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VOLUME 2
(Sensível em termos de Aplicaçã o da Lei/Uso Exclusivo dos Membros da OMA)
Todas as fases acima referidas estã o intimamente ligadas umas à s outras e devem ser
planeadas e implementadas como um sistema integrado. Assim sendo, conforme mostra o
grá fico resumido do processo de PCA (vede o capítulo 1.3 do Volume I), todo o procedimento
deve ser apoiado por um planeamento estratégico a nível de gestã o, incorporando uma
abordagem baseada no risco.
Âmbito da PCA
Riscos potenciais no âmbito da PCA
Objectivos
Plano de Trabalho Anual/Mensal
Selecção da abordagem da auditoria
Procedimentos/técnicas da PCA normalizados
Âmbito da PCA: Entidades empresariais que podem estar sujeitos a PCA – p. ex.
importadores/exportadores, despachantes e manifestos de carga (vede Volume 1,
Capítulo 3.2).
Os riscos potenciais de cobertura da PCA (vede Volume 1, Capítulo 3.3).
Objectivos (vede Volume 1, Capítulo 3.1).
Plano de Trabalho Anual/Mensal: O planeamento de auditoria pode ser feito
anualmente, tendo em conta a disponibilidade de recursos e o trabalho em curso. A
cada á rea de auditoria pode corresponder um prazo de conclusã o e para cada auditor
disponível ou equipa de auditoria pode corresponder um nú mero determinado de
horas de modo a fazer uma estimativa do nú mero de auditorias pode ser realizado num
ano. O planeamento também pode ser feito mensalmente. Recomenda-se que cada fase
da PCA seja dividida em blocos de tempo, para avaliar o desempenho em funçã o do
tempo gasto. Devem ser incluídas questõ es tais como, o nú mero de auditores
necessá rios para realizar uma auditoria.
1
A título de exemplo, uma có pia dos Procedimentos normalizados das Alfâ ndegas da Indonésia (Decisã o da
Direcçã o Geral das Alfâ ndegas e Impostos Especiais de Consumo Nú mero: KEP-12/BC/2000) encontra-se no
Anexo 1 deste volume.
Sã o necessá rios critérios para determinar que tipo de auditoria é apropriado em cada
caso, com base no uso mais eficaz dos recursos e nos objectivos preconizados.
Informaçõ es relacionadas
p. ex.
- Irregularidades comuns nos mesmos sectores de
actividade
- Países de origem de alto risco
- Mercadorias de alto risco, etc.
2. PROCESSO PREPARATÓRIO
Uma boa preparaçã o é uma fundamental para o sucesso de uma auditoria. Assim como garantir
uma auditoria eficaz, uma boa preparaçã o também pode minimizar a quantidade de tempo
gasto nas instalaçõ es2 de um comerciante.
O objectivo do processo preparató rio é ter uma visã o abrangente da estrutura empresarial da
entidade auditada e, nesta base, identificar e analisar as á reas especificas de risco dos sistemas
das entidades auditadas e elaborar um plano de auditoria específica, que inclui os objectivos da
auditoria, âmbito, metodologias e designaçã o dos membros da equipa de auditoria/auditores.
2
Como boa prá tica, as condiçõ es sanitá rias e de segurança nas instalaçõ es devem ser avaliadas.
2 Qual é a sua estrutura jurídica (p. ex. responsabilidade limitada, parceria, etc.)?
3 Será que houve mudanças na estrutura legal recentemente (p. ex., fusã o, cisã o, etc.)?
8 Será que o operador, seus administradores ou accionistas têm qualquer relaçã o com
outros?
8.1- Se a resposta for sim, quem sã o esses? (Nome, nú mero fiscal, morada).
8.2- Qual é a natureza da relaçã o?
10 Será que o operador tem um sistema de formaçã o para os funcioná rios em matéria
aduaneira? Se a resposta for sim, quais sã o os detalhes?
C. - Nível de cumprimento
1 Será que o operador foi auditado previamente?
1.1- Se a resposta for sim, quais foram os resultados?
3 Será que o operador, intervenientes, só cios ou gestores foram condenados por fraude ou
irregularidades
3.1- Se a resposta for sim, quais sã o os detalhes?
4 Será que o operador já foi auditado pelas Alfâ ndegas ou por outras autoridades?
4.1- Será que houve controlos relevantes para a essa auditoria?
6 Será que houve ou existem processos de recuperaçã o em curso sobre dívidas contraídas
pelo operador?
5 Qual é o modo de pagamento dos direitos aduaneiros, por exemplo, em numerá rio,
garantias?
6 Será que o operador dispõ e de um sistema de controlo interno (incluindo uma verificaçã o
regular) que garante a correcçã o das declaraçõ es aduaneiras
6.1 Será que existem orientaçõ es internas por escrito relativas a rotinas
aduaneiras / procedimentos do operador?
6.2 Será que existem falhas ou erros neles?
6.3 Será que foram encontrados erros na rotina ou falta de rotina ao realizar testes
(inspecçã o)?
9 Será que o operador tem auditores internos ou externos, e será que os relató rios estã o
disponíveis?
9.1 Será que o operador tem a certificaçã o de ISO?
9.2 Será que o operador ainda dispõ e do manual de ISO?
14 Será que é possível fazer uma ligaçã o directa entre as contas e as declaraçõ es aduaneiras
e vice-versa?
16 Faça uma relaçã o dos principais pontos de organizaçã o do sistema informá tico do
operador com relevâ ncia para esta auditoria.
E - Transacções do Operador
1 Nú mero de declaraçõ es aduaneiras apresentadas à s Alfâ ndegas durante o período de
controlo.
7 Declaraçã o da origem
7.1 Verificar se existem riscos relacionados com a origem.
7.2 Quais sã o os principais países de origem declarados?
7.3 Será que existem variaçõ es ao longo do tempo?
9 Será que existe alguma mudança detectada no padrã o de comércio (p. ex. mudanças de
lugar da declaraçã o, fornecedores, etc?
11 Que meio de transporte é normalmente utilizado pelo operador (p. ex. via marítima,
aérea, rodoviá ria, etc.?
F - Conclusão
1 Será que necessá rio ter uma reuniã o preparató ria com o operador?
4 Será que os resultados da aná lise de risco eram para a selecçã o da empresa verificada?
Se a resposta for nã o, apresente os motivos?
7 Faça uma lista de questõ es pendentes a serem esclarecidas durante a fase de execuçã o.
Uma revisã o interna por pares de preparaçã o previa à auditoria é um exemplo de um controlo
ú til de garantia de qualidade. Os pares podem destacar os riscos que podem ter sido
esquecidos, experiências de auditorias semelhantes, procedimentos de auditoria mais eficazes
e apropriados.
Estudo prévio à
auditoria
Plano de auditoria
Notificaçã o da Auditoria
Reuniã o inicial de
Auditoria
Inspecçã o
Auditoria a terceiros (se
física/controlo (se Registos e revisã o
necessá rio) for necessá rio)
Relató rios
Evoluçã o e seguimento
Ao realizar a PCA, os auditores devem observar algumas orientaçõ es bá sicas que podem
contribuir para o sucesso da auditoria.
- Técnicas de entrevista
As seguintes boas prá ticas sã o recomendadas para a realizaçã o de uma entrevista bem-
sucedida:
Mantenha o controlo da entrevista
Seguir um caminho pré-estabelecido de questionamento, mas ser flexível se for
necessá rio;
Explicar as perguntas claramente e verificar se a questã o foi entendida;
Evite deixar questõ es inacabadas ou nã o resolvidas;
Ouça com atençã o e observe as reacçõ es
Nã o interrompa a menos que o entrevistado pareça estar deliberadamente mudando
de assunto
Evite perguntas ambíguas e que desencaminham;
Mostre confiança e coloque a entidade auditada à vontade; e
Resumir a entrevista e no final, peça esclarecimentos, se for necessá rio.
O auditor pode obter informaçõ es ú teis e relevantes a partir de um interrogató rio casual. Em
conversa geral, a entidade auditada pode revelar factos importantes sobre suas operaçõ es de
negó cios com implicaçõ es, por exemplo, para as questõ es de avaliaçã o aduaneira como por
exemplo, o relacionamento com fornecedores, o fornecimento de componentes a um
fabricante/vendedor estrangeiro, etc.
Se a entidade auditada tentar evitar responder perguntas directamente, o auditor deve
persistir de modo a obter as informaçõ es necessá rias.
Visitas repetidas sã o comummente necessá rias se a informaçã o relevante nã o foi analisada
durante a primeira visita ou onde existem sistemas mais complexos e extensos.
A- Valor Aduaneiro
1 Que conhecimento é que o importador tem de metodologia de avaliaçã o aduaneira (em
particular, os elementos a serem incluídos no valor transaccional nos termos do Acordo da
OMA sobre Avaliaçã o?
3 Será que o valor declarado é apoiado por ordens de compra, contratos de venda, facturas,
etc.? Os extractos bancá rios e comprovativos de pagamento também podem ser verificados?
4 Será que o importador está ligado a qualquer um de seus fornecedores (conforme definido
no artigo 15.4 do Acordo da OMC sobre avaliaçã o? Se a resposta for assim será que a relaçã o
influenciou o preço, para fins aduaneiros (conforme referido no artigo 1 º do Acordo da OMC
sobre Avaliaçã o)?
5 Se o sistema de valor CIF está a ser usado, será que os fretes e seguros foram devidamente
incluídos? Será que os prazos de entrega de facturas e contratos de frete (INCOTERMS)
coincidem com as taxas de frete declaradas? Será que o frete pré-pago pelo operador (risco
de omissã o do valor aduaneiro)?
6 Sempre que um sistema de valores FOB é usado (ou seja, o país decidiu assim nos termos do
artigo 8.2 do Acordo da OMC sobre Avaliaçã o), será que as taxas de frete e seguro foram
devidamente excluídos do valor aduaneiro?
10 Sempre que os preços com desconto foram declarados, sã o eles descontos genuínos
merecidos? Será que os descontos estã o disponíveis livremente a todos os potenciais
compradores?
11 Será que todos os pagamentos efectuados com antecedência para mercadorias importadas
que nã o tenham sido incluídas no valor declarado?
12 Será que o valor aduaneiro declarado é muito baixo em relaçã o ao valor da venda
subsequente da mercadoria a um terceiro? (Isto nã o é conclusivo contudo, uma margem
significativa de lucro e pouco habitual para as mercadorias em causa podem indicar que o
valor de importaçã o estava sob declarado?
13 Será que o pagamento das mercadorias importadas transitou por uma terceira empresa? Se
a resposta for sim, será que os valores foram devidamente incluídos no valor aduaneiro?
14 Será que alguns materiais, componentes etc. foram fornecidos livres de encargos ou a preço
reduzido para o fabricante/vendedor para a incorporaçã o dos mesmos nas mercadorias
importadas? (possíveis "acessó rios" nos termos do artigo 8.1 (b) do Acordo da OMC sobre
B. País de Origem
1 Será que existem importaçõ es de produtos em que o país de origem declarado mudou no
ú ltimo ano? Será que o operador usa sempre os mesmos fornecedores para as mesmas
origens ou há alguma mudança?
2 Será que o país de origem declarado perto de países para os quais foram introduzidos o
direito anti-dumping ou a taxa de compensaçã o para mercadorias idênticas ou onde é
necessá ria uma licença, para mercadorias importadas?
5 Será que existe um comprovativo da origem? Será que o referido comprovativo foi
devidamente preenchido? Será que é vá lido? Será que os comprovativos sã o documentos
originais (e nã o apenas fotocó pias)? Será que os comprovativos estã o registados na
declaraçã o aduaneira?
10 Será que informaçã o vinculativa em matéria de origem (BOI) foi emitida ao operador? Será
que os produtos e as origens coincidem com a BOI?
11 Verifique o itinerá rio de transporte para determinar se a regra sobre transporte directo foi
cumprida e/ou se a utilizaçã o do itinerá rio é suspeita/ inesperada.
13 Será que é prová vel que essas mercadorias especificas sejam produzidas nesse país de
origem nas quantidades importadas?
16 Será que os pagamentos foram efectuados a uma das partes num país que é diferente do país
de origem declarado? Será que os pagamentos foram efectuados a uma das partes que nã o
seja o vendedor da mercadoria? (se possível, verificar as existências para determinar a
origem declarada e os có digos de barras constantes nas caixas, embalagens, invó lucros e
mercadorias?
17 Será que o fornecedor é comerciante ou produtor? Será que existe alguma informaçã o que
indica que as mercadorias foram vendidas vá rias vezes antes da importaçã o ou que diversas
empresas foram envolvidas? Será que existe algo que indica que isto foi feito para obter um
tratamento melhor nas Alfâ ndegas do que se devia (tratamento preferencial, nã o sujeitas aos
direitos anti-dumping nem restriçõ es, etc.)?
4 Quais os produtos que têm o maior volume? Quais os produtos que têm o maior valor?
6 Será que foi emitida uma decisã o prévia sobre informaçã o/classificaçã o/BTI vinculativa em
matéria pautal ao operador? Será que o operador classifica as mercadorias de acordo com a
informaçã o vinculativa em matéria de origem?
7 Será que o operador tem mudado o padrã o de classificaçã o? Qual é a razã o para tais
mudanças na classificaçã o pautal?
9 Será que o operador importa/exporta produtos, que poderã o ser objecto de tratamento
diferente em termos de direitos aduaneiros (p. ex., direitos maiores ou anti-dumping ou de
compensaçã o), proibiçõ es, restriçõ es, testes laboratoriais ou físicos, certificaçã o de normas
técnicas, requisitos de origem, etc.? Se a resposta for sim, quem é o fabricante? Será que foi
emitido o devido certificado?
10 Será que o operador utiliza có digos de mercadorias com taxas baixas ou nulas?
11 Será que o operador utiliza có digos de mercadorias com suspensã o de tarifa? Se assim for,
será que todos os requisitos para a suspensã o foram cumpridos?
12 Será que o operador utiliza có digos de mercadorias com taxa de direitos preferenciais ou
tratamento isento de pagamento de direitos no quadro de acordos comerciais?
14 Será que o operador declara peças onde existem diferentes medidas/restriçõ es/etc em
relaçã o aos direitos para produtos montados/concluídos/terminados usando essas peças?
15 Será que o operador declara produtos onde existem diferentes medidas/restriçõ es/etc. em
relaçã o aos direitos para peças a partir das quais o produto declarado é
montado/concluído/terminado?
16 Será que os auditores tiram amostras? Será que sã o exigidas brochuras, descriçõ es técnicas
etc.? Qual foi o resultado da investigaçã o?
4 Controlos – Produçã o
4.1 Será que foi cumprido o período estimado para destinar as mercadorias para fins
especiais?
4.2 Será que os produtos resultantes estã o abrangidos pela autorizaçã o? (Verifique se,
além do fabrico dos produtos principais, outros produtos (incluindo os resíduos) sã o
produzidos?
5 Controlos - Destino
5.1 Será que as mercadorias sã o transferidas antes do uso, é o cessioná rio um titular
autorizado? Será que o operador tem provas de que o destinatá rio realmente
recebeu as mercadorias?
5.2 Em caso de exportaçã o ou destruiçã o das mercadorias, será que as autoridades
aduaneiras aprovaram e, se necessá rio, supervisionaram estas operaçõ es?
F. Entreposto aduaneiro
1 Será que existe uma autorizaçã o para o entreposto aduaneiro? Será que ela é vá lida? Será
que todos os requisitos para a concessã o da autorizaçã o foram cumpridos?
2 Será que o montante da cauçã o (se for exigida pela administraçã o nacional) é adequado?
3 Será que as mercadorias sob controlo aduaneiro fisicamente separadas das outras
mercadorias no armazém?
4 Verifique o sistema de controlo interno.
4.1 Como é que o operador a quem sã o destinadas as mercadorias garante que todas as
mercadorias sejam declaradas nas Alfâ ndegas?
4.2 Quando é que as mercadorias recebidas sã o registadas como existências?
4.3 Quantas vezes é efectuado um inventá rio e qual o método usado?
4.6 Será que existe um sistema de controlo de qualidade e será que inclui todas as
mercadorias?
4.7 Será que a entrada e saída de mercadorias das instalaçõ es/processo de produçã o
do operador estã o ligadas ao sistema de facturaçã o?
4.8 Como é que o operador controla as mercadorias que saem dos locais de
armazenagem para o processo de produçã o? (Verificar se existe uma pista de
auditoria entre a declaraçã o aduaneira e as contas.)
5.2 Será que as mercadorias registadas em separado dos outros produtos nã o estã o a
ser sujeitas ao regime de aperfeiçoamento activo?
5.5 (Seleccionar as mercadorias recebidas pelo operador.) Será que foram declaradas
à s Alfâ ndegas?
6 Controlos - Produçã o
6.2 (Acompanhar o processo de produçã o com base nas especificaçõ es técnicas.) Será
que todas as matérias-primas foram completamente consumidas? (Caso
contrá rio, referir à fase de quitaçã o/liberaçã o do procedimento.)
6.3 Qual é a verdadeira taxa de produçã o? Será que corresponde à taxa de produçã o
declarada à s Alfâ ndegas?
7.2 Será que as facturas de exportaçã o correspondem aos registos de vendas e contas
do comprador?
7.5 Será que os resultados correspondem aos registos das existências e de liberaçã o
do operador?
7.8 (Verificar o tempo entre a submissã o das mercadorias ao regime e a liberaçã o dos
produtos compensadores do procedimento.) Será que foi usado o sistema de
"primeiro a entrar, primeiro a sair" ? Será que os direitos sobre produtos
compensadores foram pagos? Se as mercadorias foram liberadas para a livre
circulaçã o, será que foram cobrados impostos para compensaçã o/de equalizaçã o?
2.4 Como é que o operador assegura a declaraçã o à s Alfâ ndegas de todas as matérias-
primas exportadas?
3.1 Será que uma quantidade suficiente de materiais foi exportada para o
procedimento?
3.3 Será que o material exportado foi previamente importado a taxa zero de direitos?
4.2 Sã o que as mercadorias estã o a ser reparadas gratuitamente? Será que existem
facturas para os custos de reparaçã o? (Verifique os pagamentos e
correspondência.)
5.1 Que método deve ser usado (por exemplo, método de valor acrescido ou reduçã o
de direitos diferenciados)?
5.2 Será que há custos adicionais de materiais ou custos laborais que devem ser
acrescidos, como por exemplo, salá rios de produçã o, todos os materiais, frete,
comissõ es, valor dos meios de produçã o, etc? (Se mais operadores estã o
envolvidos, nã o se esqueça de acrescentar materiais e trabalhos entregues por
outros operadores.)
5.5 Será que o cá lculo dos direitos está correto (reduçã o de direitos diferenciados)?
1 Será que existe uma autorizaçã o de transformaçã o sob controlo aduaneiro? Será que ela é
vá lida? Será que todos os requisitos para a concessã o da autorizaçã o foram cumpridos?
2.4 Será que existe um sistema de controlo de qualidade que inclui todas as
mercadorias?
3 Controlos
3.2 Seleccionar as mercadorias recebidas pelo operador. Será que foram declaradas
à s Alfâ ndegas?
3.6 Será que possível identificar as mercadorias importadas no meio dos produtos
transformados?
J- Importação temporária
1 Será que existe uma autorizaçã o de importaçã o temporá ria, será que é necessá ria? Será
que é vá lida? Será que todos os requisitos para a concessã o da autorizaçã o sã o
cumpridas? Será que a cauçã o / garantia é suficiente?
2 Será que as mercadorias foram acompanhadas da caderneta ATA, será que valeu isso?
3 Controlos de procedimento
3.4 Será que é possível verificar a identidade das mercadorias sob o regime de
importaçã o temporá ria?
3.5 Quando as mercadorias sã o transferidas para outro operador, será que este novo
operador reú ne as condiçõ es / exigências da importaçã o temporá ria?
3.6 Confirmar se existem direitos a pagar. Se a resposta for sim, verificar se foram
devidamente calculados.
4.1 Será que as mercadorias foram registadas nas contas do operador como uma
compra normal de mercadorias? Será que existem outras transacçõ es nas contas
1 Será que o operador tem uma autorizaçã o (nã o necessariamente das Alfâ ndegas) para
mercadorias de utilizaçã o dupla se for necessá rio?
6 Será que esses produtos sã o exportados para destinos proibidos (ou de risco) ou para
consumidores finais?
10 Será que outros documentos (por exemplo, pedidos, correspondência, etc) indicam um
destino proibido ou perigoso ou consumidor final?
1.2 Como é que os pedidos de venda sã o implementados? Será que o cliente obtém
uma confirmaçã o do pedido?
2 Controlos
2.4 Será que o valor declarado das exportaçõ es razoá vel em comparaçã o com os
preços de mercadorias similares?
2.5 Será que as mercadorias exportadas têm a mesma qualidade, quantidade e valor
que as declaradas para exportaçã o (ou seja, verificar os fornecedores e / ou
compradores) pedidos, facturas ou ordens de produçã o, resultados de controlo de
qualidade, etc)?
2.6 Será que sã o pagas as mercadorias exportadas? Será que o valor das
transferências bancá rias da conta comprador corresponde ao valor aduaneiro
declarado? Será que os pagamentos sã o registados no sistema de contabilidade do
operador?
2.8 Será que o exportador também é um fabricante, será que havia existências
suficientes disponíveis no momento de exportaçã o?
2.9 Será que a transportaçã o realmente teve lugar? (Verificar as bases de dados,
registos da transportadora, tacó grafo, listas de embarque, contratos de
transporte, conhecimento de embarque, etc. Verificar se o transporte foi pago e se
o pagamento foi contabilizado.)
3.3 Verificação
Se, durante o curso de uma auditoria, o auditor suspeitar que houve infracçã o aduaneira, a equipe de
auditoria deve comunicar à unidade de aplicaçã o da lei pertinente e fornecer informaçõ es relevantes
necessá rias para determinar se é necessá rio iniciar uma investigaçã o formal. É importante nã o alertar
o importador de quaisquer suspeitas.
livros contabilísticos e registos relacionados com contas - por exemplo, conjunto de livros de
contabilidade e todos os documentos de origem, tais como L/C, extractos bancá rios, aplicaçõ es
de remessas no exterior e notas de débito / crédito.
Relativamente ao aspecto físico dos livros de contabilidade e registos apresentados, o auditor deve
observar os seguintes pontos:
Livros contabilísticos e registos comerciais pertinentes retidos pela entidade auditada sã o de grande
importâ ncia para a verificaçã o do valor aduaneiro. Esses livros contabilísticos e registos devem indicar
todas as transacçõ es comerciais. Através da análise de registos, os auditores podem fazer uma imagem
completa de uma transacçã o, que pode indicar, por exemplo, preço incorrecto da factura, pagamentos
em separado nã o declarados/indirectos e outros custos tributá veis omitidos. Como resultado, os
auditores poderã o verificar o valor aduaneiro.
Esses descontos constituem uma prá tica comercial normal e podem ser permitidas na determinaçã o
do valor aduaneiro. A auditoria permite a verificaçã o da legitimidade do desconto. O importador pode
ser solicitado a produzir informaçõ es, muitas vezes contidas no contrato de venda que estabelece os
termos e as condiçõ es de desconto. Literatura comercial também pode confirmar se um desconto é
vá lido ou disponível para qualquer comprador potencial que cumpre os critérios. O auditor também
pode confirmar se o desconto foi aceite pelo comprador, por exemplo, se se trata de um desconto como
resultado de um pronto pagamento, será que o importador tem um prazo de pagamento que o
qualifica para o desconto?
3
Acordo da OMC sobre Avaliaçã o Aduaneira, Artigo 17 e Decisã o 6.1 do Comité de Avaliaçã o Aduaneira da OMC
Modalidades de pagamento
As condiçõ es de pagamento devem ser verificadas por meio de uma aná lise dos contratos, documentos
de embarque, registos de pagamento. As modalidades condiçõ es de pagamento podem incluir
adiantamentos, pagamento na entrega, pagamento diferido e pagamento a prestaçõ es. A forma de
pagamento pode ser especificada como letras de câmbio, dependendo dos meios de pagamento.
Quanto à s letras de câ mbio, sã o divididas em Carta de Crédito (L/C), documento contra pagamento
(D/P), e documento contra a aceitaçã o (D/A), dependendo da existência de L/C e hora de pagamento.
Termos de venda
As condiçõ es de venda devem ser verificadas para determinar se os custos adicionais estã o
devidamente incluídos ou excluídos no /do valor declarado.
Termos adicionais
Condiçõ es adicionais impostas ao comprador no contrato de venda devem ser tidas em conta na
verificaçã o do valor aduaneiro. Por exemplo, quando um comprador se compromete a compensar uma
dívida do vendedor para com ele baixando o preço das mercadorias importadas. Através de verificaçã o
de contratos e correspondência, as condiçõ es adicionais que afectam o valor aduaneiro podem ser
identificadas e consideradas nos termos do Artigo 1 do Acordo da OMA sobre Avaliaçã o Aduaneira.
Pagamentos em separado
A existência de pagamentos em separado relativos à transacçã o em causa, mas que nã o constam no
preço da factura podem ser identificados nos livros contabilísticos e registos. Esses pagamentos
podem ser incluídos como parte do valor transaccional e devem ser analisados para confirmar:
- A finalidade do pagamento em separado que pode estar detalhada nos livros contabilísticos e
registos, tais como contratos, correspondências e contas de beneficiá rios; e
- O envolvimento de pessoas / que nã o sejam o exportador nas operaçõ es de importaçã o, como
por exemplo, um agente de compra/venda a quem foram efectuados os pagamentos.
- É importante ter em conta nã o só os pagamentos efectuados pelo importador mas também os
efectuados pelos parceiros e accionistas do importador.
Uma inspecçã o das instalaçõ es do operador permite que o auditor compare operaçõ es físicas com a
descriçã o da actividade comercial obtidas de relatos e informaçõ es prévias. O "ciclo de vida" dos
produtos pode ser acompanhado do momento de chegada passando pelo armazenamento,
produçã o/transformaçã o e destino final. O auditor também pode notar outras actividades que podem
ser relevantes e de interesse para as Alfâ ndegas, como por exemplo, a presença de mercadorias nã o
relacionadas com a actividade normal da empresa, ou a expansã o e o desenvolvimento de novas
instalaçõ es podem indicar uma diversificaçã o ou mudança da actividade comercial.
4
Nota: os sujeitos da auditoria de terceiros tendem a excluir as pessoas / empresas no exterior por causa das limitaçõ es da
jurisdiçã o legal da autoridade aduaneira e segura. Recibos devem ser emitidos tanto em relaçã o a documentaçã o removidos e
amostras colhidas como uma ajuda para a classificaçã o.
Certificar-se de que toda a documentaçã o relevante para a auditoria, e quaisquer notas tomadas, sejam
mantidas em segurança.
Uma vez concluída a verificaçã o dos livros contabilísticos e registos do comerciante, o auditor deve
fazer um resumo dos resultados até à data, tendo em conta todos os aspectos da auditoria, inclusive a
inspecçã o das instalaçõ es, os resultados das inspecçõ es físicas e rever todos os documentos de
trabalho, etc., com vista a preparar o relató rio de auditoria para o comerciante.
Uma reuniã o formal deve ser realizada com a entidade auditada para apresentar e discutir a conclusã o
e os resultados da auditoria. Se for necessá rio, a equipa de auditoria/auditores deve explicar as suas
observaçõ es sobre as causas de problemas nas á reas identificadas e fazer recomendaçõ es específicas
para remediá-las. Deve também dar oportunidade à entidade auditada de se explicar antes de elaborar
o relató rio final.
O auditor deve apresentar um resumo dos resultados da auditoria aos funcioná rios da empresa.
Qualquer negligência e erros devem ser levados à sua atençã o e as medidas necessá rias para evitar a
repetiçã o dos mesmos devem ser discutidas.
Na maioria dos casos, chega-se a um acordo quando a entidade auditada aceita as conclusõ es do
auditor. Se nenhum acordo formal for alcançado, o auditor deve respeitar o direito da entidade
auditada ao recurso ou de pedir uma revisã o nos termos da legislaçã o nacional e deve prestar toda a
assistência razoá vel exigida para facilitar o processo.
3.5. Relatórios
A equipa de auditoria / auditores devem preparar o relató rio final e apresentar uma có pia à entidade
auditada se for de acordo com a legislaçã o e as disposiçõ es nacionais. Deve-se enviar também uma
có pia à respectiva estâ ncia aduaneira e unidades para a resoluçã o de qualquer problema que tenha
surgido.
3) Estado da Empresa:
- Forma jurídica (por exemplo, Sociedade Anó nima, parceria, ú nico proprietá rio,
etc),-Capital, detida por quem?
- Lista de pessoas coligadas,
- Lista de compradores que importam mercadorias similares;
7) Objectivo da importaçã o das mercadorias, por exemplo, uso pró prio, existências,
transformaçã o adicional, revenda conforme importados;
O relató rio também pode ser revisto por um auditor sénior ou gestor da PCA, conforme o caso. Este
processo pode resultar no esclarecimento de questõ es levantadas ou inexactidõ es provocadas pelo
auditor que podem ser corrigidas.
O relató rio de PCA é uma fonte de informaçã o importante para a gestã o de PCA. Por esta razã o, é
necessá rio conservar có pias de todos os relató rios para futuros planeamentos de PCA e a actualizaçã o
da informaçã o de risco.
É da responsabilidade das Alfâ ndegas tomar medidas apropriadas com base nos resultados de
auditoria.
Se o relató rio de auditoria recomendar que a entidade auditada ou as Alfâ ndegas tomem acçõ es
específicas proceder-se-á ao controlo do acompanhamento para determinar se as medidas correctivas
foram tomadas e se os resultados desejados foram obtidos. Conforme o caso, a unidade de PCA pode
efectuar controlos de acompanhamento através de uma auditoria documental ou uma nova visita à s
instalaçõ es da entidade auditada.
4. IRREGULARIDADES
O conhecimento dos vá rios tipos de irregularidades é crucial para implementar uma PCA eficiente e
eficaz pelas seguintes razõ es:
contribui para a identificaçã o de potenciais á reas de risco. A existência de possível fraude,
negligência e erros já indica potenciais á reas de risco.
contribui para o esclarecimento do tipo de informaçã o necessá rio para constituir o perfil da
entidade auditada, necessá rio para a avaliaçã o apropriada do risco da entidade auditada.
contribui para o esclarecimento do tipo de registo que deve ser examinado durante uma
auditoria no terreno.
(c) Receber ou tenta receber, qualquer reembolso, subsídio ou outros custos para as quais nã o há
direito pró prio; e / ou
(d) Obter ou tentar obter vantagem comercial ilícita, prejudicial para o princípio e a prá tica da
concorrência comercial lícita. "
Negligência significa falta de diligência ou incapacidade de fazer o que uma pessoa razoá vel e
prudente normalmente faria sob as circunstâ ncias dadas. O termo abrange:
(a) omissã o de algo que uma pessoa razoá vel, guiada pelas consideraçõ es que normalmente
regulam a conduta dos seres humanos, faria, e
(b) fazer algo que, uma pessoa razoá vel prudente nã o faria.
A diferença entre "fraude" e negligência é que no caso da fraude há intençã o de evasã o fiscal/fuga ao
fisco. Pode haver aplicaçã o de multa por negligência de acordo com a respectiva legislaçã o nacional.
No decorrer de uma auditoria, o auditor vai de vez em quando encontrar indicadores fortes que
sugerem infracçã o grave. Existem dois tipos principais de evidências em caso de infracçõ es fiscais: - ou
seja, (1) documentos comprovativos; e (2) declaraçõ es do contribuinte. Visto que os auditores se
envolvem na investigaçã o de casos que resultam num processo criminal, devem ter uma outra
abordagem ao lidar com essas evidências.
Sem prejuízo das medidas internas, provas documentais de uma infracçã o devem ser imediatamente
encaminhadas pelo Chefe da Unidade de PCA para a autoridade de investigaçã o competente para
determinar se é necessá rio iniciar ou nã o uma investigaçã o com vista à prossecuçã o. Se for
determinado que se deve iniciar uma investigaçã o, será concluída a auditoria.
(Anexo 1 do Volume 2)
ESTUDO DE CASOS
Apó s uma auditoria pó s desalfandegamento realizada na empresa X, observou-se que a empresa tinha
importada mercadorias denominadas “lathe centres” de um fabricante canadense. As duas primeiras
entregas foram devidamente classificadas na suposiçã o pautal 8458.19.40.00 (direitos aduaneiros =
2.7%), ao passo que as entregas subsequentes foram falsamente classificadas nas posiçõ es pautais
8466.93.00.00 (direitos aduaneiros= 1.5%) e 8482.99.00.00 (direitos aduaneiros = 8%). Além disso,
de acordo com as auditorias a registos financeiros / contabilísticos, foram identificadas encomendas
externas no valor de USD 6.277.308 mas apenas USD 5.191.700 haviam sido declarados à s Alfâ ndegas,
portanto, havia uma discrepâ ncia de USD 1.085.608. Esta discrepâ ncia decorre do facto de que a
empresa X só tinha declarado as facturas parciais e nã o teve em conta as facturas finais.
Durante uma auditoria realizada na loja duty-free no ponto de travessia da fronteira em Bechet, as
seguintes infracçõ es aduaneiras foram identificadas: - mercadorias em excesso (eau de toilette,
bebidas, rum, tequila, vodka cigarros) para os quais nã o havia documentos de origem; essas
mercadorias foram apreendidas, com vista a serem confiscadas; - Mercadorias em falta (cerveja, café,
conhaque, gin, licores, perfumes, bebidas, rum, tequila, cigarros, uísque, vodca, vermute), removidas
enquanto estiveram sob controlo aduaneiro; visto que nã o foi possível localizar essas mercadorias, a
empresa em causa foi obrigada a pagar o valor dessas mercadorias (ou seja, o valor aduaneiro mais
os direitos de importaçã o); - por violaçã o da legislaçã o aduaneira nos casos acima referidos e por
incumprimento dos procedimentos de armazenamento, foi aplicado ao operador econó mico 3 multas.
Caso 3. Atribuição a mercadorias importadas uma finalidade para a qual não estavam
destinadas (Roménia)
Uma aná lise da correspondência comercial e da documentaçã o fiscal obtidas da empresa revelou
discrepâ ncias entre os dados relativos à classificaçã o e à origem das mercadorias comercializadas. As
declaraçõ es aduaneiras fraudulentas foram identificadas graças à auditoria aos dois métodos
diferentes de evasã o fiscal:
a) Esquivando o pagamento dos direitos anti-dumping e o IVA sobre lâmpadas CFL-i de origem
chinesa, mediante apresentaçã o de uma declaraçã o com produtos diferentes para inspecçã o
(lâmpadas de halogéneo e/ou outros aparelhos de iluminaçã o) do que os que foram realmente
importados (lâ mpadas CFL-i). b) Apresentaçã o de declaraçõ es aduaneiras que mostram uma origem
diferente da verdadeira origem das mercadorias.
Caso 5. (Roménia)
Como resultado das suspeitas suscitadas durante a verificaçã o documental ou auditoria a operadores
econó micos, foram exigidas verificaçõ es pó s desalfandegamento de certificados de origem de vá rios
produtos. Segundo as correspondências com as administraçõ es aduaneiras da Alemanha e da Itá lia
sobre os controlos pó s desalfandegamento relativamente a evidências de origem apresentadas pelos
importadores de pneus usados, foi estabelecido que as mercadorias importadas nã o eram originá rias
nos termos do Acordo entre a Roménia e a UE, nã o podendo assim beneficiar do regime tarifá rio
preferencial. Consequentemente, foram preparados relató rios de infracçõ es cometidas pelas
empresas envolvidas, estabelecendo o montante da dívida aduaneira a pagar ao Estado.
Caso 6. (Irlanda)
Uma empresa com sede nos EUA estava a fornecer garrafas de plá stico em base de Entrega apó s
Pagamento dos Direitos a um cliente irlandês. Um despachante oficial irlandês estava a agir em nome
do fornecedor relativamente ao pagamento dos direitos aduaneiros e em nome do comprador
relativamente ao pagamento de IVA sobre a importaçã o. A documentaçã o comercial foi fornecida pela
Empresa dos EUA ao despachante oficial irlandês. Durante uma auditoria realizada pelas Alfâ ndega
aos registos do importador, os auditores descobriram que os valores das facturas correspondentes
eram mais elevados (até 100% maior) do que os das facturas em anexo à declaraçõ es aduaneira. O
Importador nã o estava ciente das facturas em anexo à declaraçã o aduaneira porque recebeu as suas
facturas directamente do seu fornecedor. O registo de pagamento dele apresentava os valores mais
elevados. Uma verificaçã o dos dados de transmissã o/recepçã o de fax no escritó rio do despachante
oficial confirmaram que as facturas com valores baixo foram fornecidas directamente pelo
fornecedor nos EUA ao despachante.
Caso 7. (Irlanda)
Caso 8. (Suécia)
Valor aduaneiros incorrectos foram descobertas depois de uma auditoria à uma empresa de
importaçã o. Em 2006 alguns fornecedores da empresa de importaçã o começaram a emitir duas
facturas para cada remessa, na maioria dos casos, uma factura- A e uma factura – B. A primeira
factura tinha os custos reais das mercadorias e a segunda factura, uma comissã o de compra
relacionada com a factura das mercadorias. As mercadorias representavam 80% e a comissã o 20%
do valor total. A empresa declarava apenas o valor das mercadorias.
Caso 9. (Suécia)
Uma auditoria aduaneira foi realizada a um armazém afiançado na Finlâ ndia Oriental. Apó s a
auditoria, ficou claro que uma quantidade significativa de mercadorias nã o declarada foi transferida
do armazém afiançado sem qualquer declaraçã o à s Alfâ ndegas. enormes tinha transferido de
entreposto aduaneiro, sem fazer qualquer declaraçã o à Alfâ ndega. No total 260.000 unidades de
telefones mó veis e 80.000 pneus foram transferidos em violaçã o aos regulamentos. Esquivando o
pagamento dos direitos e IVA no total de 8 milhõ es de euros. Nã o havia razã o para duvidar de fraude
fiscal agravada, porque as mercadorias nã o declarados foram transferidas de um armazém afiançado
sem dar à s referidas mercadorias um outro tratamento aduaneiro aprovado. A unidade de auditoria
responsabilizou o representante oficial do armazém afiançado pelo pagamento das taxas. O
representante oficial do armazém afiançado (A) e chefe do armazém afiançado (B) eram suspeitos na
investigaçã o preliminar. Foi mostrado que (A) removia sistematicamente mercadorias nã o
declarados do armazém afiançado. O representante oficial forjava as facturas e as listas das
mercadorias e a contabilidade das existências para dissimular as perdas. O suspeito (A) disse durante
Uma aná lise de risco revelou que duas remessas de uma grande empresa de importaçã o / exportaçã o
apresentavam preços por quilo muito baixos em relaçã o a outras remessas declaradas com o mesmo
có digo aduaneiro. Uma auditoria realizada revelou que muitas declaraçõ es aduaneiras nã o tinham as
respectivas facturas. Os representantes da empresa explicaram que as facturas comercias nã o
estavam disponíveis no momento da declaraçã o ou nã o podiam ser localizadas. Fez-se uma
observaçã o nas declaraçõ es de que far-se-íam as correcçõ es das declaraçõ es uma vez apresentadas as
facturas. As correcçõ es nã o foram apresentadas à s Alfâ ndegas. Também foi estabelecido que o valor
estimado era muito baixo em relaçã o aos das facturas comerciais. Em alguns casos, a diferença entre
o valor estimado e o valor real era de USD 1.000 a USD 120.228 e de SEK 100.000 a SEK 1.416.791.
Em alguns casos, os custos de frete nã o foram incluídos no valor aduaneiro. Relativamente a
pagamentos a prestaçã o, estabeleceu-se que apenas algumas prestaçõ es foram declaradas. Além
disso, algumas declaraçõ es estavam em moeda sueca com uma taxa de câ mbio errada. A empresa nã o
tinha actualizado as taxas de câ mbio das suas listas assim aplicava taxas de câmbio antigas. A
auditoria revelou cerca de SEK 8.6 milhõ es de débito e cerca de SEK 500.000 a pagar devido à
alteraçã o da classificaçã o.
Em outros casos, as auditorias revelaram falhas nos sistemas informá ticos das empresas a existência
de declaraçõ es incompletas ou aplicaçã o de taxas de câmbio erradas ou desactualizadas ou mesmo a
aplicaçã o de moedas erradas.
Uma empresa na Tailâ ndia importava café instantâ neo de um fornecedor em Singapura. Apó s uma
auditoria pó s desalfandegamento à s instalaçõ es, os auditores descobriram que alguns documentos
mostravam claramente que o importador pediu que o fornecedor fizesse uma R&D (Pesquisa e
Desenvolvimento) em relaçã o a novos produtos de café instantâ neo. O importador pagou os custos de
R&D ao fornecedor sem declarar o valor aduaneiro. Por outro lado, os mesmos documentos
Caso 14 (Peru)
Uma empresa no Peru importava tecidos de um fornecedor na China. Apó s uma auditoria pó s-
desalfandegamento, a administraçã o aduaneira verificou que o importador fez pagamentos nã o
declarados ao vendedor através das contas dos só cios e accionistas.
As Alfâ ndegas de Peru determinaram que esses pagamentos estavam relacionados com as
mercadorias importadas e foram incluídos no valor aduaneiro. Assim, foram tomadas medidas
preventivas em relaçã o à s mercadorias do devedor e foi atribuída responsabilidade solidá ria ao
representante legal.
Caso 15 (Turquia)
FERRO ALLOYS: Ligas do Capítulo 72- nã o podem ser forjadas e contêm mais de 4% de outros
elementos, além do ferro.
Ferro-silício-magnésio Ferro-silício
(contem mais de 10% de magnésio) (contem menos de 10% de magnésio)
7202.99.30 7202.29.10
O Risco: As mercadorias da posiçã o pautal 7202.29.10 sujeitas à taxa de 5.7% do imposto sobre
importaçã o podem ser declaradas como sendo da sub-posiçã o 7202.99.30 que estã o sujeitas à taxa de
2.7% de imposto sobre importaçã o.
- Apó s a aná lise de risco, algumas declaraçõ es da posiçã o 7202.99.30 foram escolhidas
aleatoriamente para serem analisadas. Uma das declaraçõ es de uma empresa que goza de
procedimentos simplificados foi auditada e descobriu-se que as mercadorias deviam constar na
sub-posiçã o 7202.29.10
- Apó s esta descoberta foram verificadas 26 outras declaraçõ es do importador no valor de USD
2.900.000.
- 24 das 26 declaraçõ es continham mercadorias com 5% e 6% do magnésio.
Caso 16 (Turquia)
Um controlo pó s desalfandegamento foi realizado a uma empresa. O auditor identificou uma questã o
de risco relativamente à s classificaçõ es 2106.90.92 e 2106.90.98. A classificaçã o deve ser feita em
funçã o da proporçã o de glucose, açú car, amido, sacarina.
As importaçõ es da empresa, classificadas na posiçã o 2106.90.92 continham marcas tais como
"mosqueta especial, mistura de mosqueta, chá de frutas com vitaminas" e foram consideradas como
sendo de risco.
2106.90.92
Na lista II (nã o sujeita à taxa agrícola)
2106.90.98
Na lista III (sujeita à taxa agrícola)
Caso 17 (Turquia)
Durante uma auditoria à uma empresa importadora de carvã o, encontrou-se um acordo celebrado
entre o importador e o exportador relativamente ao nível de qualidade e aos preços finais a
determinar.
Uma empresa acreditada procedeu à verificaçã o da descarga das mercadorias no porto de chegada.
Verificaçõ es adicionais realizadas aos registos da empresa mostraram que foram efectuados vá rios
pagamentos de prémios ao exportador devido ao facto do valor caló rico do carvã o expedido ser mais
elevado do que o valor antecipado. Esses pagamentos nã o foram declarados à s Alfâ ndegas, os
auditores avaliaram o valor nã o declarado em USD 2.500.000.
Caso 18 (Turquia)
Durante uma auditoria à uma empresa da indú stria automó vel, descobriu-se que ela havia declarado
resistências eléctricas destinadas para o aquecimento na posiçã o 85.33 (que abrange resistores
limitadores do fluxo de corrente eléctrica, além de aquecimento) em vez de na posiçã o 8516.80. A
auditoria resultou na recuperaçã o de mais de USD 2.150.000.
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