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Humanizada
Despedida indireta
No desligamento por despedida indire-
ta, temos o que chamamos de demissão
por justa causa do empregador. Ela
ocorre quando a empresa descumpre
cláusulas e regras do contrato de traba-
lho, por exemplo, atraso no pagamento
de salário, não concede férias ao em-
pregado, ou as concede fora do período
concessivo, entre muitas outras irregu-
laridades.
Nesta ocasião, o trabalhador poderá acionar a justiça do trabalho por meio de ação
trabalhista e pedir o desligamento do empregador e consequentemente, este deverá
pagar todas as verbas trabalhistas garantidas ao empregado e talvez, quem sabe, até
indenização por danos morais.
Término de Contrato
de Trabalho
Nesse tipo de desligamento temos a
finalização do contrato de trabalho
por este ter sido estabelecido por um
tempo determinado, por exemplo, o
contrato de experiência e o contrato
temporário.
Nesta ocasião o trabalhador deverá receber todas as verbas trabalhistas, com exce-
ção do aviso prévio, multa de 40% de FGTS e seguro-desemprego.
Pedido de demissão
No pedido de demissão, ao contrário do
que acontece com a demissão sem justa
causa, a iniciativa pelo desligamento é
do trabalhador. É ele quem deseja dar
fim na relação trabalhista.
Bom, inicialmente, podemos indicar os motivos elencados no artigo 482 da CLT. Neste
artigo temos como exemplo de justa causa a violação de segredo da empresa, a desídia,
embriaguez, entre outros motivos.
Todavia, em algumas situações é muito difícil comprovar a justa causa de forma objetiva.
Imagine um empregado que cometeu um furto na empresa e o empregador sabe e tem
certeza do fato, porém não tem como comprovar. Sem provas, a única alternativa do
empregador é demitir o empregado sem justa causa. Por fim, vale mencionar que a
demissão por justa causa, garante apenas o recebimento do saldo de salário e férias
vencidas se houver.
Desligamento Humanizado
Depois de entender um pouco sobre alguns tipos de rescisão, vamos focar agora na
demissão humanizada. Mas, do que ela trata?
A demissão humanizada tem como principal premissa o cuidado e empatia pelo tra-
balhador que está sendo desligado da organização. A ideia é tornar esse processo
leve e menos traumático.
À medida que passam os anos, as empresas se preocupam mais e mais com essa
etapa do vínculo trabalhista, pois os benefícios são muitos. Para o trabalhador que se
sente mais assistido e respeitado e para as empresas, pois conseguem manter uma
boa relação com o ex-empregado evitando, inclusive, ações trabalhistas.
Bem, para entender na prática como isso funciona, veremos a seguir algumas dicas
sobre o processo de desligamento.
Essa com certeza, não é a melhor forma do trabalhador saber que será desligado.
chamar o trabalhador pessoalmente para conversar sobre isso com certeza demons-
tra o mínimo que se espera de um gestor, o respeito.
E sim! A instituição de ensino foi condenada a pagar uma indenização por danos
morais no montante de 50 mil reais e na decisão o TST levou em consideração princí-
pios constitucionais como, a dignidade da pessoa humana e a valorização do trabalho.
Por isso, escolha a melhor forma de comunicar o empregado sobre o desligamento.
Motivo do desligamento
Começamos pelo motivo da rescisão. Por que esse colaborador está sendo desligado
e por que saber disso é importante? Bem, se o motivo tem um critério mais objetivo,
por exemplo, terminou o contrato de trabalho e a empresa optou pelo desligamento,
o processo de desligamento fica mais fácil em todos os aspectos.
Agora, se o motivo do desligamento se deu sem justa causa, à priori o trabalhador não
estava preparado para tal situação e a partir daí vem um trabalho importante que é
deixar claro o motivo da dispensa e nada melhor e a entrevista de desligamento.
Entrevista de desligamento
É na entrevista de desligamento que a empresa terá a oportunidade de ouvir o traba-
lhador, dando oportunidade ao mesmo de expor seus sentimentos e opiniões sobre o
período em que esteve na empresa e os motivos que levou ao seu desligamento.
Obviamente que, se existem coisas que precisam ser ditas, até mesmo visando a evo-
lução pessoal e profissional de quem está sendo desligado, então é importante que
sejam ditas, porém, ainda que seja algo não tão agradável, sempre é possível expô-las
de forma gentil e humanizada, se atentando a questões emocionais e à subjetividade
de cada colaborador.
Além disso, uma das preocupações da empresa é conseguir uma nova realocação
do ex-empregado ao mercado de trabalho, por meio de parcerias entre empresas
que buscam tornar as relações trabalhistas ainda mais justa e humanizada.
Infelizmente, essa ainda não é uma realidade para a maioria das empresas, e não
somente por questões culturais, pois muitas empresas gostariam de aplicar tais
práticas, todavia, existem limitações e a financeira é uma delas.
As pessoas e a sociedade passam a ter mais respeito por ela, e com isso a empresa
conseguirá atrair os melhores parceiros e talentos que também estão na mesma
direção, afinal, quem não quer estar próximo de quem nos inspira confiança e res-
peito?
E que tal começar agora? Ainda que sua empresa seja pequena, e que não seja
possível aplicar tudo que foi mencionado aqui, sempre é possível conduzir este
processo de forma mais gentil e agradável para todos.
Sobre a autora
Patrícia Capistrano
Advogada e Especialista em Direito
do Trabalho
Fundada pelo professor, contador, advogado e matemático José Carlos Fortes, somos espe-
cialistas no desenvolvimento de softwares para gestão contábil, gestão de pessoas, gestão
financeira e transportes.
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