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E DRAWBACK
AULA 2
CONTEXTUALIZANDO
Depois de saber o produto, entender o procedimento de exportação e
fazer as habilitações necessárias para tanto, é de fundamental importância
conhecer as normas aplicáveis ao processo, ao produto, e os acordos
existentes entre o Brasil e o país importador.
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Primeiramente, este conhecimento se faz extremamente importante
tendo em vista a incidência direta no valor de venda do produto por conta dos
incentivos dados à exportação.
Posteriormente, há a necessidade de entender o funcionamento do
processo, bem como os órgãos onde serão efetuados os atos do processo.
É por meio da legislação, que se conhece o que pode e o que não pode
ser feito e exportado e quais as multas para erros nos procedimentos e etc.
O exportador que não domina a legislação não conhece o procedimento,
não tendo a visão do funcionamento do todo para saber o que pode ser
melhorado.
A leitura diária da legislação é essencial para os operadores do comércio
exterior, ainda mais porque no Brasil as normas são mudadas ou editadas tão
rapidamente que o procedimento conhecido hoje já não será mais utilizado
amanhã.
Logo, os exportadores e demais players (São todos os participantes do
processo de exportação, tais como: despachante aduaneiro, exportador,
armador, agente de cargas, importador, etc.) do comércio exterior devem estar
sempre atentos à legislação porque as multas incidentes são altas e caso
incida, pode ser o lucro daquele processo de exportação.
Então, a falta de conhecimento da legislação pode prejudicar o preço do
produto, a liberação da mercadoria, a falta de documentos pertinentes e até
mesmo a perda do cliente.
Por isto, é de extrema importância que esteja atento à legislação
pertinente e principalmente saber onde buscar os atos normativos.
Para começar a entender sobre esta legislação, assista ao vídeo da
professora Melina no material on-line.
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Regulamento Aduaneiro
O Regulamento Aduaneiro regulariza a administração das atividades
aduaneiras, e a fiscalização, o controle e a tributação das operações de
comércio exterior. Dele fazem parte:
Trânsito aduaneiro: é um procedimento especial a ser seguido
quando há necessidade de fazer a transferência de um veículo de uma zona
primária ou secundária para a outra, com suspensão dos pagamentos dos
tributos.
Este procedimento é chamado de trânsito aduaneiro porque o despacho
de exportação pode ter seu início em uma zona secundária próxima da sede do
exportador e posteriormente transferida para a zona primária para finalização
do trânsito e embarque para o exterior como visto acima, os veículos só podem
sair da zona primária.
Admissão temporária de bens: é a importação de bens com a
redução integral ou parcial dos tributos para a permanência de bens no país por
um determinado período de tempo.
Há também a permissão de entrada de bens para aperfeiçoamento ativo
e posterior reexportação para o país de origem da mercadoria.
Drawback: que é considerado como um incentivo à exportação,
sendo utilizado para a importação ou compra de insumos no mercado interno
com o não pagamento dos tributos incidentes, dependendo da modalidade de
cada drawback, para industrialização e posterior exportação do produto
acabado.
Entreposto aduaneiro: que é o armazenamento da mercadoria
em uma zona primária ou secundária com a suspensão dos tributos para o
registro e pagamento dos tributos incidentes em lotes da mercadoria conforme a
necessidade do produto a ser internalizado no mercado interno ou enviado ao
mercado externo.
Recof: que é basicamente o mesmo procedimento do drawback,
porém existem produtos específicos para este regime aduaneiro especial que
são editados por ato normativo da Secretaria da Receita Federal do Brasil.
Importação de insumos destinados à industrialização por
encomenda de produtos classificados nas posições 8701 a 8705 da
nomenclatura Comum do MERCOSUL – RECOM: é o que permite a
importação, sem cobertura cambial de chassis, carroçarias, pecas, partes,
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componentes e acessórios com a suspensão do pagamento de tributos para
envio ao exterior com a suspensão dos tributos na importação e mercado interno
e quando entregues no mercado interno deverão ser enviadas para empresa
comercial atacadista, controlada, direta ou indiretamente, pela pessoa jurídica
encomendante domiciliada no exterior, por conta e ordem desta, com suspensão
do pagamento do IPI da PIS/PASEP-Importação e da COFINS-Importação.
Exportação temporária: permite a saída de bens com suspensão
do pagamento do imposto de exportação, de mercadoria nacional ou
nacionalizada, condicionada à reimportaçao em prazo determinado, no mesmo
estado em que foi exportada.
Exportação temporária para aperfeiçoamento passivo: o qual
permite a saída por tempo determinado de mercadoria nacional ou
nacionalizada, para ser submetida a operação de transformação, elaboração,
beneficiamento ou montagem, no exterior, e a posterior reimportação sob a
forma do produto resultante, com o pagamento dos tributos de importação, sobre
o valor agregado.
Exportação e de importação de bens destinados às atividades
de pesquisa e de lavra das jazidas de petróleo e de gás natural – Repetro:
que permite a exportação, sem que tenha ocorrido sua saída do território
aduaneiro e posterior aplicação do regime de admissão temporária, no caso de
bens indicados em norma da Secretaria da Receita Federal, de fabricação
nacional, vendido a pessoa sediada no exterior, a exportação, sem que tenha
ocorrido sua saída do território aduaneiro, de partes e peças de reposição
destinadas aos bens indicados em norma da Secretaria da Receita Federal, já
admitidos no regime aduaneiro especial de admissão temporária, e a
importação, sob o regime de drawback, na modalidade de suspensão, de
matérias-primas, produtos semielaborados ou acabados e de partes ou peças,
utilizados na fabricação dos bens indicados em norma da Secretaria da Receita
Federal, e posterior comprovação do adimplemento das obrigações decorrentes
da aplicação desse regime mediante as exportações anteriormente
mencionadas.
Importação de petróleo bruto e seus derivados - REPEX é o que
permite a importação desses produtos, com suspensão do pagamento dos
impostos federais, da contribuição para o PIS/PASEP-Importação e da COFINS-
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Importação, para posterior exportação, no mesmo estado em que foram
importados.
Incentivo à modernização e à ampliação da estrutura portuária
– REPORTO: é o que permite, na importação de máquinas, equipamentos,
peças de reposição e outros bens, a suspensão do pagamento do imposto de
importação, do imposto sobre produtos industrializados, da contribuição para o
PIS/PASEP-Importação e da COFINS-Importação, quando importados
diretamente pelos beneficiários do regime e destinados ao seu ativo imobilizado
para utilização exclusiva em portos na execução de serviços de carga, descarga,
movimentação de mercadorias e dragagem, e na execução de treinamento e
formação de trabalhadores em Centros de Treinamento Profissional.
Loja franca: é o que permite ao estabelecimento instalado em
zona primária de porto ou de aeroporto alfandegado vender mercadoria nacional
ou estrangeira a passageiro em viagem internacional, contra pagamento em
moeda nacional ou estrangeira, sendo que a mercadoria estrangeira importada
diretamente pelos concessionários das lojas francas permanecerá com
suspensão do pagamento de tributos até a sua venda, nas condições do
Regulamento Aduaneiro, já a mercadoria estrangeira importada diretamente
pelos concessionários das lojas francas permanecerá com suspensão do
pagamento de tributos até a sua venda, também nos termos do RA, porém
Quando se tratar de aquisição de produtos nacionais, estes sairão do
estabelecimento industrial ou equiparado com isenção de tributos.
Depósito especial: é o que permite a estocagem de partes, peças,
componentes e materiais de reposição ou manutenção, com suspensão do
pagamento dos impostos federais, da contribuição para o PIS/PASEP-
Importação e da COFINS-Importação, para veículos, máquinas, equipamentos,
aparelhos e instrumentos, estrangeiros, nacionalizados ou não, e nacionais em
que tenham sido empregados partes, peças e componentes estrangeiros, nos
casos definidos pelo Ministro de Estado da Fazenda.
Especial de depósito afiançado: é o que permite a estocagem,
com suspensão do pagamento dos impostos federais, da contribuição para o
PIS/PASEP-Importação e da COFINS-Importação, de materiais importados sem
cobertura cambial, destinados à manutenção e ao reparo de embarcação ou de
aeronave pertencentes a empresa autorizada a operar no transporte comercial
internacional, e utilizadas nessa atividade.
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Depósito alfandegado: certificado é o que permite considerar
exportada, para todos os efeitos fiscais, creditícios e cambiais, a mercadoria
nacional depositada em recinto alfandegado, vendida a pessoa sediada no
exterior, mediante contrato de entrega no território nacional e à ordem do
adquirente.
Depósito franco é o que permite, em recinto alfandegado, a
armazenagem de mercadoria estrangeira para atender ao fluxo comercial de
países limítrofes com terceiros países.
Ainda, existem os regimes aduaneiros especiais aplicados em áreas
especiais, ou seja, o regime existe por conta da área em que está sendo
aplicada e não por ser um regime aduaneiro especial propriamente dito como
os acima indicados.
A Zona Franca de Manaus é uma área de livre comércio de importação e
de exportação e de incentivos fiscais especiais, estabelecida com a finalidade
de criar no interior da Amazônia um centro industrial, comercial e agropecuário,
dotado de condições econômicas que permitam seu desenvolvimento, em face
dos fatores locais e da grande distância a que se encontram os centros
consumidores de seus produtos.
Constituem áreas de livre comércio de importação e de exportação as
que, sob regime fiscal especial, são estabelecidas com a finalidade de
promover o desenvolvimento de áreas fronteiriças específicas da Região Norte
do País e de incrementar as relações bilaterais com os países vizinhos,
segundo a política de integração latino-americana.
As zonas de processamento de exportação caracterizam-se como áreas
de livre comércio de importação e de exportação, destinadas à instalação de
empresas voltadas para a produção de bens a serem comercializados no
exterior, objetivando a redução de desequilíbrios regionais, o fortalecimento do
balanço de pagamentos e a promoção da difusão tecnológica e do
desenvolvimento econômico e social do País.
Depois dos regimes aduaneiros especiais, o Regulamento Aduaneiro
tratará do controle aduaneiro das mercadorias, trazendo informações a respeito
do despacho aduaneiro de importação e de exportação das mercadorias em
geral e também de casos especiais para o desembaraço considerados pelo
RA.
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Após descrever todo o procedimento para desembaraçar a mercadoria,
haverá o livro das infrações e penalidades, que tratará de quais ações ou
omissões constituirão infrações e quais as penalidades e as espécies
aplicáveis em decorrência da prática destas infrações.
Sempre que for apurada infração às disposições do RA, que implique
exigência de tributo ou aplicação de penalidade pecuniária, o Auditor-Fiscal da
Receita Federal do Brasil deverá efetuar o correspondente lançamento para
fins de constituição do crédito tributário, sendo que neste livro será tratado todo
o processo fiscal e controle administrativo específico para a constituição e
controle da constituição do crédito, bem como a sua extinção.
Ainda tratará da pena de perdimento de mercadoria, de veículo e de
moeda, das sanções aplicáveis aos intervenientes do comércio exterior, do
processo de aplicação e exigência dos direitos antidumping e compensatórios,
do processo de consulta para a Receita Federal, dos procedimentos especiais
de fiscalização, das medidas cautelares adotadas pela fiscalização, bem como
a declaração de inaptidão de empresas.
Informará como se dá o controle administrativo específico, tais como a
destinação de mercadorias, as atividades relacionadas aos serviços aduaneiros
e do fundo especial de desenvolvimento e aperfeiçoamento das atividades de
fiscalização.
De uma forma resumida, estes são os aspectos trazidos pelo
Regulamento Aduaneiro, principal legislação que permeia os processos de
exportação.
Que tal conhecermos o artigo completo antes de continuar nosso
estudo? Acesse, na íntegra, o link com o Decreto nº. 6.759/09, do Regulamento
Aduaneiro e veja como estão distribuídos os artigos e se habitue com a sua
leitura para conhecimento de uma das principais legislações da exportação
(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Decreto/D6759.htm).
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TEMA 2 - NÃO INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA
Para que um tributo possa existir, ele precisa constar na Constituição
Federal, ou seja, somente poderá ser tributado o que a Constituição permitir.
Uma segunda questão é que o ente federativo responsável pela
instituição do tributo pode optar por arrecadá-lo ou não, mas o tributo pode ser
criado por meio de lei porque a Constituição Federal assim autorizou.
Entretanto existem algumas limitações para o poder de tributação dos
entes delimitadas pela Constituição sendo que nestes casos nenhum tributo
poderá incidir. São os casos abaixo:
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
b) templos de qualquer culto;
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas
fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de
educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos
da lei;
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão.
e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil
contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em
geral interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou
arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de
mídias ópticas de leitura a laser.
Para que haja a incidência de um tributo, seja qual for, deverá sempre
preencher os requisitos de fato gerador, composto pelo critério material (qual
ação é passível de tributação), critério espacial (onde ocorre a ação para o
pagamento do tributo) e o critério temporal (quando ocorreu a ação) e
posteriormente a obrigação tributária que é composta do critério pessoal onde
há o sujeito ativo (para quem deve pagar), sujeito passivo (quem deve pagar) e
o critério quantitativo composto pela base de cálculo (sobre qual valor será
calculado) e alíquota.
Quando todos estes requisitos estiverem descritos na norma e houver
subsunção do fato à norma, pode-se então dizer que houve a incidência
tributária para a ação praticada por determinada pessoa. Confira no vídeo a
Regra Matriz de Incidência Tributária
(https://www.youtube.com/watch?v=QPCBR3KPkAA).
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Estes são os casos que a Constituição definiu como incidência dos
tributos, porém excluiu determinados fatos para fins de incentivo e um destes
casos é a não incidência para os produtos destinados ao exterior tendo em
vista que o Brasil quer incentivar o mercado exportador.
Então trabalha com a não incidência de tributos para os produtos
destinados à exportação, com exceção do imposto de exportação.
Esta não incidência está descrita na Constituição Federal e confirmada
nas legislações pertinentes de cada um dos tributos, pois normalmente os
tributos são incidentes nas vendas dos produtos no mercado interno.
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nova nota fiscal com as informações adequadas, gerando custos
desnecessários e atraso na liberação da mercadoria, acarretando muitas vezes
perda do navio inicialmente previsto para embarque e consequentemente o
atraso da entrega da mercadoria no país de destino do importador.
Também com relação à emissão da nota fiscal de exportação, haverá as
opções de não incidência, imunidade, alíquota zero e isenção e a escolha
errada no sistema não permitirá que a nota fiscal seja gerada corretamente,
sendo que muitas vezes a mesma não é emitida porque as informações não
batem com as informações das notas fiscais de compra no mercado interno, o
que acarreta também na demora da liberação alfandegária, a perda do navio e
o atraso na entrega da mesma no país de destino no importador.
Estes atrasos podem muitas vezes gerar o cancelamento da compra
pelo importador e diversos prejuízos para o exportador.
Portanto, a análise da legislação pertinente à exportação é de extrema
importância não somente com relação à incidência tributária, mas também para
o conhecimento e domínio a respeito dos direitos e deveres do exportador.
Este é um bom momento para você fazer a leitura do seu livro de apoio.
Nesta aula, estamos falando sobre as principais legislações incidentes na
exportação.
Disponível:
(http://ava.grupouninter.com.br/tead/hyperibook/IBPEX/578.php).
Leitura Obrigatória
Para saber mais sobre o assunto, estude também, o conteúdo do livro
indicado pela professora Melina, “Direito tributário Brasileiro”, acessando a
Biblioteca Virtual, pelo UNICO, e pesquisando pelo livro
(http://unico.facinter.br/).
Você sabia que existe um tributo autorizado pela Constituição Federal,
porém, ainda não houve a instituição do mesmo pelo ente federativo autorizado
para tanto.
Este tributo é o IGF (imposto sobre grandes fortunas), este imposto
poderá ser instituído pela União a qualquer momento. Saiba mais fazendo a
leitura dos textos abaixo.
Disponível:
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http://www.conjur.com.br/2015-out-17/paulo-rosenblatt-fmi-recomenda-
imposto-grandes-fortunas
Disponível:
http://www.conjur.com.br/2015-jul-19/marcos-villas-boas-remendos-nao-
resolvem-sistema-tributario-pais
Critério material
Exportar produto nacional ou nacionalizado, sendo considerada como
mercadoria nacionalizada, a mercadoria estrangeira importada a título
definitivo.
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A Câmara de Comércio Exterior, observada a legislação específica,
relacionará as mercadorias sujeitas ao imposto.
Critério espacial
Todo o território nacional.
Critério temporal
Saída do território nacional. Para efeito de cálculo do imposto,
considera-se ocorrido o fato gerador na data de Registro da Declaração Única
de Exportação – DUE no Sistema Integrado de Comércio Exterior – Siscomex.
Critério pessoal
Sujeito Ativo – União.
Sujeito Passivo – exportador ou quem a lei a ele equiparar, assim
considerada qualquer pessoa que promova a saída de mercadoria do território
aduaneiro.
Critério quantitativo
Base de cálculo – o preço normal que a mercadoria, ou sua similar,
alcançaria, ao tempo da exportação, em uma venda em condições de livre
concorrência no mercado internacional, observadas as normas expedidas pela
Câmara de Comércio Exterior.
Quando o preço da mercadoria for de difícil apuração ou for suscetível
de oscilações bruscas no mercado internacional, a Câmara de Comércio
Exterior fixará critérios específicos ou estabelecerá pauta de valor mínimo, para
apuração da base de cálculo.
Para efeito de determinação da base de cálculo do imposto, o preço de
venda das mercadorias exportadas não poderá ser inferior ao seu custo de
aquisição ou de produção, acrescido dos impostos e das contribuições
incidentes e da margem de lucro de quinze por cento sobre a soma dos custos,
mais impostos e contribuições.
O preço à vista do produto, FOB ou posto na fronteira, é indicativo do
preço normal.
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Alíquota
Será de 30% sobre a base de cálculo.
Para atender aos objetivos da política cambial e do comércio exterior e
pelo caráter extrafiscal deste tributo, a Câmara de Comércio Exterior poderá
reduzir ou aumentar a alíquota do imposto.
Em caso de elevação, a alíquota do imposto não poderá ser superior a
cento e cinquenta por cento.
O pagamento do imposto será realizado na forma e no prazo fixados
pelo Ministro de Estado da Fazenda, que poderá determinar sua exigibilidade
antes da efetiva saída do território aduaneiro da mercadoria a ser exportada
Não efetivada a exportação da mercadoria ou ocorrendo o seu retorno
nas condições dos incisos I a V do art. 70, o imposto pago será compensado,
na forma do art. 113, ou restituído, mediante requerimento do interessado,
acompanhado da respectiva documentação comprobatória
Poderá ser dispensada a cobrança do imposto em função do destino da
mercadoria a ser exportada, observadas as normas editadas pelo Ministro de
Estado da Fazenda.
Com relação à isenção do pagamento do Imposto de Exportação, tem os
produtos abaixo:
São isentas do imposto as vendas de café para o exterior;
As usinas produtoras de açúcar que não possuam destilarias
anexas poderão exportar os seus excedentes, desde que comprovem sua
participação no mercado interno, conforme estabelecido nos planos
anuais de safra;
Aos excedentes de que trata o art. 219 (do regulamento
aduaneiro) e aos de mel rico e de mel residual poderá ser concedida
isenção total ou parcial do imposto, mediante despacho fundamentado
conjunto dos Ministros de Estado da Fazenda e do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior, que fixará, dentre outros requisitos, o prazo
de sua duração;
Em operações de exportação de açúcar, álcool, mel rico e
mel residual, com isenção total ou parcial do imposto, a emissão de
registro de venda e de registro de exportação ou documento de efeito
equivalente, pela Secretaria de Comércio Exterior;
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A exportação de açúcar, álcool, mel rico e mel residual, com
a isenção de que trata o art. 220 (do regulamento aduaneiro), será objeto
de cotas distribuídas às unidades industriais e às refinarias autônomas
exportadoras nos planos anuais de safra;
A isenção total ou parcial do imposto não gera direito
adquirido, e será tornada insubsistente sempre que se apure que o
habilitado não satisfazia ou deixou de satisfazer os requisitos, ou não
cumpria ou deixou de cumprir as condições para a concessão do
benefício;
Os bens integrantes de bagagem, acompanhada ou
desacompanhada, de viajante que se destine ao exterior estão isentos do
imposto;
Os bens integrantes de bagagem, acompanhada ou
desacompanhada, de viajante que se destine ao exterior estão isentos do
imposto;
São isentos do imposto os bens levados para o exterior no
comércio característico das cidades situadas nas fronteiras terrestres.
Ainda, será aplicado ao Imposto de Exportação no que
couber toda a legislação a respeito do Imposto de Importação e também
as normas previstas para bagagem importação.
Saiba Mais!
Acesse as legislações da Camex e veja mais a respeito do Imposto de
Exportação.
Disponível:
(http://www.camex.gov.br/legislacao/interna/id/88)
(http://www.camex.gov.br/legislacao/interna/id/392)
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Continue a leitura do livro indicado pela professora “Direito tributário
Brasileiro”, lendo as páginas 117 e 219, acesse o Portal Único
(http://unico.facinter.br/).
Acesse também, as demais legislações pertinentes ao Imposto de
Exportação.
Decreto-lei nº 1.578, de 1977
Medida Provisória nº 2.158-35, de 2001
Decreto nº 2.876, de 1998
Regulamento Aduaneiro
Portaria MF nº 674, de 1994
Circular Bacen nº 2767, de 1997
TEMA 4 - MULTAS
“Multa, do latim mulcta ou multa, entende-se, por seu sentido originário,
pena pecuniária. É assim, em sentido amplo, a sanção imposta à pessoa, por
infringência à regra ou ao princípio de lei ou contrato, em virtude do que fica na
obrigação de pagar certa importância em dinheiro. Segundo a natureza do ato
ou do fato, que a motiva, a multa toma várias definições. Diz-se multa civil,
compensatória, convencional, fiscal, moratória ou penal”.
Silva, de Plácido e - Vocabulário Jurídico, atualizadores: Nagib Slaibi Filho e Priscila Pereira
Vasques Gomes,
29ª edição, Rio de Janeiro: Forense, 2012.
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Ainda, poderá se tratar de uma multa penal que “assim se diz da
obrigação de pagar certa soma em dinheiro, quando derivada de imposição de
pena criminal.
Em regra, apresenta-se como pena complementar, porque ao lado dela
pode vir a pena de privação de liberdade.
Mas pode ser imposta no caráter de pena principal. Dá-se a
denominação às penalidades impostas pelas autoridades administrativas,
consistentes no pagamento de certa soma, por infrações aos regulamentos ou
posturas”.
As multas incidentes na exportação são as abaixo descritas trazidas pelo
Regulamento Aduaneiro (Decreto 6.759/2009) entre os artigos 718 a 731.
Aproveite o momento também, para fazer a leitura dos artigos 732 a 734 com a
redução das multas que podem ser utilizadas pela sua empresa
(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Decreto/D6759.htm).
Agora, é importante que conheça também a Lei 4.502 de 1964 citada
nas multas da exportação (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L4502.htm).
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É uma autarquia, ou seja, é uma entidade da administração pública
indireta onde tem somente autonomia administrativa e financeira, pois como
visto acima, trata-se de um órgão executivo.
Dentre suas funções e finalidades, o Bacen tem o monopólio sobre a
moeda estrangeira negociada no mercado, o controle do fluxo de caixa do país,
a regulamentação das operações cambiais por meio do Regulamento do
Mercado de Câmbio e Capitais Internacionais (RMCCI), bem como emitir
normas a respeito da negociação das moedas internacionais.
O Bacen fiscalizava também os pagamentos e recebimentos em moeda
estrangeira realizadas por intermédio dos bancos, corretoras e demais
empresas autorizadas a operar em câmbio, bem como mantinha o seu sistema
atualizado com relação às mercadorias importadas e/ou exportadas que
haviam ou não sido pagas.
Porém, a partir de 2006, o Bacen passou esta atribuição para a Receita
Federal que faz a fiscalização dos pagamentos efetuados e recebidos.
Entretanto, ela não faz o controle dos pagamentos efetuados e ou/recebidos,
portanto os importadores e exportadores devem manter seu próprio controle
para que não sejam punidos pela falta dos respectivos pagamentos.
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3- Secretaria de Comércio Exterior (Secex)
Órgão normativo e executivo que define normas e procedimentos
administrativos e comerciais do Deint, Decex, Decom e Depla.
Suas normas tem a finalidade de desonerar produtos brasileiros para
exportação, inclusão de barreiras para a importação de outros produtos que
possivelmente estejam prejudicando a produção do mercado nacional,
liberação de quantidades para a importação e/ou exportação de determinados
produtos dependendo da necessidade do país.
Também faz a liberação e redução do imposto de importação de
determinados produtos que tenham sido objeto de ex-tarifário, ou seja, para
produtos cuja inexista produção ou similar nacional no país.
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usado, habilitação no regime Automotivo do Acordo de Complementação
econômica n.º 14, drawback, importação e exportação.
Trata também da autorização sobre o sistema de cotas de exportação.
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9- Banco do Brasil
Maior banco atuante no comércio exterior e também o maior em
financiamento para a exportação de bens, serviços e demais atividades ligadas
ao exportador.
Até 1990 atuou como agente do governo quando se tratava de comércio
exterior brasileiro. Após isto, com a extinção da Cacex, passou a atuar somente
como prestador de serviços executando as seguintes tarefas por delegação da
Secex:
Emissão de certificado de origem FORM A, licença de exportação, fatura
VISA, entre outros serviços de exportação.
Concessão de drawback na modalidade isenção, deferimento de licença
de importação para determinados produtos, entre outros serviços na
importação.
É também agente concessor do financiamento às exportações ligadas
ao governo, sendo o Programa de Financiamento à Exportação (Proex),
prestando ainda consultoria aos exportadores.
Atua também em vários aspectos da exportação, ajudando o exportador
com soluções financeiras para a instalação, manutenção, ampliação e
modernização da empresa.
TROCANDO IDEIAS
Participe do fórum respondendo:
Você acha necessária uma consultoria jurídica para a sua empresa?
Acredita que esta consultoria pode ajudar com o planejamento aduaneiro
de sua empresa?
Você entende que a terceirização deste serviço seja a melhor opção ou
melhor seria um setor próprio em sua empresa?
Para participar do fórum, acesse o Ambiente Virtual de
Aprendizagem (AVA).
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NA PRÁTICA
Sua empresa entregou uma carga no aeroporto para ser exportada e o
fiscal entendeu que o seu produto foi classificado incorretamente com a
intenção de fraude no envio da mesma e aplicou a multa de 25% sobre o valor
da mercadoria. Sua empresa já exportou inúmeras vezes esta mercadoria
inclusive por esta mesma alfândega que declarou a fraude da classificação
fiscal.
Neste caso o que sua empresa deve fazer?
A resposta está no vídeo no material on-line.
SÍNTESE
Estamos no fim desta aula.
Veja o resumo de tudo que foi abordado nesta aula, na síntese
elaborada pela professora Melina! Disponível no material on-line.
REFERÊNCIAS
Receita Federal, Habilitação Para Utilizar o Siscomex. Disponível em:<
http://www.receita.fazenda.gov.br/> Acesso em: 20 de abril 2016.
Palácio do Planalto, Decreto Nº 6.759, de 5 de fevereiro de 2009.
Disponível em:< http://www.planalto.gov.br/>. Acesso em: 20 de abril 2016.
Consultor Jurídico, Até FMI recomenda imposto sobre grandes fortunas
para redução de desigualdades. Disponível em:< http://www.conjur.com.br/>.
Acesso em: 25 de abril 2016.
Consultor Jurídico, Remendos no sistema tributário, como o IGF, não
resolvem o problema do Brasil. Disponível em:< http://www.conjur.com.br/>.
Acesso em: 25 de abril 2016.
Palácio do Planalto, Lei Nº 4.502, de 30 de novembro de 1964.
Disponível em:< http://www.planalto.gov.br/>. Acesso em: 25 de abril 2016.
Regras de classificação – NCM. Disponível em:<
http://www.receita.fazenda.gov.br >. Acesso em: 13 de abril 2016.
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