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DIREITO EMPRESARIAL
INTRODUÇÃO; EXTINÇÃO DO CONTARTO DE TRABALHO – JUSTA CAUSA
DEMISSÃO – 2 ANOS
Período de demissão de 2 anos - É possível entrar com ação trabalhista contra o
empregador.
Depois de 2 anos não é possível mais entrar com ação trabalhista contra o empregador.
Assim o empregado tem até 2 anos, após a demissão para entrar com um processo
trabalhista para reclamar os últimos 5 anos. Ou seja, quanto mais ele demorar para entrar
com a ação, menor será o período de trabalho que poderá discutir no processo.
Qual a Lei que Prevê Estes Prazos?
Rescisão contratual
Dispensa homologação em sindicato (revogação do 1º do artigo 477 da CLT)
Unificação do prazo de quitação das verbas rescisórias para todas as modalidades de
rescisão – Prazo de 10 dias contados a partir do termino do contrato (artigo 477 6°)
Vide a Orientação Jurisprudencial 14 da SBDI-I do TST
Em caso de aviso prévio cumprido em casa, o prazo para pagamento das verbas
rescisórias é até o décimo dia da notificação de despedida.
Caso o aviso prévio não seja trabalhado, seja o mesmo indenizado ou dispensado o seu
cumprimento, ou ainda na hipótese de dispensa por justa causa do empregado, as verbas
rescisórias deverão ser quitadas até o 10° dia contado da data da notificação da dispensa.
Obs. Caso contrario o empregador está sujeito a multa a favor do empregado no valor
equivalente ao salario mensal, conforme previsto no 8° do artigo 477 da CLT.
Extinção de contrato–Tipos de rescisão
Como já definido, relembrando, o Contrato de Trabalho, em seu conceito amplo é um acordo
feito entre empregado e empregador, correspondente a uma relação de emprego, que pode ser
verbal ou tácito, escrito ou expresso, por prazo indeterminado ou determinado, ou para
prestação de trabalho intermitente (CLT - art. 442/443).
Contudo, este vínculo contratual pode ser rompido na medida em que empregador não tenha
mais interesse em manter ativo esse tipo de contrato; do mesmo modo, o empregado também
tem o direito de romper o vínculo trabalhista, ato que pode ser tratado como unilateral
(quando uma parte toma uma decisão contrária ao desejo da outra parte). Portanto, a rescisão do
contrato de trabalho é a forma pela qual o término da relação de trabalho é formalizado, seja
por vontade/culpa do empregador, do empregado ou de ambos.
De modo geral, quando o colaborador NÃO deu nenhuma razão para ser demitido; ele terá o
direito das verbas rescisórias, que em princípio são:
✓ salário;
✓ férias vencidas, com acréscimo de 1/3;
✓ férias proporcionais, com acréscimo de 1/3;
✓ 13º proporcional ao tempo trabalhado;
✓ FGTS + multa de 40%
Vejamos algumas definições das rescisões as mais praticadas no mercado, além de mostrar os direitos e
deveres, tanto das empresas, como dos profissionais:
▪ Rescisão pelo Empregador, sem justa causa: de iniciativa por parte do empregador, onde ele não tem
mais interesse na prestação de serviços do empregado. A empresa precisa comunicar previamente sobre a
decisão.
▪ Rescisão pelo Empregado: quando o empregado pede a demissão ao empregador.
▪ Rescisão por Término do contrato por tempo determinado: que se dá ao fim de um contrato por
prazo determinado.
▪ Rescisão por JUSTA CAUSA por parte da empresa: quando o empregado comete um ato faltoso
previsto no artigo 482 da CLT, que se for grave, justifica o rompimento do contrato de trabalho sem a
obrigação de pagamento de alguns títulos, como Fundo de Garantia, aviso prévio e férias proporcionais.
▪ Por JUSTA CAUSA por parte do Trabalhador – RESCISÃO INDIRETA: tal rescisão se dá
geralmente, quando o empregador não cumpre os termos previstos no contrato de trabalho, ou
sobrecarrega o trabalhador ou sofre algum tipo de dano moral e demais situações enumeradas no artigo
483 da CLT.
▪ Por CULPA RECÍPROCA: quando ambas as partes cometem, ao mesmo tempo, faltas que
constituem justa causa para a rescisão - descumprem algum dever ou alguma obrigação legal ou
contratual que lhe são inerentes (CLT artigo 484).
CLT - Art. 477. Na extinção do contrato de trabalho, o empregador deverá proceder à anotação na
Carteira de Trabalho e Previdência Social, comunicar a dispensa aos órgãos competentes e realizar o
pagamento das verbas rescisórias no prazo e na forma estabelecidos neste artigo. (Redação dada pela
Lei nº 13.467, de 2017)
Demissão por Justa Causa
Das possíveis rescisões acima apontadas, vamos nos ater à “Demissão por Justa Causa”. A
Demissão por Justa causa é todo ato faltoso do empregado (previsto no artigo 482 da
CLT), e que consequentemente, faz desaparecer a confiança e a boa-fé existentes entre as
partes, comprometendo o prosseguimento da relação empregatícia. Os referidos atos
faltosos do empregado, que justificam a rescisão do contrato pelo empregador tanto podem
referir-se às obrigações contratuais, bem como, em relação à conduta pessoal do
empregado, que possa refletir na relação contratual.
A demissão por justa causa é considerada uma punição severa, em consequência do
cometimento de falta grave que tenha gerado o afastamento do colaborador da empresa.
O Empregador que aplicar a Justa Causa prevista no artigo 482 da CLT, tem que
observar:
• gravidade;
• atualidade; e
• imediação.
A diferença entre a demissão por justa causa e sem justa causa, envolve dois elementos:
❖ Motivação da demissão e as Verbas devidas ao trabalhador.