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Importação

A importação é o processo que consiste na entrada de mercadoria estrangeira no território


aduaneiro. Em termos legais, a mercadoria só é considerada importada após sua internalização
no país, por meio da etapa de desembaraço aduaneiro e do recolhimento dos tributos exigidos
em lei. O processo de importação pode ser dividido em três fases: administrativa, fiscal e
cambial.

A fase administrativa se refere aos procedimentos e exigências de órgãos de governo prévios à


efetivação da importação e variam de acordo com o tipo de operação e de mercadoria: trata-se
do licenciamento das importações. A fase fiscal compreende o tratamento aduaneiro, por meio
do despacho de importação, que é o procedimento mediante o qual é verificada a exatidão dos
dados declarados pelo importador em relação às mercadorias importadas, aos documentos
apresentados e à legislação específica, com vistas ao seu desembaraço aduaneiro. Essa etapa
ocorre em recintos próprios, logo após a chegada da mercadoria no Brasil, e inclui o
recolhimento dos tributos devidos na importação. Após a conclusão do desembaraço aduaneiro,
a mercadoria é considerada importada e pode ser liberada para o mercado interno.

Importação de mercadorias: conheça os estágios do processo

A importação de mercadorias consiste em um processo fragmentado em etapas. Cada uma


precisa ser elaborada com cautela, a fim de tornar o despacho aduaneiro uma operação fluida e
sem erros.

Antes mesmo do embarque da carga que será importada, a empresa de comércio exterior
precisa fazer uma série de ações para que os produtos desembarquem no país de destino.

ETAPAS DA IMPORTAÇÃO DE MERCADORIAS

É nessa fase, anterior ao embarque da carga, que vamos focar neste artigo. Se você ainda não
está por dentro do assunto, aqui elaboramos um panorama geral dos estágios da importação de
mercadorias.

Habilitação legal
Antes de iniciar o processo de despacho aduaneiro, é necessário que a importadora adquira
uma habilitação legal por meio da Receita Federal. Trata-se de um procedimento obrigatório
para que a empresa opere no Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex).

É nessa etapa que o importador encaminha uma documentação para a Receita Federal. O
órgão, por sua vez, analisa o cadastro da empresa e concede a ela um limite de crédito para
operar no mercado internacional. Só a partir disso a importadora poderá dar continuidade às
operações de comércio exterior.

Depois, a empresa define as mercadorias que serão importadas para seguir com o processo.

Negociação

A fase de negociação envolve o importador e exportador. As duas partes precisam entrar em


consenso em relação à definição de frete. Na prática, isso significa que as empresas
estabelecem quem será responsável pelos custos do frete, por meio de uma análise de câmbio.
Ou seja, em qual país a cotação para o frete é mais barata?

Duas siglas diferenciam os acordos possíveis em relação aos custos e riscos do frete. A
primeira chama-se FOB, do inglês Free on Board. Ela determina que a importadora, que compra
as mercadorias do exterior, deve pagar os custos, seguro e lidar com os riscos do transporte dos
itens após o embarque no veículo.

Já a sigla CIF provém do inglês Cost, Insurance and Freight. Ao contrário do modelo anterior, a
CIF prevê que os custos, seguro e riscos são arcados pelo exportador, que fornece a
mercadoria. O compromisso com os produtos acaba no momento em que eles chegam ao
destino previsto pelo importador.

Classificação da mercadoria

Antes de embarcar as mercadorias, também é preciso classificar os itens. Essa especificação


deve ser feita conforme a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM). O importador, nessa
etapa, enquadra a mercadoria conforme os códigos estabelecidos pelo Governo Brasileiro. Isso
distingue a natureza dos produtos transportados.
Vale ressaltar: cada produto possui um código diferente, no qual são imputados os valores de
impostos, incluindo imposto de importação, IPI, PIS e Cofins.

Licença de importação

Algumas mercadorias requerem uma licença de importação (LI) para serem transportadas. Ela
pode ser tanto pré-embarque quanto pós-embarque. Esse documento, portanto, autoriza o
importador a efetuar o despacho e é emitido por meio do Siscomex.

Por isso, é necessário que o despachante aduaneiro consulte no sistema a legislação específica
para o produto que será importado. No entanto, para a maioria dos produtos, a licença não é
obrigatória.

Após concluir as etapas abordadas no artigo, a carga pode ser embarcada, e a mercadoria é
transportada ao destino final. A partir daí, a importação requer um novo processo com diferentes
etapas. Só então poderá ser concluído o despacho aduaneiro.

Exportação

Ao contrário da Importação, que é quando o país compra um produto ou bem de outro país para
uso interno, a exportação acontece quando as empresas de dentro do país, ou seja, empresas
nacionais, vendem seus produtos ou serviços no exterior.

Existem diversificadas razões pela qual uma empresa decide exportar os seus produtos, ou
seja, vender para fora do país. Uma e talvez uma das mais fortes razões para esse novo
formato de venda, elas podem querer entrar em mercados novos, e assim, expandir e
internacionalizar. Ou ainda, algumas empresas também decidem exportar para atender uma
demanda que existe no exterior, mas que não existe internamente, o que é muito comum e a
exportação também é uma ótima maneira de diminuir o excedente da oferta e tornar a produção
mais eficiente.

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