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O presente trabalho aborda sobre ‘’O mecanismo de apuramento do IVA nos regimes
específicos’’. Primeiro dizer que, o termo IVA foi introduzido na união europeia há mais
de 40 anos, numa altura em que o mercado era muito diferente de hoje. Apesar dos
esforços feitos ao longo dos anos para modernizar e simplificar o sistema de IVA etapa
por etapa, é incontestável que o sistema actual já não responde às necessidades de uma
economia moderna movida pelos serviços e baseada na tecnologia.
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IVA Liquidado – IVA aplicado aos clientes nas vendas que a empresa
efectua.
IVA dedutível – IVA aplicado às compras que a empresa efectua aos
fornecedores.
IVA apuramento– IVA que a empresa apura após as suas vendas e compras,
donde terá a receber ou a pagar ao Estado.
Valor dedutível = Valor liquidado – A empresa não paga nem recebe do Estado
O IVA visa tributar todo o consumo em bens materiais e serviços, abrangendo todas as
fases do circuito económico, desde a produção ao retalho, sendo porém a base
tributável limitada ao valor acrescentado em cada fase.
3.1.2.Características do IVA
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3.1.3.Incidência do IVA
O IVA incide sobre todas as transmissões de bens e prestações de serviços que tenham
lugar em Portugal sobre as transmissões de bens e sobre as operações intracomunitárias.
Realizadas em território nacional.
Transmissões de bens
Prestação de serviços
Importação de bens
Operações intracomunitárias efectuadas em território nacional
3.1.4.Incidência subjectiva
1ª Secção:
As pessoas singulares ou colectivas que, de um modo independente e com carácter
regular, exerçam as seguintes actividades:
Actividades de produção;
Comércio ou prestação de serviços;
Actividades extractivas e agrícolas;
Profissões livres.
2ªSecção:
3ªSecção:
4ª Secção:
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O Estado e as demais pessoas colectivas de direito são sujeitos passivos do imposto
quando exerçam algumas das seguintes actividades e pelas operações tributárias delas
decorrentes, salvo quando se verifique que as exercem de forma não significativa:
Telecomunicações:
Distribuição de água, gás e electricidade;
Transporte de bens;
Prestação de serviços portuários;
Transporte de pessoas;
O IVA é devido e torna-se exigível a partir do momento em que os bens são colocados á
disposição do comprador ou adquirente ou, tratando-se de prestação de serviços, a partir
do momento da sua realização. Quanto ás importações, o IVA será aplicável no
momento determinado pelas disposições do Direito Aduaneiro. Sempre que a
transmissão de bens ou prestação de serviços dê lugar á obrigação de emitir uma factura
ou documento equivalente, o imposto torna-se exigível no momento da emissão dessa
factura ou documento equivalente ou no momento em que termina o prazo, se o
prazo de emissão da factura não foi respeitado (5 dias após a entrega de bens ou
prestação do serviço).
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Autoliquidado pelo sujeito passivo:
Nos termos dos artigos 6.º e 30.º
Nas aquisições intracomunitárias de bens.
Nas situações de inversão do sujeito passivo.
Liquidado no auto consumos e operações gratuitas.
3.3.3.Regularizações de imposto:
Erros ou omissões.
Devoluções e descontos.
Anulações de recebimentos antecipados.
Créditos incobráveis.
De imposto deduzido:
Devoluções, descontos, erros e omissões, etc.
Pagamentos antecipados
Regularização do pro rata.
2.Sujeitos passivos que têm direito integral à dedução do IVA suportado (com excepção
do relativo às despesas referidas no art. 21).
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Os que praticam exclusivamente operações sujeitas a IVA e delas não isentas;
e/ou
Os que praticam as operações previstas na alínea b) do n.º 1 do art. 20.º do
CIVA (as designadas “operações à taxa zero”).
3. Sujeitos passivos que apenas têm direito à dedução de uma parte do IVA suportado
Umas das obrigações do sujeito passivo de IVA, não isento, é declarar periodicamente,
em cada período fiscal a que está sujeito, isto é, mensal ou trimestral; o valor devido ou
o crédito de imposto. Para isso, preenchemos a Declaração Periódica de IVA que tem
como objectivos apresentar as operações relativas ao período considerado de imposto e
apurar o valor desse imposto. Os dados da declaração periódica devem ser transmitidos
através de via electrónica, pelo sujeito passivo do imposto.
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Nota: A Declaração periódica só é validada quando um técnico oficial de contas a
valida, através de vinhetas. Havendo falta de identificação do técnico oficial de contas a
declaração, considera-se como não apresentada.
3.5.1.Regimes especiais
1. Regime de isenção
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Sem prejuízo do disposto no n.º 2 do artigo 53.°, os retalhistas que sejam
pessoas singulares, não possuam nem sejam obrigados a possuir contabilidade
organizada para efeitos de IRS e não tenham tido no ano civil anterior um
volume de compras superior a 20.000 para apurar o imposto devido ao Estado
aplicarão o coeficiente de 25% ao valor do imposto suportado nas aquisições de
bens destinados a vendas sem transformação.
Ao imposto determinado nos termos do número anterior será deduzido o valor
do imposto suportado nas aquisições de bens de investimento e outros bens para
uso da própria empresa, salvo tratando-se dos que estejam excluídos do direito à
dedução nos termos do n.º 1 do artigo 21.°.
O volume de compras a que se refere o n.º 1 é o valor definitivamente tomado
em conta para efeitos de tributação em IRS.
No caso de retalhistas que iniciem a sua actividade, o volume de compras será
estabelecido de acordo com a previsão efectuada, relativa ao ano civil corrente,
após confirmação pela Direcção-Geral das Contribuições e Impostos.
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1.050,00
Julho nos restantes dias ficado, foi o trabalho pela infelicidade dos seus patrões. A vida
no que se refere ao mês de Setembro de 2018, foram efectuados despesas dos seguintes
valores.
3.6.1.Mapa de Vendas
Isentas Tributações
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02/09 Carapau VD 00346 --------- 3.000,00 …………….
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01 1.1. s/factura
03 63229 Despesas de
representação
2564,11
4432 IVA dedutível
3.000,00
44323 Outros bens e
435,89
serviços
05 63229 Despesas de
representação
1.1 S/VD 223 4.000,00
Farinha Isento a IVA
4.000,00
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serviços
4434
8.790,48 8.354,65
SD 435,79
8.790,48
3.6.2.Extracto de fornecedores
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04/09 300 Compra de Gasóleo 30.000,00 435,88 217,94 50% x 17%
Deste os valores a usar são zero (0) de IVA dedutível que é o mesmo encontrado pelo
método de lançamento no diário.
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Conclusão
Chegando o fim deste trabalho, conclui-se que o sistema de IVA em Moçambique segue
muito de perto o sistema português, ou seja, o sistema da UE, com adaptações à
realidade nacional. Será que este é o sistema mais aconselhável? Parece-nos que sim,
dada a adaptação à realidade nacional, o que se traduziu numa simplificação
considerável do imposto.
Terá sido este sistema bem aceite em Moçambique? Em geral, afigura-se que sim. A
este propósito nota-se que se encontram abrangidos por regimes especiais de isenção ou
de tributação simplificada pequenos contribuintes e que uma grande parte dos produtos
essenciais se encontra isenta deste imposto. Ainda assim, consubstancia a principal
receita fiscal do Estado. É certo que há aspectos que, ainda assim, se nos afiguram
demasiado complexos face à realidade moçambicana e que a experiência veio a
demonstrar que implicam dificuldades práticas, pelo que o sistema carece de algumas
revisões. Um outro aspecto que carece de análise é o da actualização do sistema.
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