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Estão sujeitas a IVA:· Transmissões de bens e prestações de serviços realizadas a título oneroso;·
Importação de bens; e,· Aquisições intracomunitárias de bens e serviços.Existem ainda algumas
operações que são assimiladas a transmissões de bens ou prestações de serviços realizadas a título
oneroso e, como tal, são também sujeitas a IVA (exemplo: ofertas de bens e não devolução no prazo de
1 ano de bens enviados à consignação)São sujeitos passivos de IVA as pessoas singulares ou coletivas
que exerçam uma atividade económica ou que, praticando uma só operação tributável, essa operação
preencha os pressupostos de incidência real de IRS ou IRC.O Estado e as demais pessoas coletivas de
direito púbico não são sujeitos passivos de imposto quando realizem operações no exercício dos seus
poderes de autoridade.
3.4 Taxas
· Taxa reduzida – 6% (4% nos Açores e 5% na Madeira) para bens e serviços tributados constantes da
Lista I anexa ao Código do IVA;
· Taxa intermédia – 13% (9% nos Açores e 12% na Madeira) para bens e serviços tributados constantes
da Lista II anexa ao Código do IVA;
· Taxa geral – 23% (16% nos Açores e 22% na Madeira) para outros bens e serviços.
Beneficiam da taxa reduzida alguns produtos alimentares, publicações periódicas, livros, produtos
farmacêuticos, alojamento hoteleiro, bens de produção agrícola, transporte de passageiros, algumas
empreitadas e entradas em espetáculos.
Beneficiam da taxa intermédia alguns produtos alimentares e a maioria das prestações de serviços de
alimentação e bebidas.
São sujeitas a IVA em Portugal as transmissões de bens que se encontrem no território português no
momento em que se inicia o transporte para o adquirente ou, no caso de não haver expedição, que se
encontrem no território português no momento em que os bens são postos à disposição do
adquirente.São igualmente sujeitas a IVA em Portugal as prestações de serviços efetuadas a:· Um sujeito
passivo cuja sede, estabelecimento estável ou o domicílio, para o qual os serviços são prestados, se situe
no território português (regra “B2B”);
· Uma pessoa que não seja sujeito passivo, quando o prestador tenha no território português a sede,
estabelecimento estável ou domicílio a partir do qual os serviços são prestados (regra “B2C”).
3.6 Isenções
São isentas de IVA, não conferindo direito à dedução, as prestações de serviços médicos, de ensino, a
transmissão e arrendamento de bens imóveis, as quotas dos organismos sem finalidade lucrativa,
determinadas operações financeiras, as operações de seguro e resseguro e os serviços de alimentação e
bebidas fornecidos pelas entidades patronais aos seus empregados.
3.7 Deduções
Apenas confere direito à dedução do imposto mencionado em faturas, emitidas na forma legal, bem
como o recibo de pagamento do IVA que faz parte das declarações de importação e os documentos
emitidos por via eletrónica pela Autoridade Tributária e Aduaneira nos quais conste o número e data do
movimento de caixa. Adicionalmente, o imposto objeto de dedução deverá ter incidido sobre:
· Bens e serviços adquiridos para utilização efetiva na atividade tributável do sujeito passivo; · Bens para
exportação ou adquiridos no âmbito das operações assimiladas a exportações e dos transportes
internacionais;· Bens e serviços adquiridos para a realização de operações financeiras isentas, quando o
adquirente esteja estabelecido fora da União Europeia;· Outros bens e serviços adquiridos para a
realização de determinadas operações isentas;· Nos casos em que é aplicável o mecanismo de
autoliquidação do IVA, apenas é dedutível o montante liquidado por força dessa obrigação.Não é
dedutível, ainda que destinadas a uma atividade tributável, o IVA relativo a despesas respeitantes a:·
Viaturas de turismo, barcos de recreio, helicópteros, aviões, motos e motociclos;· Combustíveis das
viaturas automóveis, com exceção do gasóleo, gases de petróleo liquefeitos (GPL), gás natural e
biocombustíveis, cujo imposto é dedutível na proporção de 50%;· Transportes, refeições e alojamento;·
Tabaco, entretenimento e luxo.No caso das despesas de transportes, refeições e alojamento destinadas
à organização de congressos, feiras, exposições, seminários, conferências e similares, o respetivo IVA é
dedutível em 50%. Caso estas despesas se refiram à participação nos mencionados eventos, a dedução
permitida será na proporção de 25%.
Os sujeitos passivos são obrigados à entrega de declaração de início de atividade quando iniciam a sua
atividade. Os sujeitos passivos que tenham atingido no ano civil anterior um volume de negócios
superior a 10.000€ deverão igualmente estar sujeitos ao regime geral de IVA. As entidades não
residentes e sem estabelecimento estável no território nacional e que não estejam estabelecidas noutro
Estado membro da UE, pelas operações realizadas em território nacional, estão obrigadas a nomear um
representante para o cumprimento das obrigações em sede de IVA, nomeadamente pagamento do
imposto.Os sujeitos passivos estabelecidos em outros Estados membros da UE que transmitem bens no
território nacional abrangidos pelo regime de vendas à distância e excedam o limite de 35.000€ devem
entregar declaração de início de atividade, produzindo efeitos na data da sua apresentação.As
declarações periódicas devem ser entregues mensalmente, até ao dia 10 do segundo mês seguinte, ou,
se o volume de negócios anual for inferior a 650.000€, trimestralmente, até ao dia 15 do segundo mês
seguinte. Para além da declaração de início de atividade, os sujeitos passivos são também obrigados à
entrega de declaração de alterações no prazo de 15 dias sempre que se verifique qualquer alteração à
atividade, bem como de declaração de cessação em 30 dias quando se verifica a cessação da
atividade.Para além da declaração periódica, os sujeitos passivos também estão obrigados à entrega de
mapas recapitulativos de clientes e fornecedores, donde conste o montante total das operações
internas realizadas com cada um deles, no ano anterior, desde que superior a 25.000€.A contabilidade
deve ser organizada de forma a possibilitar o conhecimento dos elementos necessários ao cálculo do
imposto, com todos os dados necessários ao preenchimento da declaração periódica. Podem ser
aplicadas sanções pela falta ou atraso na entrega de declarações, bem como por outras
contraordenações fiscais. Em regra, as contraordenações tributárias são puníveis a título de negligência
sendo que, caso não haja distinção legal entre dolo e negligência, a coima só pode ser aplicada até
metade do montante máximo estipulado. São igualmente devidos juros à taxa de 4%.
Para além do regime geral, existem diversos regimes especiais de IVA, nomeadamente:· Regime de
renuncia àisenção nas transmissões de imóveis;
· Regime especial de tributação em IVA dos bens em segunda mão, objetos de arte, de coleção e
antiguidades;
CONSELHO DE MINISTROS
de 16 de Abril
_________________________
Havendo necessidade de regulamentar o Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado, aprovado pela
Lei n.º 32/2007, de 31 de Dezembro, no uso da competência atribuída pelo artigo 2 da mesma Lei, o
Conselho de Ministros decreta:
Artigo 2. Com vista a simplificar os procedimentos e formas de cobrança do imposto, fica autorizado o
Ministro das Finanças a criar ou alterar, por despacho, os modelos de livros e impressos que se tornem
necessários ao cumprimento das obrigações decorrentes do presente diploma.
Artigo 3. São revogadas as disposições e demais legislação que contrariem o presente diploma.
Publique-se.
CAPÍTULO I
Disposições gerais
Artigo 1
Âmbito de aplicação
O presente regulamento aplica-se aos sujeitos passivos do Imposto sobre o Valor Acrescentado
definidos no artigo 2 do Código do IVA, aprovado pela Lei n.º 32/2007, de 31 de Dezembro e estabelece
a forma e os procedimentos de tributação do imposto.
Artigo 2
Incidência real
De acordo com o Código do IVA, estão sujeitos ao Imposto sobre o Valor Acrescentado:
b) As importações de bens.
O território nacional abrange toda a superfície terrestre, a zona marítima e o espaço aéreo, delimitados
pelas fronteiras nacionais.
Artigo 3
Taxa
A taxa do imposto, fixada no Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado — CIVA, aprovado pela Lei
n.º 32/2007, de 31 de Dezembro, é de 17%.
CAPÍTULO II
Artigo 4
Determinação da matéria colectável
A matéria colectável do Imposto sobre o Valor Acrescentado determina-se com base nos artigos 15 e 16
do Código do IVA.
Artigo 5
Liquidação do imposto
O apuramento do imposto devido deve ser efectuado pelos sujeitos passivos, observando o disposto nos
artigos 18 a 22 do Código do IVA.
Artigo 6
Pagamento do imposto
O pagamento do imposto liquidado pelo contribuinte, ou por iniciativa dos serviços deve observar o
disposto nos artigos 23 e 24 do Código do IVA.
O pagamento do Imposto sobre o Valor Acrescentado deve ser efectuado na Recebedoria de Fazenda
competente ou em instituições de crédito autorizadas para o efeito.
Considera-se Recebedoria de Fazenda competente, a da Direcção de Área Fiscal onde o sujeito passivo
tiver a sua sede, estabelecimento principal ou na falta deste a do domicílio.
As pessoas singulares ou colectivas que não possuam, no território nacional, sede, estabelecimento
estável, domicílio ou representação, efectuam o pagamento do imposto, nos termos dos artigos 26 do
Código do IVA e 56 deste Regulamento.
Artigo 7
Títulos de cobrança
1. Para efeitos do pagamento do imposto, os sujeitos passivos devem preencher a declaração periódica
prevista no artigo 32 do Código do IVA e entregá-la à Direcção de Área Fiscal competente,
simultaneamente com o meio de pagamento do valor correspondente ao imposto devido.
2. Nos casos em que o imposto é liquidado pelos serviços e nas situações de sujeitos passivos que
pratiquem uma só operação tributável, ou aqueles que mencionem indevidamente Imposto sobre o
Valor Acrescentado, nos termos dos artigos 24 e 33 e da alínea e) do n.º 1 do artigo 2, todos do Código
do IVA e 31 do presente Regulamento, o imposto é pago através da declaração de modelo apropriado.
Meios de pagamento
1. O pagamento do Imposto sobre oValor Acrescentado pode ser efectuado através dos seguintes meios
de pagamento:
c) Vales de correio; e
d) Transferência bancária.
3. Devem ser recusados os meios de pagamento de quantitativo diferente ao imposto que se destina a
pagar.
4. São considerados nulos todos os pagamentos que não permitam a arrecadação da receita relativa ao
imposto.
Incidência Subjectiva
O Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) incide sobre as transmissões de bens, as prestações de
serviços efectuadas no território nacional, a título oneroso, por um sujeito passivo, agindo nessa
qualidade, bem como sobre as importações de bens.
Regimes de Tributação
a) Regime Geral
Estão enquadrados neste regime todos os contribuintes cadastrados na Repartição Fiscal dos Grandes
Contribuintes, bem como aqueles que voluntariamente solicitem a sua adesão a este regime, desde que
verificados os requisitos previstos no artigo 62.º do Código do Imposto Sobre o Valor Acrescentado;
b) Regime Transitório
Enquadram-se neste regime todos os contribuintes que possuem um volume anual de facturação ou
operações de importações superior ao equivalente em Kwanzas a USD 250 000,00 (Duzentos e
Cinquenta Mil Dólares Americanos). Este regime vigora até 31 de Dezembro de 2020, findo o qual estes
contribuintes passarão para o regime geral de tributação do Imposto sobre o Valor Acrescentado.
Durante a vigência deste regime, os contribuintes nele enquadrados pagam o imposto à taxa de 3%
sobre o seu volume de venda ou serviços efectivamente recebidos;
Incidência Subjectiva
Pessoas singulares, colectivas ou entidades que realizem importações de bens, que mencionem
indevidamente o IVA em factura ou documentos equivalentes, que sejam adquirentes de serviços a
entidades não residentes sem domicílio, sede ou estabelecimento estável no território nacional;
Estado, entidades governamentais e outros organismos públicos, quando não actuem no âmbito dos
seus poderes de autoridade;
Isenções
A locação de bens imóveis destinados a fins habitacionais, designadamente prédios urbanos, fracções
autónomas destes ou terrenos para construção, com excepção das prestações de serviços de
alojamento, efectuadas no âmbito da actividade hoteleira ou de outras com funções análogas;
A exploração e a prática de jogos de fortuna ou azar e de diversão social, bem como as respectivas
comissões e todas as operações relacionadas, quando as mesmas estejam sujeitas a Imposto Especial
sobre o Jogos, nos termos da legislação aplicável;
As operações de intermediação financeira, incluindo as descritas no anexo III do Código do IVA, excepto
as que dão lugar ao pagamento de uma taxa, ou contraprestação específica e pré-determinada pela sua
realização;
O seguro de saúde, bem como a prestação de serviços de seguros e resseguros do ramo vida;
As prestações de serviços que tenham por objecto o ensino, efectuadas por estabelecimentos
integrados, conforme definidos na Lei de Bases do Sistema de Educação e Ensino, bem como por
estabelecimentos de Ensino Superior devidamente reconhecidos pelo Ministério de Tutela;
2. Importações
As importações definitivas de bens cuja transmissão no território nacional seja isenta de imposto;
As importações de ouro, moedas ou notas de banco, efectuadas pelo Banco Nacional de Angola;
A importação de bens destinados a ofertas para atenuar os efeitos das calamidades naturais, tais como
cheias, tempestades, secas, ciclones, sismos, terramotos e outros de idêntica natureza, desde que
devidamente autorizado pelo Titular do Poder Executivo;
A importação de mercadorias ou equipamentos destinados exclusivos e directamente à execução das
operações petrolíferas e mineiras, nos termos da Lei que estabelece o Regime Aduaneiro do Sector
Petrolífero e do Código Mineiro, respectivamente.
A importação de moeda estrangeira efectuada pelas Instituições Financeiras Bancárias, nos termos
definidos pelo Banco Nacional de Angola.
As transmissões de bens expedidos ou transportados com destino ao estrangeiro pelo vendedor ou por
um terceiro por conta deste;
As transmissões de bens de abastecimento postos a bordo das embarcações que efectuem navegação
marítima em alto mar e que assegurem o transporte remunerado de passageiros ou o exercício de uma
actividade comercial, industrial ou de pesca;
As transmissões de bens de abastecimento postos a bordo das aeronaves utilizadas por companhias de
navegação aérea que se dediquem principalmente ao tráfego internacional e que assegurem o
transporte remunerado de passageiros ou o exercício de uma actividade comercial ou industrial;
4. Operações específicas do regime especial aduaneiro e que são definidas nos termos da legislação
aduaneira em vigor:
As importações de bens que, sob controlo aduaneiro e de acordo com as disposições aduaneiras
especificamente aplicáveis, sejam postas nos regimes de zona franca, que sejam introduzidas em
armazéns de regimes aduaneiros ou lojas francas, enquanto permanecerem sob tais regimes;
As transmissões de bens que se efectuem nos regimes a que se refere a alínea a), assim como as
prestações de serviços directamente conexas com tais transmissões, enquanto os bens permanecerem
naquelas situações;
A reimportação de bens por quem os exportou, no mesmo estado em que foram exportados, quando
beneficiem de isenção de direitos aduaneiros.
Taxa
Liquidação e Pagamento
Imposto Cativo
As Sociedades Investidoras Petrolíferas, o Estado, bem como quaisquer dos seus serviços,
estabelecimentos e organismos, ainda que personalizados e as autarquias locais, exceptuando as
Empresas Públicas, devem efectuar a cativação de 100% do IVA que conste das facturas ou documentos
equivalentes emitidos pelos seus fornecedores de bens ou serviços;
O Imposto cativo deve ser entregue pelos adquirentes de bens e serviços que efectuaram a cativação.
Direito Cativo
Para o apuramento do imposto a entregar ao Estado, os sujeitos passivos do Imposto sobre o Valor
Acrescentado têm direito de deduzir ao imposto liquidado nas transmissões de bens e prestações de
serviços que efectuaram o seguinte:
O Imposto que lhes foi facturado na aquisição de bens e serviços por outros sujeitos passivos;
O Imposto liquidado resultante de operações tributáveis efectuadas por sujeitos passivos estabelecidos
no estrangeiro, quando estes não tenham no território nacional um representante fiscal e não tenham
incluído o imposto na factura ou documento equivalente.
O pagamento do Imposto sobre o Valor Acrescentado é da responsabilidade dos sujeitos passivos nas
transmissões de bens ou prestações de serviços e do importador no caso de importações de bens.
O Imposto sobre o Valor Acrescentado deve ser entregue até ao final do mês seguinte relativamente às
operações realizadas no mês anterior.
O pagamento do Imposto sobre o Valor Acrescentado é da responsabilidade dos sujeitos passivos nas
transmissões de bens ou prestações de serviços e do importador no caso de importações de bens.
O Imposto sobre o Valor Acrescentado deve ser entregue até ao final do mês seguinte relativamente às
operações realizadas no mês anterior.
Obrigações Declarativas
Os sujeitos passivos do Imposto sobre o Valor Acrescentado estão obrigados a entregar a declaração de
início, de alteração ou cessação da sua actividade e entregar mensalmente a declaração periódica e seus
anexos correspondentes às operações efectuadas no exercício da sua actividade no decurso do mês
procedente