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Estudos da Logística

Internacional e Econômica

Prof. Marcos
C. H. A.

 C – Compreensão

 H – Destreza

 A – Participação

Base Tecnológica: Aspectos administrativos do comércio exterior:


importações e exportações definitivas e não definitivas; nacionalização;
regimes aduaneiros.
As importações, assim como as exportações,
possuem diversas particularidades quanto às suas
modalidades de despacho aduaneiro, aos processos
administrativos, isenções de tributos e órgãos
fiscalizadores. O tratamento aduaneiro a ser
aplicado à mercadoria importada será determinante
para a escolha do tipo de declaração a ser
preenchida pelo importador.
1. Modalidades de despacho: Definitiva e não definitiva

Importações definitivas: A importação é denominada como


definitiva, ou também despacho para consumo, quando o
produto importado é nacionalizado. Nessa condição, a
importação necessita de autorização da SECEX salvo os
casos de alguns produtos e operações que são dispensados
da Licença de Importação.
A nacionalização de uma mercadoria consiste na sua transferência do
país de origem para o país de destino, documentada pela Declaração de
Importação (DI), que é formalizada e solicitada pelo importador com o
deferimento da Licença de Importação (LI) pelo órgão anuente
responsável.

Deve-se considerar que, na ausência da LI, mesmo quando for


obrigatória, o importador poderá ter a nacionalização da mercadoria
autorizada, mediante o pagamento de uma multa de 30% sobre o valor
aduaneiro, acrescido do frete e do seguro internacional para a
importação. Alguns produtos gozam da dispensa do regime de licença
para importação.
O despacho aduaneiro de importação para consumo compreende
mercadoria:

1.ingressada no País com o benefício de drawback;


2.destinada à Zona Franca de Manaus, à Amazônia Ocidental ou a
Acordo de Livre Comércio;
3.contida em remessa postal internacional ou expressa ou, ainda,
conduzida por viajante, se aplicado o regime de importação comum; e
4.admitida em regime aduaneiro especial ou aplicado em áreas
especiais, na forma do disposto no inciso II, que venha a ser submetida
ao regime comum de importação;
Importações não-definitivas: As denominadas “não-definitivas” são as
importações que não têm os produtos nacionalizados. É o caso de
alguns produtos que são importados sob o regime aduaneiro especial de
Admissão Temporária, que estabelece, previamente, um prazo de
permanência para o produto no país e, em seguida, ocorre a re-
exportação. O produto é despachado para consumo por um tempo
prévio, e a mercadoria não é nacionalizada
2. Modalidades de despacho quanto a entrega: normal,
antecipado e entrega fracionada

Após o desembaraço aduaneiro a mercadoria pode ser


entregue ao importador. Entretanto, em decorrência de
mandado judicial ou de decisão administrativa, poderá ser
autorizada a entrega da mercadoria antes do seu desembaraço
(antecipada) e/ou de forma fracionada.
1.Despacho normal: o registro da DI é realizado após a
chegada da mercadoria no recinto alfandegado de zona primária ou
secundária, onde é processado o despacho de importação;

2.Despacho antecipado: permite o registro da DI antes da chegada da


mercadoria, com o objetivo de que a conferência documental seja feita
antes da chegada para que esta, tão logo chegue, seja desembaraçada.
Normalmente é concedido para o caso de perecíveis ou outros bens que
necessitem desembaraço imediato.
1.Entrega fracionada: nas importações por via terrestre é permitida a
entrega fracionada da mercadoria que, em razão do seu volume ou peso,
não possa ser transportada em apenas um veículo ou partida e quando
for efetuado o registro de uma única DI, correspondente a uma só
importação e a um único conhecimento de carga. Cada veículo
transportador deve apresentar seu próprio manifesto e cópia do
conhecimento de carga do total da partida, com averbação da
quantidade de volumes ou mercadorias de cada um dos lotes. O
desembaraço é registrado no Siscomex por ocasião do despacho do
último lote relativo à DI.
3. Tipos de Importação

As importações podem ser realizadas diretamente pelo


importador/adquirente ou por intermédio de uma outra
empresa, é o caso de importação por encomenda e por conta e
ordem de terceiros. Tanto para importação direta ou por
intermédio de terceiros, ambas as empresas envolvidas
precisam estar habilitadas no Radar.
1.Importação direta: não há intermediários, ou seja, o
importador é o adquirente da mercadoria no exterior, e
promove, em seu nome, a importação;

2.Importação por intermédio de terceiros: há um importador


que promove a importação por encomenda ou por conta e
ordem de terceiros.
Importação por encomenda, o importador, que geralmente é
uma empresa tipo “trading” realiza a importação com recursos
próprios sob encomenda de uma outra empresa que se
compromete, através de contrato, a comprar as mercadorias
importadas do importador, após o desembaraço de importação
das mesmas
Nacionalização de produtos

Consiste na transformação do produto internacional em


nacional, ou seja, o importador adquire mercadoria
estrangeira para consumo, revenda ou industrialização.
Primeiros passos para a nacionalização de produtos

“Assim que a mercadoria chega em território brasileiro, ela


fica armazenada no chamado Recinto Alfandegado para que
seja fiscalizada. Somente após o pagamento dos impostos, a
mercadoria pode ser entregue ao importador, proprietário do
bem”
Os documentos exigidos para nacionalizar mercadorias

•commercial invoice, ou a fatura comercial, de responsabilidade do


exportador e que equivale à nota fiscal de compra do produto;

•Bill of Lading, ou conhecimento de embarque, a cargo da companhia 


transportadora e que possibilita a comprovação do embarque do produto;

•Packing List – lista de embalagem, informando pesos bruto e líquido,


quantidade de volumes e descrição das mercadorias que constam em
cada volume;
•comprovante de pagamento do produto a ser nacionalizado, somente
para os casos de pagamento à vista; para as demais formas de
pagamento, o comprovante deverá ficar em posse do importador pelo
prazo de 5 (cinco) anos, conforme legislação vigente;

•outros documentos para comprovação de benefícios, tais


como, Certificado de Origem, para comprovação de benefício para
mercadoria importadas nos países do Mercosul.
Regime aduaneiro

O regime aduaneiro básico, é o que contempla toda 


nacionalização de produtos oriundos da importação e
desnacionalização no caso de exportação, e funciona
como um entreposto logístico onde ocorre a
fiscalização e autorização dos principais processos do
comércio exterior.

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