Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
POUSADA
POUSADA FLECHEIRAS LTDA
Responsável técnico
Moises Cardoso Moreira– Engenheiro Agrícola e Ambiental
Equipe técnica
Moises Cardoso Moreira– Engenheiro Agrícola e Ambiental
TRAIRI - CEARÁ
JANEIRO DE 2023
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ................................................................................................................. 2
1. INFORMAÇÕES GERAIS ............................................................................................... 3
IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR .................................................... 3
RESPONSÁVEL TÉCNICO PELA ELABORAÇÃO DO PGRS ...................... 3
RESPONSÁVEL TÉCNICO PELA EXECUÇÃO DO PGRS .......................... 3
2. LEGISLAÇÃO E NORMAS TÉCNICAS PERTINENTES ................................................ 3
2.1.1. Esfera federal ......................................................................................... 3
2.1.2. Esferas Estadual e municipal ................................................................. 4
2.1.3. Normas técnicas ..................................................................................... 4
CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS CONFORME A NBR
10.004:2004 ............................................................................................................. 5
CONCEITOS E DEFINIÇÕES ...................................................................... 7
3. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO............................................................ 10
CARACTERÍSTICAS DO PROJETO .......................................................... 10
LOCALIZAÇÃO E ACESSO ........................................................................ 11
4. DIAGNÓSTICO ............................................................................................................. 12
CARACTERIZAÇÃO DOS RESÍDUOS GERADOS .................................... 12
CÁLCULO DA GERAÇÃO DE RESÍDUOS ................................................. 12
5. PLANO DE GERENCIAMENTO ................................................................................... 13
TRIAGEM E ACONDICIONAMENTO ......................................................... 13
COLETA E TRANSPORTE ......................................................................... 17
DESTINAÇÃO FINAL ................................................................................. 20
6. EDUCAÇÃO AMBIENTAL ............................................................................................ 20
7. CONSIDERAÇÕES ....................................................................................................... 23
8. REFERÊNCIAS............................................................................................................. 24
ANEXO: MAPA DE LOCALIZAÇÃO ................................................................................... 26
APRESENTAÇÃO
O comercio imobiliário é reconhecido como uma das mais importantes
atividades para o desenvolvimento econômico e social da população, contudo a
mesma gera impactos ambientais consideráveis, quer seja pelo consumo de recursos
naturais, pela modificação da paisagem ou pela geração de resíduos sólidos.
Os resíduos sólidos quando não gerenciados corretamente, causam diversos
impactos ambientais como o assoreamento de recursos hídricos, degradação das
áreas de manancial e de proteção permanente, proliferação de agentes transmissores
de doenças, obstrução dos sistemas de drenagem e ocupação de vias e logradouros
públicos.
A preocupação com os resíduos sólidos urbanos surgiu nas últimas décadas
quando os problemas causados pelo mau gerenciamento dos resíduos passaram a
influenciar negativamente nas condições sanitárias, ambientais e sociais,
principalmente, dos centros urbanos.
Diante desses conflitos foram estabelecidos leis, resoluções e decretos para
promover a gestão e o gerenciamento dos resíduos, tais como a Lei 12.305/2010, que
estabelece a Política Nacional de Resíduos Sólidos, em consonância com as Leis N°
6.938/1981, que estabelece a Política Nacional do Meio Ambiente, na qual legisla
sobre a adequação, critérios e procedimentos no descarte correto dos resíduos
gerados e os deveres e responsabilidades dos geradores, sendo esse passível de
responder por crime ambiental.
Para tanto, a mesma resolução obriga os geradores de resíduos,
especialmente os condomínios habitacionais, pois classifica-se como grande gerador
de resíduos, a elaborar o PGRS - Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos como
condição para a aprovação da licença de operação, onde são estimadas a quantidade
de cada resíduo, por classe, resultantes do processo e é definido para onde os
mesmos serão destinados de forma ambientalmente adequada.
O Condomínio Multifamiliar está em processo de construção, dessa forma foi
utilizado como base para dimensionamento da população e descrição do
empreendimento o projeto arquitetônico, possibilitando assim a prospecção do Plano
de Gerenciamento de Resíduos Sólidos.
Portanto, o presente plano pretende descrever conceitos e estabelecer
procedimentos para o correto gerenciamento dos resíduos a serem gerados no
2
processo habitacional, sendo assim baseado na Legislação Vigente nas esferas
federativas, estudais e municipais, para composição das etapas de caracterização do
empreendimento, diagnóstico, plano de gerenciamento, triagem, acondicionamento,
coleta, transporte, destinação adequada e o projeto de educação ambiental.
1. INFORMAÇÕES GERAIS
IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR
Pessoa Fisica
Contratante: Adilson Tavares Tobelem
CPF: 451.519.972-20
Logradouro: Rua Andrade Furtado, n° 2277, CEP: 60192-085
Bairro: Cocó
Cidade-Estado: Fortaleza- CE
4
✓ NBR 7.500/03: Identificação para o transporte terrestre, manuseio,
movimentação e armazenamento de produtos;
✓ NBR/ISO 14.004/96: Sistema de gestão ambiental – Diretrizes gerais sobre
princípios, sistemas e técnicas de apoio.
CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS CONFORME A NBR
10.004:2004
Segundo a NBR 10.004/04 – Resíduos Sólidos – Classificação, resíduos
sólidos são definidos como “resíduos nos estados sólidos e semissólidos, que
resultam de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola,
de serviços e de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de
sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de
controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem
inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água, ou exijam
para isso soluções técnica e economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia
disponível.”
Ainda de acordo com NBR 10.004/04 – Resíduos Sólidos – Classificação, os
resíduos sólidos são classificados em:
✓ RESÍDUOS CLASSE I – PERIGOSOS: são aqueles que apresentam risco a
saúde pública, provocando mortalidade, incidência de doenças ou acentuando
seus índices ou riscos ao meio ambiente, quando gerenciados de forma
inadequada;
✓ RESÍDUOS CLASSE II A – NÃO INERTES: são aqueles que não se enquadram
nas classificações de resíduos classe I. Esses resíduos podem ter
propriedades de biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em
água;
✓ RESÍDUOS CLASSE II B – INERTES: são aqueles resíduos que quando
submetidos a um contato dinâmico com a água destilada não tenham nenhum
de seus constituintes solubilizados;
5
✓ Resíduos orgânicos que os restos de Comida, Casca de Frutas e Verduras,
Grama, Galhos Pequenos;
✓ Rejeitos - Papel Higiênico, Absorventes Íntimos, Palitos de Dentes, Filtros de
Cigarro;
✓ Rejeitos Perigosos - Lâmpadas Fluorescentes, Filtros de Ar Condicionados,
Baterias, Pilhas;
✓ Recicláveis - Papel, Papelão, Plásticos em geral, Metais.
6
✓ CLASSE D: são os resíduos perigosos oriundos dos processos da construção,
tais como: tintas, solventes, óleos e outros, ou aqueles contaminados oriundos
de demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações
industriais e outros;
CONCEITOS E DEFINIÇÕES
Para o correto gerenciamento dos resíduos gerados no processo de
habitacional, as seguintes etapas devem ser consideradas:
a) Caracterização dos resíduos sólidos a serem gerados
b) Triagem / Coleta Seletiva
c) Acondicionamento
d) Transporte
e) Logística Reversa, se aplicável
f) Destinação Final
7
semissólido, bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas
particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos
ou em corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente
inviáveis em face da melhor tecnologia disponível;
• Resíduos da construção civil: são os provenientes de construções, reformas,
reparos e demolições de obras de construção civil, e os resultantes da
preparação e da escavação de terrenos, tais como: tijolos, blocos cerâmicos,
concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e
compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros,
plásticos, tubulações, fiação elétrica etc., comumente chamados de entulhos
de obras, e parte destes, como caliça ou metralha;
• Coleta Seletiva: tem como um entendimento básico a coleta dos resíduos
orgânicos e inorgânicos ou secos e úmidos ou recicláveis e não recicláveis, de
forma previamente separados na fonte geradora.
• Acondicionamento: é a forma que serão estocados temporariamente os
resíduos sólidos. É a colocação dos resíduos sólidos no interior de recipientes
apropriados, revestidos, que garantam sua estanqueidade, em regulares
condições de higiene, visando a sua posterior estocagem ou transporte para
destinação final.
• Logística reversa: instrumento de desenvolvimento econômico e social
caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a
viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para
reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra
destinação final ambientalmente adequada;
• Rejeitos: resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de
tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e
economicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade que não a
disposição final ambientalmente adequada;
• Reciclagem: é o processo de reaproveitamento de um resíduo, após ter sido
submetido à transformação, normalmente utilizando-se água e/ou energia
neste processo;
8
• Agregado reciclado: é o material granular proveniente do beneficiamento de
resíduos de construção que apresentem características técnicas para a
aplicação em obras de edificação, de infraestrutura, em aterros sanitários ou
outras obras de engenharia;
• Geradores: são pessoas, físicas ou jurídicas, públicas ou privadas,
responsáveis por atividades ou empreendimentos que gerem os resíduos
definidos na legislação aplicável;
• Transportadores: A pessoa física ou jurídica de direito provado, devidamente
licenciada, contratada pelo gerador de RCC, para execução de etapas do
processo de gerenciamento desses resíduos. É o ato de diminuir de
quantidade, em volume ou peso tanto quanto possível;
• Redução: É o ato de diminuir de quantidade, em volume ou peso, tanto quanto
possível;
• Reutilização: É o reaproveitamento dos resíduos sem transformação física ou
físico-química, assegurado, quando necessário, o tratamento destinado ao
cumprimento dos padrões de saúde pública e meio ambiente;
• Beneficiamento: é o ato de submeter um resíduo às operações e/ou processos
que tenham por objetivo dotá-los de condições que permitam que sejam
utilizados como matéria-prima no processo produtivo (também pode ser
inserido no contexto de logística reversa, se o produto que originou o resíduo –
por exemplo, concreto, teve como origem centrais de concreto do
empreendimento);
• Gerenciamento de resíduos: é o sistema de gestão que visa eliminar, reduzir,
reutilizar, reciclar e destinar resíduos, incluindo planejamento,
responsabilidades, práticas, procedimentos e recursos para desenvolver e
implementar as ações necessárias ao cumprimento das etapas previstas em
programas e planos
• Segregação: Consiste na triagem dos resíduos no local de origem ou em áreas
devidamente licenciadas para esta atividade, segundo classificação exigida por
norma regulamentadora.
• Destinação final ambientalmente adequada: destinação de resíduos que inclui
a reutilização, a reciclagem, a compostagem, a recuperação e o
9
aproveitamento energético ou outras destinações admitidas pelos órgãos
competentes do Sisnama, do SNVS e do Suasa, entre elas a disposição final,
observando normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos
à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos;
• Disposição final ambientalmente adequada: distribuição ordenada de rejeitos
em aterros, observando normas operacionais específicas de modo a evitar
danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos
ambientais adversos; Cedente de área que recebe os inertes: A pessoa física
ou jurídica de direito provado e devidamente licenciada, que se faz cumprir as
determinações normativas que disciplinam os procedimentos e operações de
aterros de inertes, em especial, o seu controle ambiental;
• Responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos: conjunto de
atribuições individualizadas e encadeadas dos fabricantes, importadores,
distribuidores e comerciantes, dos consumidores e dos titulares dos serviços
públicos de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, para minimizar
o volume de resíduos sólidos e rejeitos gerados, bem como para reduzir os
impactos causados à saúde humana e à qualidade ambiental decorrentes do
ciclo de vida dos produtos.
• Poder Público: Responsável por Normatizar, orientar, controlar e fiscalizar a
conformidade da execução dos processos do Projeto de Gerenciamento de
Resíduos Sólidos. Compete-lhe, também, equacionar soluções e adotar
medidas para estruturação da rede de áreas para recebimento, triagem e
armazenamento temporário de pequenos volumes de resíduos para
acondicionamento e armazenamento de forma legal.
3. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
CARACTERÍSTICAS DO PROJETO
A pousada possui um terreno regular, próximo a geometria de um retângulo,
dessa forma, a área total do terreno é de 940,00m² e perímetro de 134,00m, na qual
possuirá 5 subdivisões, na qual cada edificação residencial contará com um
pavimento térreo e um superior, conforme consta na pranchas do projeto
arquitetônico do empreendimento, Figura 1.
10
O condomínio também contará com áreas de lazer composta por espaço
verde, playground, piscina, espaço de hidromassagem e decks, a guarita na entrada,
espaço de estacionamento e área de deposito/casa de máquinas próxima ao Deck
Gourmet.
Dessa forma, o projeto consiste em planejar o gerenciamento dos resíduos
sólidos que serão gerados pelos habitantes do condomínio, conforme anexo e quadro
abaixo com a descrição das áreas dos equipamentos projetadas.
LOCALIZAÇÃO E ACESSO
A edificação encontra-se localizada no Logradouro: Condominio Fecheiras
Atlântico Lote A05 E A06, S/N, Bairro: Flecheiras, na Cidade de Trairi – Ce. CEP:
62690-000. O acesso principal é pela CE-346. A edificação fica distante da capital
Fortaleza por aproximadamente 142km.
11
Figura 1 – Identificação da edificação
4. DIAGNÓSTICO
12
Segundo dados diagnósticos de Diagnóstico Anual de Resíduos Sólidos do
Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS, 2016), estima-se a uma
produção diária de resíduos por habitante de:
5. PLANO DE GERENCIAMENTO
TRIAGEM E ACONDICIONAMENTO
A responsabilidade pela segregação e acondicionamento é do gerador dos
resíduos, ou seja, de todos os colaboradores das empresas executoras do processo
coleta, transporte, destinação e disposição final adequada.
Apesar da diferença no significado, a segregação e o acondicionamento
deverão ser abordados de forma agrupados neste plano. No manejo de resíduos
sólidos, o ato de segregar pressupõe-se onde e em que depositar, pois a segregação
não é um ato meramente mental, ela se traduz concretamente no acondicionamento
diferenciado de cada grupo de resíduos, ou seja, a separação por classes destes.
13
A segregação e acondicionamento de cada grupo de resíduos reduzem o risco
no manuseio; facilita o controle quantitativo e qualitativo da geração; e permite
trabalhar a política da minimização, da reutilização e da reciclagem. Assim, os riscos
e os custos de tratamento e disposição final podem ser menores, muito embora
possam ocorrer custos adicionais no manuseio.
Todos os resíduos gerados nas frentes de serviços deverão ser segregados
de acordo com a sua classificação da Resolução CONAMA N°10.004/2004 e a Lei
12.305/2010, para que assim possibilite um melhor acondicionamento, transporte e
destinação adequada para cada tipo de resíduo. Além disso, essa atitude estimula a
educação ambiental dos colaboradores ligados direto ou indiretamente nesse serviço
de triagem.
Para auxiliar no processo de triagem e posterior acondicionamento dos
resíduos gerados nas dependências internas e externas, poderá ser utilizado as
seguintes formas de separação, nas áreas de fácil acessibilidade aos moradores:
• Separação em diferentes cores: promovendo melhor segregação do tipo de
resíduo
14
O acondicionamento vai depender da classificação de cada um dos resíduos,
por isso a etapa de triagem é tão importante pois ela facilita a operação do
armazenamento dos resíduos.
Como verificado o condomínio se classifica como grande gerador, por possuir
uma geração superior a 120kg por dia. Dessa forma, recomenda-se para o
acondicionamento tambores plásticos ou metálicos de 200 litros identificando qual o
tipo de resíduo irá conter segundo a seguinte classificação.
PADRÃO DE CORES DOS CONTENTORES, ESTABELECIDO PELA RESOLUÇÃO
CONAMA nº 275/01:
• AZUL: papel/papelão;
• VERMELHO: plástico;
• VERDE: vidro;
• AMARELO: metal;
• PRETO: madeira;
• LARANJA: resíduos perigosos;
• BRANCO: resíduos ambulatoriais e de serviços de saúde;
• ROXO: resíduos radioativos;
• MARROM: resíduos orgânicos;
• CINZA: resíduo geral não reciclável ou misturado, ou contaminado não
passível de separação.
15
A figura abaixo ilustra os recipientes mencionados. Recomenda-se manter
sempre no mínimo três jogos de tambores.
16
Esses recipientes deverão ficar dispostos nas frentes de serviços e em locais
estratégicos, bem como devem estão em local protegido da chuva e outras
intemperes, limpo evitando possíveis animais como ratos, baratas e outras pragas,
causadoras de doenças. O acondicionamento correto desses materiais possibilita o
envio para reciclagem, o que diminui os custos com a coleta e o transporte particular
dos resíduos e ajuda o meio ambiente.
Ressalta-se que conforme a norma 11.147/1990, correta operação de uma
instalação de armazenamento é fundamental na minimização de possíveis efeitos
danosos ao meio ambiente. Assim, a capacidade do operador é um fator primordial e
os responsáveis pelas instalações devem fornecer treinamento adequado aos seus
funcionários. Deve ser feito também um registro, contendo uma descrição do
programa de treinamento realizado por cada indivíduo na instalação.
Este treinamento deve incluir:
a) forma de operação da instalação;
b) procedimentos para o preenchimento dos quadros de registro de
movimentação e armazenamento de resíduos;
c) aspectos de segurança para caso de incêndio.
COLETA E TRANSPORTE
A coleta e transporte dos resíduos, abordados conjuntamente em função de
serem ações integradas e encadeadas, correspondem ao deslocamento dos resíduos
dos pontos de geração até as áreas de destinação final.
Segundo a Resolução NBR 13.221/94 e NBR 13.463/95, a coleta e o
transporte deverão ser realizados em conformidade com as etapas anteriores e de
acordo com as normas técnicas vigentes para o transporte de resíduos.
A coleta deverá ser feita em conformidade com a necessidade, utilizando-se
técnicas que garantam a preservação da integridade física dos colaboradores, da
17
população e do meio ambiente, devendo estar de acordo com as orientações do órgão
local de limpeza urbana.
Tais empresas contratadas para esta finalidade, deve utilizar veículo e
Equipamento de Proteção Individual - EPI específicos para este tipo de atividade, e
atender os requisitos legais dos órgãos ambientais locais competentes, tais como
licenciamento ambiental para transporte de resíduos, a autorização ambiental de
transporte de resíduos.
Os caminhões basculantes de 12 m³, que realizarão o transporte dos resíduos
sólidos contendo os rejeitos e possíveis resíduos orgânicos, caso não seja realizada
a compostagem desses, deverão estar identificadas com o nome da empresa
contratante, devendo ser pintada em cores vivas, bem como estar em bom estado de
conservação. Quando em manobra de deposição ou recebimento de resíduos, os
caminhões deverão estar visivelmente sinalizados com uso de cones refletivos,
dispostos sobre a pista de rolamento e lanternas tipo “pisca - alerta” ligadas nas partes
frontal, traseira e laterais do caminhão. É importante destacar que os caminhões
basculantes deverão estar lonados, quando estiverem transportando os resíduos,
para evitar derramamento dos resíduos sólidos nas vias públicas, seguindo assim a
conformidades dispostas na NBR 13.463/1995.
Os resíduos de recicláveis, em parte deverão removidos por
cooperativas/associações de catadores, dando-se preferência às cooperativas mais
próximas do local, para facilitar a logística de coleta por parte das cooperativas. Além
disso, deverá ser verificada a possibilidade de doação deste material a alguma
instituição filantrópica que aceite recebê-lo para fins de geração de receita. Ressalte-
se, apenas, os casos de peças metálicas de grandes volumes, que serão direcionadas
para outros agentes, que promoverão seu transporte e reaproveitamento. Tais ações
permeiam as atividades de reciclagem, visto que essa atividade apresenta muitas
vantagens como redução do custo de destinação final e ajuda a reinserir os resíduos
na cadeia produtiva novamente.
Todas as coletas deverão ser acompanhadas por colaborador responsável
pela organização da área de armazenamento e medição dos resíduos através da
quantidade dos mesmos. O profissional responsável pela execução acima citado
acompanhará e registrará os dados de horário, quantitativos e eventuais acidentes em
planilha específica a ser repassado para a chefia nos dias de coleta.
18
O controle dos serviços de coleta e transporte externa deverão ter
MANIFESTO DE TRANSPORTE DE RESÍDUOS (MTR) que ateste a entrega dos
resíduos na unidade de tratamento e de destino final e planilha com o registro de
dados indicando:
19
DESTINAÇÃO FINAL
A destinação dos resíduos será descrita conforme a tipologia de geração do
resíduo disposto na tabela abaixo:
20
c) campanha com Panfletos/Cartazes/Folders/Comunicações
Internas/etc. indicando os vários tipos de resíduos que são produzidos
por esta Unidade Geradora, bem como indicando o procedimento de
coleta e armazenamento a serem adotados, (conforme
esclarecimentos abaixo).
A gestão e gerenciamento correto dos resíduos sólidos comum possui caráter
preventivo pois promove a redução das agressões ao meio ambiente, bem como
diminuição dos índices de poluição ambiental.
Dessa forma, o objetivo do programa é promover a adoção dos 5 Rs da
sustentabilidade e a implantação da coleta seletiva.
Os 5 Rs é um programa da sustentabilidade que redefini inicialmente a forma
de pensar o consumo e com isso as atitudes e atividades. O significado e adoção de
medidas que cada R introduz está descrito abaixo.
• Repensar: hábitos e atitudes de consumo
• Reduzir: geração de resíduos
• Reaproveitar: aumentar a vida útil dos produtos
• Reciclar: transformar materiais beneficiados em matéria prima para novos
produtos.
• Recusar: não consumir produtos que geram impactos significativos adversos
21
• Separação em duas etapas: secos e úmidos ou lixo comum e recicláveis
22
Ressalta-se também a importância de debates sobre o Programa Praia Limpa,
visto que a edificação se localiza próxima a praia. Esse programa foi desenvolvido em
2010 pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente, o qual tem por objetivo é
desenvolver uma consciência ecológica nos diversos seguimentos sociais que
trabalham ou frequentam o nosso litoral, melhorando as condições de limpeza das
praias, tendo em vista que são espaços coletivos de lazer e de grande beleza cênica
(SEMACE, 2010).
7. CONSIDERAÇÕES
O presente Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos foi realizado em
conformidade as leis, decretos e normas regulamentadoras vigentes aplicadas a
atividade em estudo, sendo essa o Condomínio Multifamiliar localizada no logradouro
Rua da Praia s/n no bairro Flecheiras na cidade de Trairi/Ce, sob responsabilidade de
execução da empresa The Village Empreendimento Imobiliário SPE LTDA.
Dessa forma, este Plano poderá ser licenciado pela Secretaria Municipal de
Turismo e Meio Ambiente do Trairi.
23
8. REFERÊNCIAS
24
MONTEIRO, J.H.P. et.al. Manual de gerenciamento de resíduos sólidos. Rio de
Janeiro IBAMA, 2001.
MOTA, S. Introdução a Engenharia Ambiental. ABES. Rio de Janeiro, 1997.
MOTA, S. Urbanização e Meio Ambiente. Rio de Janeiro: Associação Brasileira de
Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES), 1999.
SEMA. Plano Regional de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos – Região Litoral
Oeste. Fortaleza: SEMA, 2018. Disponível em: < https://www.sema.ce.gov.br/planos-
regionais-de-gestao-integrada-de-residuos-solidos/banco-de-dados-dos-planos-
regionais-de-gestao-integrada-de-residuos-solidos-prgirs/lo-regiao-litoral-oeste/ >.
Acesso em mai.2021.
PHILIPPI JUNIOR, Arlindo (Ed.). Saneamento, Saúde e Ambiente. São Paulo:
Manole, 2005.
PHILIPPI JUNIOR, Arlindo; PELICIONI, Maria Cecília Focesi (Ed.). Educação
Ambiental e Sustentabilidade. São Paulo: Manole, 2005.
TRAIRI. Lei Municipal n.º 462/2009 - Institui o código ambiental do município de
Trairi e da outras providências. Disponível em:<
https://www.trairi.ce.gov.br/leis.php?cat=&Exer=2018&dtini=&dtfim=&Num=&Descr=
&pagina=1 >. Acesso em mai.2021.
TRAIRI. Lei Municipal nº.658/2013 -Dispõe sobre a implantação de políticas públicas
sobre reciclagem e sustentabilidade. Disponível em:<
https://www.trairi.ce.gov.br/leis.php?cat=&Exer=2018&dtini=&dtfim=&Num=&Descr=
&pagina=1 >. Acesso em mai.2021.
TRAIRI. Lei Municipal nº.830/2018 - Institui o Fundo Municipal do Meio Ambiente na
forma que indica e da outras providencias. Disponível em:<
https://www.trairi.ce.gov.br/leis.php?cat=&Exer=2018&dtini=&dtfim=&Num=&Descr=
&pagina=1 >. Acesso em mai.2021.
25