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DE IMPORTAÇÃO
Professor: João Marcos Andrade
NOVO
PROCESSO DE IMPORTAÇÃO
As constantes atualizações das práticas de negócios
principalmente após o advento da internet, com ênfase
nos anos 1990, praticamente determinaram as empre-
sas e aos órgãos fiscalizadores, a necessidade de adap-
tações e alterações em procedimentos operacionais em
todo o tempo.
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Procedimentos de Importação
As empresas e o fisco têm acompanhado essas evoluções e inserido em suas atividades operacio-
nais, as medidas de eficiência e efetividade visando redução de tempo e agilidade nas liberações
alfandegárias. Inclusive, em 2022, já temos novidades nos
Processos de Despacho Aduaneiro nas Importações, definidos pela Coana – coordenação geral da
aduana brasileira.
Essas novidades estão presentes nas formulações dos processos alfandegários, especialmen-
te nas atividades operacionais realizadas no sistema integrado de comércio exterior, (siscomex)
como veremos ainda neste material, com enfoque especial ao novo procedimento de licencia-
mento de importação, o denominado LPCO, sigla para Licenças, Permissões, Certificados e Ou-
tros Documentos.
Embora já esteja em atividade há alguns anos, o portal único do siscomex, vem sendo tratado
como o grande diferencial promovido pelo Governo Federal para adequações aos processos de
importação, visando o menor tempo desprendido para a realização de um despacho de importa-
ção, considerando que tanto o fisco, quanto as empresas estão atuando sob as condições dispo-
níveis em tal sistema de informações.
De acordo com a comissão gestora do sistema integrado de comércio exterior, formada por mem-
bros da Receita Federal, Secretaria de Comércio Exterior, e Casa Civil, a implementação do novo
processo de importação brasileiro, objetiva tanto a segurança de dados, quanto a sistematização
total das práticas presentes nas importações, o que confere tanto aos importadores quanto ao
fisco federal, a garantia de que o gerenciamento dos processos de aquisições no exterior, estão
cada vez mais diagnosticados com a máxima transparência em todos os aspectos.
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Procedimentos de Importação
do CNPJ junto ao sistema RADAR da Receita Federal, que é o sistema de rastreamento das ativi-
dades dos intervenientes aduaneiros, o qual é o primeiro passo para a empresa atuar no comér-
cio exterior. É através deste sistema que a empresa torna-se objeto de fiscalização aduaneira por
parte da Receita Federal.
Legislação vigente sobre o RADAR: Instrução Normativa da Receita Federal n.º 1984/2020 e Por-
taria da Coana n.º 72/2020.
a. A Importação por ser uma atividade econômica, deve envolver os departamentos adminis-
trativos da empresa, como financeiro, contabilidade diretoria, comercial, e outros conforme a
característica de cada gestão empresarial, exatamente por se tratar de operação que envolve
dispêndio financeiro sob várias formas, como por exemplo:
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Procedimentos de Importação
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Procedimentos de Importação
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Procedimentos de Importação
Embora o departamento financeiro seja na maioria das empresas, o responsável por realizar os
pagamentos do custos inerentes à Importação, há a necessidade da coordenação destes valores,
como obtenção de cotação dos melhores serviços junto aos fornecedores externos e aprovação
para pagamentos, claro que após a conferência entre o preço informado pelo prestador de servi-
ço no ato do pedido da cotação do serviço, como
valor de frete internacional, armazenagem ou outro, e efetivamente o valor a ser pago. Por isso a
importância de uma coordenação documental, a qual seja capaz de identificar os
valores tanto no ato da cotação (pedido da realização do serviço), quanto o ato do pagamento a
ser realizado pelo departamento financeiro.
A atividade de coordenação de processos de importação, quer seja por analista, assistente ou ou-
tro cargo na empresa é sempre fator precedido de análise documental, e
nesse aspecto também é de enorme eficácia a manutenção de cópia dos documentos que origina-
ram a aquisição do serviço, ainda que de forma eletrônica, como salvar os e-mails e documentos
que apresentem o escopo do serviço a ser prestado, e evidentemente a
De forma muito sistemática e prudente, é conveniente que o analista de importação, seja requi-
sitado mesmo anteriormente à efetivação da compra no exterior, para que ao receber os dados
iniciais da mercadoria, possa desenvolver seu trabalho de análise técnica para a realização da im-
portação, a qual não consiste apenas em entregar a carga ao transportador internacional e a fazer
chegar no Brasil, pois a coordenação de importação é a prática da gestão aduaneira e logística de
um processo de importação, a saber:
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Procedimentos de Importação
Esta análise é a consulta da NCM ao tratamento administrativo (TA) da importação (link a seguir),
para que a empresa esteja ciente quanto a:
Este procedimento se realiza através do registro de licença de importação (no sistema siscomex),
e submissão ao órgão anuente específico à mercadoria, o que é definido de acordo com a NCM da
mercadoria, por isso a necessidade insuprimível de consulta ao tratamento administrativo.
Fonte: http://www4.receita.fazenda.gov.br/simulador/BuscaNCM.jsp
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Procedimentos de Importação
Sabendo qual a mercadoria será importada, requisitamos a classificação fiscal, (NCM), ou a obti-
vemos consultando a TEC1 (link abaixo), e a inserimos neste site de consulta para então sermos in-
formados in loco (no ato), sobre qual procedimento deve ser cumprido em relação à importação.
Veja a seguir, nesta consulta, a informação apresentada pelo sistema de consulta ao tratamento
administrativo do siscomex da Receita Federal.
1 TEC -Tarifa Externa Comum – Tabela com os códigos da NCM (Nomenclatura Comum do Mercosul).
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Procedimentos de Importação
Fonte: https://siscomex.desenvolvimento.gov.br/tratamento/private/pages/consulta_tratamento.jsf
Considerações:
Tendo então realizado a consulta ao tratamento administrativo do siscomex, o importador irá au-
torizar o embarque da mercadoria no exterior, que a depender do incoterm definido na importa-
ção, ocorrerá sob sua coordenação, ou sob a operacionalização logística definida pelo exportador,
2 Incoterm – Termos Internacionais de Comércio – definição internacional, para clareza das responsabilidades pela logísti-
ca internacional à qual a mercadoria é submetida, desde a saída do exportador, até a chegada no Importador.
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Procedimentos de Importação
porém com acompanhamento do importador para obtenção de dados relativos à logística inter-
nacional, como data de embarque, veículo transportador (aeronave, navio, ou ainda caminhão se
prover do Mercosul).
MERCOSUR
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Procedimentos de Importação
fiscalização aduaneira (Receita Federal), para comprovação de que a mercadoria embarcou no ex-
terior, somente após a obtenção deste licenciamento de importação.
Há diferença entre licenciamento de importação a ser deferido antes do embarque, e após o em-
barque.
A consulta ao tratamento administrativo ao ser realizada, irá indicar o órgão a conceder o licencia-
mento, como observado no caso das bicicletas acima), e o órgão anuente, (que no exemplo acima
é o decex), vai conceder a informação de que se o licenciamento depende do deferimento para
o embarque, ou se poderá apenas autorizar o embarque, para posteriormente deferir o licencia-
mento com a chegada da carga ao Brasil, quando vai definir a necessidade ou não por este órgão,
da realização de conferência física da mercadoria.
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Procedimentos de Importação
Ao importador que deixar de cumprir estes requisitos inerentes às obtenções de deferimento dos
licenciamentos de importação, estará sujeito às penalizações aduaneiras, previstas no artigo 706
do decreto nº. 6759/2009 que variam entre:
Art. 706. Aplicam-se, na ocorrência das hipóteses abaixo tipificadas, por constituírem infrações
administrativas ao controle das importações, as seguintes multas (Decreto-Lei nº 37, de 1966, art.
169, caput e §3 6º, com a redação dada pela Lei no 6.562, de 1978, art. 2º):
III - de dez por cento sobre o valor aduaneiro, pelo embarque da mercado-
ria, depois de vencido o prazo devalidade da licença de importação respec-
tiva ou documento de efeito
equivalente, até vinte dias (Decreto-Lei nº 37, de1966, art. 169, inciso III,
alínea “a”, item 1, e § 6º, com a redação dada pela Lei no 6.562, de 1978,
art. 2º).
Fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/decreto/d6759.htm
As multas acima descritas serão aplicadas pela Receita Federal diretamente ao CNPJ importador,
no sistema siscomex, sendo que para o desembaraço aduaneiro, (liberação da carga importada da
alfândega), o recolhimento das multas deverá ser realizado
3 § - Este símbolo significa Parágrafo, artifício utilizado nas legislações para seccionar as informações de um artigo. (defi-
nição do autor)
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Procedimentos de Importação
diretamente via débito automático pelo sistema siscomex, por meio de função específica na de-
claração de importação.
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Procedimentos de Importação
Crescendo em conhecimento.
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Procedimentos de Importação
I. ANALISTA DE IMPORTAÇÃO:
1º. Descrição da mercadoria, com o máximo conteúdo possível, desde descrição técnica, co-
mercial, e científica do produto (conforme as características de cada produto obviamente),
até os dados técnicos, como modelo, tipo, ano de fabricação, número de série, voltagem, cor,
número de lote, e quaisquer outras características do produto, ou equipamento, que seja útil
para a correta classificação fiscal (NCM).
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Procedimentos de Importação
Licenciamento. Lembrando que o que define qual (is) órgão (s) atuará (ão) na anuência/deferi-
mento da importação, será o tratamento administrativo da importação, assunto já analisado nes-
te material, e para reforço segue abaixo o link para acesso ao mesmo, bastando possuir a NCM
(classificação fiscal do produto), para saber de acordo com os Artigos 12º a 15º da Portaria da SE-
CEX (secretaria de comércio exterior do Ministério da Economia), se o produto, possui ou não a
necessidade do licenciamento, além de qual (is) órgão (ãos) estará (ão) envolvido (s) no mesmo.
SISCOMEX
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Procedimentos de Importação
Licenciamento de Importação>Solicitação>Licença.
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Os itens acima, são todos digitados pelo emissor do licenciamento de importação, a partir das in-
formações recebidas do importador, sendo que os dados, os quais se encontram na cor preta na
tela acima, são ilustrativos para melhor percepção.
A tela abaixo, será preenchida com itens específicos do que está sendo importado:
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Procedimentos de Importação
Os dados de medida estatística são definidos pela NCM (ver tela anterior, e os demais serão in-
formados durante a emissão do licenciamento, conforme as características daquela importação).
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Procedimentos de Importação
As informações de acordo tarifário disponíveis ao centro da tela, somente são preenchidas quan-
do a importação possuir benefício de Aladi, ou SGP (sistema geral de preferência), bem como
OMC (organização mundial do comércio), de forma muito pouco praticada, mas o usuário deverá
selecionar conforme a documentação que possuir para instrução do referido licenciamento.
Em seguida, finalizará com as informações cambiais da importação, dados que também obterá na
documentação de instrução, especialmente contido na commercial invoice (fatura comercial), re-
cebida do Importador.
Então ao finalizar esses preenchimentos, selecionará a opção “Registrar” no canto superior direi-
to da tela, e obterá o número identificador do licenciamento, para o submeter ao (s) órgão (s) res-
ponsável (is) pela anuência/deferimento do licenciamento).
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Procedimentos de Importação
Desde o momento em que a importação foi requisitada, (por qualquer departamento, ou mesmo
pelo próprio analista de importação, caso também exerça a função de Procurement, ou comprador
na empresa), já se iniciam os contatos com o prestador de serviço logístico internacional, que na
maioria dos casos se dá por meio do agente de cargas, internacionalmente denominado de freight
forwarder, o qual presta o serviço de agenciamento das cargas internacionais, adquirindo o serviço
de frete aéreo, marítimo, e rodoviário, e revendendo-o aos importadores e exportadores.
O contato inicial sempre é para requisitar ao agente de cargas, cotações de prestação de serviço,
desde a coleta da mercadoria no exportador (quanto o incoterm da importação for EXW, ou FCA
com especificação de entrega da carga em local acordado entre exportador e importador), até a
chegada da mercadoria ao destino, pois a viabilidade da importação passa pela formulação dos
custos operacionais, os quais basicamente serão:
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Procedimentos de Importação
Custo da mercadoria.
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Custos operacionais
(armazenagem, seguro, etc).
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Procedimentos de Importação
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Procedimentos de Importação
Esses custos são base para a tomada de decisão quanto à viabilidade da importação, e devem ser
sempre previstos anteriormente à realização da importação, por isso devem ser elaborados com
muito cuidado, e sobre as informações obtidas junto ao agente de cargas relativas ao frete inter-
nacional, e dos custos aduaneiros obtidos junto ao despachante aduaneiro (impostos, armazena-
gem, e outros conforme a característica da mercadoria).
SISCOMEX
CAMEX
Para adequar às importações aos procedimentos determinados por estas e outras legislações
aduaneiras, o importador deve, então, providenciar a apresentação da importação para o órgão
fiscalizador da Receita Federal, instância máxima do Ministério da Economia, para fiscalizar as ati-
vidades de importação, sendo que o canal de envio de informações relativos à importação, por
parte do importador para a Receita Federal, é a DUIMP – declaração única de importação, docu-
mento eletrônico muito parecido com o licenciamento de importação, visto anteriormente neste
material, porém com mais funções.
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Procedimentos de Importação
Importante ressaltarmos que para todas as práticas de comércio exterior, sempre é necessário
obtermos respaldo na legislação, para que não venhamos a incorrer em práticas não lícitas, ou
mesmo execução de tarefas indevidas ou incorretas.
No que diz respeito à declaração única de importação – Duimp, o decreto n.º 6759/2009, prevê
no Artigo 551 a regulamentação para a criação e apresentação da declaração de importação, a
qual deve ser disponibilizada pelo importador no sistema integrado de comércio exterior – sis-
comex, também comumente elaborada pelo despachante aduaneiro, e consistirá nas seguintes
informações.
I - a identificação do importador; e
Fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/decreto/d6759.htm
Esta portaria define a validade e vigor da declaração única de importação, tendo em vista que
desde 1997 vigora a DI – declaração de importação, e a DUIMP é a versão atualizada da DI, estan-
do já disponível aos importadores, porém sendo obrigatória até o presente instante, apenas a im-
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Procedimentos de Importação
Esta Instrução Normativa da Receita Federal, atualizou o § 2º, do Artigo 1 da IN 680/2006, criando
o § 2º, o qual especifica a prática e vigência da DUIMP a partir do novo processo de importação
da Receita Federal. Vejamos a transcrição do referido artigo abaixo, para melhor compreensão:
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Procedimentos de Importação
A seguir vamos observar as telas iniciais para a elaboração da declaração única de importação
(DUIMP).
Tela Inicial para elaboração da DUIMP, via Siscomex pelo link: Portal Único Siscomex
Nesta primeira tela a opção escolhida será “Importador – Exportador”, para na sequência, clicar
no menu superior canto direito, e selecionar “Declaração Única de Importação - Elaborar Duimp,
(ver tela abaixo).
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Procedimentos de Importação
Tendo selecionado esta opção, poderá então iniciar a elaboração da DUIMP, informando o CNPJ
do Importador, em seguida os dados complementares, que são relativos à carga, tais como: iden-
tificação dos documentos, local de desembaraço, datas de embarque e desembarque, dados dos
representantes legais (despachantes aduaneiros), bem como demais informações que sejam ne-
cessárias conforme as especificações da importação, como benefícios tributários, e outros a sa-
ber de acordo com a conveniência da carga, ou exigência relativa ao tipo da importação, ou ainda
da unidade da Receita Federal onde ocorrerá o desembaraço aduaneiro.
A próxima tela, também chamada de “ficha” da DUIMP, será preenchida com os dados logísticos
da carga, conforme vemos a seguir:
Cada uma das informações acima observada, é retirada dos documentos de instrução de despa-
cho, (conhecimento de carga, fatura comercial, packing list e outros conforme o tipo de carga).
Ainda sobre os dados logísticos da carga na DUIMP, vejamos tela abaixo para inserção e dados re-
lativos aos valores de frete e seguro internacional praticados na operação.
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Procedimentos de Importação
Já próxima “ficha” da DUIMP, serão informados os dados relativos aos documentos de instrução
de despacho aduaneiro, que de acordo com os Artigos 554 a 557 do Decreto n.º 6759/2009, serão:
b) Conhecimento de
embarque.
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Procedimentos de Importação
E se houver, certificado de origem, que ateste a origem do produto, para gozo de benefício físcal
de importação no Brasil, exemplo: Carga advinda do mercosul, e que nele tenha sido produzida.
A seguir então, a ficha da Duimp, onde são inseridos os dados dos documentos de instrução de
despacho.
A partir desta ficha, passa-se então, a informar de forma discriminada, cada item importado, com
seus respectivos dados, desde quantidade, valor, descrição, fabricante, incoterm, NCM, e demais
dados necessários para a identificação da mercadoria importada.
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Procedimentos de Importação
Em tese, a DUIMP terá sido preenchida ao finalizar a tela acima, porém com particularidades ine-
rentes à importação específica, de forma que torna-se inviável o imput de mais telas neste mate-
rial, pela impossibilidade de acoplar todos os projetos de importação os quais variam conforme o
importador, mas fato é que as principais informações e telas para a elaboração da DUIMP, foram
expostas acima.
O registro da DUIMP, está condicionado à parametrização pela Receita Federal, para um dos 4 ca-
nais de conferência aduaneira, conforme o Artigo 21 da IN/RFB 680/2006:
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Procedimentos de Importação
Fonte: http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?idAto=15618
Tendo sido cumprido o dispositivo constante neste artigo, a importação será liberada para o im-
portador retirar a mercadoria da Alfêndega.
O desembaraço da DUIMP pela Receita Federal, permite ao importador, dar sequência aos proce-
dimentos para retirada da carga da Alfândega.
Para tal procedimento, deve-se observar o disposto no Artigo 54 da IN/RFB n.º 680/2006, o qual
determina que para a retirada da carga o importador deverá apresentar ao fiel depositário (em-
presa responsável pela administração do recinto alfandegado), os seguintes documentos:
A partir do cumprimento dos requisitos expostos acima, e contidos nas instruções normativas
mencionadas, o analista de importação, pode então coordenar a retirada da carga importada pela
empresa de transporte contratada, ou ainda pelo veículo próprio da empresa, se assim melhor
convier.
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Procedimentos de Importação
Procedimentos de Importação
LPCO –
LICENÇAS, PERMISSÕES,
CERTIFICADOS E OUTROS DOCUMENTOS.
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Procedimentos de Importação
(acesso público).
SISCOMEX
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Procedimentos de Importação
Procedimentos de Importação
PRÁTICAS OPERACIONAIS NA
IMPORTAÇÃO AÉREA.
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Procedimentos de Importação
A primeira atividade para a realização da importação por meio do frete internacional aéreo, será
a obtenção de cotações comerciais de custo do serviço, salvo exceções em que o importador pos-
sua acordo comercial com uma ou mais empresa prestadora do serviço de frete internacional aé-
reo (agente de carga, ou companhia aérea).
Para solicitação da cotação do serviço de frete internacional aéreo, o importador precisará apre-
sentar ao prestador do serviço as informações seguintes:
a) Dados do exportador,
(endereço completo).
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Procedimentos de Importação
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Procedimentos de Importação
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Procedimentos de Importação
O (s) prestador (es) de serviço de frete internacional, apresentará (ão), as condições para a reali-
zação do serviço, para que então o (a) analista de importação, possa apresentar a diretoria, enfim
a quem deva aprovar a contratação do serviço, ou caso seja ele (a) mesmo responsável pela con-
tratação do serviço, que o faça mediante a comparação das apresentações das propostas comer-
ciais recebidas.
A mercadoria a ser importada, será então transportada internacionalmente, desde a origem (ex-
portador), até o aeroporto brasileiro definido pelo importador, para que seja então submetida ao
processo de despacho aduaneiro, previsto no Artigo 1º da Instrução Normativa n.º 680/2006 da
Receita Federal do Brasil, pontos vistos nos tópícos de declaração única de importação.
As cargas aéreas são transportadas sob a emissão do conhecimento de cargas AWB (air way bill),
emitido pela companhia aérea, no qual devem constar os dados de identificação do exportador e
importador, aeroporto de embarque e desembarque, dimensões e peso da carga, composição dos
valores de frete internacional, especificações básicas da mercadoria transportada com caracterís-
ticas específicas quando for o caso, data e local de embarque.
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Procedimentos de Importação
O Agente de Carga ao receber o AWB master da companhia aérea, irá emitir o denominado conhe-
cimento house ou filhote, no qual constarão os valores de frete, correspondentes ao serviço que
ele contratou junto à cia aérea, para que então seja possível a emissão do AWB house, (também
denominado de filhote), porém agora com o valor de venda do serviço, por exemplo:
O agente de cargas adquire o frete aéreo da companhia aérea por USD 1.500,00,
(hum mil e quinhentos dólares americanos), e calcula um preço de venda sobre
este valor.
Para vender o frete ao seu cliente importador, irá então acrescentar o seu profit
(lucro), e somando tal valor ao que pagou à companhia aérea, terá portanto o
valor de venda da prestação de serviço de agenciamento de frete aéreo a cobrar
de seu cliente.
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Procedimentos de Importação
O conhecimento de embarque (AWB), deve ter as vias originais entregues ao importador, e esta
ação ocorrerá mediante acordo comercial entre agente de cargas e importador, pois para retira-
da da carga da alfândega após a nacionalização, o importador deverá apresentar a via original do
documento, em atendimento ao Artigo 54 da IN/RFB n.º 680/2006.
A carga transportada no modal aéreo, será informada ao sistema mantra (manifesto de trânsito
aéreo) pela companhia aérea eletronicamente, para que ao chegar no aeroporto de destino, pos-
sa ser disponibilizada pelo fiel depositário (empresa que administra o terminal de cargas do aero-
porto), ao importador, para que este realize o despacho aduaneiro de importação, determinado
pela IN/RFB 680/2006, portaria Coana n.º 77/2018, IN/RFB 1833/2018.
As questões comerciais entre agente de cargas para o agenciamento de frete internacional aqua-
viário marítimo, serão basicamente as mesmas descritas no item anterior do modal aéreo, varian-
do conforme as características da importação, e considerando as questões operacionais, como
transit time (tempo de viagem), maior que o desempenhado pelo modal aéreo.
No modal aquaviário marítimo, o importador terá à sua disposição, maiores condições logísticas
no que diz respeito às dimensões de cargas, exatamente pelas condições físicas dos veículos (na-
vios), sendo necessária a análise operacional relativa ao target (alvo), de prazo, para que os prazos
estipulados por setores de engenharia, compras, produção, e outros, não fiquem comprometi-
dos, considerando o tempo maior para a realização do frete no modal aquaviário marítimo. Em-
bora as condições financeiras (custo do frete marítimo), sejam menos onerosas quando compara-
das aos frete aéreos, (há exceções a variarem conforme cada projeto de importação), por isso a
necessidade de análise muito minuciosa de toda a operação, para que não ocorra prática de frete
internacional, em modal de transporte avesso à necessidade da entrega da carga na empresa im-
portadora, no prazo previamente estipulado.
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Procedimentos de Importação
3.6 O booking.
Ao aprovar uma cotação de frete, o importador estará permitindo ao agente de cargas, a geração
do booking, que será a reserva do frete, na prática significa dizer, a garantia do espaço no veículo
(aeronave, navio), para que o frete de fato aconteça.
Sob o ponto de vista operacional, o prestador do serviço de frete internacional, deve requerer as
garantias comerciais para a execução do serviço, mediante às apresentações de aprovações for-
mais nas condições expostas nas propostas comerciais, o que se dá via envio e recebimento de
e-mails de ambos os lados (agente de cargas X importador), onde o serviço e valores são apresen-
tados pelo prestador de serviço, e aprovados pelo importador, para que o serviço seja executa-
do, e ao final, possa ocorrer a cobrança por parte do prestador, e correspondente pagamento por
parte do importador
O booking/reserva, permite ao importador estar certo de que conforme sua aprovação comercial,
a carga estará embarcando na origem, e chegando ao ponto de destino no Brasil, entretanto há
casos em que mesmo com o booking/reserva confirmado (a) pelo prestador de serviço do frete
internacional, o embarque não ocorra, ora por questões operacionais da companhia aérea, ou na-
vio, ora por outras razões diversas, e neste caso, sempre é necessário ao importador analisar as
propostas comerciais, e cada detalhe nela constante para se resguardar de prejuízos operacio-
nais, tendo em vista a distância entre ele e a carga no exterior.
Em tradução livre, o draft seria uma espécie de esboço/projeto, mas também as definições de ras-
cunho/espelho são normalmente aceitas, e na prática significa dizer que o draft do BL, é um ras-
cunho para a emissão do BL original.
A sigla BL, é abreviatura de bill of lading, que vem a ser o conhecimento de embarque aquaviário
marítimo, o popular “BL”, sendo ele o documento que cobre o transporte marítimo internacional,
desde a saída/departure (embarque), no porto de origem, até a chegada/arrived (desembarque no
porto de destino).
Sendo emitido pelo transportador, (armador marítimo), o bill of lading, contém os dados logísti-
cos da carga. Portanto, para sua emissão, o responsável deverá obter os dados exatamente de
quem está requisitando/contratando o serviço, pois é tal indivíduo/empresa, que detém os dados
da carga, por isso o agente de cargas emite então o draft, com as informações recebidas do impor-
tador, e a ele submete o documento, via e-mail ou outra forma de comunicação, exatamente para
que o importador (ou seu representante legal despachante aduaneiro), possa conferir as informa-
ções no documento, e requisitar ajustes, ou aprovar a emissão do bill of lading original.
O draft ao orientar a emissão das vias originais do bill of lading, cumpre, digamos assim, seu pa-
pel, de forma que não mais terá utilidade, pois para transporte e retirada da carga no destino,
apeans as vias originais do bill of lading são aceitas.
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Procedimentos de Importação
Procedimentos de Importação
O DESPACHO
ADUANEIRO NA IMPORTAÇÃO.
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Procedimentos de Importação
01
Tributos:
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Procedimentos de Importação
02
Taxas:
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Procedimentos de Importação
De forma legal, o despachante pode representar o importador perante a Receita Federal, para
execução das tarefas expostas abaixo, determinadas pelo Decreto n.º 6759/2009, a saber:
Decreto 6759/2009.
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Procedimentos de Importação
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Procedimentos de Importação
Subseção II
Do Despachante Aduaneiro
Fonte:http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/decreto/d6759.htm
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Procedimentos de Importação
As instruções de serviço ao despachante aduaneiro, recomenda-se que ocorram via e-mail, pois é
uma forma de clareza nas informações a serem inseridas nas declarações únicas de importação,
bem como em licenciamentos de importação, e assim o fluxo de informações seja padrão, e pre-
ferencialmente de forma sequencial, isto é, ao se iniciar um assunto relativo a uma importação
em um e-mail. É importante que se entitule o mesmo com a denominação/referência da carga,
para que a comunicação permita uma troca de mensagens, de forma sincronizada, indo e vindo
na sequência de envio e resposta, para que o processo de importação seja conduzido cronologi-
camente, ou seja, de acordo com as ações desenvolvidas desde o incício, passando por etapas de
correções e aprovações de documentos, e culminando com o desembaraço aduaneiro.
Também é usual a troca de mensagens via sistema gerenciador, no qual ambas as empresas (im-
portador e despachante aduaneiro), tenham acesso, de modo que as mensagens fiquem arquiva-
das e de fácil acesso a qualquer tempo. Lembrando a importância de que qualquer informação
relativa às importações, sejam sempre registradas (enviada por e-mail ou outro meio de comuni-
cação convencional, como oficial por ambas as partes).
Dentre as instruções de cargas tratadas entre importador e despachante aduaneiro, podem estar:
Essas vias originais digitalizadas, são necessárias, pois atualmente todas as apresentações de do-
cumentos a Receita Federal, ou a algum órgão interveniente como (Agência Nacional de Vigilân-
cia Sanitária, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Polícia Federal, Inmetro, Ibama
e outros), se dá por via eletrônica, mediante anexação digital em função própria disponível no
portal único do siscomex, em campo específico para anexo de documentos digitais. Portanto a
importância de se requerer
sempre o recebimento dos documentos por parte do (a) analista de importação, para disponibili-
zar ao despachante aduaneiro, sempre que necessário para anuência de LPCO e DUIMP´.
Isto porque a documentação, é a base de toda a sistemática da importação, na qual tanto o im-
portador, quanto o despachante aduaneiro, e principalmente o fisco federal (Receita Federal),
podem averiguar as informações inerentes à respectiva importação, de forma que todos os dados
da carga, estejam inseridos nos documentos, (já observados em tópicos anteriores como docu-
mentos de instrução de despacho aduaneiro).
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Procedimentos de Importação
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Procedimentos de Importação
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Procedimentos de Importação
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Procedimentos de Importação
SISCOMEX
D. A PREVISÃO DE CHEGADA.
A carga tendo sido embarcada no exterior, passa então a ser aguardada no Brasil, conforme a
data de previsão informada pelo responsável do frete internacional, a saber agente de cargas, ou
companhia aérea, ou armador marítimo, conforme a prática comercial definida pelo importador.
O importador poderá conferir a previsão de chegada das cargas, por meio eletrônico, via site do
prestador de serviço, ou sistema eletrônico de acompanhamento de cargas, denomidado e-tra-
cking, no qual o prestador de serviço de frete internacional, disponibiliza o link para que por meio
do número do conhecimento de embarque, ou da reserva/booking, o importador possa ter acesso
às datas de embarque no exterior e chegada da importação no Brasil.
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Procedimentos de Importação
A definição da remoção da carga para recinto aduaneiro de zona secundária, parte do importador
conforme a melhor conveniência, para que o despacho de importação ocorra então neste recinto,
conforme acordo comercial para custos de armazenagem tratados junto à empresa administrado-
ra do recinto, o chamado fiel depositário.
Muito recomendável na importação, é a elaboração de uma prévia, uma previsão dos custos que
poderão ocorrer, para que as análises financeiras possam determinar a realização da importação,
bem como possíveis ajustes e adequações ao longo do processo, visando a obtenção de êxito
operacional, sobretudo para quitação de todas as despesas e custos operacionais da importação,
para que ao chegar ao Brasil, a importação possa ser desembaraçada no menor tempo possível, e
assim ocorrer custo baixo para armazenagem na alfândega, assim como gerenciamento financei-
ro seguro de todo o processo de importação.
Custo da mercadoria.
Custo do frete internacional.
Custos de armazenagem.
Custos relativos ao transporte nacional.
Custos relativos à tributação.
Custos relativos aos serviços de terceiros (despachante aduaneiro e outros).
Outros custos a variarem conforme as características da importação.
G. A CONFERÊNCIA DO CE MERCANTE.
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Procedimentos de Importação
CE master.
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Procedimentos de Importação
CE house.
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Procedimentos de Importação
I. A NECESSIDADE DE VISTORIA POR PARTE DOS ÓRGÃOS ANUENTES (ANVISA, MAPA, IN-
METRO, ETC).
As anuências dos LPCO´s, vistos em tópico específico neste material, ocorrem conforme as diretri-
zes de cada órgão anuente, a saber por exemplo: Anvisa, Mapa, Polícia Federal, Exército, e outros).
As anuências/deferimentos por parte destes órgãos podem requerer a vistoria física da mercado-
ria importada, no recinto aduaneiro, para que então o LPCO possa ser deferido, e o importador
então siga com seu processo de despacho aduaneiro.
Cada órgão anuente atua mediante sua gestão de análise sobre os LPCO´s, de forma que o siste-
ma portal único do siscomex, a partir do novo processo de importação, determinado pela portaria
da Coana n.º 77/2018, juntamente com a IN/RFB n.º 1833/2018, permite que os órgãos passem a
atuar todos pelo mesmo portal, facilitando assim o imput de dados por parte do importador, para
que a documentação necessária para análise do órgão, esteja disponível a qualquer órgão envol-
vido na importação, otimizando assim tempo e apresentando agilidade nos procedimentos de de-
ferimentos/anuência de LPCO.
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Procedimentos de Importação
É possível ao importador, negociar com o armazém do recinto alfandegado, onde ocorrerá o des-
pacho. O serviço de desova imediata do contêiner ocorre após a descarga do navio, para que não
ocasionem custos extras de demurrage, bastando para tanto, negociação prévia, mediante dispo-
nibilidade de espaço por parte do armazém de cargas onde ocorrerá o despacho aduaneiro.
Importante citar também neste tópico, que a desova do contêiner, tenderá a seguir a programa-
ção do terminal portuário, por questões de programação de espaço para desova, equipamento
para movimentação de contêiner, mão-de-obra para a realização do serviço, de forma que é ne-
cessário sempre a consulta por parte do importador, ao terminal, o qual está o contêiner, para or-
ganização do momento possível de descarga/desova.
Atual e especialmente após o advento da pandemia da Covid-19, grande parte dos agentes de
cargas e armadores, passaram a aceitar a entrega de documentos, de forma eletrônica (e-mail, ou
sistema de anexação de documentos digitalizados), mediante assinatura com certificado digital,
e fotos de posse da via original do conhecimento de cargas, o que tem facilitado muito a opera-
ção diária de importadores, agentes de cargas, e despachantes aduaneiros, porém é uma prática
muito peculiar a cada empresa, cabendo então a necessidade de boa negociação e transparência
de todos os envolvidos, para que a melhor prática seja adotada.
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Procedimentos de Importação
Ao chegar ao Brasil, as cargas marítimas apresentam bloqueio eletrônico no sistema carga da Re-
ceita Federal, o que impede a retirada da mesma dos recintos alfandegados, mesmo que porven-
tura já estejam desembaraçadas pela Receita Federal.
Este bloqueio é devido a fator comercial mantido entre importador e prestador do serviço do
frete internacional, para pagamamento dos serviços, bem como apresentação da via original do
conhecimento de transporte, confome subtópico visto acima, logo a resolução destas duas ques-
tões, condiciona o desbloqueio da carga junto ao sistema carga (siscarga), para que então o im-
portador possa, de fato, requerer a retirada da carga logo após o desembaraço aduaneiro.
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Procedimentos de Importação
Fonte: http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?idAto=15618
Mas e quais as razões, quais os fundamentos, quais os critérios usados para a definição da para-
metrização?
A Importação parametrizada em canal amarelo, vermelho, ou cinza, tornar-se-ão verde quando fi-
nalizar o despacho aduaneiro?
Estas são algumas das questões sempre constantes em aulas e debates sobre despacho aduanei-
ro, e as respostas são:
A definição do canal de conferência, é aplicada pela Receita Federal, considerando critérios pa-
drões, estabelecidos também pela IN/RFB 680/2006, a saber:
II - habitualidade do importador;
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Procedimentos de Importação
VI - tratamento tributário;
Observamos, portanto, que é a própria legislação aduaneira que organiza a sistematização de como
se distribuir as importações para canais de conferência aduaneira, sendo que é o CNPJ com suas
condições perante à Receita Federal, que serve de parâmetro de seleção de conferência, garantin-
do de certa forma uma maneira coesa de fiscalização, pois os critérios visualizados no § 21 da IN/
RFB 680/2006, abrangem a realidade da empresa perante o fisco federal, sendo portanto o balisa-
dor das condições determinadas pela Receita Federal para o processo de fiscalização aduaneira.
O Importador acompanha seus processos de despacho aduaneiro por meio de consulta eletrônica
via sistema siscomex, sendo que no dia-a-dia quem efetua o registro da DUIMP, ou DI, também é
quem realiza o acompanhamento da fiscalização, e a consulta ocorre sempre através do número
da DI, ou DUIMP, considerando que cada URF (unidade da Receita Federal) tem seus horários para
a ocorrêcia das parametrizações, exemplo: DI, ou DUIMP registrada até as 08h, serão parametri-
zadas às 08h:30min, e assim sucessivamente.
É necessário sempre considerar que por definir os horários das parametrizações, a RFB de des-
pacho (unidade da Receita Federal onde o despacho aduaneiro ocorrerá), também é responsável
por apresentar horários de liberações das cargas.
O recomendável é que sabendo dos horários das parametrizações, (podem ser obtidos através de
contato com a URF local), o usuário (importador ou despachante aduaneiro), promova consultas
constantes ao sistema siscomex, em campo específico, para acompanhar o despacho aduaneiro,
contudo, é fato que ao saber os horários de parametrização, normalmente a empresa estabelece
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Procedimentos de Importação
seus critérios para horários de registros das declarações, e assim também pode controlar os ho-
rários para as consultas dos canais, e do acompanhamento do despacho aduaneiro, se tornando
uma prática operacional padrão na maioria das empresas, a partir das definições de procedimen-
tos e distribuições das tarefas.
Seguindo o caminho apresentado acima, a próxima ação será digitar o número da Declaração de
Importação, (aquele que o sistema siscomex gerou no registro da DI), e então lhe aparecerá a tela
abaixo, com o resultado da consulta à parametrização, sendo que na tela abaixo a consulta refe-
re-se a uma DI parametrizada em canal verde.
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Procedimentos de Importação
Fonte:https://www1c.siscomex.receita.fazenda.gov.br/siscomexImpweb-7/private_siscomeximpweb_inicio.do
Nos casos de canais diferentes do verde, a consulta apresentará a mesma tela acima, entretanto,
com as condições específicas do despacho, como nome do (a) Auditor Fiscal da Receita Federal,
designado (a) para executar a fiscalização, bem como as exigências fiscais que por ventura o (a)
mesmo (a) vier a impor àquela importação, ou não havendo nenhuma exigência, a fiscalização pro-
moverá o desembaraço aduaneiro e a consulta apresentará o resultado de carga liberada, atra-
vés da mensagem declaração desembaraçada, da mesma forma como aparece na tela logo acima,
para o canal verde.
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Procedimentos de Importação
Fonte: https://portalunico.siscomex.gov.br/duimp/#/consultar-duimp
A tela acima apresenta o campo para digitação do número da DUIMP (obtida pelo importador ou
seu despachante aduaneiro no ato do registro da mesma), e os procedimentos de acompanha-
mento, serão semelhantes aos visualizados no subtópico acima, onde vimos a parametrização da
declaração de importação.
De acordo com os artigos 554 a 557 do Decreto n.º 6759/2009, os documentos de instrução de
despacho, e especialmente de acordo com o Artigo 18 da IN/RFB n.º 680/2006 serão:
DOCUMENTOS DE INSTRUÇÃO DA DI
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Procedimentos de Importação
Fonte: http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?idAto=15618
A apresentação dos documentos dar-se-á através de anexo digital pelo portal único do siscomex,
não sendo necessária apresentação física (papel) dos documentos, entretanto, se faz necessário
que os documentos digilizados sejam os originais, e que a visualização esteja em condições ple-
nas de leitura.
A anexação será feita somente pelo acesso ao portal único do siscomex, mediante a utilização do
certificado digital do responsável, ou representante legal do importador, sendo que na maioria
das vezes, é o mesmo certificado digital que foi o responsável pelo registro da DI ou DUIMP, que
também fará a anexação dos documentos digitalizados.
A apresentação dos documentos de forma digital, permite ao fisco federal realizar os procedi-
mentos de fiscalização sobre a documentação apresentada e seguindo as orientações da legisla-
ção aduaneira já mencionada, IN/RFB n.º 680/2006.
O ICMS como vimos brevemente em tópico constante neste material, é um tributo estadual, e
portanto, tem seu recolhimento realizado para o estado de domicílio fiscal do importador. Então,
é necessário compreendermos, por exemplo, que há importações desembaraçadas em URF fora
do estado do importador e mesmo assim o recolhimento do ICMS deverá ocorrer a favor do esta-
do onde o CNPJ está domiciliado, e se dará da seguinte forma:
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Procedimentos de Importação
Exemplo:
Mas também, há as importações que possuem benefício fiscal no estado do importador, sendo
que os benefícios podem variar desde alíquotas diferenciadas, como também a suspensão/dife-
rimento/exoneração do valor do ICMS, que na prática consiste no fato de que a Receita Estadual
(Secretaria de Estado da Fazenda), concede o benefício ao importador, (conforme convênio ou
outra forma estipulada em legislação estadual específica), de forma que ao invés de acessar ao
sistema siscomex, para realizar o registro da informação de pagamento/recolhimento do ICMS,
o usuário vai providenciar o registro da informação de exoneração/suspensão do recolhimento.
Tal procedimento é necessário para cumprir o rito definido no Artigo 52 da IN/RFB n.º 680/2006,
para que o recinto alfandegado, no qual a importação está ocorrendo, possa ter acesso à infor-
mação de que o importador cumpriu mais essa etapa do processo de desembaraço aduaneiro. No
entanto, o sistema gerenciador do fiel depositário (responsável pela alfândega onde a carga está
sendo desembaraçada), tem interface com o sistema siscomex, inclusive o próprio perfil de aces-
so de fiel depositário no siscomex, possui parâmetros de consulta para confrontar as informações
prestadas pelo importador no ato do registro do ICMS, com o que de fato é o realizável, de forma
que não há meios de “forjar” um recolhimento de ICMS, pois no fiel depositário irá constatar tal
prática, o que impedirá a saída da mercadoria do recinto aduaneiro.
4 Exoneração é o procedimento de suspensão do recolhimento do Tributo, conforme Incentivo Fiscal concedido pelo Esta-
do de Domicílio do Importador, e pode variar de Estado para Estado, bem como sobre os tipos de importação. Definição do autor.
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Procedimentos de Importação
Após o registro das informações do ICMS no sistema siscomex, o próximo passo a ser realizado
pelo importador, (normalmente por seu Despachante Aduaneiro), será apresentar os documen-
tos requisitados para a retirada da carga da alfândega, conforme veremos logo a seguir.
O importador é o responsável pela emissão da nota fiscal (NF) de entrada da mercadoria importa-
da, sendo que a emissão varia entre as empresas, podendo ficar a cargo do (a) analista de impor-
tação, ou de outra função, como departamento contábil, ou ainda outro, variando conforme as
determinações de cada importador.
A NF ao ser emitida, será então enviada para o despachante aduaneiro, para que este providencie
a apresentação da mesma ao fiel depositário, (conforme visto no subtópico anterior), para que a
mercadoria possa ser liberada para saída do recinto alfandegado.
A entrega da NF para o transportador que irá realizar a retirada da carga do recinto alfandegado,
tanto poderá ser enviada pelo analista de importação, como pelo despachante aduaneiro, o qual
na maioria das vezes é quem coordena as atividades de retirada da carga, conforme pré-estabele-
cido com seu cliente importador, seguindo sempre as orientações do mesmo, no que diz respeito
a programação de entrada da carga, fluxo de trânsito, e outras questões peculiares a cada empre-
sa. Por isso, a necessidade de comunicação a todo o tempo, para se praticar uma gestão logística
eficaz na entrega da carga importada.
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Procedimentos de Importação
Conhecimento de trans-
porte original.
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Procedimentos de Importação
Comprovante de liberação
de ICMS.
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Procedimentos de Importação
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Procedimentos de Importação
Dessa forma é concedido acesso ao usuário para que este providencie as entregas dos documen-
tos citados acima e acompanhe pelo próprio sistema de informações gerenciais do terminal alfan-
degado a liberação da importação ou as necessidades de correções e ajustes documentais.
A análise documental abrange procedimentos como requerer ao exportador que na emissão da fa-
tura comercial (commercial invoice), faça constar os dados do Artigo 557 do Decreto n. 6759/2009,
que são:
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Procedimentos de Importação
VIII - país de origem, como tal entendido aquele onde houver sido produzi-
da a mercadoria ou onde tiver ocorrido a última transformação substancial;
Fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/decreto/d6759.htm
A Fatura Comercial é um documento que servirá de base para toda a DI ou DUIMP, de forma que
sua exatidão é motivo para contribuir com a correta elaboração e preenchimento da DI ou DUIMP,
garantindo portanto êxito no Desembaraço Aduaneiro.
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Procedimentos de Importação
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Procedimentos de Importação
Na prática, isto é nas coordenações de processos de importação, o (a) analista irá receber infor-
mações do agente de cargas (ou companhia aérea, ou ainda armador marítimo, caso contrate o
frete diretamente a um destes), para então embasar suas orientações de emissão do conheci-
mento de embarque original conforme os requisitos necessários a constarem neste documento,
tendo como base o conteúdo observado no item 8.4 deste material, visando a emissão de um do-
cumento que possa ser considerado seguro de acordo com a realidade da carga.
As informações constantes neste documento devem refletir a exatidão da carga amparada pelo
mesmo, sob todos os aspectos, desde exportador com seus dados de identificação exatos, até os
dados de identificação do importador, além dos dados logísticos, como peso bruto, quantidade e
tipo de volumes, local de embarque e desembarque, valor do frete internacional, data e local de
emissão, descrição sucinta da mercadoria transportada, além de código do sistema harmonizado
(4 primeiros dígitos da NCM), para os conhecimentos de embarque marítimos, (bill of lading).
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Procedimentos de Importação
Nas importações advindas do Mercosul, além do CRT também constará o documento denomina-
do MIC-DTA (manifesto internacional de carga – documento de trânsito aduaneiro), no qual cons-
tam informações muito semelhantes às constantes no CRT, porém por se tratar de trânsito adua-
neiro, ou seja, um regime especial aduaneiro, faz-se necessário a presença deste documento para
a realização do trânsito desde o país vizinho até o ponto de fronteira no Brasil, seguindo para o
recinto alfandegado, onde ocorrerá o desembaraço aduaneiro, (caso este não ocorra na fronteira
por onde a mercadoria adentrar ao Brasil). lembrando que o recinto aduaneiro para realização do
despacho aduaneiro de importação é de melhor conveniência do importador.
RECEITA FEDERAL
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Procedimentos de Importação
Procedimentos de Importação
GESTÃO DE
RELACIONAMENTO COM O MERCADO
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Procedimentos de Importação
Esse relacionamento com o mercado, diz respeito a fatores, por exemplo, relacionados às ques-
tões comerciais, em honrar a palavra dada, cumprir prazos e na impossibilidade de cumprí-los,
sempre expor os motivos de forma idônea para que a transparência nas informações torne o am-
biente de relacionamento entre cliente e fornecedor, o mais aprazível possível, e assim se desen-
volva um próspero sistema de convivência.
O relacionamento com o mercado também envole questões comerciais, que são as negociações
para aquisição de serviços, junto a agentes de cargas, despachantes aduaneiros, transportadores,
corretoras de seguro, armazéns alfandegados, e outros tipos de serviço, sendo necessário a má-
xima transparência nas negociações, obedecendo as regras de política de compliance, que vem a
ser a garantia da execução das atividades da empresa, sob as mais rídigas regras de administração
e contabilidade, visando assim a obtenção da confiança dos envolvidos no negócio.
Durante a carreira profissional podem ocorrer casos de insucessos, e sucessos, cada um com
suas tipicidades, e características, mas o importante é mencionarmos que a organização de pro-
cessos, é uma grande aliada na busca pela excelência na condução das atividades de importação
e exportação.
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Procedimentos de Importação
Como casos de sucesso, pode-se considerar embarques ocorridos com a máxima eficiência a pon-
to de cumprir-se prazos, não extrapolar previsão de custos por erros operacionais. Embora eles
possam ocorrer, mas fato é que quanto maior for a organização
documental e processual do dia-dia nas importações, maiores serão as chances de sucesso nos
procesos de comércio exterior.
serviço, ou ainda, consequências causadas por motivação alheia à vontade do importador, como
condições climáticas que impeçam o transporte de uma determinada carga, ou greve no setor pú-
blico, ou outro evento, se encontre uma alternativa.
Sempre é necessário considerar que uma gestão eficaz, precisa na medida do posssível, sempre criar
situações hipotéticas que possam servir de back up (espécie de plano b), para eventuais correções
e adequações de eventos causados por situações que estejam além da condução do importador.
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Procedimentos de Importação
Procedimentos de Importação
OPERACIONALIZAÇÃO,
OCORRÊNCIAS FRENQUENTES
O dia-a-dia na coordenação de processos de comér-
cio exterior geram algumas questões, muitas vezes,
não previstas, as quais exigem grande empenho para
definições de soluções. Então, vejamos algumas des-
tas questões.
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Procedimentos de Importação
tratativas operacionais para liberação de importações nas alfândegas. Por exemplo, determinado
contêiner que embarque com um peso, porém no bill of lading ou fatura comercial, ou ainda no
packing list, seja informado peso diferente com o que de fato condiz com a mercadoria, essas in-
formações desencontradas geram atividades extras de correção de documentos, podendo causar
mais custos de armazenagens e obviamente atrasos nas entregas da carga no importador.
As informações relativas a lacre são as obtidas exatamente por quem estiver responsável em ob-
ter os dados deste dispositivo junto ao armador marítimo, lembrando que o lacre de contêiner
é um dispositivo de metal, que trava a porta do contêiner (foto abaixo), e sua numeração deve
constar no bill of lading, para comprovar que o contêiner saiu da origem lacrado, e chegou no des-
tino da mesma forma, sendo que a conferência deste dispositivo tanto no embarque, quanto no
desembarque é que determinará tal condição.
Fonte: https://www.metalacre.com.br/blog/lacre-para-container-a-importancia-de-proteger-a-sua-carga/
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Procedimentos de Importação
Também pode ocorrer situações em que o importador requisite ao despachante aduaneiro, a de-
finição da classificação fiscal da mercadoria ser importada, o que para acontecer, deverá ser moti-
vo de uma elaboração bem detalhada do máximo possível de informações relativas às descrições
das mercadorias, para que seja possível ao prestador de serviço, enquadrá-las na TEC (tarifa ex-
terna comum), conforme as especificações recebidas.
Quando há classificação incorreta na importação, a Receita Federal ao detectar tal situação, pro-
move a aplicação de multa para que o importador possa regularizar a questão, sendo que a multa
está definida nos artigos 711 a 749 do Decreto 6759/2009, sendo cobrada ao valor de 1% sobre
o valor aduaneiro da mercadoria, com recolhimento mínimo de R$ 500,00 quando tal percentual
for inferior a este valor, portanto, o máximo de cuidado no momento de se definir uma classifica-
ção fiscal é necessário, para evitar estes custos extras, além de atrasos na liberação da carga no
recinto alfandegado.
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Referências:
http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut-
2consulta/link.action?idAto=95162&visao=a-
notado
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