Você está na página 1de 32

PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS

SÓLIDOS

EMPRESA

BENTO GONÇALVES, XXXXXXXX DE 2017


SUMÁRIO

1 IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA.................................................................................................4
2 IDENTIFICAÇÃO DO RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO DO PGRS............................4
3 LISTA DE SIGLAS...........................................................................................................................5
4 INTRODUÇÃO.................................................................................................................................6
5 OBJETIVO........................................................................................................................................7
6 METODOLOGIA.............................................................................................................................8
6.1 PLANEJAMENTO..........................................................................................................................8
6.1.1 Objetivos e metas.................................................................................................................8
6.1.2 Aspectos ambientais............................................................................................................9
6.1.2.1 Geração..............................................................................................................................9
6.1.2.2 Classificação.......................................................................................................................9
6.1.2.3 Quantificação......................................................................................................................9
6.1.3 Requerimentos legais e outros............................................................................................9
6.2 IMPLEMENTAÇÃO E OPERAÇÃO.............................................................................................10
6.2.1 Estrutura e responsabilidade............................................................................................10
6.2.2 Treinamento, consciência e competência.........................................................................10
6.2.3 Manuseio e acondicionamento..........................................................................................10
6.2.4 Pré-tratamento...................................................................................................................11
6.2.5 Documentação do PGRS...................................................................................................11
6.2.5.1 Objetivos e metas..............................................................................................................12
6.2.5.2 Requerimentos legais e outros............................................................................................12
6.2.5.3 Procedimentos escritos, detalhando todas as atividades do PGRS e seus respectivos
responsáveis......................................................................................................................12
6.2.5.4 Protocolos de auditorias internas e de terceiros....................................................................12
6.2.5.5 Indicadores para acompanhamento do PGRS......................................................................12
6.2.5.6 Fichas de resíduos..............................................................................................................12
6.2.5.7 Manifesto de resíduos........................................................................................................13
6.2.6 Disposição final..................................................................................................................13
6.3 VERIFICAÇÃO E AÇÕES CORRETIVAS...................................................................................13
6.3.1 Monitoramento e medições...............................................................................................13
6.3.2 Auditoria do PGRS............................................................................................................14
6.3.2.1 Auditorias internas.............................................................................................................14
6.3.2.2 Auditorias em terceiros......................................................................................................14
7 DEFINIÇÕES E LEGISLAÇÃO OBSERVADA PARA A ELABORAÇÃO DO PGRS..........15
7.1 DEFINIÇÕES CONTEMPLADAS NA POLÍTICA NACIONAL DOS RESÍDUOS SÓLIDOS......15
7.1.1 Acondicionamento.............................................................................................................15
7.1.2 Coleta seletiva....................................................................................................................15
7.1.3 Destinação final ambientalmente adequada....................................................................16
7.1.4 Disposição final ambientalmente adequada.....................................................................16
7.1.5 Geradores de resíduos sólidos...........................................................................................16
7.1.6 Gerenciamento de resíduos sólidos...................................................................................16
7.1.7 Logística reversa................................................................................................................16
7.1.8 PGRS..................................................................................................................................17
7.1.9 Reciclagem.........................................................................................................................17
2
7.1.10 Rejeitos.............................................................................................................................17
7.1.11 Resíduos sólidos...............................................................................................................17
7.1.12 Reutilização......................................................................................................................18
7.2 LEGISLAÇÃO OBSERVADA......................................................................................................18
7.2.1 Lei nº 12.305/10 - Política Nacional de Resíduos Sólidos................................................18
7.2.2 NBR 10.004/04 - Resíduos Sólidos - Classificação...........................................................18
7.2.2.1 Quanto à natureza física.....................................................................................................18
7.2.2.2 Quanto à composição química............................................................................................18
7.2.2.3 Quanto aos riscos potenciais ao meio ambiente...................................................................19
7.2.2.4 Quanto à origem................................................................................................................19
7.2.3 NBR 12.235/92 - Armazenamento de Resíduos Sólidos Perigosos.................................20
7.2.4 NBR 11.174/90- Armazenamento de Resíduos Classe II - Não Inertes e Classe II – Inertes.....20
7.2.5 Lei Federal nº 6.938/81 – Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente,
seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências..............21
7.2.6 Lei Estadual nº 9.921/93....................................................................................................21
7.2.7 Lei Estadual nº 9.493/92....................................................................................................21
7.2.8 Lei Estadual nº 11.019/97..................................................................................................21
7.2.9 Resolução CONSEMA nº 73/04........................................................................................21
7.2.10 Portaria FEPAM nº 034/09.............................................................................................21
7.2.11 Resolução CONAMA nº 275/01......................................................................................22
8 DIAGNÓSTICO..............................................................................................................................23
9 INFORMAÇÕES SOBRE OS RESÍDUOS GERADOS..............................................................24
10 ARMAZENAMENTO TEMPORÁRIO DOS RESÍDUOS........................................................25
11 TRANSPORTE DOS RESÍDUOS...............................................................................................26
11.1 TRANSPORTE INTERNO..........................................................................................................26
11.2 TRANSPORTE EXTERNO.........................................................................................................26
12 DESTINAÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS...................................................................................27
13 RESPONSÁVEIS PELAS ETAPAS DO GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS.......27
14 FLUXOGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS..................................29
15 PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS RELATIVOS ÀS ETAPAS DO GERENCIAMENTO
DOS RESÍDUOS SÓLIDOS.........................................................................................................30
16 SOLUÇÕES E AÇÕES PREVENTIVAS E CORRETIVAS.....................................................31
17 METAS E PROCEDIMENTOS RELACIONADOS À MINIMIZAÇÃO DOS RESÍDUOS..31
18 RESPONSABILIDADE TÉCNICA.............................................................................................32
19 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................................33

3
1 IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA

RAZÃO SOCIAL:
ENDEREÇO: BAIRRO:
CIDADE:
TEL.:
CNPJ:
RESPONSÁVEL LEGAL:
ATIVIDADE (CNAE):

2 IDENTIFICAÇÃO DO RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO DO PGRS

NOME:
CONSELHO DE CLASSE:
TELEFONE:
E-MAIL:

4
3 LISTA DE SIGLAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas


CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente
EPI – Equipamento de Proteção Individual
FEPAM – Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luís Roessler
MTR – Manifesto de Transporte de Resíduos
NBR – Norma Brasileira Regulamentadora
P+L – Produção Mais Limpa
PGRS – Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos
PNRS – Política Nacional de Resíduos Sólidos
SGA – Sistema de Gestão Ambiental
SISNAMA – Sistema Nacional do Meio Ambiente

5
4 INTRODUÇÃO

O mundo vivencia um momento de elevada preocupação com a questão ambiental e


angústias com relação aos efeitos das atividades antrópicas sobre o meio ambiente. Um dos
reflexos deste cenário é a bem-vinda consolidação dos processos de fiscalização e
licenciamento ambiental, executados pelas autarquias públicas legalmente competentes, bem
como o desenvolvimento de soluções tecnológicas – ambientalmente adequadas – para a
operação responsável de empreendimentos antrópicos. É fundamental que todos os setores da
sociedade busquem soluções ambientais adequadas para suas atividades através de estudos e
projetos, com o objetivo de neutralizar, mitigar e compensar os efeitos ambientais negativos
oriundos de suas atividades (MACHADO, 2013).
O comprometimento das empresas com a questão ambiental acompanha o processo de
globalização das relações econômicas, impulsionado a partir da década de 70 do século XX.
Situar-se em conformidade com os aspectos legais referentes ao meio ambiente deixou de ser
apenas uma estratégia preventiva para constituir-se em vantagem competitiva e diferencial no
mercado.
Vários empreendimentos, de inúmeros segmentos, vêm buscando sua adequação e
atuação dentro de padrões ambientais reconhecidos como adequados ou corretos. Dentro
desse aspecto, não somente as indústrias são objetos da elaboração de estudos e mecanismos
de controle dos impactos ambientais causados por suas atividades. Atividades cotidianas da
sociedade causam impactos que muitas vezes passam despercebidos aos olhos da sociedade e
necessitam de adequação aos padrões ambientais.
Sendo assim, seja qual for a alternativa adotada, esta deve ser concebida baseada em
estudos ambientais preliminares à sua concepção, programas de prevenção, controle e
mitigação dos impactos ambientais a serem causados pela atividade, bem como no uso de
tecnologias adequadas e disponíveis, buscando assim a construção de uma atividade adequada
tanto nos padrões culturais da sociedade quanto aos padrões de qualidade ambiental
atualmente adotados e exigidos.

6
5 OBJETIVO

O presente Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos - PGRS é baseado na


legislação vigente, com o objetivo de realizar o manejo adequado dos resíduos sólidos do
empreendimento, observando a seguinte ordem de prioridade: a não geração, a redução,
reutilização, reciclagem, o tratamento dos resíduos sólidos e a disposição final
ambientalmente adequada dos rejeitos, conforme a Lei nº 12.305/10 (Política Nacional de
Resíduos Sólidos).
Segundo Ribeiro & Morelli (2009), deve-se levar em conta:
- O elevado custo para se gerenciar o resíduo como passivo ambiental;
- A possibilidade de multas por alguma falha na gestão destes resíduos;
- A possibilidade de geração de receita com a venda dos resíduos (transformando-o em
subproduto);
- A possibilidade de melhoria da imagem da empresa por destinar adequadamente seu
resíduo.
O PGRS garante que todos os resíduos serão gerenciados de forma apropriada e
segura, pois envolve as seguintes etapas:
- Fontes de geração;
- Caracterização (classificação e quantificação);
- Manuseio;
- Acondicionamento;
- Armazenamento;
- Coleta;
- Transporte;
- Reuso/reciclagem;
- Tratamento;
- Disposição final.

7
6 METODOLOGIA

Os mesmos preceitos da implementação de qualquer sistema de gestão devem ser


aplicados no caso de um PGRS. Isto significa adotar os seguintes passos:

6.1 PLANEJAMENTO

Durante o planejamento do PGRS, as principais etapas devem vincular-se à definição


dos objetivos e metas, ao levantamento dos aspectos ambientais e aos requerimentos legais.

6.1.1 Objetivos e metas

Como qualquer plano de gestão, o PGRS deve apresentar objetivos e metas. Os


objetivos são direcionamentos gerais aos quais o PGRS está vinculado, enquanto as metas são
numéricas e temporais.

8
6.1.2 Aspectos ambientais

No caso da implementação de um PGRS, os aspectos ambientais são os resíduos


gerados. E, para administrar os resíduos, é preciso conhecê-los. Assim, devem ser
determinados (as):

6.1.2.1 Geração

Quais os processos que geram resíduos? Para a identificação das fontes de geração de
resíduos, é necessário percorrer os processos da empresa, através, por exemplo, de entrevistas
com os responsáveis. Todos os processos da empresa podem gerar resíduos.

6.1.2.2 Classificação

Quais as classes de cada resíduo gerado? De acordo com as normas e metodologias, os


resíduos identificados devem ser classificados para a definição de sua periculosidade.

6.1.2.3 Quantificação

Quais as quantidades de cada resíduo? Determinar a quantidade de cada resíduo


gerado é fundamental para a definição das formas de transporte, de armazenamento e para a
análise financeira do tratamento e da disposição final.

6.1.3 Requerimentos legais e outros

Para determinar todas as etapas do PGRS, é fundamental conhecer detalhadamente os


requerimentos legais e outros (por exemplo, exigências do cliente) aos quais o plano está
subordinado. As principais regulamentações acerca da gestão de resíduos estão listadas neste
documento.

9
6.2 IMPLEMENTAÇÃO E OPERAÇÃO

Após a etapa de planejamento, têm início a implementação e a operação do PGRS e


devem ser considerados os seguintes itens:

6.2.1 Estrutura e responsabilidade

É fundamental que o PGRS contemple toda a estrutura proposta para a gestão dos
resíduos e indique claramente os responsáveis por cada atividade do plano.

6.2.2 Treinamento, consciência e competência

Durante a implantação do PGRS, deve-se avaliar atentamente as equipes que estarão


envolvidas nos processos de gestão de resíduos. Os profissionais devem ter a qualificação
necessária. Especialmente os que vierem a lidar com o manuseio dos resíduos precisam
conhecer os aspectos ambientais do seu trabalho.
O treinamento básico para o pessoal envolvido com o manuseio dos resíduos deve
conter, no mínimo:
- Informações sobre as características e os riscos inerentes ao trato de cada tipo de
resíduo;
- Orientação sobre a coleta, o transporte e armazenamento;
- Utilização adequada dos equipamentos de proteção individual (EPIs) necessários;
- Procedimentos de emergência em caso de contato ou contaminação individual ou
ambiental com o resíduo.

6.2.3 Manuseio e acondicionamento

É importante identificar as formas de manuseio e acondicionamento dos resíduos.


Como orientação geral:
10
- A separação deve ocorrer no local de origem;
- Devem ser separados os resíduos que possam gerar condições perigosas se
combinados;
- Devem ser separados os resíduos secos dos úmidos;
- Deve-se evitar a mistura de resíduos semi-sólidos com resíduos sólidos.
Quando possível, os resíduos devem ser segregados de acordo com suas
características. A fim de facilitar e padronizar esta segregação, a Resolução CONAMA
275/01 definiu cores para identificar cada tipo de resíduo. Se não for possível segregar os
resíduos da forma estabelecida, eles deverão ser separados entre resíduos secos (que podem
ser reciclados) e úmidos, estes últimos sendo, ainda, distinguidos entre materiais orgânicos
(como cascas de frutas e legumes, folhas e restos de comida) e não recicláveis (como material
de higiene pessoal, plásticos e papéis engordurados.

6.2.4 Pré-tratamento

Em muitos casos, os resíduos requerem algum tipo de tratamento antes de serem


encaminhados. Por exemplo, latas de alumínio para reciclagem precisam ser prensadas antes
do transporte, para a redução de seu volume. Este pré-tratamento pode ser feito dentro ou fora
das dependências da empresa geradora. Caso o pré-tratamento seja conduzido dentro da
empresa, é necessário verificar junto ao órgão ambiental a necessidade de licença para a
operação.

6.2.5 Documentação do PGRS

Para que o PGRS obedeça a procedimentos específicos em cada etapa da gestão dos
resíduos, de forma padronizada, é necessária uma documentação abrangendo todas as
atividades do processo. Essa documentação deve ser conhecida e de fácil acesso pelos
envolvidos no PGRS.
Os documentos básicos de um PGRS são os seguintes:

11
6.2.5.1 Objetivos e metas

Os objetivos devem estar de acordo com os conceitos gerais, enquanto as metas devem
apresentar números e prazos a serem respeitados.

6.2.5.2 Requerimentos legais e outros

Todos os requerimentos legais e outros aplicáveis devem estar documentados e


atualizados no PGRS.

6.2.5.3 Procedimentos escritos, detalhando todas as atividades do PGRS e seus


respectivos responsáveis

Todas as atividades envolvidas no PGRS precisam estar orientadas por procedimentos


escritos, cujo nível de detalhamento é específico para cada empresa e deve ser estabelecido na
etapa de planejamento.

6.2.5.4 Protocolos de auditorias internas e de terceiros

Devem ser desenvolvidos protocolos específicos e documentados para auditorias feitas


internamente ou por terceiros (prestadores de serviço para a empresa em determinadas
atividades do PGRS).

6.2.5.5 Indicadores para acompanhamento do PGRS

Os indicadores de desempenho do PGRS também devem estar devidamente


documentados, possibilitando a comparação de diferentes planos.

6.2.5.6 Fichas de resíduos

É recomendável que cada resíduo gerado tenha uma ficha própria, com a descrição de
todas suas características e formas de gestão. Todos os registros relativos a resíduos devem
12
ser arquivados. Este procedimento, além de atender a exigências legais, facilita o
acompanhamento do PGRS pelos responsáveis por cada etapa do processo.

6.2.5.7 Manifesto de resíduos

O Manifesto de Transporte de Resíduos (MTR) é um instrumento de controle que, por


meio de formulário próprio, permite identificar as destinações dadas pelo gerador,
transportador e receptor do resíduo.

6.2.6 Disposição final

A disposição final escolhida dependerá do tipo de resíduo. Deverá ser analisado o


custo/benefício entre todas as possibilidades. As variáveis comumente avaliadas para a
definição da disposição final de resíduos são:
- Tipo de resíduo;
- Classificação do resíduo;
- Quantidade do resíduo;
- Métodos de tratamento viável, dos pontos de vista técnico e ambiental;
- Disponibilidade do método de disposição;
- Resultados de longo prazo do método de disposição;
- Custo do método de tratamento.

6.3 VERIFICAÇÃO E AÇÕES CORRETIVAS

Após implementar o PGRS, deve-se acompanhá-lo e, se necessário, realizar ações


corretivas.

6.3.1 Monitoramento e medições

O monitoramento do PGRS deve ser feito através de indicadores vinculados aos


resíduos (quantitativos, qualitativos e financeiros), fundamentais para a avaliação do
desempenho da empresa, para a mensuração dos ganhos econômicos e ambientais e para a
13
criação de metas e objetivos futuros – garantindo, assim, a melhoria contínua da preservação
ambiental. Estes indicadores devem ser criados durante a implementação do PGRS e
reavaliados ao longo de seu funcionamento, de forma a espelhar, da melhor maneira possível,
a eficácia do gerenciamento de resíduos sólidos na empresa.
As medições dos indicadores devem ser arquivadas por um determinado tempo e
comparadas periodicamente. É importante realizar uma análise crítica das medições, em
função de resultados históricos e/ou esperados para aquele indicador especifico.

6.3.2 Auditoria do PGRS

Para garantir que o PGRS esteja operando corretamente e passe por melhorias
contínuas, o melhor método são auditorias internas (realizadas na empresa) e externas
(realizadas em terceiros).

6.3.2.1 Auditorias internas

As auditorias internas devem ser realizadas e protocoladas periodicamente em todas as


etapas do gerenciamento.

6.3.2.2 Auditorias em terceiros

É fundamental realizar auditorias nas dependências dos terceiros contratados para


atuar em qualquer etapa do gerenciamento dos resíduos. Vale destacar que o gerador dos
resíduos será, sempre, o responsável legal por eles até que sejam finalmente destruídos. Cabe
também ao PGRS definir a periodicidade das auditorias externas. O resultado das auditorias e
da análise dos indicadores informará sobre possíveis desvios do PGRS, chamados de “não
conformidades” – podem ser desvios legais, técnicos ou relações custo/benefício a serem
melhoradas. Depois de conhecidas as não conformidades, devem ser definidas ações
corretivas e preventivas.

14
7 DEFINIÇÕES E LEGISLAÇÃO OBSERVADA PARA A ELABORAÇÃO DO PGRS

As definições, as normas técnicas e as legislações relacionadas a resíduos sólidos são


apresentadas a seguir buscando facilitar a compreensão desse plano.
O conceito de "lixo" pode ser considerado como uma invenção humana, pois em
processos naturais não existe lixo. As substâncias produzidas pelos seres vivos e que são
inúteis ou prejudiciais para o organismo, tais como as fezes e urina dos animais, ou o oxigênio
produzido pelas plantas verdes como subproduto da fotossíntese, assim como os restos de
organismos mortos são, em condições naturais, reciclados pelos decompositores. Por outro
lado, os produtos resultantes de processos geológicos como a erosão, podem também, a uma
escala de tempo geológico, transformar-se em rochas sedimentares (FRANCO, 2000).
A definição usual de lixo é, portanto, todo material sólido descartado, tais como coisas
inúteis, coisas imprestáveis, velhas e sem valor. O termo lixo vem sendo substituído por
resíduos sólidos, de forma a caracterizar que os materiais que não apresentam mais valor para
aquele que descarta, podem se transformar em insumo para um novo produto ou processo.
Ainda que os termos lixo e resíduos sólidos tenham significado equivalente nesse
documento é utilizado apenas o termo Resíduo Sólido.

7.1 DEFINIÇÕES CONTEMPLADAS NA POLÍTICA NACIONAL DOS


RESÍDUOS SÓLIDOS

7.1.1 Acondicionamento

É a fase na qual os resíduos sólidos são preparados de modo a serem mais facilmente
manuseados nas etapas de coleta e de destinação final. Acondicionar significa dar ao lixo uma
“embalagem” adequada, cujos tipos dependem de suas características e da forma de remoção,
aumentando assim a segurança e a eficiência do serviço (BARROS, 1995).

7.1.2 Coleta seletiva

Coleta de resíduos sólidos previamente segregados conforme sua constituição ou


composição.

15
7.1.3 Destinação final ambientalmente adequada

Destinação de resíduos que inclui a reutilização, a reciclagem, a compostagem, a


recuperação e o aproveitamento energético ou outras destinações admitidas pelos órgãos
competentes do Sisnama, entre elas a disposição final, observando normas operacionais
específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os
impactos ambientais adversos.

7.1.4 Disposição final ambientalmente adequada

Distribuição ordenada de rejeitos em aterros, observando normas operacionais


específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os
impactos ambientais adversos.

7.1.5 Geradores de resíduos sólidos

Pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, que geram resíduos sólidos
por meio de suas atividades, nelas incluído o consumo.

7.1.6 Gerenciamento de resíduos sólidos

Conjunto de ações exercidas, direta ou indiretamente, nas etapas de coleta, transporte,


transbordo, tratamento e destinação final ambientalmente adequada dos resíduos sólidos e
disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos, de acordo com plano municipal de
gestão integrada de resíduos sólidos ou com plano de gerenciamento de resíduos sólidos,
exigidos na forma desta Lei.

7.1.7 Logística reversa

Instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de


ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos
sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos
produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada.

16
7.1.8 PGRS

Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos – documento que contempla um


conjunto de procedimentos a serem usados visando a minimização de geração, a reutilização e
reciclagem, o acondicionamento, o armazenamento temporário, o transporte, o tratamento e a
destinação final adequada dos resíduos sólidos, observando os requisitos legais ambientais
aplicáveis.

7.1.9 Reciclagem

Processo de transformação dos resíduos sólidos que envolve a alteração de suas


propriedades físicas, físico-químicas ou biológicas, com vistas à transformação em insumos
ou novos produtos, observadas as condições e os padrões estabelecidos pelos órgãos
competentes do Sisnama.

7.1.10 Rejeitos

Resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e


recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não
apresentem outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada.

7.1.11 Resíduos sólidos

Resíduos nos estados sólidos e semi-sólidos, resultantes de atividades de origem


industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviço e de varrição. Ficam
incluídos nesta definição os lodos provenientes do sistema de tratamento de água, aqueles
gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados
líquidos, cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos
ou corpos de água, ou exijam para isso solução técnica e economicamente inviável em face à
melhor tecnologia disponível.

17
7.1.12 Reutilização

Processo de aproveitamento dos resíduos sólidos sem sua transformação biológica,


física ou físico-química, observadas as condições e os padrões estabelecidos pelos órgãos
competentes do Sisnama.

7.2 LEGISLAÇÃO OBSERVADA

7.2.1 Lei nº 12.305/10 - Política Nacional de Resíduos Sólidos

O Art. 24 da Lei nº 12.305/10 estabelece que “O plano de gerenciamento de resíduos


sólidos é parte integrante do processo de licenciamento ambiental do empreendimento ou
atividade.”

7.2.2 NBR 10.004/04 - Resíduos Sólidos - Classificação

Esta Norma classifica os resíduos sólidos em suas características e propriedades e


quanto aos seus riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde pública. A classificação é
relevante para a escolha da estratégia de gerenciamento mais viável.
Com efeito:

7.2.2.1 Quanto à natureza física

- Resíduos secos: são os materiais recicláveis como, por exemplo: metais, papéis,
plásticos, vidros, etc.;
- Resíduos úmidos: são os resíduos orgânicos e rejeitos, onde podem ser citados como
exemplo: restos de comida, cascas de alimentos, resíduos de banheiro, etc.

7.2.2.2 Quanto à composição química

- Resíduo orgânico: são de origem animal ou vegetal. Incluem-se neste grupo os restos
de alimentos, frutas, verduras, legumes, flores, plantas, folhas, sementes, restos de carne e
ossos, papéis, madeira, etc. A maioria dos resíduos orgânicos pode ser utilizada na

18
compostagem sendo transformados em fertilizantes e corretivos do solo, contribuindo para o
aumento da taxa de nutrientes e melhorando a qualidade da produção agrícola;
- Resíduo inorgânico: inclui-se nessa classificação todo material que não possui
origem biológica, ou que foi produzida por meios humanos como, por exemplo: plásticos,
metais, vidros, etc. Geralmente estes resíduos quando lançados diretamente ao meio ambiente,
sem tratamento prévio, apresentam maior tempo de degradação.

7.2.2.3 Quanto aos riscos potenciais ao meio ambiente

- Resíduos Classe I – Perigosos: são aqueles que apresentam risco à saúde pública e ao
meio ambiente apresentando uma ou mais das seguintes características: periculosidade,
inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade. (ex.: baterias, pilhas,
óleo usado, resíduo de tintas e pigmentos, resíduo de serviços de saúde, resíduo inflamável,
etc);
- Resíduos Classe II A – Não Inertes: aqueles que não se enquadram nas classificações
de resíduos Classe I e Classe II B e podem ter propriedades tais como: biodegradabilidade,
combustibilidade ou solubilidade em água. (ex.: restos de alimentos, resíduo de varrição não
perigoso, sucata de metais ferrosos, borrachas, espumas, materiais cerâmicos, etc);
- Resíduos Classe II B – Inertes: quaisquer resíduos que, quando amostrados de uma
forma representativa, segundo ABNT NBR 10.007/04, e submetidos a um contato dinâmico e
estático com água destilada ou deionizada, à temperatura ambiente, conforme ABNT NBR
10.006/04, não tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados a concentrações superiores
aos padrões de potabilidade de água, excetuando-se aspecto, cor, turbidez, dureza e sabor (ex.:
rochas, tijolos, vidros, entulho da construção civil, luvas de borracha, isopor, etc).

7.2.2.4 Quanto à origem

- Resíduos domiciliares: são os resíduos gerados em atividades diárias nas residências


com 50% a 60% de composição orgânica, constituído por restos de alimentos (cascas de
frutas, verduras e sobras, etc.), e o restante é formado por embalagens em geral, jornais e
revistas, garrafas, latas, vidros, papel higiênico, fraldas descartáveis e uma grande variedade
de outros itens;

19
- Limpeza urbana: são os resíduos provenientes dos serviços de varrição de vias
públicas, limpeza de praias, galerias, córregos e terrenos, restos de podas de árvores, corpos
de animais, limpeza de feiras livres (restos vegetais diversos, embalagens em geral, etc).
Também podem ser considerados os resíduos descartados irregularmente pela própria
população, como entulhos, papéis, restos de embalagens e alimentos;
- Estabelecimentos comerciais e de serviços: variam de acordo com a atividade dos
estabelecimentos comerciais e de serviço. No caso de restaurantes, bares e hotéis predominam
os resíduos orgânicos, já nos escritórios, bancos e lojas os resíduos predominantes são o
papel, plástico, vidro, entre outros. Os resíduos comerciais podem ser divididos em dois
grupos dependendo da sua quantidade gerada por dia. O pequeno gerador de resíduos pode ser
considerado como o estabelecimento que gera até 120 litros por dia, o grande gerador é o
estabelecimento que gera um volume superior a esse limite;
- Industriais: são os resíduos gerados pelas atividades industriais, tais como
metalúrgica, moveleira, química, petroquímica, papelaria, alimentícia, entre outras. São
resíduos bastante variados que apresentam características diversificadas, podendo ser
representado por cinzas, lodos, óleos, resíduos alcalinos ou ácidos, plásticos, papel, madeira,
fibras, borracha, metal, escórias, vidros, cerâmicas etc. Nesta categoria também, inclui a
grande maioria dos resíduos considerados tóxicos. Esse tipo de resíduo necessita de um
tratamento adequado e especial pelo seu potencial poluidor;
- Serviços de saúde: os resíduos sólidos de serviços de saúde são aqueles provenientes
de atividades de estabelecimentos prestadores de serviços de saúde, tais como hospitais,
clínicas médicas, clínicas odontológicas, clínicas veterinárias, farmácias, laboratórios de
análises e demais estabelecimentos congêneres;
- Construção civil/entulho: os resíduos da construção civil são uma mistura de
materiais inertes provenientes de construções, reformas, reparos e demolições de obras de
construção civil, os resultantes da preparação e da escavação de terrenos, tais como: tijolos,
blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e
compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos,
tubulações, fiação elétrica etc., frequentemente chamados de entulhos.

7.2.3 NBR 12.235/92 - Armazenamento de Resíduos Sólidos Perigosos

7.2.4 NBR 11.174/90- Armazenamento de Resíduos Classe II - Não Inertes e


Classe II – Inertes
20
7.2.5 Lei Federal nº 6.938/81 – Dispõe sobre a Política Nacional do Meio
Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências

7.2.6 Lei Estadual nº 9.921/93

Art. 3º - Os sistemas de gerenciamento de resíduos sólidos terão como instrumentos


básicos, planos e projetos específicos de coleta, transporte, tratamento, processamento e
destinação final a serem licenciados pelo órgão ambiental, tendo como metas a redução da
quantidade de resíduos gerados e o perfeito controle de possíveis efeitos ambientais.

7.2.7 Lei Estadual nº 9.493/92

Considera, no Estado do Rio Grande do Sul, a coleta seletiva e a reciclagem de lixo


como atividades ecológicas, de relevância social e de interesse público.

7.2.8 Lei Estadual nº 11.019/97

Dispõe sobre o descarte e destinação final de pilhas que contenham mercúrio metálico,
lâmpadas fluorescentes, baterias de telefone celular e demais artefatos que contenham metais
pesados no Estado do Rio Grande do Sul.

7.2.9 Resolução CONSEMA nº 73/04

Dispõe sobre a co-disposição de resíduos sólidos industriais em aterros de resíduos


sólidos urbanos no Estado do Rio Grande do Sul.

7.2.10 Portaria FEPAM nº 034/09

Aprova o Manifesto de Transporte de Resíduos – MTR e dá outras providências.

21
7.2.11 Resolução CONAMA nº 275/01

Estabelece o código de cores para os diferentes tipos de resíduos, a ser adotado na


identificação de coletores e transportadores, bem como nas campanhas informativas para a
coleta seletiva.

AZUL PAPEL / PAPELÃO


VERMELHO PLÁSTICO
VERDE VIDRO
AMARELO METAL
PRETO MADEIRA
LARANJA RESÍDUOS PERIGOSOS
BRANCO RESÍDUOS AMBULATORIAIS E DE SERVIÇO DE SAÚDE
ROXO RESÍDUOS RADIOATIVOS
MARROM RESÍDUOS ORGÂNICOS
CINZA RESÍDUO GERAL NÃO RECICLÁVEL OU MISTURADO

22
8 DIAGNÓSTICO
Serão abordados no diagnóstico todos os resíduos gerados em cada etapa do processo da empresa.

ETAPA DO PROCESSO TIPO DE RESÍDUO GERADO CLASSE


Recebimento da matéria-prima
Estoque
Beneficiamento
Embalagem
Infraestrutura

9 INFORMAÇÕES SOBRE OS RESÍDUOS GERADOS

QUANTIDADE
TIPO DE QUANTIDADE UNIDADE FORMA DE FORMA DE
ACUMULADA DESTINO
RESÍDUO GERADA DE MEDIDA ACONDICIONAMENTO DESTINAÇÃO
NA EMPRESA

23
10 ARMAZENAMENTO TEMPORÁRIO DOS RESÍDUOS

Os resíduos devem ser armazenados de maneira a não possibilitar a alteração de sua


classificação. É preciso armazenar em separado os resíduos classificados como II A e II B dos
resíduos classificados como Classe I. Atenção deve ser dada para a incompatibilidade dos
resíduos Classe I, que necessitam de armazenamento seguro entre eles, minimizando os riscos
ambientais.
Os recipientes com os resíduos, sejam contêineres, caçambas, caixas, tambores,
bombonas, sacos plásticos ou outros, devem ser armazenados em áreas cobertas, com
identificação, bem ventiladas e sobre piso impermeabilizado. Para possibilitar rápida
identificação dos resíduos os recipientes devem permanecer devidamente rotulados ou
identificados com placas / etiquetas fixas.
A Central de Resíduos ou outros locais onde ocorre o armazenamento temporário dos
resíduos deve atender as normas NBR 12.235/92, para os resíduos perigosos (Classe I) e NBR
11.174/90, para os resíduos não perigosos (Classe II A e B), e devem ser dotados dos
seguintes recursos:
- Sistema de isolamento que impede o acesso de pessoas estranhas;
- Sinalização de segurança que identifica a instalação e os riscos de acesso ao local;
- Áreas definidas e sinalizadas para o armazenamento dos diferentes tipos de resíduos;
- Sistema de drenagem e captação de líquidos se houver geração, para posterior
tratamento;
- Iluminação, inclusive para situações de emergência;
- Kit de emergência;
- Equipamentos de combate a incêndio, onde houver possibilidade de fogo.

Nota: Se houver a necessidade de armazenar algum resíduo fora das áreas supracitadas, isto
somente poderá ser feito em contêiner fechado ou coberto e sobre piso impermeabilizado.

24
11 TRANSPORTE DOS RESÍDUOS

O transporte dos resíduos é de responsabilidade da empresa mesmo quando por


terceiros, o que somente poderá ser feito por empresas devidamente licenciadas de acordo
com a legislação vigente.

11.1 TRANSPORTE INTERNO

A movimentação interna adequada dos resíduos deve atender algumas ações, como:
- Verificar peso e forma dos resíduos a serem manuseados;
- Determinar rotas de movimentação dos resíduos;
- Utilizar equipamentos compatíveis com o volume;
- Funcionários familiarizados com equipamentos e riscos ambientais;
- Determinação de áreas de risco para equipamentos especiais;
- Uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) apropriados para a atividade.

11.2 TRANSPORTE EXTERNO

Para a realização do transporte dos resíduos para fora das instalações da empresa,
devem ser contratadas empresas especializadas que possuam veículos devidamente
licenciados para tal atividade de acordo com o estabelecido na legislação específica.
O transporte deve ser feito de modo a prevenir e evitar danos ao meio ambiente e à
saúde pública observando:
- Que o equipamento de transporte seja adequado ao tipo de resíduo e às
regulamentações pertinentes;
- Que durante o transporte, os resíduos estejam devidamente acondicionados e
protegidos de intempéries;
- Que os resíduos não sejam transportados juntamente com alimentos, medicamentos
ou objetos destinados ao uso e/ou consumo humano ou animal, ou com embalagens
destinadas a este fim.
Além dos documentos fiscais exigidos pela legislação, os resíduos transportados
devem ser acompanhados do Manifesto de Transporte de Resíduos – MTR.
O MTR deve ser preenchido em 3 vias, assim sendo:

25
- 1ª via, acompanha o resíduo até a destinação final e após ser assinada pelo
destinatário e transportador, deve permanecer arquivada com o destinatário;
- 2ª via, acompanha o resíduo até a destinação final e após ser assinada pelo
destinatário, deve permanecer arquivada com o transportador;
- 3ª via, contendo as assinaturas do gerador e do transportador, fica retida no gerador,
no momento do envio dos resíduos.
Após devidamente assinadas pelas partes envolvidas, as três vias devem permanecer à
disposição da fiscalização ambiental, pelo período mínimo de 5 (cinco) anos. Vale destacar
que estes documentos também devem ser mantidos pela empresa para resguardá-la em caso de
qualquer problema com um dos receptores dos resíduos.

Nota: Segundo a Portaria FEPAM nº 034 de 03/08/2009, empresas que geram menos de 12
m3/ano de resíduos, poderão utilizar números de MTRs a serem fornecidos pela unidade de
destinação final para onde será encaminhado o resíduo gerado. Empresas que geram mais de
12m3/ano de resíduos são obrigadas a solicitar autorização para emissão de seu próprio
talonário de MTR.
No caso de transporte de resíduos perigosos, os mesmos devem ser acompanhados de
Ficha de Emergência e Envelope para Transporte Terrestre de Produto Perigoso, conforme
estabelecido na norma NBR 7.503.

12 DESTINAÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS

Os resíduos sólidos gerados podem ser destinados para diferentes fins, tais como
reprocessamento, reciclagem, reutilização, tratamento, co-processamento entre outros. No
momento do envio dos resíduos para sua destinação final, deve ser registrada a quantidade e a
destinação final dada na planilha “Registro de Resíduos”.

13 RESPONSÁVEIS PELAS ETAPAS DO GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS


SÓLIDOS

O Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos é dividido em etapas e irá contar com


os responsáveis abaixo descriminados:
- Legislação: será realizada revisão da legislação ambiental devido as constantes
mudanças. Responsabilidade: Responsável Técnico;
26
- Diagnóstico: será revisado trimestralmente com vistas a abordar qualquer alteração
no processo produtivo, já que deverá ser enviada para o órgão ambiental competente a
planilha trimestral de resíduos sólidos gerados. Responsabilidade: Gerência;
- Procedimentos operacionais: serão designados aos funcionários e as atividades serão
supervisionadas. Responsabilidade: Gerência;
- Revisão do Plano: será realizada revisão anualmente. Responsabilidade: Responsável
Técnico.
IMPORTANTE: A responsabilidade técnica do Plano de Gerenciamento de Resíduos
Sólidos restringe-se exclusivamente à sua elaboração, sendo de inteira responsabilidade da
empresa a implementação e a operacionalização do mesmo, salvo contrato excepcional.

27
14 FLUXOGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

28
15 PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS RELATIVOS ÀS ETAPAS DO
GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

ENTRADA DE
MATÉRIA-PRIMA

ESTOQUE

ÁREA INTERNA DA
EMPRESA

EMBALAGEM DESTINAÇÃO
AMBIENTALMENTE
ADEQUADA

EXPEDIÇÃO

29
16 SOLUÇÕES E AÇÕES PREVENTIVAS E CORRETIVAS

O objetivo principal do PGRS é reduzir o impacto ambiental proveniente dos resíduos


sólidos gerados em todas as atividades. Portanto, é fundamental a busca por soluções que
possibilitem a implementação das seis metas já mencionadas anteriormente, sendo elas: a não
geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento e disposição final ambientalmente
adequada. A busca por essas soluções será realizada pela gerência da empresa e pelo
responsável técnico, sendo sempre avaliadas e viabilizadas de acordo com a legislação
vigente.
As ações preventivas e corretivas visam reduzir os impactos ambientais provenientes
de um gerenciamento incorreto ou possíveis acidentes envolvendo resíduos sólidos. Portanto,
serão definidos locais de armazenamento adequados, conforme regulamenta a NBR 12.235/92
e a NBR 11.174/90, bem como, um responsável geral pelo gerenciamento dentro da empresa
para que se caso ocorra algum acidente, a gerência seja comunicada. Caso seja identificada
alguma falha no PGRS, será elaborado um relatório para correção contendo as medidas a
serem adotadas.
Auditorias deverão ser executadas para garantir a eficiência e eficácia do PGRS.
Sugere-se que as auditorias internas sejam trimestrais e as auditorias externas, em intervalos
semestrais.

17 METAS E PROCEDIMENTOS RELACIONADOS À MINIMIZAÇÃO DOS


RESÍDUOS

Devem ser contempladas no Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, metas de


curto, médio e longo prazo.
As metas de curto prazo devem ser implantadas em um prazo máximo de seis 6 meses.
Essas metas contemplam a capacitação dos funcionários e a implantação de coletores em
pontos estratégicos da empresa para a correta segregação dos resíduos. Para metas de curto
prazo o investimento é baixo ou praticamente nulo.
Metas de médio prazo tem início após a implantação das metas de curto prazo,
necessitam de um prazo de no máximo dezoito 18 meses para serem implementadas. Durante
esse período é necessário buscar novos clientes para entregar o resíduo gerado, priorizando
empresas que incorporem o resíduo no processo para confecção de novos produtos. Metas de
médio prazo normalmente envolvem algum investimento de pequena expressão, pois em
30
alguns casos são necessários testes laboratoriais para certificar o emprego dos resíduos no
processo de fabricação.
Metas de longo prazo podem se prolongar por alguns anos por envolverem estudos
com novos fornecedores de produtos alternativos (biodegradáveis) para o processo de
fabricação, substituição de máquinas, alteração de layout entre outras situações relevantes. O
cumprimento dessas metas normalmente envolve investimentos mais consistentes.
É fundamental a implantação da Produção Mais Limpa (P+L), ferramenta integrante
do Sistema de Gestão Ambiental (SGA) que visa a aplicação de uma estratégia técnica,
econômica e ambiental integrada aos processos e produtos a fim de aumentar a eficiência no
uso de matérias-primas, água e energia, através da não geração, minimização ou reciclagem
dos resíduos e emissões geradas, com benefícios ambientais, de saúde ocupacional e
econômicos.
Além da análise supramencionada, serão adotadas como forma de minimização dos
resíduos, ações de educação ambiental com todos os funcionários, incluindo os terceirizados,
de maneira rotineira. Essas ações de sensibilização são de extrema importância, pois farão
com que todos observem os resíduos gerados no processo produtivo, forma de segregá-los e
como acondicioná-los, facilitando, assim, o processo de reaproveitamento pela empresa. Será
importante que todos os funcionários estejam treinados e se tornem conhecedores da
classificação dos resíduos, não só para executarem satisfatoriamente a segregação dos
mesmos, como também pela relevância que essa tarefa representa ao reduzir impactos
ambientais.

18 RESPONSABILIDADE TÉCNICA

XXXXXX XXXXXX
XXXXX/RS XXXXX

31
19 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MACHADO, P.A.L. Direito Ambiental Brasileiro. 21 ed. São Paulo. Malheiros, 2013;

RIBEIRO, D. V.; MORELLI, M. R. Resíduos Sólidos: Problema ou Oportunidade?. Rio


de Janeiro: Editora Interciência, 158 p., 2009;

FRANCO, T. R. Coleta seletiva de lixo domiciliar: estudos para implantação. Monografia


(Bacharelado) - Instituto de Geografia, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia,
2000.Disponível:http://www.ichs.ufop.br/cadernosdehistoria/download/CadernosDeHistoria-
04-14.pdf;

BARROS, R. T. V. et al. Saneamento. Belo Horizonte. Escola de Engenharia da UFMG,


1995. (Manual de Saneamento e Proteção Ambiental para os Municípios).

32

Você também pode gostar