Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CÁLCULOS TRABALHISTAS
CÁLCULOS TRABALHISTAS
"O Trabalho com Qualidade, respeito ao Meio Ambiente e Segurança, Gera Progresso e Confiança"
Fabrício Angelis Pires
Recado do Professor
Estimado Aluno e Aluna, é uma grande honra tê-los como nossos alunos aqui na
ASSESSORITEC, sejam muito bem-vindos.
Vamos nos empenhar para que sua vida acadêmica aqui na ASSESSORITEC seja muito
recompensadora trazendo um grande crescimento e desenvolvimento intelectual e profissional.
Vocês tiveram uma atitude excelente, de vencedores, ao optar pela volta aos estudos,
“PARABÉNS”.
Sabemos que o sacrifício diário do trabalhador(a) muitas vezes não permite sua frequência
presencial nos bancos das escolas. É por isso que o ensino à distância é uma ótima opção de estudo
e tem ajudado inúmeras pessoas nesta empreitada de suas vidas, na busca de oportunidades
melhores.
Porém, devemos alertá-los de que o estudo à distancia, também requer uma certa
dedicação e acima de tudo persistência.
Para tanto, elencamos abaixo algumas dicas para ajudá-los nesse quesito:
*Reorganize seu tempo reservando um mínimo diário para seus estudos;
*Leia com atenção e analise o conteúdo de cada assunto, anote, resuma;
*Não deixe de fazer os exercícios propostos;
*Converse, com os professores e com os colegas, sobre suas dúvidas;
*Acompanhe o calendário escolar e não falte às aulas.
Desejamos a todos muito sucesso e felicidades!
Bons Estudos!
1
Disponível em: ceab@ceabbrasil.com.br|www.ceabbrasil.com.br – acessado em 27/12/2019.
TÓPICO
1
CONCEITOS GENÉRICOS
1.1.2. EMPREGADO
A CLT, em seu art. 3º, dispõe que “considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços
de natureza não eventual ao empregador, sob a dependência deste e mediante salário”. A doutrina
acrescenta a essa definição um outro requisito: a prestação pessoal do serviço.
1.1.3. EMPREGADOR
A CLT dispõe que “considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os
riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços” (art. 2º).
A empresa é comumente conceituada como uma atividade organizada para a produção ou
circulação de bens ou serviços destinados ao mercado, com objetivo de lucro. No âmbito do Direito
do Trabalho, a CLT expressamente estabelece a exigência de que ela assuma os riscos do negócio.
Assim, a empresa deve assumir tanto os resultados positivos quanto os negativos do
empreendimento, não podendo estes últimos serem transferidos ao empregado.1.1. EMPREGADOR
(art. 2º da CLT)
A CLT define o contrato a prazo determinado como “o contrato de trabalho cuja vigência dependa
de termo prefixado ou da execução de serviços especificados ou ainda da realização de certo
acontecimento suscetível de previsão aproximada” (art.443).
Em seguida, fixa as hipóteses que autorizam sua celebração válida, ao dispor que “o contrato por
prazo determinado só será válido em se tratando”:
• de serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo;
• de atividades empresariais de caráter transitório;
• de contrato de experiência” (art. 443, § 2º).
Exemplo 1 Exemplo 2
Contrato de experiência.......... = 30 dias Contrato de experiência.......... = 30 dias
Prorrogação............................ = 60 dias Prorrogação............................ = 30 dias
Total ..................................... = 90 dias Total...................................... = 60 dias
EXERCÍCIOS
5 – O QUE É TERCEIRIZAÇÃO?
TÓPICO
2
PROCEDIMENTOS DO RH REFERENTES AO
REGISTRO DE EMPREGADOS
Art. 16. A Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), além do número, série, data de
emissão e folhas destinadas às anotações pertinentes ao contrato de trabalho e as de interesse da
Previdência Social, conterá:
I - fotografia, de frente, modelo 3 X 4;
II - nome, filiação, data e lugar de nascimento e assinatura;
III - nome, idade e estado civil dos dependentes;
IV - número do documento de naturalização ou data da chegada ao Brasil, e demais
elementos constantes da identidade de estrangeiro, quando for o caso;
Parágrafo único - A Carteira de Trabalho e Previdência Social - CTPS será fornecida mediante
a apresentação de:
a) duas fotografias com as características mencionadas no inciso I;
b) qualquer documento oficial de identificação pessoal do interessado, no qual possam ser
colhidos dados referentes ao nome completo, filiação, data e lugar de nascimento.
2.1.1. Anotações
Art. 29 - A Carteira de Trabalho e Previdência Social será obrigatoriamente apresentada,
contra recibo, pelo trabalhador ao empregador que o admitir, o qual terá o prazo de quarenta e
oito horas para nela anotar, especificamente, a data de admissão, a remuneração e as condições
especiais, se houver, sendo facultada a adoção de sistema manual, mecânico ou eletrônico,
conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho.
§ 1º As anotações concernentes à remuneração devem especificar o salário, qualquer que
seja sua forma de pagamento, seja ele em dinheiro ou em utilidades, bem como a estimativa da
gorjeta.
§ 2º - As anotações na Carteira de Trabalho e Previdência Social serão feitas:
a) na data-base;
b) a qualquer tempo, por solicitação do trabalhador;
c) no caso de rescisão contratual; ou
d) necessidade de comprovação perante a Previdência Social.
§ 3º - A falta de cumprimento pelo empregador do disposto neste artigo acarretará a
lavratura do auto de infração, pelo Fiscal do Trabalho, que deverá, de ofício, comunicar a falta de
anotação ao órgão competente, para o fim de instaurar o processo de anotação.
§ 4o É vedado ao empregador efetuar anotações desabonadoras à conduta do empregado
em sua Carteira de Trabalho e Previdência Social.
§ 5o O descumprimento do disposto no § 4o deste artigo submeterá o empregador ao
pagamento de multa prevista no art. 52 deste Capítulo.
Art. 41 - Em todas as atividades será obrigatório para o empregador o registro dos
respectivos trabalhadores, podendo ser adotados livros, fichas ou sistema eletrônico, conforme
instruções a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho.
Conforme a lei 5.553/68, no seu art. 2º, o prazo máximo de retenção de CTPS para as
demais anotações é de 05 dias, constituindo contravenção penal com pena de 1 a 3 meses ou
multa, a extrapolação desse prazo. Devem ser anotadas as informações relativas ao contrato de
trabalho.
A anotação em CTPS de conduta desabonadora do empregado é vedado, tais como punições
ou dispensas por justa causa. Tais anotações geram punições administrativas e indenização por
dano moral na esfera da Justiça do Trabalho. Com a reforma trabalhista, a ausência de ficha de
registro de empregado, ou se for de modo incompleto, gera uma multa de R$ 600,00.
EXERCÍCIOS
TÓPICO
3
CÁLCULOS TRABALHISTAS
Contribuição sindical;
Seguros;
Adiantamentos;
Faltas e atrasos;
Vale-transporte;
Outros descontos previstos em lei.
Algumas empresas fazem o pagamento de seus empregados no último dia do mês; nesse caso,
é necessário fechar a folha de pagamento alguns dias antes, ganhando-se assim tempo necessário
para cálculo dos devidos proventos e descontos.
Outras empresas realizam o pagamento no limite máximo exigido por lei: o quinto dia útil do
mês subsequente ao vencido, se o pagamento for mensal, ou o quinto dia subsequente, quando o
pagamento for semanal ou quinzenal, conforme Instrução Normativa no01/89 e art.459, §1o, da
CLT.
O apontamento é feito em geral por meio da folha de ponto; o sistema soma as horas
trabalhadas, inclusive as horas extras, e observam-se as faltas e os atrasos para o não pagamento.
3.1.1. SALÁRIO
É a contraprestação devida e paga diretamente pelo empregador a todo empregado e pode
ser pago mensal, quinzenal, semanal ou diariamente, por peça ou tarefa; o salário nunca poderá ser
inferior ao salário mínimo; ao menor aprendiz, salvo na condição mais favorável, será garantido o
salário mínimo hora (art. 428, § 2o, da CLT, com redação dada pela Lei no 10.097/2000).
Para alguns profissionais, como médicos, dentistas, engenheiros, químicos, arquitetos,
agrônomos, veterinários, radiologista etc., o salário mínimo (salário profissional) é maior que o
salário mínimo; esses valores são expressos em lei.
Exemplo: o salário mínimo de um engenheiro é seis vezes o valor do salário mínimo.
Integram o salário a importância fixa estipulada, as gratificações legais e as comissões pagas pelo
empregador.
As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo, auxílio alimentação,
vedado seu pagamento em dinheiro, diárias para viagem, prêmios e abonos não integram a
remuneração do empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base de
incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário.
O pagamento do salário, qualquer que seja a modalidade de trabalho, não deve ser
estipulado por período superior a um mês, salvo no que concerne a comissões, percentagem e
gratificações legais.
O salário-hora normal, no caso de empregado mensalista, será obtido dividindo-se o salário
mensal por 220 horas, limite máximo, ou número inferior, dependendo do contrato.
Se o número de dias for inferior a 30, adotar-se-á para o cálculo o número de dias
trabalhados no mês.
No caso de empregado diarista, o salário-hora normal será obtido dividindo-se o salário
diário, correspondente à duração do trabalho (7h20min ou menos, dependendo do contrato), pelo
número de horas efetivamente trabalhadas.
OBS: Salário-hora para 40 horas semanais: divisor 200 (duzentos): Súmula no 431 do TST SALÁRIO-
HORA. EMPREGADO SUJEITO AO REGIME GERAL DE TRABALHO (ART. 58, CAPUT, DA CLT). 40
HORAS SEMANAIS. CÁLCULO. APLICAÇÃO DO DIVISOR, 200. (REDAÇÃO ALTERADA NA SESSÃO DO
TRIBUNAL PLENO REALIZADA EM 14-9-2012) – Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27-9-
2012.
Para os empregados a que alude o art. 58, caput, da CLT, quando sujeitos a 40 horas semanais de
trabalho, aplica-se o divisor 200 (duzentos) para o cálculo do valor do salário-hora.
Exemplo:
Empregado trabalha 8 (oito) horas diárias de segunda a sexta-feira, perfazendo um total de
quarenta horas semanais, seu divisor para o cálculo de salário-hora é de 200 (duzentos); veja o
cálculo a seguir:
* Nota: embora o empregado não tenha trabalhado no sábado, devo incluí-lo e dividir por seis e
não por cinco dias na semana, pois o sábado é dia útil não trabalhado. São 40 horas semanais de
trabalho e a semana trabalhista é de segunda a domingo, excluindo apenas o domingo por ser dia
de RSR (art. 11, §4o, do Decreto no 27.048, de 12-8-1949).
Nova redação dada ao caput do art. 59 da CLT: “A duração diária do trabalho poderá ser
acrescida de horas extras, em número não excedente de duas, por acordo individual, convenção
coletiva ou acordo coletivo de trabalho”.
Segundo o inciso I do art. 611-A da CLT (convenção e o acordo coletivo de trabalho têm
prevalência sobre a lei). “I – pacto quanto à jornada de trabalho, observados os limites
constitucionais”. O que determinam os limites constitucionais?
Exemplo prático:
Total das comissões mensal: R$ 2.400,00
Jornada efetivamente trabalhada no mês: 176 horas
2. Garantia de salário
Garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável (art. 7o,
inciso VII, da Constituição Federal).
Exemplo: a comissão de um vendedor no mês foi de R$ 3.840,00; nesse mês, houve cinco
domingos e um feriado. Como calcular a remuneração do repouso semanal e feriado?
Deduzem-se dos 30 dias (mensalista) os seis dias de repouso semanal e o feriado = 24 dias;
divide-se o valor da comissão pelos 24 dias; multiplica 3.3.1 se o resultado pelos seis dias e
soma-se o resultado com o valor da comissão:
4. Jornada de trabalho
A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não
excederá de oito horas diárias e quarenta e quatro horas semanais, desde que não seja fixado
expressamente outro limite (em lei, convenção, etc) Art. 58 da CLT.
Veja o exemplo:
Um funcionário recebe um salário de R$ 2.000,00/mês.
Qual será o seu salário hora? R$ 2.000,00/220 = R$ 9,09/hora.
Observação: Os menores de idade não podem fazer horas extras (menor aprendiz, trainee, etc.).,
2º exemplo
30 dias no mês, com cinco domingos; portanto, são 25 dias úteis e cinco dias de repouso
semanal.
5 ÷ 25% = 20; considerar 20%.
Comissão de R$ 3.840,00 × 20% = R$ 768,00
Repouso semanal remunerado = R$ 768,00
Valor a receber no mês: R$ 768,00 + R$ 3.840,00 = R$ 4.608,00
3º Exemplo
30 dias no mês, com quatro domingos; portanto, são 26 dias úteis e quatro dias de repouso
semanal.
4 ÷ 26% = 15,384615; considerar 15,384615%.
Comissão de R$ 3.840,00 × 15,384615% = R$ 590,76
Repouso semanal remunerado = R$ 590,76
Valor a receber no mês: R$ 590,76 + R$ 3.840,00 = R$ 4.430,76
4º Exemplo
Empregado trabalhou 14 dias no mês e durante este período houve dois domingos;
portanto, são 12 dias úteis e dois dias de repouso semanal. Sua comissão nesse período foi
de R$ 1.920,00.
2 ÷ 12% = 16,666666; considerar 16,666666%.
Comissão de R$ 1.920,00 × 16,666666% = R$ 320,00
Repouso semanal remunerado = R$ 320,00
Valor a receber no período: R$ 320,00 + R$ 1.920,00 = R$ 2.240,00
3.2. ADICIONAIS
Existem alguns horários, atividades e locais de trabalho que, por lei, exigem valores
adicionais ao trabalho, são eles:
Exemplo:
O empregado eletricitário, admitido após 9/12/2012, fez 30 horas extras durante o mês e
ganha por hora R$ 8,00; com os 50% do adicional extraordinário, a hora extra é de R$ 12,00.
O adicional incide apenas sobre o valor hora base (R$ 8,00) e não sobre R$ 12,00.
Portanto, temos 30h × R$ 2,40 (30% de R$ 8,00) = 72,00 e não 30h × R$ 3,60 (30% de R$
12,00) = R$ 108,00; não devemos considerar o valor adicional extra.
Valor correto a ser considerado: R$ 72,00.
Exemplo:
Um empregado trabalha das 15h até as 23h45min com 1h de descanso e ganha R$ 9,00 por
hora.
Cálculo: 2 horas por dia com 20% de adicional noturno.
Tem-se, então, 6 horas, ganhando R$ 9,00 por hora e 2 horas, ganhando R$ 10,80 por hora,
sendo: R$ 9,00 + 1,80 de adicional noturno.
As Súmulas nos 214 e 313, do Supremo Tribunal Federal, e as Súmulas nos 60, 112 e 265, do
Tribunal Superior do Trabalho, preceituam:
Súmula no 214 do STF A duração legal da hora de serviço noturno (52 minutos e 30
segundos) constitui vantagem suplementar, que não dispensa o salário adicional.
Súmula no 313 do STF Provada a identidade entre o trabalho diurno e noturno, é devido o
adicional, quanto a este, sem a limitação do art. 73, § 3o, da CLT, independentemente da natureza
da atividade do empregador.
Súmula no 60 do TST ADICIONAL NOTURNO. Integração no salário e prorrogação em horário
diurno. (incorporada à Orientação Jurisprudencial no 6 da SDI-1 – Res. 129/05 – DJ 20-4-2005)
I – O adicional noturno, pago com habitualidade, integra o salário do empregado para todos
os efeitos. (ex-Súmula no 60 – RA 105/1974, DJ 24-10-1974)
II – Cumprida integralmente a jornada no período noturno e prorrogada esta, devido é também o
adicional quanto às horas prorrogadas. Exegese do art. 73, § 5o, da CLT. (ex-OJ no 06 – Inserida em
25-11-1996).
Súmula no 112 do TST O trabalho noturno dos empregados nas atividades de exploração,
perfuração, preparação, produção e refinação de petróleo, industrialização de xisto, indústria
petroquímica e transporte de petróleo e seus derivados por meio de dutos, é regulado pela Lei nº
5.811, de 1972, não se lhe aplicando a hora reduzida de 52’30” do art. 73, § 2o da CLT.
Súmula no 265 do TST ADICIONAL NOTURNO – alteração do turno de trabalho –
possibilidade de supressão – A transferência para o período diurno de trabalho implica a perda do
direito ao adicional noturno.
Exemplo:
CONTRIBUIÇÃO DOS EMPREGADOS E TRABALHADORES AVULSOS
Conforme Portaria do MF nº 8, de 13/01/2017 – DOU de 16/01/2017, a 7.1 tabela de
alíquota é a seguinte:
3.7. MENSALISTA
Sempre serão considerados 30 dias para o cálculo de dias de trabalho por mês (art. 64,
parágrafo único, da CLT), mesmo que o mês tenha o número inferior ou superior a 30. Com a
redução da jornada de trabalho para 44 horas semanais, o número de horas por mês do mensalista
também é de 220 horas.
Exemplo:
Um mensalista trabalha, de segunda a sexta-feira, 8 horas diárias e aos sábados 4 horas,
perfazendo o total de 44 horas semanais previsto na Constituição; têm-se então:
Além dos itens do art. 473 da CLT, são consideradas faltas legais:
a. se sua ausência for devidamente justificada, segundo critério da administração do
estabelecimento;
b. quando houver paralisação do serviço nos dias em que, por conveniência do
empregador, não tenha havido trabalho;
c. se a falta ao serviço estiver fundamentada na lei sobre acidente do trabalho;
d. em caso de doença do empregado, devidamente comprovada;
e. faltas abonadas previstas em acordo ou dissídio coletivo de trabalho.
Será pago nas férias os 30 dias de salário do funcionário assim como o adicional de 1/3 a
esse valor. As férias serão concedidas por ato do empregador, em um só período (a Reforma
trabalhista que veremos adiante mudou essa regra, e as férias poderão ser concedidas em até 3
vezes), nos doze meses subsequentes a data em que o empregador tiver adquirido o direito. Essa
2
Oliveira, Aristeu de Cálculos trabalhistas / Aristeu de Oliveira. – 29. ed. – São Paulo: Atlas, 2017.
3.2.7. F G T S
O Fundo de Garantias por Tempo de Serviço (direito de todo trabalhador) foi criado com o
objetivo de proteger o trabalhador demitido sem justa causa, mediante a abertura de uma conta
vinculada ao contrato de trabalho.
Todos os meses os empregadores depositam nessas contas (de cada funcionário) o valor
correspondente a 8% do salário dos funcionários.
O saque do FGTS pode ser feito após a demissão sem justa causa por parte do empregador,
ou para financiamento de imóveis e quando demitido por justa causa ou a pedido após três anos
sem CTPS assinada e após processo administrativo julgado pela Caixa Econômica Federal que é o
órgão do governo responsável pela guarda desse valor.
Esse valor é pago pelo empregador que descontará na sua guia de GPS mensal, por meio da
GFIP, através do programa SEFIP.
Também somente tem direito a esse valor, trabalhadores com filhos dependentes até 14
(quatorze) anos de idade.
Cônjuges que trabalham para o mesmo empregador, apenas um deles terá direito a esses
valores por filho na faixa etária que estabelece a legislação.
Art. 286. A infração ao disposto no art. 336 sujeita o responsável à multa variável entre os
limites mínimo e máximo do salário-de-contribuição, por acidente que tenha deixado de comunicar
nesse prazo.
§ 1º Em caso de morte, a comunicação a que se refere este artigo deverá ser efetuada de
imediato à autoridade competente.
§ 2º A multa será elevada em duas vezes o seu valor a cada reincidência.
§ 3º A multa será aplicada no seu grau mínimo na ocorrência da primeira comunicação feita
fora do prazo estabelecido neste artigo, ou não comunicada, observado o disposto nos arts.
290 a 292.
O comunicado deve ser feito através do Registro CAT online no site da previdência social
através do link: http://cat.inss.gov.br/servicos/cat/cat.shtm
3.5. ESTABILIDADE
A legislação Trabalhista estabelece em vários artigos a estabilidade temporária do empregado na
relação de trabalho com o empregador. As convenções coletivas podem estabelecer essa
estabilidade também, uma vez que em determinados casos a mesma possui força até maior que lei,
desde que não vá de encontro a CF/88. Os casos de estabilidade mais conhecidos são:
1. GRAVIDEZ – A Lei veta a dispensa sem justa causa de empregada gestante, desde a
confirmação da gravidez até 5 meses após o parto. Ainda que o empregador não tenha
conhecimento da gravidez no momento da demissão o mesmo terá que reintegrá-la ou pagar a
indenização decorrente da estabilidade. A estabilidade também estará garantida (de acordo com
Resolução do TST) nos casos de contrato de trabalho por tempo determinado e também no
decorrer do aviso prévio trabalhado ou indenizado (Art. 391 – da CLT).
2. ACIDENTE DE TRABALHO – O funcionário que sofreu acidente de trabalho tem
estabilidade mínima de 12 (doze) meses na empresa, a partir do término do auxílio doença
concedido. No caso de doença que, comprovadamente, foi adquirida em virtude de atividade
exercida, terá direito ao mesmo beneficio.
3. DIRIGENTE SINDICAL – O empregado que for eleito ao cargo de diretoria sindical ou
representação profissional não poderá ser impedido de exercer suas funções e nem ser mandado
embora a partir do momento que for eleito até o final do seu mandato.
OBSERVAÇÂO – Existem outros tipos de estabilidade de acordo com determinadas
convenções coletivas.
Art. 511 da CLT – É licito a associação para fins de estudo, defesa e coordenação dos seus
interesses econômicos ou profissionais de todos os que, como empregadores, empregados, agentes
ou trabalhadores autônomos, ou profissionais liberais, exerçam, respectivamente, a mesma
atividade ou profissão, similar ou conexa.
Quando se fala em sindicato estamos falando tanto laboral como patronal. Que são
financiados pelas contribuições sindicais pagas pelos empregadores e empregados, constituídas em
lei (Art. 217 do CTN, art. 578, 579 e 580 da CLT).
Com a Reforma Trabalhista aprovada agora em 07/2017 a Contribuição Sindical passou a ser
facultativa, ou seja, ficará condicionada à autorização prévia e expressa dos participantes de uma
determinada categoria econômica ou profissional.
Quando se fala em desconto prévio e expresso, significa dizer individualmente, ou seja, cada
funcionário deverá autorizar ou não o desconto que continuará sendo em Março de cada ano e
recolhido até o ultimo dia útil de Abril de cada ano.
Da mesma forma, a Contribuição Patronal que deverá optar pelo desconto ou não,
recolhendo ao sindicato patronal no mês de Janeiro de cada ano.
Convenções Coletivas e acordos coletivos – Quanto mais numerosos e unidos os
participantes dos sindicatos, principalmente os laborais, mais força aquela determinada classe
estarão juntos ao sindicato patronal na elaboração e aprovação da convenção coletiva de trabalho
de determinado ano. As convenções coletivas são tão importantes que em alguns pontos elas
possuem força maior do que a de lei, como por exemplo:
a) Pacto quanto à jornada de trabalho, observando os limites constitucionais;
b) Banco de horas anual;
Existem também assuntos que, por lei, são proibidos de serem negociados em convenções
ou acordos coletivos, são eles:
a) Normas de identificação profissional (exemplo – anotação na CTPS);
b) Seguro desemprego;
c) Valores de depósitos mensais e indenizatórios do FGTS;
d) Salário mínimo;
e) Valor do Décimo terceiro;
f) Adicional noturno;
g) Salário Família;
h) Repouso semanal remunerado (DSR);
i) Horas extras de no mínimo 50% da hora normal;
j) Número de dias de férias;
k) Gozo de férias anuais;
l) Licença maternidade e paternidade;
m) Aviso Prévio;
n) Aposentadoria;
o) Etc.
No inicio os Sindicatos forma criados e eram administrados pelo Estado. Com a CF/88 as
forças sindicais saíram do poder do estado e passaram para o poder dos seus representantes
(empregados e empregadores), ou seja, deixaram de ser de poder público e passaram a ser do
poder privado.
Em 1999, os sindicatos passaram a ser uma célula isolada, que hoje abrange uma
organização sindical formada por Sindicatos (entidades de base ou de primeiro grau),
Confederações (Entidade de terceiro grau, formada por três ou mais federações) e Federações
(entidade de segundo grau formada pela união de 5 ou mais sindicatos da mesma categoria).
EXERCÍCIOS
1 – QUAIS SÃO OS TIPOS DE SALÁRIO? FALE SOBRE CADA UM DELES.
2 – FALE SOBRE JORNADA DE TRABALHO.
3 – O QUE SIGNIFICA DRS? EXPLIQUE!
4 – QUAIS SÃO OS TIPOS DE ADICIONAIS? FALE SOBRE CADA UM.
5 – O QUE SÃO FALTAS JUSTIFICADAS?
6 – QUANDO O TRABALHADOR TEM DIREITO ÀS FÉRIAS?
7 - QUANDO O TRABALHADOR TEM DIREITO AO 13º SALÁRIO?
8 – FALE SOBRE O AVISO PRÉVIO.
9 – FALE SOBRE A ESTABILIDADE.
TÓPICO
4
TÉRMINO DO CONTRATO DE TRABALHO E
SEGURO DESEMPREGO
■ saldo de salário;
■ 13º salário proporcional;
■ férias vencidas, acrescidas de 1/3, se houver;
■ férias proporcionais, acrescidas de 1/3;
■ liberação do FGTS (sem a indenização de 40%).
Súmula 125, TST: “O art. 479 da CLT aplica -se ao trabalhador optante pelo FGTS admitido
mediante contrato por prazo determinado, nos termos do art. 30, § 3º, do Decreto n. 59.820, de
20.12.1966”.
Em relação à indenização de 40% dos depósitos do FGTS, os arts. 14 e 9º, §§ 1º e 2º do
Decreto n. 99.684/90 (Regulamento do FGTS) preveem que, na hipótese de rescisão antecipada do
contrato por iniciativa do empregador, é devida a indenização de 40% dos depósitos do FGTS.
■ Rescisão antecipada por iniciativa do empregado (pedido de demissão): Neste caso, são
devidas as seguintes verbas rescisórias:
■ saldo de salário;
■ 13º salário proporcional;
■ férias vencidas, acrescidas de 1/3, se houver;
■ férias proporcionais, acrescidas de 1/3.
■ Rescisão antecipada por iniciativa de qualquer uma das partes, em contrato contendo
cláusula assecuratória de rescisão antecipada:
Trata -se da hipótese decorrente da inserção pelas partes, no contrato de trabalho por prazo
determinado, de cláusula que assegure reciprocamente o direito de rescindir o pacto
antecipadamente, nos termos do art. 481 da CLT. Assim, sendo aplicáveis à hipótese os
mesmos princípios que regem a rescisão dos contratos por prazo indeterminado, são
devidas as seguintes verbas rescisórias:
■ saldo de salário;
■ aviso prévio;
■ 13º salário proporcional;
Sendo a justa causa praticada pelo empregador, ocorre a rescisão indireta do contrato,
sendo devidas as seguintes verbas rescisórias:
■ saldo de salário;
■ aviso prévio;
■ 13º salário proporcional;
■ férias vencidas, acrescidas de 1/3, se houver;
■ férias proporcionais, acrescidas de 1/3;
■ indenização de 40% dos depósitos do FGTS.
■ Rescisão antecipada por culpa recíproca: A ocorrência de culpa recíproca (justa causa de
ambas as partes) implica na rescisão imediata do contrato a termo, sendo devidas as
seguintes verbas rescisórias:
■ saldo de salário;
■ 50% do valor do aviso prévio;
■ 50% do valor do 13º salário proporcional;
■ férias vencidas, acrescidas de 1/3, se houver;
■ 50% do valor das férias proporcionais acrescidas de 1/3;
■ indenização de 20% dos depósitos do FGTS.
Isso porque a dispensa por justa causa caracteriza -se como uma pena disciplinar; aliás, a
mais grave de todas as penas que o ordenamento jurídico autoriza que sejam aplicadas ao
empregado pelo empregador em razão da prática de alguma falta.
O legislador brasileiro adotou um sistema de indicação taxativa das justas causas. Assim,
somente podem ser consideradas justas causas os atos que se encaixem em uma das hipóteses
taxativamente indicadas pela lei.
As figuras de justa causa estão previstas no art. 482 da CLT e podem assim ser entendidas:
4.2. SEGURO-DESEMPREGO
Tem por finalidade de prover assistência financeira temporária ao trabalhador desempregado em
virtude de dispensa sem justa causa, inclusive a indireta, e ao trabalhador comprovadamente
resgatado de regime de trabalho forçado ou da condição análoga à de escravo;
O trabalhador que vier a ser identificado como submetido a regime de trabalho forçado ou
reduzido a condição análoga à de escravo, em decorrência de ação de fiscalização do Ministério do
Trabalho e Emprego, será dessa situação resgatado e terá direito à percepção de três parcelas de
seguro-desemprego no valor de um salário mínimo cada.
O trabalhador resgatado será encaminhado, pelo Ministério do Trabalho e Emprego, para
qualificação profissional e recolocação no mercado de trabalho, por meio do Sistema Nacional de
Emprego – SINE. Fica vedado ao mesmo trabalhador o recebimento do benefício, em circunstâncias
similares, nos doze meses seguintes à percepção da última parcela.
4.2.1. Requisitos
Terá direito à percepção do seguro-desemprego o trabalhador dispensado sem justa causa que
comprove:
I - ter recebido salários de pessoa jurídica ou de pessoa física a ela equiparada, relativos a:
a) pelo menos 12 (doze) meses nos últimos 18 (dezoito) meses imediatamente anteriores à data de
dispensa, quando da primeira solicitação;
b) pelo menos 9 (nove) meses nos últimos 12 (doze) meses imediatamente anteriores à data de
dispensa, quando da segunda solicitação; e
c) cada um dos 6 (seis) meses imediatamente anteriores à data de dispensa, quando das demais
solicitações;
23.2 - Parcelas
O benefício do seguro-desemprego será concedido ao trabalhador desempregado, por período
máximo variável de 3 (três) a 5 (cinco) meses, de forma contínua ou alternada, a cada período
aquisitivo, contados da data de dispensa que deu origem à última habilitação, cuja duração será
definida pelo Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat).
A determinação do período máximo observará a seguinte relação entre o número de parcelas
mensais do benefício do seguro-desemprego e o tempo de serviço do trabalhador nos 36 (trinta e
seis) meses que antecederem a data de dispensa que originou o requerimento do seguro-
desemprego, vedado o cômputo de vínculos empregatícios utilizados em períodos aquisitivos
anteriores:
I - para a primeira solicitação:
a) 4 (quatro) parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo empregatício com pessoa jurídica ou
pessoa física a ela equiparada de, no mínimo, 12 (doze) meses e, no máximo, 23 (vinte e três)
meses, no período de referência; ou
b) 5 (cinco) parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo empregatício com pessoa jurídica ou
pessoa física a ela equiparada de, no mínimo, 24 (vinte e quatro) meses, no período de referência;
II - para a segunda solicitação:
a) 3 (três) parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo empregatício com pessoa jurídica ou pessoa
física a ela equiparada de, no mínimo, 9 (nove) meses e, no máximo, 11 (onze) meses, no período
de referência;
b) 4 (quatro) parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo empregatício com pessoa jurídica ou
pessoa física a ela equiparada de, no mínimo, 12 (doze) meses e, no máximo, 23 (vinte e três)
meses, no período de referência; ou c) 5 (cinco) parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo
empregatício com pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada de, no mínimo, 24 (vinte e
quatro) meses, no período de referência;
III - a partir da terceira solicitação:
23.4 - Cancelamento
O benefício do seguro-desemprego será cancelado:
I - pela recusa por parte do trabalhador desempregado de outro emprego condizente com sua
qualificação registrada ou declarada e com sua remuneração anterior;
II - por comprovação de falsidade na prestação das informações necessárias à habilitação;
III - por comprovação de fraude visando à percepção indevida do benefício do seguro-desemprego;
IV - por morte do segurado.
“O trabalho não pode ser uma lei sem que seja um direito.”
Victor Hugo
"O Trabalho com Qualidade, respeito ao Meio Ambiente e Segurança, Gera Progresso e Confiança"
Fabrício Angelis Pires
Recado do Professor
Estimado Aluno e Aluna, é uma grande honra tê-los como nossos alunos aqui na
ASSESSORITEC, sejam muito bem-vindos.
Vamos nos empenhar para que sua vida acadêmica aqui na ASSESSORITEC seja muito
recompensadora trazendo um grande crescimento e desenvolvimento intelectual e profissional.
Vocês tiveram uma atitude excelente, de vencedores, ao optar pela volta aos estudos,
“PARABÉNS”.
Sabemos que o sacrifício diário do trabalhador(a) muitas vezes não permite sua frequência
presencial nos bancos das escolas. É por isso que o ensino à distância é uma ótima opção de estudo
e tem ajudado inúmeras pessoas nesta empreitada de suas vidas, na busca de oportunidades
melhores.
Porém, devemos alertá-los de que o estudo à distancia, também requer uma certa
dedicação e acima de tudo persistência.
Para tanto, elencamos abaixo algumas dicas para ajudá-los nesse quesito:
*Reorganize seu tempo reservando um mínimo diário para seus estudos;
*Leia com atenção e analise o conteúdo de cada assunto, anote, resuma;
*Não deixe de fazer os exercícios propostos;
*Converse, com os professores e com os colegas, sobre suas dúvidas;
*Acompanhe o calendário escolar e não falte às aulas.
Desejamos a todos muitos sucessos e felicidades!
Bons Estudos!
1
Disponível em: ceab@ceabbrasil.com.br|www.ceabbrasil.com.br – acessado em 27/12/2019.
TÓPICO
1
CONCEITOS BÁSICOS DE DIREITO
Ao longo dos séculos, os estudos históricos, tem nos revelado que o homem, nunca
procurou ficar completamente isolado dos seus semelhantes, tanto para sobreviver quanto para
viver, deste modo a solidão nunca foi um norte, um caminho por escolha.
Com isso, demonstra inequivocamente que a sociabilidade é um caráter fundamental de
toda nossa espécie. De fato, se não fosse a sociabilidade, gerando a união entre grupos humanos,
seria provável, mas não provado, que nossa espécie não conseguisse superar os perigos e
dificuldades da primitiva vida selvagem.
Como já observado pelo filósofo Aristóteles (Grécia, 384 a.C. - 322 a.C), o homem é um ser
eminentemente social. E, por viver em sociedade, a ação de um homem interfere na vida de outros
semelhantes.
Para que essa interferência de condutas humanas tivesse um sentido construtivo e não
destrutivo, foi necessária a criação de regras capazes de preservar a paz e o convívio social.
Foi assim que nasceu o Direito, da necessidade de se estabelecer um conjunto de regras
que dessem uma certa ordem a vida em sociedade. Pois, afinal, nenhuma sociedade poderia ou
pode subsistir sem um mínimo de ordem, direção e solidariedade.
Assim de forma simples, mas com muita provisão podemos elaborar a seguinte
conceituação do direito.
Essas "regras obrigatórias" serão chamadas daqui por diante, de normas jurídicas.
Já temos o entendimento que sem sociedade não há direito e sem direito não há sociedade.
Dessa maneira, podemos admitir que como consequência disso vem essencialmente disposta em
regras normativas, e regras sociais. O que significa que a função das normas jurídicas é disciplinar o
comportamento social dos homens. Todavia, existem diversas outras normas que também
disciplinam a vida social.
Vejamos os exemplos:
Normas morais: baseiam-se na nossa consciência moral;
Normas religiosas: baseiam-se na fé revelada por uma religião.
Tanto as normas morais quanto as normas religiosas se aplicam a vida em sociedade. Então,
como distinguir as normas jurídicas dessas outras normas sociais?
A distinção pode ser resumida nas características que veremos a seguir.
Norma jurídica é a regra social garantida pelo poder de coerção do Estado, cujo o objetivo teórico é
a promoção da justiça.
A palavra “fonte” possui vários significados. Pode ser entendida como uma nascente de
água, como um texto original de uma obra, um princípio, a origem de algo ou causa de onde
provém efeitos físicos ou morais.
MACHADO2 assim conceitua a fonte do direito:
2 MACHADO, Hugo de Brito. Uma Introdução ao Estudo do Direito. São Paulo: Dialética. 2000.
1) A Lei. 3) A jurisprudência.
2) O costume jurídico. 4) A doutrina jurídica.
1) A Lei
A Lei é a mais importante fonte formal do Direito. Entende-se por lei a norma jurídica escrita
emanada do poder competente. A Lei está presente na legislação, que é o conjunto das leis
vigentes em um país.
A lei é o preceito jurídico escrito, emanado do legislador e dotado de caráter geral e
obrigatório. É, portanto, toda norma geral de conduta, que disciplina as relações de fato incidentes
no Direito, cuja observância é imposta pelo poder estatal. Segundo Del VECCHIO 3, lei “é o
pensamento jurídico deliberado e consciente, formulado por órgãos especiais, que representam a
vontade predominante numa sociedade”.
Assim, a lei constitui a vontade do povo, sendo elaborada por legisladores eleitos pelo
mesmo, como ocorre no Brasil.
Mas, quanto à aplicação da lei, devem seguir uma hierarquia, sendo a Constituição Federal
a lei maior, as leis complementares e ordinárias abaixo da Constituição Federal e os decretos,
portarias e demais atos administrativos por último. Sendo assim, as leis de menor grau devem
obedecer às de maior grau.
2) O costume jurídico
O costume jurídico é a norma jurídica que não faz parte da legislação. É criado
espontaneamente pela sociedade, sendo o resultado de uma prática geral obrigatória, constante e
prolongada.
O costume jurídico no direito é considerado uma norma aceita como obrigatória pela
consciência do povo, sem que o Poder Público a tenha estabelecido.
3 DEL VECCHIO, George. Lições de filosofia do direito. Coimbra: Arménio Amado. 1972.
Nesse sentido, os costumes de um dado povo é fonte do direito, pois, pode ser aplicado
pelo poder judiciário, uma vez que o próprio costume constitui uma imposição da sociedade.
Contudo, devemos salientar, ainda, que o costume em momento algum poderá ser aplicado
se for contrário a uma determinação legal.
3) A jurisprudência
4) A doutrina jurídica
4 RIZZATTO, Nunes. Manual de Introdução ao Estudo do Direito. São Paulo: Saraiva, 2002.
5 MACHADO, Hugo de Brito. Introdução ao Estudo do Direito. São Paulo: Dialética. 2000.
6 POMPÉRIO, A. Machado. Introdução ao Estudo do Direito. Rio de Janeiro: Editora Forense. 2002.
EXERCÍCIOS
2. Complete as frases:
a) O homem é um ser eminentemente _________________________________________________.
b) Vivendo em sociedade, a ação de um homem passou a _________________ na vida de outros
homens, provocando, consequentemente, a __________________ dos seus semelhantes.
c) O homem é um ser social por natureza e necessita de __________________________
TÓPICO
2
O SUJEITO DE DIREITO: PESSOA FÍSICA E
JURÍDICA
Antes de adentrar o estudo do termo pessoa física, é preciso ressaltar que tal conceito
juntamente com a noção de pessoa jurídica são categorias do gênero "sujeito de direito". Esse
termo é dotado de duas cargas de significação aparentemente contrapostas.
De um lado, o sujeito de direito pode ser entendido como o indivíduo apto a ser submetido
ao poder de outrem, ou a uma ordem. De outro, pode ser compreendido como o indivíduo capaz
de raciocinar, agir livremente e dominar os objetos do mundo.
Pessoa física ou natural "é o ser humano considerado como sujeito de direitos e
obrigações". Todo ser humano é dotado de personalidade jurídica e, portanto, é um sujeito de
direito.
Conforme Sílvio de Salvo Venosa7, "a personalidade jurídica é projeção da personalidade
íntima, psíquica de cada um; é projeção social da personalidade psíquica, com consequências
jurídicas". Porém, e em acréscimo, o Direito também confere personalidade a outros entes,
formados por conjuntos de pessoas ou patrimônio. A estas, dá-se o nome de pessoas jurídicas.
Ressalte-se, ademais, que as pessoas físicas também são chamadas de pessoas naturais.
Como visto acima, porém, embora todo ser humano seja dotado da qualidade de sujeito de
direito a partir do nascimento e até a morte, nem todos podem exercer pessoalmente seus direitos.
Como leciona Dimitri Dimoulis8, "o ordenamento jurídico leva em consideração características da
pessoa: idade, situação mental, condição física e nacionalidade, sendo que, em séculos passados,
eram também analisados os critérios do sexo, da cor da pele e da situação econômica".
7 VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil: Parte Geral. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2005, p. 149.
8 DIMOULIS, Dimitri. Manual de Introdução ao Estudo do Direito. 4. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: RT, 2011, p. 221.
9 DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro. V.1, 18 ed, Saraiva: São Paulo, 2002. (p.206).
TÓPICO
3
LEGISLAÇÃO DO TRABALHO
ATUAÇÃO:
• combate ao trabalho infantil, escravo e qualquer outra forma degradante de trabalho;
• inspeciona o ambiente de trabalho para garantir a segurança e saúde do trabalhador na execução
das suas tarefas na empresa;
• verifica atributos trabalhistas referentes à relação de emprego, tais como registro e assinatura da
carteira de trabalho, salários, jornada, descanso, fgts, entre outros;
• orienta trabalhadores e empregadores quanto à legislação trabalhistas;
• fiscaliza e orienta quanto ao cumprimento da cota de aprendizes;
• fiscaliza o trabalho portuário;
• protocola documentos da comissão interna de prevenção de acidentes (cipa);
• orienta sobre o programa de alimentação do trabalhador (pat);
• emite certidão de débitos salarial;
• recebe as inspeções anuais de caldeiras;
• registra e fiscaliza o serviço especializado em saúde e segurança do trabalho;
• combate todas as formas de discriminação e de assédio moral e sexual no trabalho;
• fiscaliza e orienta quanto ao cumprimento da cota de pessoas com deficiência nas empresas;
• fiscaliza o cumprimento da legislação referente às creches, para os filhos das trabalhadoras;
• orienta trabalhadores portadores do hiv/aids;
• organiza e conduz reuniões de mediação entre trabalhadores e empregadores;
• combate à informalidade;
• segurança e saúde no trabalho.
A partir da nova constituição federal, passou a atuar também como órgão agente, ou de
campo, na defesa dos direitos difusos, coletivos e individuais indisponíveis dos trabalhadores.
Desde 1999, elegeu sete áreas prioritárias de atuação:
• Erradicação Do Trabalho Infantil E Regularização Do Trabalho Do Adolescente;
3.2.3. LEI
A lei é hierarquicamente superior a qualquer outra fonte do direito do trabalho e sempre deverá
prevalecer.
A primeira lei é a constituição federal, onde estão descritos os direitos dos trabalhadores e a
organização dos sindicatos. Por isso, as leis do trabalho são imperativas e obrigam o seu
cumprimento.
A consolidação das leis do trabalho considera nulo qualquer ato praticado pelo empregador com o
objetivo de desvirtuar a aplicação da lei.
EXERCÍCIOS
TÓPICO
4
PRINCÍPIO, CONCEITOS E PRÁTICAS DO
DIREITO DO TRABALHO NO BRASIL
Os princípios do Direito do Trabalho, na verdade, são regras que têm o objetivo de proteger os
direitos do empregado. Elas dividem-se:
4.2. Princípio da norma mais favorável ao trabalhador: “Entre duas normas de trabalho, deve-se
sempre aplicar aquela que for mais favorável aos empregados”.
4.3. Princípio do direito adquirido: “Toda vantagem concedida ao empregado, mesmo que por
mera liberalidade do empregador, adere ao contrato de trabalho como uma condição pactuada
entre ambos e não poderá mais ser suprimida pelo empregador, a menos que essa suspensão não
cause prejuízo ao empregado”.
Esse princípio está descrito no Art. 5º da Constituição Federal que foi inserido no Art. 468 da CLT e
comentado na Súmula 51 do TST.
Quando se tratar de um direito criado por Convenção ou Acordo Coletivo, ele só cessará quando for
suprimido numa outra Convenção ou Acordo Coletivo, conforme Súmula 277 do TST.
4.4. Princípio da primazia da realidade: “Sempre será observado o modo como o trabalho é
executado e não precisamente como foi contratado”.
4.5.1. Garantias trabalhistas: Tratam-se dos direitos impostos pela lei e decorrentes da relação de
emprego. São elas:
Salário, férias, 13º salário, verbas rescisórias etc.
4.5.2. Direito patrimonial: Trata-se dos benefícios que o trabalhador passa a ter direito depois de
recebê-los com habitualidade, por mais de duas vezes consecutivas. São eles: passagens aéreas,
premiações por vendas, gratificações, etc.
Empregado art. 3º CLT: "toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a
empregador, sob a dependência deste e mediante salário".
EXERCÍCIOS
TÓPICO
5
DIREITOS E DEVERES DO FUNCIONÁRIO E
DA EMPRESA
A Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) garante uma relação equilibrada entre o
empregador e o empregado. Com o passar do tempo, ela passou por algumas mudanças a fim de se
adaptar às novas realidades do mercado de trabalho. Assim, ambas as partes trazem obrigações e a
partir do momento em que a empresa faz uma contratação, ela deve seguir os direitos e deveres do
empregador CLT.
O não cumprimento dessas obrigações pode acarretar em processos trabalhistas e problemas com
o Ministério do Trabalho. Eventuais multas também podem afetar negativamente o orçamento da
empresa, por isso, conhecer o que consta na CLT é muito importante para um profissional dos
Recursos Humanos.10
10
Disponível em: https://blog.convenia.com.br/direitos-e-deveres-do-empregador-clt-a-sua-empresa-esta-em-dia/
acessado em 27/12/2019.
5.2.5. Adicionais
O empregado que trabalha entre 22 horas e 5 horas possui direito ao adicional noturno, cujo valor
é de, no mínimo, 20% sobre o valor da hora diurna.
Há ainda o adicional de insalubridade (10, 20 ou 40%) ou periculosidade (30%), devidos por causa
de condições adversas no trabalho. Esses dois adicionais não podem ser cumulados, mas um deles
pode se cumular com o adicional noturno.
Então, um trabalhador que trabalhe com energia elétrica à noite terá direito ao adicional noturno
de 20% de seu salário e ao adicional de periculosidade de 30%.
5.2.6. Hora-extra
A jornada de trabalho do empregado é fixada no contrato. Qualquer hora que ultrapasse sua
jornada é considerada como excedente, ou hora-extra. A hora-extra é um direito do trabalhador e
deve ser paga com um adicional de, no mínimo, 50%.
5.2.7. Férias
Todo trabalhador possui direito às férias de 30 dias após o período de 12 meses de vigência do
contrato de trabalho. O número de dias pode ser reduzido se existirem faltas injustificadas ao
trabalho. A remuneração das férias possui acréscimo de ⅓ sobre a remuneração normal do
empregado.
5.2.8. Aviso-prévio
O empregador que dispensar seu empregado sem justa causa ou a empresa que descumprir a lei ou
as normas do contrato (rescisão indireta) deve dar ao empregado o aviso prévio. O aviso poderá ser
trabalhado (empregado pode sair duas horas mais cedo ou deixar de trabalhar por 7 dias) ou
indenizado (patrão dispensa o empregado de trabalhar durante o aviso e paga o equivalente aos
dias que esse não trabalhou).
O aviso pode variar entre 30 e 90 dias, dependendo do tempo que o funcionário tem de emprego.
11
Disponível em: http://salemadvogados.com/direitos-e-deveres-do-trabalhador/ acessado em 27/12/2019.
12
Disponível em: https://blog.convenia.com.br/direitos-e-deveres-do-empregador-clt-a-sua-empresa-esta-em-dia/
acessado em 27/12/2019.
EXERCÍCIOS
TÓPICO
6
REFORMA TRABALHISTA E SUAS
ALTERAÇÕES
Situação antes da nova lei: A CLT estabelece que “As relações contratuais de trabalho podem ser
objeto de livre estipulação das partes interessadas em tudo quanto não contravenha às disposições
de proteção ao trabalho, aos contratos coletivos que lhes sejam aplicáveis e às decisões das
autoridades competentes” (art. 444).
O que diz a nova lei: Mantém a regra geral para livre estipulação das relações contratuais e
acrescenta que para o empregado portador de diploma de nível superior e que perceba salário
mensal igual ou superior a 2 vezes o limite máximo do Regime Geral da Previdência Social (RGPS) é
livre a estipulação das relações contratuais de trabalho com a mesma eficácia legal e
preponderância sobre os instrumentos coletivos, relativamente, às matérias cuja negociação
coletiva é permitida (art. 444, parágrafo único, CLT), tais como:
I - Pacto quanto à jornada de trabalho, observados os limites constitucionais;
II - Banco de horas anual;
III - intervalo intrajornada, respeitado o limite mínimo de trinta minutos para jornadas superiores a
seis horas;
IV - Adesão ao Programa Seguro-Emprego (PSE);
V - Plano de cargos, salários e funções compatíveis com a condição pessoal do empregado, bem
como identificação dos cargos que se enquadram como funções de confiança;
VI - Regulamento empresarial;
VII – representante dos trabalhadores no local de trabalho;
VIII - teletrabalho, regime de sobreaviso, e trabalho intermitente;
IX - Remuneração por produtividade, incluídas as gorjetas percebidas pelo empregado, e
remuneração por desempenho individual;
X - Modalidade de registro de jornada de trabalho;
XI - troca do dia de feriado;
XII - enquadramento do grau de insalubridade;
XIII - prorrogação de jornada em ambientes insalubres, sem licença prévia das autoridades
competentes do Ministério do Trabalho (MTb);
XIV - prêmios de incentivo em bens ou serviços, eventualmente concedidos em programas de
incentivo;
XV – Participação nos lucros ou resultados da empresa (art. 611-A da CLT).
a) O Contrato por prazo determinado só poderá ser firmado quando a empresa for transitória ou o
serviço para ser executado for de natureza transitória. (art. 443 e seguintes da CLT)
Esse tipo de contrato só terá validade se for estabelecido para serviços de natureza transitória, ou
seja, aqueles que não são próprios da empresa (exemplo: um engenheiro contratado para construir
um forno em uma siderúrgica); ou para empresas que possuem atividades transitórias, ou seja,
contratação eventual para um serviço a ser feito num determinado período (exemplo: execução de
uma feira de exposição).
O prazo do contrato é de até dois anos ou também poderá ser determinado pelo tempo de
duração do serviço.
Caso o contrato seja de longa duração, é recomendável a inclusão de cláusula,
transformando-o em contrato por “prazo indeterminado”, no caso de rescisão antecipada, pois do
contrário a empresa terá de pagar a multa prevista no art. 479 da CLT (indenização de 50% do
período que falta para vencer o contrato), como prevê o art. 481 da CLT.
b) O contrato de experiência é firmado quando o empregador tem como objeto avaliar a aptidão
do empregado para o serviço.
Esse tipo de contrato é firmado com o objetivo de avaliar a aptidão do empregado para
determinada função. O prazo máximo de experiência é de 90 dias, podendo ser prorrogado uma
única vez dentro desse prazo, sob pena de se tornar contrato por prazo indeterminado. Lembrando
sempre que: 90 dias são diferentes de 3 meses.
É importante salientar que a legislação não se manifesta quanto a exigência da prorrogação
ter o mesmo número de dias do primeiro período, consoante o disposto no § único do art. 445 da
CLT, concomitantemente ao disposto na Súmula 188 do TST.
Assim, o empregador pode realizar um contrato de experiência de 30 + 60 dias, de 50 + 40 dias ou
ainda de 70 + 20 dias, ou seja, cumpre-se um primeiro período e havendo interesse, prorroga-se o
contrato até completar os 90 dias.
No entanto, conforme depreende do entendimento consubstanciado no art. 451 da CLT, a
prorrogação só poderá ocorrer uma única vez.
c) O Contrato por prazo indeterminado é firmado quando o empregado for contratado para
trabalhar em atividades normais da empresa, sem tempo de duração.
Esse tipo de contrato deve ser feito quando o empregador precisa contratar um empregado por um
tempo indeterminado, para uma função permanente da empresa.
Contrato de estágio:
“Estágio é ato educativo, visa à preparação para o trabalho de educandos que estejam
frequentando o ensino regular. Faz parte do projeto pedagógico do curso, visando o aprendizado
de competências próprias da atividade profissional e à contextualização curricular, objetivando o
desenvolvimento do educando para a vida cidadã e para o trabalho.”
Recesso (férias):
30 dias de recesso para os estagiários, sempre que o estágio tenha duração igual ou superior
a um ano.
Requisitos de validade:
O aprendiz deverá ter, no mínimo, 14 anos completo e, no máximo, 24 anos incompleto,
salvo se o aprendiz for portador de deficiência, quando não haverá limite de idade.
Anotação da CTPS;
Matrícula e frequência do aprendiz na escola, caso não tenha concluído ensino médio e
inscrição em programa de aprendizagem.
Carga horária:
6 horas, proibida a prorrogação e a compensação – art. 432
8 horas se já tiver concluído o ensino fundamental e se computadas as horas de
aprendizagem teórica.
Extinção do contrato:
Desempenho insuficiente ou inadaptação;
Contrato de autônomo:
Autônomo é quem trabalha com autonomia, sem fiscalização e com total liberdade, no que se
refere à forma de execução dos trabalhos, na escolha do horário, e sem obrigação de assiduidade.
O trabalho autônomo é aquele feito por pessoa física que exerce por conta própria atividade
econômica de natureza urbana, com ou sem fins lucrativos (art. 11 da Lei 8.212/91).
A maior diferença existente na relação de trabalho estabelecida entre uma empresa e um
empregado com vínculo empregatício e uma empresa e um autônomo, é a inexistência da
subordinação.
Art. 442-B. A contratação do autônomo, cumpridas por este todas as formalidades legais, com ou
sem exclusividade, de forma contínua ou não, afasta a qualidade de empregado prevista no art. 3º
desta Consolidação.
DURAÇÃO DO TRABALHO
Segundo a Constituição Federal, o limite na jornada de trabalho é de 8 horas diárias e 44 horas
semanais.
Esse limite só poderá ser superado nos casos descritos na CLT que mostraremos adiante.
Podemos classificar a jornada de trabalho da seguinte forma:
· Jornada normal ou extraordinária
· Jornada diurna, noturna, de revezamento e mista
· Jornada especial para profissões regulamentadas em leis específicas
· Jornada de remuneração variável
Registro do horário. (Cartão ponto é recomendável que seja assinado pelo empregado e que não
ocorra “jornada britânica/horário padrão”, com a coincidência de horário em todos os dias).
· Gerente: receber gratificação de cargo no mínimo 40% do valor do salário, ou ter o salário
superior a 40% do valor do salário dos seus subordinados. Não basta, simplesmente, o empregado
ocupar cargos com as nomenclaturas indicadas na lei para que seja automaticamente enquadrado
na excepcionalidade do inciso II, do artigo 62, da CLT. É necessário que no exercício dessas funções
tenha subordinados sob seu controle e fiscalização, delegação do comando superior da empresa
para dirigir os respectivos setores da empresa e liberdade de entrar e sair do trabalho quando bem
entender; possa admitir, advertir e demitir empregados; seja isento da marcação do ponto; receba
gratificação (destacada ou não do salário) não inferior a 40% do salário do cargo efetivo ou 40%
superior ao do empregado subordinado melhor remunerado.
Mantém a possibilidade de reversão do empregado do seu cargo de confiança para seu cargo
efetivo, e consigna que esta reversão, com ou sem justo motivo, não assegura ao empregado o
direito à manutenção do pagamento da gratificação correspondente, que não será incorporada,
independentemente do tempo de exercício da respectiva função (art. 468, §2º, CLT).
Supressão:
Ao suprimir (cortar) horas extras de empregado, que tenha prestado horas extras ao menos um
ano, a empresa deverá indenizar o empregado, na forma da Súmula nº 291 do TST: (média das
horas extras dos últimos 12 meses X número de anos, ou fração igual ou superior a seis meses, em
que houve horas extras). O pagamento é feito em única vez, na forma de indenização.
A hora extra noturna deve ser paga mediante a somatória do adicional de hora-extra com o
adicional da hora noturna.
Se o trabalho for insalubre ou perigoso, a hora extra terá incidência desta variável na base de
cálculo.
Adicional de hora extra: Esse adicional visa remunerar as horas trabalhadas além da jornada
normal diária do empregado. Sua remuneração deve ser de no mínimo 50% do valor da hora
normal.
Adicional noturno: Esse adicional remunera o trabalho noturno feito pelo empregado urbano, no
período entre 22h e 5 horas para o empregado urbano, sendo a remuneração acrescida no mínimo
de 20% do valor da hora normal.
Adicional de periculosidade: O adicional de periculosidade deve ser pago para empregados que
trabalham em atividades perigosas, como, por exemplo, com inflamáveis, explosivos, eletricidade,
radiações etc. O percentual a ser pago deve ser de 30% do salário base do empregado, não
acrescido de qualquer outra remuneração.
Outros tipos de remuneração
Comissões: Trata-se de uma remuneração que tem o caráter de participação do empregado nos
negócios da empresa, ou seja, ela é obtida pela venda de um produto ou serviço e remunerada de
acordo com um percentual estabelecido no contrato de trabalho, sendo integrante do salário e
devendo ser considerada para o cálculo de férias, 13º salário e verbas rescisórias. Para esses
cálculos, deverá ser feita a média dos valores recebidos nos últimos 12 meses, com a devida
correção monetária.
Quebra de caixa: Trata-se de uma remuneração destinada a “cobrir” eventuais diferenças obtidas
no caixa ao final do dia que, quando paga a bancários, possui natureza salarial e integra o salário
para todos os efeitos legais.
Porém, quando paga a outros profissionais que não sejam bancários, como caixa de lojas e de
supermercados, descaracteriza-se a natureza salarial.
Salário substituição: Refere-se à remuneração que um empregado tem direito quando faz a
substituição de outro empregado que recebe um salário maior que o seu, por exemplo, em caso de
férias. Por se tratar de uma situação eventual, é obrigatório o pagamento de diferenças salariais ao
empregado substituto, que venham ocorrer durante esse período.
Educação: Todos os valores pagos aos empregados a título de reembolso de despesas com
mensalidade, matrícula ou compra de materiais didáticos escolares, não têm natureza salarial. A
empresa deverá exigir comprovantes de pagamento ao empregado, para exibir a fiscalização
quando solicitada.
O que diz a nova lei: Mantém a possibilidade de reversão do empregado do seu cargo de confiança
para seu cargo efetivo, e consigna que esta reversão, com ou sem justo motivo, não assegura ao
empregado o direito à manutenção do pagamento da gratificação correspondente, que não será
incorporada, independentemente do tempo de exercício da respectiva função (art. 468, §2º, CLT).
CONTRIBUIÇÃO SINDICAL
Situação antes da nova lei: A CLT previa que a contribuição sindical era obrigatória para
empregados – toda categoria profissional – e empregadores – toda categoria econômica.
O que diz a nova lei: Dispõe que as contribuições devidas aos sindicatos pelos participantes das
categorias econômicas ou profissionais ou das profissões liberais representadas pelas referidas
entidades serão, sob a denominação de contribuição sindical, pagas e recolhidas, desde que prévia
e expressamente autorizadas.
Os empregadores são obrigados a descontar da folha de pagamento de seus empregados, relativa
ao mês de março de cada ano, a contribuição sindical dos empregados que autorizaram prévia e
expressamente o seu recolhimento aos respectivos sindicatos. Os empregadores que optarem pelo
recolhimento da contribuição sindical deverão fazê-lo no mês de janeiro de cada ano, ou, para os
que venham a se estabelecer após o referido mês, na ocasião em que requererem às repartições o
registro ou a licença para o exercício da respectiva atividade.
Os empregados que não estiverem trabalhando no mês destinado ao desconto da contribuição
sindical e que venham a autorizar prévia e expressamente o recolhimento serão descontados no
primeiro mês subsequente ao do reinício do trabalho. A contribuição sindical será recolhida, de
uma só vez, anualmente, mantidas as mesmas importâncias atuais: a remuneração de um dia de
trabalho, para os empregados, qualquer que seja a forma da referida remuneração, e, para os
empregadores, o proporcional ao capital social da firma ou empresa (arts. 545, 578, 579, 582, 583,
587, 602 da CLT).
DESCANSOS
Marcação do ponto
A marcação do ponto é obrigatória para todas as empresas que possuem mais de 10 empregados
(art. 74 parágrafo 2º da CLT).
Contudo, sugerimos que empresas que possuam menos de 10 empregados façam a marcação
através do livro de ponto a fim de ter um controle dos horários de entrada e saída de cada
empregado. Já as microempresas, mesmo que possuam mais de 10 empregados, estão dispensadas
da marcação do ponto (Lei 9.841/99 – art.11).
A marcação do ponto nos intervalos para refeição e descanso não é obrigatória, sendo opção de
cada empresa controlar ou não esses horários (Enunciado 118 do TST).
O ponto poderá ser marcado de três diferentes formas:
INTERVALOS NA JORNADA
Trabalho contínuo de mais de 6 horas
Esse tipo de intervalo é o mais usual, sendo utilizado pela maioria dos empregados que trabalham
nas mais diversas atividades.
Mínimo de uma hora e máximo de duas horas:
· Pode ser superior a duas horas mediante acordo em CCT;
· Após a Reforma Trabalhista, através do artigo 611, inciso III, o intervalo deve ser de no mínimo 30
minutos, desde que através de negociação em Acordo Coletivo ou Convenção Coletiva do Trabalho.
Normalmente, esse intervalo é concedido para almoço ou jantar e não é considerado como tempo
de trabalho e, portanto, não deve ser remunerado.
Intervalo semanal
Trata-se do intervalo de repouso semanal e deve ser remunerado. A duração é de 24 horas que,
acrescido das 11 horas de intervalo entre as duas jornadas, corresponde a 35 horas seguidas de
descanso. O desrespeito de 35 horas corresponde ao pagamento das horas faltantes como extras
(súmula 110 do TST).
6.3. FÉRIAS
Trata-se de um período anual de descanso compulsório e obrigatório, concedido por lei ao
trabalhador que cumpriu certo tempo de trabalho e tem o direito de interrompê-lo sem prejuízo de
sua remuneração.
Trata-se de um direito do trabalhador e uma obrigação do empregador, uma vez que a lei proíbe o
trabalho durante o período que as férias transcorrem. É um descanso compulsório para o qual o
trabalhador recebe antecipadamente a sua remuneração, com o objetivo de propiciar condições
econômicas e psicológicas para o seu descanso.
As férias são regidas por dois princípios da legislação:
Faltas Justificadas
Para efeito de férias são as faltas pagas através de comprovações legais, ou a critério do
empregador como liberalidade.
PARCELAMENTO DE FÉRIAS
Situação antes da nova lei: A CLT previa que somente em casos excepcionais poderiam as férias ser
concedidas em 2 períodos, um dos quais não poderia ser inferior a 10 dias corridos, sendo que, aos
menores de 18 anos e aos maiores de 50 anos, as férias deveriam sempre ser concedidas de uma só
vez (art. 134).
O que diz a nova lei: Possibilita, desde que haja concordância do empregado, que as férias possam
ser usufruídas em até 3 períodos, sendo que um deles não poderá ser inferior a 14 dias, e os demais
não poderão ser inferiores a 5 dias corridos cada um, inclusive para menores de 18 anos e maiores
de 50 anos. Além disso, veda o início das férias no período de 2 dias que antecede feriado ou dia de
repouso semanal remunerado (art. 134 da CLT).
Aviso de férias: O empregador deverá comunicar ao empregado o período de suas férias, com uma
antecedência mínima de 30 dias antes do início delas. Essa comunicação deve ser por escrito e deve
constar a data de início e término das férias, o período aquisitivo e o número de dias de férias,
devendo ser arquivada, posteriormente, no prontuário do empregado.
Concessão das férias fora do prazo: A concessão e o gozo das férias não poderá ultrapassar o
período concessivo e, caso isso venha a ocorrer, a empresa deverá pagar em dobro os dias que
excederam a data limite da concessão com o título de multa (art. 137 da CLT).
Compensação de folgas nas férias: O empregador não poderá compensar nas férias as folgas
concedidas aos empregados durante o período aquisitivo.
Férias em dinheiro: O empregador não poderá pagar em dinheiro as férias do funcionário para que
ele continue trabalhando. Esse procedimento poderá acarretar ônus trabalhista na Justiça do
Trabalho, podendo a empresa ser condenada a pagar novamente as férias não gozadas.
Férias durante a licença maternidade: Se a empregada estiver de férias e o seu bebê nascer,
deverá ser concedida a licença maternidade à ela e interrompido o gozo das suas férias. Após o seu
retorno ao trabalho, os dias restantes deverão ser usufruídos.
Licença paternidade durante as férias: Se o filho do empregado vier a nascer enquanto ele estiver
de férias, ele não terá direito a licença paternidade, uma vez que se tratam de 5 dias justificados e
remunerados como os das férias remuneradas que ele já está usufruindo.
Salário: O salário considerado para o pagamento das férias deve ser o mesmo recebido pelo
empregado na data de concessão:
Se ele receber por hora, deverá ser apurada a média duodecimal do número de horas do período
aquisitivo e aplicar o valor do salário hora da data de concessão das férias (art. 142, parágrafo 1º da
CLT).
Se ele receber um salário fixo por mês, deverá ser acrescido a esse valor, todas as verbas de
natureza salarial, normalmente, recebidas, como gratificações ou prêmios habituais.
Se ele receber com base nas tarefas ou peças produzidas, deverá ser considerada a média realizada
nos últimos 12 meses do período aquisitivo e aplicar o valor da peça ou da tarefa correspondente à
data de concessão das férias (art. 142, parágrafo 2º da CLT).
Gratificação: Se o salário do empregado for fixo por mês e ele receber habitualmente gratificações
que complementem o seu salário, elas devem ser utilizadas no cálculo das férias. Porém, se a
gratificação não for habitual e sim semestral, por exemplo, ela não deverá incidir no cálculo das
férias (Súmula 253 do TST).
Adicionais: Todos os adicionais recebidos pelo empregado habitualmente deverão ser considerados
no cálculo das férias. Os adicionais de insalubridade, de periculosidade e de transferência devem
ser pagos integralmente e os adicionais de hora extra e noturno devem ser pagos pela média do
número de horas dos últimos 12 meses do período aquisitivo, pagos com o salário da data de
concessão (art. 142, parágrafo 6º da CLT).
Prêmio: O prêmio, assim como a gratificação, quando pago habitualmente ao empregado deverá
ser integrado no cálculo das férias.
Férias proporcionais
As férias proporcionais são devidas aos empregados de acordo com o tempo de serviço na empresa
e pelo motivo que ocasionou a rescisão contratual.
Elas devem ser calculadas de acordo com o número de meses trabalhados no ano, ou seja, na
proporção 1/12 avos por mês, devendo ser considerado mais 1/12 avos sempre que o empregado
tiver trabalhado mais que 15 dias no mês.
Para contar os meses de férias, deve ser considerado o mês corrido de 30 dias a partir da data de
admissão, isto é, cada 30 dias corresponde a 1/12 de férias.
É importante ressaltar que também nas férias proporcionais deve ser calculado o 1/3 constitucional
e descriminado no recibo da rescisão contratual em separado das férias.
Deverá ser incluído também o período de 30 dias do aviso prévio indenizado, ou seja, 1/12 avos a
mais no cálculo, se tratar de rescisão de contrato motivada pela empresa (Súmula 328 do TST).
Férias coletivas
As férias coletivas caracterizam-se pela concessão de um período de férias para todos os
empregados ou para determinados estabelecimentos ou setores da empresa.
Essa ação é bastante comum hoje em dia nas empresas, em especial no final de ano. Podemos citar
como exemplo, as montadoras de automóveis que utilizam esse tipo de férias com o intuito de
reduzir a produção quando existe queda nas vendas, ou empresas de serviços que optam por
fechar na semana entre Natal e Ano Novo pela baixa procura dos clientes etc.
Porém, para conceder esse benefício aos seus empregados, as empresas precisam atentar para
alguns requisitos impostos pela legislação. Vamos conhecê-los a seguir.
1. As férias coletivas só poderão ocorrer no máximo em dois períodos anuais, sendo que nenhum
deles pode ser inferior a 10 dias corridos.
2. Deverá ser feito uma comunicação ao Ministério do Trabalho, ao Sindicato e aos empregados,
com antecedência mínima de 15 dias.
3. Os empregados contratados há menos de um ano, gozarão de férias proporcionais iniciando-se
um novo período aquisitivo. Quando o direito às férias for inferior ao período das férias coletivas,
deve ocorrer a antecipação do retorno ao trabalho ou o pagamento pela empresa dos dias
2. Período fracionado: A fração de 15 dias trabalhados no mês deverá ser considerada como mês
integral, ou seja, uma pessoa admitida no dia 12 de janeiro terá direito a receber o 13º salário
desse mês, uma vez que terá trabalhado mais do que 15 dias.
3. Remunerações eventuais: As remunerações recebidas em alguns meses do ano e que não fazem
parte do salário de dezembro, deverão ser pagas proporcionalmente na base de 1/12 avos por mês
recebido durante o ano. Já as remunerações pagas em alguns meses do ano, mas que fazem parte
do salário de dezembro, deverão ser pagas integralmente no 13º salário.
4. Adicionais: Os adicionais de hora-extra e noturno, recebidos durante o ano, também devem ser
considerados para o pagamento do 13º salário pela média do número de adicionais recebidos
(Súmula 45 e 60 do TST). Já os adicionais de insalubridade e de periculosidade devem ser pagos
integralmente quando fizerem parte do salário de dezembro e proporcionalmente quando
suprimidos durante o ano.
7. Faltas injustificadas: As faltas injustificadas, caso sejam mais que 15 no mesmo mês, poderão
repercutir no valor do 13º salário através do desconto de 1/12 avos. As faltas não poderão ser
somadas durante o ano, apenas aquelas ocorridas no mesmo mês.
10. Serviço militar: No afastamento para serviço militar, terá direito aos meses que realmente
trabalhou na empresa.
1. Adicional de transferência
Adicional de transferência deve ser pago ao empregado a partir da sua transferência de local de
trabalho, que implique na mudança de seu domicílio (cidade).
Corresponde a 25% do salário-base do empregado e deverá ser pago enquanto perdurar a
transferência, sendo devido apenas nas transferências provisórias, uma vez que nas transferências
definitivas a empresa deve pagar ao empregado apenas as despesas resultantes da mudança.
Seria o caso, por exemplo, de um eletricista de manutenção que reside e trabalha em uma fábrica
localizada no Rio de Janeiro e que, por necessidade do serviço, seja transferido para trabalhar na
filial de Salvador.
Existem alguns critérios a serem considerados para a concessão desse adicional:
a. A regra geral do Art. 468 da CLT é a de que a empresa não poderá alterar as condições de
trabalho anteriormente acordadas com o empregado, sem que ele concorde com elas. Mesmo
assim, essa alteração não pode causar qualquer prejuízo ao empregado e nos seus ganhos
habituais. Por isso, em princípio a lei veda a transferência.
b. Apenas deverá ser considerada como transferência a mudança que obrigar o empregado a
mudar de domicílio (residência). Dessa forma, mudanças dentro do mesmo município não devem
ser consideradas como transferência e, portanto, são permitidas por lei.
c. Existem quatro modalidades de transferência que são permitidas pelo Art. 469 da CLT:
e) Transferência em virtude de condição implícita: ela é própria das tarefas que o empregado
ocupa na empresa, por exemplo: inspetor de banco, na construção civil de obras, geólogo de uma
mineradora etc., e portanto, no ato da contratação ele já deve ser comunicado sobre as possíveis
mudanças.
f) Transferência em virtude de condição explícita por real necessidade do serviço: nesse caso,
deve existir uma cláusula no contrato de trabalho do empregado dizendo que ele concorda ser
transferido para qualquer filial ou agência da empresa no Brasil ou no exterior. Faz-se necessária a
existência da real necessidade do serviço e isso ocorre quando a empresa não tem como recrutar
um empregado com idêntica capacidade de trabalho na outra localidade, dada a sua formação
específica ou conhecimento do serviço.
2. Consequências: A empresa poderá ser condenada a pagar a diferença de salário, para que o
empregado receba o salário do cargo que efetivamente exerce.
ACÚMULO DE FUNÇÕES
Licença adotante (art. 392 A): É necessária apresentação do termo judicial de guarda.
Licença de 120 dias, para quem adotar criança de 1 a 8 anos de idade.
Natimorto
O parto sem vida, após o sexto mês de gestação é considerado como “natimorto”, e neste caso a
gestante tem direito a licença de 120 dias.
6.8. ESTABILIDADE
Formas de aquisição:
· Reforma Trabalhista - Art. 510-E da CLT - Comissão de representação dos empregados (não
sindical) – Nas empresas com mais de 200 empregados é assegurada a eleição de uma comissão
para representá-los, com a finalidade de promover-lhes o entendimento direto com os
empregadores. A comissão será composta:
I – nas empresas com mais de duzentos e até três mil empregados, por três membros;
II - nas empresas com mais de três mil e até cinco mil empregados, por cinco membros;
III - nas empresas com mais de cinco mil empregados, por sete membros. No caso de a empresa
possuir empregados em vários Estados da Federação e no Distrito Federal, será assegurada a
eleição de uma comissão de representantes dos empregados por Estado ou no Distrito Federal. O
mandato dos membros será de 1 ano e estes não poderão sofrer despedida arbitrária (entendida
como aquela não fundada em motivo disciplinar, técnico, econômico, financeiro), desde o registro
de sua candidatura até 1 ano após o fim de seu mandato, e o seu exercício não implica suspensão
ou interrupção do contrato de trabalho, devendo o empregado permanecer em suas funções. O
membro que houver exercido a função de representante dos empregados na comissão não poderá
ser candidato nos 2 períodos subsequentes.
· Participar da direção de Sindicato (estável desde a comunicação da chapa à empresa, até um ano
após o término do mandato);
· Gestante (estável desde a concepção, até 150 dias após o parto);
· Integrante “eleito” da CIPA (estável desde a candidatura, até um ano após o término do mandato);
· Acidentado do Trabalho, com afastamento superior a 15 dias e recebimento de benefício
previdenciário.
(Estável desde a data do acidente, até um ano após a alta do INSS);
Requisitos de validade:
Punição proporcional ao ato praticado; gradação da pena
Aplicação imediata da punição.
Aviso prévio
EQUIPARAÇÃO DE DISPENSA IMOTIVADA INDIVIDUAL, PLÚRIMA E COLETIVA
Situação antes da nova lei: O artigo 7º, inciso I, da CF prevê que a relação de emprego é protegida
contra despedida arbitrária ou sem justa causa nos termos de lei complementar. Até que seja
promulgada a lei complementar, o art. 10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias fixou
tal indenização em 40% sobre os depósitos de FGTS realizados durante o contrato de trabalho. Esse
dispositivo não trouxe nenhuma distinção entre dispensa individual, plúrima ou coletiva. Todavia, a
jurisprudência do TST consolidou entendimento de que a dispensa coletiva deve ser precedida,
obrigatoriamente, de negociação com o sindicato de trabalhadores).
O que diz a nova lei: Estabelece que as dispensas imotivadas individuais, plúrimas ou coletivas
equiparam-se para todos os fins, não havendo necessidade de autorização prévia de entidade
sindical ou de celebração de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho para sua efetivação
(art. 477-A, CLT).
Na verdade, a data de demissão do empregado que deve ser colocada em sua Carteira Profissional,
bem como nos demais documentos rescisórios, deve ser a do término do aviso prévio quando o
prazo do aviso for trabalhado (SDI 82 do TST).
Quando o prazo do aviso prévio for indenizado, a data da baixa na carteira profissional deve
coincidir com a do último dia trabalhado na empresa.
O aviso prévio possui algumas particularidades que devem ser observadas pelo empregador na
rescisão de contrato com um empregado:
O aviso prévio poderá ser indenizado ou trabalhado de acordo com a decisão da empresa. Quando
trabalhado, o empregado deverá receber o saldo de salário ao final de 30 dias.
ARBITRAGEM
Situação antes da nova lei: Não havia previsão legal na legislação trabalhista quanto ao tema.
O que diz a nova lei: Dispõe que nos contratos individuais de trabalho cuja remuneração seja
superior a 2 vezes o limite máximo estabelecido para os benefícios do RGPS cláusula
compromissória de arbitragem poderá ser pactuada, desde que por iniciativa do empregado ou
mediante a sua concordância expressa (art. 507-A, CLT).
Estabilidade do empregado
A estabilidade no emprego é um direito concedido a empregados que se enquadram em alguma
situação específica que lhe garantirá o vínculo de trabalho por um determinado período.
Esta estabilidade do empregado deverá ser sempre provisória ou relativa conforme for
estabelecido por lei ou por Convenção Coletiva para determinada situação, porém, caso o
empregador queira, ele pode, mediante acordo e assistido pelo sindicato, indenizar o empregado,
ou seja, pagar por esse período de estabilidade e rescindir o contrato de trabalho.
Comunicar o empregado
Tomada a decisão de demitir um funcionário, o empregador, representado na maioria das vezes
por um profissional da área de Recursos Humanos ou Administração de Pessoal, deve comunicar
esse fato a ele por escrito. Veja a seguir o que deve conter na carta de acordo com o motivo da
rescisão:
1. Dispensa sem justa causa: Nesse tipo de demissão cabe ao empregador mencionar na carta se o
aviso prévio será trabalhado ou indenizado e informá-lo sobre a data e o local da sua homologação.
3. Dispensa por justa causa: Nesse tipo de demissão o empregador deverá mencionar na carta o
motivo da dispensa, demonstrando a conduta faltosa conforme descrito no art. 482 da CLT, e
comunicá-lo sobre a data e o local da sua homologação.
4. Término do contrato de experiência: Nesse caso, a parte que não quiser continuar com o
contrato deverá avisar a outra da extinção do contrato no seu término.
5. Rescisão indireta: Nesse tipo de rescisão, cabe ao empregado dar ciência ao empregador,
através de uma Ação Trabalhista proposta na Justiça do Trabalho (art. 483 da CLT).
Seguro-desemprego
O seguro-desemprego tem o objetivo de proporcionar assistência financeira ao empregado
demitido durante certo período, a fim de que ele possa se orientar, se recolocar e se qualificar
profissionalmente. Esse benefício será concedido por um período máximo variável de 3 a 5 meses,
de forma contínua ou alternada, de acordo com o tempo que trabalhou na empresa em que foi
demitido. Para receber esse seguro, o empregado não poderá estar recebendo outro tipo de
benefício previdenciário e nem ser admitido num outro emprego.
Readmissão
Considerando, entre outras condições, a necessidade de coibir a prática de dispensas fictícias, que
tem como único propósito facilitar o levantamento dos depósitos da conta vinculada do
trabalhador no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), o Ministro do Trabalho e Emprego
(MTE) baixou a Portaria nº 384/92, a qual considera fraudulenta a rescisão contratual seguida de
recontratação ou de permanência do trabalhador em serviço, ocorrida dentro dos 90 dias
subsequentes à data em que formalmente a rescisão tenha se operado. Constatada a prática da
rescisão fraudulenta, o Auditor-fiscal do trabalho levantará todos os casos de rescisão ocorridas nos
últimos 24 meses a fim de verificar a ocorrência de mais casos de fraude ao FGTS. Esse
levantamento envolverá também a possibilidade de fraude ao seguro-desemprego. Contudo,
ultrapassado o prazo de 90 dias, a empresa pode readmitir o empregado demitido, sem que desse
ato resulte alguma punição administrativa por parte do Ministério do Trabalho e Emprego.
13
SESCONRS - Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações
e Pesquisas do Estado do Rio Grande do Sul.
A empresa deve possuir um Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) NR-7,
para promover e preservar a saúde dos trabalhadores. Através do prontuário individual do
empregado, a empresa deve elaborar um laudo técnico para aqueles que trabalham expostos a
agentes nocivos ou perigosos.
6.9.4. UNIFORME
Situação antes da nova lei: Não havia previsão legal específica na legislação trabalhista quanto à
padronização dos uniformes e sua higienização. Todavia, a jurisprudência por vezes restringe o
estabelecimento de padrões de vestimenta pelas empresas e as responsabiliza pela sua
higienização, em especial as que exigem procedimentos especiais para tanto.
O que diz a nova lei: Dispõe expressamente que cabe ao empregador definir o padrão de
vestimenta no meio ambiente laboral, sendo lícita a inclusão no uniforme de logomarcas da própria
empresa ou de empresas parceiras e de outros itens de identificação relacionados à atividade
desempenhada. Além disso, prevê que a higienização do uniforme é de responsabilidade do
trabalhador, salvo nas hipóteses em que forem necessários procedimentos ou produtos diferentes
dos utilizados para a higienização das vestimentas de uso comum (art. 456-A, CLT).
Ementa:
Objetivo Geral:
Conhecer as principais características presentes na legislação trabalhista brasileira;
Compreender princípios relacionados ao direito do trabalho relacionado ao profissional de recursos
humanos;
Conhecer mudanças relacionadas à reforma trabalhista brasileira e suas implicações;
Compreender os principais conceitos envolvidos na prática e cotidiano do profissional de RH;
Aplicar os conhecimentos da legislação trabalhista brasileira às práticas de Recursos Humanos;
Utilizar os conceitos envolvidos ao direito do trabalho para o bom relacionamento de empresas e
colaboradores;
Proporcionar suporte às empresas, objetivando seu desenvolvimento por meio de aplicação dos direitos e
deveres regulamentadores.
TÓPICO
1
Assessoritec – Formando Profissionais de Sucesso Página 3
QUALIDADE DE VIDA NO AMBIENTE DO TRABALHO
Engana-se quem acha que fazer o que se gosta no contexto de trabalho diz respeito
apenas a ter acertado na hora de escolher a formação para a carreira. É claro que a
profissão exercida contribui muito para a satisfação e a felicidade da pessoa, mas isso
não basta. O cargo e as atribuições de responsabilidade do profissional também são
fundamentais para o bem-estar no trabalho.
Por isso, o setor em que o funcionário está e o cargo que ele ocupa na empresa em
que trabalha são aspectos relevantes a serem considerados para a promoção da
felicidade no trabalho. É muito comum, que o profissional se identifique com
determinado setor e um cargo conforme o seu perfil, preferências, habilidades e mesmo
experiências anteriores.
As empresas que mais crescem são aquelas que pensam em seus funcionários.
Isso acontece porque são os colaboradores de uma companhia que a fazem existir.
Logo, depende deles o sucesso da corporação. Assim, os profissionais que são
valorizados em seus ambientes de trabalho contribuem mais com eles, aumentando
sua produtividade e atuando favoravelmente para a lucratividade da empresa e para o
bem-estar no trabalho.
A valorização do funcionário se dá, sobretudo, pelo estímulo, ou seja, por meio
daquilo que anima e que leva à realização de algo. Essa estimulação pode ser feita de
diversas formas pela instituição, como por meio de programas de promoção por mérito,
premiação por desempenho ou mesmo pela implementação de iniciativas cotidianas
que busquem a motivação do colaborador.
O tipo de estímulo a ser oferecido ao quadro de colaboradores dependerá muito do
perfil dos empregados, bem como da política, filosofia e metas da empresa. O
importante é que os colaboradores sejam sempre motivados a darem o seu melhor na
prática profissional e a buscarem continuamente o crescimento intelectual e pessoal,
condições que auxiliam na promoção da felicidade no trabalho.
Não vem de hoje a recomendação médica para que a prática de atividades físicas
seja incorporada na rotina de qualquer pessoa, principalmente por conta dos inúmeros
benefícios que esse tipo de ação traz para a vida dos seres humanos, entre eles o
combate ao sedentarismo. Por essa razão, estimular a prática de atividades físicas
deve ser uma iniciativa contínua das empresas para promover o bem-estar dos seus
colaboradores.
Existem várias possibilidades de oferecer esse estímulo. A companhia pode
promover programas dentro de suas dependências a partir da contratação de
profissionais especializados, o que requer algum espaço.
Outras alternativas são organizar ou até patrocinar o desenvolvimento de
atividades, como passeios de bicicleta e caminhadas, e oferecer um benefício de
atividade física aos colaboradores. Essa possibilidade é muito viável para as empresas.
Ao adotá-la, a companhia não precisa se preocupar com a contratação de profissionais,
disponibilidade e adequação de espaço, ou com a organização de eventos.
Além disso, também não precisa firmar parceria com várias academias,
concentrando tudo em apenas um benefício que é igual para todos os funcionários.
Uma solução muito mais simples e democrática. Isso porque existem empresas
especializadas na mediação entre a companhia e academias em que os profissionais
podem fazer suas atividades físicas. Essas empresas especializadas fornecem planos
corporativos para que os profissionais da companhia contratante frequentem
academias. Também fornecem às empresas contratantes dados gerais, como número
de colaboradores que frequentaram as academias, contribuindo para a inteligência
estratégica delas.
Adote a flexibilidade
Posturas corporativas muito rígidas tendem a deixar o clima organizacional mais
pesado e a contribuir para a desmotivação do funcionário — isso acontece por duas
razões principais:
Primeiro, porque, em geral, o colaborador se sente constantemente pressionado
pelas práticas rigorosas impostas;
Segundo, em virtude de o empregado não ficar à vontade para realizar o seu
trabalho.
A adoção de perspectivas mais flexíveis para o cumprimento de horário, o
estabelecimento de prazos e a execução de tarefas tende a ser uma estratégia bastante
produtiva para a manutenção do bem-estar no ambiente de trabalho. Esse tipo de
postura aumenta a proximidade entre corporação e colaborador, o que melhora o clima
organizacional e contribui para que o funcionário vista a camisa da empresa.
Dê bons exemplos
Tanto no que se refere ao exercício técnico da função desempenhada como em
relação às habilidades interpessoais colocadas em prática no trabalho, dar bons
exemplos é uma atitude básica para a promoção do bem-estar no trabalho. Trata-se de
uma ação bastante eficiente, pois, de modo natural, ajuda na criação e na manutenção
de boas práticas dentro da organização, assim como auxilia no aumento da
produtividade.
Dar bons exemplos é também útil para demonstrar coerência no contexto de
trabalho, o que vale para qualquer tipo de cargo na hierarquia da companhia. Assim,
seja na gestão de pessoas ou no desenvolvimento rotineiro das habilidades técnicas
de cada função, quando o profissional age de modo adequado, mostra ao colega seu
compromisso com o que está fazendo. Isso tende a incentivar a equipe a atuar da
mesma forma.
Facebook
O Facebook, uma das maiores redes sociais do mundo, oferece licenças-
maternidade e paternidade com prazos maiores do que a legislação prevê, refeições
gourmet e créditos no sistema de anúncio da Página, os quais os colaboradores podem
doar para a causa de sua preferência.
Google
O Google, maior site de busca e referência tecnológica, também propicia licenças
maternidade e paternidade mais extensas, refeições gourmet, seguro de vida e até
auxílio funeral.
Localiza
A Localiza, importante companhia de aluguel de carros na América do Sul, fornece
benefícios significativos para alugar veículo, plano odontológico, acompanhamento
médico e check-up para funcionários com determinados problemas de saúde, além de
participação nos lucros.
Lojas Americanas
As Lojas Americanas, grande rede de varejo brasileira, oferece desconto em
escolas de idiomas, planos odontológicos e preços diferenciados nos sites sob sua
responsabilidade, o que inclui, além do da empresa, o Shoptime e o Submarino.
Unilever
A Unilever, multinacional em diversos segmentos, oferece o benefício de atividade
física aos seus colaboradores, além de proporcionar horários flexíveis de trabalho,
possibilidade de home office e processo de mentoria com acompanhamento e
aconselhamento profissional.
TÓPICO
2
Assessoritec – Formando Profissionais de Sucesso Página 12
QUALIDADE DE VIDA NO AMBIENTE DO TRABALHO
Análise de risco
1. NORMA REGULAMENTADORA 2 - NR 2
A Norma Regulamentadora 2 - NR 2, trata sobre a inspeção prévia de
estabelecimentos novos. De acordo com o disposto na referida norma, antes do início
efetivo das atividades, todo e qualquer novo estabelecimento, deverá solicitar a
aprovação de suas instalações.
TÓPICO
3
Assessoritec – Formando Profissionais de Sucesso Página 16
QUALIDADE DE VIDA NO AMBIENTE DO TRABALHO
A doença degenerativa;
A inerente a grupo etário;
A que não produza incapacidade laborativa;
A doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se
desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato
direto determinado pela natureza do trabalho.
Nota: Em caso excepcional, constatando-se que a doença não incluída na relação
prevista anexo II do Decreto 3.048/99 resultou das condições especiais em que o
trabalho é executado e com ele se relaciona diretamente, a Previdência Social deve
considerá-la acidente do trabalho.
Nexo de Causalidade
O nexo de causalidade é o vínculo fático que liga o efeito à causa, ou seja, é a
comprovação de que o acidente de trabalho ou doença ocupacional foi a causa da
incapacidade para o trabalho ou a morte.
De acordo como art. 337 do Decreto 3.048/99, o acidente do trabalho será
caracterizado tecnicamente pela perícia médica do INSS, mediante a identificação do
nexo entre o trabalho e o agravo, apontando as seguintes conclusões:
O acidente e a lesão;
A doença e o trabalho;
A causa mortis e o acidente.
Será considerado agravamento do acidente aquele sofrido pelo acidentado quanto
estiver sob a responsabilidade da reabilitação profissional.
Considera-se agravo a lesão, doença, transtorno de saúde, distúrbio, disfunção ou
síndrome de evolução aguda, subaguda ou crônica, de natureza clínica ou subclínica,
inclusive morte, independentemente do tempo de latência.
Reconhecidos pela perícia médica do INSS a incapacidade para o trabalho e o nexo
entre o trabalho e o agravo serão devidas as prestações acidentárias a que o
beneficiário tenha direito.
DOENÇA OCUPACIONAL
São várias doenças que causam alterações da saúde do funcionário de uma
empresa. Elas são provocadas por fatores relacionados com o ambiente de trabalho.
TÓPICO
4
Assessoritec – Formando Profissionais de Sucesso Página 22
QUALIDADE DE VIDA NO AMBIENTE DO TRABALHO
4 DOENÇAS PSICOSSOMÁTICAS
Doenças psicossomáticas são aquelas relacionadas a emoções, sentimentos e
pensamentos. A palavra “psicossomática” é formada pela junção de duas palavras
gregas: psique (que significa alma) e soma (corpo).
As somatizações e doenças psicossomáticas apontam para a estreita relação
entre corpo e mente e sinalizam a importante tarefa de olharmos para nós mesmos
como um todo, considerando tanto os aspectos físicos e emocionais.
Psicossomático vem da junção de duas palavras de origem grega, psique, que
significa alma, e soma, que significa corpo, ou seja, uma doença psicossomática é
aquela que tem origem na alma e no psicológico, gerando consequências também
físicas no corpo.
Então, um indivíduo apresenta algum desequilíbrio no seu estado emocional, de
sentimentos e pensamentos, independente da origem ou do tipo de trauma ocorrido, e
esse acúmulo de fatores interfere causando dores e problemas físicos, muito
provavelmente ele está sofrendo de uma doença psicossomática.
A mente e o corpo formam um sistema único e muitos mecanismos inconscientes
estão presentes nesta ligação.
A mente e o corpo formam um sistema único e muitos mecanismos inconscientes
estão presentes nesta ligação.
Qual a causa de uma doença psicossomática?
Não há uma regra que prevaleça, mas sim uma predisposição pessoal orgânica
de como seu corpo e o seu psicológico estão respondendo e reagindo às suas
condições de vida e saúde.
Em geral, mudanças significativas que passamos em nossa vidas, podem ser
fatores fundamentais para análise:
Sintomas Psicológicos
Estresse;
Ansiedade;
Impaciência;
Problemas de concentração.
Sintomas Físicos:
Taquicardia;
Dores de cabeça frequente;
Redução das defesas imunológicas;
Queda de cabelo;
Insônia;
Tensão muscular;
Lista de doenças psicossomáticas
Há diversos tipos de doenças psicossomáticas e suas manifestações e
distúrbios físicos variam de pessoa para pessoa. O mais importante é entender que
essas doenças podem afetar a qualquer pessoa, tudo depende do momento psicológico
que ela esteja passando.
Na lista abaixo, você poderá reconhecer doenças físicas que surgem a partir de um
problema psicológico ou que já existem e se agravam por conta disso:
TÓPICO
CIPA deve ser o elo entre empregador e empregado buscando estabelecer uma
sintonia no que tange a conscientização de todos na importância de trabalhar de forma
segura sem se expor a riscos a integridade física e saúde.
A gestão CIPA tem duração de um ano, sendo permitida apenas uma reeleição,
e os candidatos eleitos pelos colaboradores tem estabilidade de um ano após o
cumprimento do seu mandato.
A NR 5 prevê que a CIPA com as seguintes atribuições a executar:
a) identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de riscos, com
a participação do maior número de trabalhadores, com assessoria do SESMT,
onde houver;
b) elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de
problemas de segurança e saúde no trabalho;
c) participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de
prevenção necessárias, bem como da avaliação das prioridades de ação nos
locais de trabalho;
d) realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de trabalho
visando a identificação de situações que venham a trazer riscos para a
segurança e saúde dos trabalhadores;
e) realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas em seu
plano de trabalho e discutir as situações de risco que foram identificadas;
f) divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no
trabalho;
g) participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas pelo
empregador, para avaliar os impactos de alterações no ambiente e processo de
trabalho relacionados à segurança e saúde dos trabalhadores;
h) requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador, a paralisação de
máquina ou setor onde considere haver risco grave e iminente à segurança e
saúde dos trabalhadores;
i) colaborar no desenvolvimento e implementação do PCMSO e PPRA e de
outros programas relacionados à segurança e saúde no trabalho;
j) divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras, bem
como cláusulas de acordos e convenções coletivas de trabalho, relativas à
segurança e saúde no trabalho;
l) participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador da
análise das causas das doenças e acidentes de trabalho e propor medidas de
solução dos problemas identificados;
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CHIAVENATO, Idalberto. Administração nos novos tempos. São Paulo: Editora Afiliada.
CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos. Edição compactada. 3. ed. São Paulo: Atlas,
2002.
FEIGENBAUM, Armand V.. Controle da qualidade total. SÃO PAULO: Makron-Books, 1994