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POUSADA

POUSADA FLECHEIRAS LTDA


PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS (PGRS)

POUSADA
POUSADA FLECHEIRAS LTDA

Responsável técnico
Moises Cardoso Moreira– Engenheiro Agrícola e Ambiental

Equipe técnica
Moises Cardoso Moreira– Engenheiro Agrícola e Ambiental

MOISES CARDOSO MOISES CARDOSO

Responsável técnico: Moisés Cardoso Moreira


Engº Agrícola e Ambiental, CREA - 342904CE

TRAIRI - CEARÁ
JANEIRO DE 2023
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ................................................................................................................. 2
1. INFORMAÇÕES GERAIS ............................................................................................... 3
IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR .................................................... 3
RESPONSÁVEL TÉCNICO PELA ELABORAÇÃO DO PGRS ...................... 3
RESPONSÁVEL TÉCNICO PELA EXECUÇÃO DO PGRS .......................... 3
2. LEGISLAÇÃO E NORMAS TÉCNICAS PERTINENTES ................................................ 3
2.1.1. Esfera federal ......................................................................................... 3
2.1.2. Esferas Estadual e municipal ................................................................. 4
2.1.3. Normas técnicas ..................................................................................... 4
CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS CONFORME A NBR
10.004:2004 ............................................................................................................. 5
CONCEITOS E DEFINIÇÕES ...................................................................... 7
3. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO............................................................ 10
CARACTERÍSTICAS DO PROJETO .......................................................... 10
LOCALIZAÇÃO E ACESSO ........................................................................ 11
4. DIAGNÓSTICO ............................................................................................................. 12
CARACTERIZAÇÃO DOS RESÍDUOS GERADOS .................................... 12
CÁLCULO DA GERAÇÃO DE RESÍDUOS ................................................. 12
5. PLANO DE GERENCIAMENTO ................................................................................... 13
TRIAGEM E ACONDICIONAMENTO ......................................................... 13
COLETA E TRANSPORTE ......................................................................... 17
DESTINAÇÃO FINAL ................................................................................. 20
6. EDUCAÇÃO AMBIENTAL ............................................................................................ 20
7. CONSIDERAÇÕES ....................................................................................................... 23
8. REFERÊNCIAS............................................................................................................. 24
ANEXO: MAPA DE LOCALIZAÇÃO ................................................................................... 26
APRESENTAÇÃO
O comercio imobiliário é reconhecido como uma das mais importantes
atividades para o desenvolvimento econômico e social da população, contudo a
mesma gera impactos ambientais consideráveis, quer seja pelo consumo de recursos
naturais, pela modificação da paisagem ou pela geração de resíduos sólidos.
Os resíduos sólidos quando não gerenciados corretamente, causam diversos
impactos ambientais como o assoreamento de recursos hídricos, degradação das
áreas de manancial e de proteção permanente, proliferação de agentes transmissores
de doenças, obstrução dos sistemas de drenagem e ocupação de vias e logradouros
públicos.
A preocupação com os resíduos sólidos urbanos surgiu nas últimas décadas
quando os problemas causados pelo mau gerenciamento dos resíduos passaram a
influenciar negativamente nas condições sanitárias, ambientais e sociais,
principalmente, dos centros urbanos.
Diante desses conflitos foram estabelecidos leis, resoluções e decretos para
promover a gestão e o gerenciamento dos resíduos, tais como a Lei 12.305/2010, que
estabelece a Política Nacional de Resíduos Sólidos, em consonância com as Leis N°
6.938/1981, que estabelece a Política Nacional do Meio Ambiente, na qual legisla
sobre a adequação, critérios e procedimentos no descarte correto dos resíduos
gerados e os deveres e responsabilidades dos geradores, sendo esse passível de
responder por crime ambiental.
Para tanto, a mesma resolução obriga os geradores de resíduos,
especialmente os condomínios habitacionais, pois classifica-se como grande gerador
de resíduos, a elaborar o PGRS - Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos como
condição para a aprovação da licença de operação, onde são estimadas a quantidade
de cada resíduo, por classe, resultantes do processo e é definido para onde os
mesmos serão destinados de forma ambientalmente adequada.
O Condomínio Multifamiliar está em processo de construção, dessa forma foi
utilizado como base para dimensionamento da população e descrição do
empreendimento o projeto arquitetônico, possibilitando assim a prospecção do Plano
de Gerenciamento de Resíduos Sólidos.
Portanto, o presente plano pretende descrever conceitos e estabelecer
procedimentos para o correto gerenciamento dos resíduos a serem gerados no

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processo habitacional, sendo assim baseado na Legislação Vigente nas esferas
federativas, estudais e municipais, para composição das etapas de caracterização do
empreendimento, diagnóstico, plano de gerenciamento, triagem, acondicionamento,
coleta, transporte, destinação adequada e o projeto de educação ambiental.

1. INFORMAÇÕES GERAIS
IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR
Pessoa Fisica
Contratante: Adilson Tavares Tobelem
CPF: 451.519.972-20
Logradouro: Rua Andrade Furtado, n° 2277, CEP: 60192-085
Bairro: Cocó
Cidade-Estado: Fortaleza- CE

RESPONSÁVEL TÉCNICO PELA ELABORAÇÃO DO PGRS


Moises Cardoso Moreira
CPF: 061.328.853-07
CREA: 342904CE
Endereço: Rua Cosme Damião, N° 13, CEP: 62.685-000
Bairro: Camboas
Cidade-Estado: Paraipaba-CE
Fone: (85) 99117-3211
E-mail: cardosomendes139@gmail.com

RESPONSÁVEL TÉCNICO PELA EXECUÇÃO DO PGRS


A responsabilidade pela execução do Plano Gerenciamento de Resíduos
Sólidos é a empresa contrate.

2. LEGISLAÇÃO E NORMAS TÉCNICAS PERTINENTES


Para o desenvolvimento deste Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos
foi realizado respeitado o seguinte conjunto legal:
2.1.1. ESFERA FEDERAL
✓ Lei Federal nº 6.938/1981 – Estabelece a Política Nacional do Meio Ambiente,
seus fins e mecanismo de formulação e aplicação, e tem por objetivo a
preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida,
visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento socioeconômico,
aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida
humana.
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✓ Lei Federal nº 9.605/1998 – Dispõe sobre as sanções penais e administrativas
derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras
providências.
✓ Lei Federal nº 12.305/2010 – Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos,
altera a Lei N 1º 9605 de 12/02/1998, e dá outras providências.
2.1.2. ESFERAS ESTADUAL E MUNICIPAL
✓ Lei Nº 12.225/1993 - Considera a coleta seletiva e a reciclagem do lixo como
atividades ecológicas de relevância social e de interesse público no Estado;
✓ Lei Estadual Nº 13.103/2001 – Política Estadual dos Resíduos Sólidos - define
diretrizes e normas de prevenção e controle da poluição, para a proteção e
recuperação da qualidade do meio ambiente e a proteção da saúde pública,
assegurando o uso adequado dos recursos ambientais no Estado do Ceará;
✓ Lei N° 14.892/2011 - Institui a Política Estadual de Educação Ambiental;
✓ Lei Nº 16.032/2016 - Institui a Política Estadual de Resíduos Sólidos no âmbito
do Estado do Ceará;
✓ Lei Municipal n.º 462/2009 - Institui o código ambiental do município de Trairi e
da outras porvidencias;
✓ Lei Municipal nº.658/2013 -Dispõe sobre a implantação de políticas públicas
sobre reciclagem e sustentabilidade;
✓ Lei Municipal nº.830/2018 - Institui o Fundo Municipal do Meio Ambiente na
forma que indica e da outras providencias.
2.1.3. NORMAS TÉCNICAS
✓ NBR 10.004/2004 – a estabelece os critérios de classificação e os códigos
para a identificação dos resíduos de acordo com suas características;
✓ Resolução CONAMA nº 275/2001 – Estabelece o código de cores para os
diferentes tipos de resíduos, a ser adotado na identificação de coletores e
transportadores, bem como nas campanhas informativas para coleta seletiva;
✓ NBR 10.004/87: Resíduos sólidos – Classificação;
✓ NBR 11.174/89: Armazenamento de Resíduos Classe II – Não Inertes e
Classe III – Inertes – Procedimento.
✓ NBR 13.221/94: Transporte de resíduos – Procedimento;
✓ NBR 13.463/95: Coleta de resíduos sólidos – Classificação;
✓ NBR 13.413/95: Controle de contaminação em áreas limpas – Terminologia;

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✓ NBR 7.500/03: Identificação para o transporte terrestre, manuseio,
movimentação e armazenamento de produtos;
✓ NBR/ISO 14.004/96: Sistema de gestão ambiental – Diretrizes gerais sobre
princípios, sistemas e técnicas de apoio.
CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS CONFORME A NBR
10.004:2004
Segundo a NBR 10.004/04 – Resíduos Sólidos – Classificação, resíduos
sólidos são definidos como “resíduos nos estados sólidos e semissólidos, que
resultam de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola,
de serviços e de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de
sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de
controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem
inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água, ou exijam
para isso soluções técnica e economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia
disponível.”
Ainda de acordo com NBR 10.004/04 – Resíduos Sólidos – Classificação, os
resíduos sólidos são classificados em:
✓ RESÍDUOS CLASSE I – PERIGOSOS: são aqueles que apresentam risco a
saúde pública, provocando mortalidade, incidência de doenças ou acentuando
seus índices ou riscos ao meio ambiente, quando gerenciados de forma
inadequada;
✓ RESÍDUOS CLASSE II A – NÃO INERTES: são aqueles que não se enquadram
nas classificações de resíduos classe I. Esses resíduos podem ter
propriedades de biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em
água;
✓ RESÍDUOS CLASSE II B – INERTES: são aqueles resíduos que quando
submetidos a um contato dinâmico com a água destilada não tenham nenhum
de seus constituintes solubilizados;

Dessa forma os resíduos sólidos domiciliares em sua essência são resíduos


Classe II podendo haver inertes e não inertes dependendo do consumo e atividades
dos habitantes. De forma usual a Classe II A é a predominante nos resíduos
domiciliares, podendo ser classificada em:

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✓ Resíduos orgânicos que os restos de Comida, Casca de Frutas e Verduras,
Grama, Galhos Pequenos;
✓ Rejeitos - Papel Higiênico, Absorventes Íntimos, Palitos de Dentes, Filtros de
Cigarro;
✓ Rejeitos Perigosos - Lâmpadas Fluorescentes, Filtros de Ar Condicionados,
Baterias, Pilhas;
✓ Recicláveis - Papel, Papelão, Plásticos em geral, Metais.

Para Classe II- B verifica-se a predominância de resíduos das obras


construção civil que são os resultantes da preparação e da escavação de terrenos,
tais como: tijolos, blocos cerâmicos, concretos em geral, solos, rochas, metais,
resinas, colas, tintas, madeiras e compensados, forros, argamassas, gesso, telhas,
pavimento asfálticos, vidros, plástico, tubulações, fiação elétrica, dentre outros,
comumente chamados de entulhos de obras, caliça ou metralha.” A resolução
CONAMA n° 307/2002 classifica os resíduos da construção civil em quatro classes:
✓ CLASSE A: são os resíduos considerados reutilizáveis ou recicláveis como
agregados, tais como:
a) de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras
obras de infraestrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem;
b) de construção, demolição, reformas e reparos de edificações: componentes
cerâmicos, argamassa e concreto;
c) de processos de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em
concreto produzidas nos canteiros de obras;
✓ CLASSE B: são os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como:
plásticos, papel, vidro, metal, madeira e outros;
✓ CLASSE C: são os resíduos para os quais não foram desenvolvidas
tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua
reciclagem/recuperação, tais como produtos oriundos de gesso; contudo, de
acordo com a Resolução 469/2015 modifica o gesso para Classe C, mas ainda
necessita ser depositado em recipiente próprio, não sendo permitida a sua
mistura com os demais resíduos classe B, muito menos com os das outras
classes.

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✓ CLASSE D: são os resíduos perigosos oriundos dos processos da construção,
tais como: tintas, solventes, óleos e outros, ou aqueles contaminados oriundos
de demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações
industriais e outros;
CONCEITOS E DEFINIÇÕES
Para o correto gerenciamento dos resíduos gerados no processo de
habitacional, as seguintes etapas devem ser consideradas:
a) Caracterização dos resíduos sólidos a serem gerados
b) Triagem / Coleta Seletiva
c) Acondicionamento
d) Transporte
e) Logística Reversa, se aplicável
f) Destinação Final

A caracterização dos resíduos sólidos define qual o tipo de resíduo será


gerado e o seu enquadramento quanto a classificação na Resolução CONAMA nº
10.004/2004 e Lei 12.305/2005.
O sistema de coleta seletiva de resíduos sólidos e da logística reversa
priorizarão a participação de cooperativas ou de outras formas de associação de
catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis constituídas por pessoas físicas de
baixa renda. As ações desenvolvidas pelas cooperativas ou outras formas de
associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis no âmbito do
gerenciamento de resíduos sólidos das atividades relacionadas no art. 20 da Lei nº
12.305, de 2010, deverão estar descritas, quando couber, nos respectivos planos de
gerenciamento de resíduos sólidos elaborados pelos empreendimentos.
Conforme a Resolução CONAMA nº 10.004/2004, incluindo aspectos da Lei
n° 12.305, de 2 de agosto de 2010, a qual institui a Política Nacional de Resíduos
Sólidos, assim como o Decreto 7.404/2010, que a regulamenta, e nomenclaturas
usuais, são adotadas as seguintes definições:

• Resíduos sólidos: material, substância, objeto ou bem descartado resultante de


atividades humanas em sociedade, a cuja destinação final se procede, se
propõe proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido ou

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semissólido, bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas
particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos
ou em corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente
inviáveis em face da melhor tecnologia disponível;
• Resíduos da construção civil: são os provenientes de construções, reformas,
reparos e demolições de obras de construção civil, e os resultantes da
preparação e da escavação de terrenos, tais como: tijolos, blocos cerâmicos,
concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e
compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros,
plásticos, tubulações, fiação elétrica etc., comumente chamados de entulhos
de obras, e parte destes, como caliça ou metralha;
• Coleta Seletiva: tem como um entendimento básico a coleta dos resíduos
orgânicos e inorgânicos ou secos e úmidos ou recicláveis e não recicláveis, de
forma previamente separados na fonte geradora.
• Acondicionamento: é a forma que serão estocados temporariamente os
resíduos sólidos. É a colocação dos resíduos sólidos no interior de recipientes
apropriados, revestidos, que garantam sua estanqueidade, em regulares
condições de higiene, visando a sua posterior estocagem ou transporte para
destinação final.
• Logística reversa: instrumento de desenvolvimento econômico e social
caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a
viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para
reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra
destinação final ambientalmente adequada;
• Rejeitos: resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de
tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e
economicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade que não a
disposição final ambientalmente adequada;
• Reciclagem: é o processo de reaproveitamento de um resíduo, após ter sido
submetido à transformação, normalmente utilizando-se água e/ou energia
neste processo;

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• Agregado reciclado: é o material granular proveniente do beneficiamento de
resíduos de construção que apresentem características técnicas para a
aplicação em obras de edificação, de infraestrutura, em aterros sanitários ou
outras obras de engenharia;
• Geradores: são pessoas, físicas ou jurídicas, públicas ou privadas,
responsáveis por atividades ou empreendimentos que gerem os resíduos
definidos na legislação aplicável;
• Transportadores: A pessoa física ou jurídica de direito provado, devidamente
licenciada, contratada pelo gerador de RCC, para execução de etapas do
processo de gerenciamento desses resíduos. É o ato de diminuir de
quantidade, em volume ou peso tanto quanto possível;
• Redução: É o ato de diminuir de quantidade, em volume ou peso, tanto quanto
possível;
• Reutilização: É o reaproveitamento dos resíduos sem transformação física ou
físico-química, assegurado, quando necessário, o tratamento destinado ao
cumprimento dos padrões de saúde pública e meio ambiente;
• Beneficiamento: é o ato de submeter um resíduo às operações e/ou processos
que tenham por objetivo dotá-los de condições que permitam que sejam
utilizados como matéria-prima no processo produtivo (também pode ser
inserido no contexto de logística reversa, se o produto que originou o resíduo –
por exemplo, concreto, teve como origem centrais de concreto do
empreendimento);
• Gerenciamento de resíduos: é o sistema de gestão que visa eliminar, reduzir,
reutilizar, reciclar e destinar resíduos, incluindo planejamento,
responsabilidades, práticas, procedimentos e recursos para desenvolver e
implementar as ações necessárias ao cumprimento das etapas previstas em
programas e planos
• Segregação: Consiste na triagem dos resíduos no local de origem ou em áreas
devidamente licenciadas para esta atividade, segundo classificação exigida por
norma regulamentadora.
• Destinação final ambientalmente adequada: destinação de resíduos que inclui
a reutilização, a reciclagem, a compostagem, a recuperação e o

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aproveitamento energético ou outras destinações admitidas pelos órgãos
competentes do Sisnama, do SNVS e do Suasa, entre elas a disposição final,
observando normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos
à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos;
• Disposição final ambientalmente adequada: distribuição ordenada de rejeitos
em aterros, observando normas operacionais específicas de modo a evitar
danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos
ambientais adversos; Cedente de área que recebe os inertes: A pessoa física
ou jurídica de direito provado e devidamente licenciada, que se faz cumprir as
determinações normativas que disciplinam os procedimentos e operações de
aterros de inertes, em especial, o seu controle ambiental;
• Responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos: conjunto de
atribuições individualizadas e encadeadas dos fabricantes, importadores,
distribuidores e comerciantes, dos consumidores e dos titulares dos serviços
públicos de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, para minimizar
o volume de resíduos sólidos e rejeitos gerados, bem como para reduzir os
impactos causados à saúde humana e à qualidade ambiental decorrentes do
ciclo de vida dos produtos.
• Poder Público: Responsável por Normatizar, orientar, controlar e fiscalizar a
conformidade da execução dos processos do Projeto de Gerenciamento de
Resíduos Sólidos. Compete-lhe, também, equacionar soluções e adotar
medidas para estruturação da rede de áreas para recebimento, triagem e
armazenamento temporário de pequenos volumes de resíduos para
acondicionamento e armazenamento de forma legal.
3. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

CARACTERÍSTICAS DO PROJETO
A pousada possui um terreno regular, próximo a geometria de um retângulo,
dessa forma, a área total do terreno é de 940,00m² e perímetro de 134,00m, na qual
possuirá 5 subdivisões, na qual cada edificação residencial contará com um
pavimento térreo e um superior, conforme consta na pranchas do projeto
arquitetônico do empreendimento, Figura 1.

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O condomínio também contará com áreas de lazer composta por espaço
verde, playground, piscina, espaço de hidromassagem e decks, a guarita na entrada,
espaço de estacionamento e área de deposito/casa de máquinas próxima ao Deck
Gourmet.
Dessa forma, o projeto consiste em planejar o gerenciamento dos resíduos
sólidos que serão gerados pelos habitantes do condomínio, conforme anexo e quadro
abaixo com a descrição das áreas dos equipamentos projetadas.

Quadro 1 - Áreas da edificação

Área total do terreno 940,00m²


Área total das 5 subdivisões 453,74m²
Área total da casa 129,59m²
Área do Pavimento térreo 129,59m²
Área do Pavimento superior 129,59m²
Área da Piscina 29,29m²
Área da Piscina Infantil 9,15m²
Área da Prainha 12,95m²
Área da Casa de Lixo 2,57m²
Fonte: Projeto topográfico e visita in loco

LOCALIZAÇÃO E ACESSO
A edificação encontra-se localizada no Logradouro: Condominio Fecheiras
Atlântico Lote A05 E A06, S/N, Bairro: Flecheiras, na Cidade de Trairi – Ce. CEP:
62690-000. O acesso principal é pela CE-346. A edificação fica distante da capital
Fortaleza por aproximadamente 142km.

O mapa da edificação (em anexo) ilustra a localização e as vias de acesso ao


empreendimento, cuja as coordenadas de referência são: N 9.644.250.00m e E
468.250.00m, Datum SIRGAS 2000.

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Figura 1 – Identificação da edificação

Fonte: Google maps, 2019.

4. DIAGNÓSTICO

CARACTERIZAÇÃO DOS RESÍDUOS GERADOS


A caracterização dos resíduos consiste no agrupamento das classes de
resíduos, em função dos riscos potenciais à saúde pública e ao meio ambiente, para
que tenham gerenciamento adequado. É importante destacar que a caracterização
será de acordo com Resolução n° 10.004/2004 do CONAMA. Esta classificação é
importante para permitir o conhecimento dos impactos ambientais das atividades
desenvolvidas e os tipos de resíduos gerados e destacar a composição dos resíduos
gerados no processo.
Para determinação das estimativas de resíduos, por tipo, a serem gerados no
processo habitacional, foram adotados parâmetros de geração a partir de cálculos
com base no diagnóstico de Diagnóstico Anual de Resíduos Sólidos do Sistema
Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS, 2016), além das informações
originárias da equipe de projeto da Contratante, e na experiência no acompanhamento
e gestão de projetos envolvendo o segmento de resíduos sólidos.

CÁLCULO DA GERAÇÃO DE RESÍDUOS

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Segundo dados diagnósticos de Diagnóstico Anual de Resíduos Sólidos do
Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS, 2016), estima-se a uma
produção diária de resíduos por habitante de:

Quadro 2 – Dados da geração de resíduos

Tipo Quantidade (kg/dia)


Resíduos domiciliares 0,87
População média mínima residente 128
População média mínima de funcionários 10

A equação utilizada para estimativa:


Geração = Nº. de usuários (média) x índice de quantidade (kg/dia) x dia
Dessa forma, a geração diária será de aproximadamente120,06 kg, semanal
de 840,42 e mensal de 3.601,80kg, classificando assim o condomínio como grande
gerador de resíduos.
A tipologia foi estimada com base nos dados do Plano Regional de Gestão
Integrada de Resíduos Sólidos - PRGIRS da Região Litoral Oeste, no qual contempla
o município Trairi, onde está localizada a edificação em estudo.

Quadro 3 – Estimativa de resíduos por tipologia

Tipo Estimativa (%) Quantidade (kg)


Orgânicos 45% 54,03
Rejeitos 15% 18,01
Recicláveis 39% 46,82

5. PLANO DE GERENCIAMENTO

TRIAGEM E ACONDICIONAMENTO
A responsabilidade pela segregação e acondicionamento é do gerador dos
resíduos, ou seja, de todos os colaboradores das empresas executoras do processo
coleta, transporte, destinação e disposição final adequada.
Apesar da diferença no significado, a segregação e o acondicionamento
deverão ser abordados de forma agrupados neste plano. No manejo de resíduos
sólidos, o ato de segregar pressupõe-se onde e em que depositar, pois a segregação
não é um ato meramente mental, ela se traduz concretamente no acondicionamento
diferenciado de cada grupo de resíduos, ou seja, a separação por classes destes.

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A segregação e acondicionamento de cada grupo de resíduos reduzem o risco
no manuseio; facilita o controle quantitativo e qualitativo da geração; e permite
trabalhar a política da minimização, da reutilização e da reciclagem. Assim, os riscos
e os custos de tratamento e disposição final podem ser menores, muito embora
possam ocorrer custos adicionais no manuseio.
Todos os resíduos gerados nas frentes de serviços deverão ser segregados
de acordo com a sua classificação da Resolução CONAMA N°10.004/2004 e a Lei
12.305/2010, para que assim possibilite um melhor acondicionamento, transporte e
destinação adequada para cada tipo de resíduo. Além disso, essa atitude estimula a
educação ambiental dos colaboradores ligados direto ou indiretamente nesse serviço
de triagem.
Para auxiliar no processo de triagem e posterior acondicionamento dos
resíduos gerados nas dependências internas e externas, poderá ser utilizado as
seguintes formas de separação, nas áreas de fácil acessibilidade aos moradores:
• Separação em diferentes cores: promovendo melhor segregação do tipo de
resíduo

Figura 2 – Caracterização dos coletores para Coleta Seletiva I

• Separação em duas etapas: secos e úmidos ou lixo comum e recicláveis

Figura 3 – Caracterização dos coletores para Coleta Seletiva II

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O acondicionamento vai depender da classificação de cada um dos resíduos,
por isso a etapa de triagem é tão importante pois ela facilita a operação do
armazenamento dos resíduos.
Como verificado o condomínio se classifica como grande gerador, por possuir
uma geração superior a 120kg por dia. Dessa forma, recomenda-se para o
acondicionamento tambores plásticos ou metálicos de 200 litros identificando qual o
tipo de resíduo irá conter segundo a seguinte classificação.
PADRÃO DE CORES DOS CONTENTORES, ESTABELECIDO PELA RESOLUÇÃO
CONAMA nº 275/01:

• AZUL: papel/papelão;
• VERMELHO: plástico;
• VERDE: vidro;
• AMARELO: metal;
• PRETO: madeira;
• LARANJA: resíduos perigosos;
• BRANCO: resíduos ambulatoriais e de serviços de saúde;
• ROXO: resíduos radioativos;
• MARROM: resíduos orgânicos;
• CINZA: resíduo geral não reciclável ou misturado, ou contaminado não
passível de separação.

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A figura abaixo ilustra os recipientes mencionados. Recomenda-se manter
sempre no mínimo três jogos de tambores.

Figura 4 - Tambores de 200 litros

Fonte: Extraído de Poli guindastes Indústria S/A em www.poliguindastes.com.br

• Orgânicos – Serão depositados em containers/galões/lixeiras, com identificação


padronizada, na cor Marrom, seguindo resolução do 275/01 do Conama;

• Rejeitos – Serão depositados em containers/galões/lixeiras, com


identificação padronizada, na cor Cinza, seguindo resolução do 275/01 do
Conama;
• Rejeitos Perigosos – Serão depositados em containers/galões/lixeiras, com
identificação padronizada, na cor Laranja, seguindo resolução do 275/01
do Conama;
• Recicláveis – Serão depositados em containers/galões/lixeiras, com
identificação padronizada, na cor Verde/Azul/Amarelo/Vermelho, seguindo
resolução do 275/01 do Conama;

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Esses recipientes deverão ficar dispostos nas frentes de serviços e em locais
estratégicos, bem como devem estão em local protegido da chuva e outras
intemperes, limpo evitando possíveis animais como ratos, baratas e outras pragas,
causadoras de doenças. O acondicionamento correto desses materiais possibilita o
envio para reciclagem, o que diminui os custos com a coleta e o transporte particular
dos resíduos e ajuda o meio ambiente.
Ressalta-se que conforme a norma 11.147/1990, correta operação de uma
instalação de armazenamento é fundamental na minimização de possíveis efeitos
danosos ao meio ambiente. Assim, a capacidade do operador é um fator primordial e
os responsáveis pelas instalações devem fornecer treinamento adequado aos seus
funcionários. Deve ser feito também um registro, contendo uma descrição do
programa de treinamento realizado por cada indivíduo na instalação.
Este treinamento deve incluir:
a) forma de operação da instalação;
b) procedimentos para o preenchimento dos quadros de registro de
movimentação e armazenamento de resíduos;
c) aspectos de segurança para caso de incêndio.

Destaca-se a importância que os resíduos provenientes da desconstrução,


reparos, restos de alvenaria (tijolos, blocos, argamassa) provenientes de pequenas
obras, que devem ser segredos e acondicionados separadamente, dos outros
materiais como madeira, metais, papéis, plástico, e lixo orgânico.

COLETA E TRANSPORTE
A coleta e transporte dos resíduos, abordados conjuntamente em função de
serem ações integradas e encadeadas, correspondem ao deslocamento dos resíduos
dos pontos de geração até as áreas de destinação final.
Segundo a Resolução NBR 13.221/94 e NBR 13.463/95, a coleta e o
transporte deverão ser realizados em conformidade com as etapas anteriores e de
acordo com as normas técnicas vigentes para o transporte de resíduos.
A coleta deverá ser feita em conformidade com a necessidade, utilizando-se
técnicas que garantam a preservação da integridade física dos colaboradores, da

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população e do meio ambiente, devendo estar de acordo com as orientações do órgão
local de limpeza urbana.
Tais empresas contratadas para esta finalidade, deve utilizar veículo e
Equipamento de Proteção Individual - EPI específicos para este tipo de atividade, e
atender os requisitos legais dos órgãos ambientais locais competentes, tais como
licenciamento ambiental para transporte de resíduos, a autorização ambiental de
transporte de resíduos.
Os caminhões basculantes de 12 m³, que realizarão o transporte dos resíduos
sólidos contendo os rejeitos e possíveis resíduos orgânicos, caso não seja realizada
a compostagem desses, deverão estar identificadas com o nome da empresa
contratante, devendo ser pintada em cores vivas, bem como estar em bom estado de
conservação. Quando em manobra de deposição ou recebimento de resíduos, os
caminhões deverão estar visivelmente sinalizados com uso de cones refletivos,
dispostos sobre a pista de rolamento e lanternas tipo “pisca - alerta” ligadas nas partes
frontal, traseira e laterais do caminhão. É importante destacar que os caminhões
basculantes deverão estar lonados, quando estiverem transportando os resíduos,
para evitar derramamento dos resíduos sólidos nas vias públicas, seguindo assim a
conformidades dispostas na NBR 13.463/1995.
Os resíduos de recicláveis, em parte deverão removidos por
cooperativas/associações de catadores, dando-se preferência às cooperativas mais
próximas do local, para facilitar a logística de coleta por parte das cooperativas. Além
disso, deverá ser verificada a possibilidade de doação deste material a alguma
instituição filantrópica que aceite recebê-lo para fins de geração de receita. Ressalte-
se, apenas, os casos de peças metálicas de grandes volumes, que serão direcionadas
para outros agentes, que promoverão seu transporte e reaproveitamento. Tais ações
permeiam as atividades de reciclagem, visto que essa atividade apresenta muitas
vantagens como redução do custo de destinação final e ajuda a reinserir os resíduos
na cadeia produtiva novamente.
Todas as coletas deverão ser acompanhadas por colaborador responsável
pela organização da área de armazenamento e medição dos resíduos através da
quantidade dos mesmos. O profissional responsável pela execução acima citado
acompanhará e registrará os dados de horário, quantitativos e eventuais acidentes em
planilha específica a ser repassado para a chefia nos dias de coleta.

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O controle dos serviços de coleta e transporte externa deverão ter
MANIFESTO DE TRANSPORTE DE RESÍDUOS (MTR) que ateste a entrega dos
resíduos na unidade de tratamento e de destino final e planilha com o registro de
dados indicando:

✓ Número de cadastro do transportador;


✓ Nome ou razão social do transportador;
✓ CNPJ;
✓ Endereço completo;
✓ Características e quantificação dos resíduos sólidos transportados;
✓ Origem e destino dos resíduos.

Caso a empresa responsável pela coleta e o transporte dos resíduos sólidos


não possuam Manifesto de Transporte de Resíduos, o gerador será responsável pela
criação de um MTR próprio, pois este documento é de extrema importância para
identificar os agentes participantes deste serviço e comprovar a destinação correta
dos resíduos sólidos. É interessante afirmar que quaisquer eventualidades
relacionadas aos resíduos gerados ocorridos fora do ambiente da empresa
acarretarão no mínimo responsabilidade pelos possíveis impactos ambientais
ocasionados, o que está definido, na Lei N° 12.305 – Política Nacional de Resíduos
Sólidos, que o gerador é responsável desde a geração até a destinação dos resíduos
sólidos.
De acordo com o PRGIRS da Região Litoral Oeste, a responsabilidade pela
prestação de serviço de coleta dos resíduos é realizada de forma indireta, ou seja, o
serviço é terceirizado com frequência de coleta realizada duas vezes por semana,
mas estando sob responsabilidade da Secretaria de Turismo e Meio Ambiente.
Ressalta-se que no mesmo plano, a presença de catadores da na região, mas
que não estão organizados em associações, devendo assim ser verificada se estão
realizando a destinação de forma adequada com requisitos dispostas nas leis,
decretos e normas dispostos neste documento.

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DESTINAÇÃO FINAL
A destinação dos resíduos será descrita conforme a tipologia de geração do
resíduo disposto na tabela abaixo:

Quadro 4 – Destinação dos Resíduos Domiciliares


Período de recolhimento Responsável pelo Destinação Final
Tipo de material recolhimento/ Exemplos
tratamento
Orgânico Concessionária
Determinado pela empresa de terceirizada do Usina de Compostagem
coleta municipal ou; município
Adoção de composteiras no Determinado pela Compoteiras para posterior
condomínio Empresa geradora ou uso na adubação dos
o Sindico jardins
Rejeitos Concessionária
Determinado pela empresa de
terceirizada do Aterro Sanitário
coleta municipal município
Recicláveis Determinado pela Empresa Determinado pela Centro de triagem
geradora. Empresa geradora. licenciados

O gerador deverá apresentar a declaração de contratação de empresa ou


serviço para transporte e destinação final dos resíduos, recicláveis, incluindo as
respectivas licenças ambientais.
6. EDUCAÇÃO AMBIENTAL
A Unidade Geradora de Resíduos Sólidos estará realizando entre seus
funcionários e clientes, palestras/debates/campanhas visando à conscientização dos
mesmos em relação ao procedimento que deverá ser adotado para a efetivação do
processo de coleta seletiva que será implantado pelo presente Plano de
Gerenciamento de Resíduos Sólidos. Para tanto, deverá contratar profissional
especializado em gestão, gerenciamento de resíduos sólidos e educação ambiental
para auxiliar nas atividades de conscientização.
Estas palestras/debates/campanhas, obedecerão aos seguintes exemplos,
contemplando as datas e etapas:
a) palestras com Educadores Ambientais, buscando a conscientização
dos condôminos/funcionários/hóspedes/clientes, e esclarecendo
dúvidas decorrentes da implantação deste Processo de Coleta
Seletiva;
b) os debates se darão nas reuniões que obedecem ao calendário desta
Unidade Geradora, e serviram para deliberar em relação a implantação
dos procedimentos a serem adotados;

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c) campanha com Panfletos/Cartazes/Folders/Comunicações
Internas/etc. indicando os vários tipos de resíduos que são produzidos
por esta Unidade Geradora, bem como indicando o procedimento de
coleta e armazenamento a serem adotados, (conforme
esclarecimentos abaixo).
A gestão e gerenciamento correto dos resíduos sólidos comum possui caráter
preventivo pois promove a redução das agressões ao meio ambiente, bem como
diminuição dos índices de poluição ambiental.
Dessa forma, o objetivo do programa é promover a adoção dos 5 Rs da
sustentabilidade e a implantação da coleta seletiva.
Os 5 Rs é um programa da sustentabilidade que redefini inicialmente a forma
de pensar o consumo e com isso as atitudes e atividades. O significado e adoção de
medidas que cada R introduz está descrito abaixo.
• Repensar: hábitos e atitudes de consumo
• Reduzir: geração de resíduos
• Reaproveitar: aumentar a vida útil dos produtos
• Reciclar: transformar materiais beneficiados em matéria prima para novos
produtos.
• Recusar: não consumir produtos que geram impactos significativos adversos

A Coleta Seletiva visa o descarte e acondicionamento adequado dos resíduos,


melhorando assim as condições de transporte, destinação e disposição final
ambientalmente correta. A realização da coleta seletiva pose ser realizada de duas
formas, representadas nas Figuras 6 e 7:
• Separação em diferentes cores: promovendo melhor segregação do tipo de
resíduo

Figura 5 – Caracterização dos coletores para Coleta Seletiva I

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• Separação em duas etapas: secos e úmidos ou lixo comum e recicláveis

Figura 6 – Caracterização dos coletores para Coleta Seletiva II

A adoção de cada uma das formas vai depender da estrutura do programa,


dos tipos de resíduos gerados em diferentes pontos/ locais do empreendimento e no
entorno.
Como visto com a adoção dessas medidas pode-se pensar também na
promoção de atividades artesanais no reaproveitamento de resíduos para a
ornamentação do empreendimento, como inserir nas atividades com os visitantes e
comunidade local.
De acordo com as demandas que apareceram no decorrer das reuniões
poderão ser adicionadas outras medidas como realização de projetos de reciclagem
no condomínio visando criações de utensílios e ornamentações.

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Ressalta-se também a importância de debates sobre o Programa Praia Limpa,
visto que a edificação se localiza próxima a praia. Esse programa foi desenvolvido em
2010 pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente, o qual tem por objetivo é
desenvolver uma consciência ecológica nos diversos seguimentos sociais que
trabalham ou frequentam o nosso litoral, melhorando as condições de limpeza das
praias, tendo em vista que são espaços coletivos de lazer e de grande beleza cênica
(SEMACE, 2010).
7. CONSIDERAÇÕES
O presente Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos foi realizado em
conformidade as leis, decretos e normas regulamentadoras vigentes aplicadas a
atividade em estudo, sendo essa o Condomínio Multifamiliar localizada no logradouro
Rua da Praia s/n no bairro Flecheiras na cidade de Trairi/Ce, sob responsabilidade de
execução da empresa The Village Empreendimento Imobiliário SPE LTDA.
Dessa forma, este Plano poderá ser licenciado pela Secretaria Municipal de
Turismo e Meio Ambiente do Trairi.

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8. REFERÊNCIAS

ABNT. Normas Brasileiras ABNT. Normas Brasileiras NBR 7.500/03: Identificação


para o transporte terrestre, manuseio, movimentação e armazenamento de produtos.
ABNT. Normas Brasileiras NBR 10.004, dispõe sobre resíduos sólidos e sua
classificação, São Paulo, 1987.
ABNT. Normas Brasileiras NBR 10.004/87: Resíduos sólidos – Classificação.
ABNT. Normas Brasileiras NBR 11.174/89: Armazenamento de Resíduos Classe II –
Não Inertes e Classe III – Inertes – Procedimento.
ABNT. Normas Brasileiras NBR 13.221/94: Transporte de resíduos – Procedimento.
ABNT. Normas Brasileiras NBR 13.413/95: Controle de contaminação em áreas
limpas – Terminologia.
ABNT. Normas Brasileiras NBR 13.463/95: Coleta de resíduos sólidos –
Classificação.
ABNT. Normas Brasileiras NBR/ISO 14.001/96: Sistema de gestão ambiental –
Especificação e diretrizes para uso.
ABNT. Normas Brasileiras NBR/ISO 14.004/96: Sistema de gestão ambiental –
Diretrizes gerais sobre princípios, sistemas e técnicas de apoio.
BRASIL, Lei n°12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de
Resíduos Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras
providências. Brasília. MMA/BRASIL, 2010.
BRASIL, Lei n°6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do
Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras
providências. Brasília. MMA/BRASIL, 1981.
COELHO, E.J. Sistema de aproveitamento de lixo urbano: uma avaliação
socioeconômica, 1994 Dissertação (Mestrado em Economia Rural), Faculdade de
Economia, Universidade Federal de Viçosa – Viçosa – MG.
CONAMA, Resolução N° 275, define diretrizes da aplicação de cores padrões de
identificação de resíduos.
Decreto nº 10.229, de 29 de agosto de 1977. Acrescenta dispositivo ao Regulamento
aprovado pelo Decreto nº 8.468, de 8 de setembro de 1976, que dispõe sobre a
prevenção e controle da poluição do meio ambiente.
Decreto nº 15.425, de 23 de julho de 1980. Acrescenta dispositivos e procede as
alterações, que especifica, ao Regulamento da Lei nº 997, de 31 de maio de 1976,
aprovado pelo Decreto nº 8.468, de 8 de setembro de 1976, que dispõe sobre a
prevenção e controle da poluição do meio ambiente.
IPT/CEMPRE Lixo: manual de gerenciamento integrado. São Paulo: IPT, 2000.
Lei nº 10.888, de 20 de setembro de 2001. Dispõe sobre o descarte final de produtos
potencialmente perigosos do resíduo urbano que contenham metais pesados, e dá
outras providências.

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MONTEIRO, J.H.P. et.al. Manual de gerenciamento de resíduos sólidos. Rio de
Janeiro IBAMA, 2001.
MOTA, S. Introdução a Engenharia Ambiental. ABES. Rio de Janeiro, 1997.
MOTA, S. Urbanização e Meio Ambiente. Rio de Janeiro: Associação Brasileira de
Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES), 1999.
SEMA. Plano Regional de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos – Região Litoral
Oeste. Fortaleza: SEMA, 2018. Disponível em: < https://www.sema.ce.gov.br/planos-
regionais-de-gestao-integrada-de-residuos-solidos/banco-de-dados-dos-planos-
regionais-de-gestao-integrada-de-residuos-solidos-prgirs/lo-regiao-litoral-oeste/ >.
Acesso em mai.2021.
PHILIPPI JUNIOR, Arlindo (Ed.). Saneamento, Saúde e Ambiente. São Paulo:
Manole, 2005.
PHILIPPI JUNIOR, Arlindo; PELICIONI, Maria Cecília Focesi (Ed.). Educação
Ambiental e Sustentabilidade. São Paulo: Manole, 2005.
TRAIRI. Lei Municipal n.º 462/2009 - Institui o código ambiental do município de
Trairi e da outras providências. Disponível em:<
https://www.trairi.ce.gov.br/leis.php?cat=&Exer=2018&dtini=&dtfim=&Num=&Descr=
&pagina=1 >. Acesso em mai.2021.
TRAIRI. Lei Municipal nº.658/2013 -Dispõe sobre a implantação de políticas públicas
sobre reciclagem e sustentabilidade. Disponível em:<
https://www.trairi.ce.gov.br/leis.php?cat=&Exer=2018&dtini=&dtfim=&Num=&Descr=
&pagina=1 >. Acesso em mai.2021.
TRAIRI. Lei Municipal nº.830/2018 - Institui o Fundo Municipal do Meio Ambiente na
forma que indica e da outras providencias. Disponível em:<
https://www.trairi.ce.gov.br/leis.php?cat=&Exer=2018&dtini=&dtfim=&Num=&Descr=
&pagina=1 >. Acesso em mai.2021.

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