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CAPÍTULO 1 - IMPACTO DO IVA NA GESTÃO DAS EMPRESAS

1.1) IMPOSTO SOBRE O VALOR ACRESCENTADO

1.1.1) Historial - Origem do IVA No Mundo

IVA, é o acrónimo de Imposto de Valor Acrescentado, é um imposto que incide


sobre a despesa ou consumo, e tributa o valor acrescentado das transacções que são
efectuadas pelo contribuinte. Este imposto (IVA), foi pensado por volta de 1918, por
WILHELM VON SIEMENS, um empresário alemão, que propôs a substituição do
imposto sobre as vendas/negócios, em vigor na altura na Alemanha, por um imposto com
as características do IVA. Para além deste alemão, também nos Estados Unidos, por volta
de 1921, THOMAS S. ADAMS, entendia que o IVA era uma melhor versão do imposto
sobre o rendimento das empresas.

Pese embora as diversas tentativas para a implementação deste imposto,


principalmente na Alemanha, apenas em 1954, na Costa de Marfim (colónia francesa na
altura), autoridades francesas, por intermédio Maurice Lauré, Director Adjunto da
Direction Générale des Impôts, introduziram a título experimental, o IVA. Atendendo ao
tremendo sucesso que foi a introdução do IVA nas colónias da Costa de Marfim, e depois
no Senegal, etc, mas não de forma generalizada. O IVA para todos, em 1967, a Dinamarca
tornou-se no 1º país a implementar o IVA para todos os sectores. O que originou um
grande avanço não só no ponto vista de aumento das receitas do Estado e economia do
país, mas também grande avanço das economias empresarias bem como a sua organização
e desenvolvimento.

Até por volta de 1965 o IVA não era um sucesso, uma vez que a maior parte dos
países da OCDE tinham o imposto sobre venda. Cerca de 20 anos depois, cerca de ¼ dos
países do mundo (principalmente localizados na Europa e na América do Sul) tinham
IVA, sendo que a propagação do IVA foi em grande parte impulsionada pelo facto de o
IVA ser uma condição ‘sine qua non’ para adesão à União Europeia (EU). O IVA tornou-
se um tributo de grande sucesso mundial sendo que existem, actualmente, cerca de 161
países que já aderiram ao sistema tributário IVA.No continente africano, cerca de 47
países também já aderiram ao IVA incluindo Angola.

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1.1.2) IVA - (Definição, conceito e Noções gerais)

IVA, é um imposto que incide sobre a despesa ou consumo, e tributa o valor


acrescentado das transacções que são efectuadas pelo contribuinte. Este imposto é
fraccionado e liquidado em todas as fases do ciclo de produção, do produtor ao retalhista.

O IVA, quando incide sobre o valor acrescentado, é suportado por um particular,


empresas ou comerciante, quando adquire ou compra um bem ou serviço. O comerciante
recebe do cliente o valor referente à compra/serviço acrescido do IVA e também o
comerciante, nas suas aquisições, suporta o IVA. Logo, o comerciante irá entregar o IVA
ao Estado, traduzido na diferença do valor que o cliente pagou, e o valor do IVA que o
comerciante teve que suportar. IVA é um imposto plurifásico e de múltiplas incidências.
Geralmente, o consumo ou despesa deduz-se o IVA, que acaba por imposto indirecto. Os
sujeitos passivo do IVA são aqueles que recai a obrigatoriedade de pagar, são pessoas
singulares ou colectivas que estão registados no regime geral de tributação do IVA, ou
um outro regime.

É um imposto indirecto, uma vez que o fisco não o aufere directamente do


tributário (contribuinte). Apesar de existirem diversos modelos a nível mundial, a maior
parte dos países assenta os seus sistemas fiscais na tributação da transacção com base
neste imposto, tendo em conta ao aspecto positivo do mesmo. Diz-se também um imposto
plurifásico pois é liquidado em todas as fases ou etapas da cadeia produtiva e de
distribuição desde o produtor ao consumidor final. Deste modo, o imposto vai incidir
sobre as aquisições de bens ou serviços. Sendo plurifásico, não é cumulativo, pois o seu
pagamento é fraccionado, pelos vários intervenientes do circuito económico, através do
método de crédito do imposto.

IVA tem a característica de obrigação única, não periódico, sobre factos


tributários de carácter instantâneo, reportando-se a cada um dos actos concretos
praticados, resiste ao teste da neutralidade, baseia-se transitoriamente no princípio de
tributação no país de destino, bastante rentável em relação aos demais tributos.

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Isenção, é qualquer situação de isenção constitui uma excepção às regras de incidência,
o que em sede de IVA, se consubstancia na liquidação e consequente não entrega de
imposto por parte dos sujeitos passivos.

Cálculo do IVA, existem 3 métodos para calcular o IVA:

 Método directo subtractivo ou contabilístico: o imposto é calculado pela aplicação


das taxas ao valor acrescentado (inputs - outputs) em cada fase. Só é possível
através de informações contabilísticas muito rigorosas e detalhadas.

IVA = Taxa * (inputs - outputs)

 Método indirecto subtractivo ou dedução do imposto: O montante do IVA a pagar


é obtido pela diferença entre o montante que resulta da aplicação da taxa ao valor
das vendas ou prestações de serviços, durante determinado período, e o montante
do imposto suportado nas aquisições efectuadas durante o mesmo período. É este
o método usado pela grande maioria dos países e apresenta visíveis vantagens.

IVA = outputs (taxa * venda) - inputs (taxa * compra)

 Método directo aditivo: A taxa é aplicada ao valor efectivamente agregado pelo


contribuinte, isto é, salários, lucros, juros e rendas. Este sistema não é usado, pelo
facto de ser um método complexo e de difícil controlo tanto por parte da
administração tributária como por parte da empresa.

IVA= taxa * (salários+lucros+juros+rendas)

1.1.3) IVA em Angola

O imposto de valor acrescentado (IVA) no sistema fiscal angolano é regulado pelo


diploma Legal nº 7/19 de 24 de Abril 2019, COM AS ALERAÇÕES INTRODUZIDAS
PELA Lei nº 17\19, de 13 de Agosto 2020 – Lei do Imposto sobre o Valor acrescentado.

Incidência objectiva, O imposto sobre o valor acrescentado (IVA) incide sobre


as transmissões de bens, as importações de serviços efectuadas no território nacional, a
título oneroso, por um sujeito passivo, agindo nessa qualidade, de bem como sobre as
importações de bens.

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Incidência não subjectiva, são sujeitos passivos do IVA:

- As pessoas singulares, colectivas ou entidades que exerçam, de modo independente, as


actividades económicas, incluindo de produção, de comércio ou de prestação de serviços,
profissões liberais, actividade extrativas, agrícola, aquícola, apícola, avícola, pecuária,
piscatória e silvícola.

- Pessoas singulares, colectivas ou entidades que realizem importações de bens, que


mencionem indevidamente o IVA em factura ou documentos equivalentes, que sejam
adquirentes de serviços a entidades não residentes sem domicílio, sede ou
estabelecimento estável no território nacional.

- Estado, entidades governamentais e outros organismos públicos, quando não ectuem no


âmbito dos seus poderes de autoridades.

- Partidos, coligações politicas, sindicatos e as instituições religiosas, quando pratiquem


operações tributáveis (transmissões de bens, prestações de serviços e importações).

Todos os países da SADC já aderiram ao imposto IVA, nas suas economias a


vários anos, e Angola está a dar este passo somente agora (01-10-2019), o atraso deveu-
se, sobretudo, à preparação de condições técnico-jurídicas e materiais, para que a
implementação seja efectuada com sucesso. No dia 1 de Outubro 2019, Angola entrou
em vigor da cobrança do IVA.

Era importante a realização do diálogo entre o Governo e a classe empresarial, de


forma a eliminar algumas dúvidas e inquietações que ainda persistiam em torno deste
processo. Nesse diálogo, foram tomadas decisões consensuais, nomeadamente a isenção
do IVA para os sectores da saúde e educação; redução da taxa para 3% para as empresas
do regime transitório; isenção do IVA na aquisição de equipamento hospitalar, entre
outras decisões arroladas neste processo.

IVA, é um imposto que fazia falta na estrutura dos impostos em Angola, porque a
tendência internacional, relativamente ao sistema tributário, apela aos estados que
reformem a máquina fiscal de forma a simplificar e unificar os impostos e alagar a base
fiscal, e eliminar os constrangimentos que se observam a nível das trocas comerciais,
investimento e desenvolvimento económico, e possam, por esta via, implementar
políticas públicas que primem pelo desenvolvimento sustentado. Outro factor tem a ver

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com o perfil da economia angolana muito dependente do sector petrolífero. Era
importante alargar a base das receitas fiscais, e o IVA ser uma das fontes de receitas para
a execução do Orçamento Geral do Estado (OGE). Com a implementação do IVA em
Angola, o sistema fiscal angolano terá algumas vantagens como:

 Impede o efeito cascata (imposto sobre imposto) do imposto de consumo, que tem
onerado os preços do consumo;
 Redução da fraude e da evasão fiscal, com o cruzamento de dados electrónico
entre os sujeitos passivos (Contribuintes);
 Transformação de mercado o informal para o formal, por intermédio das
exigências na emissão de facturas e da contabilidade dos contribuintes;
 Maior transparência fiscal e neutralidade fiscal, permitindo, permitindo assim a
dedução dos impostos suportados consequentes reembolsos nos casos de créditos
fiscais, originado maior justiça fiscal;
 Alargamento da base tributária, ou seja, mais pessoas a contribuírem e
consequente aumento das receitas fiscais;
 Maior robustez nos sistemas informáticos dos contribuintes e da administração
tributária.

Taxa, ao optar pela implementação do IVA em substituição do Imposto de consumo


elegeu o modelo de taxa única de 14% é o acordo com n.º 1 do art.º 15.º do CIVA e com
uma excepção de 3.º para a província mais ao norte de Angola, Cabinda.

Para a determinação da referida, taxa depois de muitos estudos técnicos a AGT


recebeu contribuições das associações Comerciais e industriais, das Universidades
Públicas e privadas que desenvolvem actividades dentro do território nacional. Para a
determinação da Taxa em referência o estudo teve como base a média do IVA na região
da SADC, não inferior a 10% segundo a GTILVA – Grupo técnico para a implementação
do IVA.

A taxa do IVA foi determinada em 14% em Angola, no espírito do estudo


realizado na região da SADC, pois Angola tem por objectivo aderir ao Comercio
transfronteiriço nesta região, a taxa média do Imposto Sobre o Valor acrescentado na
SADC é de 15,97%, segundo o Grupo Técnico de implementação do IVA, sendo que
Angola fixou-se quase a dois percentuais abaixo da média. Entre eles: Madagáscar 20%,
Lesoto e Swazilândia 14% igual a Angola, África do Sul, Namíbia, Zimbabwe, Ilhas

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Maurícias e Seychelles todos 15%, RDC e Zâmbia 16%, Moçambique com 17%. África
do sul, maior potência económica da região, foi o primeiro país da região a implementar
IVA e Moçambique o primeiro país africano de língua oficial Portuguesa a optar pelo
IVA.

Nos diversos países aderentes do IVA no seu sistema fiscal, para o IVA, não existe
apenas taxa única, mas sim várias taxas. Em uma fase inicial, de um modo geral a taxa
única em Angola, deveu-se a dificuldade de enquadramento dos produtos em várias taxas,
originando problemas de excessivos pedidos de pareceres vinculativos; Problemas na
configuração dos sistemas informativos para o módulo do IVA, quer no sistema dos
contribuintes, quer na AGT; Problemas de interpretação, originando processos de
reclamações e processos judiciais; Facilidade de planeamento fiscal abusivo, originando
a evasão fiscal e a consequente fraude e fuga ao fisco.

Tendo então assim, alguns produtos isentos do IVA. Quase tudo será sujeito ao
IVA, desde as transmissões de bens, prestações de serviços e importações de bens e
serviços, excepto situações residuais que o código expressamente prevê:

1) Produtos Alimentares: Produtos da cesta básica; Leite não concentrado e em pó;


Feijão; Arroz; Farinha de trigo; Farinha de milho (fuba de milho); Óleo alimentar;
Açúcares de cana; e outros produtos como o Sabão;

2) Exportações: Algumas operações relacionadas com o comércio internacional;


Transportes internacionais de passageiros;
3) Isenções sem direito a dedução – Perspectiva micro: Medicamentos com fins
terapêuticos e profilácticos; Livros, incluindo e-books; Produtos petrolíferos
(sujeição a IEC) do Anexo II ao CIVA; Locação de imóveis destinados a fins
habitacionais (excepto actividade hoteleira ou outras com funções análogas);
Operações sujeitas a SISA; Exploração e prática de jogos de fortuna ou azar e de
diversão social; Transporte colectivo de passageiros; Operações de intermediação
financeira, incluindo a locação financeira, exceptuando-se aquelas em que uma
taxa, ou contraprestação específica e predeterminada é cobrada pelo serviço;
Prestação de seguros e resseguros de vida.

Foi oportuno nessa fase de crise económica – financeira, o país implementar o


IVA? No contexto de crise, a implementação do IVA visa fazer face aos objectivos da

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política orçamental e do desenvolvimento económico do País, sendo que na maioria dos
países onde o IVA está implementado, este é considerado como o principal imposto, na
medida em que permite para além do alargamento da base tributária, a atracção de
investimento, a eliminação da dupla tributação existente no imposto de consumo, bem
como o enquadramento gradual da economia informal para formação. Angola tem a
enorme vantagem de beneficiar das experiências que os outros processos de
implementação do IVA, podendo assim, adoptar os melhores procedimentos e acautelar
possíveis erros ou falhas, o que permitiu a criação de um IVA de angolanos para
angolanos, e modo a alavancar a economia nacional.

1.2) IVA NA GESTÃO DAS EMPRESAS

As empresas são organizações com fins lucrativos, comercializadoras de produtos


fabricados (empresas industriais) ou produtos comprados e revendidos (empresas
comerciais). Nas empresas, a gestão é factor determinante para o sucesso dos negócios,
pós, os resultados positivos é o exercício de uma boa gestão empresarial. Gestão é o
processo de determinar, orientar e administrar o caminho a ser seguido para o
cumprimento de objectivos e metas, envolvendo decisões, liderança, motivação,
avaliação e analise, cujo objectivo é disciplinar os elementos as normas e funções a um
controle de qualidade para a obtenção de um resultado eficaz, bem como a satisfação
financeira.

Com base a natureza do IVA, o IVA é um instrumento importante e benéfico para


uma boa gestão, ajudando na organização e desenvolvimento das empresas, quando bem
aplicado e compreendido, trazendo então assim resultados positivos na empresa.

1.2.1) IVA – Importância e benefícios nas empresas

O IVA é um tributo baseado no consumo de bens e serviços, tem um padrão, e sua


base de tributação é constituída pelo valor acrescentado, incidindo o mesmo ao imposto
de consumo tradicional, que baseia-se nas transmissões de bens, prestação de serviços,
importação e nas despesas.

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Angola é um país em via de desenvolvimento, constituído maioritariamente por
pequenas e medias empresas, que muitas deles estão em via de desenvolvimento também,
com IVA, torna o mercado com mais contribuintes para o sector formal da economia. É
um imposto plurifásico e de múltiplas incidências, é fraccionado e liquidado em todas as
fases do ciclo de produção, do produtor ao retalhista. Geralmente, o consumo ou despesa
deduz-se o IVA, que acaba por imposto indirecto.

IVA nas empresas, tem também a importância o não há um aumento exponencial


dos preços e nem encarece a vida do cidadão (Clientes), uma vez que este imposto permite
a eliminação da dupla tributação existente no imposto de consumo que causa aumento
exponencial dos preços. Por outro lado, ajuda na formalização gradual da economia
informal, gerando melhores condições de mercado para cidadão. O cumprimento das
obrigações tributárias, constitui uma importante alavanca para o desenvolvimento
sustentável do país, contribuindo para a satisfação das necessidades dos cidadãos que são
no geral os consumidores finais, e também ajuda as empresas na sua organização,
crescimento de ponto de vista contabilístico, tendo então assim um maior controlo e
desenvolvimento das economias das empresas.

Tendencialmente, o preço dos produtos tem sofrido alterações em função da


procura e oferta, e justifica-se pelo aumento do índice do preço do consumidor. É
importante realçar que a implementação do IVA não influenciará o preço dos produtos
em si, mais sobretudo o custo final do produto.

Por exemplo, se adquirir uma mesa com cadeiras ao preço de AKZ 100.000, com
a entrada em vigor do IVA, o preço da mesa e cadeiras será AKZ 114.000, isto é o agente
económico ficará com AKZ 100.000, e pagará ao Estado AKZ 14.000 de IVA, o preço
das cadeiras manteve-se em AKZ 100.000, enquanto o custo total do bem será de AKZ
114.000.

IVA é o mais justo para todos, aos cidadãos, as empresas e o Estado. Com este
imposto, haverá uma maior recolha de fundos para aplicar nas áreas que vão beneficiar a
vida de todos os cidadãos angolanos, de cabinda ao Cunene, do mar ao leste.

Com a entrada em vigor do IVA, as empresas nacionais terão como benefícios, a


Isenção do IVA na exportação de bens e serviços previstos na legislação; Competitividade
da produção nacional, por via da tributação das importações; o IVA não altera a

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concorrência entre produtos nacionais e estrangeiros, porque todos esses produtos estarão
sujeitos à mesma taxa fiscal. Por exemplo, o pacote de leite produzido em Angola terá a
mesma incidência de IVA que o pacote de leite produzido por um país estrangeiro.

É importante referir que Angola está a passar por um processo de reforma fiscal.
A taxa de imposto industrial tinha sido reduzido de 35% para 30%, e agora com a proposta
do executivo para 25% que também já foi aprovada, medida essa que permite vislumbrar
uma política fiscal expansionista, que terá como finalidade a estabilização do emprego e
o aumento do investimento empresarial.

1.2.2) IVA - Vantagens e desvantagens

As empresas, com a adesão ou enquadramento nos regimes do IVA, têm várias


vantagens, que ajudarão de certa forma no crescimento e desenvolvimento das empresas,
sobre tudo na aplicação com êxito do IVA trás melhoria das actividades comerciais e dos
registos contabilísticos, tendo também algumas desvantagens com a sua aplicação.

Vantagens

A implementação do IVA, de um modo geral, tem a grande vantagem de


alargamento da base tributária. É normalmente uma das mais importantes medidas de
política fiscal, adaptadas pelos países em via de desenvolvimento em todo mundo, é de
facto uma grande ferramenta útil para aumentar a receita fiscal dos governos e
consequentemente evitar a dupla tributação aos seus sujeitos passivos na cadeia de
produção, distribuição e comercialização como acontecia com o imposto de consumo no
efeito em cascata.

Para o sector empresarial, além dessas grandes vantagens que o IVA oferece,
podemos observar outras diversas vantagens como:

 Impedimento da dupla tributação – Com o IVA nas empresa, possibilita as


empresa o impedimento da dupla tributação, é aplicada uma taxa única que incide
apenas ao valor acrescentado em cada fase do processo, incidindo sobre as
mercadorias, serviços e importações, Visto que coma substituição do imposto de
consumo, as empresas têm uma forma de imposto mais justo, transparente e

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neutro, impedindo o efeito cascata (imposto sobre imposto) do imposto de
consumo, que tem onerado os preços do consumo;
 Organização dos sistemas contabilísticos – Com IVA nas empresas, as empresas
terão de ter contabilidade organizada, para melhor controlo, registo e
contabilização das suas actividades, ajudando então assim de certa forma no
crescimento e desenvolvimento das empresas. Por outro lado, os contribuintes
terão de entregar todos os meses a declaração periódica do IVA e, na maior parte
dos casos, efectuar o respectivo pagamento do IVA ao Estado, de salientar que
os contabilistas das respectivas empresas, têm um papel determinante neste
processo. São os contabilistas que irão actuar como mediadores entre as empresas
e o Estado (AGT);
 Redução da carga fiscal, com a supressão do imposto de consumo, existiam
produtos que tinham taxas superiores a 14%, e, com a entrada do IVA, tiveram
uma redução, e gera também uma espécie de anestesia fiscal, pois, estando
escondido no preço da factura, pagando o imposto com o pagamento do preço do
produto ou do serviço prestado, cria no contribuinte, um menor peso, uma menor
consciência daquilo que se pagou;
 Melhor justiça contributiva (demonstração da massa tributável).

Desvantagens

 Os que usufruem de rendimentos mais baixos são tributados da mesma maneira


que aqueles que têm um rendimento mais alto, acabando os primeiros por sentir
mais os efeitos do imposto;
 Problemas na configuração dos sistemas informativos para o módulo do IVA,
quer no sistema dos contribuintes, quer na AGT;
 Problemas de interpretação, originando processos de reclamações e processos
judiciais, complexidade no funcionamento, originando dificuldade de
compreensão e a aplicação com êxito pelas empresas, sobre tudo no processo de
organização contabilístico, quando mal aplicado pode ocorrer pequenos
problemas no IVA a entregar ao Estado, e não só;
 Facilidade de planeamento fiscal abusivo, originando a evasão fiscal e a
consequente fraude e fuga ao fisco.

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1.2.3) IVA e o Imposto de Consumo – Impacto na alteração

Imposto de consumo, no sistema fiscal angolano estava previsto no Decreto


Legislativo presidencial n. 3-A\14, de 24 de Outubro. É um imposto que incide sobre
despesa ou consumo.

Com a aplicação com rigor do IVA em Angola deixou de existir o imposto de


consumo, pois independentemente do IVA, têm o Imposto especial de consumo (IEC),
mas, com uma natureza diferente específica.

O imposto de consumo tradicional é monofásico e tem apenas um sujeito passivo,


porque tributa-se uma única vez. Já o IVA é um imposto plurifásico e de múltiplas
incidências. Geralmente, o consumo ou despesa deduz-se o IVA, que acaba por imposto
indirecto.

O Imposto de Consumo aplica-se à produção e importação de mercadorias,


consultoria, contabilidade, engenharia, gestão, acesso a espectáculos ou eventos, locação
de áreas para eventos, telecomunicações, e comunicações electrónicas, água, energia,
segurança privada, locação de máquinas e equipamentos, hotelaria e actividades conexas,
turismo e aluguer de viaturas, etc. O IVA é um imposto mais abrangente, aplica-se a quase
tudo, desde a transmissão de bens, prestação de serviços importações, excepto situações
residuais que o código prevê, desde a exportação de bens e serviços, isenções para os
sectores da saúde e educação, entre outros, previsto na lei.

O IVA não é um imposto cumulativo, porque o imposto não incide sobre o mesmo
imposto que ocorre nas várias etapas do processo de produção. IVA, é um imposto, que
para além de ser um forte instrumento para a arrecadação de receitas, funciona como um
importante elemento para a atracção ou retenção do investimento nacional e estrangeiro
nos diversos sectores da economia, em virtude de ser mais favorável que o imposto de
consumo.

Com base nisso, o IVA nas empresas, tem um impacto positivo na substituição do
imposto de consumo. Uma vez que para além de ser um forte instrumento para
arrecadação de receitas e outros benefícios fiscais, ela também proporciona enormes
benefícios nas actividades empresariais e no desenvolvimento das mesmas.

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CAPÍTULO 2- IVA NAS EMPRESAS

Imposto é a imposição de um encargo financeiro ou outro tributo sobre o


contribuinte por estado ou o equivalente funcional de um estado a partir da ocorrência de
um facto gerador.

O sistema tributário angolano com relação aos impostos serem pagos pelas
empresas durante o ano dos seus exercícios económicos, podemos encontrar vários como:
Imposto Industrial, Imposto Sobre o Rendimento de Trabalho (IRT), Imposto sobre o
valor acrescentado (IVA), Imposto Especial de Consumo (IEC), Imposto de Selo (IS),
Imposto Predial, etc.

2.1) Funcionamento das empresas com o IVA

Entre os agentes económicos, Família, Empresa e o Estado, as empresas são os


agentes económicos responsáveis pela cobrança do Imposto sobre o valor acrescentado
(IVA), aos clientes (famílias ou consumidor final), através das suas vendas de bens e
serviços, e posteriormente, as empresas devendo fazer chegar ou entregar aos cofres do
Estado.

IVA é um imposto geral aplicado sobre o consumo de bens e serviços e sobre as


importações. Para a cobrança, apenas são autorizados a fazer a cobrança do IVA aqueles
contribuintes classificados como sujeitos passivos, ou seja, aqueles a quem recai a
obrigatoriedade de pagar.

O Imposto de valor acrescentado (IVA) nas empresas, vem substituir o imposto


de consumo, bem como as taxas de imposto de consumo que constavam da pauta
Aduaneira. Por força da entrada em vigor do IVA foi alterado o PGC, pelo decreto 180/19,
de 24 de Maio, que introduziu alterações à lista de contas e respectivas notas explicativas.
Tendo:

34.5 IVA

34.5.1 IVA suportado:

34.5.1.1 Existências;

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34.5.1.2 Meios fixos e investimentos;

34.5.1.3 Outros bens e serviços.

34.5.2 IVA dedutível:

34.5.2.1 Existências;

34.5.2.2 Meios fixos e investimentos;

34.5.2.3 Outros bens e serviços.

34.5.3 IVA liquidado:

34.5.3.1 Operações gerais;

34.5.3.2 Operações abrangidas pelo regime de IVA de caixa;

34.5.3.3 Auto consumo e operações gratuitas;

34.5.3.4 Operações especiais.

34.5.4 IVA regularizações:

34.5.4.1 Mensais a favor do sujeito passivo;

34.5.4.2 Mensais a favor do Estado;

34.5.4. 3 Anual por cálculo do pró rata definitivo;

34.5.4.4 Outras regularizações anuais;

34.5.5 IVA apuramento:

34.5.5.1 Apuramento do regime de IVA normal;

34.5.5.2 Apuramento do regime de IVA de caixa.

34.5.6 IVA a pagar:

34.5.6.1 IVA a pagar de apuramento;

34.5.6.2 IVA a pagar de cativo;

34.5.6.3 IVA a pagar de liquidações oficiosas.

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34.5.7 IVA a recuperar:

34.5.7.1 IVA a recuperar de apuramentos;

34.5.7.2 IVA a recuperar de cativo.

34.5.8 IVA reembolsos pedidos:

34.5.8.1 Reembolsos pedidos;

34.5.8.2 Reembolsos deferidos;

34.5.8.3 Reembolsos indeferidos;

34.5.8.4 Reembolsos reclamados, recorridos ou impugnados.

34.5.9 IVA Liquidações oficiosas:

34.6 Certificado de crédito fiscal a compensar

63.5 IVA

75.3.1.2 IVA.

2.2) Enquadramento das Empresas nos regimes do IVA


As empresas, para cobrança legal do IVA devem ser cadastradas nas suas
respectivas Repartições Fiscais de acordo ao seu enquadramento nos regimes do IVA,
que são regimes de enquadramento das empresas para cobrança legal do IVA aos
consumidores, de maneira também, liquidar, suportar, deduzir, fazer reembolsos, etc do
IVA.

Sujeitos passivos do IVA, são os contribuintes cadastrados na repartição fiscal dos


grandes contribuintes (Regime Geral), isto em uma primeira fase inicial (2019 e 2020).
Para o ano 2021, estava previsto serem sujeitos passivos (do Regime Geral) todos
contribuintes com volume anual de facturação ou de operação de importação superior ao
equivalente em kwanzas a USD 250.000,00 (Duzentos e cinquenta mil dólares), mas
devido algumas situações, os sujeitos passivos do Regime transitório não passaram
directamente para o Regime Geral, criando outros Regimes de tributação do IVA 2021.

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Os sujeitos passivos podem, no entanto, não optar pelo regime geral de tributação
do IVA, apesar de reunirem os requisitos para a adesão a esse regime de tributação, o que
significa que um determinado sujeito passivo que não esteja registado na Repartição
Fiscal dos Grandes Contribuintes pode não estar abrangido pelo regime geral de
tributação do IVA, por opção, e cumprir cumulativamente todos os requisitos legais,
acima identificados, para ele poder aderir, foram sujeitos a uma tributação simplificado,
(também chamado de regime transitório) nos exercícios fiscais de 2019 e 2020, desde que
tenham atingido no exercício anterior, um volume anual de negócios ou operações de
importação superior em Kwanzas ao equivalente a USD 250.000,00. Caso não atinjam
fiquem enquadrados no regime de não sujeição. Os contribuintes do Regime não sujeição
que reúnam as condições necessárias, poderiam solicitar a sua adesão a qualquer
momento.

As empresas sem a contabilidade organizadas, em uma fase inicial, estes


contribuintes foram para o regime simplificado Declarativo, de forma a proteger os seus
rendimentos. Os contribuintes deste regime, sobre a sua declaração fiscal mensal, lhes
são criados benefício fiscal na dedução de uma percentagem a colecta definitiva do
Imposto Sobre o Rendimento. Existem então assim:

1) Regime geral;
2) Regime transitório;
3) Regime de não sujeição;
4) E Regime de caixa, uma derivação do regime geral.

2.2.1) Regime Geral;

Regime Geral do IVA, este é o regime principal, uma vez que os outros regimes
na sua essência são criados de maneira a facilitar na adaptação daquelas empresas que
não são grandes contribuintes e que não tenham contabilidades organizadas de maneira a
trazer elas na realidade da cobrança do IVA e posteriormente serem enquadrados no
regime Geral.

Contabilização do IVA no regime geral

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A Lei n.º 7/ 2014, de 24 de Abril, que aprovou o Código do IVA, alterada pela Lei
n.º 17/19, de 13 de Agosto, dispõe que o Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA)
entrou em vigor a 1 de Outubro de 2019 (artigo 1.º e 3.º, n.º 1 dos referidos Diplomas).

As disposições do código do IVA aplicam-se com carácter obrigatório, aos


sujeitos passivos cadastrados na Repartição Fiscal dos Grandes Contribuintes, e às
importações de bens.

2.2.1.1) IVA Suportado, Dedutível e Liquidado

O IVA é um imposto que incide, como regra, sobre o valor acrescentado pela
entidade. Daqui resulta o mecanismo da liquidação e dedução, ou seja, o valor a entregar
ao estado é o resultante do valor do IVA liquidado deduzido do IVA suportado e que seja
dedutível, daqui resulta um conjunto de contas que estruturam a regra do IVA e são eles:
O IVA dedutível; O IVA liquidado; e ainda a conta de IVA suportado para ajudar a melhor
contabilizar o IVA dedutível em determinadas situações, nomeadamente no “regime de
caixa”

IVA SUPORTADO

IVA Suportado, é o valor do imposto que a empresa paga no momento de


aquisição do produto ou serviço. Ou seja, é um imposto efectivamente suportado pelo
consumidor final, mas o agente económico que transacciona bens ou serviços tem o
direito de deduzir o IVA suportado nas aquisições, entregando ao estado a diferença entre
o IVA liquidado e o IVA dedutível (IVA entregue ao Estado = ao IVA liquidado – IVA
Dedutível. O IVA suportado não equivale necessariamente ao IVA dedutível, pois nem
todo o IVA suportado é dedutível.

34.5.1-IVA suportado, é de natureza devedora e a cada período de apuramento do


imposto, esta conta deve ter saldo nulo, sendo apenas obrigatório no Regime de Caixa; É
facultativa em função da organização interna da empresa, por exemplo, nas aquisições,
se houver dúvidas se é ou não dedutível, pode se utilizar esta conta de IVA Suportado e
posteriormente quando se concluir, fazer a passagem. Esta conta está desdobrada em
subcontas para as 3 componentes de aquisições: IVA suportado nas existências, Meios
fixos e Investimentos.

O IVA DEDUTÍVEL

22
34.5.2 - IVA dedutível, é uma conta de natureza devedora, revela o valor do IVA, que,
dada a natureza das operações subjacentes à actividade exercida, seja susceptível de
dedução nos termos previsto no Código do IVA. Em cada período de apuramento do
imposto, o saldo deve ser nulo. Esta conta:

 É debitada pelos valores do IVA dedutível relativo a aquisições efectuadas:


34.5.2.1 Existências; 34.5.2.2 Meios fixos e investimentos; 34.5.2.3 Outros bens
e serviços.
 É creditada, para transferência do saldo respeitante ao período de tributação, por
débito da rubrica: 34.5.5.1- Apuramento do regime de IVA normal.

Contabilização
(1) No caso de aquisição de mercadoria, bens ou serviços ou meios fixos e
investimentos, a pronto pagamento ou a crédito, com o IVA Dedutível
Nº Conta Nome da conta Débito Crédito
21.2\75.2\1.x Compras – Mercadorias X
IVA Dedutível – Existências, Outros
bens e serviços, Meios fixos e
34.5.2.1\34.5.2.2\34.5.2.3 investimentos X
45\43\32.1. Caixa, Depósito à ordem e fornecedores X

O IVA LIQUIDADO

34.5.3 - IVA liquidado, é de natureza credora, é o imposto aplicado aos clientes nas
vendas que a empresa efectua. O IVA incide sobre as vendas de produtos e serviços,
sendo pago ao comerciante ou prestador de serviços correspondente ao IVA liquidado
(Imposto recolhido nas vendas). O facto gerador e a exigibilidade ocorrem:

Nas transmissões de bens, quando os bens são postos à disposição do adquirente; Nas
prestações de serviços, no momento da sua realização; E nas importações, no momento
do cumprimento dos direitos e demais imposições estabelecidas pelas disposições
aplicáveis aos direitos aduaneiros.

34.5.3 IVA liquidado:

34.5.3.1 Operações gerais;

34.5.3.2 Operações abrangidas pelo regime de IVA de caixa;

23
34.5.3.3 Auto consumo e operações gratuitas;

34.5.3.4 Operações especiais.

A subconta 34.5.3.1- Operações gerais e 34.5.3.2-Operações abrangidas pelo regime


de IVA de caixa

 Credita-se o imposto liquidado nas facturas ou documentos equivalentes emitidos


pelo sujeito passivo.
 Debita-se por crédito da conta 34.5.5.1 IVA apuramento do regime de IVA normal
pela transferência do saldo respeitante ao período de tributação
(1) Venda de mercadorias com liquidação de IVA
Nº Conta Nome da conta Débito Crédito
31.1.x Cliente Corrente X
34.5.3.1 IVA Liquidado - Operações gerais X
61.3.x Venda – Mercadoria X

A subconta 34.5.3.3 – Auto consumos e operações gratuitas: Debita-se pela cona de


custo 75.3.1.2 e Credita-se pela respectiva conta.

2.2.1.2) Regularizações do IVA

34.5.4 - O IVA regularizações, é uma conta que não tem um saldo natural podendo ter
consequentemente natureza devedora ou credora. Destina-se a registar as correcções de
imposto a favor do sujeito passivo ou a favor do Estado apuradas nos termos do CIVA,
Esta conta tem quatro subcontas correspondendo às quatro situações que exigem a
regularização do IVA:

34.5.4 IVA regularizações:


34.5.4.1 Mensais a favor do sujeito passivo;
34.5.4.2 Mensais a favor do Estado;
34.5.4. 3 Anual por cálculo do pró rata definitivo;
34.5.4.4 Outras regularizações anuais;

24
Notas explicativas do PGC

IVA (conta 63.5) – Esta conta destina-se a registar as regularizações anuais por
cálculo do pro-rata, quando estas sejam a favor do Estado.

IVA (conta 75.3.1.2) – Esta rubrica destina-se a registar o momento do IVA não
dedutível nos termos do CIVA…Esta conta é utilizada quando se mostrar difícil na
imputação específica da referida conta de custo de aquisição de bens e serviços.

2.2.1.3) Apuramento do IVA (a pagar e a receber)

O apuramento do IVA deve ser realizado em função dos prazos legais e consiste
em juntar um conjunto de contas, com saldos devedores (IVA a favor do sujeito Passivo)
e com saldos credores (IVA a favor do Estado) e verificar qual a resultante desse
somatório. Caso o saldo do apuramento seja devedor então estamos perante um valor a
recuperar, se for credor então resulta a obrigação de pagamento.

No regime Geral, o IVA não significa um custo para as empresas, pois o imposto
a entregar ao Estado corresponde á diferença entre o IVA cobrado por estas aos clientes
e o IVA pago por ela aos fornecedores. A conta de IVA apuramento, conta 34.5.5. tem
duas subcontas: Uma para o regime normal e outra para o regime de caixa.

34.5.5 IVA apuramento:


34.5.5.1 Apuramento do regime de IVA normal;
34.5.5.2 Apuramento do regime de IVA de caixa.

34.5.6- IVA a pagar


34.5.6.1 - IVA a pagar de apuramento
Esta conta, de natureza credora, destina-se a revelar o montante do imposto a pagar ao
Estado pelo sujeito passivo e deve ser movimentada da seguinte forma:
 Debita-se por contrapartida das contas 34.5.5.1 -Apuramento do regime de IVA
Nota: Aquando do pagamento debita-se por contrapartida de Caixa contas 43 ou 45.

34.5.7- IVA a recuperar


34.5.7.1 – IVA a recuperar de apuramento

25
Esta conta, de natureza devedora, destina-se a evidenciar o montante do crédito de
imposto sobre o Estado, no final de cada período de tributação e deve ser movimentada
da seguinte forma:
 Credita-se por contrapartida das contas 34.5.5.1 -Apuramento do regime de IVA
normal (ou 34.5.5.2 -Apuramento do regime de IVA de caixa no caso do regime
de caixa)
2.2.1.4) Reembolso

REEMBOLSO

Os sujeitos passivos beneficiam-se de reembolso do IVA pago nas suas compras


de bens e serviços, o que garante que os preços por eles praticados sejam em regra mais
competitivos no mercado.

O IVA não é sempre reembolsável, Apenas são permitidos de reembolso dos


custos que concorrem directamente para a actividade de exploração da empresa. E o
reembolso são concedido em dinheiro directamente para conta bancária do sujeito
passivo, ou através do certificado de crédito fiscal, mecanismo que permite o contribuinte
efectuar oi pagamento de outros impostos e direitos aduaneiros.

34.5.8 -IVA reembolsos pedidos, na sequência da decisão que a empresa tem de tomar,
quando tem IVA a recuperar, tendo as condições para fazer o pedido, surge esta conta. É
de natureza devedora. Esta conta tem um conjunto de subcontas para melhor controlo,
nomeadamente:

34.5.8 IVA reembolsos pedidos:

34.5.8.1 Reembolsos pedidos;

34.5.8.2 Reembolsos deferidos;

34.5.8.3 Reembolsos indeferidos;

34.5.8.4 Reembolsos reclamados, recorridos ou impugnados.

26
2.2.2) Regime Transitório

O Regime transitório do IVA, é um método simplificado de tributação do IVA,


que entrou em vigor em Angola, desde a entrada do IVA até no final de 2020 (31-12-
2020), sem aplicação das exigências previstas no código do IVA para os contribuintes
cadastrados na Repartição Fiscal dos grandes contribuintes.

Enquadramento, têm um volume de negócio ou operações de importância anual superior


ao correspondente equivalente em kwanzas a USD 250.000,00 (Duzentos e cinquenta mil
dólares americano).

Os contribuintes deste regime que efectuarem a submissão mensal do mapa de


fornecedores, podem reduzir do IVA a pagar trimestralmente, o correspondente a 4% do
IVA suportado nas suas aquisições de bens e serviços. Não é concedido reembolso de
IVA, devido o excesso da dedução do imposto ser efectuada nos períodos de imposto
seguintes até ao fim do período transitório, considerando-se definitivo o imposto
suportado.

Movimentos contabilísticos, se admitirmos por exemplo uma aquisição de mercadorias,


bens ou serviços ou meios fixos e investimentos, a pronto pagamento ou crédito, de 1.000
Kz, teríamos os seguintes lançamentos:

Nº conta Nome da conta Débito Crédito


21.1/21.2 Cmp de mercadoria, cmp de Meios fixos e invest. 1134,4
34.5.2.1 IVA Dedutível – Existência 5,6
43/45/32.1/37 Banco, Caixa, Fornecedor, Outros valores a pagar 1140
34.5.1.1 IVA Suportado – Existência 140
34.5.1.1 IVA Suportado – Existência 140

Nota: O valor de 5,6 do IVA dedutível foi obtido calculando 4% sobre o IVA constante
na factura do fornecedor. No caso:

......................... 140

=...................... 5,6
de 1.140 – 5,6 =.................1.134,4

27
2.2.3) Regime de não sujeição
- Enquadramento, ficam abrangidos pelo regime de não sujeição, as pessoas singulares
ou colectivas que, nos 12 meses anteriores, tenham atingido um volume de negócios igual
ou inferior a 250.000,00 USD.
- Benefício fiscal, Sempre que submeterem o mapa de fornecedores, os sujeitos
abrangidos pelo regime de não sujeição podem deduzir à colecta do imposto sobre o
rendimento o correspondente a 10% do imposto suportado nas suas aquisições de bens e
serviços que constem do mapa de fornecedores. Caso a colecta seja negativa nesse
período, o benefício pode ser deduzido na declaração de rendimentos do período seguinte
até ao prazo de caducidade previsto no Código Geral Tributário.

Movimentos contabilísticos

-Aquando as vendas (transmissão de bens e serviços), não havendo a obrigação de


liquidação o movimento deve ser de uma venda simples sem qualquer preocupação pelas
contas do IVA. (Registo normal). Aquando as aquisições (de bens e serviços), faz-se
movimentos normais com as respectivas contas incluindo o IVA (34.5.1.1).

No momento de encerramento de contas.


Calcular o valor do benefício fiscal que é de 10% sobre o IVA suportado. Este
cálculo fica mais simplificado se tivermos optado por utilizar a conta 34.5.1 x pois
temos centralizado todos os registos de aquisições com IVA suportado.

2.2.4) Regime de Caixa.


Podem optar pela liquidação e pagamento do imposto em “regime de IVA de
caixa”, os sujeitos passivos que tenham atingido no exercício anterior um volume de
negócios ou efectuado, operações de importação igual ou inferior ao equivalente em
Kwanzas a 3.000.000 USD; e as entidades cujo objecto social seja exclusivamente a
distribuição de água potável e energia eléctrica,

No apuramento do IVA, é semelhante ao regime geral tendo apenas em atenção às


contas de IVA liquidado e IVA apuramento que tem contas específicas.

28
2.3) Alteração dos Regimes de enquadramento no IVA das
empresas (2021)
Submissão da declaração fruto das alterações ao CIVA

A administração geral tributária (AGT), aos 4 de Janeiro de 2021 comunicou a todas as entidades
(pessoas singulares ou colectivas) que realizem operações económicas sujeitas ao imposto sobre valor
acrescentado (IVA), nos termos do artigo 3. Do CIVA, independentemente do sector de actividade em que
estejam inseridas ou do seu volume de vendas anual, tenham elas fins lucrativos ou a título altruístico, que
devem preceder a actualização do seu cadastro para efeito de enquadramento num dos regimes de
tributação deste imposto, ou em alternativa, dirigir-se a Repartição ou Posto Fiscal mais próximo.

Razões, a sucessão de acontecimento, aliadas a outras dificuldades que os próprios


contribuintes foram reportando nos últimos 12 meses do ano 2020, levou a concluir que
não seria prudente deixar transitar todos os contribuintes no regime transitório para o
Regime geral já em Janeiro de 2021, facto que justificou a proposta de criação de um
regime simplificado, que vem acolher grande parte dos contribuintes do regime transitório
que não estejas preparados para transição, bem como alguns contribuintes do regime de
não sujeição;

Regimes de tributação do IVA - 2021

Para o ano 2021, existem então assim 3 Regimes: Regime Geral, Regime
Simplificado e o Regime de Exclusão.

Regime Geral

Para o ano 2021, estão sujeitos ao Regime Geral, os contribuintes com volumes
de negócios ou operações superior a Kzs, 350.000.000,00 nos 12 meses anteriores; Todos
aqueles neles já enquadrados; Adesão facultativa.

Regime simplificado

Estão sujeitos ao Regime Simplificado, os contribuintes com volume de negócio


ou operações de importação igual ou inferior a Kz: 350.000.000 (nos 12 meses
anteriores); Apuramento do imposto devido mensalmente.

Regime de exclusão

Para este Regime, o volume de negócio ou operações de importação inferior a Kz:


10.000.000,00, e os contribuintes é sem qualquer obrigação em sede de IVA.
29
3.4) Influência do IVA nos resultados das empresas
3.4.1) Efeito do IVA nos resultados das empresas

Imposto Industrial, é o imposto que incide sobre os lucros obtidos no exercício de


qualquer actividade de natureza comercial ou industrial. É resultante de uma percentagem
do RAI (Resultado Antes do Imposto) das empresas.

RAI = Proveitos – Custo

Imposto Industrial = RAI x 25%

Resultado Líquido = RAI – 25% (Imposto Industrial)

(Lei nº 19/14, de 22 Outubro, foi alterada pela Lei nº 26/20, 20 de Julho), A taxa
geral do Imposto Industrial, actualmente é de 25%. Para os rendimentos provenientes de
actividades exclusivamente agrícolas, aquícolas, apícolas, avícolas, piscatórias, silvícolas
e pecuária, a taxa única é de 10%. E para os rendimentos provenientes de actividades do
sector bancário e seguros, operadoras de telecomunicações e de empresas petrolíferas
angolanas, aplica-se a taxa única de 35%.

O IVA é um imposto que incide sobre a despesa/consumo e o imposto industrial


incide sobre o rendimento sendo nessa consequência que os impostos são independentes
não havendo efeitos directos entre os mesmos. Em geral, IVA não movimenta custos nem
proveitos, então, não contribui para a formação do resultado não interferindo assim no
resultado bruto do exercício das empresas, Deste modo não interferindo ao resultado
líquido e o imposto industrial.

No entanto há algumas situações que devem ser analisadas quando aos seus efeitos
no resultado das empresas. No sentido de saber, se eventuais registos em custos e
proveitos provocados por alguns preceitos do IVA são aceites como custos ou proveitos
em resultados da empresa.

Como regra os efeitos do IVA que podem influenciar directa ou indirectamente


custos e proveitos são aceites no imposto industrial. O registo das operações em custos
ou proveitos do exercício decorrente da obrigação de contabilização do IVA em
conformidade com o disposto no CIVA, implica a sua aceitação para efeitos fiscais, não
resultando em quaisquer acréscimos ou deduções fiscais ao resultado líquido do exercício

30
para a determinação do lucro tributável em sede de imposto industrial, Vejamos as
diversas situações:

No regime geral, o IVA suportado que não é dedutível acresce à conta onde ficou
registada a aquisição seja numa conta de custo (75), seja como activo, por exemplo em
existências ou em Imobilizados. Este IVA que acresce as contas de custo, seja no não
reconhecimento das existências por venda ou outro motivo ou ainda no caso do activo
imobilizado aquando as amortizações, é aceite para efeitos dos resultados, e no regime de
IVA Caixa a situação é exactamente a mesma que no regime geral.

Quando estamos perante a situação de uma actividade mista, ou seja em que temos uma
parte da actividade com produtos ou serviços isentos e outra parte, por exemplo, no
regime geral, pode-se colocar aqui a questão da aplicação do `pro rata` e nesse sentido
provocar a necessidade de regularizações no final do período por aplicação do `pro rata`
definitivo.

O regime de não sujeição no que se refere ao IVA dedutível tem um


comportamento idêntico ao IVA de caixa já que apenas uma parte do IVA suportado é
passível de dedução sendo o remanescente a acrescer à conta do custo de aquisição
associada ou na sua dificuldade à conta 75.3.1.2.

Para a determinação do imposto a pagar, no regime transitório têm direito à


dedução de 4% do imposto suportado nas aquisições de bens e serviços que constem do
mapa de fornecedores. O que significa que o direito à dedução de 4% do imposto
suportado depende da submissão do mapa de fornecedores, do qual devem constar as
aquisições de bens e serviços a sujeitos passivos do regime geral do imposto, bem como
a prestadores de serviços não residentes, mas não está limitado pelas exclusões do direito
à dedução do IVA. Não é concedido reembolso de IVA.

Pode-se concluir então que, em geral, o IVA não tem implicações directa nos
resultado das empresas salvo alguma situação de factos resultantes erros ou omissões às
regras de contabilização do IVA já que nestas situações esses custos e proveitos dai
resultantes não concorrem para a determinação do lucro tributável, devendo ser acrescido
ou deduzido ao resultado líquido do exercício.

31
CAPÍTULO 3 - CASO PRÁTICO

Historial da empresa

A empresa Mobiliário LM, Lda dedica-se no fabrico e venda de mobiliários e


prestação de serviços na manutenção e montagem de mobiliário, fundado no dia 5 de
Janeiro de 2020 por apenas 2 sócios, localizado na província de Luanda no município de
Luanda na Avenida 21 de Janeiro.

Objectivo da empresa

Objectivo Económico

Trabalhar com eficiência e eficácia de forma a maximizar os lucros e minimizar


os custos, e expandir os nossos produtos e serviços a nível nacional.

Objectivos Sociais

Expandir a sociedade mobiliários e serviços de qualidades, e dar oportunidades


aos jovens, munindo-lhes de conhecimentos técnicos, procurando forma-los afim de
alcançar resultados para execução das actividades sociais e profissionais.

Classificação

No ponto de vista jurídico a nossa empresa classifica-se como uma sociedade por
quota, Lda está constituída por 2 sócios o capital inicial da empresa é de 1.000.000,00
Kwanzas, sendo Miguel Segunda Santareno – 60% (600.000,00) e Mauro Leandro
Manuel – 40% (400.000,00)

Número de funcionários,

A empresa Mobiliário LM, Lda quanto a sua dimensão é uma pequena empresa,
está constituída por 53 funcionários, na qual 25 na área de produção e prestação de
serviços, 12 para o armazém e comércio, 3 para segurança e vigilância, 3 para limpeza, 5
na área administrativa, e por fim 5 área financeira.

32
Missão da empresa

Trabalhar o máximo com união, no fabrico e prestação de serviços que satisfaçam


as necessidades dos consumidores, ser uma empresa que esteja na linha da frente de
referência de outras empresas que exercem a mesma actividade (fabrico e comércio de
mobiliário ou prestação de serviços na manutenção e montagem de mobiliário).

Organigrama da empresa

DIRECTOR GERAL

DIRECTOR INDUSTRIAL E DIRECTOR


COMERCIAL ADMINISTRATIVO

CHEFE DE PRODUÇÃO E
APROVISIONAMETO CHEFE DE VENDAS CHEFE DE RECURSOS HUMANO CONTABILISTAS

TRABALHADORES TRABALHADORES

33
3.2) Operações da empresa com relação o funcionamento do IVA

Durante o exercício económico 2020, a empresa Mobiliário LM, Lda realizou


diversas operações em Kz, que serviram de suporte para as informações contabilísticas,
Económicas (DR) e financeira (BL). Com base nisso, vamos fazer apenas a demonstração
de algumas operações realizadas, para um esclarecimento melhor na prático, com relação
o funcionamento do IVA nas contabilidades da Empresa, sobre o essencial (IVA
liquidado, suportado, dedutível e o apuramento do IVA a entregar ao Estado).

1) IVA Liquidado, Venda de mobiliário no preço de 90.000,00, a um particular;


2) IVA Suportado não Dedutível, Aquisição de 2 ar condicionados ao Kero, 350.000,00
cada. Sabendo que a empresa Kero, está no Regime Geral do IVA;
3) IVA Dedutível, Aquisição de madeiras no valor de 100.000,00 a pronto pagamento com
taxa do IVA de 14% incluso. Pelo método de afectação Real.
4) IVA apuramento, Venda de 100 cadeiras a 4.500,00 cada, adicionados 14% do IVA, e
adquiriu serviços de consultoria fiscal ao montante de 100.000,00 com 14% IVA,
adicionados.

RESOLUÇÃO

1 R: IVA Liquidado = Preço x 14%


IVA Liquidado = 90.000,00 x 14%
IVA Liquidado = 12.600,00
Assim sendo o Valor de Venda é 102.600,00

Nº Conta Nome da conta Débito Crédito


45.1 Caixa 102.600.00
34.5.3.1 IVA Liquidado – Oper. Gerais 12.600,00
61.3.x Venda – Mercadoria 90.000,00

2 R: IVA suportado = (350.000,00 x 2) x 14%


IVA Suportado = 700.000,00 x 14%
IVA Suportado = 98.000,00

Nº Conta Nome da conta Débito Crédito


45.1 Caixa 798.000,00

34
34.5.1.2 IVA suportado – M. F e invest 98.000,00
11.2 Imobilizado 700.000,00

3 R: IVA Dedutível = 100.000,00 x 14%


IVA Dedutível = 14.000,00
Preço Total = 114.000,00

Nº Conta Nome da conta Débito Crédito


43 Depósito à ordem 114.000,00
34.5.2.1 IVA Dedutível – Existências 14.00,00
11.2 Imobilizado 100.000,00

4 R: Venda = 4.500 x 100


Venda = 450.000,00
IVA Liquidado = 63.000,00
Total Preço = 513.000,00
Aquisição de serviço = 100.000,00
IVA Dedutível = 14.000,00
IVA apuramento = IVA Liquidado – IVA Dedutível
IVA apuramento = 63.000,00 – 14.000,00
IVA apuramento = 49.000,00

1 - Pela venda de mercadoria


Cod Conta Débito Crédito
61 Venda 450.000,00
43 Depósito à ordem 513.000,00
34.5.3.1 IVA Liquidado 63.000
2 - Pela aquisição de serviços de consultoria
75.2 FST 100.000,00
43 Depósito à ordem 114.000,00
34.5.2.1 IVA Dedutível 14.000,00 14.000,00
3 - Pelo apuramento
34.5.5.1 IVA Apuramento 14.000,00 19.600,00
34.5.5.1 IVA Apuramento 49.000,00 49.000,00
34.5.6.1 IVA a pagar do apuramento 49.000,00
OBS: VA Liquidado > IVA Dedutível, temos IVA a entregar ao Estado

IVA Liquidado < IVA Dedutível, temo IVA a recuperar do Apuramento IVA Liquidado

IVA Liquidado = IVA Dedutível, não temos nada a entregar ao Estado (Nulo)

35
3.3) Demonstração de Resultados e Balanço Final

Empresa Mobiliário LM, Lda, Demonstração de Resultados do período exercício económico


2020, valores expressos em Kwanza.

Demonstração dos Resultados-2020


Cod Designação Exercício-2020
61 Vendas 11 500 000,00
Sub Total 11 500 000,00
71 Custo de mercadoria vendidas - 4 100 000,00
72 Custo com pessoal - 1 300 000,00
73 Amortizações do Exercício - 54 137,03
75 Outros custos e perdas operacionais - 1 050 000,00
Sub Total - 6 504 137,03
82 Resultados operacionais: 4 995 862,97
83 Resultados Financeiros 60 510,00
Resultado Antes do Imposto 5 056 372,97
87 Imposto Sobre lucro (30%) 1 516 911,89
88 Resultado Liquido do exercício 3 539 461,08

36
Empresa Mobiliário LM, Lda, Balanço final do período exercício económico 2020,
valores expressos em Kwanzas.

BALANÇO FINAL – 2020


Cod Descrição Valor Cod Descrição Valor
Activo Capital Próprio + Passivo
Activo não corrente Capital Próprio
1 Meios fixos e investimentos 51 Capital 1 000 000,00
Imobilizados 88 Resultado do exercício 3 539 461,08
11 Imobilizações corpóreas 113 353,75
12 Imobilizações incorpóreas 507 000,00 Total Capital próprio 4 539 461,08
14 Imobilizações em curso 5 120 000,00 Passivo
Sub total 5 740 353,75 Passivo não corrente
18 Amortizações acomuladas - 54 137,03 33 Empréstimo de ML prazos 1 920 000,00
Sub total - 54 137,03 Total Passivo corrente 1 920 000,00
Total activo não corrente 5 686 216,72 Passivo Corrente
Activo corrente 32 Fornecedores 31 843 050,00
2 Existências 34 Estado
26 Mercadorias 5 503 000,00 Imposto sobre o lucro 1 516 911,89
28 Adiant. por conta de compra 1 280 000,00 Imposto s/rend. Trabalho (IRT) 380 312,84
Sub total 6 783 000,00 Imposto s/valor acresc. (IVA) 450 320,39
3 Terceiros Outros impostos 226 158,38
Contas a receber Segurança Social 66 746,38
31 Cliente 17 444 777,51 IPU - 15% 66 408,38
34 IVA a recuperar 153 667,57 37 Outros valores a pagar 915 083,78
37 Outros valores a receber 367 000,00
Sub total 17 965 445,08
4 Meios monetário
Disponibilidades
43 Depósito à ordem 11 380 131,32
45 Caixa 109 660,00
sub total 11 489 791,32 Total passivo corrente 35 464 992,04
Total activo corrente 36 238 236,40 Total passivo 37 384 992,04
TOTAL ACTIVO 41 924 453,12 Total Cap. Próprio + Passivo 41 924 453,12

37
CONCLUSÃO

Depois de tantas pesquisas e um estudo feito sobre o IVA no geral, chegamos a


conclusão que, de facto, o IVA é um imposto de extrema importância no funcionamento
das empresas, quando bem aplicado e compreendido, impacta direcatamente de forma
positiva na gestão das empresas, influenciando indirectamente nos resultados, uma vez
que o IVA não movimenta custos nem proveitos.

IVA é um imposto indirecto e plurifásico, que incide sobre a despesa ou consumo,


e tributa o valor acrescentado das transacções que são efectuadas pelo contribuinte. É um
imposto que alarga a base tributária, impede a dupla tributação, organiza o sistema
contabilísticas, reduz a carga fiscal dando uma melhor justiça contributiva as empresas.

Também chegamos a conclusão, que o IVA é um imposto com modalidade


diferente dos outros, sobre tudo o imposto de consumo, porque para além de ser um forte
instrumento para arrecadação de receitas e outros benefícios fiscais, ela proporciona
enormes benefícios nas actividades empresariais e no desenvolvimento das mesmas.

Sendo a gestão um processo de determinar, orientar e administrar o caminho a ser


seguido para o cumprimento de objectivos, envolvendo decisões, liderança, motivação,
avaliação e análise, cujo objectivo é disciplinar os elementos, as normas e funções e um
controle de qualidade para obtenção de um resultado eficaz, bem como a satisfação
financeira, é o factor determinante para o sucesso dos negócios. O IVA traz benefícios
fiscais nas empresas, é um imposto que obriga no geral, a organização contabilística,
melhoria nas informações contabilísticas, ajudando então assim, no exercício de uma boa
gestão nas tomadas de decisões influenciando nos resultados positivos da empresa.

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

Ordem dos Contabilistas e Peritos contabilistas de Angola (OCPCA) - Manual


Contabilização do IVA 2020;

Plano Geral de Contabilidade Actualizado 2021;

Livro de Gaspar Nongava Quintino – Lições de Fiscalidades 2020;

Administração Geral Tributária (AGT) – Guia do Sistema Tributária Angolano 2020

Administração Geral Tributária (AGT) – Guia do Sistema Tributária Angolano 2021

Website AGT: www.agt.minfin.gov.ao

Website Ministério das Finanças: www.minfin.gov.ao

Website Deloite PDF, Livro actualizado sobre o IVA.

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