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SUMÁRIO
DEFINIÇÕES E CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES ........................................................................................... 2
1. IMPORTAÇÃO....................................................................................................................................... 2
1.1 – DEFINIÇÃO................................................................................................................................... 2
1.2 – FASES DA IMPORTAÇÃO .............................................................................................................. 2
1.3 – MODALIDADES DE IMPORTAÇÃO ................................................................................................. 3
2. EXPORTAÇÃO ....................................................................................................................................... 7
2.1 DEFINIÇÃO ..................................................................................................................................... 7
1.1 – DEFINIÇÃO
A importação é o ingresso seguido de internalização de mercadoria estrangeira no
território aduaneiro. Em termos legais, a mercadoria só é considerada importada após sua
internalização no país, por meio da etapa de desembaraço aduaneiro e do recolhimento dos
tributos exigidos em lei. O processo de importação pode ser dividido em três fases:
administrativa, fiscal e cambial.
Atualmente, as empresas que desejam atuar como empresas comerciais exportadoras devem
estar habilitadas no registro especial na Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) e na Secretaria da
Receita Federal do Brasil (RFB), de acordo com as normas aprovadas pelos Ministros de Estado do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e da Fazenda (MF), respectivamente, além de
outros requisitos. Trata-se de exigência contida no art. 229 do Regulamento Aduaneiro Brasileiro
(Decreto nº 6.759, de 2009), que reproduz exigência prevista no Decreto-Lei nº 1.248, de 1972, que
possui status de Lei ordinária.
Portanto, atualmente, há duas categorias de Empresas Comerciais Exportadoras (ECE), sem
diferenciação com relação aos incentivos fiscais. Essencialmente, as comerciais exportadoras são
classificadas em dois grandes grupos: i) as que possuem o Certificado de Registro Especial,
denominadas “trading companies”, regulamentadas pelo Decreto-Lei nº 1.248, de 1972, recepcionado
pela Constituição Federal de 1988 com status de lei ordinária; e ii) as comerciais exportadoras que não
possuem o Certificado de Registro Especial e são constituídas de acordo com Código Civil Brasileiro.
Para que sejam consideradas regulares, tanto a prestação de serviços de importação realizada
por uma empresa por conta e ordem de uma outra - chamada adquirente - quanto a importação
promovida por pessoa jurídica importadora para revenda a uma outra - dita encomendante
predeterminada - devem atender a determinadas condições previstas na legislação.
A escolha entre importar mercadoria estrangeira por conta própria ou por meio de um
intermediário contratado para esse fim é livre e perfeitamente legal, seja esse intermediário um
prestador de serviço ou um revendedor. Entretanto, tanto o importador quanto o adquirente ou
encomendante, conforme o caso, devem observar o tratamento tributário específico dessas operações
e alguns cuidados especiais, a fim de que não sejam surpreendidos pela fiscalização da RFB e sejam
autuados ou, até mesmo, que as mercadorias sejam apreendidas.
Assim, a empresa que se decidir por terceirizar algumas ou todas as suas operações de
comércio exterior deve estar atenta não só às diferenças de custos entre a importação por conta e
ordem e por encomenda, mas também aos diferentes efeitos e obrigações tributárias a que estão
sujeitas essas duas situações, não só na esfera federal, mas também no âmbito estadual.
A importação por conta e ordem de terceiro é um serviço prestado por uma empresa - a
importadora - a qual promove, em seu nome, o Despacho Aduaneiro de Importação de mercadorias
adquiridas por outra empresa - a adquirente - em razão de contrato previamente firmado, que pode
compreender ainda a prestação de outros serviços relacionados com a transação comercial, como a
realização de cotação de preços e a intermediação comercial (art. 2º da IN RFB nº 1.861/2018).
Assim, na importação por conta e ordem, embora a atuação da empresa importadora possa
abranger desde a simples execução do despacho de importação até a intermediação da negociação
no exterior, contratação do transporte, seguro, entre outros, o importador de fato é a adquirente, a
mandante da importação, aquela que efetivamente faz vir a mercadoria de outro país, em razão da
compra internacional; embora, nesse caso, o faça por via de interposta pessoa - a importadora por
conta e ordem -, que é uma mera mandatária da adquirente.
Dessa forma, mesmo que a importadora por conta e ordem efetue os pagamentos ao fornecedor
estrangeiro, antecipados ou não, não se caracteriza uma operação por sua conta própria, mas, sim,
entre o exportador estrangeiro e a empresa adquirente, pois dela se originam os recursos financeiros.
A importação por encomenda é aquela em que a pessoa jurídica importadora é contratada para
promover, em seu nome e com recursos próprios, o despacho aduaneiro de importação de mercadoria
estrangeira por ela adquirida no exterior para revenda a encomendante predeterminado (art. 3º da IN RFB
nº 1.861/2018).
Assim, como na importação por encomenda o importador adquire a mercadoria junto ao exportador
no exterior, providencia sua nacionalização e a revende ao encomendante, tal operação tem, para o
importador contratado, os mesmos efeitos fiscais de uma importação própria.
Em última análise, em que pese à obrigação do importador de revender as mercadorias importadas
ao encomendante predeterminado, é aquele e não esse que pactua a compra internacional e deve dispor de
capacidade econômica para o pagamento da importação, pela via cambial. Da mesma forma, o
encomendante também deve ter capacidade econômica para adquirir, no mercado interno, as mercadorias
revendidas pelo importador contratado.
Outro efeito importante desse tipo de operação é que, conforme determina o artigo 14 da Lei nº
11.281/2006, aplicam-se ao importador e ao encomendante as regras de preço de transferência de que
tratam os artigos 18 a 24 da Lei nº 9.430/1996. Em outras palavras, se o exportador estrangeiro, nos
termos dos artigos 23 e 24 dessa lei, estiver domiciliado em país ou dependência com tributação favorecida
e/ou for vinculado com o importador ou o encomendante, as regras de “preço de transferência” para a
apuração do imposto sobre a renda deverão ser observadas.
Lei nº 11.281/2006
Lei nº 9.430/1996
IN RFB nº 1.861/2018
Portaria Coana nº 6/2019
1) Pessoa física somente poderá importar mercadorias em quantidades que não revelem
prática de comércio, desde que não se configure habitualidade.
2) Pessoa física somente poderá exportar mercadorias em quantidades que não revelem
prática de comércio e desde que não se configure habitualidade. Há exceções: i) agricultor ou
pecuarista com imóvel cadastrado no INCRA; ii) artesão, artista ou assemelhado.
É aplicável a formalização de importação por conta e ordem ou por encomenda para
pessoa física?
IMPORTAÇÃO. PESSOA FÍSICA. CONTA E ORDEM. ENCOMENDA. A importação por conta
e ordem de terceiros e a importação por encomenda são operações vedadas a pessoas
físicas, seja como importador, adquirente ou encomendante. Dispositivos Legais: MP nº
2.158-35, de 2001, artigos 80 e 81; Lei nº 11.281, de 2006, artigo 11; IN SRF nº 225, de 2002,
arts. 2º e 3º; IN SRF nº 247, de 2002, art. 12; IN SRF nº 634, de 2006, arts. 2º e 3º.
2. EXPORTAÇÃO
2.1 DEFINIÇÃO
Considera-se exportação de serviços a operação realizada entre aquele que, enquanto
prestador, atua a partir do mercado doméstico, com seus meios disponíveis em território
nacional, para atender a uma demanda a ser satisfeita em um outro mercado, no exterior, em
favor de um tomador que atua, enquanto tal, naquele outro mercado, ressalvada a existência
de definição legal distinta aplicável ao caso concreto e os casos em que a legislação dispuser
em contrário.
A exportação pode ser definida como a saída da mercadoria do território aduaneiro.
Trata-se, portanto, da saída de um bem do Brasil, que pode ocorrer em virtude de um contrato
internacional de compra e venda. Exportação em consignação consiste em permissão para
envio de mercadoria ao exterior, a um consignatário nomeado, na expectativa de venda futura
e posterior liquidação do câmbio correspondente. Todos os produtos da pauta de exportação
brasileira são passíveis de venda em consignação. Após a venda, o exportador deverá
regularizar a saída com a emissão de nova DU-E, conforme artigo 102, inciso V da IN RFB
1702/17. Disciplina o despacho aduaneiro de exportação processado por meio de Declaração
Única de Exportação (DU-E).