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A Origem do IVA - No Mundo

O IVA (Imposto sobre o Valor Acrescentado) foi pensado, por volta de 1918, por Wilhelm
Von Siemens, um empresário alemão, que propôs a substituição do imposto sobre as
Vendas/negócios, em vigor na altura na Alemanha, por um imposto com as características
do IVA. Para além deste alemão, também nos Estados Unidos, por volta de 1921, Thomas
S. Adams, entendia que o IVA era uma melhor versão do imposto sobre o rendimento das
empresas.
Pese embora as diversas tentativas para a implementação deste imposto, principalmente
na Alemanha, apenas em 1954, na Costa do Marfim (colónia francesa na altura), as
autoridades francesas, por intermédio de Maurice Lauré, Director Adjunto da Direction
Générale des Impôts, introduziram, a título experimental, o IVA. Atendendo ao tremendo
sucesso que foi a introdução do IVA nas colónias da Costa do Marfim, e depois no
Senegal, as autoridades francesas decidiram implementar o IVA em território francês
continental mas não de forma generalizada. O IVA para todos, em França, só ocorreu em
1968. Antes disso, em 1967, a Dinamarca tornou-se no 1.º país a implementar o IVA para
todos os sectores.
Até por volta de 1965 o IVA não era um sucesso, uma vez que a maior parte dos países da
OCDE tinham o imposto sobre as vendas. Cerca de 20 anos depois, cerca de ¼ dos
países do mundo (principalmente localizados na Europa e na América do Sul) tinham IVA,
sendo que a propagação do IVA foi em grande parte impulsionada pelo facto de o IVA ser
uma condição sine qua non para adesão à União Europeia (EU). Como exemplos, temos o
facto de em Portugal este imposto ter sido criado pelo Decreto-Lei n.º 394-B/84, de 26 de
Dezembro, e em Espanha ter sido implementado em Agosto de 1985. Os dois países
aderiram à EU em 1986. Relativamente a África, os países com o IVA mais antigos são a
Costa do Marfim que o tem desde o ano da sua independência (1960), o Senegal (1980) e
Marrocos (1982).Quanto aos países com fortes ligações à Angola, nomeadamente aqueles
que falam português, Cabo Verde tem desde 2004, apesar de aprovado em 2003, pela Lei
21/VI/2003 e Moçambique desde 1988, aprovado pela Lei n.º. 3/9, de 8 de Janeiro. São
Tomé terá a partir de 1 de Janeiro de 2019. Relativamente a América do Sul, o Chile tem o
IVA há mais tempo, uma vez que o implementou em 1973.

A Origem do IVA - Em Angola


As Linhas Gerais do Executivo Para a Reforma Tributária (LGERT), aprovadas pelo
Decreto Presidencial n.º 50/11, de 15 de Março, definem os instrumentos e os objectivos
de política fiscal que norteiam o processo de reforma, quer do sistema tributário, quer da
Administração Tributária, por forma a adaptá-los à realidade económica e social do País.
Por outro lado, já se perspectivava no ponto 1.4.3. (prioridades de intervenção no plano
legislativo) das LGERT, que “a tributação do consumo, no âmbito da reforma, far-se-ia
essencialmente a partir da introdução ou evolução do actual imposto de consumo para um
imposto do tipo IVA, sem efeitos de cascata e adequado à estrutura socioeconómica
angolana”.
Na altura o sistema fiscal era obsoleto pois provinha essencialmente do período colonial,
com inúmeros diplomas avulsos e desconexos, o que contribuía para a ineficácia do
sistema fiscal.
O ponto 2.2. do referido Diploma Legal (sobre domínio do sistema tributário), contempla
um conjunto de acções a serem adoptadas a Curto e Médio Prazo.
A Curto Prazo, devem ser adoptados, em primeiro lugar, os diplomas transversais de
adaptação do sistema existente à nova realidade económica, política e constitucional,
dando-se enfase prioritariamente aos impostos internos, definindo-se medidas pontuais de
simplificação e de resolução das injustiças mais graves e notórias.
A Médio Prazo, destacam-se as seguintes acções:

1. ) Realização de estudos conducentes à substituição do actual imposto de consumo


pelo IVA adequado à estrutura socioeconómica angolana, em conjunção com o
aprofundamento da harmonização comunitária no quadro da SADC;
2. ) Elaboração do anteprojecto de diploma que introduz o IVA;
3. ) Desenho dos procedimentos administrativos, informáticos, de sistemas de
informações, necessários para pôr em prática o novo modelo de tributação do
consumo;
4. ) Divulgação do novo modelo de tributação junto dos funcionários e dos
contribuintes, através de processos de formação e informação específica, como
uma questão decisiva para o êxito da Reforma;
5. ) Instituição de certos impostos especiais de consumo, justificado por razões
financeiras e por razões extra-financeiras (álcool e bebidas alcoólicas, tabacos e
eventualmente, veículos pesados ou de luxo, e sobre os derivados do petróleo) -
Racionalização e modernização do imposto de selo, por forma a abranger
realidades como as operações financeiras que não sejam tributadas no IVA e faze-
las constar de um instrumento normativo autónomo com as características
dos actuais códigos tributários.

Foi no âmbito das medidas de curto e médio prazo da reforma que se efectuou a revisão e
republicação do Regulamento do Imposto de Consumo pelo Decreto Legislativo
Presidencial nº 3-A/14 de 21 de Outubro. Com este Diploma, aprimoraram-se alguns
aspectos em relação ao regime iniciado na década de 80, clarificando-se a figura de
sujeito passivo, as obrigações de liquidação e pagamento, bem como a correcta
identificação do titular do encargo do imposto por via do mecanismo da repercussão.
Ademais das melhorias efectuadas, vários estudos e o contexto actual que Angola vive,
revelaram a necessidade de se alterar o paradigma existente no domínio da tributação da
despesa, mediante a introdução do IVA no sistema fiscal, em substituição do imposto de
consumo
O IVA é um imposto indirecto, plurifásico, de incidência ampla que abrange de forma
generalizada, as transacções de bens e prestação de serviços, abarcando pontos de
produção, distribuição e comercialização, baseado no método subtractivo da liquidação e
dedução.
O IVA tem sido um sucesso a nível mundial, tornando-se um imposto em moda,
contagiando diversas realidades fiscais. Apesar dos vários modelos que apresenta,
actualmente mais de 160 (cento e sessenta) países pelo mundo, baseiam o sistema de
tributação sobre as transacções de bens e serviços neste imposto, conservando as
características matriciais do imposto sem prejuízo das pequenas inovações que cada país
foi introduzindo, em razão das suas especificidades sócio - económicas.
Assim sendo, dadas as inegáveis virtudes do IVA, afigura-se necessário a substituição ou
modelagem do actual imposto de consumo, com vista a tornar a tributação do consumo
mais produtiva, eficiente e neutra, à semelhança do que ocorre nos impostos de tipo IVA.
Nesta senda, iremos fazer uma pequena incursão sobre as principais
características/diferenças entre os dois impostos, para que desta forma os contribuintes
possam estar melhor informados sobre as razões por detrás da implementação do IVA em
detrimento do IC.
Principais Características do IVA vs IC
Características do IC Características do IVA
1. Imposto Indirecto; 1. Imposto indirecto;
2. Especifico nos Serviços; 2. Geral;
3. Monofásico; 3. Plurifásico;
4. Agregado ao Custo; 4. Neutralidade;
5. Sem Limiar; 5. Limiar;
6. Cativo 6. Alargamento do Cativo;
8. Múltiplas taxas; 7. Taxa única;
9. 100% Físico 9. 100% Electrónico

ARTIGO 2.º (Definições)


Para efeitos do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado (CIVA), salvo se
expressamente indicado em contrário, as palavras e expressões nela usadas têm o
seguinte significado:
Bens de abastecimento – As provisões de bordo, sendo considerados como tais os
produtos destinados exclusivamente ao consumo da tripulação e dos passageiros; os
combustíveis, carburantes, lubrificantes e outros produtos destinados ao funcionamento
das máquinas de propulsão e de outros aparelhos de uso técnico instalados a bordo; e os
produtos acessórios destinados à preparação, tratamento e conservação das mercadorias
transportadas a bordo;
Entidade governamental – subdivisão política ou administrativa do governo central,
regional, ou local da República de Angola;
Imposto cativo – O montante retido, a título de imposto sobre o valor acrescentado para
entrega ao Estado, por parte do adquirente de bens ou serviços, que conste de factura ou
documento equivalente, nas condições previstas no artigo 21.º do presente código;
Operações Petrolíferas – Actividades de prospecção, pesquisa, avaliação,
desenvolvimento, produção, armazenagem, venda, exportação, tratamento e transporte de
petróleo realizadas ao abrigo da Lei das Actividades Petrolíferas;
Operações Mineiras – Actividade de prospecção, pesquisa, reconhecimento, exploração
e tratamento de recursos minerais nos termos do Código Mineiro;
Regime de Não Sujeição – Regime que consiste na não liquidação do Imposto sobre o
Valor Acrescentado nas transmissões de bens e prestações de serviços efectuados pelos
sujeitos nele abrangidos, sendo que estes suportam o imposto nas importações, bem
como na aquisição de bens e serviços, sem haver direito à dedução do imposto suportado;
Sociedade Investidora Petrolífera – Entidade que tem vínculo contratual com a
Concessionária Nacional, nos termos Lei das Actividades Petrolíferas;
Vale – Instrumento que se traduz num pré-pagamento que titula o recebimento de bens ou
serviços ou um desconto, podendo ser de finalidade única, quando os bens a entregar ou
os serviços a prestar, a identidade dos potenciais fornecedores ou prestadores e o local da
entrega dos bens ou prestação dos serviços estão identificados no momento da emissão
do vale; ou de finalidade múltipla, em todos os outros casos, incluindo o das moedas
digitais;
Valor normal – O montante total que, a fim de obter os bens ou serviços em questão, o
adquirente ou destinatário, no mesmo estádio de comercialização em que se realiza a
entrega de bens ou a prestação de serviços, teria de pagar, em condições de livre
concorrência, a um fornecedor ou prestador independente, com equivalente posição de
mercado, no tempo e lugar em que é efectuada a operação ou no tempo e lugar mais
próximos. Este montante inclui, sempre que sejam aplicáveis, impostos especiais sobre o
consumo, direitos, taxas e outras imposições cobrados, com excepção do próprio imposto.
Na ausência de uma operação tributável comparável, o valor de mercado será o montante
estabelecido pela Administração Geral Tributária, com base no mais apropriado de entre
os reconhecidos métodos internacionais;
Volume de negócios – O valor das actividades económicas efectuadas pelo sujeito
passivo em determinado exercício, tal como são declaradas para efeitos de impostos
sobre o rendimento;
Viatura de turismo – Qualquer veículo automóvel, com inclusão de reboque, que, pelo
seu tipo de construção e equipamento, não seja destinado unicamente ao transporte de
mercadoria ou a uma utilização com carácter agrícola, comercial ou industrial, ou que,
sendo misto ou de transporte de passageiros, não tenha mais de dez lugares, com a
inclusão do condutor;

Para efeitos do Regime Jurídico das Facturas e Documentos Equivalentes (RJFDE),


salvo se expressamente indicado em contrário, as palavras e expressões nela usadas têm
o seguinte significado:
a) Auto-facturação: Emissão de Facturas/Recibos pelos adquirentes de bens ou serviços
em substituição dos seus fornecedores;
b) Custo indevidamente documentado: aquele em que a documentação de suporte não
integra todos os elementos previstos no n.º 1 do artigo 11.º do RJFDE;
c) Custo não documentado: Aquele que se realiza sem qualquer suporte documental
formal;
d) Documento equivalente: os recibos, a nota de débito, nota de crédito, o despacho
aduaneiro, o talão de venda ou de serviços, e outros documentos que, contendo todos os
requisitos previstos no RJFDE, são equiparados a factura;
e) Factura: Documento comercial que formaliza e comprova a transmissão de bens, a
prestação de serviços, quaisquer adiantamentos ou pagamentos antecipados, devendo
conter todos os requisitos previstos no RJFDE;
f) Factura genérica: factura única, com periodicidade mensal, emitida por Instituição
Financeira que compreende todos os serviços cobrados aos seus clientes, naquele
período;
g) Factura global: documento comercial, com periodicidade máxima mensal, que englobe
todas as transmissões de bens e prestações de serviços efectuadas durante período em
referência;
h) Factura/Recibo: documento comercial que, para além de documentar e comprovar as
transmissões de bens ou as prestações de serviços, e contendo todos os requisitos
constantes do presente no RJFDE, comprova igualmente o pagamento total do bem ou
serviço facturado, incluindo-se neste conceito a factura com expressão em carimbo “pago”,
a venda a dinheiro e o aviso/recibo;
i) Factura em formato electrónico: documento comercial, emitido electronicamente
por software de facturação, que formaliza e comprova a transmissão de bens, a prestação
de serviços, quaisquer adiantamentos ou pagamentos antecipados, devendo conter todos
os requisitos previstos no presente no RJFDE;
j) Nota de débito: documento comercial equivalente a factura que suporta situações de
débito quando não haja obrigação de emissão de factura nos termos do presente no
RJFDE;
k) Nota de crédito: documento comercial rectificativo de factura ou documento
equivalente emitido, sempre que, por qualquer motivo, o respectivo valor seja reduzido o
que sucede nomeadamente nas devoluções de bens, variação do nível do serviço
prestado, ou quaisquer descontos;
l) Programa informático de facturação: programa informático de emissão de facturas e
documentos equivalentes devidamente certificado pela entidade competente, que garante
a numeração sequencial e cronológica dos documentos e que não permite a respectiva
eliminação após a sua emissão;
m) Recibo: documento comercial que comprova o pagamento parcial ou total do bem ou
serviço facturado.
n) Volume de Negócios: corresponde ao total dos proveitos de um determinado exercício
económico.
Outras Definições de:
Volume de negócios: corresponde as vendas e prestações de serviços (abrangendo as
indemnizações compensatórias) respeitantes as actividades normais da entidade.
Bens em segunda mão: os bens móveis susceptíveis de reutilização no estado em que
se encontram ou após reparação, com exclusão dos objectos de arte, de colecção, das
antiguidades, das pedras preciosas e metais preciosos, não se entendendo como tais as
moedas ou artefactos daqueles materiais;
Sujeito passivo revendedor: o sujeito passivo que, no âmbito da sua actividade, compra,
afecta às necessidades da sua empresa ou importa, para revenda, bens em segunda mão,
objectos de arte, de colecção ou antiguidades, quer esse sujeito passivo actue por conta
própria, quer por conta de outrem nos termos de um contrato de comissão de compra e
venda;
CRONOGRAMA DE IMPLEMENTAÇÃO
O Cronograma de Implementação comporta três (3) fases, a Curto, Médio e Longo Prazo,
onde:
1ª fase de Preparação e Desenho da Implementação (2017);
2ª fase de Monitorização da Implementação do IVA aos Contribuintes Cadastrados na
Repartição Fiscal dos Grandes Contribuintes (2019), e;
3ª fase de Monitorização da Implementação do IVA a todos os contribuintes (2020).
LEI DE APROVAÇÃO DO CÓDIGO DO IMPOSTO SOBRE O VALOR ACRESCENTADO
ARTIGO 5.º
(Apuramento e pagamento do imposto)
1. Os sujeitos passivos referidos no número 1 do artigo 4.º, que não optem pelo regime
geral, procedem ao pagamento do imposto trimestralmente nos meses de Abril, Julho,
Outubro e Janeiro.
2. O imposto a que se refere o número anterior é apurado mediante aplicação da metade
da taxa do imposto sobre o valor acrescentado sobre o volume de negócios respeitante
aos três meses anteriores, com direito à dedução, até ao limite de 4% do imposto
suportado nas suas aquisições de bens e serviços que constem do mapa de fornecedores
a que se refere o número 4 do artigo anterior.
3. Para efeitos do disposto no número anterior, o volume de negócios corresponde ao
montante efectivamente recebido das vendas efectuadas e ou serviços prestados, com
excepção das operações isentas ao abrigo do Código do Imposto Sobre o Valor
Acrescentado.
4. Os sujeitos passivos referidos no número 1 submetem uma declaração simplificada, por
transmissão electrónica de dados, até ao último dia do mês seguinte àquele a que
respeitam as operações dos três meses anteriores.
5. Os sujeitos passivos do regime transitório aplicam as regras de liquidação e pagamento
do regime geral de tributação quando adquiram serviços a prestadores não residentes.
6. Os serviços referidos no número anterior correspondem aos efectivamente pagos e
sujeitam-se à metade da taxa do imposto sobre o valor acrescentado.
7. Não é concedido reembolso sempre que o montante da dedução a que se refere o
número 2 seja superior ao imposto apurado nos termos do presente artigo, caso em que a
dedução é efectuada nos períodos de impostos seguintes até ao fim do período transitório,
considerando-se definitivo o imposto suportado.
CIVA
ARTIGO 30.º
(Pagamento do imposto)
1. Os sujeitos passivos, responsáveis pelo pagamento do imposto nos termos dos
números 1 e 2
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do artigo anterior, são obrigados a entregar o montante do imposto exigível, através dos
meios de pagamento legalmente permitidos, até ao último dia do mês seguinte àquele a
que respeitam as operações realizadas no mês anterior.
2. Sempre que se proceda à liquidação do imposto por iniciativa da Administração Geral
Tributária, sem prejuízo do disposto no artigo 54.º, é o sujeito passivo imediatamente
notificado para efectuar o pagamento do imposto em falta e dos acréscimos legais, no
prazo previsto no Código Geral Tributário.
3. A falta de pagamento do imposto e dos acréscimos legais no prazo previsto no número
anterior determina a extracção pela Administração Geral Tributária da correspondente
certidão de dívida nos termos estabelecidos na legislação aplicável.
4. O imposto devido pelas importações é pago nos serviços aduaneiros competentes no
acto do desembaraço alfandegário.
5. O imposto relativo às transmissões de bens resultantes de actos de arrematação, venda
judicial ou administrativa, conciliação ou de contratos de transacção é liquidado no
momento em que é emitida a notificação para o pagamento. A liquidação é efectuada
mediante aplicação da respectiva taxa ao valor tributável, determinado nos termos da
alínea e) do número 3 do artigo 17.º.
ARTIGO 31.º
(Pagamento do imposto cativo)
1. As entidades referidas no número 2 artigo 21.º são obrigadas a submeter por
transmissão electrónica de dados o anexo da declaração periódica correspondente a tais
operações, que gera automaticamente o Documento de Cobrança e a entregar o montante
do imposto cativo que consta das facturas ou documentos equivalentes emitidos pelos
seus fornecedores de bens e serviços, até ao último dia do mês seguinte às operações
cujo imposto foi cativo.
2. O imposto cativo a que se refere o número anterior deve ser entregue na totalidade aos
cofres do Estado.
3. As sociedades investidoras petrolíferas apenas são obrigadas a entregar o montante do
imposto cativo das operações que não conferem direito à dedução nos termos do artigo
25.º, simultaneamente com a declaração periódica, através dos meios de pagamento
legalmente
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permitidos, no prazo previsto no número 1 do artigo 44.º.
4. Sem prejuízo do disposto no número 2 do artigo 52.º, o imposto cativo pelo Estado e as
autarquias locais deve ser transferido para a Conta Única do Tesouro, no momento do
pagamento da factura ou documento equivalente.
5. Quando a submissão do anexo a que refere o número 1 ocorra após o decurso do prazo
aí referido, as entidades obrigadas a cativar só podem deduzir o imposto na declaração
periódica do período subsequente.
6. A inclusão do imposto dedutível nos custos de pesquisa, desenvolvimento, produção e
abandono das sociedades investidoras petrolíferas, implica a não-aceitação do imposto
como custo fiscalmente aceite em sede do Imposto sobre o Rendimento do Petróleo.
CAPÍTULO V
TAXAS
ARTIGO 19.º
(Taxas do imposto)
1. A taxa do imposto é de 14% (catorze por cento).
2. A taxa aplicável é a que vigora no momento em que o imposto se torna exigível.
Os Regimes de Tributação do IVA são:

 Regime Geral;
 Regime Transitório, e;
 Regime de Não Sujeição.

(Regime Geral)
...............................................................................
LEI DE APROVAÇÃO DO CÓDIGO DO IMPOSTO SOBRE O VALOR ACRESCENTADO
ARTIGO 4.º
(Regime transitório)
1. Sem prejuízo de optarem pelo regime geral de tributação, os sujeitos passivos referidos
no número 3 do artigo anterior estão sujeitos a uma tributação simplificada, nos exercícios
fiscais de 2019 e 2020, desde que tenham atingido no exercício anterior, um volume anual
de negócios ou operações de importação superior ao equivalente em Kwanzas do
montante previsto para às Micro empresas conforme a alínea a) do número 2 do artigo 5.º
da Lei nº 30/11 de 13 Setembro da Lei das Micro, Pequenas e Médias Empresas.

2. Para efeitos de apuramento do valor mencionado no número anterior, aplica-se ao


volume anual de negócios ou operações de importação, a taxa de câmbio média anual de
venda do Banco Nacional de Angola.

3. Nos casos dos sujeitos passivos em início de actividade, o volume de negócios é


estabelecido de acordo com uma estimativa por si efectuada.

4. Os sujeitos passivos enquadrados neste regime devem submeter, até ao último dia do
mês seguinte, por transmissão electrónica de dados, o mapa de fornecedores contendo as
operações efectuadas no mês anterior, sempre que adquiram bens e serviços a sujeitos
passivos do regime geral do imposto, bem como a prestadores de serviços não residentes.

5. Os sujeitos passivos mencionados neste artigo são obrigados a manter em boa ordem e
a exibir sempre que lhes seja solicitado os documentos comprovativos das suas
aquisições, bem como assim, outros documentos comprovativos do seu volume de
negócios.

(Regime de não sujeição)


.......................................................................................................
ARTIGO 4.º
(Incidência subjectiva)
1. São sujeitos passivos do imposto:

a) Qualquer pessoa singular, colectiva ou entidade que exerça, de modo independente,


actividades económicas, incluindo de produção, de comércio ou de prestação de serviços,
profissões liberais, actividades extractivas, agrícola, aquícola, apícola, avícola, pecuária,
piscatória e silvícola;
b) As pessoas singulares, colectivas ou entidades que realizem importações de bens nos
termos da legislação aduaneira;
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c) As pessoas singulares, colectivas ou entidades que mencionem indevidamente o
Imposto sobre o Valor Acrescentado em factura ou documento equivalente;
d) As pessoas singulares, colectivas ou entidades, sujeitos passivos do imposto, que
sejam adquirentes de serviços a entidades não residentes sem domicílio, sede ou
estabelecimento estável no território nacional, nos termos do número 2 do artigo 29.º do
presente Código;

2. São ainda sujeitos passivos do imposto:

a) O Estado, as entidades governamentais e outros organismos públicos, incluindo,


Institutos Públicos, Autarquias, Instituições públicas de previdência e segurança social,
excepto quando atuem dentro dos poderes de autoridade e daí não resultem distorções de
concorrência;
b) Os partidos e coligações políticas, os sindicatos e as instituições religiosas legalmente
constituídas, na medida em que efectuem operações tributáveis.
3. Não se consideram sujeitos passivos do imposto os assalariados e outras pessoas, na
medida em que se encontrem vinculados à entidade patronal por um contrato de trabalho,
ou por contrato que, não sendo um contrato de trabalho, estabeleça vínculos de
subordinação no que diz respeito às condições de trabalho e de remuneração e à
responsabilidade da entidade patronal.
CAPÍTULO II
INCIDÊNCIA E FACTO GERADOR
ARTIGO 3.º
(Incidência objectiva)
1. Estão sujeitas a imposto sobre o valor acrescentado:
a) As transmissões de bens e as prestações de serviços efectuadas no território nacional,
a título oneroso por um sujeito passivo agindo nessa qualidade;
b) As importações de bens.
2. A transmissão de bens ou a prestação de serviços, acessória a outra transmissão de
bens ou prestação de serviços considera-se parte integral da mesma.
Declarações de Início, Alteração e Cessação de Actividade
Início As pessoas singulares ou colectivas que exerçam uma actividade sujeita a imposto
devem submeter, por transmissão electrónica de dados, antes do início da actividade, a
respectiva declaração.
Alteração Sempre que se verifique alteração de qualquer dos elementos constantes da
declaração relativa ao início de actividade, deve-se enviar por transmissão electrónica de
dados a declaração de alteração.
A declaração deve ser enviada, no prazo de 15 dias a contar da data da alteração
Cessação No caso de cessação de actividade, o sujeito passivo, no prazo de 30 dias a
contar da data de cessação, deve enviar por transmissão electrónica de dados, a
respectiva declaração
Declarações de Início, Alteração e Cessação de Actividade
Declarações de Regime Transitório
Aplicável a contribuintes com volume de negócios superior a USD 250.000,00
1. Contribuintes não liquidam IVA na factura;
2. Não deduzem o IVA suportado;
3. Declaração trimestral, o envio da declaração é por transmissão electrónica de
dados;

Declaração Periódica
Os sujeitos passivos são obrigados a enviar a declaração periódica tal como previsto na
Lei, por transmissão electrónica de dados, até ao último dia do mês seguinte àquele a que
respeitam as operações nela abrangidas.

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