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Fique atento às recentes alterações

trazidas pela reforma trabalhista.

DIREITO MATERIAL DO TRABALHO

Princípio da aplicação da norma mais favorável ao trabalhador

ANTES DA REFORMA DEPOIS DA REFORMA

Aplicação ampla do princípio da A Lei n. 13.467/2017 alterou


norma mais favorável, segundo o sensivelmente a aplicação do
qual, no Direito do Trabalho, em que princípio da norma mais favorável,
pese as normas devam respeitar os uma vez que inseriu o art. 611-A à
parâmetros traçados pela CLT, dispondo sobre diversas
Constituição Federal, a hierarquia matérias que agora podem ser
normativa é dinâmica, devendo ajustadas por negociação coletiva
prevalecer a norma mais favorável ao e que prevalecerão sobre a lei.
trabalhador, como forma de lhe
Além disso, alterou o art. 620 da
garantir a melhoria de sua condição
CLT, passando a dispor que as
social. Desse modo, havendo duas
condições estabelecidas em acordo
normas acerca do mesmo assunto,
coletivo de trabalho sempre
deveria prevalecer, a princípio,
prevalecerão sobre as estipuladas
aquela mais favorável ao
em convenção coletiva de
empregado.
trabalho.

Destacamos neste resumo os pontos mais importantes da reforma.


Arbitragem

ANTES DA REFORMA DEPOIS DA REFORMA

A arbitragem não era admitida no A Lei n. 13.467/2017 acrescentou o


Direito do Trabalho, tendo em vista o art. 507 ao texto da CLT, dispondo
princípio da irrenunciabilidade dos que nos contratos individuais de
direitos trabalhistas, bem como em trabalho cuja remuneração seja
razão da situação de hipossuficiência superior a 2 (duas) vezes o limite
do empregado. máximo estabelecido para os
benefícios do Regime Geral de
Previdência Social, poderá ser
pactuada cláusula compromissória
de arbitragem, desde que por
iniciativa do empregado ou
mediante a sua concordância
expressa, nos termos previstos na
Lei nº 9.307/96.

Grupo econômico

ANTES DA REFORMA DEPOIS DA REFORMA

No meio urbano, havia previsão legal A Lei n. 13.467/2017 alterou o § 2º e


apenas do grupo econômico por acrescentou o § 3º ao art. 2º da CLT,
subordinação. Não era previsto, passando a prever, além do grupo
portanto, o grupo por coordenação. econômico por subordinação, o
grupo econômico por coordenação,
O grupo econômico por coordenação o que somente era tratado na lei do
era previsto apenas na lei do trabalho trabalho rural.
rural.
Além disso, o § 3º passou a dispor que
Obs1: Grupo Econômico por a mera identidade de sócio não
subordinação é aquele em que uma caracteriza o grupo econômico,
empresa exerce dominação econômica devendo existir prova do interesse
em face das demais. Já no Grupo integrado, comunhão de interesses e
Econômico por Coordenação não há atuação conjunta das empresas. Como
hierarquia entre as empresas. essa prova é praticamente impossível
ao reclamante, defende-se a
Obs2: A principal consequência quando possibilidade de inversão do ônus
há grupo econômico é a configuração da probatório, a fim de que a reclamada
responsabilidade solidária das demonstre que as atividades ou
empresas. interesses das empresas são distintos.
Falta de registro na CTPS

ANTES DA REFORMA DEPOIS DA REFORMA

O art. 47 da CLT estabelecia que a A Lei n. 13.467/2017 alterou a


empresa que mantivesse empregado redação do art. 47 da CLT, passando
sem registro incorreria na multa de a prever a aplicação de multa de R$
valor igual a um salário mínimo 3.000,00, ou R$ 800,00 para o
regional, por empregado não registrado, empregador ser microempresa ou
acrescido de igual valor em cada empresa de pequeno porte, no caso
reincidência. de ausência de registro na CTPS. A
multa, aplicada sem o critério da dupla
Além disso, as demais infrações visita, é calculada por trabalhador
referentes ao registro de empregados prejudicado e será devida em dobro
sujeitariam a empresa à multa de valor no caso de reincidência.
igual à metade do salário-mínimo
regional, dobrada na reincidência. A Lei n. 13.467/2017 acrescentou,
ainda, o art. 47-A à CLT, passando a
prever que o empregador que deixar
de registrar na CTPS de seus
empregados as informações básicas
elencadas no parágrafo único do
artigo 41 da CLT (qualificação civil ou
profissional do trabalhador, dados
relativos à sua admissão no emprego,
duração e efetividade do trabalho, férias,
acidentes e demais circunstâncias que
interessem à proteção do trabalhador),
ficará sujeito à multa de R$ 600,00 por
empregado prejudicado.

Gratificação de função

ANTES DA REFORMA DEPOIS DA REFORMA

Se o empregado recebesse Independentemente do tempo do


gratificação de função por dez ou exercício e do motivo da reversão, o
mais anos e o empregador, sem justo empregado não tem direito à
motivo, decidisse revertê-lo a seu gratificação de função (§ 2º ao art.
cargo efetivo, não poderia retirar-lhe 468 da CLT).
a gratificação (Súmula n 372 do TST).
Responsabilidade do sócio retirante

ANTES DA REFORMA DEPOIS DA REFORMA

Havia divergência sobre a extensão A Lei n. 13.467/2017 acrescentou o


da responsabilidade do sócio que se art. 10-A ao texto da CLT, passando a
retirava da empresa. dispor que a responsabilidade do
sócio retirante será limitada às ações
que forem ajuizadas até dois anos
depois da averbação da alteração
do contrato social, não importando
se a conclusão desses processos
ocorra após os dois anos.

A responsabilidade do sócio retirante


será subsidiária, salvo no caso de
fraude, hipótese em que a
responsabilidade será solidária.

Terceirização

ANTES DA REFORMA DEPOIS DA REFORMA

Não era permitida a terceirização na A distinção entre atividade meio e


atividade fim (principal) da empresa. atividade fim perdeu importância, já
que o caput do art. 4º-A da Lei n.
6.019/74 passou a admitir a
terceirização ampla, inclusive da
atividade principal.
Os artigos acrescentados pela reforma
trabalhista na Lei n. 6.019/74
passaram a exigir que a empresa
terceirizada tenha idoneidade
financeira, com capacidade
econômica compatível com sua
execução, bem como estipulou um
período mínimo de 18 meses para que
um ex-empregado, salvo o
aposentado, preste serviço como
titular de empresa terceirizada para
seu ex-empregador, sob pena da
terceirização ser considerada ilícita,
formando-se o vínculo de emprego
diretamente com a empresa tomadora.
Contrato intermitente

ANTES DA REFORMA DEPOIS DA REFORMA

Não era possível a figura do contrato A Lei n. n. 13.467/2017 passou a


intermitente. prever o contrato de trabalho
intermitente, conceituado como
aquele em que há subordinação,
porém por períodos descontínuos de
ativação no trabalho, podendo existir
em todo tipo de atividade, salvo para
os aeronautas.

Requisitos:

a) empregador deve convocar, com


antecedência mínima de 3 dias e
por qualquer meio de comunicação,
o empregado para a prestação dos
serviços,
b) o trabalhador deverá, no prazo de
um dia útil, responder ao chamado.
O silêncio do empregado será
entendido como recusa,
c) a parte que não honrar com o
compromisso deve pagar multa de
50% sobre o valor do dia do
trabalho,
d) contrato deve ser celebrado por
escrito,
e) obrigatório o registro da CTPS,
f) O trabalhador terá direito às férias,
décimo terceiro, FGTS, DSR, pelos
meses vinculados à empresa, que
serão calculados pela média da
remuneração das horas trabalhadas
e
g) o empregador deve realizar os
recolhimentos das contribuições
previdenciárias e do FGTS com
base nos valores pagos no mês.

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Empregado hipersuficiente

ANTES DA REFORMA DEPOIS DA REFORMA

Não havia a previsão do empregado A Lei n. 13.467/2017 inseriu o


“hipersuficiente”. parágrafo único ao art. 444 da CLT,
estabelecendo que o empregado que
possui curso superior e recebe salário
igual ou superior a 2 vezes o teto do
Regime Geral de Previdência Social,
algo em torno de R$ 11.300,00, é
considerado hipersuficiente, podendo
firmar com o empregador acordos
individuais que prevaleceriam sobre os
acordos coletivos de trabalho e
convenções coletivas de trabalho nas
hipóteses tratadas pelo novo artigo
611-A da CLT, também inserido pela
reforma trabalhista.

Férias

ANTES DA REFORMA DEPOIS DA REFORMA

Somente em casos excepcionais as Possibilidade de fracionamento das


férias eram fracionadas, sendo que o férias que agora, com concordância do
fracionamento deveria ocorrer no empregado, poderão ser usufruídas
máximo em 2 períodos, um dos quais em até 3 períodos, desde que um
não poderia ser inferior a 10 dias deles tenha, no mínimo, 14 dias e os
corridos. demais, no mínimo, 5 dias cada um.

Para os menores de 18 anos e maiores Agora as férias podem ser


de 50 anos de idade, era vedado o fracionadas, em até 3 períodos,
fracionamento das férias. independentemente da idade do
trabalhador.
Era vedado o fracionamento das
férias para os empregados em regime Permite-se o fracionamento das férias
de tempo parcial. para todos os empregados, inclusive
aqueles em regime de tempo parcial.
As férias podiam ser iniciadas antes de
feriado ou descanso semanal. As férias não podem iniciar em
vésperas de feriado ou do repouso
semanal remunerado, tem por efeito
evitar prejuízos aos empregados.
Tempo à disposição do empregador

ANTES DA REFORMA DEPOIS DA REFORMA

O tempo em que o empregado ficava A Lei nº 13.467/2017 acrescentou o


na empresa, mesmo quando para § 2º ao art. 4º da CLT, para
desempenhar atividade de interesse especificar algumas situações que
próprio, era considerado, por boa não serão consideradas tempo à
parte da jurisprudência, como tempo disposição do empregador e,
à disposição do empregador. portanto, não integram o horário de
trabalho, a saber:

§ 2° (…) quando o empregado, por


escolha própria, buscar proteção
pessoal, em caso de insegurança
nas vias públicas ou más condições
climáticas, bem como adentrar ou
permanecer nas dependências da
empresa para exercer atividades
particulares, entre outras:

I – práticas religiosas;
II – descanso;
III – lazer;
IV – estudo;
V – alimentação;
VI –atividades de relacionamento
social;
VII – higiene pessoal;
VIII – troca de roupa ou uniforme,
quando não houver obrigatoriedade
de realizar a troca na empresa

Hora extra

ANTES DA REFORMA DEPOIS DA REFORMA

Ultrapassado o limite de duas horas A Lei n. 13.467/2017 alterou a


extras, o excesso de jornada deveria redação do § 1º do art. 61 da CLT,
ser comunicado à autoridade que deixou de prever a necessidade
competente. de comunicação do excesso de
jornada a qualquer órgão.
Compensação de jornada

ANTES DA REFORMA DEPOIS DA REFORMA

Compensação na Semana: Compensação na Semana: pode


dependia de acordo escrito com o ser feita por acordo escrito ou tácito
empregado ou negociação com o (verbal) com o empregado, sem a
sindicato (ACT ou CCT). participação do sindicato.

Compensação quinzenal ou Compensação quinzenal ou


mensal: dependia de negociação mensal: pode ser feita por acordo
com o sindicato da categoria (ACT ou escrito ou tácito (verbal) com o
CCT). empregado.

OBS.: A “jornada espanhola” é


considerada uma forma de compensação
quinzenal, onde o empregado trabalha 40
horas em uma semana e 48 horas na
semana subsequente, totalizando uma
média semanal de 44 horas (OJ n. 323 da
SDI-1 do TST).

Banco de Horas Anual: Depende


de negociação com o Sindicato
Banco de Horas: período máximo de (ACT ou CCT).
1 ano e dependia de negociação com
o sindicato (ACT ou CCT). Banco de Horas Semestral: pode
ser feito por feito por acordo escrito
com empregado.

Horas extras habituais: a prestação Horas extras habituais: a


de horas extras habituais descaracteri- prestação de horas extras habituais
zava o acordo de compensação de não descaracteriza o regime de
jornada. Nessa hipótese, as horas que compensação de jornada, nem
ultrapassassem a jornada semanal interfere na realização de banco de
normal deveriam ser pagas como horas horas pelos trabalhadores. Nesses
extraordinárias e, quanto àquelas casos, apenas serão pagas como
destinadas à compensação, deveria ser horas extras aquelas horas não
pago a mais apenas o adicional por compensadas no término do período
trabalho extraordinário (Súmula nº 85, de compensação (art. 59-B da CLT).
IV, do TST).

O tema “jornada de trabalho” sofreu muitas alterações. Fique atento!


Jornada 12x36

ANTES DA REFORMA DEPOIS DA REFORMA

Estabelecida por acordo coletivo ou Pode ser estabelecida por acordo


convenção coletiva de trabalho. individual escrito (não pode ser
verbal nem de forma tácita).

Feriados trabalhados eram pagos em Feriados trabalhados já estão


dobro. abrangidos pela jornada.

Horas extras na jornada 12x36, em Jornada 12x36 pode ser prestada em


ambiente insalubre, dependiam de ambiente insalubre, independente-
licença prévia da autoridade mente de licença prévia.
competente.

Horas in itinere

ANTES DA REFORMA DEPOIS DA REFORMA

O deslocamento era computado na A Lei n. 13.467/2017 alterou a


jornada de trabalho do empregado redação do § 2º do art. 58 da CLT,
se a condução era fornecida pelo passando a dispor que o tempo
empregador e o local de trabalho era despendido pelo empregado desde
de difícil acesso ou não servido por a sua residência até a efetiva
transporte público regular, conforme ocupação do posto de trabalho e
antiga redação do art. 58, § 2º, da para o seu retorno, caminhando ou
CLT. por qualquer meio de transporte,
inclusive o fornecido pelo emprega-
dor, não será computado na
jornada de trabalho, por não ser
tempo à disposição do
empregador.

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Intervalo intrajornada

ANTES DA REFORMA DEPOIS DA REFORMA

A redução do intervalo intrajornada O art. 611-A da CLT passou a


só era permite mediante autorização admitir a redução do intervalo
do Ministério do Trabalho intrajornada também por negociação
coletiva

A concessão parcial implicava o A concessão parcial do intervalo


pagamento total do tempo destinado intrajornada mínimo implica o
ao intervalo intrajornada, sendo o pagamento, de natureza indenizatória,
pagamento era considerado de apenas do período suprimido. Não
natureza salarial havendo, portanto, nas demais
parcelas contratuais.

Intervalo intrajornada tinha natureza Intervalo intrajornada passou a ter


salarial natureza indenizatória

Trabalho em regime de tempo parcial

ANTES DA REFORMA DEPOIS DA REFORMA

Regime de tempo parcial era aquele Com a alteração do art. 58-A pela Lei
em que a duração não poderia n. 13.467/2017, considera-se trabalho
exceder a 25 (vinte e cinco horas) em regime de tempo parcial aquele
semanais, sendo vedada qualquer cuja duração não exceda a 30 horas
hora extra. semanais, sem a possibilidade de
horas suplementares, ou, ainda,
aquele cuja duração não exceda a 26
horas semanais, com a possibilidade
de acréscimo de até 6 horas
suplementares semanais.

Não era possível qualquer As horas extras realizadas em regime


compensação de horário. de tempo parcial poderão ser
compensadas até a semana
imediatamente posterior à sua
execução (§ 5º do art. 58-A da CLT)

Havia um sistema proporcional para As férias são concedidas da mesma


o cálculo das férias. forma que no trabalho tradicional.
Teletrabalho

ANTES DA REFORMA DEPOIS DA REFORMA

Não havia regulamentação do A Lei n. 13.467/2017 inseriu os


teletrabalho. artigos 75-A a 75-E ao texto da CLT,
disciplinando o teletrabalho.

Principais características:

a) deve constar em contrato


individual escrito, em que também
constarão as atividades a serem
desenvolvidas pelo empregado,
b) em caso de mútuo consentimento,
poderá ocorrer alternância entro os
regimes presencial e de teletrabalho,
sendo necessário o registro em aditivo
contratual,
c) o empregador pode alterar o te-
letrabalho para o regime presencial,
desde que registrado em aditivo
contratual e concedido prazo mínimo
de 15 dias para tal transição,
d) deve constar em contrato escrito as
questões atinentes às res-
ponsabilidades pela aquisição e
manutenção de equipamentos (ex.:
computador, smartphone, etc.) e de
infraestrutura (mobiliário, por exemplo),
bem como ao reembolso de despesas
suportadas pelo empregado (ex.:
internet, energia elétrica, etc.).
Entretanto, nenhuma dessas utilida-
des será considerada verba salarial
e
e) o empregador deve instruir
adequadamente o empregado em te-
letrabalho sobre as precauções que
deve ter para evitar doenças e
acidentes de trabalho, cabendo ao
empregado assinar termo de res-
ponsabilidade em que se compromete
a seguir tais orientações.
Empregados excluídos do controle de jornada

ANTES DA REFORMA DEPOIS DA REFORMA

Empregados que exercem atividade Empregados que exercem atividade


externa incompatível com a fixação de externa incompatível com a fixação de
horário de trabalho horário de trabalho

Gerentes Gerentes

Empregados em regime de teletrabalho

Uniformes

ANTES DA REFORMA DEPOIS DA REFORMA

A utilização de logomarcas nos Permite-se que os uniformes


uniformes muitas vezes era considerada contenham logomarcas da empresa e
ofensa à imagem do trabalhador. de seus parceiros comerciais (art. 456-
A da CLT).

A lavagem do uniforme era considerada A lavagem dos uniformes é


responsabilidade do empregador. responsabilidade do empregado,
exceto nos casos em que forem
necessários processos especiais de
lavagem, como se dá com as
vestimentas utilizadas em frigoríficos
ou que mantenham contato com
agrotóxicos.

A troca de uniforme era considerada A troca de uniforme na empresa não é


tempo de serviço. considerada tempo à disposição do
empregador, salvo se a empresa exigir
que a troca de uniforme ocorra em seu
estabelecimento (§2º ao art. 4º da
CLT).

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Salário

ANTES DA REFORMA DEPOIS DA REFORMA

As diárias para viagens, ajudas de custo, A Lei n. 13.462/2017 alterou a redação do


prêmios e abonos pagos pelo empregador § 2º do art. 458 da CLT, retirando
poderiam assumir natureza salarial. expressamente a natureza salarial (e, por
consequência, deixam de refletir nas
demais verbas e encargos) das ajudas de
custo, auxílio-alimentação, diárias
(mesmo que superiores a 50% do salário),
prêmios e abonos, ainda que pagos de
forma habitual.

Equiparação salarial

ANTES DA REFORMA DEPOIS DA REFORMA

Era possível entre empregados de filiais ou Só é possível entre empregados que


estabelecimentos diferentes da mesma trabalham no mesmo estabelecimento
empresa, desde que na mesma localidade comercial.
(mesmo município ou municípios distintos
que, comprovadamente, pertencessem à
mesma região metropolitana, conforme
Súmula n. 6, X, do TST).
Diferença de tempo de função entre o Diferença de tempo de serviço para o
trabalhador requerente e o paradigma não mesmo empregador não pode ser superior
podia ser superior a 2 anos. a 4 anos e a diferença de tempo na função
não pode ser superior a 2 anos.
Afastava-se a equiparação quando Afasta-se a necessidade de homologação
houvesse na empresa quadro de carreira dos quadros de carreira, que podem ser
homologado pelo Ministério do Trabalho e organizados por normas internas das
desde que as promoções ocorressem, empresas ou por negociação coletiva, bem
alternadamente, por antiguidade e como a obrigatoriedade de alternância
merecimento. entre os critérios de promoção.
Era possível a equiparação salarial A equiparação salarial só será possível
indicando-se paradigma remoto (Súmula n. entre empregados contemporâneos no
6, IV e VI, do TST). cargo ou na função, ficando vedada a
indicação de paradigmas remotos, ainda
que o paradigma contemporâneo tenha
obtido a vantagem em ação judicial própria.
Em outras palavras, não é possível a
indicação de paradigma remoto (que
ensejou a equiparação com outro
empregado), sendo necessário que
requerente e paradigma tenham sido
contemporâneos no cargo ou função.
Dano extrapatrimonial

ANTES DA REFORMA DEPOIS DA REFORMA

Não havia tarifação prévia do dano A Lei n. 13.462/2017 inseriu os polêmicos


moral. § 1º e § 2º do art. 223-G da CLT,
instituindo a denominada “tarifação” da
reparação por danos extrapatrimoniais, o
que varia de acordo com a natureza da
lesão (leve, média, grave e gravíssima),
nos seguintes termos:

I - ofensa de natureza leve, até três


vezes o último salário contratual do
ofendido;
II - ofensa de natureza média, até
cinco vezes o último salário
contratual do ofendido;
III - ofensa de natureza grave, até
vinte vezes o último salário
contratual do ofendido;
IV - ofensa de natureza gravíssima,
até cinquenta vezes o último salário
contratual do ofendido.

Trabalho da mulher - ambiente insalubre

ANTES DA REFORMA DEPOIS DA REFORMA

Empregada gestante ou lactante deveria Empregada Gestante: a) Insalubridade


ser afastada do ambiente insalubre, em grau máximo: deve ser afastada do
independentemente da apresentação de ambiente insalubre, b) Insalubridade
atestado. em grau médio ou mínimo: afastada
apenas com apresentação de atestado.

Empregada Lactante: Afastada do


ambiente insalubre apenas com apre-
sentação de atestado, independente-
mente do grau de insalubridade.

MUITO IMPORTANTE: O STF, na ADI nº 5.839, considerou INCONSTITUCIONAL a


necessidade de apresentação de atestado médico (art. 394-A, II e II, da CLT) como
condição para o afastamento da empregada gestante ou lactante do ambiente de trabalho
insalubre, independentemente do grau de insalubridade. Assim, a empregada gestante
ou lactante deverá ser afastada sem necessidade de apresentação de atestado.
Trabalho da mulher - 15 minutos antes da hora extra

ANTES DA REFORMA DEPOIS DA REFORMA

O art. 384 da CLT estabelecia que, em O art. 384 da CLT foi revogado pela Lei
caso de prorrogação do horário normal da n. 13.467/2017, não havendo mais
mulher, era obrigatório um descanso de qualquer diferença entre homem e
15 (quinze) minutos no mínimo, antes do mulher na prorrogação da jornada de
início do período extraordinário do trabalho. Não há necessidade, portanto,
trabalho. Esse artigo, entretanto, foi dos 15min de descanso antes da hora
revogado pela Lei n. 13.467/2017 extra.
(reforma trabalhista), não havendo mais
qualquer diferença entre homem e mulher
na prorrogação da jornada de trabalho.

Homologação das verbas rescisórias

ANTES DA REFORMA DEPOIS DA REFORMA

O pedido de demissão ou recibo de quitação Eliminou a necessidade de assistência


de rescisão, do contrato de trabalho, firmado sindical ou de outras autoridades na
por empregado com mais de 1 ano de ser- rescisão contratual de empregado,
viço, só era válido quando feito com a assis- independentemente do tempo de serviço.
tência do respectivo Sindicato ou perante
a autoridade do Ministério do Trabalho.
Na rescisão do contrato com aviso prévio tra- O pagamento das verbas rescisórias de-
balhado, as verbas rescisórias deviam ser verá ser feito no prazo de até 10 (dez) dias
pagas até o 1º dia útil imediato ao término após o término do contrato, tendo sido cum-
do contrato. Em se tratando de aviso prévio prido ou dispensado o aviso prévio. Em
indenizado ou de dispensa de seu cumpri- caso de descumprimento do prazo, a multa
mento, as verbas rescisórias deviam ser pa- continua sendo no valor de 1 salário.
gas até o 10º dia, contado da data da notifi-
cação da demissão. No caso de descumpri-
mento do prazo, haveria pagamento de
multa em favor do trabalhador, em valor
equivalente ao seu salário
A homologação do termo de rescisão era es- Cabe ao empregador entregar os docu-
sencial para liberação do FGTS e do seguro mentos que comprovem a comunicação da
desemprego. extinção contratual aos órgãos competen-
tes. Feita a comunicação, a anotação da ex-
tinção do contrato na CTPS é documento
hábil para requerer o benefício do seguro-
desemprego e a movimentação da conta
vinculada no Fundo de Garantia do Tempo
de Serviço.
Dispensa plúrima e coletiva

ANTES DA REFORMA DEPOIS DA REFORMA

A jurisprudência majoritária do TST exigia A Lei n. 13.467/2017 acrescentou o artigo


negociação sindical prévia para validar as 477-A à CLT, dispondo que as dispensas
dispensas coletivas. imotivadas individuais, plúrimas ou coleti-
vas equiparam-se para todos os fins, não
havendo necessidade de autorização
prévia de entidade sindical ou de cele-
bração de convenção coletiva ou
acordo coletivo de trabalho para sua
efetivação.

Plano de demissão voluntária

ANTES DA REFORMA DEPOIS DA REFORMA

Havia entendimento no sentido de que as A Lei n. 13.467/2017 acrescentou o artigo


parcelas não previstas no PDV eram 477-B à CLT, dispondo que o PDV pre-
passíveis de discussão em juízo. visto em instrumento coletivo enseja qui-
tação plena (total) dos direitos decorren-
tes da relação de emprego, exceto se as
partes estipularem o contrário.

Quitação anual

ANTES DA REFORMA DEPOIS DA REFORMA

Não havia previsão sobre a quitação anual. A Lei n. 13.467/2017 acrescentou o art.
507-B à CLT, dispondo que na vigência
ou não de contrato de emprego, empre-
gados e empregadores poderão firmar,
perante o sindicato da categoria profissio-
nal, o termo de quitação anual das obri-
gações trabalhistas, que especificará as
obrigações de dar e fazer cumpridas,
constando a quitação anual conferida
pelo empregado, que possuirá eficácia li-
beratória das parcelas mencionadas.
Prescrição

ANTES DA REFORMA DEPOIS DA REFORMA

Causas de Interrupção da prescrição: A Lei n. 13.467/2017 acrescentou o § 3º ao


Aplicavam-se as causas de interrupção art. 11 da CLT, restringindo a interrupção da
previstas no art. 202 do CC. prescrição apenas à hipótese de
ajuizamento da ação trabalhista, ainda que
em juízo incompetente e mesmo que ela
seja extinta.

Havia posicionamento do TST (Súmula nº A Lei n. 13.467/2017 acrescentou o artigo


114 do TST) contrário à aplicação da 11-A à CLT, prevendo a aplicabilidade da
prescrição intercorrente no processo do prescrição intercorrente no processo do
trabalho trabalho (prazo de 2 anos).

DIREITO COLETIVO DO TRABALHO

Representação dos empregados

ANTES DA REFORMA DEPOIS DA REFORMA

Não havia regulamentação do art. 11 da A Lei n. 13.467/2017 acrescentou os


CF/88, que trata da comissão artigos 510-A ao 510-D ao texto da CLT,
representação de trabalhadores nas para regulamentar o art. 11 da CF/88.
empresas
A comissão dos trabalhadores será
formada da seguinte forma:

Empresas com mais de duzentos e até


três mil empregados: 3 membros.
Empresas com mais de três mil e até
cinco mil empregados: 5 membros.
Empresas com mais de cinco mil
empregados: 7 membros.

Os membros da comissão terão garantia


provisória no emprego do registro da
candidatura até 1 ano após o final do
mandato, permitindo-se a dispensa
apenas por motivos disciplinares,
técnicos, econômicos e financeiros
Negociado x legislado

ANTES DA REFORMA DEPOIS DA REFORMA

Havendo conflito entre instrumento e a Foi inserido o artigo 611-A à CLT,


lei, deveria prevalecer, em tese, a norma segundo o qual os acordos e
mais favorável ao trabalhador. convenções coletivas passariam a
ter prevalência sobre a Lei quando
tratassem de determinados temas.
O novo artigo trouxe um grande rol
exemplificativo dos temas em que o
negociado deve prevalecer sobre o
legislado. Merecem destaque os incisos
III (intervalo intrajornada mínimo de 30
minutos), X (modalidade de registro de
jornada de trabalho), XII (enquadramento
do grau de insalubridade), XIII
(prorrogação de jornada em ambientes
insalubres sem licença prévia das
autoridades competentes).
Já o art. 611-B da CLT, também inserido
pela Lei n. 13. 467/2017 (reforma
trabalhista), elenca alguns temas que não
podem ser tratados em convenção ou
acordo coletivos com o intuito de redução
ou supressão de direitos.
Merecem destaque os incisos XVII
(normais de saúde, higiene e segurança do
trabalho), XVIII (adicionais de penosidade,
insalubridade e periculosidade) e XXVI
(liberdade de associação ou sindical do
trabalhador).

Normas sobre duração do trabalho e Normas sobre duração do trabalho e


seus intervalos eram consideradas seus intervalos deixaram de ser
normas de saúde, higiene e segurança consideradas normas de saúde,
do trabalho, por isso não poderiam ser higiene e segurança do trabalho,
alteradas por negociação coletiva. podendo ser alteradas por negociação
coletiva (Ex: possível a redução do
intervalo intrajornada de 1h para 30
minutos).

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Contribuição sindical

ANTES DA REFORMA DEPOIS DA REFORMA

A contribuição sindical era obrigatória. A MP nº 873/2019 passou a exigir


autorização individual e por escrito para o
desconto da contribuição sindical, além de
pagamento por boleto bancário, que devia
ser encaminhado à residência do
trabalhador.
No entanto, com a perda da validade da
MP, volta-se a discutir se a autorização
pode ser feita por assembleia, tendo o
STF já se manifestado 2 vezes no sentido
de que a autorização deve ser individual.
Permite-se que o desconto seja feito
diretamente do salário, pelo empregador.

Conflito entre ACT e CCT

ANTES DA REFORMA DEPOIS DA REFORMA

Havendo conflito entre convenção e Havendo conflito entre convenção e


acordo coletivo de trabalho, prevalecia a acordo coletivo de trabalho, deve
norma mais favorável ao trabalhador. prevalece o estabelecido no acordo
coletivo.

Efeitos das cláusulas coletivas

ANTES DA REFORMA DEPOIS DA REFORMA

Cláusulas dos instrumentos coletivos tinham Ficou vedada a ultratividade das normas
efeitos ultrativos (Súmula n. 277 do TST). coletivas (§ 3º ao art. 614 da CLT).

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