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O IVA é um imposto geral sobre o consumo incidindo sobre as transmissões de bens, as prestações de

serviços, as aquisições intracomunitárias e as importações. É um imposto plurifásico porquanto é


liquidado em todas as fases do circuito económico, desde o produtor ao retalhista. Sendo um imposto
plurifásico não é cumulativo (i.e., o pagamento do imposto devido é fracionado pelos vários
intervenientes do circuito económico, através do método do crédito do imposto).

3.3 Sujeição objetiva e subjetiva

Estão sujeitas a IVA:· Transmissões de bens e prestações de serviços realizadas a título oneroso;·
Importação de bens; e,· Aquisições intracomunitárias de bens e serviços.Existem ainda algumas
operações que são assimiladas a transmissões de bens ou prestações de serviços realizadas a título
oneroso e, como tal, são também sujeitas a IVA (exemplo: ofertas de bens e não devolução no prazo de
1 ano de bens enviados à consignação)São sujeitos passivos de IVA as pessoas singulares ou coletivas
que exerçam uma atividade económica ou que, praticando uma só operação tributável, essa operação
preencha os pressupostos de incidência real de IRS ou IRC.O Estado e as demais pessoas coletivas de
direito púbico não são sujeitos passivos de imposto quando realizem operações no exercício dos seus
poderes de autoridade.

3.4 Taxas

As taxas de IVA são as seguintes:

· Taxa reduzida – 6% (4% nos Açores e 5% na Madeira) para bens e serviços tributados constantes da
Lista I anexa ao Código do IVA;

· Taxa intermédia – 13% (9% nos Açores e 12% na Madeira) para bens e serviços tributados constantes
da Lista II anexa ao Código do IVA;

· Taxa geral – 23% (16% nos Açores e 22% na Madeira) para outros bens e serviços.

Beneficiam da taxa reduzida alguns produtos alimentares, publicações periódicas, livros, produtos
farmacêuticos, alojamento hoteleiro, bens de produção agrícola, transporte de passageiros, algumas
empreitadas e entradas em espetáculos.
Beneficiam da taxa intermédia alguns produtos alimentares e a maioria das prestações de serviços de
alimentação e bebidas.

3.5 Regras de localização

São sujeitas a IVA em Portugal as transmissões de bens que se encontrem no território português no
momento em que se inicia o transporte para o adquirente ou, no caso de não haver expedição, que se
encontrem no território português no momento em que os bens são postos à disposição do
adquirente.São igualmente sujeitas a IVA em Portugal as prestações de serviços efetuadas a:· Um sujeito
passivo cuja sede, estabelecimento estável ou o domicílio, para o qual os serviços são prestados, se situe
no território português (regra “B2B”);

· Uma pessoa que não seja sujeito passivo, quando o prestador tenha no território português a sede,
estabelecimento estável ou domicílio a partir do qual os serviços são prestados (regra “B2C”).

3.6 Isenções

São isentas de IVA, não conferindo direito à dedução, as prestações de serviços médicos, de ensino, a
transmissão e arrendamento de bens imóveis, as quotas dos organismos sem finalidade lucrativa,
determinadas operações financeiras, as operações de seguro e resseguro e os serviços de alimentação e
bebidas fornecidos pelas entidades patronais aos seus empregados.

Em algumas destas operações, e mediante o cumprimento de determinadas condições, é possível optar


por liquidar IVA nestas operações. A renúncia à isenção de IVA permite que o IVA incorrido a montante
seja deduzido.Estão isentas de IVA, conferindo direito à dedução, as seguintes transações:· As
transmissões intracomunitárias de bens;· As exportações, operações assimiladas a exportações e
transportes internacionais;· As transmissões de bens que se destinem a ser colocados em entrepostos
aduaneiros e fiscais e enquanto os bens estiverem sob um regime suspensivo;· As transmissões a título
gratuito: de bens para distribuição a pessoas carenciadas, efetuadas ao Estado, a instituições
particulares de solidariedade social e a organizações não-governamentais sem fins lucrativos; e, de livros
efetuadas aos departamentos governamentais nas áreas da cultura e da educação, a instituições de
caráter cultural e educativo, a centros educativos de reinserção social e a estabelecimentos prisionais.

3.7 Deduções
Apenas confere direito à dedução do imposto mencionado em faturas, emitidas na forma legal, bem
como o recibo de pagamento do IVA que faz parte das declarações de importação e os documentos
emitidos por via eletrónica pela Autoridade Tributária e Aduaneira nos quais conste o número e data do
movimento de caixa. Adicionalmente, o imposto objeto de dedução deverá ter incidido sobre:

· Bens e serviços adquiridos para utilização efetiva na atividade tributável do sujeito passivo; · Bens para
exportação ou adquiridos no âmbito das operações assimiladas a exportações e dos transportes
internacionais;· Bens e serviços adquiridos para a realização de operações financeiras isentas, quando o
adquirente esteja estabelecido fora da União Europeia;· Outros bens e serviços adquiridos para a
realização de determinadas operações isentas;· Nos casos em que é aplicável o mecanismo de
autoliquidação do IVA, apenas é dedutível o montante liquidado por força dessa obrigação.Não é
dedutível, ainda que destinadas a uma atividade tributável, o IVA relativo a despesas respeitantes a:·
Viaturas de turismo, barcos de recreio, helicópteros, aviões, motos e motociclos;· Combustíveis das
viaturas automóveis, com exceção do gasóleo, gases de petróleo liquefeitos (GPL), gás natural e
biocombustíveis, cujo imposto é dedutível na proporção de 50%;· Transportes, refeições e alojamento;·
Tabaco, entretenimento e luxo.No caso das despesas de transportes, refeições e alojamento destinadas
à organização de congressos, feiras, exposições, seminários, conferências e similares, o respetivo IVA é
dedutível em 50%. Caso estas despesas se refiram à participação nos mencionados eventos, a dedução
permitida será na proporção de 25%.

3.8 Obrigações acessórias

Os sujeitos passivos são obrigados à entrega de declaração de início de atividade quando iniciam a sua
atividade. Os sujeitos passivos que tenham atingido no ano civil anterior um volume de negócios
superior a 10.000€ deverão igualmente estar sujeitos ao regime geral de IVA. As entidades não
residentes e sem estabelecimento estável no território nacional e que não estejam estabelecidas noutro
Estado membro da UE, pelas operações realizadas em território nacional, estão obrigadas a nomear um
representante para o cumprimento das obrigações em sede de IVA, nomeadamente pagamento do
imposto.Os sujeitos passivos estabelecidos em outros Estados membros da UE que transmitem bens no
território nacional abrangidos pelo regime de vendas à distância e excedam o limite de 35.000€ devem
entregar declaração de início de atividade, produzindo efeitos na data da sua apresentação.As
declarações periódicas devem ser entregues mensalmente, até ao dia 10 do segundo mês seguinte, ou,
se o volume de negócios anual for inferior a 650.000€, trimestralmente, até ao dia 15 do segundo mês
seguinte. Para além da declaração de início de atividade, os sujeitos passivos são também obrigados à
entrega de declaração de alterações no prazo de 15 dias sempre que se verifique qualquer alteração à
atividade, bem como de declaração de cessação em 30 dias quando se verifica a cessação da
atividade.Para além da declaração periódica, os sujeitos passivos também estão obrigados à entrega de
mapas recapitulativos de clientes e fornecedores, donde conste o montante total das operações
internas realizadas com cada um deles, no ano anterior, desde que superior a 25.000€.A contabilidade
deve ser organizada de forma a possibilitar o conhecimento dos elementos necessários ao cálculo do
imposto, com todos os dados necessários ao preenchimento da declaração periódica. Podem ser
aplicadas sanções pela falta ou atraso na entrega de declarações, bem como por outras
contraordenações fiscais. Em regra, as contraordenações tributárias são puníveis a título de negligência
sendo que, caso não haja distinção legal entre dolo e negligência, a coima só pode ser aplicada até
metade do montante máximo estipulado. São igualmente devidos juros à taxa de 4%.

3.9 Regimes especiais

Para além do regime geral, existem diversos regimes especiais de IVA, nomeadamente:· Regime de
renuncia àisenção nas transmissões de imóveis;

· Regime especial dos pequenos retalhistas;

· Regime de tributação dos combustíveis líquidos aplicável aos revendedores;

· Regime especial para agentes de viagens e organizadores de circuitos turísticos;

· Regime especial de tributação em IVA dos bens em segunda mão, objetos de arte, de coleção e
antiguidades;

· Regime especial do IVA aplicável ao ouro para investimento.Conteúdo fornecido por

CONSELHO DE MINISTROS

Decreto n.º 7/2008

de 16 de Abril

_________________________
Havendo necessidade de regulamentar o Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado, aprovado pela
Lei n.º 32/2007, de 31 de Dezembro, no uso da competência atribuída pelo artigo 2 da mesma Lei, o
Conselho de Ministros decreta:

Artigo 1. É aprovado o Regulamento do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado, anexo ao


presente Decreto, dele fazendo parte integrante.

Artigo 2. Com vista a simplificar os procedimentos e formas de cobrança do imposto, fica autorizado o
Ministro das Finanças a criar ou alterar, por despacho, os modelos de livros e impressos que se tornem
necessários ao cumprimento das obrigações decorrentes do presente diploma.

Artigo 3. São revogadas as disposições e demais legislação que contrariem o presente diploma.

Aprovado pelo Conselho de Ministros, aos 26 de Fevereiro de 2008.

Publique-se.

A Primeira-Ministra, Luísa Dias Diogo.


Regulamento do Código de Imposto sobre o Valor Acrescentado

CAPÍTULO I

Disposições gerais

Artigo 1

Âmbito de aplicação

O presente regulamento aplica-se aos sujeitos passivos do Imposto sobre o Valor Acrescentado
definidos no artigo 2 do Código do IVA, aprovado pela Lei n.º 32/2007, de 31 de Dezembro e estabelece
a forma e os procedimentos de tributação do imposto.

Artigo 2

Incidência real
De acordo com o Código do IVA, estão sujeitos ao Imposto sobre o Valor Acrescentado:

a) As transmissões de bens e as prestações de serviços, efectuadas no território nacional, nos termos


do artigo 6 do Código do IVA, a título oneroso, por um sujeito passivo agindo nessa qualidade;

b) As importações de bens.

O território nacional abrange toda a superfície terrestre, a zona marítima e o espaço aéreo, delimitados
pelas fronteiras nacionais.

Artigo 3

Taxa

A taxa do imposto, fixada no Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado — CIVA, aprovado pela Lei
n.º 32/2007, de 31 de Dezembro, é de 17%.

CAPÍTULO II

Determinação da matéria colectável, liquidação e pagamento

Artigo 4
Determinação da matéria colectável

A matéria colectável do Imposto sobre o Valor Acrescentado determina-se com base nos artigos 15 e 16
do Código do IVA.

Artigo 5

Liquidação do imposto

O apuramento do imposto devido deve ser efectuado pelos sujeitos passivos, observando o disposto nos
artigos 18 a 22 do Código do IVA.

Artigo 6

Pagamento do imposto
O pagamento do imposto liquidado pelo contribuinte, ou por iniciativa dos serviços deve observar o
disposto nos artigos 23 e 24 do Código do IVA.

O pagamento do Imposto sobre o Valor Acrescentado deve ser efectuado na Recebedoria de Fazenda
competente ou em instituições de crédito autorizadas para o efeito.

Considera-se Recebedoria de Fazenda competente, a da Direcção de Área Fiscal onde o sujeito passivo
tiver a sua sede, estabelecimento principal ou na falta deste a do domicílio.

O pagamento do imposto devido na importação é liquidado e cobrado no acto do desembaraço


alfandegário, nos termos da legislação aduaneira aplicável.

As pessoas singulares ou colectivas que não possuam, no território nacional, sede, estabelecimento
estável, domicílio ou representação, efectuam o pagamento do imposto, nos termos dos artigos 26 do
Código do IVA e 56 deste Regulamento.

Artigo 7

Títulos de cobrança

1. Para efeitos do pagamento do imposto, os sujeitos passivos devem preencher a declaração periódica
prevista no artigo 32 do Código do IVA e entregá-la à Direcção de Área Fiscal competente,
simultaneamente com o meio de pagamento do valor correspondente ao imposto devido.

2. Nos casos em que o imposto é liquidado pelos serviços e nas situações de sujeitos passivos que
pratiquem uma só operação tributável, ou aqueles que mencionem indevidamente Imposto sobre o
Valor Acrescentado, nos termos dos artigos 24 e 33 e da alínea e) do n.º 1 do artigo 2, todos do Código
do IVA e 31 do presente Regulamento, o imposto é pago através da declaração de modelo apropriado.

3. Tratando-se de sujeitos passivos enquadrados no regime de tributação simplificada o pagamento do


imposto é efectuado através da declaração de modelo apropriado.
ARTIGO 8

Meios de pagamento

1. O pagamento do Imposto sobre oValor Acrescentado pode ser efectuado através dos seguintes meios
de pagamento:

a) Moeda com curso legal no país;

b) Cheques emitidos à ordem do Recebedor de Fazenda ou

do Tesoureiro da Alfândega no caso do imposto devido na importação;

c) Vales de correio; e

d) Transferência bancária.

2. Cada meio de pagamento deve respeitar a uma única declaração.

3. Devem ser recusados os meios de pagamento de quantitativo diferente ao imposto que se destina a
pagar.
4. São considerados nulos todos os pagamentos que não permitam a arrecadação da receita relativa ao
imposto.

Incidência Subjectiva

O Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) incide sobre as transmissões de bens, as prestações de
serviços efectuadas no território nacional, a título oneroso, por um sujeito passivo, agindo nessa
qualidade, bem como sobre as importações de bens.

Regimes de Tributação

a) Regime Geral

Estão enquadrados neste regime todos os contribuintes cadastrados na Repartição Fiscal dos Grandes
Contribuintes, bem como aqueles que voluntariamente solicitem a sua adesão a este regime, desde que
verificados os requisitos previstos no artigo 62.º do Código do Imposto Sobre o Valor Acrescentado;

b) Regime Transitório

Enquadram-se neste regime todos os contribuintes que possuem um volume anual de facturação ou
operações de importações superior ao equivalente em Kwanzas a USD 250 000,00 (Duzentos e
Cinquenta Mil Dólares Americanos). Este regime vigora até 31 de Dezembro de 2020, findo o qual estes
contribuintes passarão para o regime geral de tributação do Imposto sobre o Valor Acrescentado.
Durante a vigência deste regime, os contribuintes nele enquadrados pagam o imposto à taxa de 3%
sobre o seu volume de venda ou serviços efectivamente recebidos;

c) Regime de Não Sujeição


Estão enquadrados neste regime todos os contribuintes que possuem um volume anual de facturação
ou operações de importações igual ou inferior ao equivalente em Kwanzas a USD 250 000,00 (Duzentos
e Cinquenta Mil Dólares Americanos).

Incidência Subjectiva

São sujeitos passivos do IVA:

As pessoas singulares, colectivas ou entidades que exerçam, de modo independente, actividades


económicas, incluindo de produção, de comércio ou de prestação de serviço, profissões liberais,
actividade extractivas, agrícola, aquícola, apícola, avícola, pecuária, piscatória e silvícola;

Pessoas singulares, colectivas ou entidades que realizem importações de bens, que mencionem
indevidamente o IVA em factura ou documentos equivalentes, que sejam adquirentes de serviços a
entidades não residentes sem domicílio, sede ou estabelecimento estável no território nacional;

Estado, entidades governamentais e outros organismos públicos, quando não actuem no âmbito dos
seus poderes de autoridade;

Partidos, coligações políticas, sindicatos e as instituições religiosas, quando pratiquem operações


tributáveis (transmissões de bens, prestações de serviços e importações).

Isenções

Estão isentas do Imposto sobre o Valor Acrescentado:

1. Operações Internas (Transmissão de bens e prestações de serviços);

A transmissão dos bens alimentares, conforme anexo I do presente código;

As transmissões de medicamentos destinados exclusivamente a fins terapêuticos e profilácticos;

As transmissões de cadeiras de rodas e veículos semelhantes, accionados manualmente ou por motor,


para portadores de deficiência, aparelhos, máquinas de escrever com caracteres braille, impressoras
para caracteres braille e os artefactos que se destinam a ser utilizados por invisuais ou a corrigir a
audição;
A transmissão de livros, incluindo em formato digital;

A locação de bens imóveis destinados a fins habitacionais, designadamente prédios urbanos, fracções
autónomas destes ou terrenos para construção, com excepção das prestações de serviços de
alojamento, efectuadas no âmbito da actividade hoteleira ou de outras com funções análogas;

As operações sujeitas ao Imposto de SISA, ainda que dele, isentas;

A exploração e a prática de jogos de fortuna ou azar e de diversão social, bem como as respectivas
comissões e todas as operações relacionadas, quando as mesmas estejam sujeitas a Imposto Especial
sobre o Jogos, nos termos da legislação aplicável;

O transporte colectivo de passageiros;

As operações de intermediação financeira, incluindo as descritas no anexo III do Código do IVA, excepto
as que dão lugar ao pagamento de uma taxa, ou contraprestação específica e pré-determinada pela sua
realização;

O seguro de saúde, bem como a prestação de serviços de seguros e resseguros do ramo vida;

As prestações de serviços que tenham por objecto o ensino, efectuadas por estabelecimentos
integrados, conforme definidos na Lei de Bases do Sistema de Educação e Ensino, bem como por
estabelecimentos de Ensino Superior devidamente reconhecidos pelo Ministério de Tutela;

As prestações de serviço médico sanitário, efectuadas por estabelecimentos hospitalares, clínicas,


dispensários e similares;

O transporte de doentes ou feridos em ambulâncias ou outros veículos apropriados efectuados por


organismos devidamente autorizados;

Os equipamentos médicos para exercício da actividade dos estabelecimentos de saúde.

A transmissão de produtos petrolíferos conforme anexo II presente no Código do IVA.

2. Importações

As importações definitivas de bens cuja transmissão no território nacional seja isenta de imposto;

As importações de ouro, moedas ou notas de banco, efectuadas pelo Banco Nacional de Angola;

A importação de bens destinados a ofertas para atenuar os efeitos das calamidades naturais, tais como
cheias, tempestades, secas, ciclones, sismos, terramotos e outros de idêntica natureza, desde que
devidamente autorizado pelo Titular do Poder Executivo;
A importação de mercadorias ou equipamentos destinados exclusivos e directamente à execução das
operações petrolíferas e mineiras, nos termos da Lei que estabelece o Regime Aduaneiro do Sector
Petrolífero e do Código Mineiro, respectivamente.

As importações de bens efectuadas no âmbito de tratados e acordos internacionais de que a República


de Angola seja parte, nos termos previstos nesses tratados e acordos;

As importações de bens efectuadas no âmbito de relações Diplomáticas e Consulares, quando a isenção


resulte de tratados e acordos internacionais celebrados pela República de Angola;

A importação de moeda estrangeira efectuada pelas Instituições Financeiras Bancárias, nos termos
definidos pelo Banco Nacional de Angola.

3. Exportações, operações assimiladas e transportes internacionais;

As transmissões de bens expedidos ou transportados com destino ao estrangeiro pelo vendedor ou por
um terceiro por conta deste;

As transmissões de bens de abastecimento postos a bordo das embarcações que efectuem navegação
marítima em alto mar e que assegurem o transporte remunerado de passageiros ou o exercício de uma
actividade comercial, industrial ou de pesca;

As transmissões de bens de abastecimento postos a bordo das aeronaves utilizadas por companhias de
navegação aérea que se dediquem principalmente ao tráfego internacional e que assegurem o
transporte remunerado de passageiros ou o exercício de uma actividade comercial ou industrial;

As transmissões de bens de abastecimento postos a bordo das embarcações de salvamento, assistência


marítima, pesca costeira e embarcações de guerra, quando deixem o país com destino a um porto ou
ancoradouro situado no estrangeiro;

As transmissões, transformações, reparações, manutenção, frete e aluguer, incluindo a locação


financeira, de embarcações e aeronaves afectas às companhias de navegação aérea e marítima que se
dediquem principalmente ao tráfego internacional, assim como as transmissões de bens de
abastecimento postos a bordo das mesmas e as prestações de serviços efectuadas com vista à satisfação
das suas necessidades directas e da respectiva carga;

As transmissões de bens efectuadas no âmbito de relações Diplomáticas e Consulares cuja isenção


resulte de acordos e convénios internacionais celebrados por Angola;

As transmissões de bens destinados a organismos internacionais reconhecidos por Angola ou a


membros dos mesmos organismos, nos limites e com as condições fixadas em acordos e convénios
internacionais celebrados por Angola;
As transmissões de bens efectuadas no âmbito de tratados e acordos internacionais de que a República
de Angola seja parte, quando a isenção resulte desses mesmos tratados e acordos;

O transporte de pessoas provenientes ou com destino ao estrangeiro.

4. Operações específicas do regime especial aduaneiro e que são definidas nos termos da legislação
aduaneira em vigor:

As importações de bens que, sob controlo aduaneiro e de acordo com as disposições aduaneiras
especificamente aplicáveis, sejam postas nos regimes de zona franca, que sejam introduzidas em
armazéns de regimes aduaneiros ou lojas francas, enquanto permanecerem sob tais regimes;

As transmissões de bens que sejam expedidos ou transportados para as zonas ou depósitos


mencionados na alínea anterior, bem como as prestações de serviços directamente conexas com tais
transmissões;

As transmissões de bens que se efectuem nos regimes a que se refere a alínea a), assim como as
prestações de serviços directamente conexas com tais transmissões, enquanto os bens permanecerem
naquelas situações;

As transmissões de bens que se encontrem nos regimes de trânsito, draubaque ou importação


temporária e as prestações de serviços directamente conexas com tais operações, enquanto os mesmos
forem considerados abrangidos por aqueles regimes;

A reimportação de bens por quem os exportou, no mesmo estado em que foram exportados, quando
beneficiem de isenção de direitos aduaneiros.

Taxa

A taxa do Imposto Sobre o Valor Acrescentado é de 14%.

Na Província de Cabinda, a taxa do Imposto sobre o Valor Acrescentado para a importação de


mercadorias e transmissão de bens, é de 2%.

Liquidação e Pagamento

A liquidação do Imposto sobre o Valor Acrescentado deve ser efectuada:


Pelos sujeitos passivos;

Pelos Serviços Aduaneiros, no caso de importação de bens;

Pela Administração Geral Tributária, no caso de liquidação oficiosa do Imposto;

Imposto Cativo

As Sociedades Investidoras Petrolíferas, o Estado, bem como quaisquer dos seus serviços,
estabelecimentos e organismos, ainda que personalizados e as autarquias locais, exceptuando as
Empresas Públicas, devem efectuar a cativação de 100% do IVA que conste das facturas ou documentos
equivalentes emitidos pelos seus fornecedores de bens ou serviços;

O Banco Nacional de Angola, os bancos comerciais, as seguradoras e resseguradoras e as operadoras de


telecomunicações devem efectuar a cativação de 50% do IVA que conste das facturas ou documentos
equivalentes emitidos pelos seus fornecedores de bens ou serviços;

O Imposto cativo deve ser entregue pelos adquirentes de bens e serviços que efectuaram a cativação.

Direito Cativo

Para o apuramento do imposto a entregar ao Estado, os sujeitos passivos do Imposto sobre o Valor
Acrescentado têm direito de deduzir ao imposto liquidado nas transmissões de bens e prestações de
serviços que efectuaram o seguinte:

O Imposto que lhes foi facturado na aquisição de bens e serviços por outros sujeitos passivos;

O Imposto pago na importação de bens;

O Imposto liquidado resultante de operações tributáveis efectuadas por sujeitos passivos estabelecidos
no estrangeiro, quando estes não tenham no território nacional um representante fiscal e não tenham
incluído o imposto na factura ou documento equivalente.
O pagamento do Imposto sobre o Valor Acrescentado é da responsabilidade dos sujeitos passivos nas
transmissões de bens ou prestações de serviços e do importador no caso de importações de bens.

O Imposto sobre o Valor Acrescentado deve ser entregue até ao final do mês seguinte relativamente às
operações realizadas no mês anterior.

O pagamento do Imposto sobre o Valor Acrescentado é da responsabilidade dos sujeitos passivos nas
transmissões de bens ou prestações de serviços e do importador no caso de importações de bens.

O Imposto sobre o Valor Acrescentado deve ser entregue até ao final do mês seguinte relativamente às
operações realizadas no mês anterior.

Obrigações Declarativas

Os sujeitos passivos do Imposto sobre o Valor Acrescentado estão obrigados a entregar a declaração de
início, de alteração ou cessação da sua actividade e entregar mensalmente a declaração periódica e seus
anexos correspondentes às operações efectuadas no exercício da sua actividade no decurso do mês
procedente

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