentaçã o do Trabalhador - PAT é irrelevante para o
deslinde da questã o, por objetivar meramente efeitos de beneficiar as instituiçõ es
junto ao fisco.

Os incentivos fiscais visam exatamente estimular a concessã o da ajuda.

Desta forma, irretocá vel a sentença quanto a este ponto.

III- CONCLUSÃO
Isto posta, REQUER o recorrido, seja TOTALMENTE NEGADO PROVIMENTO ao
Recurso Ordiná rio da Reclamada, pelas razõ es de fato e de direito acima
expendidas, ratificando o presente Reclamante as manifestaçõ es contidas nas
petiçõ es já apresentadas aos autos.
Pugna, por manifestaçã o expressa sobre as questõ es aqui expendidas, de vez que
improcedem as pretensõ es do Recurso Ordiná rio da Reclamada, por falta de
amparo legal e probató rio, requerendo o prequestionamento, desde já , quanto a
todos os dispositivos legais, normativos e jurisprudenciais elencados.

Termos em que pede e espera deferimento.

XXXXXXXXXX, XX de fevereiro de 20XX.

XXXXXXX XXXXXXXX
OAB/XX nº. XX.XXX

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