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As técnicas da auditoria pública não são diferentes, ou seja, são os procedimentos que são
realizados pelos auditores para fazer a auditoria e relatório das instituições públicas, essas
técnicas devem ser respeitadas para garantir a confiabilidade das informações prestadas.
Como podemos observar, a auditoria pública é regida por Normas Internacionais que visam a
garantir a credibilidade da auditoria, além de promover uma conduta universal entre os
auditores, ou seja, se o auditor for realizar um procedimento em qualquer lugar do Brasil, ele
deve seguir a essas normas, para que os relatórios sejam uniformes, e evidenciem um
resultado dentro do previstos.
No Brasil, o Tribunal de Contas da União emite várias normas de auditoria, apresentando todas
as técnicas que os auditores devem seguir, essas normas são feitas baseadas nas Normas
Internacionais das Entidades Fiscalizadoras Superiores, que buscam a aplicação dos métodos e
regimentos nas auditorias das entidades fiscalizadoras superiores.
As técnicas da auditoria pública devem ser estudadas e seguidas por todos os profissionais que
vão realizar qualquer prática nas instituições, seja nas privadas ou públicas, pois só assim
poderá garantir aos seus clientes e usuários uma visão fidedigna da realidade, sendo auxiliados
pelos princípios contábeis e constitucionais.
1.2 Técnicas dos Relatórios
Os relatórios e pareceres são o resultado do trabalho dos auditores, e são lidos e seguidos
pelos gestores das empresas, no caso das instituições públicas, são feitos para os chefes do
executivo, diretores dos programas do governo e pessoal especializado em realizar os
lançamentos contábeis das instituições.
Esses relatórios devem seguir determinados parâmetros e normas em todo o país, respeitando
e atendendo ao que preveem as Normas Internacionais e os princípios contábeis, além de
conter elementos obrigatórios que o viabilizam, no momento da entrega, para os clientes ou
usuários.
Os relatórios apresentarão os fatos e sua avaliação de uma maneira objetiva, clara e restrita
aos elementos essenciais. Os relatórios deverão ser redigidos em uma linguagem precisa e de
fácil compreensão.
Os relatórios apresentam informações que vão implicar na estrutura das instituições públicas,
demonstrando formas de melhoria para a organização, além de informar estratégias de como
a instituição pode gerenciar melhor suas arrecadações, vinculando os valores aos programas
estabelecidos e atendendo aos princípios da efetividade, eficiência e eficácia.
As Entidades Fiscalizadoras Superiores devem, por meio de suas auditorias, promover uma
classificação orçamentária claramente definida e sistemas contábeis tão simples e claros
quanto possível.(IRB, 2017, ps. 8 e 9).As Entidades Fiscalizadoras Superiores são uma
organização mundial, que tem o objetivo de auxiliar as instituições na elaboração das técnicas
de auditoria pública, que devem estar previstas na Constituição de cada país, além de realizar
auditoria financeira nos orçamentos públicos, promovendo a classificação do orçamento e dos
sistemas contábeis. Essa entidade tem ainda a característica de ser:
2 Programas de Auditoria
Os programas de auditoria são os planos que devem ser seguidos pelos auditores no momento
da execução dos serviços nas instituições públicas, esses programas apresentam as normas e
diretrizes importantes que devem ser obedecidas, e é sobre esse importante assunto que
vamos estudar a seguir.
planos detalhados de ação, voltado para orientar e controlar a execução dos procedimentos da
auditoria. Descreve uma série de procedimentos de exames a serem aplicados, com a
finalidade de permitir a obtenção de evidências adequadas que possibilitem formar uma
opinião. Deve ser considerado pelo profissional de auditoria governamental apenas como um
guia mínimo, a ser utilizado no transcurso dos exames, não devendo, em qualquer hipótese,
limitar a aplicação de outros procedimentos julgados necessários nas circunstâncias. (IRB,
2010, p. 14).
Como podemos observar, os programas de auditoria são planos de ação que permitem que o
auditor forme opinião sobre o assunto em que vai trabalhar, no entanto não pode se limitar a
esse programa para executar os serviços, devendo ter um conhecimento mais abrangente
sobre o tema, e buscar conhecimentos em outras áreas da ciência para realizar um completo
estudo do caso auditado.
Temos ainda a definição trazida pelo Tribunal de Contas do Distrito Federal sobre os
programas de auditoria que diz:
Desse modo, os programas de auditoria são as formalidades dos procedimentos técnicos que
são adotados pelo auditor, além de compreender um conjunto de comandos que o auditor e
sua equipe devem seguir, para que os dados sejam confiáveis e validados para o bem das
organizações públicas.
Ainda de acordo com as Normas de Auditoria Governamental, de 2010, para elaboração dos
programas de auditoria: "o diretor, coordenador, gerente ou supervisor de auditoria
governamental aplicará sua experiência e julgamento profissional de maneira a assegurar que
cada programa possibilite ao profissional de auditoria governamental atingir, de forma
eficiente e eficaz, os objetivos nele estabelecidos" (IRB, 2010, p. 60).
Agora que já entendemos o que é o programa de auditoria, vamos conhecer para que ele serve
e quais os objetivos que um eficiente programa de auditoria apresenta tanto à equipe de
auditores, quanto às organizações públicas que recebem os relatórios dos auditores de forma
eficiente.
b) propiciar o cumprimento dos serviços contratados com a entidade dentro dos prazos e
compromissos, previamente, estabelecidos;
Também é objetivo do planejamento avaliar quais os itens que merecem uma maior atenção,
ou seja, um maior cuidado da auditoria, como, por exemplo, os itens que já tiveram históricos
de fraudes, ou até em que contas os gestores estão querendo aumentar as arrecadações, ou
investir mais os recursos.
g) definir a forma de divisão das tarefas entre os membros da equipe de trabalho, quando
houver;
h) facilitar a supervisão dos serviços executados, especialmente quando forem realizados por
uma equipe de profissionais;
Por fim, o planejamento de auditoria vai garantir que os serviços sejam entregues no tempo
adequado, e auxilia o auditor e toda a sua equipe na elaboração dos relatórios, garantindo a
confiabilidade dos serviços prestados e a garantia, para os seus clientes, de que os serviços
possam ser realizados em cumprimento com o que designam as normas contábeis.
Esses primeiros passos vão fazer toda a diferença no momento da execução da auditoria, pois,
com o planejamento adequado e os conhecimentos prévios do assunto, o resultado será
exatamente como esperado, sem surpresas indesejadas
a) podem influenciar seu desempenho, tais como níveis de inflação, crescimento, recessão,
deflação, desemprego, situação política, entre outros;
c) as políticas governamentais, tais como monetária, fiscal, cambial e tarifas para importação e
exportação; e
é fundamental para a avaliação, pelo auditor, dos impactos que a inobservância das normas
pertinentes pode ter nas Demonstrações Contábeis. Neste sentido, o auditor deve considerar
os seguintes aspectos: a) os impostos, as taxas e as contribuições a que a entidade está sujeita;
Essas três etapas são as iniciais do processo de planejamento da auditoria e devem ser feitas
antes do início das atividades, e até mesmo antes de o auditor aceitar a atividade que lhe será
confiada, no entanto temos ainda outras etapas que merecem nossa atenção e que vamos
estudar adiante.
j) as modalidades de inventários;
da entidade;
Esses aspectos que devem ser analisados nas práticas das empresas dizem respeito à forma
como a empresa executa suas atividades, no caso de auditoria pública, esse aspecto também
deve ser levado em conta, pois deve ser analisado como o órgão público funciona, quais as
medidas estruturais que são tomadas, como funciona o sistema de hierarquização do órgão, e
ainda quais os tipos de projetos, e ações que são desenvolvidos na instituição.
conhecimento detalhado das práticas contábeis adotadas pela entidade, para propiciar uma
adequada avaliação da consistência das Demonstrações Contábeis, considerando os seus
efeitos sobre o programa de auditoria em face das novas normas de Contabilidade que
passarem a ser aplicáveis à entidade.
Nas auditorias públicas, devem ser observadas as normas técnicas de contabilidade voltadas
ao setor público, suas obrigatoriedades, particularidades, e as práticas que são adotadas no
caso particular do órgão que está sendo auditado.
4 Relatório de Auditoria
Após o processo de planejamento do auditor e de sua equipe, e após a análise dos dados e
relatórios, o auditor iniciará o processo de elaboração do relatório final, esse relatório deve
conter algumas partes essenciais, como sumário, desenvolvimento e recomendações, nos
quais ele deixará as sugestões para serem realizadas naquela instituição.
Os relatórios que são definidos como sem ressalvas são aqueles que os auditores não apontam
nenhuma característica negativa, e são definidos pelo Conselho Federal de Contabilidade
como:
Os relatórios que são definidos como com ressalva, são aqueles os quais o auditor aponta
algumas sugestões e recomendações, e são definidos de acordo com o Conselho Federal de
Contabilidade como:
b) com ressalvas, com emissão obrigatória de carta de recomendações, quando for imposta
alguma limitação no escopo da revisão que impeça os auditores-revisores de aplicar um ou
mais procedimentos requeridos, ou quando encontrarem falhas relevantes que, porém, não
requeiram a emissão de Parecer adverso; (CFC, 2008, p. 448).
O outro tipo de relatório que pode ser emitido pelo auditor e sua equipe é o definido como
com conclusão adversa, é aquele no qual a equipe e o auditor verificam algumas
irregularidades e falhas e as aponta, e é definido pelo Conselho Federal de Contabilidade
como:
O último modelo de relatório de auditoria definido pela legislação é o relatório com abstenção
de conclusão, que é aquele onde o auditor e sua equipe, diante de todo o trabalho realizado,
não consegue emitir uma opinião sobre o assunto, e é definido pelo Conselho Federal de
Contabilidade como:
Como podemos observar os tipos de relatórios que o auditor e sua equipe realiza dentro das
organizações vai depender das informações que ele encontrou, e das conclusões que foram
tomadas a respeito, lembrando sempre que o trabalho do auditor deve obedecer ao princípio
da independência, não devendo ser deixado influenciar sob nenhum aspecto pelos gestores e
gerentes da empresa onde está sendo realizado o trabalho.
Concluímos desse modo que todo o processo de auditoria dentro das organizações, sejam
públicas ou privadas, é importante, e se inicia desde o planejamento da execução das
atividades, até sua conclusão por meio dos relatórios técnicos, com os devidos pareceres que
servirão de base para as empresas buscarem uma melhoria de suas atividades.