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PROCEDIMENTOS DE IMPORTAÇÃO
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SUMÁRIO
Importação) ..................................................................................................... 14
Distribuição .................................................................................................................... 16
CONCLUSÃO ...................................................................................................... 29
REFERÊNCIAS .................................................................................................. 31
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PROCEDIMENTOS DE IMPORTAÇÃO
O Decreto n.º 6759/2009 - Artigos 542 e 543 define Despacho Aduaneiro como sendo:
Art. 542. Despacho de importação é o procedimento mediante o qual é verificada a
exatidão dos dados declarados pelo importador em relação à mercadoria importada, aos
documentos apresentados e à legislação específica.
Art. 543. Toda mercadoria procedente do exterior, importada a título definitivo ou não,
sujeita ou não ao pagamento do imposto de importação, deverá ser submetida a despacho
de importação, que será realizado com base em declaração apresentada à unidade
aduaneira sob cujo controle estiver a mercadoria (Decreto-Lei nº 37, de 1966, art. 44, com
a redação dada pelo Decreto-Lei nº 2.472, de 1988, art. 2º).
Com essa definição compreendemos então que a necessidade da manifestação da
mercadoria importada à Receita Federal, para fins de fiscalização é de fato o procedimento
administrativo denominado pela Legislação acima descrita como Despacho Aduaneiro de
Importação.
O ato da apresentação da mercadoria importada para fins de fiscalização aduaneira
ocorre de maneira eletrônica, mediante o registro da Declaração de Importação ou
Declaração Única de Importação, bem como a adoção das práticas operacionais disponíveis
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por meio do Sistema Único de Comércio Exterior da Receita Federal, o SISCOMEX, o qual
deve ser acessado via internet pelo Importador ou por seu Representante Legal
(Despachante Aduaneiro).
Tendo compreendido então o conceito do procedimento administrativo do Despacho
Aduaneiro, entendamos logo na sequência, as etapas operacionais dessa atividade.
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1.2Licenciamento de Importação.
A Portaria da Secex n.º 23/2011 define nos artigos citados no subitem acima, a questão
da exigência quanto à obtenção de anuência (autorização) de importação, sendo
imprescindível que o importador através dos profissionais responsáveis pela coordenação
da importação, certifiquem-se quanto aos procedimentos necessários para cumprimento
dos requisitos definidos no assunto Licenciamento de Importação.
O documento denominado Licenciamento de Importação, será elaborado
eletronicamente no Sistema Siscomex da Receita Federal (podendo ser também emitido
via outro Sistema Gerenciador que tenha interface com o Siscomex), e definirá as condições
administrativas para que a importação ocorra, sendo que o referido documento ao ser
elaborado, terá um número de identificação gerado pelo próprio sistema Siscomex, logo
após seu registro pelo usuário do sistema (importador ou representante legal).
Exemplo de número de Licenciamento de Importação: 21/9999999-9. (número fictício).
As condições administrativas estão ligadas às características da mercadoria a ser
importada, de forma que a definição quanto à necessidade ou não de autorização (anuência)
para que a importação ocorra, dependerá de análise da Classificação Fiscal da mercadoria
(NCM), previamente ao embarque, para que então o Sistema de Tratamento Administrativo
do Siscomex informe ao Importador, se esse deve ou não, requisitar anuência de importação
previamente ao embarque no exterior.
No Licenciamento de Importação deverão constar todas as informações de natureza
comercial, administrativa, tributária bem como logística da mercadoria como peso,
quantidade, identificação do Importador e Exportador e demais informações peculiares a
cada importação, para que o Órgão Federal Anuente possa realizar a análise técnica no
pedido do Licenciamento e conceder a autorização (anuência) de embarque.
Há variações nos tipos de Licenciamento a serem vistos no Artigo 12º da Portaria da
Secex n.º 23/2011, conforme a seguir:
Art. 12. O sistema administrativo das importações brasileiras compreende as seguintes
modalidades:
I Importações dispensadas de Licenciamento;
II Importações sujeitas a Licenciamento Automático; e
III Importações sujeitas a Licenciamento Não Automático.
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Essa anuência, irá variar de forma de acordo com as diretrizes e regras de cada órgão
anuente, podendo ser Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Exército, Polícia
Federal, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Inmetro, ou outros órgãos
conforme a natureza da mercadoria.
O Licenciamento de Importação consiste em que a mercadoria deve possuir as condições
necessárias para ingresso no Brasil, conforme as regras de fiscalização do Órgão Anuente,
conforme os principais citados acima.
Como é de se observar o Licenciamento de Importação é de extrema importância para
uma perfeita coordenação de importação, tendo em vista que a falta desse documento,
quando exigido nos casos de Licenciamentos não Automáticos, incorrerá em consequências
pecuniárias ao importador, mediante aplicação de multas e penalidades conforme tópico
específico relativo a esse tema (multas e penalidades aduaneiras).
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que autorizem ao responsável pela gestão da logística internacional, que inicie o transporte
internacional com destino ao Brasil.
Importante considerar que é válido para comprovação de data de embarque no exterior,
a data constante na emissão do Conhecimento de Transporte emitido pelo prestador de
serviço de transportes internacionais, sendo esse documento considerado como de Instrução
de Despacho Aduaneiro de Importação conforme previsto no Artigo 554 do Decreto n.º
6759/2009.
Fonte: https://www.gov.br/receitafederal/pt-br/assuntos/aduana-e-comercio-exterior/manuais/despacho-de-
importacao/topicos-1/despacho-de-importacao/etapas-do-despacho-aduaneiro-de-importacao/despacho-
de-importacao-di
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3) Disponibilidade da Carga
Ao chegar ao Brasil, a carga será recepcionada por uma empresa que realiza a gestão
logística da alfândega, a qual na condição de Fiel Depositário permitida pela Receita
Federal, irá cumprir os requisitos constantes na Instrução Normativa da Receita Federal n.º
680/2006, iniciando pela conferência da carga por parte do recebedor na alfândega, e em
se observando na carga as condições físicas compatíveis com as informações constantes
nos documentos de transporte, terá então a concessão da Presença de Carga no Sistema
Siscomex, para que a partir deste momento, o Importador passe a cumprir suas obrigações
quanto aos dispositivos constantes na Instrução Normativa da Receita Federal n.º 680/2006,
a iniciar-se pelo registro da Declaração de Importação, ou Declaração Única de Importação,
tema que veremos logo na sequência.
Tendo observado as regras para permissão de execução das operações de prestação
dos serviços de administração da área alfandegada (Zona Alfandegária Secundária – Porto
Seco), a empresa estará habilitada para realizar os serviços de armazenagem de cargas
internacionais, com a obrigatoriedade de cumprimento dos atos definidos na legislação
citada, os quais incluem a disponibilidade de espaço para armazenamento de cargas de
grande porte, movimentação de veículos, armazéns com estrutura para realização de
conferências aduaneiras, segurança monitorada, infraestrutura predial suficiente para
acomodar os órgãos da administração pública participantes dos processos aduaneiros,
como Receita Federal, Anvisa, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, dentre
outros conforme a característica regional.
DECLARAÇÃO DE IMPORTAÇÃO
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Fonte: https://www1c.siscomex.receita.fazenda.gov.br/importacaoweb-7/AtribuirDadosRascunhoDI.do
(Acesso com Certificado Digital)
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Fonte: https://portalunico.siscomex.gov.br/portal/#/
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Fonte: https://portalunico.siscomex.gov.br/duimp/#/elaborar-duimp
A tela acima apresenta os campos a serem preenchidos para que a Duimp possa ser
registrada no Sistema Siscomex, momento em que são recolhidos os Tributos incidentes
na Importação, através de débito automático na conta corrente indicada pelo importador.
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Essas condições citadas acima são as que definem em qual Canal de Conferência
Aduaneira a Importação será submetida, sendo essa definição apresentada através de
divisão de Canais de Conferência Aduaneira, os quais são definidos por cores conforme o
direcionamento de fiscalização indicado pelo Sistema Siscomex.
A Declaração de Importação, ao ser registrada no Sistema Siscomex, entrará em fase
de Análise Fiscal pelo próprio Sistema da Receita Federal, o qual mediante critérios de
fiscalização, irá de forma eletrônica conduzir a importação ao procedimento de fiscalização
pertinente, podendo ser:
a) Canal Verde.
O Sistema Siscomex recebe os dados da Declaração de Importação, e de acordo com
o Artigo 21 da Instrução Normativa da Receita Federal n.º 680/2006, direciona a importação
para fiscalização eletrônica, de forma que o próprio Sistema Siscomex durante algumas
horas, executará o procedimento de verificação dos dados constantes na Declaração, e
mediante a comprovação dos critérios constantes no artigo citado, permitirá a liberação da
importação, que efetivamente será o Desembaraço Aduaneiro.
Após a definição do Desembaraço Aduaneiro pelo Sistema Siscomex, o Importador irá
então obter o Comprovante de Importação, sendo também um documento eletrônico a ser
extraído do mesmo Sistema Siscomex onde a Declaração de Importação foi registrada.
b) Canal Amarelo.
A exemplo do que ocorre na definição do Canal Verde visto acima, a importação poderá
ser direcionada para o Canal de Conferência Amarelo, sendo a parametrização neste canal
também prevista no mesmo Artigo 21 da Instrução Normativa da Receita Federal n.º 680/
2006.
Na ocorrência do Canal de Conferência Amarelo, o Importador (ou seu representante
legal – Despachante Aduaneiro) deverão apresentar de forma eletrônica os documentos de
instrução de despacho para a importação, sendo a Fatura Comercial, o Romaneio de Cargas,
o Conhecimento de Transporte e a própria Declaração de Importação, para que o setor de
fiscalização aduaneira da Receita Federal possa realizar os procedimentos de conferência
aduaneira, os quais veremos detalhadamente a seguir neste material.
c) Canal Vermelho.
Também via Sistema Gerenciador Siscomex, o importador ao registrar sua Declaração
de Importação, obterá o canal de conferência de forma automática pelo próprio sistema, e
ao ser dirigido para o Canal Vermelho, deverá executar os procedimentos constantes no
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Canal Amarelo (acima), além de disponibilizar a carga para vistoria física a ser realizada
por Servidor Público da Receita Federal no Recinto Alfandegado onde a mercadoria se
encontra.
d) Canal Cinza.
Neste canal de conferência aduaneira, todas as providências tomadas no canal amarelo
e vermelho deverão ser providenciadas pelo importador ou por seu representante legal.
Além da necessidade de acompanhar via consulta eletrônica no Sistema Siscomex a
necessidade de Depósito Judicial relativo a valores de impostos que o Sistema tenha
calculado de forma superior aos constantes na Declaração de Importação, mediante a
conferência documental e física da carga por parte de Servidor Público da Receita Federal.
Nessa situação em que durante o procedimento de fiscalização aduaneira, caso fique
constatado que o valor de tributos recolhidos na Declaração de Importação foi menor que o
devido, aquele valor determinado a ser depositado em Depósito Judicial, ficará a favor da
Receita Federal, porém caso fique comprovado que o recolhimento dos tributos está correto
na Declaração de Importação, os valores depositados em conta judicial, serão devolvidos
pela Receita Federal ao Importador.
A ocorrência do Canal Cinza de parametrização é motivada conforme dito acima, pela
prática de preço de mercadoria abaixo do considerado devido pela Receita Federal do
Brasil, o que define o recolhimento menor de imposto em relação ao preço correto.
Por exemplo, se uma mercadoria tem um preço de mercado estabelecido em um patamar,
porém ao importar a empresa declara um valor bem abaixo deste praticado no mercado, é
muito provável que o canal cinza seja definido, para que o Exame de Valoração Aduaneira
possa ser exercido pela Receita Federal, até que se comprove a correta valoração da
mercadoria para fins de tributação.
Também é possível a ocorrência do Canal Cinza, em casos de detecção de falsificação
de mercadorias importadas, ou prática de irregularidades documentais que caracterizem
fraudes na importação.
DISTRIBUIÇÃO
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CONFERÊNCIA ADUANEIRA
O ato fiscal de conferência aduaneira será então executado pelo Servidor Público
Federal, membro da Receita Federal, o qual irá aplicar à importação os critérios definidos
na Legislação Aduaneira, a saber, o Decreto n.º 6.759/2009, a Instrução Normativa da Receita
Federal n.º 680/2006, bem como outras bases legais que forem pertinentes a cada
importação; de forma que a conferência aduaneira seja realizada de acordo com os
fundamentos aplicáveis ao tipo de importação, com base nos fundamentos definidos pela
Coana (Coordenação Geral da Aduana Brasileira), órgão vinculado ao Ministério da
Economia.
Devido às várias possibilidades de enquadramento das importações, sugere-se a leitura
e estudo das legislações acima descritas, para que não ocorram exigências fiscais que
impliquem em aplicações de multas e penas aduaneiras, que muitas vezes causam prejuízos
de grande ordem ao Importador.
O Ato de Conferência Aduaneira, portanto, é a prática de Fiscalização Federal, onde um
Servidor Público será designado pela Receita Federal, para cumprir os requisitos legais
instituídos por meio do Decreto n.º 6759/2009, e da Instrução Normativa da Receita Federal
n.º 680/2006, nos quais constam os procedimentos a serem seguidos pelos Importadores,
para que suas importações estejam de acordo com as determinações aduaneiras em vigor
no País, pois a manutenção da boa ordem nessas práticas, garante ao Importador a condição
de empresa praticante de Comércio Exterior sob as ordenanças legais.
Durante o Ato de Conferência Aduaneira, a Receita Federal poderá requisitar a presença
do Importador ou de seu Representante Legal (Despachante Aduaneiro) conforme previsto
no Artigo 31 da Instrução Normativa da Receita Federal n.º 680/2006. A disponibilidade da
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DESEMBARAÇO ADUANEIRO
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ENTREGA DA MERCADORIA
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PAGAMENTO DA ARMAZENAGEM
ENTREGA FRACIONADA
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ENTREGA ANTECIPADA
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Importante considerar que para cada uma das alternativas acima citadas há atualização
na Instrução Normativa da Receita Federal n.º 680/2006, para o que sugere-se a leitura do
Artigo 47 no ato da prática da Importação com entrega antecipada, para correto cumprimento
da determinação legal.
RETIFICAÇÃO DE DECLARAÇÃO
Por questões que podem ocorrer por equívoco operacional por parte do importador ou
de seu representante legal em uma importação, ou ainda por motivação causada por
situações em que uma importação ao chegar ao Brasil, apresenta condições diferentes
das citadas nos documentos de instrução de despacho, como Fatura Comercial, Romaneio
de Carga e Conhecimento de Transporte (entre outros conforme a importação), será possível
a correção da Declaração de Importação. A esse procedimento a Legislação Aduaneira
confere o nome de Retificação da Declaração de Importação ou também da Declaração
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Única de Importação, no Sistema Siscomex, ato a ser realizado pelo importador ou seu
representante legal, se tal procedimento for executado no curso do Despacho Aduaneiro.
Ao registrar uma Declaração de Importação, ou Declaração Única de Importação, o
importador terá disponibilidade no próprio Sistema Siscomex para promover alterações de
informações conforme a necessidade por ele observada, ou por exigências fiscais, as quais
observamos no tópico “Interrupção e Formulação de Exigências” considerando que conforme
o tipo da alteração, poderá ocorrer aplicação de multa administrativa por parte da Receita
Federal, conforme previsto nos Artigos 706 a 749 do Decreto n.º 6.759/2009.
Também há possibilidades de retificações das Importações após o desembaraço
aduaneiro, por questões diversas, variando para cada situação, sendo que atualmente o
Sistema Siscomex da Receita Federal permite ao Importador realizar tal procedimento para
várias questões, porém em algumas específicas como, por exemplo, em importações
amparadas por Licenciamentos de Importação, a depender do tipo da retificação após o
desembaraço, como alteração na descrição da mercadoria, ou valores nesses casos será
necessário solicitar à Receita Federal através do Sistema Siscomex mediante apresentação
de pedido de Retificação de Declaração de Importação após o Desembaraço, com a
anexação de documentos no formato eletrônico, por meio do dispositivo permitido no Portal
Único do Siscomex. A Receita Federal nesses casos avaliará a necessidade de aplicação
ou não das penalidades previstas nos Artigos 706 a 749 do Decreto n.º 6.759/2009.
CANCELAMENTO DE DECLARAÇÃO
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eventuais responsáveis (Decreto-Lei nº 37, de 1966, Art. 53, com a redação dada pelo
Decreto-Lei nº 2.472, de 1988, Art. 2º).
Art. 794. Quando houver indícios de infração punível com a pena de perdimento, a
mercadoria importada será retida pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, até que
seja concluído o correspondente procedimento de fiscalização (Medida Provisória nº 2.158-
35, de 2001, Art. 68, caput).
Parágrafo único. O disposto no caput será aplicado na forma disciplinada pela Secretaria
da Receita Federal do Brasil, que disporá sobre o prazo máximo de retenção, bem como
sobre as situações em que as mercadorias poderão ser entregues ao importador, antes da
conclusão do procedimento de fiscalização, mediante a adoção das adequadas medidas
de cautela fiscal (Medida Provisória nº 2.158-35, de 2001, Art. 68, Parágrafo único).
Art. 795. No curso de procedimento de fiscalização aduaneira, o Auditor-Fiscal da Receita
Federal do Brasil poderá examinar informações relativas a terceiros, constantes de
documentos, livros e registros de instituições financeiras e de entidades a elas equiparadas,
inclusive os referentes a contas de depósitos e de aplicações financeiras, quando o exame
for considerado indispensável à ação fiscal (Lei Complementar nº 105, de 10 de janeiro de
2001, Art. 6º, caput).
Essas situações em que a prática do Procedimento Especial de Fiscalização é instituída
pela Receita Federal, são muito delicadas justamente pela natureza de suas ocorrências,
ou seja; somente ocorrerá tal procedimento quando de fato ficar detectada irregularidade
muito severa por parte da empresa importadora, o que denota, sobretudo questões de
incompatibilidade com as boas práticas de negócios, de forma que a continuidade da
empresa pode ser questionada pela Receita Federal, se constatado descumprimento à
legislação federal.
Importante destacar que a prática do Comércio Exterior no Brasil é uma atividade
econômica muito bem fiscalizada, e devidamente instituída pelas políticas fiscais de governo,
de forma que não há privilégios para praticantes de irregularidades empresariais, o que
torna-se uma forte e importante ferramenta para empresas que atuam correta e legalmente,
coibindo assim atos de corrupção em autarquias de governo, quer seja por parte de
empresas, quer seja por meio de ilicitudes que permeiem à administração empresarial.
REVISÃO ADUANEIRA
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ofício pela Receita Federal, isto é; por aplicação de ato de fiscalização que tenha detectado
irregularidades em processos de importação já finalizados, os quais nos prazos de até 5
(cinco) anos, a partir do momento do registro da Declaração de Importação.
No Regulamento Aduaneiro (Decreto n.º 6.759/2009), encontramos no Artigo 638 as
definições legais para a instauração do Procedimento Fiscal de Revisão Aduaneira, vejamos
então o referido Artigo na íntegra logo a seguir:
Art. 638. Revisão aduaneira é o ato pelo qual é apurada, após o desembaraço aduaneiro,
a regularidade do pagamento dos impostos e dos demais gravames devidos à Fazenda
Nacional, da aplicação de benefício fiscal e da exatidão das informações prestadas pelo
importador na declaração de importação, ou pelo exportador na declaração de exportação
(Decreto-Lei nº 37, de 1966, Art. 54, com a redação dada pelo Decreto-Lei nº 2.472, de
1988, Art. 2º; e Decreto-Lei nº 1.578, de 1977, Art. 8º).
§ 1º Para a constituição do crédito tributário, apurado na revisão, a autoridade aduaneira
deverá observar os prazos referidos nos Arts. 752 e 753.
§ 2º A revisão aduaneira deverá estar concluída no prazo de cinco anos, contados da
data:
I - do registro da declaração de importação correspondente (Decreto-Lei nº 37, de 1966,
Art. 54, com a redação dada pelo Decreto-Lei nº 2.472, de 1988, Art. 2º); e
II - do registro de exportação.
§ 3º Considera-se concluída a revisão aduaneira na data da ciência, ao interessado, da
exigência do crédito tributário apurado.
Observando essas disposições legais é possível compreender de forma mais eficaz
como é relevante à prática do Despacho Aduaneiro, da forma mais correta conforme as
disposições determinadas na Legislação Aduaneira, para evitar procedimentos futuros, que
culminem com prejuízos e inviabilidades de negócios, inclusive que determinem recolhimento
de tributos que deixaram de ser recolhidos de forma correta na Importação, e que ao serem
exigidos em Ato de Revisão Aduaneira, custarão dispêndio financeiro para custeio de multas
e juros a favor da Receita Federal do Brasil.
CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS
Sites Consultados:
www.receita.economia.gov.br
https://www4.receita.fazenda.gov.br/tratamento/private/pages/consulta_tratamento.jsf
https://www1c.siscomex.receita.fazenda.gov.br/importacaoweb-7/Atribuir
DadosRascunhoDI.do
https://portalunico.siscomex.gov.br/portal/#/
https://portalunico.siscomex.gov.br/duimp/#/elaborar-duimp
http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&
idAto=15618
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Decreto/D6759.htm
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