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Victória Puglia de Andrade

AE2

Relatório – tema 5
1. Pesquisa sobre o tema

A tributação do comércio exterior é uma prática antiga que visa regular as


operações de importação e exportação através de impostos e contribuições. No Brasil,
as operações de comércio exterior são majoritariamente tributadas pelo Imposto de
Importação (II) e o Imposto de Exportação (IE), além de contribuições como
PIS/COFINS na importação e o AFRMM (Adicional ao Frete para a Renovação da
Marinha Mercante). A origem destes impostos remonta ao Código Tributário Nacional
de 1966, com alterações posteriores visando adaptar a tributação às necessidades
econômicas e políticas do país e aos acordos internacionais, como o GATT e a criação
da OMC.
A tributação do comércio exterior é uma prática antiga que visa regular as
operações de importação e exportação através de impostos e contribuições. No Brasil,
as operações de comércio exterior são majoritariamente tributadas pelo Imposto de
Importação (II) e o Imposto de Exportação (IE), além de contribuições como
PIS/COFINS na importação e o AFRMM (Adicional ao Frete para a Renovação da
Marinha Mercante). A origem destes impostos remonta ao Código Tributário Nacional
de 1966, com alterações posteriores visando adaptar a tributação às necessidades
econômicas e políticas do país e aos acordos internacionais, como o GATT e a criação
da OMC.
A competência para tributar o comércio exterior é exclusiva da União, que detém
a autoridade para legislar sobre o comércio exterior e instituir os tributos relacionados
às operações de importação e exportação. Isso inclui a competência para estabelecer
contribuições sociais e interventivas que incidem sobre tais operações.
Na importação, após o desembaraço aduaneiro, incidem o II e o IPI, além de
contribuições como PIS/COFINS e o AFRMM. A legislação brasileira busca equilibrar a
proteção ao mercado interno com a promoção do comércio internacional, aplicando a
tributação de forma a não desencorajar as importações desnecessariamente.
Em contraste, a exportação é menos tributada, seguindo o princípio de não
"exportar tributos". O Brasil evita a tributação das exportações através do IE, exceto em
situações específicas. Além disso, há isenção do IPI, ICMS, e ISS nas operações de
exportação, com o intuito de tornar os produtos brasileiros mais competitivos no
mercado internacional.
A tributação das operações de comércio exterior tem um impacto significativo na
economia, influenciando o volume das operações internacionais. Uma tributação
elevada pode desencorajar a importação de produtos estrangeiros, enquanto uma
tributação reduzida ou inexistente pode estimular tanto a importação quanto a
competitividade dos produtos nacionais frente aos importados.
Existem diversos regimes aduaneiros, tanto comuns quanto especiais, que
regulam a forma como as mercadorias são tributadas ao entrarem ou saírem do país.
Estes regimes podem variar desde a tributação padrão no momento do desembaraço
aduaneiro até situações em que a tributação é suspensa, visando facilitar operações
específicas como a exportação temporária ou a admissão temporária de mercadorias.
Em resumo, o tratamento tributário das operações de comércio exterior é uma
ferramenta vital na gestão da política econômica de um país, influenciando diretamente
no comércio internacional. Através da aplicação de impostos e contribuições, além da
implementação de regimes aduaneiros especiais, o Brasil busca equilibrar a proteção
ao mercado interno com a promoção de um ambiente favorável ao comércio exterior,
alinhado aos princípios e acordos internacionais.

2. Notícia e discussão do tema

A Receita Federal do Brasil lançou uma ferramenta inovadora, o Simulador de


Tratamento Tributário e Administrativo, que estima o valor dos tributos sobre produtos
importados. Esta ferramenta permite às empresas do comércio exterior calcular o valor
dos tributos incidentes sobre a importação de mercadorias a partir de sua classificação
fiscal na Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), do valor aduaneiro e da alíquota
do ICMS aplicável. A introdução do Simulador é um passo significativo para a
facilitação comercial, trazendo maior transparência e previsibilidade às operações de
importação, permitindo também pesquisas de classificação da NCM e acesso a
informações relacionadas à importação.
Este lançamento tem uma conexão direta com o tratamento tributário das
operações de comércio exterior, oferecendo uma forma simplificada de entender e
prever os custos tributários associados à importação. Ao fornecer detalhes sobre a
tributação incidente na importação, que inclui o Imposto de Importação, IPI,
PIS/PASEP, COFINS, AFRMM, CIDE-Combustíveis, e ICMS, juntamente com a taxa
de utilização do Siscomex, o Simulador ajuda a desmistificar o complexo sistema
tributário para as empresas envolvidas no comércio exterior.
Além disso, a introdução do Sistema Classif no Portal Único do Comércio
Exterior (Pucomex) destaca-se como um recurso complementar, oferecendo uma
plataforma gratuita que centraliza informações sobre a Nomenclatura Comum do
Mercosul (NCM), tratamento tributário, e administrativo. Com funcionalidades que
incluem uma ferramenta de inteligência artificial para a classificação de mercadorias e
a consulta a tabelas NCM, o Classif busca simplificar e agilizar o acesso a informações
críticas, promovendo a transparência e facilitando o comércio exterior conforme os
compromissos da OMC
3. Fontes:

APET (Associação Paulista de Estudos Tributários). Receita disponibiliza na internet


Simulador de Tratamento Tributário. Disponível em: https://apet.org.br/noticia/receita-
disponibiliza-na-internet-simulador-de-tratamento-tributario/ Acesso em: 12 mar. 2024.

BRASIL. Tratamento Tributário na Importação — Empresas & Negócios. Disponível


em: https://www.gov.br Acesso em: 12 mar. 2024.

ABTTC (Associação Brasileira dos Terminais e Recintos Alfandegados). Comex do


Brasil: Novas funcionalidades do Sistema Classif, disponível no Portal Único do
Comércio Exterior. Disponível em: https://abttc.org.br/noticias/comex-do-brasil-novas-
funcionalidades-do-sistema-classif-disponivel-no-portal-unico-do-comercio-exterior.
Acesso em: 12 mar. 2024.

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