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SIGLAS e ACRÔNIMOS

TCE/MA Tribunal de Contas do Estado do Maranhão


BID, BANCO Banco Interamericano de Desenvolvimento
EFS Entidade de Fiscalização Superior
INTOSAI Organização Internacional de Entidades Fiscalizadoras Superiores
NAG Normas de Auditoria Governamental
NIA’s Normas Internacionais de Auditoria
SGFP Sistemas de Gestão Financeira Pública
GUS Guia de Uso para Sistemas Nacionais
SAI Instituições Superiores de Auditoria
PROMOEX Programa de Modernização do Sistema de Controle Externo dos Estados, Distrito
Federal e Municípios Brasileiros.
IFAC Comitê Internacional de Práticas de Auditoria da Federação Internacional de
Contadores
AUDIBRA Instituto dos Auditores Internos do Brasil
TCCE Tribunal de Contas da Comunidade Europeia
NBCs Normas Brasileiras de Contabilidade
CFC Conselho Federal de Contabilidade
ATRICON Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil
MPOG Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.

ÍNDICE
PREFÁCIO......................................................................................................................2

I. Introdução 2

II. Objetivos 5

III. Escopo 6

IV. Metodologia 2

V. Resultados 2

VI. Analise dos Subindicadores de Controle Externo 9

VII. Próximos Passos 43





• PREFÁCIO

Este relatório documenta o resultado do Diagnóstico sobre as Práticas de Auditoria Governamental


desenvolvidas pelo Tribunal de Contas do Estado do Maranhão (TCE/MA), realizado no mês de março
de 2018, e leva em consideração, também, os avanços feitos pelo TCE/MA para implementar diversos
procedimentos de modernização, destacando-se o aperfeiçoamento do seu modelo de gestão, bem
como a padronização e gerenciamento das rotinas de trabalho, tendo em vista crescente demanda
pela legitimidade e efetividade do controle externo.

Os trabalhos foram realizados por meio de reuniões, entrevistas com as diversas áreas do TCE/MA e
revisão da documentação de apoio. As informações obtidas foram consideradas relevantes para o
desenvolvimento desse diagnóstico.

Os trabalhos foram conduzidos pelos Consultores Financeiros do BID, Antonio Hideo Yamada e Juliana
Dubeux Fontes, sob a direção do Sr. Santiago Schneider, Especialista Sênior em Gestão Financeira do
BID, e, em conjunto com a equipe do TCE/MA, liderado pelo Sr. Bruno Ferreira Barros de Almeida,
Secretário de Controle Externo; Carmen Lucia Bentes, Secretária Adjunta de Controle Externo; Karla
Coelho, Supervisor de Controle Externo, do Núcleo de Inteligência e Estratégico - NIE; Flávio Dualibe
Costa, Auditor de Controle Externo, do Núcleo de Inteligência e Estratégico - NIE; Helvilane Maria
Abreu, Gestora da 1ª Unidade de Controle Externo; Fabio Alex Costa, Gestor da 2ª Unidade de
Controle Externo; Clecio Jads Pereira, Supervisor de Controle Externo da 3 UTCEX; Divaci Couto,
Gestor da 4ª Unidade de Controle Externo; Flaviana Pinheiro, Gestora da 5ª Unidade de Controle
Externo; Matilene Rodrigues Lima, Auditora de Controle Externo, assim como ao Sr. William Jobim,
Gestor da Escola Superior de Controle Externo - ESCEX; Giordano Mochel Netto, Superintendente de
Tecnologia da Informação.

O Banco, por meio de sua equipe de trabalho, gostaria de expressar seu agradecimento aos membros
do TCE/MA, presidido pelo Presidente Conselheiro José de Ribamar Caldas Furtado, pelo seu interesse
e as facilidades oferecidas, e, em particular, ao Secretário de Controle Externo, Sr. Bruno Ferreira
Barros de Almeida, pela realização dos trabalhos.

Nesta oportunidade, agradecemos a toda equipe do TCE/MA pela presteza no fornecimento de


informações e pela transparência e disponibilidade demonstradas nas entrevistas e contatos
realizados para o desenvolvimento deste trabalho.

• Introdução

1. Em 2009, o Banco aprovou uma estratégia para fortalecer os sistemas nacionais de países, com a
intenção de serem utilizados no desenho, implementação e avaliação das operações
financiadas pela instituição. As principais características desta estratégia estão fundamentadas
na demanda dos países clientes e dos progressos realizados nos últimos anos no sentido de
adotar e implementar os padrões internacionais e melhores práticas na área de gestão
financeira para o setor público.

1. A estratégia abrange os principais sistemas de gestão pública e os agrupa em fiduciários


(contratos, gestão financeira e controle) e não fiduciários (monitoramento e avaliação e
ambiental). No caso de sistemas de gestão financeira, a estratégia concentra-se nos seguintes
módulos ou subsistemas principais: (i) o orçamento, (ii) tesouraria, (iii) contabilidade e
relatórios, (iv) auditoria interna, e (v) o controle externo.

1. Para apoiar e acompanhar o processo de utilização de Sistemas de Gestão Financeira Pública -


SGFP, o Banco desenvolveu uma metodologia que permite, através da aplicação de um
diagnóstico técnico, obter resultados qualitativos sobre o nível de desenvolvimento de cada
um desses subsistemas, considerando a capacidade em que podem ser usados para a gestão
das operações financiadas pelo Banco. Esses subsistemas podem ser avaliados em seu
conjunto ou separadamente.

1. Esta ferramenta identifica, em um esforço conjunto entre o Banco e o Cliente, o nível de


desenvolvimento de sistemas de gestão financeira e controle com relação às normas
internacionais e melhores práticas. Esse diagnóstico ajudará a estabelecer uma linha de base,
a partir da qual, poderão ser medidos os progressos registrados ao longo do tempo e,
portanto, a eficácia das ações acordadas.

1. Sistema de Controle Externo - Dentro do SGFP, o subsistema de controle externo é


particularmente importante, porque contribui para uma maior eficiência e transparência na
gestão dos recursos públicos. Para os projetos que o Banco financia, o controle externo é uma
extensão aos seus mecanismos de supervisão fiduciária, e se enfatiza que essas auditorias
tenham um enfoque baseado em risco e esteja orientado para resultados.

• Objetivos

• A aplicação do diagnóstico é para conhecer o TCE/MA quanto a seus aspectos institucionais com
foco específico em sua estrutura organizacional, metodologia e práticas de auditoria,
capacidade instalada para desempenhar-se como auditor governamental independente dos
projetos financiados pelo Banco no Estado do Maranhão.

• Um diagnóstico como este oferece os seguintes benefícios:

• Permite conhecer como os planos de auditoria são preparados e executados e se têm


como base uma análise das áreas de risco da entidade a ser auditada e como esse risco é
considerado para a definição da abrangência da amostra de auditoria.

• Permite determinar se as ações e recursos da Entidade de Fiscalização Superior (EFS) têm


uma abrangência além da execução orçamentária do gasto público.

• Contribui para definir se os recursos humanos, técnicos e tecnológicos são adequados para
trabalhos planejados pelo TCE/MA diferentes das auditorias de execução orçamentária.

• Facilita a formação de um critério mais amplo sobre a cobertura das intervenções do


controle externo, como por exemplo: o endividamento externo, avaliação do
desempenho dos investimentos públicos, qualidade da informação sobre os indicadores
macroeconômicos e cumprimento das políticas públicas em geral.

• Permite identificar e estabelecer o nível de implementação de um sistema de controle de


qualidade para verificar a aderência às normas de auditoria para entidades de
fiscalização governamental e de controle de segurança com o respaldo adequado do
relatório de auditoria em papéis de trabalho.

• Possibilita à EFS avaliar seu desempenho na determinação de indicadores de resultado e


de impacto para medir o custo / benefício.

• Contribui para determinar o nível de comunicação e credibilidade da EFS com a sociedade


civil e usuários de seus serviços, decorrentes do exercício de sua função de controle
externo.
• Promove aderência da EFS às normas de auditoria, em geral, internacionalmente aceitas.

• Afere a capacidade institucional da EFS para realizar auditoria segundo padrões


internacionais (praticados pelo BID).

• Escopo

3.1 Como parte da estratégia de utilização e fortalecimento dos sistemas nacionais no Estado do
Maranhão, o Banco e o TCE/MA estiveram de acordo em que fosse efetuado um diagnóstico
das práticas de auditoria do Tribunal no sentido de verificar se este reunia as condições
necessárias para proceder às auditorias de projetos parcialmente financiados pelo Banco
Interamericano de Desenvolvimento, no Estado do Maranhão. Esse diagnóstico foi realizado
com base nos trabalhos das Unidades Técnicas de Controle Externo – UTCEX e demais
unidades do TCE/MA.

• O Diagnóstico foi realizado em duas fases, conforme abaixo:

• Primeira Fase – O TCE/MA realizou uma autoavaliação de suas práticas de auditoria, cujo
objetivo foi basicamente preparar e coletar informações sobre a sua capacidade
institucional relativa às áreas técnicas de inspeção, fiscalização e auditoria, com foco
específico em:
• Normativo legal vigente que regula as atividades de controle externo.
• Estrutura organizacional.
• Gestão dos recursos humanos.
• Alocação dos recursos econômicos, físicos e tecnológicos de apoio.
• Normas e procedimentos definidos e estabelecidos para efetuar as atividades de
fiscalização e auditoria.
• Procedimentos de controle de qualidade e gestão.
• Processo para manutenção e guarda das informações.
• Gestão de comunicação interna e externa.

• Segunda Fase – Realizada em março de 2018, cujo objetivo foi atualizar as informações da
primeira fase. Através da aplicação da Guia de Uso para Sistemas Nacionais – Pilar V –
Controle Externo, verificou-se o nível de desenvolvimento dos sistemas de controle
externo utilizado pelo TCE/MA, assim como a implementação das atividades voltadas ao
processo de modernização do TCE/MA.

• Metodologia

• O Banco desenvolveu uma metodologia que define e padroniza os critérios e procedimentos para
o diagnóstico dos sistemas nacionais. Estes critérios estão contidos em uma ferramenta
chamada "Guia para Determinação do Nível de Desenvolvimento e Uso de Sistemas de Gestão
Financeira Pública".
• A metodologia define os indicadores para o componente de controle externo, os quais se
verificarão o nível de aderência dos trabalhos efetuados pela EFS com as normas
internacionais e melhores práticas no desenvolvimento da auditoria governamental. Por sua
vez, esta metodologia estabelece pontuações e propõe critérios para determinar o nível de
desenvolvimento de sistemas de gestão e controle financeiro.

• Esta metodologia exige que as respostas aos subindicadores ID3, ID5, ID6 e ID8 sejam
documentadas adicionalmente com os resultados das observações obtidas da revisão dos
papéis de trabalho e as evidências que documentam: (a) o padrão da estrutura das fases
(planejamento, execução e conclusão), (b) a aplicação das normas de auditoria, e (c) a clareza
da documentação da aplicação dos procedimentos de auditoria nos papéis de trabalho.
Também exige uma revisão dos planos de formação e a sua aplicação efetiva, bem como a
existência de processo de avaliação contínua de desempenho, e as salvaguardas para um
possível conflito de interesse.

• Resultados

• O diagnóstico realizado permitiu estabelecer que a função de fiscalização efetuada pelo TCE/MA
apresentou pontos fortes e oportunidades de melhoras. A seguir se descreve as observações
mais relevantes:

• Índice da Efetividade da Gestão Municipal - IEGM: Mede a qualidade dos gastos


municipais e avalia as políticas e atividades públicas do gestor municipal. Apresenta, ao
longo do tempo, se a visão e objetivos estratégicos dos municípios estão sendo alcançados
de forma efetiva. Ele pode ser utilizado como mais um instrumento técnico nas análises das
contas públicas, sem perder o foco do planejamento em relação às necessidades da
sociedade.

• Sistema de Auditoria Eletrônico – SAE: Sistema de acompanhamento integrado de


planejamento, execução e controle da gestão dos recursos públicos municipais, visando a
coleta de dados, consultas e extração de informações orçamentárias, contábeis, financeiras,
operacionais e patrimoniais capaz de proporcionar celeridade às fiscalizações de
competência do Tribunal.

• Núcleo de Informações Estratégicas - NIE: Núcleo criado no âmbito da Secretaria de


Controle Externo – SECEX que visa obter, tratar, integrar e sistematizar as bases de dados
coletadas de fontes internas e externas, que permitam aos níveis estratégicos, tático e
operacional adotar decisões que otimizem os trabalhos de fiscalização e resultem em
aumento de efetividade das ações de controle externo. inclusive sigilosas, que exijam a
utilização de métodos e técnicas de investigação de ilícitos administrativos.

• Sistema de gerenciamento de auditoria: Ausência de um sistema informatizado de


auditoria, que vise assegurar de forma sistematizada a aderência aos procedimentos,
métodos e técnicas, das fases de planejamento, execução e relatório, garantindo desse
modo que o processo de fiscalização/auditoria seja realizado com rigor metodológico, em
atendimento as normas internacionais de auditoria.

• Escola de Contas: No contexto da modernização da estrutura física é necessário adotar


medidas que venham viabilizar a) O compromisso com atingimento das metas de educação
continuada de 80h/ano para cada profissional de auditoria governamental; b) A
operacionalização do Encargo de Curso ou Concurso para que se possa estimular a
produção e compartilhamento interno de conhecimentos; c) A destinação do orçamento
próprio para a Escola, incluindo participação nas receitas do FUNTEC, se for o caso; d)
Ampliação dos esforços em estabelecer novas parcerias em EaD, assim como iniciar o
processo de implementação de Cursos de EaD ainda em 2018 que possam encorajar a
intensificação de ações educacionais destinados aos servidores. Tornar mais visível,
transparente no site do TCE/MA as ações desenvolvidas pela Escola de Contas.

• Necessidade de elaborar o Manual de Auditoria/Fiscalização do Tribunal de Contas do


Estado do Maranhão (incorporando os princípios delineados nas NAG e NBASP), com
aderência às Normas Internacionais das Entidades Fiscalizadoras Superiores.

• Falta de implantação de mecanismos de controle de qualidade nos moldes delineados


pelas Normas Internacionais de Auditoria.

• Falta de estabelecer uma carga horária anual mínima no contexto do programa de


educação continuada aos Auditores Estaduais de Controle Externo, e a outros servidores,
condizentes com suas atribuições.

• Falta de divulgação/disseminação do Código de Ética dos Servidores assim como da Política


de Segurança de Informações (PSI) do TCE/MA.

• Análise dos Subindicadores de Controle Externo

6.1 Conclusão: Como resultado da aplicação, da análise e do resultado dos quatorze (14)
subindicadores que compreendem o diagnóstico das práticas de auditoria governamental,
conclui-se que a função de controle externo exercida pelo TCE/MA se encontra em um nível
de desenvolvimento Médio. Neste sentido, se apresenta a matriz de resultados para cada
subindicador:

  BANCO INTERAMERICANO DE DESENVOLVIMENTO


  DETERMINAÇÃO DO NÍVEL DE DESENVOLVIMENTO DOS SGFP

 
Pilar V - Controle Externo
 
País: Brasil/Maranhão
       
  Órgão: Tribunal de Contas do Estado do Maranhão  
     
 
  Indicadores/Subindicadores Nível de Desenvolvimento
  O Sistema de Controle Externo é um meio apropriado para supervisionar as operações financeiras  
dos projetos
1 O Organismo de Controle Externo é independente do Poder Executivo, o qual supervisiona, nos 3
aspectos jurídicos, financeiros e técnicos.
  2 A ESF não exerce funções de controle ex-ante. 3
  3 Existe um corpo de Normas de Auditoria Externa Governamental (NAGs) vigentes e consistente com as 1
Normas aconselhadas pela INTOSAI e as NIA.
  4 Dispõem de uma estrutura organizacional profissional em auditoria e outras matérias necessárias para 3
exercer a vigilância da gestão pública, como exigem as NAGs.
  5 Dispõem de Manuais de Auditoria Governamental nos quais se explicam os procedimentos técnicos 1
para aplicar as NAGs.
  6 Estão previstos mecanismo de capacitação e atualização para a formação permanente dos Auditores 1
Externos.
  7 O Organismo de Controle Externo e seus técnicos têm acesso irrestrito, com a segurança necessária, 3
às informações que estão arquivadas nas bases de dados e seus originais, de forma a agilizar seu
trabalho e focalizar no que é pertinente.
  8 Dispõem de um sistema de controle de qualidade que assegura razoavelmente que seus resultados se 1
baseiam em evidência suficiente e competente da gestão pública examinada.
  9 Dispõem de base de dados na qual mantém integras as informações que lhes servem de base para 3
formular seus relatórios e os próprios relatórios e outros produtos de seu trabalho.
  10 Dispõem de áreas/divisões/unidades especializadas dedicadas à prestação de serviços de asseguração 3
e trabalhos relacionados às auditorias enfocadas às seguintes áreas: Desempenho, Sistemas
Integrados de Informação, Meio Ambiente, etc.
  11 A EFS dispõe de um nível gerencial para garantir que os processos decisórios e os mecanismos de 2
controle operem de forma econômica, eficiente e eficaz, promovendo assim uma boa governança
interna (por exemplo, elabora-se um plano estratégico e planos operacionais alinhados com tal plano;
conta-se com estratégias de comunicação interna; dispõem-se e faz cumprir um código de ética).
  12 A EFS dispõe de suficiente recursos materiais e tecnológicos para assegurar a provisão dos ativos, a 3
tecnologia e os serviços de apoio necessários para dar suporte aos processos chaves de auditoria.
  13 A EFS tem desenhado uma estratégia de comunicação e de divulgação dos resultados de suas ações 3
com a sociedade civil assim como com os usuários de seus serviços e outros sócios estratégicos (por
exemplo: Outras EFS, doadores, meios de comunicação, corpo legislativo, entidades auditadas,
instituições acadêmicas, etc.)
  14 A EFS conta com mecanismos que lhe permitem definir os resultados que se espera cumprir, e medi- 1
los mediante indicadores de qualidade e impacto.
   
 
    Pontuação Média 2,21
    Nível de Desenvolvimento Médio
 
   

6.2 As informações para este diagnóstico foram obtidas por meio de entrevistas com os servidores
responsáveis pelas áreas técnicas do Tribunal e também por meio do exame da documentação
de respaldo pertinente. No caso particular da revisão da aplicação das práticas de auditoria
efetuada pelo Tribunal, o diagnóstico considerou a revisão dos papéis de trabalho de
auditorias realizadas pelas Unidades Técnicas de Controle Externo (UTCEX). Para cada um dos
quatorze (14) subindicadores avaliados, apresenta-se o seguinte:

• Fundamento: Descreve conceitualmente os princípios e postulados que justificam ou


sustentam sua necessidade ou conveniência, os quais surgem das melhores práticas da
INTOSAI.

ii) Situação do TCE/MA: Descreve as condições encontradas em relação às práticas do


TCE/MA comparada com os Fundamentos, considerados como boas práticas disseminadas
pela INTOSAI, e que foram as bases para determinar a pontuação dos subindicadores.

iii) Resultado do diagnóstico: Descreve a situação encontrada durante o diagnóstico.

6.3 Apresenta-se a seguir cada subindicador (ID) analisado:

ID 1: “O Organismo de Controle Externo é independente do Poder Executivo, o qual supervisiona,


nos aspectos jurídicos, financeiros e técnicos”.

FUNDAMENTO: Princípio da Independência

• A independência é um requisito reconhecido pelas Instituições Superiores de Auditoria


(SAI) para uma adequada auditoria do setor público. Adotou-se como princípio, que a EFS,
para cumprir adequadamente com sua tarefa, deve gozar de independência funcional,
organizacional e ter os recursos adequados para o desenvolvimento do seu mandato. O
Executivo não deve controlar nem restringir ou condicionar o acesso a tais recursos. A EFS
deve ser independente em relação a qualquer interferência do legislativo e/ou executivo,
particularmente em relação à determinação das matérias a serem auditadas.

• As normas internacionais de auditoria governamental estabelecem que o auditor deva


estar isento de impedimentos originados por situações pessoais como aqueles que
puderam surgir de envolvimentos políticos, ideológicos ou vínculos sociais. Todo auditor
que de uma forma ou outra intervenha nos resultados de uma auditoria deve estar livre de
conflito de interesses que afetem sua independência.

• A credibilidade do trabalho e os resultados da auditoria realizada pela EFS devem estar


baseados na objetividade e na realização de seu acompanhamento. A independência da EFS
está intimamente ligada à independência que seus membros possuam. O período de
eleição da maior autoridade da SAI deve ser longo o suficiente para lhe permitir realizar o
seu trabalho com a imunidade necessária para o exercício normal das suas funções.

• Situação do TCE/MA: No Brasil, a Constituição da República e as Constituições Estaduais


(em obediência ao princípio da simetria) destinam ao Poder Legislativo o exercício do controle
externo no âmbito da União, dos Estados e em certos Municípios. O controle externo a cargo
do Poder Legislativo é exercido com o auxílio dos respectivos Tribunais de Contas. Conferem
também aos respectivos Tribunais de Contas a competência e autonomia necessárias para
atuar com independência em relação aos demais Poderes e Órgãos em auxílio ao Poder
Legislativo.

Nesse contexto, ao TCE/MA é assegurada autonomia funcional, administrativa e financeira em


relação ao Poder Executivo e demais poderes (Judiciário e Legislativo). Cabe privativamente,
ao Tribunal de Contas, propor à Assembleia Legislativa sua lei orgânica, bem como a criação,
transformação e extinção de cargos e funções do seu quadro de pessoal e a fixação dos
vencimentos dos Conselheiros, Auditores e membros do Ministério Público junto ao Tribunal.
Assim como, diretamente ou por delegação, movimentar as dotações e os créditos
orçamentários próprios e praticar os atos de administração financeira, orçamentária e
patrimonial necessários ao funcionamento do Tribunal.

Ao TCE/MA é assegurada a competência de decidir sobre a realização de auditorias, inspeções


ou acompanhamentos de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e
patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário e
demais entidades da administração indireta, por iniciativa própria ou por solicitação da
Assembleia Legislativa, da Câmara Municipal ou de suas respectivas comissões técnicas.

Eleição do Presidente: A Resolução Administrativa nº 001, de 21/01/2000, aprovou o


Regimento Interno do TCE/MA. No decorrer dos anos, o referido Regimento Interno sofreu
várias atualizações. No seu atual Artigo 90 dispõe que o mandato do Presidente do TCE/MA
(maior autoridade da SAI) é de dois anos, permitida a reeleição por mais um período. (Art. 83,
da Lei Orgânica) O Presidente do TCE/MA é eleito por seus pares, dentre os 7 (sete)
Conselheiros que compõem o Plenário do Tribunal. Uma vez empossados, os Conselheiros têm
as mesmas garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos, direitos e vantagens dos
Desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado e somente poderão aposentar-se com as
vantagens do cargo quando o tenham exercido efetivamente por mais de cinco anos. Dentre
as garantias, destacam-se as que lhe permitem atuar com elevado grau de independência
como: vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de vencimentos.

Livre acesso. De acordo com o disposto no Art. 260, do Regimento Interno (Resolução
Normativa nº 76/2013), os servidores do Tribunal que exercem a função específica de controle
externo, quando devidamente credenciados para desempenhar funções de inspeção e
auditoria, são assegurados: livre ingresso em órgãos e entidades sujeitos à jurisdição do
Tribunal; acesso a todos os documentos e informações necessários à realização de seu
trabalho, inclusive a sistemas eletrônicos de processamento de dados; competência para
requerer, por escrito, aos responsáveis pelos órgãos e entidades, os documentos e
informações desejados, fixando prazo razoável para atendimento. Ademais, dispõe que
nenhum processo, documento ou informação poderá ser sonegado ao Tribunal em suas
inspeções e auditorias, sob qualquer pretexto (Art. 261).

Código de Ética. O TCE/MA aprovou o Código de Ética dos Membros do Tribunal de Contas do
Estado do Maranhão assim como o Código de Ética dos Servidores do Tribunal de Contas do
Estado do Maranhão, por meio das seguintes Resoluções:

• Resolução Normativa nº 282, de 30 de agosto de 2017: Código de Ética dos Membros do


Tribunal de Contas do Estado do Maranhão. De acordo como o artigo 2º, da referida
Resolução, se define como “Membros do Tribunal de Contas do Estado do Maranhão” os
Conselheiros e Conselheiros-Substitutos. A Comissão de Ética composta pelo Conselheiro
Corregedor e mais dois membros eleitos dentre Conselheiros e Conselheiros-Substitutos do
Tribunal de Contas do Estado do Maranhão, com mandato de dois anos, zelar pela aplicação
deste Código e legislação pertinente.

• Resolução TCE/MA nº 283, de 30 de agosto de 2017: Código de Ética dos Servidores do


Tribunal de Contas do Estado do Maranhão. De acordo como o Parágrafo único, do artigo
1º, da referida Resolução, se considera por servidores, para fins de aplicação deste Código,
todo aquele que, por força de lei, preste, ao Tribunal de Contas do Estado do Maranhão,
serviço de natureza permanente, temporária ou excepcional, remunerado ou não, desde
que sujeitos à subordinação hierárquica no âmbito desta Instituição. No Item II, do Art. 5º,
da referida Resolução, se estabelece que, o servidor deverá ”declarar-se impedido de atuar
em trabalhos relacionados a órgãos, entidades, atividades e projetos nos quais tenha
desempenhado função de direção, de execução financeira ou de manutenção de controles,
ou nos quais desempenhe ou tenha desempenhado essas funções: a) seu cônjuge, parente
até o segundo grau, sócio ou amigo próximo; b) algum desafeto seu; c) alguém que seja seu
credor ou devedor, ou de seu cônjuge ou companheiro; d) alguém que lhe seja, mesmo
presumidamente, herdeiro, donatário, doador ou empregador, nos termos da lei”.

À Corregedoria, órgão da administração superior do TCE/MA (art. 98, do Regimento


Interno, corresponde, dentre outras atribuições; exercer os encargos de inspeção e
correição geral permanentes; relatar os processos administrativos referentes a deveres dos
Membros do Tribunal e dos servidores da Secretaria.

Resultado do Diagnóstico: O TCE/MA é autônomo e independente tanto do Poder Executivo


quanto dos demais poderes (Judiciário e Legislativo), órgãos e entidades públicos fiscalizáveis,
não estando sujeito a qualquer tipo de sigilo, quanto ao acesso, obtenção e manuseio de
informações, documentos ou locais. O TCE/MA não dispõe atualmente de um formulário
próprio no qual o servidor se manifeste formalmente - para cada trabalho - sobre os possíveis
impedimentos / conflito de interesses em relação ao órgão auditado / fiscalizado. Conforme
disposto na Resolução TCE/MA Nº 132/2008 (que institui o sorteio eletrônico de processos
entre os técnicos do Tribunal de Contas para realização de atos de instrução processual,
estabelece os casos de impedimento e suspeição dos técnicos e dá outras providências), “o
técnico deverá indicar de forma precisa e por escrito os motivos de seu impedimento, ....”.
Não houve, até o presente o momento, a divulgação aos servidores do Tribunal do “Código de
Ética dos Servidores”, por meio da confecção de livretos para distribuição interna, ou através
de seminários internos, prestados por servidores da própria Corregedoria ou por profissionais
especializados.

Subindicador 1  Nível de
Desenvolvimento
O Organismo de Controle Externo é independente do Poder 3
Executivo, o qual supervisiona, nos aspectos jurídicos,
financeiros e técnicos.
ID 2: “A EFS não exerce funções de controle ex-ante”.
FUNDAMENTO: Intervenções de Controle Prévio

• Define-se o controle prévio ou ex-ante como o exame ou a revisão antecipada da execução


das atividades, das considerações, dos fatos ou dos documentos que lhes originaram, com
o fim de verificar sua aderência com as leis, com as normas que lhes regulamentam e com
os procedimentos estabelecidos para sua execução. É um passo a mais no processo
interno das entidades para o trâmite das suas operações e, portanto, é parte da gestão.

• Por regra geral, um mesmo órgão de controle não pode exercer tanto o controle prévio
quanto o posterior sem afetar sua autonomia e independência. O auditor externo não
deve participar das atividades que afetem a sua independência ou que impliquem
participar no processo de tomada de decisão na entidade que está sob sua auditoria.

Situação do TCE/MA: A Constituição Estadual impôs um leque de atribuições que o autorizam


a atuar a todo o momento, mas em nenhuma oportunidade ele atua como órgão de
assessoramento, tampouco participa de atos de gestão. O controle prévio no âmbito do
TCE/MA não é um controle que impõe o planejamento e execução das ações em conjunto com
o órgão auditado.

O TCE/MA exerce o controle prévio em determinadas situações, notadamente mediante o


processo de apreciação da legalidade de atos e contratos e de medidas cautelares com
fundado receio de grave lesão ao erário ou a direito alheio ou de risco de ineficácia da decisão
de mérito, conforme disposto nos artigos 1º, inciso XXXI e artigos 49 e 75, da Lei Estadual nº
8.258/2005 (Lei Orgânica do TCE/MA). As análises dos editais de licitação são realizadas pela
Unidade Técnica de Controle Externo – UTCEX 2, que compreende, além dos aspectos formais,
o exame do objeto em face da legislação aplicável, o interesse público e a oportunidade de
celebração.

A Lei Orgânica do TCE/MA assegura expedir as medidas cautelares necessárias ao resguardo


do patrimônio público, do ordenamento jurídico e ao exercício do controle externo,
objetivando a efetividade das decisões do Tribunal.

Entende-se como controle prévio a exigência do exame do ato administrativo como condição
de sua eficácia. Por sua vez, no ordenamento jurídico pátrio, não há previsão de controle
prévio no sentido de concessão de eficácia ao ato administrativo.

Resultado do Diagnóstico: O TCE/MA não exerce funções de controle ex-ante. O TCE/MA em


determinadas situações exerce o controle prévio, notadamente mediante o processo de
apreciação da legalidade de atos e contratos e de medidas cautelares com fundado receio de
grave lesão ao erário ou a direito alheio ou de risco de ineficácia da decisão de mérito.

Subindicador 2 Nível de
Desenvolvimento
A ESF não exerce funções de controle ex-ante. 3

ID 3: “Existe um corpo de Normas de Auditoria Externa Governamental (NAGs) vigentes e


consistentes com as Normas aconselhadas pela INTOSAI e as NIA”.

FUNDAMENTO: Normas de Auditoria Externa Governamental

• Um dos princípios adotados pela INTOSAI estabelece que: “As EFS devem utilizar normas
de trabalho e de auditoria apropriados, e um código de ética, baseados nos documentos
oficiais da INTOSAI, a Federação Internacional de Contadores ou outras entidades
reguladoras reconhecidas”.

Situação do TCE/MA: De forma a contribuir para o cumprimento de sua missão


constitucional, o TCE/MA possui as seguintes instruções / roteiros com o objetivo de auxiliar /
orientar o exercício da auditoria / fiscalização / inspeção por parte dos servidores designados
para esse fim, junto às unidades jurisdicionadas do Tribunal de Contas:

• Instrução Normativa Nº 001, de 09 de junho de 1999: Dispõe sobre Inspeção, Auditoria e


Acompanhamentos. Define o que significa procedimentos de Inspeção; Auditoria
(Objetivos e Modalidade; Levantamentos; Planos de Auditorias); e Acompanhamentos.
Estabelece o fluxo a serem observados: na “Execução das Inspeções, Auditorias e
Acompanhamentos”; na “Apresentação dos Resultados das Inspeções, Auditoria e
Acompanhamentos”; no “Encaminhamentos dos Relatórios”. Obs.: Na referida instrução
normativa não se apresentam nenhum anexo, como quadros, formulários, matrizes, a
serem observados. No art. 35º, se estabelece que “Os procedimentos técnico-operacionais
relativos ao disposto nesta Instrução Normativa serão estabelecidos em manual, a ser
aprovado pelo Presidente do Tribunal”. (O grifo não é do original)

• Resolução Nº 198, de 15 de maio de 2013: Dispõe como item de verificação obrigatória


nos procedimentos de auditoria, inspeções ou levantamentos o cumprimento de normas
da ABNT sobre acessibilidade e dá outras providências.

• Instrução Normativa TCE/MA Nº 34, de 19 de novembro de 2014: Regulamenta o


acompanhamento das contratações públicas por meio eletrônico no âmbito do Tribunal
de Contas do Estado (Inclui anexo, dispondo sobre a “Organização da documentação no
Órgão ou Entidade de origem, por evento realizado para contratação pública”). (alterada
pela Instrução Normativa TCE/MA nº 36 de 25 de março de 2015).

• Instrução Normativa TCE/MA Nº 028, de 29 de agosto de 2012: Dispõe sobre a


instauração e o desenvolvimento, em meio eletrônico, das etapas do rito processual da
tomada e da prestação de contas no âmbito do Tribunal de Contas do Estado e dá outras
providências. (Obs.: Nos anexos se encontram o modelo de relatório de instrução a serem
observadas pela unidade técnica correspondente do processo e à entidade ou órgão a que
se refere a tomada ou prestação de contas analisada). (Alterada pela IN 29/2013, publicada
no DOJ de 02.05.13)

• Instrução Normativa TCE/MA Nº 44, de 31 de agosto de 2016: Dispõe sobre a sistemática


e os procedimentos de auditoria operacional e sobre o desenvolvimento do respectivo
processo. Obs.: Na referida instrução normativa não se apresentam nenhum anexo, como
quadros, formulários, matrizes, a serem preenchidos. No Art. 27, se estabelece que “Os
procedimentos e técnicas relativas à auditoria operacional serão estabelecidos em manual,
aprovado por portaria da presidência do Tribunal de Contas”. (O grifo não é do original).
Nos “considerandos” se fazem referência sobre “as normas e diretrizes emanadas da
Organização Internacional de Entidades Fiscalizadoras Superiores (INTOSAI), incluídos os
princípios fundamentais de auditoria” assim como “as Normas de Auditoria Governamental
(NAGs) compiladas pelo Instituto Rui Barbosa (IRB), aplicáveis ao controle externo, que
definem os princípios básicos para a regência das atividades de auditoria governamental
dos Tribunais de Contas do Brasil”.

As Normas de Auditoria Governamental (NAGs), aplicáveis ao controle externo brasileiro


foram desenvolvidas em 2010, pelo Instituto Rui Barbosa (IRB), pela Associação dos Membros
dos Tribunais de Contas do Brasil (ATRICON) e pela Associação Brasileira dos Tribunais de
Contas dos Municípios (ABRACOM), com o apoio do Ministério do Planejamento, Orçamento e
Gestão (MPOG), no âmbito do Programa de Modernização do Sistema de Controle Externo dos
Estados, Distrito Federal e Municípios Brasileiros (PROMOEX) com o objetivo de estabelecer
um padrão nacional de atuação dos Tribunais de Contas brasileiros. As referidas normas
baseiam-se na prática internacional e nas normas e diretrizes de auditoria da Organização
Internacional de Entidades Fiscalizadoras Superiores (INTOSAI), do Comitê Internacional de
Práticas de Auditoria da Federação Internacional de Contadores (IFAC), do Instituto dos
Auditores Internos do Brasil (AUDIBRA), do Tribunal de Contas da Comunidade Europeia
(TCCE), nas Normas Brasileiras de Contabilidade (NBCs) para o exercício de auditoria e do
Conselho Federal de Contabilidade (CFC). O Instituto Rui Barbosa (IRB) é uma associação civil
de estudos e pesquisas sobre o controle externo, criada pelos tribunais de contas do Brasil.

Ficou sob a competência de cada Tribunal de Contas aderir às NAGs como instrumento de
uniformização e integração das práticas de auditoria aplicáveis ao controle externo, o que não
ocorreu no caso do TCE/MA.

Após a edição das NAGs, o IRB editou e publicou as seguintes Normas Brasileiras de Auditoria
do Setor Público – NBASP, no contexto de convergência das Normas Internacionais de
Auditoria das Entidades Fiscalizadoras Superiores (ISSAI) pelos Tribunais de Contas Brasileiros:

• 2015 - NBASP NÍVEL 1 – Princípios Basilares e Pré-Requisitos para o Funcionamento dos


Tribunais de Contas Brasileiros.
• 2017 - NBASP Nível 2 - Princípios Fundamentais de Auditoria do Setor Público

O TCE/MA não possui seu próprio Manual de Auditoria Governamental com suas práticas
formalizadas.

A esse respeito, cabe destacar que pela Portaria TCE/MA Nº 340, de 15/03/2018, foi
constituída uma Comissão tendo por objetivo elaborar os Manuais de Fiscalização do Tribunal
de Contas do Estado do Maranhão, com fundamento nas ISSAIs, e com previsão de conclusão
dos trabalhos em 31/10/2018.

Com relação às auditorias operacionais, o TCE/MA, e especialmente naqueles casos de


“auditoria coordenada” promovida pelo Tribunal de Contas da União (TCU), utiliza a
metodologia contextualizada no Manual de Auditoria Operacional – AOP do Tribunal de
Contas da União, revisado, e aprovado em 2010, que faz referência às ISSAI 3000/2004, ISSAI
200/2001, ISSAI 400/2001 - e disseminados no Sistema Tribunal de Contas pelo IRB/ATRICON,
com ênfase na verificação do resultado das políticas públicas nos aspectos referentes à
eficácia, eficiência e economicidade, de forma a se elaborar relatório que propicie uma visão
dos resultados alcançados e a apresentação de oportunidades de melhorias com o objetivo de
otimizar as ações da Administração Pública.

Para aquelas auditorias operacionais realizadas por iniciativa do TCE/MA, e na ausência de


adesão formalizada ao Manual de Auditoria Operacional – AOP do TCU, a equipe técnica da
UTCEX 1 desenvolveu suas próprias instruções que não estão devidamente institucionalizadas.
Essas instruções, farão parte integrante do mencionado Manual de Fiscalizações em
construção.

Relativamente ao Código de Ética, conforme já comentado no subindicador “ID 1”,


precedente, por meio das Resoluções Normativas nºs 282 e 283, datadas de 30/08/2017,
foram aprovadas respectivamente o Código de Ética dos Membros do Tribunal de Contas do
Estado do Maranhão e o Código de Ética dos Servidores do Tribunal de Contas do Estado do
Maranhão.

Resultado do Diagnóstico: O TCE/MA não aderiu formalmente às Normas de Auditoria


Governamental (NAGs), aplicáveis ao controle externo brasileiro. E apesar de ter normativos
que regem/regulamentam os procedimentos de auditoria/fiscalização a serem observados
pelos auditores, não possui seu próprio Manual de Auditoria Governamental com suas
práticas formalizadas. As instruções normativas de inspeções, auditorias/fiscalizações
atendem, de certa forma e de acordo com a natureza de seus trabalhos, às necessidades do
Tribunal, mas não estão aderentes às normas da INTOSAI. Apesar de ter Instrução Normativa
que dispõe sobre Inspeção, Auditoria e Acompanhamentos (Nº 001, de 09 de junho de 1999),
assim como ter uma Instrução Normativa que trata das auditorias operacionais (Instrução
Normativa TCE/MA Nº 44, de 31 de agosto de 2016), não foram elaborados os manuais de
auditoria do Tribunal conforme previsto nas respectivas instruções normativas. Tendo em vista
a importância dos assuntos tratados, a institucionalização do Manual de Auditoria se faz
necessária, com adesão às normas da INTOSAI. Sob esse aspecto, em 15/03/2018, por meio
da Portaria Nº 340 foi constituída uma Comissáo para elaborar os Manuais de Fiscalização do
TCE/MA.

Subindicador 3 Nível de
Desenvolvimento
Existe um corpo de Normas de Auditoria Externa Governamental (NAGs) 1
vigentes e consistente com as Normas aconselhadas pela INTOSAI e as NIA.

ID 4: “Dispõem de uma estrutura organizacional profissional em auditoria e outras matérias


necessárias para exercer a vigilância da gestão pública, como exigem as NAGs”.

FUNDAMENTO: Estrutura Organizacional

• As EFS poderão cumprir adequadamente com o seu trabalho somente se gozarem de


independência funcional e organizacional. As Normas Gerais de Fiscalização Pública
estabelecem como um requisito que o pessoal da EFS deve ter os níveis acadêmicos
exigidos e contar com a qualificação e a experiência adequada. Com este propósito, as EFS
devem estabelecer e revisar regularmente os requisitos mínimos de formação exigidos para
a nomeação dos auditores.

Situação do TCE/MA:
O Tribunal de Contas do Estado do Maranhão foi criado pelo Decreto Lei 134, de 30 de
dezembro de 1946, e instalado no dia 02 de janeiro de 1947. O Tribunal de Contas tem sede
na capital e jurisdição em todo o Estado.

São órgãos do Tribunal o Plenário, as Câmaras, a Presidência, a Vice-Presidência, a


Corregedoria, a Ouvidoria, a Comissão de Ética e as Comissões de caráter temporário, que
colaborarão no desempenho de suas atribuições.

De acordo com a Lei nº 9.936, publicada no Diário Oficial do Estado de 24/10/2013, foi
definido o novo organograma do Tribunal de Contas do Estado do Maranhão, como segue:
Segundo as informações que foram disponibilizadas, atualmente, são 4.721 os órgãos e
entidades jurisdicionadas ao Tribunal de Contas, assim considerados: 217 Prefeituras
Municipais; 217 Câmaras Municipais, 217 FUNDEB’s (Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educação Básica); 3.787 Órgãos da Administração Direta; 97 Entidades da Administração
indireta (Fundações, Autarquias, Empresas Públicas e Sociedade de Economia Mista), assim
como 129 Órgãos Estaduais e 57 outros órgãos da administração direta e indireta.

No âmbito do TCE/MA, a execução das atividades de controle externo está sob a direção da
Secretaria Controle Externo (SECEX), subordinada à Presidência do Tribunal.

A Secretaria de Controle Externo (SECEX), conforme o disposto no Art. 36, da Resolução


TCE/MA Nº 215, de 11/06/2014, que regulamenta o art. 11, incisos I e III, da Lei Estadual nº
9.936, de 22/10/2013, tem por finalidade gerenciar as atividades de controle externo, visando
a prestar apoio e assessoramento às deliberações do Tribunal. No Art. 37, se define as
competências da SECEX: I - propor normas, políticas, diretrizes, técnicas e padrões relativos ao
controle externo a cargo do Tribunal; II - planejar, organizar, coordenar e supervisionar as
atividades e projetos inerentes às atividades de controle externo, acompanhar os resultados
obtidos e avaliar os impactos ocorridos; III - designar equipes multissetoriais de fiscalização,
bem como expedir ordens de serviço para: a) o início das fiscalizações determinadas por
Relator ou pelo Tribunal; b) definir procedimentos operacionais internos voltados à instrução
processual e à fiscalização, inclusive mediante limitação de escopo e utilização de métodos de
amostragem, ouvidos previamente, quando couber, os respectivos relatores. IV - receber,
processar e atender as solicitações de informações protocoladas por órgãos e entidades
públicas no Tribunal; V - orientar o desdobramento de diretrizes, acompanhar as ações
desenvolvidas e o alcance das metas e avaliar o resultado obtido no âmbito das unidades
integrantes da SECEX; VI - aprovar manuais e regulamentos relativos às atividades, aos
processos de trabalho e aos projetos na área de controle externo; VII - promover a articulação
e a integração do Tribunal com órgãos e entidades relacionados ao controle da gestão pública;
VIII - promover intercâmbio de informações e contribuir para o aprimoramento da atuação
conjunta do Tribunal com outros órgãos e entidades relacionados ao controle da gestão
pública; IX - auxiliar a celebração, a execução e o acompanhamento de convênios e acordos de
cooperação técnica, ou instrumentos congêneres, a serem firmados pelo Tribunal com órgãos
e entidades relacionados ao controle da gestão pública; X - obter, sistematizar e gerir
informações estratégicas para as ações que digam respeito à sua área de atuação; XI -
coordenar as iniciativas afetas à inteligência do Controle Externo; XII - disseminar as boas
práticas de controle entre as unidades da SECEX; XIII - identificar, organizar e sistematizar
informações necessárias ao pleno exercício do controle externo a serem solicitadas aos órgãos
e entidades jurisdicionados ao Tribunal; XIV - gerenciar e zelar pela atualização das bases de
informação relativas à sua área de atuação; XV - conceder vista e cópia de autos, bem como
sanear os processos sob sua responsabilidade, inclusive por meio de citação, conforme
delegação de competência do Relator; XVI - gerenciar, disseminar e adotar as medidas
necessárias à manutenção e ao aprimoramento das soluções de tecnologia da informação que
dão suporte ao controle externo; XVII - representar ao Relator quando tomar conhecimento
de irregularidade ou ilegalidade que possa ocasionar dano ou prejuízo à administração
pública; XVIII - apoiar, em conjunto com o GACOG, a definição e o acompanhamento de metas
e indicadores de desempenho no âmbito de suas unidades integrantes, observados os planos
institucionais do Tribunal; e XIX - desenvolver outras atividades inerentes à sua finalidade.

A SECEX conta em sua estrutura com a Secretaria Adjunta de Controle Externo (SACEX), que
conta com cinco (5) Unidades Técnicas de Controle Externo (UTCEX) e uma Consultoria Técnica
em Controle Externo (COTEX) para o desempenho de suas atribuições.

A SACEX (art. 43) tem por finalidade articular e consolidar o planejamento da SECEX, bem
como disponibilizar ferramentas, métodos e técnicas aplicados ao controle externo. A SACEX
tem as seguintes competências: I - obter, sistematizar e gerir informações estratégicas para as
ações que digam respeito à sua área de atuação; II - coordenar a identificação, o
desenvolvimento, a sistematização, a normatização, a implantação, a orientação, a publicação
e a utilização de métodos e técnicas aplicáveis ao controle externo; III - propor normatização e
padronização de procedimentos afetos à prestação de contas por parte de unidades
jurisdicionadas, gestores públicos e órgãos de controle interno, bem como acompanhar o
recebimento das prestações de contas apresentadas ao Tribunal; IV - promover a
uniformização e harmonização dos procedimentos e técnicas relacionados à fiscalização; V -
implantar, conduzir e auxiliar o planejamento, a coordenação e o acompanhamento das
atividades de controle externo; VI - prestar apoio técnico e operacional aos trabalhos de
controle realizados no âmbito de suas unidades integrantes, no que tange à aplicação ou ao
desenvolvimento de métodos, técnicas e ferramentas de trabalho; VII - planejar, coordenar e
controlar as fiscalizações, inclusive orientando e supervisionando as equipes envolvidas; VIII -
disseminar as boas práticas de controle entre as unidades da SACEX; IX - gerenciar e zelar pela
atualização das bases de informação relativas à sua área de atuação; X - executar as atividades
afetas à inteligência do controle externo; XI - controlar a qualidade das atividades de controle
externo realizadas no âmbito de suas unidades integrantes; XII - reunir, organizar e consolidar
as comunicações recebidas das UTCEXs acerca de irregularidade ou ilegalidade que possam
ocasionar dano ou prejuízo à administração pública e encaminhar ao Secretário de Controle
Externo, para fins de representação; XIII - acompanhar o desempenho das unidades
subordinadas à SACEX; e XIV - desenvolver outras atividades inerentes às suas finalidades.

A SACEX, dirigida pelo Secretário Adjunto de Controle Externo, conta com a seguinte estrutura
para o desempenho de suas atribuições:
I - Cinco Unidades Técnicas de Controle Externo (UTCEX1 a UTCEX5); e
II - Uma Consultoria Técnica em Controle Externo (COTEX)

Conforme o disposto nos artigos 44 e 45, as Unidades Técnicas de Controle Externo (UTCEXs)
têm por finalidade oferecer subsídio técnico para o julgamento das contas e apreciação dos
demais processos relativos às unidades jurisdicionadas ao Tribunal, bem como realizar
trabalhos de fiscalização dentro de suas áreas específicas de atuação, com as seguintes
competências: I - planejar, organizar, coordenar e supervisionar atividades e projetos
desenvolvidos em seu âmbito de atuação, bem como acompanhar os resultados obtidos; II -
orientar o desdobramento de diretrizes, acompanhar as ações desenvolvidas e o alcance das
metas e avaliar o resultado obtido no âmbito de sua área de atuação; III - examinar e instruir
processos de controle externo e outros relativos a órgãos ou entidades vinculados à área de
atuação da secretaria; IV - sanear os processos sob sua responsabilidade, por meio de
inspeção ou diligência, conforme delegação de competência do Relator; V - designar equipes
setoriais de fiscalização, bem como expedir ordens de serviço para o início das fiscalizações
determinadas por Relator ou pelo Tribunal; VI - emitir alertas e comunicações às unidades
jurisdicionadas ao Tribunal, por delegação de competência do Relator; VII - fiscalizar as
unidades jurisdicionadas ao Tribunal, bem como outras determinadas por autoridade
competente, mediante a realização de acompanhamento, levantamento, inspeção e auditorias
de natureza contábil, financeira, orçamentária, patrimonial e operacional; VIII - comunicar ao
Secretário Adjunto de Controle Externo, para fins de representação, quando tomar
conhecimento de irregularidade ou ilegalidade que possa ocasionar dano ou prejuízo à
administração pública; IX - realizar fiscalizações solicitadas extraordinariamente pelos
Relatores; e X - desenvolver outras atividades inerentes à sua finalidade. Parágrafo único. Cada
UTCEX é dirigida por um Gestor de Unidade Técnica de Controle Externo.

Conforme disposto na Portaria TCE nº 679, de 02/09/2015, as UTCEXs têm as seguintes


atribuições, de acordo com as respectivas áreas de atuação:

• UTCEX 1: planejar, coordenar e executar fiscalizações pertinentes às atividades de: I –


auditoria operacional; II - acompanhamento da gestão fiscal e de recursos vinculados,
inclusive, quando necessário, emitindo alertas aos jurisdicionados, por delegação dos
Relatores; III - auditoria eletrônica, e; IV - instrução processual das contas de governo,
inclusive a decorrente de tomada de contas do Prefeito Municipal inadimplente.
• UTCEX 2: planejar, coordenar e executar atividades de fiscalização e de análise da
legalidade de: I - atos de pessoal; e II - procedimentos licitatórios, dispensas e
inexigibilidades de licitação.

• UTCEX 3: planejar, coordenar e executar atividades de fiscalização e de instrução


processual das prestações e tomadas de contas: I - das transferências voluntárias; e II - dos
gestores públicos estaduais.

• UTCEX 4 e 5: planejar, coordenar e executar atividades de fiscalização e de instrução


processual: I - das contas dos gestores públicos da administração direta dos municípios; II -
das contas dos gestores de recursos vinculados à educação, no Município; III - das contas
dos gestores de recursos vinculados à saúde e à assistência social, no Município; IV - das
contas dos gestores públicos da administração indireta dos municípios, de consórcios
públicos e de fundos públicos e privados.

Não obstante as atribuições de cada UTCEX, merece também destacar o disposto no § 3º do


art. 1º, da referida Portaria, que estabelece que “constatada a necessidade do serviço, as
equipes de que tratam este artigo poderão contar com o apoio de servidores lotados em
qualquer unidade do Tribunal de Contas do Estado do Maranhão (TCE/MA) e, para a
realização de trabalhos de complexidade atípica, de especialistas externos, observada a
legislação pertinente”. (grifamos)

As UTCEXs são as unidades técnicas responsáveis pela instrução processual e pela atividade
direta de fiscalização, exercendo papel fundamental no exercício do controle externo.

O Conselheiro-Relator é responsável pela instrução processual que lhe forem distribuídos,


competindo-lhe, dentre outras atribuições, propor para deliberação do Tribunal Pleno a
realização de auditorias e inspeções extraordinárias nos órgãos sob sua jurisdição assim como
deliberar quanto à realização de inspeções ordinárias

As auditorias são realizadas observando o Plano Anual de Auditoria do TCE/MA, em consulta


aos Relatores, e aprovado pelo Plenário na última sessão do ano anterior, na qual, também
são sorteados os municípios que cada conselheiro ficará responsável no ano subsequente.

Conforme informação apresentada, o TCE/MA conta atualmente com 105 Auditores Estaduais
de Controle Externo, lotados nas UTCEX, com formação acadêmica, entre outras áreas, em
Ciências Contábeis, Ciências Econômicas, Administração, Direito, Engenharia Civil, Elétrica,
etc., assim como 19 Técnicos (nível Médio).

Para o ingresso/investidura no cargo da Carreira de Auditor Estadual de Controle Externo é


exigível a aprovação em concurso público, com graduação de nível superior em qualquer área
de formação, conforme a demanda do Tribunal de Contas e quantidade de postos de trabalho
disponíveis.

Resultado do Diagnóstico: O TCE/MA tem atualmente uma estrutura organizacional


formalizada de acordo com o disposto na Resolução 14, de 24/06/2015, assim como conta
com pessoal com formação acadêmica. As atividades desenvolvidas pelas Unidades Técnicas
de Controle Externo (UTCEX) são de fundamental importância para o atingimento dos
objetivos estratégicos do Tribunal e para o alcance das metas estabelecidas no Planejamento
Estratégico.

Subindicador 4 Nível de
Desenvolvimento

Dispõem de uma estrutura organizacional profissional em auditoria e 3


outras matérias necessárias para exercer a vigilância da gestão
pública, como exigem as NAGs.

ID 5: “Dispõem de Manuais de Auditoria Governamental nos quais se explicam os procedimentos


técnicos para aplicar as NAGs”.

FUNDAMENTO: Manuais de Auditoria Governamental


• As normas de auditoria da INTOSAI estabelecem que para manter um alto nível de
qualidade das fiscalizações, as EFS devem dispor de circulares que estabeleçam as diretrizes
e contar com um manual de auditoria atualizado no qual se indiquem as políticas, as
normas, as práticas e os procedimentos que aplicará a EFS nas realizações e na
documentação das suas auditorias. Os funcionários da EFS devem ter conhecimento sólido
sobre esses manuais de auditoria.

• Estas normas também requerem que se empregue a devida diligência no planejamento,


acumulação e avaliação das provas de auditoria, assim como o relatório sobre os resultados
e suas conclusões e recomendações. Uma adequada documentação do trabalho de
auditoria facilita os processos de planejamento, supervisão e de controle de qualidade. A
evidência documental, arquivadas nos papéis de trabalho (documentação de auditoria), é
por sua vez a prova do cumprimento das normas legais e da auditoria por parte do auditor
e, também, de que o trabalho delegado foi executado de maneira adequada e consistente
como planejado.

• Os papéis de trabalho (documentação de auditoria) devem ser suficientemente completos


e detalhados para que um auditor experiente, que não haja participado na execução dos

• trabalhos, possa compreender a natureza, a oportunidade e a abrangência dos testes de


auditoria, seus resultados, o fundamento das conclusões obtidas e das recomendações
feitas. O auditor deverá documentar as decisões importantes que resultem do exercício do
critério profissional e que afetem os objetivos da auditoria, o escopo e a metodologia, os
resultados, as conclusões e as recomendações.

Situação do TCE/MA: Conforme comentado no subindicador “ID3”, precedente, o TCE/MA


não aderiu formalmente às Normas de Auditoria Governamental (NAG), como instrumento de
uniformização e integração das práticas de auditoria aplicáveis ao controle externo, e, não
possui seu próprio Manual de Auditoria Governamental, que seja aderente às normas da
INTOSAI, incorporando as NAG (atualmente NBASP) e outros normativos esparsos utilizados
pelo TCE/MA em suas auditorias/fiscalizações/inspeções, bem como
procedimentos/programas de auditoria, de maneira a garantir um nível adequado de
padronização e qualidade do exercício de controle externo pelo Tribunal.

A esse respeito, cabe destacar que pela Portaria TCE/MA Nº 340, de 15/03/2018, foi
constituída uma Comissão tendo por objetivo elaborar os Manuais de Fiscalização do Tribunal
de Contas do Estado do Maranhão, com prazo de conclusão dos trabalhos previsto para
31/10/2018.

Com relação à documentação de auditoria (papéis de trabalho), não existe, em termos, no


âmbito das Unidades Técnicas de Controle Externo (UTCEXs), uma padronização quanto ao
arquivamento da mesma. Como prática do Tribunal, os documentos de auditoria que integram
os relatórios produzidos pelos auditores são digitalizados, de maneira a preservar a sua
integridade. Nos relatórios são anexados apenas a documentação (papéis de trabalho) em
que foram identificados os achados/pontos de auditoria que merecem ser informados. Há
referência-cruzada apenas entre os achados/pontos citados no relatório e os anexos que o
acompanham.

Os relatórios elaborados pelos auditores das UTCEX passam, inicialmente, pela revisão do
supervisor dos respectivos núcleos, e, posteriormente, pelos Gestores de Unidade, para
finalmente serem submetidos à consideração dos respectivos Conselheiros. Depois, são
digitalizados e inseridos no Sistema de Controle de Processos -SCP.

Os demais documentos coletados/levantados durante a auditoria/fiscalização - que


comprovam o tempo gasto em cada trabalho – ficam arquivados em uma pasta da rede
interna, que é compartilhada apenas com o supervisor e o Gestor das unidades, podendo ser
acessado para realização de futuras auditorias de forma automática, se solicitado.

Resultado do Diagnóstico: As auditorias são realizadas com base no Plano Anual de Auditoria
do TCE/MA, aprovado pelo Plenário na última sessão do ano anterior, na qual, também são
sorteados os municípios que cada conselheiro ficará responsável no ano subsequente. O
Cronograma Anual de Auditoria de cada UTCEX é elaborado com base na Matriz de Risco
preparado pelo Núcleo de Informações Estratégicas – NIE. A Matriz de Risco é uma ferramenta
que identifica e estabelece pesos aos potenciais riscos e impactos que podem afetar os órgãos
jurisdicionados e seus resultados, tendo como parâmetros, a materialidade, a probabilidade e
a relevância e oportunidade. No entanto, para fins de construir as trilhas de auditoria para a
preparação da Matriz de Risco por parte da NIE e, por consequência, otimizar as fiscalizações
do TCE/MA, é necessário viabilizar os convênios/termos de cooperação com o Governo
Estadual para permitir o acesso assim como a obtenção de informações do banco de dados
das Secretarias e Autarquias, por exemplo, SIAFEM, SIAGEM, SEFAZ, etc. A grande maioria das
UTCEX utiliza os seus próprios check-lists. Com a normatização dos Manual de Auditoria do
TCE/MA, espera-se que sejam estabelecidos padrões, procedimentos e práticas a serem
seguidas na realização de auditorias/fiscalizações de maneira a garantir um nível adequado de
padronização e consistência metodológica no processo auditorial e qualidade no exercício de
controle externo, em conformidade com as normas internacionais de auditoria. O TCE/MA
não dispõe de um sistema informatizado de auditoria, que vise assegurar de forma
sistematizada a aderência aos procedimentos, métodos e técnicas, das fases de planejamento,
execução e relatório, garantindo desse modo que o processo de fiscalização/auditoria seja
realizado com rigor metodológico, em atendimento as normas internacionais de auditoria.
Processos verificados: UTCEX 1: Proc. 9367/2012 - Auditoria Operacional da Área de
Transporte do Município de São Luís e Proc. 7905/2014 - Auditoria Operacional com finalidade
de avaliar a acessibilidade das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida às escolas
públicas da rede estadual de ensino; UTCEX 4: Proc. 1050/2017 - Aposentadoria por Idade e
Tempo de Contribuição da funcionária Maria Madalena Neres Leites Carvalho, cargo Agente de
Serviços Gerais, lotada na Secretaria Municipal de Educação de Vitória do Mearim e Proc.
11736/2015 - Programa de Fiscalização de ente municipal por meio do instrumento de
fiscalização de auditoria, Prefeitura Municipal de Formosa da Serra Negra; UTCEX 5: Proc.
6839/2017 - Programa de Fiscalização de ente municipal, Prefeitura de Estreito, referente ao
Transporte Escolar; e Proc. 9920/2017 - Programa de Fiscalização de ente municipal por meio
do instrumento de fiscalização de auditoria, Prefeitura de Porto Franco.
 
Subindicador 5 Nível de Desenvolvimento

Dispõem de Manuais de Auditoria Governamental nos quais 1


se explicam os procedimentos técnicos para aplicar as NAGs.

ID 6: “Estão previstos mecanismo de capacitação e atualização para a formação permanente dos


Auditores Externos”.

FUNDAMENTO: Capacitação
• Competência Profissional. O julgamento profissional está estreitamente ligado à
capacidade e esta última resulta da combinação entre capacitação e experiência. Possuir a
capacidade e competências adequadas habilita o profissional a efetuar seu julgamento
profissional de maneira sólida. Executar uma auditoria que cumpra com as normas
internacionais implica que a equipe de auditores deve ser competente e possuir em seu
conjunto os conhecimentos técnicos apropriados e as habilidades e experiência suficientes
para a aplicação de tais conhecimentos. As normas de auditoria da INTOSAI estabelecem
que: “O pessoal das EFS deve possuir os níveis acadêmicos exigidos e ter experiência de
forma a executar o trabalho de maneira apropriada. As EFS devem estabelecer e revisar
regularmente os requisitos mínimos de formação exigidos para a contratação dos
auditores”. As avaliações de desempenho proveem informação sobre as competências de
cada funcionário, assim como sobre os objetivos e metas que devem atingir. Cada auditor
é responsável pelo seu crescimento profissional e cumprir com os requisitos de
capacitação contínua estabelecida para seu cargo.

• Políticas e Planos de Capacitação. As EFS devem adotar políticas e procedimentos que


permitam capacitar os seus funcionários para a realização de suas tarefas eficazmente,
permitindo-lhes manter suas competências mediante a formação profissional contínua. A
EFS dentro do seu plano de capacitação continuada deve estabelecer e requerer um
número mínimo de horas de capacitação/atualização ao ano que dependerão do nível,
experiência e funções/responsabilidades a cargo do auditor. Seu cumprimento deve ser
um dos fatores a considerar dentro do processo de promoção dos funcionários.

Situação do TCE/MA: O TCE/MA conta em sua estrutura organizacional com a Escola


Superior de Controle Externo – ESCEX, que tem por finalidade propor e conduzir políticas e
ações de educação corporativa e de gestão do conhecimento organizacional. São atribuições
da ESCEX, de acordo com a Lei Orgânica : I – promover o desenvolvimento de competências
profissionais e organizacionais e a educação continuada de servidores e colaboradores do
Tribunal de Contas; II – participar, sob a coordenação da Secretaria do Tribunal, da proposição
e definição de políticas de gestão de pessoas; III – promover a formação e a integração inicial
de novos servidores; IV – promover ações educativas voltadas ao público externo que
contribuam com a efetividade do controle e a promoção da cidadania; V – fornecer suporte
metodológico e logístico à pesquisa, produção, catalogação e disseminação de conhecimentos,
visando ao aprimoramento da atuação do Tribunal de Contas; VI – administrar a Biblioteca do
Tribunal de Contas; VII – administrar e gerir os recursos orçamentários recebidos mediante
descentralização, observado o art. 85, inciso VIII, desta Lei, e as demais normas específicas; VIII
– auxiliar no estabelecimento e na implementação de convênios e acordos de cooperação
técnica ou instrumentos congêneres, a serem firmados pelo Tribunal com órgãos e entidades
que tenham por objeto treinamento e desenvolvimento de pessoas, assim como acompanhar
sua execução, observados o art. 85, inciso X, e o art. 142 desta Lei; IX – desenvolver outras
atividades inerentes à sua finalidade definidas em ato normativo do Tribunal de Contas.

Regimentalmente, a ESCEX é dirigida por um Conselheiro-substituto, designado pelo


Presidente do Tribunal de Contas e aprovada pelo Plenário, para período de dois anos,
coincidente com o período de administração da Presidência, permitida a recondução.

A Escola não possui personalidade jurídica própria, nem rubrica e plano interno destacado no
orçamento do TCE/MA. Tampouco previsão para uso do FUNTEC (Fundo do TCE/MA aplicado
sobre multas, taxas, emolumentos aplicados sobre irregularidades).

A atual área dos equipamentos pedagógicos da ESCEX conta com um auditório, dois
laboratórios, uma sala de grupos de trabalho, Biblioteca, uma sala de coordenação e uma sala
de reuniões, totalizando 614,4 m2 de área disponível. Com a inauguração do novo anexo,
serão agregados a essa estrutura: um mini auditório, duas salas de aula, um novo laboratório,
sala de videoconferência, sala de produção de EaD; Sala de Coffee-break; Sala de professores,
nova sala de reuniões, nova biblioteca, perfazendo 955,95 m2 agregados a estrutura antiga.
No total, ao final de 2018, os aparelhos pedagógicos da ESCEX somarão 1570,35m2 de área
disponível.

A Escola priorizou parcerias estratégicas com entidades locais / regionais ao longo dos últimos
4 anos. Destacam-se como principais parcerias da ESCEX: o SEBRAE-MA; a Universidade
Estadual - UEMA; a Rede Nacional de Escolas de Contas (EDUCONTAS); OAB-MA, ESMAN
(Escola do TJ-MA); CASP on-line, Conselho regional de Contabilidade – CRC, Secretaria do
Tesouro Nacional – STN, Tribunal de Contas da União - TCU e Fundação Dom Cabral.
A série histórica da ESCEX apresenta em sua maior parte uma demanda maior de treinamento
do que fora ofertado ao longo dos anos. Entretanto, os esforços destinados aos fiscalizados no
TCE/MA ocupam a maior parte dos esforços nos anos de 2015, 2016 e 2017.

O TCE/MA não tem definida uma carga horária anual mínima de educação continuada
obrigatória para os Auditores/Técnicos em Controle Externo que atuam no âmbito das UTCEX.
A exigência de educação continuada é prerrogativa básica instituída em todas as normas de
auditoria para o desenvolvimento da capacidade técnica e aumento da qualidade dos
trabalhos. As NAGs (3704.1) estabelecem que como, um mínimo, 80 horas anuais de
capacitação.

Os esforços de treinamento e capacitação do TCE/MA para formação de auditores


governamentais devem abranger diretamente os servidores lotados na Secretaria de Controle
Externo – SECEX (124 servidores no total). Conforme levantamento disponibilizado, os
auditores lotados em gabinetes e em atividades de suporte, por força das atribuições
inerentes ao cargo também farão parte desse esforço. Assim sendo, para cobertura de 80h de
treinamento anual de 273 servidores (181 auditores + 92 técnicos) serão necessárias a
contratação de, pelo menos, 36,4 turmas fechadas (aproximadamente 37 turmas de 20h) em
matérias ligadas a temática de auditoria.

Cargo TCE - TOTAL Lotados na SECEX


Auditor (Nível Superior) 181 105
Técnico (Nível Médio) 92 19

Em 2017, o TCE/MA aprovou o Plano Anual de Capacitação (PAC). A estimativa total do PAC foi
de R$ 1,236,900.00, cobrindo ações destinadas aos três públicos da Escola (Servidores Públicos,
Sociedade / controladores sociais e Servidores), do qual, as ações destinadas à capacitação dos
servidores atingem R$ 1.056.200,00 (85% do orçamento do plano). Desses esforços destacam-
se 23 cursos com professores contratados externos, 1 seminário e 16 cursos promovidos pelos
próprios técnicos do TCE/MA, totalizando 40 ações de treinamento destinados aos técnicos do
TCE/MA, quase totalidade em 2018.

Durante o processo de elaboração do PAC, a Secretaria de Controle Externo - SECEX foi


convocada a se manifestar sobre as principais lacunas de formação do corpo técnico do
TCE/MA. Foram consideradas áreas prioritárias para atendimento da SECEX: a) Inteligência em
auditoria (Núcleo de Informações Estratégicas); b) Regime Próprio de Previdência Social – RPPS:
Ações de Fiscalização; c) Auditoria em Receitas; d) Fiscalização Concomitante; e) Admissão de
Pessoal; f) Acompanhamento da Dívida Pública.
Os funcionários podem ser instrutores da Escola de Contas, nos termos da Resolução TCE/MA
221/2014.

Resultado do Diagnóstico: A Escola de Contas não dispõe de autonomia orçamentária nem


financeira, contudo tem autonomia administrativa para planejar as atividades. A Escola
priorizou parcerias estratégicas com entidades locais / regionais ao longo dos últimos 4 anos.
Os treinamentos ofertados ao longo dos anos - 2015, 2016 e 2017 - foram a maior parte
destinados aos fiscalizados do TCE/MA. O TCE/MA não tem definida uma carga horária anual
mínima de educação continuada obrigatória para os Auditores/Técnicos em Controle Externo
que atuam no âmbito das UTCEX. Como medida para facilitar a educação continuada, além da
ampliação dos esforços em estabelecer novar parcerias em EaD, a Escola se compromete em
iniciar o processo de implementação de Cursos de Educação a Distância ainda em 2018.
Espera-se que esses esforços possam encorajar a intensificação de ações educacionais
destinados aos servidores do TCE/MA. Para tanto, a Escola designará em portaria, sites e
portais de Educação a Distância - EaD com comprovada qualidade na produção educacional de
cursos de auditoria (TCU, TCE-PR, etc.) que permitam a continuação do desenvolvimento
técnico de nossos auditores, tudo isso sem necessária exclusão da obrigação do TCE-MA em
ampliar significativamente a oferta de cursos aos servidores. Nesse contexto, o TCE/MA
também deve promover – alinhado com o planejamento estratégico – evento de capacitação
técnica sobre as Normas Internacionais das Entidades Fiscalizadoras Superiores (ISSAIs),
emitidas pela INTOSAI, que estão convergidas com as Normas Internacionais de Auditoria,
emitidas pela Federação Internacional de Contadores (IFAC).

Subindicador 6 Nível de
Desenvolvimento
Estão previstos mecanismo de capacitação e atualização para a 1
formação permanente dos Auditores Externos.

ID 7: “O Organismo de Controle Externo e seus técnicos têm acesso irrestrito, com a segurança
necessária, às informações que estão arquivadas nas bases de dados e seus originais, de
forma a agilizar seu trabalho e focalizar no que é pertinente”.

FUNDAMENTO: Acesso a Informação


• A INTOSAI definiu como postulado básico que: “As EFS devem ter acesso tanto às fontes de
informação como a outros dados, funcionários e empregados da entidade fiscalizada. A
promulgação de uma normativa que permita o acesso do auditor a tais informações e
pessoas contribuirá para reduzir os futuros problemas neste contexto”.

• Um dos princípios reconhecidos pelas EFS, como requisito essencial para poder dar um
cumprimento adequado às responsabilidades de fiscalização pública que por lei foi
designado, estabelece que as EFS devam contar com o poder de ter acesso oportuno,
ilimitado, direto e livre a toda documentação da entidade auditada, consideradas
necessárias para realizar sua auditoria.

Situação do TCE/MA: Conforme mencionado no Subindicador 1, os servidores do Tribunal


que exercem a função específica de controle externo, quando devidamente credenciados para
desempenhar funções de inspeção e auditoria, são assegurados: livre ingresso em órgãos e
entidades sujeitos à jurisdição do Tribunal; acesso aos documentos e informações necessários
à realização de seu trabalho, inclusive aos sistemas eletrônicos de processamento de dados.

Para fins de articulação de apoio a ações de fiscalização e para formação de rede de controle
da gestão pública foram firmados os seguintes convênios/acordos de cooperação técnica com:

• Acordo de Cooperação Técnica nº 4/2015 celebrado entre TCE, CGU e Ministério do


Planejamento para fomentar a aplicação dos preceitos da Lei de Responsabilidade Fiscal,
especialmente no que se refere à transparência da gestão pública e à adesão à rede Siconv;

• Convênio nº 18/2015 celebrado entre TCE e Departamento de Trânsito - Detran para


possibilitar o acesso de servidores do TCE ao sistema informatizado do Detran;

• Acordo de Cooperação Técnica nº 44000.001093/2015-50 entre TCE e Ministério da


Previdência Social objetivando o intercâmbio de informações previdenciárias;

• Acordo de Cooperação Técnica nº 014.529/2015-7 entre TCE e Tribunal de Contas da União -


TCU para planejamento da estratégia de controle de vínculos e remunerações de pessoal na
Administração Pública nacional;

• Convênio nº 1/2016 entre TCE e Junta Comercial – JUCEMA para liberação de acesso à base
de dados e visualização do cadastro de empresas registradas;

• Acordo de Cooperação Técnica da Rede de Controle (TCE, TCU, CGU, CGE, MPC, MPE, CEF,
PF);

• Termo de Cooperação TCE e Secretaria de Transparência e Controle para acesso aos dados
informatizados do SUPREMA (sistema de tomadas de contas especiais);

• Acordo de Cooperação Técnica entre TCEs, Atricon e IRB para criação da Rede Nacional de
Informações Estratégicas para o Controle Externo;

• Termo de Cooperação entre o TCE e a Secretaria de Estado de Transparência e Controle


Social (STC) que permitirá ao TCE o acesso a todas as informações relativas ao
processamento de tomada de contas especiais instauradas no âmbito do Poder Executivo
estadual.

Além disso: HOD - Contrato SERPRO; SIAFEM - Sistema Integrado de Administração Financeira
para Estados; SISPCA - Sistema Informatizado de Planejamento, Coordenação e Avaliação;
SEFAZ/NET; DANFOP; SISCEI; DIEF - sistemas da SECRETÁRIA DA FAZENDA.

Em regra, os auditores têm acesso aos sistemas desenvolvidos pelo próprio TCE/MA:

SIGER – Cadastro de Sistema regulamentado por meio da Instrução Normativa Nº


jurisdicionado 35/2015 (Alterada pela Instrução Normativa Nº 40, de 11/11/2015.
Instrução Normativa Nº 40, de 11/11/2015, dispõe sobre a criação
do Sistema de Informações Gerenciais e de Responsáveis (Siger),
relativo ao cadastro de unidades jurisdicionadas e de responsáveis
por órgãos, entidades e fundos sob a jurisdição do Tribunal de
Contas do Maranhão.
SACOP - Sistema de Instrução Normativa Nº 34/2015, regulamenta o
Acompanhamento acompanhamento das contratações públicas por meio eletrônico
Eletrônico de no âmbito do Tribunal de Contas do Estado. Este sistema é
Contratação Pública responsável por receber as informações de todas as contratações
públicas realizadas por nossos fiscalizados sejam, dispensas,
inexigibilidades, Licitações, Pregão, Adesão a Ata de Registro de
preços e Leilão, assim como todos os contratos decorrentes.
SAE – Sistema de Sistema regulamentado por meio das Instruções Normativas
Auditoria Eletrônica TCE/MA Nºs 33/2014 (Alterada pela Decisão Normativa Nº
24/2015); 38/2015 (Alterada pela IN Nº 46/2017, IN Nº 52/2017 e
Decisão Normativa Nº 29/2018); e 39/2015 (Alterada pela IN Nº
41/2016). É um sistema de acompanhamento integrado de
planejamento, execução e controle da gestão dos recursos públicos
municipais, visando a coleta de dados, consultas e extração de
informações orçamentárias, contábeis, financeiras, operacionais e
patrimoniais capaz de proporcionar celeridade às fiscalizações de
competência do Tribunal. Objetivo Geral: Aperfeiçoar a efetividade
do controle externo mediante a informatização dos processos de
coleta e análise dos dados da gestão dos recursos públicos
municipais. Objetivos Específicos: Obter informações sobre o ciclo
do planejamento municipal, especificamente, das fases de
elaboração, acompanhamento e avaliação; Coletar dados dos
registros contábeis, financeiros, orçamentários, operacionais e
patrimoniais dos municípios; Possibilitar o acompanhamento diário
da execução orçamentária; Permitir que o planejamento e
execução orçamentária municipal sejam realizados em observância
às normas contábeis e legislação pertinente à administração
pública vigente. Extrair informações gerenciais e de controle da
execução orçamentária; Automatizar o processo de análise da
execução orçamentária, contábil e financeira; Diminuir a incidência
de erros formais na prestação de contas dos municípios; Possibilitar
a identificação de indícios de fraudes ao erário; Diminuir a
quantidade de documentos impressos ou digitalizados, visando a
economia de recursos financeiros e tecnológicos na administração
pública, bem como a preservação do meio ambiente; Oferecer ao
usuário uma ferramenta de fácil utilização, acessibilidade e
credibilidade, possibilitando a substituição do uso dos demais
softwares existente no mercado.
SAAP – Sistema de Sistema regulamentado por meio da Instrução Normativa Nº47, de
Acompanhamento 15/02/2017: Dispõe sobre composição e formalização dos
de Atos de Pessoal processos de admissão e inatividade de servidores dos órgãos e
entes da administração direta, indireta e fundacional de quaisquer
dos Poderes do Estado e dos Municípios, sobre a fiscalização dos
atos de pessoal sujeitos a registro pelo Tribunal de Contas do
Estado do Maranhão e dá outras providências. Publicada no DOE
de 08.03.17
E-PCA – Sistema Sistema regulamentado por meio da Instrução Normativa Nº 52, de
Eletrônico de 25/10/2017. Dispõe sobre a prestação de contas do Prefeito
Prestação de Contas. Municipal, a tomada e a prestação de contas dos administradores e
demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da
administração direta e indireta do Município, incluídas as
fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público
municipal, e sobre a prestação de contas do Presidente da Câmara
Municipal.
E-Consulta Sistema eletrônico que permite elaborar, enviar e acompanhar a
tramitação de processos de Consulta no âmbito do Tribunal de
Contas do Estado do Maranhão. (Capítulo VII, art. 59 e 60 da Lei
Orgânica do TCE/MA, Lei nº 8.258, de 06/06/2015)
Consulta de Sistema utilizado para acompanhar e acessar todas as peças,
Processos documentos, parecer, relatórios e decisões de um processo em
tramitação no TCE/MA.
Consulta de sistema desenvolvido para disponibilizar todas as Decisões em
Prejulgados Consulta feitas ao TCE/MA
Convênios Web Sistema desenvolvido para receber informações de todos os
convênios firmados pelo órgão concedente, estadual e municipal.
(Instrução Normativa Nº 18, de 03/09/2008, regulamentado por
meio da Portaria Nº 1130, de 09/09/2009)
Denúncia online Sistema desenvolvido para receber SUGESTÃO;
RECLAMAÇÃO/CRÍTICAS; ELOGIO; PROBLEMA TÉCNICO;
COMUNICAÇÃO DE IRREGULARIDADE e DENÚNCIA. (Resolução nº
242, de 15/04/2015; Art. 87 da LO/TCE/MA)

Os atos processuais produzidos em meio eletrônico e/ou digitalizados são registrados em


arquivo eletrônico inviolável, para garantir a origem, integridade e responsabilidade pelos atos
praticados. Os bancos de dados eletrônicos do TCE/MA são protegidos por meio de sistemas
de segurança de acesso e armazenados de forma que garanta a preservação e integridade dos
dados.

Resultado do Diagnóstico: Os auditores do TCE/MA têm acesso irrestrito para fins de consulta,
obtenção e manuseio de informações, documentos ou locais, independentemente da natureza
das transações e operações examinadas, independentemente dos responsáveis pela gestão de
bens e recursos públicos.

Subindicador 7 Nível de
Desenvolvimento
O Organismo de Controle Externo e seus técnicos têm acesso 3
irrestrito, com a segurança necessária, às informações que estão
arquivadas nas bases de dados e seus originais, de forma a
agilizar seu trabalho e focalizar no que é pertinente.
ID 8: “Dispõem de um sistema de controle de qualidade que assegura razoavelmente que seus
resultados se baseiam em evidência suficiente e competente da gestão pública
examinada”.

FUNDAMENTO: Controle de Qualidade


• Em relação ao controle de qualidade, a INTOSAI diz que as EFS devem definir as normas
adequadas que lhes aplicam a fim de assegurar constantemente um alto nível de qualidade
em seus trabalhos. Com base no que se disse anteriormente, a INTOSAI expressou que as
EFS devem implementar sistemas e métodos que confirmem que os procedimentos de
controle de qualidade tenham operado efetivamente, que assegurem a qualidade de seus
informes e que ajudem a melhorar os sistemas de controle de qualidade para evitar a
recorrência das deficiências que se apresentaram.

Situação do TCE/MA: As tarefas de supervisão/revisão dos trabalhos de fiscalização/auditoria


estão sendo realizadas no âmbito de cada uma das Unidades Técnicas de Controle Externo -
UTCEXs, na qual a equipe está vinculada.

De conformidade com o disposto no artigo 16 da Instrução Normativa 28/2012 (que dispõe


sobre a instauração e o desenvolvimento, em meio eletrônico, das etapas do rito processual
da tomada e da prestação de contas no âmbito do Tribunal de Contas do Estado e dá outras
providências), o resultado da análise da tomada e da prestação de contas será materializado
em relatório de instrução pela unidade técnica competente, que deverá observar, entre
outros, os princípios previstos no art. 153 do Regimento Interno:, ou sejam: o relatório de
instrução será elaborado pelo auditor de controle externo, que posteriormente o enviará para
o supervisor responsável, que o revisará, assinará e enviará para o gestor da unidade técnica.
Este também revisará e, após sua assinatura, encaminha para a digitalização do processo,
oportunidade em que será inserido no Sistema de Controle de Processos (SCP) e enviado ao
relator respectivo.

O Tribunal entende que essa sistemática, de dupla revisão, evita falhas de auditoria e garante
a confiabilidade do relatório.

O Tribunal não conta com sistema de gerenciamento de auditoria que automatize os


processos de trabalho relacionados com as fiscalizações/auditoria e inspeções e padronize e
uniformize as fases de planejamento, execução e relatório.

Nesse contexto, e de forma a possibilitar o controle de qualidade, é necessário também que o


manual de auditoria do Tribunal esteja em total consonância com as modernas práticas de
auditoria, alinhando os métodos e técnicas de trabalho ao preconizado pelas entidades
internacionais de auditoria e garantir a uniformidade de procedimentos utilizados no Tribunal.

Resultado do Diagnóstico: No âmbito das Unidades Técnicas se efetuam o controle de


qualidade dos relatórios de auditoria de forma concomitante a qual a equipe está vinculada,
que é caracterizado como processo de supervisão e revisão dos trabalhos de auditoria. O
TCE/MA não tem uma política formal de controle de qualidade dos trabalhos realizados no
âmbito das Unidades Técnicas, por uma comissão/área independente. O TCE/MA não dispõe
de um sistema informatizado de auditoria, que vise assegurar de forma sistematizada a
aderência aos procedimentos, métodos e técnicas, das fases de planejamento, execução e
relatório, garantindo desse modo que o processo de fiscalização/auditoria seja realizado com
rigor metodológico, em atendimento as normas internacionais de auditoria.

Subindicador 8 Nível de
Desenvolvimento
Dispõem de um sistema de controle de qualidade que assegura 1
razoavelmente que seus resultados se baseiam em evidência
suficiente e competente da gestão pública examinada.

ID 9: “Dispõem de base de dados nas quais mantêm integras as informações que lhes servem de
base para formular seus relatórios e os próprios relatórios e outros produtos de seu
trabalho”.

FUNDAMENTO: Bases de Dados


• As EFS devem ter políticas e procedimentos para a conservação, resguardo e proteção da
integridade da documentação suporte dos seus trabalhos de auditoria e dos relatórios,
seja ela impressa ou eletrônica, ou em qualquer outra forma, pelo tempo necessário para
cumprir com os requerimentos legais, regulamentar ou contratual. O acesso e/ou
atualização dos dados e documentos devem ser controlados para evitar o risco de que se
percam, danifiquem, sejam alteradas ou usadas sem o conhecimento ou para fins não
autorizados.

Situação do TCE/MA: O TCE/MA conta atualmente em sua estrutura organizacional com


Superintendência de Tecnologia da Informação - SUTEC que tem por finalidade propor
políticas e diretrizes de tecnologia da informação e coordenar as ações delas decorrentes, de
modo a dotar o Tribunal e as unidades da Secretaria do Tribunal de atividades e de soluções
corporativas, que permitam a produção, o armazenamento, a transmissão, o acesso e o uso
da informação, inclusive para fins de atendimento à Lei nº 12.527, de 18 de novembro de
2011 – Lei de Acesso à Informação, de modo a contribuir com a implementação das
estratégias e dos resultados da organização.

À SUTEC compete (Art. 6, Resolução TCE/MA nº 281, de 30/08/2017, que dispõe sobre a
Política de Segurança da Informação do Tribunal de Contas do Estado do Maranhão, para
utilização dos recursos tecnológicos e sistemas desta Egrégia Corte de Contas): I- gerir a
infraestrutura necessária para prover com segurança os serviços disponíveis nas redes
internas, bem como o acesso às redes externas, desenvolvendo as ações necessárias para o
cumprimento deste ato; II - gerir os sistemas e os recursos de tecnologia da informação; III -
ser responsável por sistemas por ela desenvolvidos; IV - controlar o uso, a instalação, a
configuração e a manutenção dos recursos. computacionais referidos nesta resolução; V -
permitir a manutenção de equipamentos por preposto de empresa responsável por serviço
técnico ou, especificamente, assistência técnica autorizada em garantia, quando for o caso; VI
- monitorar o acesso às páginas de internet, por perfil de usuário, e gerar relatórios de acesso
com as URLs e o tráfego de rede gerado. Em caso de violação ou tentativa de violação dos
recursos de internet ou das normas estabelecidas nesta Resolução, a Supervisão de Redes e
Segurança da Informação (SURED) deverá adotar providências imediatas para a sua
localização e identificação, comunicando, de imediato, ao Superintendente de TI todos os
fatos ocorridos para as providências cabíveis. VII - monitorar as filas de impressão e conteúdo
dos arquivos que foram impressos, por perfil de usuário, e gerar relatórios de impressão com
a quantidade de páginas impressas com custo de impressão. Em caso de violação ou tentativa
de violação dos recursos das regras de impressão ou das normas estabelecidas nesta política,
a Supervisão de Suporte e Atendimento (SUSAT) deverá adotar providências imediatas para a
sua localização, identificação e comunicação ao Superintendente de TI todos os fatos
ocorridos e providências adotadas; VIII - deve acompanhar as movimentações e/ou retiradas
internas e externas de equipamentos de informática, onde somente poderão ser realizadas
após o devido registro por e-mail direcionados à central de serviços, sendo aprovadas essas
retiradas, devem ser executadas, com o apoio da Coordenadoria de Gestão Patrimonial
(COPAT), quando for o caso, ou por terceiros acompanhados e autorizados; IX - fornecer,
mediante solicitação, a identificação de usuário e senha de acesso inicial destinadas ao acesso
à rede de computadores deste Tribunal; X - implantar políticas para criação, renovação,
bloqueio e expiração de senhas, com o intuito de aumentar o nível de segurança da rede
corporativa; XI - divulgar, treinar e auxiliar as chefias imediatas e usuários, no sentido de pôr
em prática e fazer cumprir a política de segurança, bem como adequar os recursos
computacionais do Tribunal a suas normas; XII - administrar os recursos computacionais
envolvidos, definir a ferramenta cliente de e-mail a ser utilizada e os limites de utilização das
caixas postais de cada usuário, bem como velar pelo espaço de armazenamento; XIII -
estabelecer os limites de utilização do correio eletrônico, o tamanho máximo da caixa postal
e das mensagens enviadas ou recebidas, e dos tipos permitidos de arquivos anexados às
mensagens, bem como a determinação da quantidade de destinatários. XIV - rastrear ou
varrer o conteúdo das mensagens, de forma automática, por softwares especiais, a fim de
verificar se os seus conteúdos estão de acordo com o disposto nesta política; XV - executar
cópias de segurança (backup) somente dos arquivos de trabalho que constam das unidades
de armazenamento da rede e em bancos de dados ora homologados. XVI - restringir o espaço
disponível para o usuário nas unidades de armazenamento de rede, considerando as
limitações dos recursos de informática e as atividades desenvolvidas pelo usuário.

As autoridades, servidores, estagiários, terceirizados e quaisquer pessoas que tenham acesso


a informações do Tribunal de Contas do Estado do Maranhão sujeitam-se às diretrizes,
normas e procedimentos de segurança da informação da política de que trata esta Resolução,
e são responsáveis por garantir a segurança das informações a que tenham acesso.
Com relação à documentação de auditoria (papéis de trabalho), não existe, em termos, no
âmbito das Unidades Técnicas de Controle Externo (UTCEXs), uma padronização quanto ao
arquivamento da mesma. Como prática do Tribunal, os documentos de auditoria que
integram os relatórios produzidos pelos auditores são digitalizados, de maneira a preservar a
sua integridade. Nos relatórios são anexados apenas a documentação (papéis de trabalho)
em que foram identificados os achados/pontos de auditoria que merecem ser informados.
Há referência-cruzada apenas entre os achados/pontos citados no relatório e os anexos que
o acompanham.

Os demais documentos coletados/levantados durante a auditoria/fiscalização - que


comprovam o tempo gasto em cada trabalho – ficam arquivados em uma pasta da rede
interna, que é compartilhada apenas com o supervisor e o Gestor das unidades, podendo ser
acessado para realização de futuras auditorias de forma automática, se solicitado.

Resultado do Diagnóstico: O TCE/MA dispõe de base de dados para obter e manter


informações que contribuirão na elaboração de seus relatórios de fiscalização.
Subindicador 9 Nível de
Desenvolvimento
Dispõem de base de dados na qual mantém integras as 3
informações que lhes servem de base para formular seus
relatórios e os próprios relatórios e outros produtos de seu
trabalho.

ID 10: “Dispõem de áreas/divisões/unidades especializadas dedicadas à prestação de serviços de


asseguração e trabalhos relacionados às auditorias enfocadas às seguintes áreas:
Desempenho, Sistemas Integrados de Informação, Meio Ambiente, etc.”.

FUNDAMENTO: Áreas Especializadas


• A fiscalização exercida pela EFS compreende todas as operações do Estado e, portanto,
envolve muitas atividades e disciplinas. As normas de auditoria estabelecem que os
auditores não devam levar a cabo trabalhos de fiscalização para os quais não tenham as
competências profissionais adequadas. A designação do recurso humano a uma auditoria
se deve efetuar de modo que a equipe formada cumpra com os requisitos de
especialização e experiência que a natureza do trabalho requer. Se for necessário, a EFS
deve ter a possibilidade de contratar especialistas externos para que a execução do
trabalho e os resultados obtidos sejam o mais profundo possível. A EFS avaliará em que
casos suas necessidades são melhores atendidas com a contratação de experto/
especialistas externos que com a utilização de seus próprios experto/especialistas.

• Para obter os melhores resultados no exercício das suas atividades de controle, os


auditores da EFS ademais de possuírem as competências necessárias em relação com a
contabilidade, administração, normas legais ou regulamentação aplicável, tecnologia da
informação, economia ou ciências sociais, podem requerer a formação em conhecimentos
ou técnicas especializadas. Esta especialização se faz evidente e necessária na execução
das auditorias como as de desempenho.

Situação do TCE/MA: Conforme já mencionado no “ID 4”, precedente, as atividades de


controle externo estão a cargo de cada uma das Unidades Técnicas de Controle Externo -
UTCEX, a quem compete gerenciar a área técnica e executiva de controle externo.
Todas as atividades desenvolvidas pelas UTCEX 1 a 4 são consideradas como “equipes de
trabalhos especializados” nas respectivas áreas de atuação.

Com relação especificamente ao planejamento, coordenação e execução das atividades


pertinentes a auditoria operacional está a cargo da UTCEX 1, que também está encarregada
das atividades de: acompanhamento da gestão fiscal e de recursos vinculados, inclusive,
quando necessário, emitindo alertas aos jurisdicionados, por delegação dos Relatores;
auditoria eletrônica, e instrução processual das contas de governo, inclusive a decorrente de
tomada de contas do Prefeito Municipal inadimplente.

As auditorias operacionais são realizadas pela UTCEX 1, com base em levantamentos


realizados por equipe técnica competente, fundamentadas por fatos ou ocorrências que
justifiquem a realização, e constantes dos planos de fiscalização semestrais do Tribunal de
Contas, a serem submetidos à apreciação do plenário.

De acordo com a informação disponibilizada no site do TCE/MA, a auditoria operacional foi


efetivamente implantada no TCE/MA no ano de 2006, através do Programa de Modernização
do Sistema de Controle Externo dos Estados, Distrito Federal e Municípios Brasileiros
(Promoex), cujo objetivo era o fortalecimento institucional e a modernização dos Tribunais
de Contas, sendo sua principal ação a implantação das Auditorias Operacionais nos Tribunais
de Contas, mediante a capacitação de auditores e, posteriormente, da realização de
auditorias-piloto, nas áreas de Educação, Saúde, Saneamento e Meio Ambiente.

As primeiras auditorias operacionais do TCE/MA foram as auditorias-piloto realizadas em


conjunto com outros tribunais e orientadas pelo Grupo Temático do Programa de
Modernização. Os programas analisados foram: no ano de 2008, a ação estadual de
Formação continuada dos professores do ensino fundamental - séries iniciais; em 2009, a
Estratégia Saúde da Família; em 2010, foram avaliadas as condições de saneamento estadual,
com a auditoria na ação Implantação dos Sistemas Simplificados; e, em 2011, foi escolhida
pelo grupo temático a área de Meio Ambiente, a ação avaliada pelo TCE/MA foi
Licenciamento Ambiental. A primeira auditoria realizada por seleção própria do tribunal foi
no programa do Leite Especial da Secretaria Estadual de Saúde.

Para viabilizar a realização de “auditoria coordenada” promovida pelo Tribunal de Contas da


União (TCU), foram firmados os seguintes acordos de cooperação técnica: • nº
014.353/2015-6 para a realização de auditoria nos regimes próprios de previdência social; •
nº 014.370/2015-8 para a realização de auditoria em governança e gestão da saúde em
organizações estaduais e municipais; • nº 014.381/2015-0 para a realização de auditoria
para avaliar a qualidade e disponibilidade das instalações e equipamentos das escolas
públicas de ensino fundamental; • nº 014.491/2015-0 para a realização de auditoria para
verificar as informações obtidas no levantamento nacional acerca da situação da governança
na administração pública; • nº 014.496/2015-1 para a realização de planejamento de
estratégia de controle da segurança pública.

Na aba AOP – Portal da Auditoria Operacional, do site do TCE/MA: www.tce.ma.gov.br,


podem ser visualizadas as publicações de dez (10) Relatórios de Auditorias Operacionais, a
saber:

Educação
Programa/ação Objetivo da AOP Proc. nº
Formação Avaliar a efetividade da ação de formação continuada de professores 9157/2008
Continuada de do ensino fundamental na melhoria do planejamento e da prática
Professores didático-pedagógicos em sala de aula e na escola, assim como a
adequação dos procedimentos e sistemas de controle interno sobre a
elaboração, aprovação, prestação de contas e monitoramento dos
projetos contratados.
Auditoria A auditoria coordenada do Ensino Médio tem como objetivo avaliar a 6010/2013
Coordenada do gestão escolar e apoio da SEDUC/MA no desenvolvimento do ensino
Ensino Médio médio, observando, ainda, a qualidade e suficiência da infraestrutura,
com vista à universalização dessa categoria de ensino. Decisão nº
629/2017.
Acessibilidade nas Esta auditoria realizada na Secretaria de Estado de Educação do 7905/2014
Escolas Públicas Maranhão(SEDUC/MA) tem como objetivo verificar as condições de
Estaduais de Ensino acessibilidade nas Escolas Públicas de Ensino Médio da Região da
Médio Grande Ilha, compreendendo os municípios de São Luís, São José de
Ribamar, Raposa e Paço do Lumiar, na forma do art. 13, §1º, da IN nº
01, de 23 de abril de 1999. Decisão Nº 538/2017, em
23/08/2017(disponibilizado em: 29/08/2017)
Meio Ambiente
Atividade de Avaliar se a atividade de Licenciamento Ambiental desenvolvida pela 6965/2011
Licenciamento SEMA está contribuindo para a redução de impactos ambientais
Ambiental negativos e a preservação do meio ambiente.
Auditoria Avaliar se existem as condições normativas, institucionais, e 6236/2013
Coordenada do operacionais necessárias para que as Unidades de Conservação
Bioma Amazônia localizadas no Bioma Amazônia atinjam os objetivos para os quais
foram criadas, identificando gargalos e oportunidades de melhoria,
bem como boas práticas que contribuam para o aperfeiçoamento da
gestão dessas áreas protegidas.
Saneamento
Implantação de Avaliar se a Ação Implantação de Sistemas Simplificados está 7891/2010
Sistemas contribuindo para a universalização do abastecimento de água,
Simplificados mediante a distribuição equitativa de SSAA na zona rural, com vistas a
fortalecer o acesso da população aos serviços de saneamento básico e
a outros benefícios sustentáveis.
Saúde
Estratégia Saúde da Avaliar o desempenho da Estratégia Saúde da Família no Estado. 4784/2009
Família
Programa Leite Avaliar se a ação está estruturada de forma a garantir a acessibilidade, 10350/201
Especial a eficiência e equidade no atendimento e tratamento de crianças com 0
intolerância e/ou alergia alimentar, contribuindo com a melhoria das
suas condições de saúde e qualidade de vida.
Segurança Pública
Governança de Validar e atualizar as informações prestadas pela Secretaria de 11458/201
Segurança Pública Segurança Pública do Estado do Maranhão – SSP/MA, no questionário 4
de “Levantamento de Governança de Segurança Pública”, aplicado
pelo Tribunal de Contas da União em 2013, cuja finalidade é conhecer
e avaliar as condições de governança e de gestão da Secretaria
Nacional de Segurança Pública (SENASP) e das Organizações de
Segurança Pública dos Estados e do Distrito Federal, quanto à
capacidade e habilidade para implementar a Política Nacional de
Segurança Pública.
Transporte Público
Sistema de Avaliar se a quantidade e qualidade dos equipamentos e mobiliário 9367/2012
Transporte Público urbano de transporte atendem a seus usuários de forma satisfatória.
Coletivo de São Luís

Além desses trabalhos, existem outros que estão em execução/aguardando julgamento, tais
como: Saúde: Gestão dos Hospitais Socorrão I e II, coordenada com TCU (execução);
Planejamento Desenvolvimento e Gestão: RPPS – IPAM e RPPS – FEPA (aguardando
julgamento); Levantamento PPA Municipal (execução); Sistema Prisional: Sistema Prisional
(relatório preliminar)

A sistemática e os procedimentos de auditoria operacional e o desenvolvimento do


respectivo processo está regulamentada pela Instrução Normativa TCE/MA nº 44/16. Para
subsidiar a realização de auditoria operacional de iniciativa própria do TCE/MA, a equipe
responsável da UTCEX 1 elaborou seus procedimentos/instruções que não estão
devidamente oficializados. Além disso, são observadas as normas da INTOSAI e o Manual de
Auditoria Operacional do TCU de forma informal.

As equipes de trabalho são constituídas essencialmente por profissionais integrantes da área.


No entanto, dependendo da complexidade dos trabalhos a serem realizados., cuja formação
e experiência do auditor assim seja requerida, a Portaria TCE/MA N.º 679/215, no seu § 3º do
art. 1º, estabelece que “constatada a necessidade do serviço, as equipes de que tratam este
artigo poderão contar com o apoio de servidores lotados em qualquer unidade do Tribunal de
Contas do Estado do Maranhão (TCE/MA) e, para a realização de trabalhos de complexidade
atípica, de especialistas externos, observada a legislação pertinente”.

Ademais, de acordo com prerrogativa indicada no Art. 143, da Lei Orgânica, o Tribunal, para o
exercício de sua competência institucional, poderá, na forma estabelecida no regimento
interno, requisitar aos órgãos e entidades estaduais ou municipais, sem quaisquer ônus, a
prestação de serviços técnicos especializados, a serem executados por prazo previamente
fixado.

Conforme comentado no subindicador “ID 4”, para a realização da auditoria operacional de


sua própria iniciativa utiliza-se das orientações contextualizadas nas Instruções Normativas
assim como nos procedimentos/instruções informais. Para a auditoria coordenada
promovida pelo Tribunal de Contas da União utiliza-se do Manual de Auditoria Operacional –
AOP do Tribunal de Contas da União, com algumas adequações.

Resultado do Diagnóstico: Atualmente, existe uma Unidade estruturada/organizada


especifica constituída para promover e conduzir os trabalhos de auditoria operacional. A
Unidade conta com reduzido número de profissionais para execução dos trabalhos, podendo
requisitar auditores lotados em outras UTCEX, com graduação acadêmica específica
compatível com a natureza do trabalho a ser realizado. Foi constituída uma Comissão para
elaborar os Manuais de Fiscalização do TCE/MA, no qual se inclui o referente a Auditoria
Operacional. Com relação à auditoria operacional na área da Tecnologia da Informação – TI,
nenhum trabalho foi realizado em conjunto com a SUTEC, que está mais voltado para o
desenvolvimento e manutenção do sistema do TCE/MA.

Subindicador 10 Nível de
Desenvolvimento
Dispõem de áreas/divisões/unidades especializadas dedicadas à 3
prestação de serviços de asseguração e trabalhos relacionados às
auditorias enfocadas às seguintes áreas: Desempenho, Sistemas
Integrados de Informação, Meio Ambiente, etc.

ID 11: “A EFS dispõe de um nível gerencial para garantir que os processos decisórios e os
mecanismos de controle operem de forma econômica, eficiente e eficaz, promovendo assim
uma boa governança interna (por exemplo, elabora-se um plano estratégico e planos
operacionais alinhados com tal plano; conta-se com estratégias de comunicação interna;
dispõem-se e faz cumprir um código de ética)”.

FUNDAMENTO: Estrutura Gerencial e Processos de Gestão


• As EFS devem definir os objetivos e metas estratégicos claros, quantificáveis e de acordo
com as funções que a lei determinou, implementar as ações necessárias para sua
realização e estabelecer os mecanismos e parâmetros de medição para o controle e
verificação do seu nível de cumprimento.

• Dispor de um planejamento estratégico e de ferramentas de controle de gestão para


facilitar o trabalho. É determinante para a obtenção dos resultados esperados, que exista
uma participação ativa dos funcionários da EFS para a definição dos objetivos e metas,
assim como nas atividades para gerenciar seu atingimento e medição. A definição e
seguimento a indicadores estabelecidos pela EFS para medir o rendimento, eficácia e
qualidade no cumprimento de suas metas e objetivos estratégicos, lhes ajudará a tomar as
ações complementares e/ou corretivas necessárias para seu atingimento.

• Cada EFS deve contar com um código de ética que estabeleça os valores e princípios que
devem orientar e reger a atuação dos seus funcionários. A EFS deve se assegurar de que
seus funcionários conheçam e atuem de acordo com os valores e princípios adotados no
código de ética da EFS. Em razão de sua função e responsabilidades, as EFS e seus
funcionários devem cumprir com rigorosos padrões de ética que forneçam à sociedade
civil, entes auditados e poderes legislativo e/ou executivo, segurança, confiança e
credibilidade sobre suas atuações.

Situação do TCE/MA: O planejamento estratégico foi concebido como um instrumento de


gestão, objetivando contribuir para o fortalecimento dos princípios basilares da
administração pública, devendo provisionar a gestão com diretrizes baseadas nas prioridades,
privilegiando o compartilhamento do conhecimento, a descentralização das atividades e,
principalmente, a transparência. A elaboração do Plano Estratégico se deu com a adesão do
Tribunal ao Programa de Modernização do Sistema de Controle Externo dos Estados, Distrito
Federal e Municípios Brasileiros (PROMOEX), parcialmente financiado com recursos do Banco
Interamericano de Desenvolvimento - BID.

O Planejamento Estratégico do TCE/MA para o período 2012-2016 foi aprovado pela


Resolução nº 174, de 14/11/2011, e implantado pela Resolução Nº 180, de 4 de julho de
2012, que dispôs também sobre o Sistema de Monitoramento e Avaliação do Planejamento
Estratégico, no âmbito do Tribunal de Contas do Estado do Maranhão.

O período de cobertura do referido Planejamento Estratégico foi prorrogado pela Resolução


nº 275, de 29/03/2017, por mais dois anos (2017-2018), sob alegação, dentre outras, que:

• as diretrizes elencadas no Mapa Estratégico 2012/2016 se mostram ainda muito atuais,


mantendo consonância com as boas práticas elencadas pelo projeto Marco de Medição
de Desempenho – Qualidade e Agilidade dos Tribunais de Contas (MMD-QATC),
norteador das Cortes de Contas na atualidade;

• a adesão do Tribunal de Contas Estado do Maranhão (TCE/MA) ao processo de avaliação


do Marco de Medição de Desempenho – Qualidade e Agilidade dos Tribunais de Contas
(MMD-QATC), resultou na necessidade de revisar e alinhar os objetivos estabelecidos no
Planejamento Estratégico aos padrões exigidos pela mencionada avaliação e aos
desafios/demandas que ora se apresentam,

No Mapa Estratégico de 2012 – 2016, foram delineados 18 objetivos Estratégicos para serem
alcançados no período, quais sejam:

• PERSPECTIVA DA SOCIEDADE
• Contribuir para a efetividade das Políticas Públicas;
02 – Estimular o controle social;
03 – Ampliar o acesso da Sociedade ao TCE;
• PERSPECTIVA DO CLIENTE
04 – Contribuir para o aperfeiçoamento da gestão pública;
05 – Ampliar o acesso dos Jurisdicionados (informação, conhecimento);
06 – Aperfeiçoar as relações com os órgãos da Rede de Controle;
• PERSPECTIVA DOS PROCESSOS INTERNOS
07 – Ampliar os serviços de orientação aos jurisdicionados para o aperfeiçoamento da gestão
pública;
08 – Fortalecer a imagem do TCE;
09 – Aprimorar a gestão da comunicação interna e externa;
10 – Aperfeiçoar a gestão operacional das atividades finalísticas;
11 – Buscar a excelência da fiscalização;
12 – Ampliar a transparência das ações do TCE e as informações dos Jurisdicionados;
18 – Fortalecer o Ministério Público de Contas;
• PERSPECTIVA DA APRENDIZAGEM E CRESCIMENTO
13 – Implementar Modelo de gestão de pessoas por competências;
14 – Implementar a gestão do conhecimento;
• PERSPECTIVA DOS RECURSOS ESTRATÉGICOS
15 – Aprimorar o modelo de Gestão;
16 – Aprimorar a Gestão de TI;
17 – Aperfeiçoar o ambiente de trabalho.

No relatório denominado de “Planejamento Estratégico e Plano Estratégico de Gestão de


Pessoas do Tribunal de Contas do Estado do Maranhão – TCE/MA – Visão Estratégica 2012-
2018 – Relatório para prorrogação da vigência para 2 anos” chama a atenção para as
seguintes afirmativas:

• Após avaliar o ciclo de Planejamento Estratégico (PE), referente às realizações do Plano


Gerencial do período de 2012 a 2016, o Tribunal de Contas do Estado do Maranhão decidiu
estender por mais quatro anos a vigência do seu PE, por considerar que uma grande parte
dos objetivos estratégicos definidos no marco inicial não foram realizados ou concluídos
dentro do cronograma previsto.

• Nesse sentido, o Tribunal optou por substituir a metodologia adotada inicialmente para
construção dos planos gerenciais por uma metodologia que utiliza o Marco de Medição
de Desempenho dos Tribunais de Contas (MMD-TC) como referência para a
implementação de ações da visão gerencial, mantendo o compromisso com o alcance dos
objetivos estratégicos estabelecidos no PE.

No referido relatório se destaca que “O Marco de Medição de Desempenho dos Tribunais de


Contas é um instrumento de avaliação de desempenho institucional que estrutura-se em 8
(oito) domínios, a saber: Domínio A: Independência e marco legal; Domínio B: Estratégia para
o desenvolvimento organizacional; Domínio C: Estrutura e gestão de apoio; Domínio D:
Recursos humanos e liderança; Domínio E: Celeridade e tempestividade; Domínio F: Normas e
metodologia de auditoria; Domínio G: Resultados (relatórios) de auditoria; Domínio H:
Comunicação e Gestão das partes interessadas. No processo de avaliação são analisados e
pontuados 27 (vinte e sete) indicadores, distribuídos entre os 8 (oito) domínios acima, num
total 81 (oitenta e uma) dimensões existentes e mais de 500 (quinhentos) critérios. Para
garantir o alcance dos objetivos elencados no Mapa Estratégico, cada área operacional
identificará os indicadores e suas dimensões que contribuem diretamente para o alcance dos
objetivos estratégicos, desta forma garantindo o princípio fundamental do BSC, a
causalidade, que deve existir entre os objetivos estratégicos e os objetivos estabelecidos no
nível gerencial e, consequentemente, entre os seus indicadores”.

Ao final do mencionado relatório foi anexado o quadro denominado “Avaliação do Plano


Estratégico do TCE/MA – Período de 2012 a 2016”:
No site do TCE/MA, na pasta “Transparência” -> “Gestão do TCE” - > “Relatórios de Gestão”-
> “Planejamento e Gestão”, se encontram disponíveis apenas o “Caderno – Planejamento
Estratégico 2012-2016” (acompanhada da Resolução 180/2012) assim como do “Caderno
Planejamento Estratégico – Gestão de Pessoas”.

Portanto, não há “divulgação dos resultados alcançados para os servidores e para a


sociedade por meio dos instrumentos oficiais de comunicação e transparência”, conforme
previsto no Anexo II da Resolução 180/2012. No inciso III, do $ 4º, do art. 5º, da referida
Resolução se estabelece que “a Comissão Permanente de Monitoramento e Avaliação terá
as seguintes atribuições: “....... III - produzir informações periódicas atualizadas da
evolução dos indicadores e dos resultados alcançados pelo Tribunal e disponibilizá-las para
ampla divulgação”,

Relativamente ao Código de Ética, conforme já comentado no subindicador “ID 1”,


precedente, por meio das Resoluções Normativas nºs 282 e 283, datadas de 30/08/2017,
foram aprovadas respectivamente o Código de Ética dos Membros do Tribunal de Contas do
Estado do Maranhão e o Código de Ética dos Servidores do Tribunal de Contas do Estado do
Maranhão.

Resultado do Diagnóstico: O TCE/MA elaborou e aprovou o Planejamento Estratégico de suas


atividades, estabelecendo metas e indicadores de desempenho que cobre o período de 2012
a 2016, sendo que o mesmo foi prorrogado por mais dois anos, ou seja até 2018, tendo em
vista a necessidade de revisar e alinhar os objetivos estabelecidos no Planejamento
Estratégico aos padrões exigidos como resultado da avaliação pelo Marco de Medição de
Desempenho – Qualidade e Agilidade dos Tribunais de Contas (MMD-QATC). No site do
Tribunal não se encontram disponibilizada as informações periódicas atualizadas da evolução
dos indicadores e dos resultados alcançados pelo Tribunal sobre o Planejamento Estratégico.
De acordo a informação disponibilizada, a partir do Planejamento Estratégico, vários
procedimentos foram adotados e que de modo significativo propiciaram a melhoria das
atividades do controle externo. Necessário se faz envolver todos os atores e efetivamente
utilizar o planejamento como uma verdadeira e poderosa ferramenta de gestão, com
respaldo incondicional da Máxima Autoridade do TCE/MA.
Subindicador 11 Nível de
Desenvolvimento
A EFS dispõe de um nível gerencial para garantir que os processos 2
decisórios e os mecanismos de controle operem de forma econômica,
eficiente e eficaz, promovendo assim uma boa governança interna
(por exemplo, elabora-se um plano estratégico e planos operacionais
alinhados com tal plano; conta-se com estratégias de comunicação
interna; dispõem-se e faz cumprir um código de ética).

ID 12: “A EFS dispõe de suficientes recursos materiais e tecnológicos para assegurar a provisão dos
ativos, a tecnologia e os serviços de apoio necessários para dar suporte aos processos
chaves de auditoria”.

FUNDAMENTO: Recursos Materiais e Tecnológicos


• As EFS devem contar com equipes e recursos técnicos, aplicativos de apoio necessários
para realizar suas funções de maneira mais técnica, segura e eficiente possível. Deve
promover o uso de aplicativos para o gerenciamento em tempo real da informação e da
documentação eletrônica resultante do trabalho de auditoria.

• As EFS devem contar com unidades de apoio aos trabalhos como, por exemplo, suporte
das áreas de sistemas, secretaria e publicação de relatórios.

Situação do TCE/MA: O TCE/MA possui sede própria. O Tribunal dispõe de uma estrutura
organizacional voltada para atender os interesses do controle externo, bem como uma
equipe de apoio administrativo para a manutenção destas ações.

Como já foi mencionado no subindicador 9, o TCE/MA conta em sua estrutura organizacional


com a Superintendência de Tecnologia da Informação - SUTEC que tem por finalidade propor
políticas e diretrizes de tecnologia da informação e coordenar as ações delas decorrentes, de
modo a dotar o Tribunal e as unidades da Secretaria do Tribunal de atividades e de soluções
corporativas, que permitam a produção, o armazenamento, a transmissão, o acesso e o uso
da informação, inclusive para fins de atendimento à Lei nº 12.527, de 18 de novembro de
2011 – Lei de Acesso à Informação, de modo a contribuir com a implementação das
estratégias e dos resultados da organização.

O TCE/MA vem investindo fortemente no desenvolvimento de ferramentas eletrônicas de


gerenciamento em tempo real da informação e da documentação.

De acordo com o informado, o Tribunal dispõe de aplicativos adquiridos e também


desenvolvidos internamente, que permitem acompanhamento em tempo real da execução
orçamentária, financeira e patrimonial dos entes fiscalizados, como o SAE-Sistema de
Auditoria Eletrônica, além de sistemas de monitoramento de atos administrativos de
licitações e contratos (SACOP) e de admissão e inatividade (SAAP). Possui ainda sistema de
controle de armazenamento e fluxo de processos (SCP). Possui capacidade de
armazenamento de dados, velocidade de comunicação, e infraestrutura de segurança com
três redundâncias, mas ainda não possui site de backup, o que ocorrerá apenas no segundo
semestre de 2018, com a estruturação da sala de informática no prédio Anexo do Tribunal. O
Tribunal possui contrato de Outsourcing e cada servidor dispõe de terminal exclusivo
interligado em rede, com acesso a intranet, internet e sistemas corporativos.

Resultado do Diagnóstico: O TCE/MA dispõe, atualmente, de meios materiais e tecnológicos


que atendem as demandas presentes, porém, necessitando de constante ampliação em
virtude da crescente demanda decorrente da informatização dos processos administrativos e
finalísticos. Os sistemas estão sendo concebidos e desenvolvidos pela Superintendência de
Tecnologia da Informação – SUTEC. Com relação à Política de Segurança da Informação –
apesar de ter sido editada e aprovada pela Resolução TCE/MA nº 281, de 30/08/2017– ainda
não foi devidamente divulgada/disseminada aos servidores do TCE/MA, que propicie
orientações/ esclarecimentos que devem ser observados por todos os usuários sobre essa
política, os procedimentos, as normas e diretrizes visando a segurança na rede de
computadores. Não foi concebida o Plano Diretor da Tecnologia da Informação (PDI).

Subindicador 12 Nível de
Desenvolvimento
A EFS dispõe de suficientes recursos materiais e tecnológicos para 3
assegurar a provisão dos ativos, a tecnologia e os serviços de apoio
necessários para dar suporte aos processos chaves de auditoria.

ID 13: “A EFS tem desenhada uma estratégia de comunicação e de divulgação dos resultados de
suas ações com a sociedade civil assim como com os usuários de seus serviços e outros
sócios estratégicos (por exemplo: Outras EFS, doadores, meios de comunicação, corpo
legislativo, entidades auditadas, instituições acadêmicas, etc.)”.

FUNDAMENTO: Comunicação e Divulgação dos Relatórios


• Como resultado da independência, a EFS deve ter a liberdade de definir o conteúdo dos
seus relatórios de auditoria, de fazer observações e formular recomendações tendo em
conta os comentários da entidade auditada. Salvo por aqueles relatórios onde a lei
estabelece requisitos ou condições específicas que deverão ser cumpridas, a EFS deve ter
a liberdade de definir acerca da tempestividade de seus relatórios. As EFS devem ter o
poder de publicar e divulgar seus relatórios uma vez que eles tenham sido levados ao
conhecimento formal dos organismos que determinam a lei.

Situação do TCE/MA: A transparência na administração pública é uma obrigação imposta


aos responsáveis pelo erário.

O Portal do Tribunal utiliza-se dos avanços tecnológicos para inovar na aproximação entre as
ações do Tribunal e a sociedade, possibilitando a esta o exercício da responsabilidade e
controle social.
Estão sendo implementadas ações para melhorar a percepção que as partes interessadas
têm do TCE/MA, a começar pelo próprio layout do site, que foi modernizado, assim como
ações diretamente voltadas aos jurisdicionados e à sociedade, a exemplo dos “Sessão
Plenário”, onde a sociedade pode assistir a sessão do plenário ao vivo, do “Portal da
transparência”, que é dedicado a oferecer dados oficiais da Administração Pública para
consulta/informação ao cidadão, e o “Portal Contas na Mão”, o qual permite o
acompanhamento das finanças, investimentos e aplicações do dinheiro público em todo o
Estado.

De acordo com as informações prestadas, a publicação de relatórios de auditoria bem como


de quaisquer outros instrumentos que apresentem os resultados da atuação do TCE é uma
diretriz da Política de Comunicação expressa no Plano de Comunicação da instituição. Como
resultado, tem sido editado sumários executivos e relatórios de atividade, além de matérias
jornalísticas, divulgando, em linguagem apropriada, os achados de auditoria mais relevantes,
bem como trabalhos em andamento. Tudo isso resultado em uma ampla divulgação das
informações junto à sociedade, meios de comunicação, demais organismos envolvidos (a
exemplo da Rede de Controle da Gestão Pública) e fiscalizados. Convém ressaltar a recente
aprovação de Instrução Normativa garantindo ampla divulgação, em âmbito interno e
externo, do relatório técnico, antes mesmo da primeira decisão do órgão. Tão logo concluído
e dadas as chancelas do supervisor e do gestor da unidade, o relatório é automaticamente
disponibilizado no sistema de acompanhamento de processos, que é aberto ao público.

Resultado do Diagnóstico: Todas as decisões são disponibilizadas na internet em


www.tce.ma.gov.br e por meio do Diário Oficial Eletrônico, no qual se publicam os atos
processuais e administrativos do TCE/MA, bem como as suas comunicações em geral. Os
requisitos de autenticidade, de integridade, de segurança e de validade jurídica do Diário
Oficial Eletrônico são garantidos mediante a assinatura digital. O relatório se torna público
após assinatura eletrônica do auditor, do visto do supervisor e do gestor da unidade técnica.
Assim, os interessados poderão ter acesso às decisões e verificar o status dos processos. No
caso das auditorias operacionais, os relatórios também são disponibilizados na pasta
“Publicações” no Portal do TCE/MA, após serem jugados pelo pleno.

Subindicador 13 Nível de
Desenvolvimento
A EFS tem desenhada uma estratégia de comunicação e de 3
divulgação dos resultados de suas ações com a sociedade civil
assim como com os usuários de seus serviços e outros sócios
estratégicos (por exemplo: Outras EFS, doadores, meios de
comunicação, corpo legislativo, entidades auditadas, instituições
acadêmicas, etc.)
ID 14: “A EFS conta com mecanismos que lhe permitem definir os resultados que se espera cumprir,
e medi-los mediante indicadores de qualidade e impacto”.

FUNDAMENTO: Medição de Resultados


• Um importante valor agregado resultante do trabalho de controle da EFS é a
disseminação e promoção das melhores práticas administrativas e financeiras. Para
alcançar esta meta, as EFS devem definir seus objetivos e indicadores para o cumprimento
das suas funções com qualidade e expectativa de impacto que tenha sido gerado pelo seu
trabalho nas entidades auditadas e na gestão das finanças públicas.

• A EFS tenha reconhecido que, como um princípio para a supervisão adequada, deveria ter
mecanismos eficazes para monitorar as recomendações do SAI. Este trabalho fornece
informações relevantes para determinar o impacto que foi gerado nas entidades, como
resultado do trabalho de auditoria realizado pela EFS.

• Com este propósito as EFSs devem contar com procedimentos internos de seguimento
que lhes permitam verificar se as entidades auditadas tenham implementado suas
observações ou recomendações, remetendo um relatório sobre o resultado deste
seguimento ao poder legislativo e a entidade auditada para sua consideração.

Situação do TCE/MA: O TCE/MA conta com um plano estratégico com ações definidas

Em função das diretrizes definidas pela Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do
Brasil - ATRICON e em consonância com o Marco de Medição de Desempenho -Qualidade
Agilidade dos Tribunais de Contas, desenvolvidos a partir da metodologia SAI-PMF, o
Tribunal de Contas reconhece a necessidade de implementar mecanismos eficazes para
monitoramento das recomendações e tem feito através da implantação das boas práticas
elencadas no MMD-QATC. Uma das boas práticas, que é destaque na avaliação do TCE/MA, é
justamente a relativa às Auditorias Operacionais ou de Resultados.

A auditoria operacional realizada pelo TCE/MA visa a avaliar a gestão de órgãos ou entidades
integrantes da Administração Pública municipal ou estadual, bem como o desenvolvimento
de programas, projetos ou atividades governamentais em ambas as esferas, quanto aos
aspectos da economicidade, eficiência, eficácia e efetividade, visando a aperfeiçoar a gestão
pública e a fomentar o controle social.

A Instrução Normativa 044/2016 dispõe sobre a sistemática e os procedimentos de auditoria


operacional e sobre o desenvolvimento do respectivo processo. Em seu artigo 12, prevê o
monitoramento de Plano de Ação para cumprimento das recomendações/determinações do
ato decisório da auditoria operacional realizada. Conforme o parágrafo 3º do artigo 12 da
Instrução Normativa 44/2016, para a consecução das finalidades previstas no Relatório de
Recomendações, a equipe técnica acompanha o cumprimento do Plano de Ação e elabora
relatórios de monitoramento que são submetidos à apreciação do relator do processo. Os
decisórios são encaminhados ao órgão auditado, ao controle interno do fiscalizado, à
Assembléia e às Câmaras Legislativas por meio da Prestação de Contas Anual e à Sociedade,
através de publicação no Diário Oficial.
O TCE/MA elabora trimestralmente seus Relatórios de Atividades, e estão disponibilizados no
sítio do Tribunal. Nestes relatórios, são divulgadas as principais ações do Tribunal, dentre
outras, sobre: Atividades Processuais e Plenárias; Atividades de Controle Externo, Relatório
de Produtividade do MPC, Ouvidoria. Atividades Realizadas pela Escola Superior de Controle
Externo.

Merece ser destacado os trabalhos realizados pela UTCEX 2 sobre a análise prévia dos editais
de licitação antes da efetivação do certame (adjudicação de contrato a vencedor), da
realização de inspeções, do exame de prestações e tomadas de contas, contratos e outros
atos consumados. Em qualquer hipótese, o Tribunal pode exigir correções – ação imediata
por meio de medida cautelar - quando verificadas irregularidades ou impropriedades, e
aplicar sanções quando não forem sanadas. No entanto, não é prática mensurar em termos
financeiros os impactos de sua atuação como resultados do Tribunal, em cada processo.

Resultado do Diagnóstico: O TCE/MA conta com um plano estratégico com ações definidas,
mas não possui um sistema de seguimento que lhe permita a avaliação de impacto dos
resultados dos trabalhos desenvolvidos pelo Tribunal como um todo. O TCE/MA não tem
uma rotina estruturada para monitorar a implementação das recomendações oriundas das
fiscalizações, assim como sobre a análise prévia dos editais de licitação realizadas pela UTCEX
2, onde os impactos de sua atuação não são mensurados em termos financeiros em cada
processo. Existem impactos que não são reportados por serem de difíceis mensurações, ou
seja, em termos de benefício para a imagem/representatividade do Tribunal.

Subindicador 14 Nível de
Desenvolvimento

A EFS conta com mecanismos que lhe permitem definir os 1


resultados que se espera cumprir, e medi-los mediante
indicadores de qualidade e impacto.

• Próximos Passos

Este capítulo objetiva dar uma visão geral, portanto não pretende dar um tratamento exaustivo ao
assunto tão amplo, porém propicia uma base para promoção de alinhamento de ações e organização
dos fluxos internos e externos, assim como a melhoria continua dos processos no contexto da
modernização e fortalecimento do TCE/MA:

• O TCE/MA trabalhará com o Banco como parceiro no processo de modernização para atingir o
nível de excelência na execução dos trabalhos de auditoria.

• O TCE/MA realizará a auditoria do(s) Contrato(s) de Empréstimo parcialmente financiado pelo


Banco no Estado do Maranhão, que tenha sido assinado e/ou que venha a ser assinado pelo
Governo de Estado, ou entidade por ele controlado, assim como com os Municípios
jurisdicionados, se assim ficar acordado entre o Banco e o Mutuário/Executor do Projeto. Nesse
sentido, o TCE/MA – na época oportuna - deverá formalizar a indicação da área do Tribunal, e
designar a equipe de auditoria para esse fim.

• O TCE/MA deverá normatizar os procedimentos internos para trâmite específico dos relatórios
referentes às auditorias externas dos projetos parcialmente financiados com recursos do BID,
com vistas ao cumprimento do prazo de entrega desses relatórios de auditoria ao Órgão Executor
do Projeto, conforme estabelecido nos Termos de Referência de Auditoria (TdR) a ser elaborado
pelo Órgão Executor do Projeto, com aprovação do Banco.

• O Banco promoverá evento de capacitação aos auditores designados para proceder à auditoria
do(s) Projetos/Programas. sobre Auditoria, Demonstrações Financeiras e Desembolsos, em data
a ser agendada entre as partes (Banco e o Tribunal). Assim como, promoverá evento de
capacitação sobre as Políticas de Aquisição, em data a ser agendada por parte de Especialista em
Aquisições do Banco.

• O TCE/MA, no contexto da modernização e fortalecimento institucional do Tribunal, de acordo


com a sua conveniência e oportunidade, deverá:

• Manual de Auditoria: Elaborar os Manuais de Fiscalização do Tribunal de Contas do Estado do


Maranhão (incluindo, entre outros, o Manual de Auditoria Operacional, de Obras, de
Licitações, de Convênios e Contratos, da Tecnologia da Informação, etc.), com fundamento nas
ISSAIs, por Comissão constituída pela Portaria TCE/MA nº 340, de 15/03/2018. Inserir nos
referidos manuais o modelo da “Declaração de não impedimento”, no qual o servidor se
manifeste formalmente - para cada trabalho - sobre os possíveis impedimentos / conflito de
interesses em relação ao órgão auditado / fiscalizado.

• Tecnologia da Informação - SUTEC: (i) Conceber o Plano Diretor de Informática (PDI); e (ii)
Promover a divulgação/disseminação aos servidores do TCE/MA sobre a Política de Segurança
da Informação (PSI), aprovada pela Resolução TCE/MA nº 281, de 30/08/2017.

• Núcleo de Informações Estratégicas - NIE: Para fins possibilitar maior coleta de informaçoes
para a construção de trilhas de auditoria visando a preparação da Matriz de Risco, e, por
consequência, otimizar as fiscalizações do TCE/MA, no contexto de ações de controle externo,
viabilizar os convênios/termos de cooperação com o Governo Estadual para permitir o acesso
assim como a obtenção de informações do banco de dados das Secretarias e Autarquias, por
exemplo, SIAFEM, SIAGEM, SEFAZ, etc.

• Código de Ética: Promover a divulgação/disseminação aos servidores do Tribunal do Código de


Ética dos Servidores do Tribunal de Contas do Estado do Maranhão, aprovada pela Resolução
TCE/MA nº 283, de 30 de agosto de 2017.

• Sistema de Auditoria: Verificar a possibilidade de desenvolver / implantar um sistema


informatizado de auditoria, que vise assegurar de forma sistematizada a aderência aos
procedimentos, métodos e técnicas, das fases de planejamento, execução e relatório,
garantindo desse modo que o processo de fiscalização/auditoria seja realizado com rigor
metodológico, em atendimento as normas internacionais de auditoria.
• Capacitação: Promover – alinhado com o planejamento estratégico – evento de capacitação
aos servidores que executam atividades de controle externo sobre as Normas Internacionais
das Entidades Fiscalizadoras Superiores (ISSAIs), emitidas pela INTOSAI, que estão convergidas
com as Normas Internacionais de Auditoria emitidas pela Federação Internacional de
Contadores (IFAC), com vistas a padronizar a aplicação dos seus procedimentos e práticas de
auditoria em todas as etapas no âmbito da sua atuação.

• Educação Continuada: Instituir política de educação continuada aos Auditores Estaduais de


Controle Externo, de forma regulamentada, estabelecendo a carga horária anual mínima para
desenvolvimento da capacidade técnica e aumento da qualidade dos trabalhos, condizente
com suas atividades de controle externo (auditoria). A exigência de educação continuada é
prerrogativa básica instituída em todas as normas de auditoria para o desenvolvimento da
capacidade técnica e aumento da qualidade dos trabalhos.

• Escola de Contas: Considerando a importância da Escola de Contas, o TCE/MA deverá


intensificar seus esforços de capacitação nos próximos anos com fulcro de eliminar déficit de
treinamentos em períodos passados, principalmente, os esforços de treinamento e
capacitação do TCE-MA para formação de auditores governamentais lotados na Secretaria de
Controle Externo – SECEX, assim como os auditores lotados em gabinetes e em atividades de
suporte, por força das atribuições inerentes ao cargo. Que a modernização da estrutura física
venha acompanhada de medidas que viabilizem: a) O compromisso com atingimento das
metas de educação continuada de 80h/ano para cada profissional de auditoria governamental;
b) A operacionalização do Encargo de Curso ou Concurso para que se possa estimular a
produção e compartilhamento interno de conhecimentos; c) A destinação do orçamento
próprio para a Escola, incluindo participação nas receitas do FUNTEC, se for o caso; d)
Ampliação dos esforços em estabelecer novas parcerias em EaD, assim como iniciar o processo
de implementação de Cursos de EaD ainda em 2018 que possam encorajar a intensificação de
ações educacionais destinados aos servidores. Tornar mais visível, transparente no site do
TCE/MA as ações desenvolvidas pela Escola de Contas.

• Controle de Qualidade: No contexto de “Controle de Qualidade”, estabelecer mecanismos de


avaliação de controle de qualidade referentes aos trabalhos efetuados no âmbito das UTCEXs,
de forma independente das áreas responsáveis pela execução dos trabalhos, que assegurem
às auditorias/fiscalizações os padrões de qualidade exigidos pelas normas da INTOSAI.

• Mensuração de Resultados: Deveria ser implantado um sistema de monitoramento dos


impactos de suas determinações junto aos órgãos jurisdicionados, pelas decisões do Tribunal
de Contas, assim como implantar sistema de monitoramento/seguimento das recomendações
formuladas nos relatórios de fiscalização, que permita a avaliação de impacto dos resultados
dos trabalhos desenvolvidos pelo Tribunal como um todo.

• Planejamento Estratégico: Proceder à divulgação no site do TCE/MA - no contexto da


comunicação e transparência - das informações periódicas atualizadas da evolução dos
indicadores e dos resultados alcançados pelo Tribunal sobre o Planejamento Estratégico, em
atendimento ao previsto no inciso III, do $ 4º, do art. 5º, da Resolução 180/2012, se estabelece
que “a Comissão Permanente de Monitoramento e Avaliação terá as seguintes atribuições:
[.......] III - produzir informações periódicas atualizadas da evolução dos indicadores e dos
resultados alcançados pelo Tribunal e disponibilizá-las para ampla divulgação”. De acordo a
informação disponibilizada, a partir do Planejamento Estratégico, vários procedimentos foram
adotados e que de modo significativo propiciaram a melhoria das atividades do controle
externo. Porém, é necessário o envolvimento de todos os atores e efetivamente utilizar o
planejamento como uma verdadeira e poderosa ferramenta de gestão, com respaldo
incondicional da Máxima Autoridade do TCE/MA.

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