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O que é a recisão de contrato?

• A rescisão de contrato põe fim à imposição obrigatória


do contrato de trabalho. A partir dele, as partes envolvidas não
estão mais submetidas aos direitos e deveres da relação de
emprego. Haverá apenas ex-empregador e ex-empregado.
Quando é preciso
cumprir o aviso
prévio?
O aviso prévio é
regulamentado pelo art.
487 da CLT. De acordo com
a legislação, caso o contrato
não tenha prazo de
validade, é necessário
avisar a data de
encerramento com, no
mínimo, 30 dias de
antecedência.
• ATENÇÃO! A partir de 20 anos de
trabalho, o empregado terá que cumprir 90
dias. Esse é o período máximo. Ou seja,
mesmo que o empregado tenha 50 anos de
emprego ele terá que cumprir 90 dias.
Como funciona o aviso
prévio indenizado?
• Nem sempre quem pede demissão ou é demitido cumpre o
aviso prévio. Quando o colaborador é dispensado pela
empresa, caso não cumpra os 30 dias trabalhando, ele deve
receber o salário referente ao período mesmo assim.

• O inverso também acontece. Quem pede pra sair sem cumprir


o período do aviso deve pagar essa quantia ao empregador —
geralmente descontada da rescisão. Vale lembrar-se de que
não há pagamentos das horas extras em nenhum desses
casos.
SE LIGA NAS DICAS!!
O Aviso prévio pode ser renunciado
pelo empregado?

• Não. Segundo a Súmula 276 do TST, o


direito ao aviso prévio é irrenunciável
pelo empregado.

“O direito ao aviso prévio é


irrenunciável pelo empregado. O pedido
de dispensa de cumprimento não exime
o empregado de pagar o respectivo
valor, salvo comprovação de haver o
prestador dos serviços obtido novo
emprego.”
A baixa na Carteira de Trabalho do
empregado deve contar a partir de
quando?

• A data de saída a ser anotada na Carteira de


trabalho deve corresponder a do término do
aviso prévio, ainda que indenizado. Ou seja,
o contrato de trabalho só termina após o
término do aviso prévio.
No aviso prévio pode o
empregado ser demitido por
justa causa?

• Sim. Portanto, quem for demitido e está cumprindo o aviso


prévio trabalhado não pode deixar de cumprir seus deveres de
empregado, sob pena de ser demitido por justa causa.
No aviso prévio pode haver
assédio moral?
• Sim. Pois, como a extinção do contrato de trabalho somente
termina após o aviso prévio, o empregador também não pode
cometer faltas contra o empregado nesse período, conforme
preconizado no art. 490, CLT, in verbis:

• Art. 490, CLT. O empregador que, durante o prazo do aviso prévio dado
ao empregado, praticar ato que justifique a rescisão imediata do
contrato, sujeita-se ao pagamento da remuneração correspondente
ao prazo do referido aviso, sem prejuízo da remuneração que for devida.
Qual é o prazo para pagamento
do aviso prévio cumprido em
casa (indenizado)?

• O prazo de pagamento é até o 10º (décimo) dia da notificação da


despedida, conforme entendimento da OJ SDI-1, TST.
• O TST- Tribunal Superior do Trabalho é a instância mais elevada de julgamento para
temas que envolvem o direito do trabalho no Brasil. É um dos tribunais superiores
brasileiros, assim como o Superior Tribunal Militar, o Tribunal Superior Eleitoral e o
Superior Tribunal de Justiça.
Quais são os principais
tipos de rescisão?

• Demissão sem justa causa


• Demissão com justa
causa
• Pedido de demissão
• Rescisão indireta
• Rescisão por culpa
recíproca
• Demissão por comum
acordo
Demissão sem justa causa
• Rompimento do contrato por vontade do empregador, sem
a necessidade de apresentar quaisquer justificativas. Afinal,
decorre do direito das organizações gerirem os negócios em
que atuam.
• No entanto, o exercício desse poder conduz a um custo mais elevado, uma vez que
se paga a integralidade das verbas rescisórias. Os direitos do trabalhador serão os
seguintes:

• saldo de salário;
• aviso prévio;
• 13ª terceiro salário proporcional;
• férias vencidas, acrescidas do adicional de 1/3;
• férias proporcionais, acrescidas do adicional de 1/3;
• multa de 40% do FGTS.
• Seguro Desemprego

• A rescisão imotivada exige a liberação da chave de acesso do FGTS e das guias para
recebimento do seguro-desemprego. Esse segundo procedimento exige o preenchimento
do tempo de serviços previsto no art. 3º da Lei nº7998/1990.
Demissão com justa causa
• A modalidade motivada ocorre quando o empregado
descumpre deveres previstos em lei ou em contrato,
consistindo na punição máxima da empresa em relação aos
colaboradores.
A justa causa pode ser caracterizada por
agressões físicas e verbais, embriaguez
no serviço, repetição constante de faltas
leves, furto ou desvio de mercadorias,
falsificação de atestados médicos e
diversos outros motivos. A lista completa
está prevista no art. 482 da CLT.
Os direitos, nesse caso, são os
seguintes:

• saldo de salários;

• férias vencidas, acrescidas de 1/3.


Pedido de demissão
• Nesta terceira hipótese, o empregado solicita o rompimento do
contrato com a empresa. Na prática, isso libera o empregador
das verbas nascidas com a rescisão, quitando-se apenas o que
está em aberto.
As obrigações são quatro:
• saldo de salário;
• 13ª terceiro salário proporcional;
• férias vencidas, acrescidas do adicional de 1/3;
• férias proporcionais, acrescidas do adicional de 1/3.

A situação, assim como no caso da demissão por justa causa,


não dá direito ao recebimento do seguro-desemprego nem ao
saque do FGTS.
Rescisão indireta
Ocorre quando, o empregador ao descumprir deveres legais ou
contratuais, torna a continuidade do emprego insustentável.

• A lista completa de violações está no art. 483 da CLT.


Entretanto, deixar de pagar salários, não oferecer condições de
segurança, não pagar as bonificações previstas em contrato,
deixar de recolher o FGTS e dar tratamento discriminatório são
alguns exemplos.

DICA: “NÃO FAÇA CARTA DE DEMISSÃO”


Direitos que o empregado terá nesse caso:
• saldo de salário;
• aviso prévio;
• 13ª terceiro salário proporcional;
• férias vencidas, acrescidas do adicional de 1/3;
• férias proporcionais, acrescidas do adicional de 1/3;
• multa de 40% do FGTS.
• Seguro Desemprego
Rescisão por culpa recíproca
• Se as duas partes descumprirem deveres contratuais ou
legais, ocorre a justa causa recíproca. Nessa situação, a
maioria dos valores é reduzida pela metade.

• ATENÇÃO: As guias do seguro-desemprego não devem ser


fornecidas nesse caso. No entanto, a chave de acesso ao
FGTS continua sendo uma das obrigações da empresa.
Nessa situação, a maioria dos
valores é reduzida pela
metade:
• saldo de salário;
• metade do aviso prévio;
• metade do 13º salário proporcional;
• férias vencidas, acrescidas de 1/3, se houver;
• metade das férias proporcionais, acrescidas de 1/3;
• indenização de 20% dos depósitos do FGTS.
Demissão por comum acordo
• É uma hipótese regulamentada pela Reforma
Trabalhista, em que ambos podem romper o
vínculo sem justa causa. Isso permite a
liberação de parte das verbas para o
trabalhador.

As chaves do FGTS precisam ser liberadas para


que o colaborador movimente 80% da conta, mas
não há seguro-desemprego nesse caso.

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