TRABALHO
Contato: joaovitor6538@gmail.com
INTRODUÇÃO
1. Noções Gerais
• Resilição - Por iniciativa das partes, são os casos de demissão sem justa causa, pedido
de demissão e resilição por comum acordo;
• Resolução - Quando da inexecução faltosa por qualquer uma das partes, aqui se encaixa
a demissão por justa causa ou a rescisão indireta. Outra previsão de Resolução é quando
finda a obrigação contratual por meio de cláusula resolutiva (exceção do Contrato de
Trabalho a termo);
• Rescisão - Verifica-se quando é declarada a nulidade do contrato;
• Rescisão por motivo de Força Maior - Dissolução em razão de fato superveniente que
impossibilita a execução do Contrato de Trabalho;
2. Aviso Prévio
Notificação prévia dada por uma das partes onde consta a intenção de rescindir o
contrato. Feita mediante instrumento escrito (carta de demissão ou notificação de aviso prévio).
O aviso prévio é instrumento típico dos contratos por prazo indeterminado, não sendo
a priori cabível nos contratos a termo. Em que pese, o TST editou a Súmula 163, onde prevê a
possibilidade de aviso prévio em casos de contrato de experiência. (Pouco usado na prática).
Regra de proporcionalidade: A cada ano trabalhado, somam-se três dias ao aviso prévio.
ACT a respeito de aviso prévio é vedado, tratando-se de objeto ilícito a sua redução ou
supressão. No entanto, havendo previsão benéfica no ACT é lícito.
Existem dois tipos de aviso prévio, quais sejam o aviso trabalhado e o indenizado. A
indenização do aviso prévio é faculdade do empregador, sendo este configurado quando da sua
dispensa em caso de pedido de demissão.
Quando sobrevierem razões para a dispensa por justa causa do empregado durante o
aviso prévio, poderá o empregador demitir o trabalhador. Este terá direito de perceber os dias
que trabalhou.
O aviso prévio pode, durante o seu curso, ser reconsiderado pelo empregador ou
empregado, desde que com anuência da outra parte. Isso ocorre em razão de a extinção do
contrato só se confirmar após o término do aviso prévio. É por isso, também, que se considera
o aviso como tempo trabalhado, tendo que ser considerado para o cálculo das verbas
rescisórias. (art. 489, CLT).
IMPORTANTE: Súmula 305, TST (FGTS); OJ 42 da SDI-1, TST (Multa de 40% sobre o
FGTS) e OJ 82 da SDI-1, TST (Data de anotação na CTPS).
Em caso de salário variável, o aviso prévio será assim como as férias e o 13º, calculado
com base nos 12 últimos salários percebidos.
Quando o aviso prévio for concedido pelo empregador, o trabalhador terá direito a
redução de sua jornada, podendo este optar entre a redução de duas horas diárias ou de sete dia
corridos no fim do aviso prévio. (art. 488, CLT). Esse período não pode ser substituído por
contraprestação pecuniária. (Súmula 230, TST). Diferente no caso de trabalhador rural, onde a
redução de jornada será semanal, sendo um dia por semana.
De acordo com a Súmula 348 do TST, é nula o aviso prévio dado durante o período de
estabilidade. Nos casos do cipeiro ou do dirigente sindical, a candidatura durante a fruição do
aviso prévio não é causa obstativa.
3. Verbas rescisórias
De acordo com Carla Teresa Martins: “As chamadas verbas rescisórias são compostas
pelos direitos trabalhistas devidos ao empregado por ocasião do término do seu contrato de
trabalho, direitos estes que variam conforme a modalidade de dissolução do pacto laboral”.
• Saldo salário;
• Aviso prévio;
• Férias Vencidas;
• Férias Proporcionais;
• 13º Proporcional;
• Indenização de 40% sobre o saldo do FGTS;
• Indenização por rescisão antecipada do art. 479 (Contratos a termo).
Quanto ao prazo para o pagamento das verbas rescisória, a lei 13.467/2017 unificou os prazos
para 10 dias, não mais existindo diferença entre aviso prévio indenizado ou trabalhado.
• saldo de salário;
• 13º salário proporcional;
• férias vencidas, acrescidas de 1/3, se houver;
• férias proporcionais, acrescidas de 1/3;
• liberação do FGTS (sem a indenização de 40%).
• saldo de salário;
• 13º salário proporcional;
• férias vencidas, acrescidas de 1/3, se houver;
• férias proporcionais, acrescidas de 1/3;
• liberação do FGTS;
• indenização do art. 479 da CLT, correspondente ao valor da metade dos salários que
lhe seriam devidos pelo período faltante do contrato.
• saldo de salário;
• 13º salário proporcional;
• férias vencidas, acrescidas de 1/3, se houver;
• férias proporcionais, acrescidas de 1/3.
Multa do 480, CLT – devida apenas se o empregador provar o prejuízo causado pela ruptura
contratual ocasionada pelo trabalhador.
• saldo de salário;
• aviso prévio;
• 13º salário proporcional;
• férias vencidas, acrescidas de 1/3, se houver;
• férias proporcionais, acrescidas de 1/3;
• no caso de dispensa sem justa causa é devida a multa de 40% sobre o FGTS.
• Saldo salário;
• Férias vencidas + 1/3.
• saldo de salário;
• aviso prévio;
• 13º salário proporcional;
• férias vencidas, acrescidas de 1/3, se houver;
• férias proporcionais, acrescidas de 1/3;
• indenização de 40% dos depósitos do FGTS.
• saldo de salário;
• 50% do valor do aviso prévio;
• 50% do valor do 13º salário proporcional;
• férias vencidas, acrescidas de 1/3, se houver;
• 50% do valor das férias proporcionais acrescidas de 1/3;
• indenização de 20% dos depósitos do FGTS.
Em se tratando da dispensa sem justa causa, prevê a CF em seu art. 7º inciso I, que em
caso de dispensa arbitrária será prevista multa compensatória a ser regulada por lei
complementar. A lei 8.036/96, em seu art. 18, caracteriza como multa compensatória aquela
referente à 40% dos depósitos realizados na conta do FGTS durante a vigência do contrato de
trabalho. Nos casos de demissão sem justa causa é devido:
• saldo de salário;
• aviso prévio;
• 13º salário proporcional;
• férias vencidas, acrescidas de 1/3, se houver;
• férias proporcionais, acrescidas de 1/3;
• indenização de 40% dos depósitos do FGTS.
• saldo de salário;
• aviso prévio;
• 13º salário proporcional;
• férias vencidas, acrescidas de 1/3, se houver;
• férias proporcionais, acrescidas de 1/3;
• indenização de 40% dos depósitos do FGTS.
A dispensa por justa causa decorre da prática de falta grave pelo empregado e que estão
previstas em rol do art. 482, CLT, mas que também se encontram espalhadas em alguns outros
artigos de leis específicas como as hipóteses da Lei Complementar n. 150 que versa sobre o
trabalho doméstico. A conduta por ele adotada torna impossível a manutenção do vínculo de
emprego, impondo-se a rescisão do contrato de trabalho por iniciativa do empregador. Trata-
se de modalidade de extinção do contrato de trabalho na qual é suprimida a maior parte das
verbas rescisórias a serem recebidas pelo empregado, restando o direito apenas ao recebimento
das verbas caracterizadas como direito adquirido:
• saldo de salário;
• férias vencidas, acrescidas de 1/3, se houver.
A demissão por justa causa é a medida educativa máxima. Quanto a isso, existe certa
controvérsia na jurisprudência e doutrina a respeito da necessidade de se respeitar ou não a
ordem das medidas educativas, sendo necessário que se comece dando ao trabalhador a
advertência verbal, a advertência escrita, a suspensão e, por fim, a demissão por justa causa.
Para a validade da demissão por justa causa, é necessário que estejam presentes
requisitos:
• Legalidade;
• Proporcionalidade;
• Imediatidade;
• Vedação ao bis in idem.
• saldo de salário;
• 50% do valor do aviso prévio;
• 50% do valor do 13º salário proporcional;
• férias vencidas, acrescidas de 1/3, se houver;
• 50% do valor das férias proporcionais acrescidas de 1/3;
• indenização de 20% dos depósitos do FGTS.
• saldo de salário;
• 13º salário proporcional;
• férias vencidas, acrescidas de 1/3, se houver;
• férias proporcionais, acrescidas de 1/3.
Os valores das verbas rescisórias, bem como do valor referente aos depósitos do FGTS
serão pagos aos dependentes do empregado e, não havendo nenhum, aos sucessores civis.
• saldo de salário;
• aviso prévio;
• 13º salário proporcional;
• férias vencidas, acrescidas de 1/3, se houver;
• férias proporcionais, acrescidas de 1/3;
• indenização de 40% dos depósitos do FGTS.
Ao contrário, mantido em funcionamento o empreendimento econômico pelos
herdeiros do empregador falecido, o art. 483, § 2º, da CLT dá ao empregado a faculdade de
continuar com o contrato de trabalho, caso em que nenhum efeito rescisório se verificará,
ocorrendo, então, típica sucessão de empregador, nos termos dos arts. 10 e 448 da CLT. Caso,
porém, o empregado opte por rescindir o contrato de trabalho mesmo havendo a continuidade
do empreendimento por meio dos sucessores, serão devidas a ele as seguintes verbas
rescisórias:
• saldo de salário;
• aviso prévio;
• 13º salário proporcional;fé
• rias vencidas, acrescidas de 1/3, se houver;
• férias proporcionais, acrescidas de 1/3.
• saldo de salário;
• aviso prévio;
• 13º salário proporcional;
• férias vencidas, acrescidas de 1/3, se houver;
• férias proporcionais, acrescidas de 1/3;
• indenização de 20% dos depósitos do FGTS.
• saldo de salário;
• 13º salário proporcional;
• férias vencidas, acrescidas de 1/3, se houver;
• férias proporcionais, acrescidas de 1/3;
• liberação do FGTS;
• metade da indenização do art. 479 da CLT.
Fala-se em factum principis quando a paralisação do serviço for motivada por ato de
autoridade municipal, estadual ou federal, ou pela promulgação de lei ou resolução que
impossibilite a continuação da atividade (art. 486, CLT). Nos termos do referido dispositivo
legal, decorrendo a extinção do contrato de trabalho desta imposição da autoridade pública, a
indenização devida ficará a cargo do governo responsável.
• saldo de salário;
• aviso prévio;
• 13º salário proporcional;
• férias vencidas, acrescidas de 1/3, se houver;
• férias proporcionais, acrescidas de 1/3;
• indenização de 40% dos depósitos do FGTS, a cargo do governo responsável pela
extinção da atividade da empresa.
3.3.10. Aposentadoria
Em princípio, parece não haver dúvida acerca de ser a aposentadoria causa de extinção
do contrato de trabalho. No entanto, a questão não é tão simples assim e, tendo em vista as
diversas espécies de aposentadoria previstas na Lei n. 8.213/91, necessária se faz uma análise
detalhada acerca da questão, com o intuito de definir em quais hipóteses realmente a concessão
do benefício leva à extinção do contrato de trabalho.
• saldo de salário;
• 13º salário proporcional;
• férias vencidas, acrescidas de 1/3, se houver;
• férias proporcionais, acrescidas de 1/3.
4. FGTS
Pode ser usada durante a fruição do contrato de trabalho se preencher algumas das
situações do art. 20 da lei 8.036/90.
Previsto entre o art. 625-A a 625-H. O art. 625-D foi objeto de controvérsia na medida
em que este previa que:
6. Homologação sindical