O documento descreve 5 tipos de demissão no Brasil: 1) Demissão sem justa causa, onde o empregador desliga o funcionário sem motivo e deve pagar todas as verbas; 2) Demissão por justa causa, quando o funcionário comete falta grave e recebe menos benefícios; 3) Pedido de demissão, quando o funcionário pede para sair e perde alguns benefícios; 4) Acordo entre as partes, onde simulam demissão sem justa causa; e 5) Demissão consensual, nova modalidade onde ambos
Descrição original:
estudo sobre COMPARATIVO DE PEDIDO DE DEMISSAO E DEMISSAO PELO EMPREGADOR
Título original
7. COMPARATIVO DE PEDIDO DE DEMISSAO E DEMISSAO PELO EMPREGADOR
O documento descreve 5 tipos de demissão no Brasil: 1) Demissão sem justa causa, onde o empregador desliga o funcionário sem motivo e deve pagar todas as verbas; 2) Demissão por justa causa, quando o funcionário comete falta grave e recebe menos benefícios; 3) Pedido de demissão, quando o funcionário pede para sair e perde alguns benefícios; 4) Acordo entre as partes, onde simulam demissão sem justa causa; e 5) Demissão consensual, nova modalidade onde ambos
O documento descreve 5 tipos de demissão no Brasil: 1) Demissão sem justa causa, onde o empregador desliga o funcionário sem motivo e deve pagar todas as verbas; 2) Demissão por justa causa, quando o funcionário comete falta grave e recebe menos benefícios; 3) Pedido de demissão, quando o funcionário pede para sair e perde alguns benefícios; 4) Acordo entre as partes, onde simulam demissão sem justa causa; e 5) Demissão consensual, nova modalidade onde ambos
A demissão sem justa causa, também chamada de dispensa sem
justa causa, acontece quando o fim do contrato de trabalho se dá por vontade única e exclusiva do empregador. Esse tipo de desligamento não é consequência de nenhuma atitude irregular ou inadequada do colaborador.
Trata-se apenas de uma decisão da empresa. Nesse caso, ela não
precisa explicar o motivo do desligamento. Logo, sendo uma demissão imposta ao colaborador, a legislação trabalhista determina que sejam pagas a ele todas as verbas rescisórias referentes aos seus direitos.
O objetivo aqui é proteger o trabalhador e garantir condições
básicas de subsistência até que ele consiga se recolocar no mercado. Os direitos assegurados são:
• aviso prévio de 30 dias indenizado — o colaborador recebe sem
trabalhar ou trabalhando; • aviso prévio indenizado proporcional; • décimo terceiro proporcional; • saldo de salário dos dias trabalhados; • férias proporcionais, acrescidas de 1/3 constitucional; • saldo do FGTS; • multa de 40% referente ao FGTS — como penalidade para a dispensa sem motivo; • seguro-desemprego — a empresa tem que emitir os documentos necessários para o encaminhamento do benefício. Uma observação: durante o aviso prévio, a jornada de trabalho deve ser de seis horas diárias para possibilitar ao trabalhador a busca por outra vaga ou, então, ele deve ser dispensado sete dias antes do fim do prazo de 30 dias. Mas o pagamento do período é feito de maneira integral.
2. Demissão por justa causa
Diferentemente da demissão sem justa causa, nessa segunda
modalidade o desligamento ocorre quando o colaborador descumpre uma norma da empresa ou infringe alguma cláusula do contrato de trabalho.
Assim, são casos comuns de demissão por justa causa e decorrem em
faltas graves (na maioria dos casos é necessário que se tenha provas para justificar a demissão):
• atos de improbidade — condutas de má-fé, adulteração de
documentos, furto de materiais ou informações; • maus procedimentos de conduta — assédio moral ou sexual de um colega, falta de respeito no ambiente de trabalho, falta de ética profissional, atos de violência física; • indisciplina ou insubordinação — colaboradores que desrespeitam as regras da empresa ou ordens dos superiores; • embriaguez habitual ou em serviço; • abandono de emprego; • condenação criminal — quando o colaborador for julgado e condenado à prisão, por qualquer motivo, impossibilitando seu comparecimento ao trabalho.
Nas demissões por justa causa, os direitos do trabalhador são
reduzidos consideravelmente. No desligamento, serão concedidos ao colaborador somente o saldo de salário dos dias trabalhados no mês e eventuais férias vencidas, acrescidas de ⅓ referente a abono constitucional. Duas observações importantes: ainda que o colaborador tenha cometido falta grave que justifique a demissão, o empregador não tem direito de fazer qualquer referência ao ocorrido nos registros da carteira de trabalho. Ainda, a empresa deve pagar as verbas rescisórias até o décimo dia após comunicar o colaborador sobre a demissão por justa causa.
Outro detalhe a ser considerado nessa modalidade é a demissão por
justa causa por parte do colaborador. Ela ocorre nos casos em que a empresa não cumpre suas obrigações previstas no contrato de trabalho.
3. Pedido de demissão pelo funcionário
Esse tipo de desligamento é bastante simples e ocorre por desejo do
colaborador. Nesse caso, ele tem direito praticamente aos mesmos benefícios da demissão sem justa causa, mas perderá:
• o aviso prévio — exceto quando o período for trabalhado;
• o saque do FGTS — o Fundo de Garantia é depositado pelo empregador, com exceção da multa, mas o colaborador não poderá fazer o saque; • a indenização de 40% do FGTS; • o seguro-desemprego. • Nesse sentido, o colaborador que pede demissão tem direito a receber o saldo de salário pelos dias trabalhados, férias proporcionais mais 1/3 e 13º salário proporcional.
4. Acordo entre as partes
Essa modalidade ocorre quando o colaborador deseja sair da
empresa, mas não quer rescindir o contrato de trabalho. Nesse caso, as partes acordam em fazer a demissão sem justa causa, garantindo assim que o funcionário tenha direito ao seguro-desemprego e ao saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço.
Cabe então à empresa depositar a multa de 40% sobre o FGTS e o
colaborador demitido devolve o valor ao empregador. Na prática, esse tipo de demissão tem mais chance de acontecer quando empregado e empregador mantém uma relação de cordialidade.
5. Demissão consensual
O quinto e último tipo de demissão passou a vigorar após Reforma
Trabalhista brasileira. A modalidade é recente e estabelece que ambos, empregador e empregado, concordam com a quebra de contrato.
Aqui, além dos valores recebidos em caso de pedido de demissão, o
colaborador recebe 20% de multa do FGTS e poderá movimentar até 80% do saldo do fundo. No entanto, o profissional desligado perde o direito de receber o seguro-desemprego. Na opção consensual, a empresa paga menos do que pagaria no desligamento do funcionário e mais do que deveria pagar quando o colaborador pede para sair.
Mas, afinal, como ficam férias, aviso prévio e 13º salário? Nesse caso, cada uma dessas verbas rescisórias é pagas pela metade.
Esses são os cinco tipos de demissão assegurados por lei. Depois
de conhecer as particularidades de cada um, fica mais fácil organizar os procedimentos necessários na hora de desligar um colaborador.