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Universidade Presbiteriana Mackenzie

Curso administração
Mercado câmbio

Professor: Marcos Antonio de Andrade


Estrutura do Comércio Exterior no Brasil
RADAR: Autorização que permite acesso ao SISCOMEX – “Sistema Integrado de Comércio
Exterior” da Receita Federal. Tem por finalidade estabelecer procedimento de controle
sobre a Pessoa Jurídica e a Pessoa Física, que atuam em Comércio Exterior.
A Habilitação do RADAR é regulamentada pela Instrução Normativa - IN n° 1288 de 31/08/2012
e, normatizada através do ADE COANA n° 33 de Despacho Aduaneiro de Mercadorias. Tipos
de RADAR
o Modalidade Limitada (antigo Radar Simplificado): Destinado a pessoas jurídicas que
operam no comércio exterior com operações de importação e exportação limitadas
a USD 150.000,00 por semestre.
o Modalidade Ilimitada (antigo Radar Ordinário):Destinada a pessoas jurídicas que
operam no comércio exterior com operações de importação e exportação superiores
a USD 150.000,00 por semestre.
o RADAR – Pessoa Física: Destinada a Pessoas Físicas que pretendem realizar
operações de importações para Consumo Próprio ou exportações de produtos não
industrializados (artistas, produtores rurais e outros).
Estrutura do Comércio Exterior no Brasil
SISCOMEX: Instrumento administrativo que integra as atividades de registro,
acompanhamento e controle das operações de Comércio exterior, mediante fluxo único,
computadorizado de informações.
o Tem por objetivo eliminar controles paralelos e diminuir volume de documentos
envolvidos nas operações Comércio Exterior;
o Agregar competitividade às empresas, na medida em que reduz o custo da burocracia;
o Começou Exportação, 1993, Importação, 1997. Administrado pela Secretaria de
Comércio Exterior - SECEX, a Secretaria da Receita Federal – SRF;
Como utilizar o SISCOMEX
o O exportador (pessoa física ou jurídica) deve ser habilitado por meio de senha obtida
junto à SFR, obtida mediante apresentação de um Termo de Responsabilidade, sendo
única e intransferível, porque está vinculada ao CNPJ/CPF.
Informações adicionais sobre o SISCOMEX poderão ser encontradas no site da SECEX, em
MDIC/SECEX.
Estrutura do Comércio Exterior no Brasil
Sistema Integrado de Comércio Exterior - Siscomex
o Permite acompanhar a saída e o ingresso de mercadorias no país, em
diversos níveis de acesso;
o Tem por objetivo controlar e, quando necessário, interferir no
processamento das operações;
o Permite aos exportadores e importadores trocar informações com os
órgãos responsáveis pela autorização e fiscalização das operações de
comércio exterior.
Estrutura do Comércio Exterior no Brasil
Sistema Integrado de Comércio Exterior - Siscomex
o O Siscomex apresenta as seguintes vantagens do Sistema: harmonização de
conceitos e uniformização de códigos e nomenclaturas; ampliação dos pontos do
atendimento; eliminação de controles e sistemas paralelos de coleta de dados;
o Simplificação e padronização de documentos;
o Diminuição significativa do volume de documentos que envolvem operações de
Comércio Exterior;
o Processamento e coleta de informações por meio eletrônico;
o Busca reduzir custos administrativos para os envolvidos nas operações de
comércio exterior;
o Base para consolidação de dados utilizados na elaboração das estatísticas de
comércio exterior do mercado brasileiro.
Estrutura do Comércio Exterior no Brasil
Sistema Integrado de Comércio Exterior - Siscomex
o O módulo Exportação do Siscomex foi desenvolvido pelo Banco Central do Brasil e lançado
em 1993;
o O módulo Importação, desenvolvido pelo Serpro, foi lançado em 1997;
o Em 2007 e 2008 foram lançados, o Drawback Suspensão e o Drawback Verde-Amarelo,
que estão vinculados ao SISCOMEX Exportação e Importação e cujos dados servem de
apoio para a efetivação e baixa das operações;
o Em abril de 2010 entrou em operação o módulo Drawback Integrado, que abrange os
regimes Verde-Amarelo, Suspensão Comum.
o Drawback Verde Amarelo é a ampliação do incentivo fiscal à exportação, ou seja, permite
extensão do beneficio, de suspensão de tributos , para insumos importados e nacionais
produzidos no mercado interno.
Estrutura do Comércio Exterior no Brasil
http://portal.Siscomex.gov.br/conheca-o-portal/programa-portal-único-de-comercio-exterior

PORTA ÚNICO DE COMÉRCIO EXTERIOR: Tem por objetivo reformular os processos


de exportação, importação e transito aduaneiro, com desenvolvimento e
integração dos fluxos de informação. Acessível pela Internet e permitir que
documentos ou dados exigidos em comércio exterior, sem formalizados pela
Internet;
Será adotado para:
o Editar e registrar documentos eletrônicos e digitais;
o Recepção de dados em lote por web servisse;
o Uso de padrões internacionais de dados;
o Automatização de processos, com objetivo de reduzir a interação humana;
o Certificação e Assinatura Digital;
o Disponibilizar acesso em qualquer lugar pela Internet.
Contrato de Câmbio
PRAZOS PARA LIQUIDAÇÃO DOS CONTRATOS DE CÂMBIO

•Mesmo dia (D0) - Liquidação Imediata

- Compra ou venda em espécie ou traveller´s cheques

- câmbio simplificado de exportação (SIMPLEX) e Importação (SIMPLIM)

•Até 2 dias úteis - PRONTAS (SPOT)

•Mais de 2 dias úteis – FUTURAS prazo de até 360 dias (Normal)

- A TERMO (somente interbancário)


FORMA DE ENTREGA DA MOEDA ESTRANGEIRA
•Espécie e Traveller´s Cheques - CÂMBIO IMEDIATO (manual)
•Demais Instrumentos - CÂMBIO SACADO
( Saques; Ordens de Pagamento; Cartas de Crédito; Cheques )
Contrato de Câmbio
REGISTROS
Contrato de Câmbio / SISBACEN

Somente são Considerados os Contrato de Câmbio na Transação de


Compra e Venda de Moeda Estrangeira Registrada no SISBACEN

Outras Finalidades dos Registros

Posição de Câmbio/ Controles/ Balanço de Pagamentos, etc.


Processo de Exportação
Documentos de Exportação
• Declaração Única de Exportação - DUE
Documentos emitido via SISCOMEX, em que o exportação solicita
autorização para comercializar mercadorias/produtos com o exterior. Documento
objetivo segregar faturamento entre mercadorias exportadas e nacionais;
• Romaneio / “Packing List”;
Documento que especifica quantidade de mercadoria, característica do produto;
tamanho, modelo, Peso e etc;
• Conhecimento de Transporte (Marítimo, Aéreo, Rodoviário);
Documento que comprova saída da mercadoria do país e respectivo meio de
transporte. Identificar responsáveis pelo Frete e Seguro, bem como, modalidade de
Incoterm utilizada.
• Fatura Comercial / “Comercial Invoice”;
Documento que comprova, venda de mercadoria para exterior e identificação do
tipo de mercadoria, fabricante e sua origem.
Mercado de Comércio Exterior no Brasil
SISBACEN

Sisbacen: é um sistema eletrônico de coleta, armazenagem e troca de


informações que liga o Banco Central aos agentes do sistema financeiro
nacional. Visto ser obrigatório o registro de todas as operações de câmbio
realizadas no País, o Sisbacen é o principal elemento de que dispõe o
Banco Central para monitorar e fiscalizar o mercado.
Processo de Exportação
ACC (Adiantamento Sobre Contrato de Câmbio) – Operação de crédito, onde

Banco compra moeda estrangeira, adianta, total ou parcialmente, o valor em

moeda nacional (Reais), ao exportador, esse adiantamento, ocorre, anteriormente

ao embarque das mercadorias para o exterior.

Nesta modalidade, o embarque das mercadorias, pagamento, por parte do

importador, são eventos futuros e incertos.

Este financiamento tem por objetivo proporcionar apoio financeiro, ao exportador,

na produção de mercadorias destinadas ao exterior.


Processo de Exportação

ACE ( Adiantamento Sobre Cambiais Entregues ) - Operação de crédito, onde o Banco

compra moeda estrangeira, e adianta, total ou parcialmente, o valor em moeda

nacional (Reais), ao exportador. O adiantamento ocorre, posteriormente ao envio das

mercadorias ao exterior e contra entrega dos documentos de embarque. Principais

documentos são: Conhecimento de Transporte Internacional; Registro de Exportação

Averbado (RE), Fatura Comercial; Invoice. Outros documentos solicitados, conforme

a característica do crédito são: Título de Crédito, Certificado de Origem, Certificado

de Inspeção, entre outros.


Processo de Exportação

Observação:

As operações de ACC/ACE têm como objetivo principal permitir ao exportador ter


acesso a recursos para financiar a produção/comercialização de mercadorias
destinadas ao mercado externo. Esses recursos são utilizados, primordialmente,
para aquisição de matérias-primas, aquisição de bens de capital, contratação de
mão-de-obra, etc.

Atualmente a classificação de ACC/ACE é de responsabilidade dos agentes


financeiros diretamente no SISBACEN. Por meio de classificação “Letras a Entregar”
ou “Letras Entregues”
Processo de Exportação
Prazo do Financiamento:

• ACC – Antecipação máxima permitida, em relação à data embarque das


mercadorias, é de 360 (trezentos e sessenta) dias;

• ACE – até 360 dias após a data de embarque das mercadorias, mas limitado ao
prazo de pagamento pelo importador, definido no registro de exportação (RE).

Desta forma, o prazo máximo de financiamento a exportações brasileiras, por


meio das operações de ACC/ACE, de acordo com a legislação vigente, é de 720 dias.
Processo de Exportação
O adiantamento sobre contrato de câmbio constitui antecipação parcial ou total
por conta do preço em moeda nacional da moeda estrangeira comprada a termo.
Essa concessão pode ser realizada por bancos (autorizados). A utilização dos
recursos deve ser direcionada para produção ou apoio financeiro à exportação.

360 dias 360 dias

Contratação Financiamento Embarque Financiamento Liquidação


Pré Embarque Pós Embarque
ACC ACC / ACE ACE

Celebrado o contrato de câmbio, o adiantamento pode ser concedido a


qualquer tempo, a critério das partes.
Processo de Exportação
Características:
• ACC/ACE têm seus custos, deságio, definidos com base nas taxas de juros do
mercado Internacional LIBOR / PRIME;
• Esses recursos, destinados a financiar os adiantamentos de exportação, possui
taxa de juros, inferiores ao mercado nacional e compatíveis com as praticadas no
exterior.
•O Funding dessas operações, são denominadas de “Pre-Export Finance” (PEF),
com os seguintes diferenciais:
•Baixo custo e muito competitivo no mercado externo;
• Não incidência de I.R sobre a remessa de juros;
• Não incidência de IOF e Compulsório comum em operações financeiras.
Processo Importação

Declaração de Importação Verificação física de


e documentos de pagamento
Declaração do ICMS no e exoneração pelo Recinto
Siscomex Importação
Alfandegado

Mensagem de dados
da DI após o
SEFAZ
SEFAZ Guia bancária paga
Desembaraço
SEFAZ
SEFAZ ou
(SISCODI)
SEFAZ
SEFAZ GLME – Guia de
SEFAZ
SEFAZ Liberação de
Mercadoria Estrangeira
Autorizada
Processo Importação

Encargos Recolhidos pelo Setor Privado

Armazém
Taxas de licenciamento e de inspeção de Órgãos
Terminal de Anuentes
Carga

Despachante
Anvisa
Pagamento Tributos
Infraero
Vigiagro
Agente de
Carga Federais: II, IPI, Estadual: ICMS,
Exército Confins, PIS, AFRRM, liberação de carga
Transportador Multas, etc desonerada.
outros
Outros
Processo Importação
Documentos necessários para realizar importação:
• Licença de Importação – LI
• Declaração de Importação – DI*
• Comprovante de Importação – CI*
• Certificado de Origem – CO
• Nota Fiscal de Entrada – NF
• Guia de Recolhimento de ICMS
• Conhecimento de Transporte (Marítimo, Aéreo, Rodoviário)
• Fatura Comercial (Commercial Invoice)
• Certificado de Apólice de Seguro.

(* os documentos DI e CI estão sendo substituído pela DUMIP)


Processo Importação

Principais etapas de um processo de Importação


• Identificação do produto e classificação fiscal
• Registro no SISCOMEX
• Solicitação de Cotação Internacional
• Informação sobre Tratamento Administrativo Cálculo de Custo de
Importação
• Formas de Pagamento Internacional
• Fluxo Logístico
• Despacho Aduaneiro de Importação
Processo Importação
• Sistema Harmonizado (SH)
Sistema Harmonizado de Designação e Codificação de Mercadorias,
nomenclatura de 6 (seis) dígitos, baseada em posições, subdivididas em 4
(quatro) dígitos e os códigos numéricos, sua utilização tem com base a
nomenclatura adotada no país, neste caso a NCM.
• Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), com base no Sistema Harmonizado,
Deve ser adotado a partir do momento que passa a produzir ou comercializar
uma mercadoria;
Necessário para identificar recolhimento de impostos de importação e para
aplicação de preferências percentuais negociadas em acordos comerciais em que
o País participa.
Processo Importação

A sistemática administrativa de importações está classificada como:


1 – Importações com Licenciamento Automático
2– Licenciamento Não - Automático
3– Importações não – permitidas
(Observação: As importações de Licenciamento Automático são geradas,
mediando o Registro da Declaração de Importação – DI, após registro no
SISCOMEX e devida identificação do NCM).
Processo Importação
Principais Tributos e Impostos
• Imposto de Importação (I.I.)
Imposto federal, incide sobre o custo do produto importado;
• Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)
Imposto federal, incide sobre produtos industrializados (pode ser seletivo, em função da essencialidade dos
produtos e não- cumulativo);
• Imposto sobre Operações à Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS)
Imposto estadual, incidente sobre circulação de mercadorias e prestação de serviços. Imposto uniforme e
não-cumulativo. Em São Paulo a alíquota é de 18%;
• Imposto Sobre Serviços (ISS)
Imposto municipal, incidente sobre a prestação de serviços de qualquer natureza ( Lei Complementar 116/03).
O valor incide sobre armazenagem e capatazia, somente sobre transporte Marítimo alíquota de 5%.
• Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF)
Na importação de Mercadorias, (câmbio estão isentos) mas nas operações financeiras existe taxação;
• Contribuição para Programas de Integração Social e Formação do Patrimônio Servidor
Público (PIS-PASEP)
Incide na importação de produtos estrangeiros ou serviços do exterior.
• Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS)
Incide na importação de produtos estrangeiros ou serviços do exterior.
Processo Importação

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