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CENTRO UNIVERSITÁRIO APARÍCIO CARVALHO – FIMCA

CURSO DE DIREITO

ANA LUIZA COSTA DA SILVA CRUZ


BÁRBARA WANESSA LIMA DE AGUIAR
DANIELI DOS SANTOS ALVES
LETÍCIA DE LARA ALCANTARA
ROMÁRIO DA SILVA LIMA
WÉLITA KÁSSIA BONGESTAB GONÇALVES

VERBAS TRABALHISTAS
E MODALIDADES DE RECISÃO

Porto Velho – RO
2023
DEMISSÃO POR JUSTA CAUSA
A demissão por justa causa é uma forma de rescisão do contrato de trabalho
em que o empregador alega que o trabalhador cometeu alguma falta grave, essa
modalidade de demissão implica na perda de algumas verbas trabalhistas que
normalmente seriam devidas em uma demissão sem justa causa. As hipóteses de
justa causa estão previstas no Art. 482 da CLT.
Art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo
empregador:
a) ato de improbidade;
b) incontinência de conduta ou mau procedimento;
c) negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do
empregador, e quando constituir ato de concorrência à empresa para a qual
trabalha o funcionário, ou for prejudicial ao serviço;
d) condenação criminal do funcionário, passada em julgado, caso não tenha
havido suspensão da execução da pena;
e) desídia no desempenho das respectivas funções;
f) embriaguez habitual ou em serviço;
g) violação de segredo da empresa;
h) ato de indisciplina ou de insubordinação;
i) abandono de emprego;
j) ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer
pessoa, ou ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de
legítima defesa, própria ou de outrem;
k) ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o
empregador e superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa,
própria ou de outrem;
l) prática constante de jogos de azar.
m) perda da habilitação ou dos requisitos estabelecidos em lei para o
exercício da profissão, em decorrência de conduta dolosa do funcionário.
Parágrafo único - Constitui igualmente justa causa para dispensa de
funcionário a prática, devidamente comprovada em inquérito administrativo,
de atos atentatórios à segurança nacional.

É importante ressaltar que o empregador precisa comprovar que o


funcionário cometeu a falta grave alegada, caso não seja comprovada a justa causa,
a demissão poderá ser considerada injusta, e o funcionário terá direito a todas as
verbas rescisórias. No entanto, quando se trata de demissão por justa causa há a
perda de vários direitos trabalhistas.
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O funcionário demitido por justa causa tem direito a receber:
 Saldo de salário: O funcionário tem direito a receber os dias
trabalhados no mês da demissão, mesmo em caso de justa causa.
 Férias vencidas: Se houver, com o acréscimo de 1/3;
 13º salário: Mesmo na demissão por justa causa, o funcionário tem
direito à parcela proporcional de 13º salário.

O funcionário demitido por justa causa perde o direito a receber:


 Aviso prévio: Em caso de justa causa, o funcionário não faz apenas
ao aviso prévio. Contudo, ele tem direito a receber as verbas
rescisórias correspondentes aos dias de trabalho sem aviso prévio, se
for o caso.
 Multa de 40% sobre o saldo do FGTS;
 Liberação do saque do FGTS;
 Seguro-desemprego.

PEDIDO DE DEMISSÃO PELO FUNCIONÁRIO

Assim como o empregador tem direito de dispensar o funcionário sem justa


causa, o funcionário também possui o direito potestativo de pedir demissão a
qualquer momento, desde que cumpra o aviso prévio, quando aplicável. O pedido de
demissão é um ato unilateral do trabalhador, no qual, o mesmo não precisa
apresentar justificativas para tomar essa decisão.
Quando o trabalhador pede demissão, as verbas rescisórias são reduzidas.

O trabalhador que pede demissão receberá as seguintes verbas trabalhistas:


 Saldo de salário: O funcionário tem direito ao pagamento do saldo de
salário, referente aos dias efetivamente trabalhados no mês da rescisão.
 13º salário proporcional: o empregado tem direito ao valor proporcional aos
meses de trabalho no ano corrente.
 Férias vencidas ou proporcionais, mais 1/3 : calculados com base nos
meses de trabalho.
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 Benefícios Acumulados: Outros benefícios acumulados, como vale-
alimentação e vale-transporte, devem ser pagos proporcionalmente.

Isso porque, o empregado deixa de receber o aviso prévio e, ainda, a multa
de 40% sobre o FGTS. Ao pedir demissão, o trabalhador também perde o direito de
receber o seguro-desemprego.
Aviso Prévio: Em caso de pedido de demissão, o trabalhador deverá cumprir o
prazo de aviso prévio, que é de 30 dias. Caso contrário, ele pode ter o valor
correspondente descontado nas palavras rescisórias.
Férias Proporcionais e Vencidas: O funcionário tem direito a férias
proporcionais, calculados com base nos meses de trabalho no período aquisitivo.
Férias vencidas também devem ser pagas.
FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço): O empregador deverá
depositar mensalmente o valor correspondente a 8% do salário do empregado no
FGTS. No pedido de demissão, o empregador deverá efetuar o depósito da multa de
40% sobre o saldo do FGTS.
Liberação das Guias e Documentos: O empregador deve entregar ao
empregado os documentos necessários para saque do FGTS, habilitação de seguro-
desemprego e comunicação de dispensa (CD), entre outros.
Seguro-Desemprego: O funcionário que atende aos requisitos tem direito ao
seguro-desemprego, que é uma assistência financeira temporária.
Benefícios Acumulados: Outros benefícios acumulados, como vale-
alimentação e vale-transporte, devem ser pagos proporcionalmente.

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