A tributação do comércio exterior é uma prática antiga que visa regular as
operações de importação e exportação através de impostos e contribuições. No Brasil, as operações de comércio exterior são majoritariamente tributadas pelo Imposto de Importação (II) e o Imposto de Exportação (IE), além de contribuições como PIS/COFINS na importação e o AFRMM (Adicional ao Frete para a Renovação da Marinha Mercante). A origem destes impostos remonta ao Código Tributário Nacional de 1966, com alterações posteriores visando adaptar a tributação às necessidades econômicas e políticas do país e aos acordos internacionais, como o GATT e a criação da OMC. A tributação do comércio exterior é uma prática antiga que visa regular as operações de importação e exportação através de impostos e contribuições. No Brasil, as operações de comércio exterior são majoritariamente tributadas pelo Imposto de Importação (II) e o Imposto de Exportação (IE), além de contribuições como PIS/COFINS na importação e o AFRMM (Adicional ao Frete para a Renovação da Marinha Mercante). A origem destes impostos remonta ao Código Tributário Nacional de 1966, com alterações posteriores visando adaptar a tributação às necessidades econômicas e políticas do país e aos acordos internacionais, como o GATT e a criação da OMC. A competência para tributar o comércio exterior é exclusiva da União, que detém a autoridade para legislar sobre o comércio exterior e instituir os tributos relacionados às operações de importação e exportação. Isso inclui a competência para estabelecer contribuições sociais e interventivas que incidem sobre tais operações. Na importação, após o desembaraço aduaneiro, incidem o II e o IPI, além de contribuições como PIS/COFINS e o AFRMM. A legislação brasileira busca equilibrar a proteção ao mercado interno com a promoção do comércio internacional, aplicando a tributação de forma a não desencorajar as importações desnecessariamente. Em contraste, a exportação é menos tributada, seguindo o princípio de não "exportar tributos". O Brasil evita a tributação das exportações através do IE, exceto em situações específicas. Além disso, há isenção do IPI, ICMS, e ISS nas operações de exportação, com o intuito de tornar os produtos brasileiros mais competitivos no mercado internacional. A tributação das operações de comércio exterior tem um impacto significativo na economia, influenciando o volume das operações internacionais. Uma tributação elevada pode desencorajar a importação de produtos estrangeiros, enquanto uma tributação reduzida ou inexistente pode estimular tanto a importação quanto a competitividade dos produtos nacionais frente aos importados. Existem diversos regimes aduaneiros, tanto comuns quanto especiais, que regulam a forma como as mercadorias são tributadas ao entrarem ou saírem do país. Estes regimes podem variar desde a tributação padrão no momento do desembaraço aduaneiro até situações em que a tributação é suspensa, visando facilitar operações específicas como a exportação temporária ou a admissão temporária de mercadorias. Em resumo, o tratamento tributário das operações de comércio exterior é uma ferramenta vital na gestão da política econômica de um país, influenciando diretamente no comércio internacional. Através da aplicação de impostos e contribuições, além da implementação de regimes aduaneiros especiais, o Brasil busca equilibrar a proteção ao mercado interno com a promoção de um ambiente favorável ao comércio exterior, alinhado aos princípios e acordos internacionais.
2. Notícia e discussão do tema
A Receita Federal do Brasil lançou uma ferramenta inovadora, o Simulador de
Tratamento Tributário e Administrativo, que estima o valor dos tributos sobre produtos importados. Esta ferramenta permite às empresas do comércio exterior calcular o valor dos tributos incidentes sobre a importação de mercadorias a partir de sua classificação fiscal na Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), do valor aduaneiro e da alíquota do ICMS aplicável. A introdução do Simulador é um passo significativo para a facilitação comercial, trazendo maior transparência e previsibilidade às operações de importação, permitindo também pesquisas de classificação da NCM e acesso a informações relacionadas à importação. Este lançamento tem uma conexão direta com o tratamento tributário das operações de comércio exterior, oferecendo uma forma simplificada de entender e prever os custos tributários associados à importação. Ao fornecer detalhes sobre a tributação incidente na importação, que inclui o Imposto de Importação, IPI, PIS/PASEP, COFINS, AFRMM, CIDE-Combustíveis, e ICMS, juntamente com a taxa de utilização do Siscomex, o Simulador ajuda a desmistificar o complexo sistema tributário para as empresas envolvidas no comércio exterior. Além disso, a introdução do Sistema Classif no Portal Único do Comércio Exterior (Pucomex) destaca-se como um recurso complementar, oferecendo uma plataforma gratuita que centraliza informações sobre a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), tratamento tributário, e administrativo. Com funcionalidades que incluem uma ferramenta de inteligência artificial para a classificação de mercadorias e a consulta a tabelas NCM, o Classif busca simplificar e agilizar o acesso a informações críticas, promovendo a transparência e facilitando o comércio exterior conforme os compromissos da OMC 3. Fontes:
APET (Associação Paulista de Estudos Tributários). Receita disponibiliza na internet
Simulador de Tratamento Tributário. Disponível em: https://apet.org.br/noticia/receita- disponibiliza-na-internet-simulador-de-tratamento-tributario/ Acesso em: 12 mar. 2024.
BRASIL. Tratamento Tributário na Importação — Empresas & Negócios. Disponível
em: https://www.gov.br Acesso em: 12 mar. 2024.
ABTTC (Associação Brasileira dos Terminais e Recintos Alfandegados). Comex do
Brasil: Novas funcionalidades do Sistema Classif, disponível no Portal Único do Comércio Exterior. Disponível em: https://abttc.org.br/noticias/comex-do-brasil-novas- funcionalidades-do-sistema-classif-disponivel-no-portal-unico-do-comercio-exterior. Acesso em: 12 mar. 2024.
O Processo de Fiscalização Tributária No Brasil e Quais o Fisco Federal Vem Desenvolvendo para Evitar A Sonegação e Aprimorar o Processo Fiscalizatório Das Empresas