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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DO TRABALHO DA __º

VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO - SP.

NOME DO RECLAMANTE, QUALIFICAÇÃO


COMPLETA, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor uma
AÇÃO RECLAMATÓRIA TRABALHISTA

pelo rito ordinário, reiterando todos os documentos já acostados nos


presentes autos, em face das reclamadas:

ITAÚ UNIBANCO S/A, inscrito no CNPJ 60.701.190/0001-04,


devendo ser citada na Avenida Brigadeiro Luiz Antônio, 1813, Bela Vista, São Paulo/SP, CEP:
01317-002, conforme artigo art. 118 da Consolidação das Normas da Corregedoria, destaca-se
ainda que o último local da prestação de trabalho da Reclamante é na Avenida do Estado,
5533 – São Paulo/SP – CEP 03105-003 e conforme o artigo 651 da CLT a competência das
Varas do Trabalho será determinada pelo último local de trabalho, assim, o presente foro é o
competente para dirimir a lide ora apresentada, pelos motivos de fato e direito a seguir
articuladamente expostos:

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1. DA COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA

A presente demanda não foi submetida à Comissão de Conciliação


Prévia, em razão da mesma não ter sido constituída. Com efeito, foram criadas para a categoria
apenas algumas comissões de conciliação voluntária de caráter facultativo, conforme acordo
firmado entre o Sindicato dos Bancários e o reclamado. Releva que, mesmo na hipótese de que
tivesse sido constituída a Comissão de Conciliação Prévia prevista em lei, a jurisprudência
sintetizada na Súmula nº 2 do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 2 ª Região, deu a
melhor interpretação ao dispositivo em tela e estabeleceu que o comparecimento perante a
Comissão não constitui condição da ação, ou pressuposto processual, face ao disposto no artigo
5º, inciso XXXV, da Constituição Federal.

2. DA INAPLICABILIDADE DAS ALTERAÇÕES DA LEI 13.467/2017 NO


CONTRATO DE TRABALHO FIRMANDO SOB A ÉGIDE DO DECRETO LEI nº
5.452 de 1943 – VIOLAÇÃO DOS DIREITOS CONSTITUCIONAIS

Considerando que a Lei 13.467/2017 não trouxe normas específicas de


transição, há de se esclarecer que é pacífico entendimento de que as novas normas de direito
material somente se aplicam às relações jurídicas não consumadas na vigência da nova lei, de
modo a não ferir o artigo 5º, XXXVI, da Constituição Federal, que trata do direito adquirido, do
ato jurídico perfeito e da coisa julgada.

No caso em tela, importa observar que o contrato de trabalho foi


firmado sob a égide do Decreto Lei nº 5.452 de 1943, portanto, são inaplicáveis as alterações da
Consolidação das Leis de Trabalho por intermédio da Lei 13.467/2017 que possa causar
prejuízos ao obreiro sob pena de violação dos princípios constitucionais fundamentais.
Tal entendimento é corroborado também no artigo 468 da CLT que
determina: “nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas
condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem direta ou
indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente dessa
garantia”.

Destarte, requer que sejam resguardados todos os direitos adquiridos


no transcurso do contrato de trabalho do obreiro.

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3. DA INAPLICABILIDADE DO PARÁGRAFO PRIMEIRO, DA CLÁUSULA 11ª, DA
CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO DE 2018/2020

Apesar da disposição contida no artigo 611-A da Lei nº


13.467/2017 que se refere a prevalência do negociado sobre legislado, urge destacar que no caso
em testilha o contrato de trabalho foi firmado sob a égide do Decreto Lei nº 5.452 de 1943,
portanto, são inaplicáveis as alterações da Consolidação das Leis de Trabalho por intermédio da
Lei 13.467/2017 que possa causar prejuízos ao obreiro sob pena de violação dos princípios
constitucionais fundamentais que trata do direito adquirido, do ato jurídico perfeito e da coisa
julgada (5º, XXXVI, da Constituição Federal).

Sob esta mesma vertente, segue a orientação do ANAMANTRA:

CONVENÇÃO E ACORDO COLETIVO DE TRABALHO. ADEQUAÇÃO


DA AUTONOMIA DA VONTADE DIANTE DE DIREITOS
FUNDAMENTAIS SOCIAIS. ANÁLISE DA LEGALIDADE.
VERIFICAÇÃO DA NORMA MAIS FAVORÁVEL PELA AUDITORIA
FISCAL DO TRABALHO.
I- Normas autônomas devem integrar a legislação trabalhista a partir do
princípio norteador da norma mais favorável. A autonomia da vontade
coletiva, enunciada no art. 8º, paragrafo 3º da Lei nº 13.467/17, não pode se
sobrepor a direitos fundamentais nem a preceitos constitucionais, tais
como a valorização do trabalho, o respeito à dignidade humana e à saúde
e segurança dos trabalhadores.
II- Prevalece em todo caso em relação à matéria negociada, os princípios da
proteção, da norma mais favorável e da inafastabilidade da tutela
jurisdicional.
III- A Auditoria Fiscal do Trabalho possui o dever de exigir o cumprimento
das normas laborais mais favoráveis ao trabalhador, sejam elas
constitucionais, infraconstitucionais ou negociadas, o que inclui a
possibilidade de verificação da aplicabilidade ou não de convenções e
acordos coletivos de trabalho sob aquela sistemática.

A Convenção Coletiva do Trabalho de 2018/2020, dentro de suas


disposições, traz no Parágrafo Primeiro, da Cláusula 11º, a compensação da gratificação de

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função pelas horas extras na hipótese de juízo afastar o enquadramento do cargo de confiança
previsto no artigo 224, § 2º da CLT, contrariando não só o entendimento consolidado da Súmula
nº 109 do TST como também o princípio constitucional da vedação do retrocesso social, bem
como tem como finalidade secundária limitar o poder jurisdicional do Estado.

Vejamos, a Cláusula em comento:

CLÁUSULA 11 – GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO


O valor da gratificação de função, de que trata o § 2º do artigo 224, da
Consolidação das Leis do trabalho, não será inferior a 55% (cinquenta e
cinco por cento), à exceção do Estado do Rio Grande do Sul, cujo percentual
é de 50% (cinquenta por cento), sempre incidente sobre o salário do cargo
efetivo acrescido do adicional por tempo de serviço, já reajustados nos
termos da cláusula primeira, respeitados os critérios mais vantajosos e as
demais disposições específicas previstas nas Convenções Coletivas de
Trabalho Aditivas.

Parágrafo primeiro – Havendo decisão judicial que afaste o


enquadramento de empregado na trabalho prestado além da 6ª (sexta)
hora diária, de modo que a jornada somente é considerada
extraordinária após a 8ª (oitava) hora trabalhada, o valor devido relativo
às horas extras e reflexos será integralmente deduzido/compensado, com
o valor da gratificação de função e reflexos pagos ao empregado. A
dedução/compensação prevista neste parágrafo será aplicável às ações
ajuizadas a partir de 1º.12.2018.

Parágrafo segundo – A dedução/compensação prevista no parágrafo acima


deverá observar os seguintes requisitos, cumulativamente:

a) será limitada aos meses de competência em que foram deferidas as horas


extras e nos quais tenha havido o pagamento da gratificação prevista
nesta cláusula; e
b) o valor a ser deduzido/compensado não poderá ser superior ao auferido
pelo empregado, limitado aos percentuais de 55% (cinquenta e cinco por
cento) e 50% (cinquenta por cento), mencionados no caput, de modo que
não pode haver saldo negativo.” Realces acrescidos

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A compensação de verbas trabalhistas é um tema pacífico na Justiça
do Trabalho, portanto, não se pode confundir que uma verba criada para remunerar
responsabilidade com uma verba que serve para remunerar a atividade em horas extraordinárias
de labor, como é o entendimento C.TST:
Súmula nº 109 do TST. Gratificação de função
O bancário não enquadrado no § 2º do art. 224 da CLT, que receba
gratificação de função, não pode ter o salário relativo a horas extraordinárias
compensado com o valor daquela vantagem.

Destarte, a referida Cláusula ignora o fato de que, para haver


compensação deve existir reciprocidade de crédito. Tendo em vista que a parte reclamante não é
devedor do reclamado e, consequentemente, por óbvio, o reclamado não é credor do reclamante
na presente lide, o requisito mais básico da compensação de verbas não está preenchido no caso
em tela.

Não obstante, o Ministério Público do Trabalho da 2ª Região, na


Notícia de Fato NF nº 007604.2018.02.000/1, ao receber a denúncia para apuração das
ilegalidades, encaminhou os autos à Procuradoria Geral do Trabalho com caráter de
urgência para que possam ajuizar uma ação anulatória buscando a declaração de
nulidade com repercussão geral do parágrafo primeiro, da cláusula 11º, da convenção
coletiva de trabalho dos bancários de 2018/2020 (Docs anexos)

Destarte, a inaplicabilidade do parágrafo primeiro, da cláusula 11ª da


convenção coletiva de trabalho de 2018/2020 é a medida que se impõe o que desde já se requer.

De toda sorte, a parte Reclamante faz jus ao pagamento das horas


extras até 01/12/2018, pois, já alcançado constitucionalmente o seu direito pela incidência dos
artigos 5º, XXXVI, da Constituição Federal e 6º, § 2º, da Lei de Introdução às Normas do
Direito Brasileiro.

Ante ao exposto, com fulcro no art. 5º, XXXV e XXXVI, da


Constituição Federal e na Súmula 109 do E. TST, requer a inaplicabilidade do parágrafo
primeiro, da cláusula 11ª da Convenção Coletiva de Trabalho que dispõe sobre a
compensação da gratificação de função pelas horas extras na hipótese do juízo afastar o
enquadramento do cargo de confiança previsto no artigo 224, § 2º da CLT.

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Data Máxima Vênia, caso não seja esse o entendimento de Vossa
Excelência, com fulcro no artigos 5º, XXXVI, da Constituição Federal e 6º, § 2º, da Lei de
Introdução às Normas do Direito Brasileiro, requer que seja deferido o pagamento de horas
extras (7ª e 8ª hora) até a data de 01/12/2018 que corresponde o início de vigência da
Convenção Coletiva do Trabalho 2018/2018, pois, já alcançado constitucionalmente o seu
direito pela incidência dos artigos 5º, XXXVI, da Constituição Federal e 6º, § 2º, da Lei de
Introdução às Normas do Direito Brasileiro

4. PROTESTO INTERRUPTIVO DE PRESCRIÇÃO

O Sindicato dos Bancários da Grande São Paulo moveu ação civil


Pública de protesto interruptivo prescricional em face do Reclamado, o qual foi distribuído
perante a 84ª vara do Trabalho de São Paulo sob o n° (NÚMERO COMPLETO NO CURSO)
(Doc - Cópia integral) . A referida ação teve como objeto interromper a prescrição em relação
as horas extras para os empregados da reclamada que exercem a carga horária de 8 horas,
porém, enquadram- se no “caput” do artigo 224 da CLT, dos quais exercem funções técnicas.

A ação judicial retro citada vez reconhecida as atividades da


Reclamante nos termos do “caput” do artigo 224 da CLT, consequentemente a jornada de 6hs
(seis) horas diárias, a prescrição do direito do obreiro de pleitear as horas extras deverá retroagir
à data da distribuição da Ação Civil Pública (05/05/2016), ou seja, o período imprescrito
retroagirá desde 05/05/2011 até a rescisão do contrato de trabalho da Reclamante.

Desse modo, o presente protesto tem a finalidade de interromper a


prescrição em relação da Reclamante que compõe a base territorial do Sindicato Autor da ação
civil pública em desempenho de função de natureza técnica, submetidos a jornada de 8 (oito)
horas.

Nos termos da Orientação Jurisprudencial 392 da SDI-I, do C. TST, o


protesto judicial encontra-se sedimentado, in verbis:

“O protesto judicial é medida aplicável no processo do trabalho, por força


do art. 769 da CLT e do art. 15 do CPC de 2015. O ajuizamento da ação,
por si só, interrompe o prazo prescricional, em razão da inaplicabilidade do
§ 2º do art. 240 do CPC de 2015 (§ 2º do art. 219 do CPC de 1973),
incompatível com o disposto no art. 841 da CLT.”

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Ressalta-se que o Sindicato conforme art. 8º, III da Constituição
Federal, é legitimo para defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria,
inclusive em questões judiciais ou administrativas.

No mesmo sentido tem-se recente decisão do TST em relação ao


protesto interruptivo em relação a prescrição quinquenal em relação as horas extras bancárias;

“(...) Prescrição - O Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos


Bancários de São Paulo, Osasco e Região ingressou com Ação Cautelar de
Protesto visando interromper o prazo prescricional para a propositura de
ações individuais que, eventualmente, discutissem o pagamento de horas
extras por funcionários da reclamada, especialmente aqueles submetidos à
jornada de 8 horas diárias.Pois bem. A ação cautelar justifica-se pelas
situações de perigo iminente que, se consumadas, tornariam inútil o direito
reconhecido e, nesse aspecto, é instrumento processual provisório cuja
finalidade é a garantia da eficácia prática do provimento jurisdicional a ser
concedido em futuro processo de conhecimento ou de execução.

O artigo 7º, XXIX, da Constituição Federal estabelece a prescrição dos


créditos resultantes das relações de trabalho em cinco anos para os
trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do
contrato de trabalho.

O art. 202, do CC, por sua vez, estabelece que a interrupção da prescrição,
que somente poderá ocorre uma vez, dar-se-á:

"I - por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citação, se o


interessado promover no prazo e na forma da lei processual; II - por
protesto, nas condições do inciso antecedente".

Malgrado no Direito Processual do Trabalho não haja norma específica que


regule a interrupção da prescrição, o protesto judicial é medida plenamente
aplicável também nesta seara, por força do artigo 769 e 8º, parágrafo único
da CLT.

Pondere-se que a medida cautelar de protesto interruptivo da prescrição


caracteriza-se como um procedimento de jurisdição voluntária, que atribui
ao juízo meras providências administrativas, consoante se extrai do disposto

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no art. 726, parágrafo 2º do CPC, que trata das notificações e interpelações
judiciais, in verbis:

"Quem tiver interesse em manifestar formalmente sua vontade a outrem


sobre assunto juridicamente relevante poderá notificar pessoas participantes
da mesma relação jurídica para dar-lhes ciência de seu propósito. § 2º
Aplica-se o disposto nesta Seção, no que couber, ao protesto judicial."

Daí porque, não comportando qualquer apreciação do mérito, para que a


interrupção da prescrição se opere, basta que a parte requerente exponha as
razões de fato e jurídicas na petição inicial, demonstrando a existência de
animus futuro para propositura de ação, evidenciando o interesse no
exercício da pretensão, o que foi observado no caso em tela.

Por oportuno e derradeiro, vale transcrever o entendimento cristalizado na


OJ 392 da SBDI-1/TST:

"Prescrição. Interrupção. Ajuizamento de protesto judicial. Marco inicial. O


protesto judicial é a medida aplicável no processo do trabalho, por força do
art. 769 da CLT e do art. 15 do CPC de 2015. O ajuizamento da ação, por si
só, interrompe o prazo prescricional, em razão da inaplicabilidade do § 2º
do art. 240 do CPC de 2015, incompatível com o disposto no art. 841 da
CLT".

Destarte, declaro a interrupção da prescrição, tanto bienal quanto


quinquenal, a partir de 26.10.2016, data da distribuição da ação.

Ante o exposto, julgo PROCEDENTE a ação cautelar proposta pelo


SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS
BANCÁRIOS DE SÃO PAULO, OSASCO E REGIÃO em face do BANCO
DO BRASIL para declarar a interrupção da prescrição em 26.10.2016.” (80ª
Vara do Trabalho da Comarca da Capital/SP, Dra. Emanuela Angélica
Carvalho Paupério, Processo 1002008-65.2016.5.02.0009, Partes: Sindicato
Empregados Estabelecimentos Bancários de São Paulo e Banco do Brasil
S/A, j. 25/8/2017)

“Em decisões recentes, a SBDI-1 do C.TST tem entendido que, em


controvérsias relacionadas à duração do trabalho (horas extras, intervalo e
adicional noturno), decorrentes de política trabalhista adotada pela
empresa, caracteriza-se a lesão coletiva (direito individual homogêneo), a

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ensejar a atuação do sindicato como substituto processual. O sindicato é,
portanto, parte legítima para intentar o protesto interruptivo da prescrição.

Da mesma forma, o posicionamento do Tribunal Superior do Trabalho


encontra-se sedimentado no sentido de que o protesto interruptivo
interrompe a prescrição bienal e a quinquenal, não prosperando a
insurgência do réu, neste aspecto.

Por fim, quanto à identidade de objeto, o exame dos documentos coligidos


aos autos e os próprios termos da petição inicial revelam que o protesto
interruptivo foi ajuizado para interromper a prescrição dos empregados que
são submetidos à jornada de oito horas, mas que não se enquadram no art.
224 da CLT.

Assim, a análise da matéria confunde-se com o próprio mérito da demanda,


estando condicionada ao pronunciamento, por este Juízo, se as atividades
exercidas pela reclamante possuem natureza técnica ou se estavam
enquadradas como cargo de confiança.” (52ª Vara do Trabalho da Comarca
da Capital/SP, Dra. Gerti Baldomera de Catalina Perez Greco,
Processo1000067-14.2017.5.02.0052, Partes: Maria Regina Keico
Fukunishi Yamamoto, Banco do Brasil, J.29/6/2017).

Outra sorte não socorre a reclamante senão seja acolhida a pretensa


interrupção de prescrição.

Destarte, requer que seja acolhida a preliminar pelo do protesto interruptivo


em favor da Reclamante, nos termos da Ação Civil Pública, processo n.º (NÚMERO
COMPLETO NO CURSO), que tramitou na 84º Vara do Trabalho da Capital – São Paulo. (Doc
– Cópia integral).

5. DADOS FUNCIONAIS

A reclamante foi admitida aos serviços da reclamada em 29/01/2010,


exercendo por último a função de Coordenadora. Em 05/04/2021 foi extinto o contrato de
trabalho, porém, não recebeu corretamente seus direitos. (doc anexo)

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6. REMUNERAÇÃO

Após mais de 11 anos no Reclamado, a última remuneração mensal


da reclamante foi no importe de R$ 14.297,55 (catorze mil, duzentos e noventa e sete reais e
cinquenta e cinco centavos). (doc anexo)

7. DO HORÁRIO DE TRABALHO – PEDIDO DE HORAS EXTRAS

A reclamante, durante o período imprescrito até setembro/2020


cumpriu permanentemente regime extraordinário, de segunda a sexta-feira, das 09h00min às
18h00min, em média, com 01 hora de intervalo para refeição e descanso. De setembro/2020 até
seu desligamento em abril/2021, a reclamante cumpriu permanentemente regime extraordinário,
de segunda a sexta-feira, das 09h00min às 22h00min, em média, com 01 hora de intervalo para
refeição e descanso

Considerando que do período imprescrito até setembro/2020, a


reclamante se enquadrava no caput do art. 224 da CLT, como bancário, o reclamante faz jus à
jornada especial de 06 horas. E de setembro/2020 até seu desligamento, reclamante se

enquadrava no parágrafo segundo do art. 224 da CLT, como BANCÁRIA, o reclamante


faz jus à jornada especial de 08 horas. Apesar da sua jornada sempre ultrapassar o limite legal e
contratual, conforme já descrito, não percebeu as horas extras, como de direito.

Para efeito de cálculo das horas extraordinárias, estas deverão ser


pagas a partir da 6ª hora diária, observando-se o divisor 180, no primeiro período, e a partir da
8º hora diária, observando-se o divisor 220 no segundo período, nos termos da súmula 124 do
TST, com os devidos acréscimos previstos nas convenções coletivas de trabalho
respectivamente na cláusula 8º das convenções de 2011/2012, 2012/2013, 2013/2014,
2014/2015, 2015/2016, 2016/2018, 2018/2020 e 2020/2022.

A reclamante tem direito às horas extras além


sexta hora diária, pois trata-se de bancária comum. Assim
Ela enquadra-se no artigo 224 da CLT, pois trata-se de uma
empregada sem função de fidúcia diferenciada dos demais empregados do reclamado.

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Diante dos fatos se torna incontroverso o fato de que a
Reclamante de fato tem direito ao

Nos termos da Súmula 264 do Colendo TST do C. TST, as horas


extras deverão ser calculadas com base na remuneração total da Reclamante. Além disso, a
Reclamada deixou de pagar os salários decorrentes das integrações das horas extras nos
repousos semanais remunerados (RSR’s), bem como as integrações dessas verbas à
remuneração, notadamente, nas férias vencidas e proporcionais acrescidas de 1/3, gratificações
natalinas vencidas e proporcionais, FGTS e demais verbas rescisórias, em conformidade com a
jurisprudência dos Tribunais Trabalhistas, e a Súmula nº 172 do E. TST e artigo 7º, “a”, da Lei
nº 605/49.

Considerando que as horas extras eram prestadas durante toda a


semana, a Reclamante faz jus ao valor correspondente ao repouso semanal remunerado,
inclusive, sábados e feriados, consoantes às convenções coletivas de trabalho, evidenciada no
parágrafo 1º da cláusula 8ª de 2011/2012, 2012/2013, 2013/2014, 2014/2015, 2015/2016,
2016/2018, 2018/2020 e 2020/2022.

Havia controle de horário, o controle de ponto da reclamante, de todo


o período laborado, deverá vir à colação nos termos do artigo 358, 359 do CPC.

8. INTERVALO DA MULHER – ARTIGO 384 DA CLT

A Reclamante, durante todo o período imprescrito cumpriu a jornada


diária de segunda a sexta-feira das 9h00min às 18h00min, com 1 (uma) hora de intervalo para
refeição e descansa em média.

Em que pese o artigo 384 da CLT, ter sido revogado pela lei ( Lei
13.467/2017), não exclui o direito da reclamante. Extrai do contrato de trabalho da reclamante
que na época do contrato o referido artigo vigorava e sua revogação não pode prejudicar a
reclamante, uma vez adquiriu seu direito na vigência da lei anterior.

A Consolidação das Leis Trabalhista, em seu artigo 384, no capítulo


dedicado a proteção do trabalho da mulher, estabelece que, em caso de prorrogação do horário
normal, será obrigatório um descanso de 15 (quinze) minutos no mínimo, antes do início do

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período extraordinário do trabalho. Assim, a Reclamante faz jus a 15 (quinze) minutos
extraordinários, visto que não usufruiu do referido descanso antes de iniciar as horas
extraordinárias, mencionadas no item retro.

O intervalo já foi amplamente debatido pelo plenário do E. Supremo


Tribunal Federal e pacificado o entendimento por meio da Súmula 28 do C. TRT da 2ª Região,
vejamos:

SÚMULA 28 do C. TRT da 2ª Região. "Intervalo previsto no artigo 384 da


CLT. Recepção pela Constituição Federal. Aplicação somente às mulheres.
Inobservância. Horas extras.

O artigo 384 da CLT foi recepcionado pela Constituição Federal consoante


decisão do E. Supremo Tribunal Federal e beneficia somente mulheres,
sendo que a inobservância do intervalo mínimo de 15 (quinze) minutos nele
previsto resulta no pagamento de horas extras pelo período total do
intervalo."

Ante o acima exposto, o reclamado deverá ser condenado ao


pagamento das horas extras relativas a não concessão de intervalo de 15 (quinze) minutos antes
do início de cada jornada extraordinária, bem como as integrações das horas extras nos repousos
semanais remunerados (RSR’s) e as integrações dessas verbas à remuneração, notadamente, nas
férias vencidas e proporcionais, acrescidas de 1/3, gratificações natalinas vencidas e
proporcionais, saldo de salário, FGTS, gratificações contratuais e eventuais direitos legais
oriundos do contrato de trabalho.

9. HONORÁRIOS SUCUMBÊNCIAIS

O reclamado não pagou à reclamante as referidas verbas nas épocas


próprias.

Via de consequência, em sendo devidas à reclamante as verbas


discorridas nesta exordial, nos termos do artigo 791-A DA Lei 13.467/2017, corroborado com o
entendimento do artigo 85 do CPC/2015, a parte perdedora no processo deverá arcar com os

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honorários do advogado da parte vencedora, entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o
máximo de 15% (quinze por cento) sobre o valor da condenação.

Desta feita, requer a condenação da reclamada ao pagamento de


honorários advocatícios, em razão da mera sucumbência, à luz do artigo 791-A DA Lei
13.467/2017, bem como artigo 85, § 2º, do CPC/2015.

10. DA JUSTIÇA GRATUITA

Encontra-se a reclamante impossibilitado de arcar com as custas e


despesas processuais, sem prejuízo de seu sustento e de seus dependentes, requerendo a
concessão dos benefícios da justiça gratuita.

Primordialmente, sobreleva notar-se que a Lei nº 13.467/2017 fere o


princípio constitucional da isonomia. Isso porque o legislador ordinário pretendeu instituir
tratamento mais gravoso, restritivo e prejudicial ao demandante na Justiça do Trabalho do que o
dispensado ao litigante na Justiça Comum, submetido às regras do CPC. Esse tratamento mais
gravoso não é constitucionalmente permitido, tendo em vista o princípio da isonomia (art. 5º,
caput, da Constituição), eis que ignora as exigências relativas ao tratamento judicial dos créditos
trabalhistas, inclusive em termos de acesso à Justiça (art. 5º, XXXV, da Constituição).

No que tange aos princípios que gerem a Justiça do Trabalho,


encontra-se por pressuposto a facilitação do acesso à justiça, o que inclui a noção de “jus
postulandi” e de assistência judiciária gratuita, ou seja, a gratuidade, inclusive, é um princípio
do processo do trabalho, como se sabe, e deve abranger todas as despesas do processo.

Neste certame, o devido processo legal e o direito à ampla defesa, na


Justiça do Trabalho, têm contornos historicamente bem definidos, tendo como norte o princípio
do amplo acesso à Justiça do Trabalho, pelo qual busca-se facilitar ao trabalhador a defesa
judicial de seus direitos.

Outrossim, trata-se de meio inerente à ampla defesa (art. 5º, LV, da


Constituição) no âmbito da Justiça Especializada, de modo que o critério da gratuidade de
justiça se justifica diante da natureza alimentar dos créditos trabalhistas e encontra respaldo,

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ainda, nos princípios do valor social do trabalho (art. 1º, IV, da Constituição) e da função social
da propriedade (art. 5º, XXIII, da Constituição).

Vale ressaltar que corrobora com o referido entendimento os


termos dos enunciados aprovados na 2ª Jornada de Direito Material e Processual do
Trabalho, em sua Comissão 7, Enunciado 3.

Não obstante a tais princípios, o artigo 790, § 3º da CLT dispõe que:

CLT - Art. 790 - § 3º É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes


dos tribunais do trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou
de ofício, o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e
instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou inferior a 40%
(quarenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de
Previdência Social.

Neste sentido, verifica-se que a lei se refere àqueles que perceberem


salário igual ou inferior a 40% (quarenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime
Geral de Previdência Social, no presente caso, em cenário atualizado, a reclamante encontra-
se desempregada, desprovida de qualquer recebimento, sendo, portanto, inferior aos
limites impostos.

Portanto, requer a reclamante os benefícios da Justiça Gratuita, haja


vista, este não possuir condições financeiras de demandar sem prejuízo do próprio sustento e da
sua respectiva família. Observa-se que a isenção de custas atende aos ditames da Lei 7.117/83,
no art. 1º e da Lei 1.060/50, uma vez que informa seu estado de pobreza através da declaração
acostada aos autos. (Doc. 02).

11. DOS JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA - INDENIZAÇÃO COMPENSATÓRIA

Requer o reclamante que seja considerado por Vossa Excelência, a o


índice de correção IPCA-E – CORREÇÃO PELO INDICE IPCA-E, REFERÊNCIA
PROCESSO/TST: ARGINC – 479-60.2011.5.04.0231 até a data de citação, e a partir da citação
juros cíveis conforme determinado pelo artigo 406 do código cível, conforme decidido pelo
Supremo Tribunal Federal nas ADCs 58 e 59 e ADI 5867, de 18/12/2020.

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De forma que, requer ainda o reclamante que quando a referida taxa
Selic der índice negativo, seja conferido ao reclamante de forma suplementar uma indenização
compensatória nos moldes dos artigos 317, 402, 404 do CC, visto ser plenamente cabível tal
compensação, uma vez que o reclamante colaborou para os lucros da empresa e ainda, está
deixando de auferir o devido lucro na época da prestação do serviço, de forma que, não pode o
juízo concordar em aplicar somente a taxa Selic o que por vezes sequer remunera a prestação de
fato prestada, tornando o resultado do trabalho precário.

Isto porque, se compararmos o trabalho do reclamante ao um imóvel


improdutivo, temos que este conforme enunciado da súmula 618 do STF , a taxa de juros da
desapropriação, direta ou indireta, é de 12% ao ano, ou seja, o trabalhador vale menos que um
imóvel improdutivo? Já que a aplicação somente da taxa Selic, levaria o trabalho do reclamante
sem nenhuma compensação pela demora na percepção. Visto sua percepção natureza alimentar,
e pior diríamos que vale menos que um imóvel improdutivo? E o princípio da dignidade da
pessoa humana art. 1°,III da CF, temos que um imóvel tem mais valor do que um ser humano?

Ressalta-se, que a aplicação de uma indenização compensatória não


constitui anatocismo, conforme enunciado da súmula 102 do STJ, sendo perfeitamente possível
e dever a sua aplicação de modo a compensar sobre a demora da percepção de um crédito
trabalhista.

E ainda de acordo com artigo 397 do CC combinado com artigo 161,


§1º do CTN, deixa claro que desde inadimplemento da obrigação, positiva e liquida, no seu
termo, constitui de pleno direito em mora o devedor, dessa forma temos que desde quando o
reclamante constituiu seu direito em face da reclamada a este é devido, à exemplo, podemos
citar que se ao reclamante lhe foi dado o direito as horas extras do mês de fevereiro de 2017, se
tomarmos por base que este deva receber no 5º dia útil e não lhe foi pago em época própria,
tornou um direito exigível no 6º dia útil até a data da percepção de forma compensatória de 1%
ao mês até a data da efetiva percepção do reclamante, acompanhando assim o entendimento do
Supremo Tribunal Federal, sendo desde da data própria que o reclamante deixou de receber,
uma dívida liquida e positiva ao trabalhador.

DOS PEDIDOS

Isto posto é a presente para reclamar o pagamento das seguintes


verbas e direitos:

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a) Inaplicabilidade da lei 13.467/2017 no contrato de trabalho firmado na presente
demanda sob a égide do decreto lei nº 5.452 de 1943, conforme item “2” retro;
b) Requer a inaplicabilidade do parágrafo primeiro, da Cláusula 11ª da Convenção
Coletiva de Trabalho que dispõe sobre a compensação da gratificação de função pelas horas
extras (7ª e 8ª) na hipótese do juízo afastar o enquadramento do cargo de confiança previsto no
artigo 224, § 2º da CLT, sucessivamente, requer que seja deferido o pagamento de horas extras
(7ª e 8ª hora) até a data de 01/12/2018 que corresponde o início de vigência da Convenção
Coletiva do Trabalho 2018/2018, pois, já alcançado constitucionalmente o seu direito pela
incidência dos artigos 5º, XXXVI, da Constituição Federal e 6º, § 2º, da Lei de Introdução às
Normas do Direito Brasileiro, consoante ao item “3”.

c) Aplicação da prescrição do protesto interruptivo, em relação a jornada reduzida


devendo retroagir à data da distribuição do protesto interruptivo 05/05/2016, sendo dessa forma,
retroagindo de 05/05/2011 até a rescisão contratual do reclamante, os direitos em relação ao
contrato de trabalho, especialmente nas 7ª e 8ª horas e demais pedidos, conforme item “4” retro
d) Horas extras, inclusive as diferenças de horas extras e minutos residuais, (Súmula nº 366
do E. TST), a serem pagas a partir da jornada legal de 6ª hora diária, do período imprescrito
até setembro 2020, nos termos do art. 224, “caput”, da CLT, observando o divisor 180; e da 8ª
hora diária, de setembro/2020 até abril de 2021, observando o divisor 220, com os acréscimos
previstos na convenção coletiva de trabalho que, in casu, são de 50%, ex vi a cláusula 8a ,com
os acréscimos previstos na convenção coletiva de trabalho, calculadas com base na remuneração
total da Reclamante, consoante Súmula 264 do C. TST, consoante ao item “7”
retro...........................................................................................................R$ 366.819,67
e) Integrações das horas extras nos RSR’s, nos termos da convenção coletiva de trabalho e
acordos judiciais, consoante ao item “7”
retro............................................................................................................R$ 167.717,43
f) Integrações da verba pleiteada na alínea “d - e”, em epígrafe, nas gratificações natalinas,
férias acrescidas de 1/3, aviso prévio e eventuais direitos legais e oriundos do contrato de
trabalho, em conformidade com as SÚMULAS DO E. TST, consoante o item “7”, conforme
discriminado abaixo:
I. 13o salário (2011) 8/12 R$ 953,16
II. 13o salário (2012) 12/12 R$ 1.921,22
III. 13o salário (2013) 12/12 R$ 2.074,92

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IV. 13o salário (2014) 12/12 R$ 2.251,29
V. 13o salário (2015) 12/12 R$ 2.476,42
VI. 13o salário (2016) 12/12 R$ 3.209,46
VII. 13o salário (2017) 12/12 R$ 3.297,72
VIII. 13o salário (2018) 12/12 R$ 3.462,61
IX. 13o salário (2019) 12/12 R$ 3.973,04
X. 13o salário (2020) 12/12 R$ 4.699,19
XI. 13o. salário (2021) 4/12 R$ 3.249,44
XII. Férias indenizadas (2012) 12/12 R$ 1.667,45
XIII. Abono de férias indenizadas (2012) 12/12 R$ 555,82
XIV. Férias indenizadas (2013) 12/12 R$ 1.773,44
XV. Abono de férias indenizadas (2013) 12/12 R$ 591,15
XVI. Férias indenizadas (2014) 12/12 R$ 1.915,31
XVII. Abono de férias indenizadas (2014) 12/12 R$ 638,44
XVIII. Férias indenizadas (2015) 12/12 R$ 2.078,12
XIX. Abono de férias indenizadas (2015) R$ 692,71
XX. Férias indenizadas (2016) 12/12 R$ 2.285,93
XXI. Abono de férias indenizadas (2016) 12/12 R$ 761,98
XXII. Férias indenizadas (2017) 12/12 R$ 2.962,58
XXIII. Abono de férias indenizadas (2017) 12/12 R$ 987,53
XXIV. Férias indenizadas (2018) 12/12 R$ 3.044,05
XXV. Abono de férias indenizadas (2018) 12/12 R$ 1.014,68
XXVI. Férias indenizadas (2019) 12/12 R$ 3.515,88
XXVII. Abono de férias indenizadas (2019) 12/12 R$ 1.171,96
XXVIII. Férias indenizadas (2020) 12/12 R$ 3.667,42
XXIX. Abono de férias indenizadas (2020) 12/12 R$ 1.222,47
XXX. Férias indenizadas (2021) 12/12 R$ 7.882,52
XXXI. Abono de férias indenizadas (2021) 12/12 R$ 2.627,51

XXXII. Aviso Prévio (2020) 57 dias R$ 14.448,92

g) Pagamento das integrações das horas extras e consectários legais, postulada supra, no
FGTS, do § 1º, do art. 18 da Lei n.º
8.036/90......................................................................................................R$ 49.728,90

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h) Pagamento das integrações das horas extras e consectários legais, postulada supra, na
multa dos 40% sobre o FGTS do § 1º, do art. 18 da Lei n.º 8.036/90
.................................................................................................R$ 19.891,56

i) Pagamento das horas extras referente ao intervalo do artigo 384 da CLT, consoante
item “8” retrô..........................................................................R$ 7.222,68

j) Integrações das horas extras referente à não concessão de intervalo de 15 (quinze


minutos) nos RSRs, nos termos da convenção coletiva de trabalho e acordos judiciais,
consoante o item “8” retro........................................ R$ 3.228,64

k) Integrações da verba pleiteada na alínea “I” – “J” em epígrafe, nas gratificações


natalinas, férias acrescidas de 1/3, aviso prévio e eventuais direitos legais e oriundos do contrato
de trabalho, em conformidade com as SÚMULAS DO E. TST, consoante o item “8”, conforme
discriminado abaixo:

I.13o salário (2016) 09/12 R$ 284,85

II.13o. salário (2017) 12/12 R$ 364,33

III.Férias indenizadas (2017) 12/12 R$ 374,22

IV.Abono de férias indenizadas (2017) 12/12 R$ 124,74

V.Férias indenizadas (2018) 12/12 R$ 220,84

VI.Abono de férias indenizadas (2018) 12/12 R$ 73,61

l) Pagamento das integrações das horas extras referentes ao intervalo do art. 384 da
CLT e consectários legais, postulada supra, sobre o FGTS, do § 1º, do art. 18 da Lei n.º
8.036/90 ...............................................................................R$ 931,50

m) Pagamento das integrações das horas extras referentes ao intervalo do art. 384 da
CLT e consectários legais, postulada supra, sobre a multa de 40% do FGTS, do § 1º, do art.
18 da Lei n.º 8.036/90 ..................................................R$ 372,60
n) A condenação da reclamada ao pagamento de honorários advocatícios em razão da mera
sucumbência, entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de 15% (quinze por cento)

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sobre o valor da condenação, à luz do artigo 791-A DA Lei 13.467/2017, bem como artigo 85, §
2º, do CPC/2015, conforme item “9” retro;

o) A concessão do benefício da justiça gratuita, certo de que a Reclamante preenche os


requisitos da lei nº 1060/50, e artigo 790, § 3º, da CLT, consoante faz prova a declaração em
anexo (Doc. 02 – Declaração de Hipossuficiência), consoante o item “10” retro.
p) Requer o reclamante, indenização compensatória suplementar, sem prejuízos dos índices
de correção, nos moldes do artigos 317, 397, 402, 404 do CC combinado com artigo 161, §1º
do CTN, súmula 618 do STF e 102 do STJ, quando o referido índice Selic, for inferior ou
negativo ao mínimo estipulado pelos artigos e súmula supra citado, conforme item "11" retro.

DEMAIS REQUERIMENTOS

a) Requer a notificação da Reclamada de todos os termos do presente para, ao final,


julgada procedente ação, ser condenada ao pagamento do principal, acrescido de juros,
correção monetária (que deverão ser calculados a partir do índice de correção monetária
advindo da cumulação do IPCA-E – CORREÇÃO PELO INDICE IPCA-E, REFERÊNCIA
PROCESSO/TST: ARGINC – 479-60.2011.5.04.0231) e demais cominações de direito;

b) Requer ainda o depoimento pessoal do Representante Legal da Reclamada, sob pena de


confissão, nos termos do Enunciado nº 74, do Colendo TST;

c) Requer a aplicação da sumula 368, II do Colendo TST;

d) Requer que não sejam autorizados descontos do crédito do reclamante referente ao


Imposto de Renda e Contribuições Previdenciárias, ao passo que foi de responsabilidade o
reclamado a inadimplência das verbas devidas. Não obstante, ainda que Vossa Excelência
entenda que os descontas sejam ônus do reclamante, não há que se cogitar na incidência de
descontos fiscais sobre juros de mora. Esta possui natureza indenizatória, nos termos do art. 46,
§1º, da Lei nº 8.541/92 e da O.J. – SDI – 1, nº 400 do C. TST. Ainda, requer que sejam
observadas a progressividade das alíquotas e as épocas próprias para o cálculo nos termos dos
artigos 145, § 1º, 150 inciso II e artigo 153, § 2º, inciso I, todos da Constituição Federal, da Lei
12.350/10 e da Instrução Normativa RFB nº 1500, de 29 de outubro de 2014, e posteriores. E
quanto aos descontos previdenciários, requer que a quota parte do reclamante seja limitada ao

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teto máximo de contribuição, segundo determina o artigo 68, § 4º, do Decreto nº 2173 de
05/03/97, bem como Orientação Normativa nº 02 de 15/08/94 do Sr. Secretário da Previdência
Social e ainda, Portaria 3964 de 05/06/97 - DOU de 06/06/97

DOS REQUERIMENTOS FINAIS

a) Requer ainda, por todos os meios de provas em Direito admitidos, a fim de se provar o
alegado, especialmente, depoimentos pessoais, principalmente da Reclamada, pena da aplicação
do Enunciado 74 do C. TST., testemunhais, realização de pericias que se fizerem necessárias,
juntada de novos documentos, bem como os documentos comuns às partes e de posse exclusiva
da Reclamada e tudo o mais que necessário se fizer, a fim de se provar o alegado.

b) Requer seja a empresa reclamada, CITADA para que, querendo, CONTESTE a


presente reclamatória, sob pena de REVELIA E CONFISSÃO, para que ao final seja esta
julgada PROCEDENTE, condenando a Reclamada ao pagamento do principal acrescido de
juros e correção monetária e demais cominações legais de praxe, principalmente, custas
processuais, honorários advocatícios e periciais, e outras verbas que do processo emergirem.

Que todas as publicações, intimações, notificações e citações sejam


realizadas em nome do advogado Dr. NOME DO ADV O, OAB/SP XXXXXX, sob pena de
nulidade.

Dá-se à presente causa, o valor de R$ 704.457,97 (setecentos e quatro


mil, quatrocentos e cinquenta e sete reais e noventa e sete centavos), para os efeitos de alçada.

Ad cautelam, Exa., os valores ora atribuídos aos pedidos da inicial


visam, tão somente, adequar o valor atribuído à causa, em estrito atendimento ao artigo
840 da CLT, sem prejuízo do que vier a ser apurado em regular execução de sentença,
tudo acrescido de juros e correção monetária, na exata forma da inicial.

Termos em que,
Pede deferimento.
São Paulo, 21 de abril de 2023.

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NOME DO ADV
OAB/SP XXXXX

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