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BARBOZA & LEAL ENGENHARIA LTDA.

FEV/2023

ESTUDO DE IMPACTO DE
VIZINHANÇA (EIV)

AT MATA ESCURA
CONSTRUÇÕES SPE
LTDA.
SUPERMERCADO ATACADÃO S.A
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

Data Motivo Revisão


Fevereiro 2023 Legislação Municipal Rev.00

Contratada
BARBOZA & LEAL ENGENHARIA LTDA.

Contratante
AT MATA ESCURA CONSTRUCOES SPE LTDA

Coordenador Técnico
Matheus da Silva Dias dos Santos
Engenheiro Civil
CREA/BA 3000103392

Equipe Técnica
Andressa de Abreu Barboza
Engenheira Sanitarista e Ambiental
CREA/BA 3000021292

Responsável Técnico
Eng.º Matheus da S. D. dos Santos
i _____________________________
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

SUMÁRIO
1. CONCEPÇÃO DO EMPREENDIMENTO ................................................... 6
1.1. OBJETIVO E JUSTIFICATIVA DO EMPREENDIMENTO .................... 7
2. DESCRIÇÃO DO EMPREENDIMENTO ..................................................... 7
3. PARÂMETROS CONSTRUTIVOS ............................................................. 9
4. INFRAESTRUTURA BÁSICA ................................................................... 13
5. LEGISLAÇÃO APLICÁVEL ...................................................................... 14
5.1. LEGISLAÇÃO FEDERAL ................................................................... 14
5.2. LEGISLAÇÃO ESTADUAL ................................................................. 32
5.3. LEGISLAÇÃO MUNICIPAL ................................................................ 41
6. ÁREAS DE INFLUÊNCIA DO EMPREENDIMENTO ................................ 69
7. SUSTENTABILIDADE DO EMPREENDIMENTO ..................................... 70
8. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL ................................................................... 72
8.1. CARACTERIZAÇÃO DO MEIO FÍSICO ............................................. 72
8.1.1. Clima .............................................................................................. 72
8.1.2. Hidrografia ...................................................................................... 84
8.1.3. Vegetação ...................................................................................... 87
8.1.4. Geologia ......................................................................................... 88
8.1.5. Geomorfologia ................................................................................ 90
8.1.6. Solos............................................................................................... 92
8.2. CARACTERIZAÇÃO DO MEIO BIÓTICO .......................................... 93
8.3. CARACTERIZAÇÃO DO MEIO SOCIOECONÔMICO ....................... 93
9. ANÁLISE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS E DE VIZINHANÇA ................ 94
9.1. AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS .................................... 94
9.1.1. Metodologia .................................................................................... 95
9.1.2. Conceitos ........................................................................................ 96
9.1.3. Critério Preliminar ........................................................................... 97
9.1.4. Critérios de Valoração .................................................................... 97
9.1.5. Magnitude do Impacto ...................................................................100
9.1.6. Avaliação das Etapas ....................................................................101
9.1.6.1. Identificação e Avaliação dos Impactos Ambientais ....................102
9.1.7. Ponderação dos impactos ambientais ...........................................130

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10. MEDIDAS MITIGADORAS, POTENCIALIZADORAS E


COMPENSATÓRIAS. ....................................................................................136
10.1. PROJETO ......................................................................................138
10.2. IMPLANTAÇÃO .............................................................................139
10.3. OPERAÇÃO ..................................................................................141
11. CONCLUSÕES ....................................................................................142
12. PROGRAMAS AMBIENTAIS DE ACOMPANHAMENTO E
MONITORAMENTO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS ....................................142
12.1. PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
(PGRS) .........................................................................................................142
12.1.1. Justificativa .................................................................................143
12.1.2. Objetivos ....................................................................................144
12.1.3. Natureza do Programa ...............................................................144
12.1.4. Metas..........................................................................................144
12.1.5. Indicadores de Implementação das Metas ..................................145
12.1.6. Público-Alvo................................................................................145
12.1.7. Procedimentos Metodológicos ....................................................146
12.1.8. Acompanhamento e Avaliação ...................................................149
12.1.9. Resultados Esperados ................................................................149
12.1.10. Fases de Implementação ........................................................150
12.2. PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA
CONSTRUÇÃO CIVIL (PGRCC) ................................................................150
12.2.1. Apresentação .............................................................................150
12.2.2. Objetivo ......................................................................................151
12.2.3. Descrição da Atividade ...............................................................151
12.2.4. Definições – ABNT NBR 10.004 .................................................152
12.2.5. Definições – CONAMA 307/2002................................................153
12.2.6. Metas..........................................................................................155
12.2.7. Procedimentos Metodológicos ....................................................155
12.3. PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ..................................156
12.3.1. Justificativas/objetivos: ...............................................................156
12.3.2. Componente Ambiental Afetado .................................................157

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12.3.3. Escopo .......................................................................................157


12.3.4. Planejamento..............................................................................157
12.3.5. Abrangência ...............................................................................160
12.3.6. Público alvo ................................................................................160
12.3.7. Natureza do programa ................................................................161
12.4. PROGRAMA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL (PCS)........................161
12.4.1. Justificativas/objetivos: ...............................................................161
12.4.2. Componente Ambiental Afetado .................................................162
12.4.3. Escopo .......................................................................................162
12.4.4. Abrangência do programa ..........................................................165
12.4.5. Público Alvo ................................................................................166
12.4.6. Natureza do programa ................................................................166
13. REFERÊNCIAS ....................................................................................167
14. ANEXO ................................................................................................171

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Mapa Climático da Bahia ................................................................ 74


Figura 2 – Temperatura e pluviosidade do município de Salvador .................. 76
Figura 3 - Tabela de códigos de direção dos ventos ....................................... 78
Figura 4 - Direção dos ventos ao longo do período de 2010 à 2013 ............... 79
Figura 5 - Intensidade média diária do vento para o município de Salvador no
período de 10 dias .......................................................................................... 80
Figura 6 - Localização do município de Salvador e seus limites físicos ........... 80
Figura 7 - Umidade relativa do ar para o município de Salvador, média anual
referente ao ano de 2010 ................................................................................ 81
Figura 8 - Mapa de localização das EMAs de Salvador .................................. 83
Figura 9 - Dados de Nebulosidade e Insolação para o município de Salvador 84
Figura 10 - Delimitação da BH do Camarajipe e a área de estudo desse EIV . 86
Figura 11 - Vegetação existente na ADA ........................................................ 89
Figura 12 - Impactos positivos gerados nas fases de projeto, implantação e
operação do supermercado ATACADÃO MATA ESCURA ............................130
Figura 13 - Impactos positivos por fase do empreendimento .........................131
Figura 14 - Impactos negativos gerados nas fases de projeto, implantação e
operação do supermercado ...........................................................................132
Figura 15 - Impactos negativos por fase do empreendimento ........................132
Figura 16 - Impactos gerados durantes as fases do empreendimento ...........133
Figura 17 - Porcentagem das magnitudes dos impactos gerados nas fases do
empreendimento. ...........................................................................................133
Figura 18 - Magnitude dos impactos x caracterização do meio ......................134
Figura 19 - Magnitude do impacto x fase do empreendimento .......................135
Figura 20 - Magnitude dos impactos x natureza dos impactos .......................135

LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Índices urbanísticos e outras informações relevantes ...................... 8
Tabela 2 - Parâmetros de Incomodidade por Zona de Uso – Zpr-3 ................. 66
Tabela 3 - Classificação Climática segundo THORNTHWAITE (1948) ........... 73
Tabela 4 - Dados termos pluviométricos mensais - Salvador .......................... 75
Tabela 5 - Índices da EMA do Bairro de Pirajá em Salvador para o dia 12/12/13
........................................................................................................................ 83
Tabela 6 - Observações na estação de coleta de amostras de água no bairro da
Mata Escura (CAM-02) no Rio Camarajipe e afluentes ................................... 87
Tabela 7 - Critério Natureza ............................................................................ 97
Tabela 8 - Critérios de Valoração dos Impactos Ambientais resultantes da
implantação do Supermercado. ...................................................................... 98
Tabela 9 - Classificação Importância do Impacto Ambiental ........................... 99
Tabela 10 - Fases do empreendimento ..........................................................101

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1. CONCEPÇÃO DO EMPREENDIMENTO

A área em estudo é pertencente à Atacadão S.A, e está situada no


município de Salvador/BA, no bairro denominado Mata Escura. O antigo terreno
está ocupado por vegetações e uma casa de médio porte. O Empreendimento
está localizado em uma via coletora de classe II denominada Avenida Cardeal
Avelar Brandão Villela, predominantemente uma avenida comercial. Limita-se ao
Leste e Sul com o condomínio Moradas do Sol. Limita-se ao oeste com a Rua
Felipe Neto, rua sem saída que possui um condomínio de casas. Segue em
anexo, o Mapa de Localização do Empreendimento.
De acordo com o site Observatório dos Bairros de Salvador gerido pela
Faculdade de Arquitetura da UFBA o bairro de Mata Escura possuía, no ano de
2010, segundo o IBGE, uma população total de 32.349 habitantes. A maior parte
dessa população se autodeclarou parda (53,59%), sendo os que se declaram
preto com 31,52%.
Ainda segundo o site, o IBGE relatou que a população do sexo masculino
era a maioria com 50,81% da população e se encontrava na faixa etária de 20 a
49 anos com 56,59%. No que diz respeito aos domicílios, 14,30% dos
responsáveis não eram alfabetizados e apesar de 34,5% estar na faixa de 1 a 3
salários mínimos, a renda média dos responsáveis por domicílio no bairro era de
R$1.107,00. Já com relação a infraestrutura ofertada, 95,58% dos domicílios
contavam com coleta de lixo, 98,81% com abastecimento de água e 93,53% com
esgotamento sanitário.
O bairro de Mata Escura possui 10 (dez) bairros limítrofes, sendo eles;
Granjas Rurais Presidente Vargas, Jardim Santo Inácio, Calabetão, São
Caetano, Bom Juá, Arraial do Retiro, Barreias, Sussuarana, Pau da Lima e
Jardim Cajazeiras.

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1.1. OBJETIVO E JUSTIFICATIVA DO EMPREENDIMENTO

Este estudo possui o objetivo de avaliar a área que será implantada o


Supermercado ATACADÃO além do impacto físico, biótico e socioeconômico
das áreas de influência do empreendido assim como mitigá-los potencializá-los
ou compensá-los nas três fases do empreendimento; projeto, implantação e
operação.
Com os impactos negativos mitigados, quando possível, ou compensados
e levando em consideração que o projeto proposto deva respeitar as normas
edilícias municipais, tratar-se de um empreendimento que ficará em
conformidade com os aspectos ambientais urbanos analisados e que vai agregar
emprego, renda e qualidade de vida à população do entorno e da região.

2. DESCRIÇÃO DO EMPREENDIMENTO

O empreendimento em questão trata-se de uma gleba com área total de


26.553,59 m², e área construída de 9.461,78 m², localizada em área urbana
consolidada, contida entre ruas, alamedas, avenidas, invasões, próxima de
comércio, bares, casas e condomínios residenciais e comerciais. A gleba está
inserida integralmente na Bacia Hidrográfica do Rio Camarajipe, a qual possui
uma área de 35,877 km², o que corresponde a 11,62% do território
soteropolitano, sendo considerada a terceira maior Bacia do Município de
Salvador em superfície.
A obra em questão constitui a construção de um Galpão Comercial para
um Supermercado que será divido em;
• LOJA: compreende o Salão de vendas, câmara fria, depósito, sanitários
de cliente masculino e feminino, sanitários de PNE (Portador de
Necessidades Especiais) masculino e feminino, e docas;

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• ÁREA ADMINISTRATIVA: compreende o vestiário de funcionários da


cozinha masculino e feminino, cozinha, despensa, refeitório, Depósito de
Material de Limpeza (DML), vestiário masculino e feminino, vestiário para
PNE, circulação, área de treinamento, área de descanso, espera,
Recursos Humanos (RH), Circuito Fechado de Televisão (CFTV), Centro
de Processamento de Dados (CPD), arquivo, almoxarifado, sanitário
feminino e masculino, sanitário PNE feminino e masculino, segurança/
acesso de funcionários, repouso e financeiro;
• ÁREA TÉCNICA: casa de máquinas, subestação, casa de bombas,
reservatório, torre de resfriamento, base para condensadores, geradores
cabinados, abrigo de gás (03 unid. de P90) para a cozinha, tanque de óleo
diesel, compactainer (compactador de lixo), prensa de papelão, abrigo de
gás (12 unid. de P20) para empilhadeiras, sanitário de caminhoneiros
masculino e feminino, doca de caminhões e pátio de manobras.
• ESTACIONAMENTOS: Estacionamento coberto e descoberto,
estacionamento de motos, bicicletário e guarita elevada.

Algumas informações básicas seguem na Tabela 1 abaixo;

Tabela 1 - Índices urbanísticos e outras informações relevantes


Área do Terreno Total (m²) 26.553,59
Área Construída (m²) 9.461,78
Área Gramada (m²) 5.195,22
Área com brita (m²) 697,22
Área em Terreno Natural (m²) 7.992,15
Índice de Ocupação Projetado 0,343
Índice de Ocupação Máximo 0,343
Coeficiente de Aproveitamento Projetado 0,207
Coeficiente de Aproveitamento Máximo 0,207

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Coeficiente de Aproveitamento Mínimo 0,207


Índice de Permeabilidade Projetado 0,309
Índice de Permeabilidade Mínimo 0,309
Gabarito (Altura da Edificação) (m) 12,50
Estacionamento Automóveis Solicitado (vagas) 216
Estacionamento Automóveis Projetado (vagas) 303
Vagas Descobertas 182
Vagas Cobertas 34
Vagas para bicicleta 30
Vagas para motocicletas 30

O empreendimento funcionará sete dias por semana em horário


comercial, sendo de segunda à sábado no horário de 07h00 às 22h00, e
domingos de 07h00 às 18h00. A planta de implantação do empreendimento
segue em anexo.

3. PARÂMETROS CONSTRUTIVOS

O terreno em questão apresenta topografia irregular, com um acentuado


declive na direção noroeste - sudoeste. A obra será locada com extremo rigor,
os esquadros conferidos a trena metálica e as medidas tomadas em nível. As
paredes serão locadas pelos seus eixos, a fim de compensar as diferenças entre
as medidas reais dos blocos e aquelas consignadas em planta.
Ficarão a cargo do executor todas as providências correspondentes às
instalações provisórias, como andaimes, tapumes de proteção de obra,
instalação da obra, instalações provisórias, galpão e placas. Durante a execução

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da obra, o terreno deverá ser cercado com tapumes ou cerca provisória,


mantendo um portão fechado à chave, conforme Código de Posturas.
Inicialmente será removida toda a vegetação existente e a camada de solo
contendo resíduos da demolição e vegetação. A camada de solo removida
deverá ser substituída por uma camada de melhor resistência (aterro até a cota
de implantação), recebendo tratamento específico, com brita graduada e pedra
rachão em determinadas áreas, sendo compactada para obter a resistência
solicitada pelo projeto de terraplenagem. Os aterros internos (0,30 metros da
altura das vigas de fundações) deverão ser executados com material arenoso de
coesão e resistência, ideais para obtenção de boa compactação feita em
camadas de no máximo 20 cm de espessura.
A drenagem pluvial deverá atender o projeto específico cuja rede deverá
ser executada em manilha de concreto armada com o devido caimento e
direcionada à rede pública.
A fundação será executada em blocos de concreto armado, conforme
projeto específico. Deverão ser obedecidas as Normas da ABNT para a
utilização do concreto armado que será utilizado para as sapatas e viga de
baldrame e pilares, conforme consta em projeto.
O cimento deverá ser medido em peso, não se permitindo o emprego em
fração de saca. Deverá se observar rigorosamente o fator água-cimento. As
formas deverão ser perfeitamente alinhadas e niveladas, empregando-se
aditivos deformantes antes da colocação das armaduras, que permitirá fácil
desmontagem. Empregar-se-á pregos de duas cabeças para fixação das formas.
As formas deverão ser perfeitamente alinhadas e niveladas, empregando-
se aditivos deformantes antes da colocação das armaduras, que permitirá fácil
desmontagem.
Na execução das armaduras deverão ser verificadas as posições corretas
das barras, o número de barras e suas bitolas, o cobrimento das barras (3 cm),

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o dobramento a frio e as emendas com ganchos. O amassamento do concreto


deverá ser mecânico, a fim de homogeneizar a mistura de todos os elementos.
As superfícies expostas dos concretos deverão ser mantidas úmidas
durante os primeiros 7 dias após a concretagem, para a cura do mesmo. A
retirada das formas deverá proceder a seguinte forma:
• 04 dias para as faces laterais da viga e;
• Os concretos a serem empregados terão Fck=30 MPa
O projeto da estrutura deverá ser apresentado a fiscalização da Prefeitura,
antes da sua execução.
Os pilares e vigas serão metálicos conforme projeto específico. As
impermeabilizações e instalações de forma geral serão executadas
rigorosamente de acordo com os projetos e memoriais descritivos específicos e
de acordo com as normas da ABNT e legislações vigentes.
As paredes serão em placas de concreto e em alvenaria. O fechamento
perimetral do salão de vendas, depósito e câmara fria será composto em placas
de concreto pré-moldados, com acabamento em pintura. O restante será em
alvenarias internas e externas e serão executadas com blocos de concreto
14x19x39cm à vista, com acabamento em pintura, excetuando-se aquelas em
áreas molhadas que receberão emboço e revestimento cerâmico. As vergas
ficarão sobre os vãos das janelas e portas e nas partes inferiores das janelas
serão executadas em concreto pré-moldado 10 x10cm, Fck 20 MPa e/ou blocos
calhas preenchidos de concreto Fck 20 MPa e aço CA50.
A cobertura será metálica e executada conforme projeto específico, sendo
que serão utilizadas treliças metálicas, devidamente dimensionadas, fixadas
sobre pilares, com vão e altura de projeto. As terças para a fixação das telhas
serão metálicas. O telhamento será com telhas metálica zipadas, telhas
translúcidas em algumas regiões.

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As Calhas e Algerosas serão em chapa galvanizada, dobradas com


dobradeira mecânica, contendo as saídas pluviais de 200 mm, embutidas nas
alvenarias.
As esquadrias e ferragens serão metálicas e/ou alumínio, executadas de
acordo com os projetos e memoriais descritivos. Todos os trabalhos de
serralheria, tais como portões, gradis e escadas de marinheiro, serão
executados conforme detalhamento de projeto.
Os revestimentos serão assim aplicados;
• Chapisco: O chapisco será de cimento e areia traço 1:3 e o emboço de
cimento, areia e cal em pó traço igual a 1:5:0,20, perfeitamente
prumadas para receberem o reboco.
• Blocos de Concreto: As paredes do fechamento do supermercado
serão executadas com blocos de concreto 14x19x39 de boa qualidade
para deixá-los a vista, assentes com argamassa de cimento e areia fina
traço 1:3:6.
• Paredes dos Sanitários e Vestiários: As paredes serão revestidas com
revestimento cerâmico, assentados com argamassa colante sobre
emboço na altura específica até o forro, com juntas em prumo e nível.
As demais paredes internas receberão acabamento em pintura sobre
bloco.
A pavimentação será executada rigorosamente de acordo com os
Projetos e Memoriais Descritivos específicos. Os materiais aplicados serão de
primeira qualidade, tais como, cerâmicas, granitos e piso de resistência
industrial.
Os vidros das fachadas serão lisos, temperados e laminados, de acordo
com a área específica com espessura igual a 10 mm, excetuando-se os das
esquadrias dos ambientes administrativos que serão em vidro comum, 04mm
assentados com acessórios de fixação especifica.

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A pintura será feita da seguinte forma;


• Pintura Acrílica: Na cor escolhida, em duas demãos, sobre o selador
acrílico aplicado sobre o bloco ou placa de concreto e em duas demãos,
na cor escolhida, em todas as vigas e concretos.
• Pintura Esmalte: Em duas demãos sobre fundo antioxidante, na cor
escolhida, em todas as superfícies metálicas (janelas e portas de ferro).
• Tinta Acrílica: Na cor escolhida, em duas demãos sobre selador acrílico
pigmentado, em todas as alvenarias internas.

Na limpeza final da obra deverá ser removido todo o entulho existente,


sendo cuidadosamente limpos todos os acessos, as áreas internas do
empreendimento, havendo particular cuidado na remoção de argamassas e
tintas em todos os pisos, revestimentos e acessórios da construção.
Deverá ser procedida cuidadosa verificação, por parte da Fiscalização,
para obtenção de perfeitas condições de funcionamento, acabamento e
segurança de todas as instalações de construção e infraestrutura, tais como
esgotos, redes de águas pluviais, sistemas elétricos, de telefonia e
equipamentos.
Para a proteção contra o incêndio deverão ser atendidas todas as normas
e projeto aprovado no corpo de bombeiros.

4. INFRAESTRUTURA BÁSICA

A região é servida pela rede de água e esgoto da embasa, pela rede de


águas pluviais da prefeitura, pela Coelba, por telefonias, limpeza urbana e
transportes.

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5. LEGISLAÇÃO APLICÁVEL

Este item apresenta uma síntese da legislação aplicada à implantação e


operação do Supermercado ATACADÃO ATACADISTA, destacando os
requisitos legais e as restrições que devem ser avaliadas.
As legislações e normas aplicáveis ao supermercado foram elencadas por
temas pertinentes ao objeto de estudo deste relatório além de normas técnicas
gerais e legislações de trânsito. Também é apresentada uma síntese geral dos
aspectos a nível federal, estadual e municipal e uma validação das limitações
impostas ao empreendimento.

5.1. LEGISLAÇÃO FEDERAL

O conceito de vizinhança, para fins da aplicação do EIV, entende-se como


o conjunto de pessoas, edificações e atividades compreendidas em uma mesma
base territorial que possa ser atingido ou beneficiado pelos efeitos do
empreendimento (Ministério das Cidades, 2017).
A obrigação do EIV estabelecida pelo Poder Público aos projetos
geradores de impacto é sustentada pelo princípio da função social da
propriedade, um dos pilares da ordem jurı́dico-urbanı́stica brasileira estabelecida
pela Constituição de 1988.
A Constituição Federal (CF) trabalha a ideia de que a propriedade não
corresponde somente a um direito individual, mas também a um direito coletivo,
difuso, o qual sujeita a sua disponibilidade a fins sociais ou de justiça social (art.
5o, XXII e XXIII da CF). Para tanto, o Poder Público, além de impor restrições e
limitações ao uso da propriedade também pode impor sua utilização.
Ainda sobre a CF (1988), foi nela que se deu o grande impulso à proteção
ambiental no país, quando, em seu artigo 225 estabeleceu-se:

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Todos têm direito ao meio ambiente


ecologicamente equilibrado, bem de uso
comum do povo e essencial à sadia qualidade
de vida, impondo-se ao poder público e a
coletividade o dever de defendê-lo e
preservá-lo para as presentes e futuras
gerações.

A constituição ainda traz diversos artigos tratando do tema meio ambiente


sobre diversas formas, porém no seu artigo 225, capítulo dedicado ao meio
ambiente, a constituição determina ao poder público:

I – preservar e restaurar os processos


ecológicos essenciais e prover o manejo
ecológico das espécies e ecossistemas;
II – preservar a diversidade e a integridade do
patrimônio genético do país;
III – definir, em todas as unidades da
federação, espaços territoriais e seus
componentes a serem especialmente
protegidos, sendo a alteração e a supressão
permitidas somente através de lei, vedada
qualquer utilização que comprometa a
integridade dos atributos que justifiquem sua
proteção;
IV – exigir, na forma da lei, para instalação de
obra ou atividade potencialmente causadora
de significativa degradação do meio

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ambiente, estudo prévio de impacto


ambiental, a que se dará publicidade;
V – controlar a produção, a comercialização e
o emprego de técnicas, métodos e
substâncias que comportem riscos para a
vida, a qualidade de vida e o meio ambiente.
VI – promover a educação ambiental em
todos os níveis de ensino e a conscientização
pública para a preservação do meio
ambiente.
VII – proteger a fauna e a flora, vedadas, na
forma da lei, as práticas que coloquem em
risco sua função ecológica, provoquem a
extinção de espécies ou submetam os
animais a crueldade.

Constitui, ainda, por determinação do Artigo 225 da Constituição Federal,


a obrigação de pessoas físicas ou jurídicas reparar danos ambientais, sem
prejuízo de sanções penais e administrativas (Parágrafo 3º).
No tocante à competência para legislar sobre o Meio Ambiente, a
Constituição Federal inovou ao estabelecer a competência concorrente da
União, Estados e Distrito Federal (Artigo 24), limitando a competência da União
a estabelecer normas gerais, ou seja, normas que, pela sua natureza, podem ser
aplicadas a todo o território brasileiro. O Artigo 24, Parágrafo 1° da Constituição
Federal prevê tal generalidade da norma federal; o Parágrafo 3° do mesmo artigo
prevê a peculiaridade da norma estadual e o Artigo 30, Inciso I, prevê o interesse
local da norma municipal. O município tem, portanto, competência suplementar.
Não cabe à norma geral adentrar o campo das peculiaridades regionais ou

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estaduais ou o interesse exclusivamente local, passando a ser inconstitucional


se assim o fizer.
A Lei Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001 Regulamenta os Art. 182
e 183 da Constituição Federal e estabelece diretrizes gerais da política urbana e
dá outras providências. Em seu Art. 4º, para os fins desta Lei, serão utilizados,
entre outros instrumentos:

I – planos nacionais, regionais e estaduais de


ordenação do território e de desenvolvimento
econômico e social;
II – planejamento das regiões metropolitanas,
aglomerações urbanas e microrregiões;
III – planejamento municipal, em especial:
a) plano diretor;
b) disciplina do parcelamento, do uso e
da ocupação do solo;
c) zoneamento ambiental;
d) plano plurianual;
e) diretrizes orçamentárias e orçamento
anual;
f) gestão orçamentária participativa;
g) planos, programas e projetos
setoriais;
h) planos de desenvolvimento
econômico e social;
VI – Estudo prévio de Impacto Ambiental
(EIA) e Estudo prévio de Impacto de
Vizinhança (EIV).

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

§ 1o Os instrumentos mencionados neste


artigo regem-se pela legislação que lhes é
própria, observado o disposto nesta Lei.
§ 2o Nos casos de programas e projetos
habitacionais de interesse social,
desenvolvidos por órgãos ou entidades da
Administração Pública com atuação
específica nessa área, a concessão de direito
real de uso de imóveis públicos poderá ser
contratada coletivamente.
§ 3o Os instrumentos previstos neste artigo
que demandam dispêndio de recursos por
parte do Poder Público municipal devem ser
objeto de controle social, garantida a
participação de comunidades, movimentos e
entidades da sociedade civil.

Art. 36. Lei municipal definirá os


empreendimentos e atividades privados ou
públicos em área urbana
que dependerão de elaboração de estudo
prévio de impacto de vizinhança (EIV) para
obter as licenças ou autorizações de
construção, ampliação ou funcionamento a
cargo do Poder Público municipal.
Art. 37. O EIV será executado de forma a
contemplar os efeitos positivos e negativos do
empreendimento ou atividade quanto à
qualidade de vida da população residente na

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

área e suas proximidades, incluindo a


análise, no mínimo, das seguintes questões:
I – adensamento populacional;
II – equipamentos urbanos e comunitários;
III – uso e ocupação do solo;
IV – valorização imobiliária;
V – geração de tráfego e demanda por
transporte público;
VI – ventilação e iluminação;
VII – paisagem urbana e patrimônio natural e
cultural.

Parágrafo único. Dar-se-á publicidade aos


documentos integrantes do EIV, que ficarão
disponíveis para consulta, no órgão
competente do Poder Público municipal, por
qualquer interessado.

Art. 38. A elaboração do EIV não substitui a


elaboração e a aprovação de estudo prévio
de impacto ambiental (EIA), requeridas nos
termos da legislação ambiental.

A Lei Federal 6.938 de 31/08/81, estabelece a Política Nacional do Meio


Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação. Nela, é instituído
o Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA) estruturado por órgãos e
entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos
Municípios bem como as fundações instituídas pelo poder público responsáveis
pela proteção e melhoria da qualidade ambiental.

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

Nasce então o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), dentro


da estruturação do SISNAMA como órgão consultivo e deliberativo com a
finalidade de assessorar, estudar e propor ao Conselho de Governo as diretrizes
de políticas governamentais para o meio ambiente e os recursos naturais e
deliberar, no âmbito de suas competências, sobre normas e padrões compatíveis
com o meio ambiente.
Outro grande passo da Política Nacional de Meio Ambiente foi a criação
do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(IBAMA) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - Instituto
Chico Mendes; órgãos executores com a finalidade de executar e fazer executar
a política e as diretrizes governamentais fixadas para o meio ambiente.
Ainda sobre o SISNAMA, encontram-se os órgãos seccionais, os órgãos
ou entidades estaduais responsáveis pela execução de programas, projetos e
pelo controle e fiscalização de atividades capazes de provocar a degradação
ambiental e órgãos locais responsáveis pelo controle e fiscalização dessas
atividades, nas suas respectivas jurisdições.
A lei 6.938 ainda estabelece como instrumentos da política nacional do
meio ambiente;
Art 9º - São instrumentos da Política Nacional
do Meio Ambiente:
I - o estabelecimento de padrões de
qualidade ambiental;
II - o zoneamento ambiental;
III - a avaliação de impactos ambientais;
IV - o licenciamento e a revisão de atividades
efetiva ou potencialmente poluidoras;
V - os incentivos à produção e instalação de
equipamentos e a criação ou absorção de

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

tecnologia, voltados para a melhoria da


qualidade ambiental;
VI - a criação de espaços territoriais
especialmente protegidos pelo Poder Público
federal, estadual e municipal, tais como áreas
de proteção ambiental, de relevante interesse
ecológico e reservas extrativistas;
VII - o sistema nacional de informações sobre
o meio ambiente;
VIII - o Cadastro Técnico Federal de
Atividades e Instrumentos de Defesa
Ambiental;
IX - as penalidades disciplinares ou
compensatórias ao não cumprimento das
medidas necessárias à preservação ou
correção da degradação ambiental.
X - a instituição do Relatório de Qualidade do
Meio Ambiente, a ser divulgado anualmente
pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e
Recursos Naturais Renováveis - IBAMA;
XI - a garantia da prestação de informações
relativas ao Meio Ambiente, obrigando-se o
Poder Público a produzi-las, quando
inexistentes;
XII - o Cadastro Técnico Federal de
atividades potencialmente poluidoras e/ou
utilizadoras dos recursos ambientais.

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

XIII - instrumentos econômicos, como


concessão florestal, servidão ambiental,
seguro ambiental e outros.

Outra legislação importante que deverá ser levada em consideração no


período de instalação do empreendimento em questão é dado pelo CONSELHO
NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - CONAMA, que no uso das atribuições que
lhe confere o Inciso I, do § 2º, do Art 8º do seu Regimento Interno, o Art. Lº da
Lei 7.804 de 15 de julho de 1989, e Considerando que os problemas dos níveis
excessivos de ruído estão incluídos entre os sujeitos ao Controle da Poluição de
Meio Ambiente e Considerando que os critérios e padrões deverão ser
abrangentes e de forma a permitir fácil aplicação em todo o Território Nacional,
RESOLVE:

I - A emissão de ruídos, em decorrência de


quaisquer atividades industriais, comerciais,
sociais ou recreativas, inclusive as de
propaganda política. obedecerá, no interesse
da saúde, do sossego público, aos padrões,
critérios e diretrizes estabelecidos nesta
Resolução.
II - São prejudiciais à saúde e ao sossego
público, para os fins do item anterior aos
ruídos com níveis superiores aos
considerados aceitáveis pela norma NBR
10.152 - Avaliação do Ruído em Áreas
Habitadas visando o conforto da comunidade,
da Associação Brasileira de Normas Técnicas
- ABNT.

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

III - Na execução dos projetos de construção


ou de reformas de edificações para atividades
heterogêneas, o nível de som produzido por
uma delas não poderá ultrapassar os níveis
estabelecidos pela NBR 10.152 - Avaliação
do Ruído em Áreas Habitadas visando o
conforto da comunidade, da Associação
Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.
IV - A emissão de ruídos produzidos por
veículos automotores e os produzidos no
interior dos ambientes de trabalho,
obedecerão às normas expedidas,
respectivamente, pelo Conselho Nacional de
Trânsito - CONTRAN, e pelo órgão
competente do Ministério do Trabalho.
V - As entidades e órgãos públicos (federais,
estaduais e municipais) competentes, no uso
do respectivo poder de política, disporão de
acordo com o estabelecido nesta Resolução,
sobre a emissão ou proibição da emissão de
ruídos produzidos por quaisquer meios ou de
qualquer espécie, considerando sempre os
local, horários e a natureza das atividades
emissoras, com vistas a compatibilizar o
exercício das atividades com a preservação
da saúde e do sossego público.
VI - Para os efeitos desta Resolução, as
medições deverão ser efetuadas de acordo
com a NBR 10.151 - Avaliação do Ruído em

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

Áreas Habitadas visando o conforto da


comunidade, da ABNT.

Considerando a necessidade de revisão dos procedimentos e critérios


utilizados no licenciamento ambiental, de forma a efetivar a utilização do sistema
de licenciamento como instrumento de gestão ambiental, instituído pela Política
Nacional do Meio Ambiente, considerando a necessidade de se integrar a
atuação dos órgãos competentes do Sistema Nacional de Meio Ambiente -
SISNAMA na execução da Política Nacional do Meio Ambiente, em
conformidade com as respectivas competências, a Resolução nº 237, de 19 de
dezembro de 1997. resolve:

Art. 2º- A localização, construção, instalação,


ampliação, modificação e operação de
empreendimentos e atividades utilizadoras de
recursos ambientais consideradas efetiva ou
potencialmente poluidoras, bem como os
empreendimentos capazes, sob qualquer
forma, de causar degradação ambiental,
dependerão de prévio licenciamento do órgão
ambiental competente, sem prejuízo de
outras licenças legalmente exigíveis.
§ 1º- Estão sujeitos ao licenciamento
ambiental os empreendimentos e as
atividades relacionadas no Anexo 1, parte
integrante desta Resolução.
§ 2º – Caberá ao órgão ambiental competente
definir os critérios de exigibilidade, o
detalhamento e a complementação do Anexo

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

1, levando em consideração as
especificidades, os riscos ambientais, o porte
e outras características do empreendimento
ou atividade.
Art. 3º- A licença ambiental para
empreendimentos e atividades consideradas
efetiva ou potencialmente causadoras de
significativa degradação do meio dependerá
de prévio estudo de impacto ambiental e
respectivo relatório de impacto sobre o meio
ambiente (EIA/RIMA), ao qual dar-se-á
publicidade, garantida a realização de
audiências públicas, quando couber, de
acordo com a regulamentação.
Parágrafo único. O órgão ambiental
competente, verificando que a atividade ou
empreendimento não é potencialmente
causador de significativa degradação do meio
ambiente, definirá os estudos ambientais
pertinentes ao respectivo processo de
licenciamento.

A Resolução CONAMA nº 307, de 5 de julho de 2002 estabelece


diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção
civil.
• Alterada pela Resolução nº 469/2015 (altera o inciso II do art. 3º e inclui
os § 1º e 2º do art. 3º).
• Alterada pela Resolução nº 448/12 (altera os artigos 2º, 4º, 5º, 6º, 8º, 9º,
10 e 11 e revoga os artigos 7º, 12 e 13);

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

• Alterada pela Resolução nº 431/11 (alterados os incisos II e III do art. 3º);


• Alterada pela Resolução nº 348/04 (alterado o inciso IV do art. 3º);

Considerando que os resíduos da construção civil representam um


significativo percentual dos resíduos sólidos produzidos nas áreas urbanas;
Considerando a viabilidade técnica e econômica de produção e uso de
materiais provenientes da reciclagem de resíduos da construção civil; e
Considerando que a gestão integrada de resíduos da construção civil
deverá proporcionar benefícios de ordem social, econômica e ambiental, resolve,
em seu Art. 1º:
Estabelecer diretrizes, critérios e
procedimentos para a gestão dos resíduos da
construção civil, disciplinando as ações
necessárias de forma a minimizar os
impactos ambientais.

Um marco importante para a gestão e manejo dos resíduos sólidos


urbanos foi a aprovação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS)
sancionada pela Lei Federal de n° 12.305 de agosto de 2010. Esta lei institui a
Política Nacional de Resíduos Sólidos, dispondo sobre seus princípios, objetivos
e instrumentos, bem como sobre as diretrizes relativas à gestão integrada e ao
gerenciamento de resíduos sólidos, incluídos os perigosos, às responsabilidades
dos geradores e do poder público e aos instrumentos econômicos aplicáveis.
Segundo seu capítulo III, Dos Instrumentos, descrito em Título II, Da
Política Nacional de Resíduos Sólidos;

Art. 8° São instrumentos da Política Nacional


de Resíduos Sólidos, entre outros:
I - os planos de resíduos sólidos;

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

II - os inventários e o sistema declaratório


anual de resíduos sólidos;
III - a coleta seletiva, os sistemas de logística
reversa e outras ferramentas relacionadas à
implementação da responsabilidade
compartilhada pelo ciclo de vida dos
produtos;
IV - o incentivo à criação e ao
desenvolvimento de cooperativas ou de
outras formas de associação de catadores de
materiais reutilizáveis e recicláveis;
V - o monitoramento e a fiscalização
ambiental, sanitária e agropecuária;
VI - a cooperação técnica e financeira entre
os setores público e privado para o
desenvolvimento de pesquisas de novos
produtos, métodos, processos e tecnologias
de gestão, reciclagem, reutilização,
tratamento de resíduos e disposição final
ambientalmente adequada de rejeitos;
VII - a pesquisa científica e tecnológica;
VIII - a educação ambiental;
IX - os incentivos fiscais, financeiros e
creditícios;
X - o Fundo Nacional do Meio Ambiente e o
Fundo Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico;
XI - o Sistema Nacional de Informações sobre
a Gestão dos Resíduos Sólidos (Sinir);

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

XII - o Sistema Nacional de Informações em


Saneamento Básico (Sinisa);
XIII - os conselhos de meio ambiente e, no
que couber, os de saúde;
XIV - os órgãos colegiados municipais
destinados ao controle social dos serviços de
resíduos sólidos urbanos;
XV - o Cadastro Nacional de Operadores de
Resíduos Perigosos;
XVI - os acordos setoriais;
XVII - no que couber, os instrumentos da
Política Nacional de Meio Ambiente, entre
eles: a) os padrões de qualidade ambiental;
b) o Cadastro Técnico Federal de Atividades
Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de
Recursos Ambientais;
c) o Cadastro Técnico Federal de Atividades
e Instrumentos de Defesa Ambiental;
d) a avaliação de impactos ambientais;
e) o Sistema Nacional de Informação sobre
Meio Ambiente (Sinima);
f) o licenciamento e a revisão de atividades
efetiva ou potencialmente poluidoras;
XVIII - os termos de compromisso e os termos
de ajustamento de conduta; XIX - o incentivo
à adoção de consórcios ou de outras formas
de cooperação entre os entes federados, com
vistas à elevação das escalas de

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

aproveitamento e à redução dos custos


envolvidos.

O Supermercado Atacadão Atacadista irá incentivar e executar alguns


desses instrumentos supracitados, como; a coleta seletiva, o incentivo à criação
e ao desenvolvimento de cooperativas ou de outras formas de associação de
catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis, o monitoramento e a
fiscalização ambiental, sanitária e agropecuária e a educação ambiental.
Em seu Título III, Das Diretrizes Aplicáveis Aos Resíduos Sólidos,
Capítulo I, Disposições Preliminares;

Art. 9° Na gestão e gerenciamento de


resíduos sólidos, deve ser observada a
seguinte ordem de prioridade: não geração,
redução, reutilização, reciclagem, tratamento
dos resíduos sólidos e disposição final
ambientalmente adequada dos rejeitos.
§ 1° Poderão ser utilizadas tecnologias
visando à recuperação energética dos
resíduos sólidos urbanos, desde que tenha
sido comprovada sua viabilidade técnica e
ambiental e com a implantação de programa
de monitoramento de emissão de gases
tóxicos aprovado pelo órgão ambiental.
§ 2° A Política Nacional de Resíduos Sólidos
e as Políticas de Resíduos Sólidos dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
serão compatíveis com o disposto no caput e

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

no § 1° deste artigo e com as demais


diretrizes estabelecidas nesta Lei.

O Supermercado Atacadão Atacadista deverá facilitar a busca efetiva da


diretriz principal da política nacional de resíduos sólidos, que após incentivo do
poder público e do próprio empreendimento através da educação ambiental à
população pela não geração do resíduo e redução da geração será seguida a
ordem de prioridade: reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos e
disposição final ambientalmente adequada.
A Lei Complementar nº 140, de 08 de dezembro de 2011 fixa normas, nos
termos dos incisos III, VI e VII do parágrafo único do art. 23 da Constituição
Federal, para a cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios nas ações administrativas decorrentes do exercício da competência
comum relativas à proteção das paisagens naturais notáveis, à proteção do meio
ambiente, ao combate à poluição em qualquer de suas formas e à preservação
das florestas, da fauna e da flora; e altera a Lei no 6.938, de 31 de agosto de
1981. Desta forma, em seu Art. 1° determina;

Esta Lei Complementar fixa normas, nos


termos dos incisos III, VI e VII do caput do
parágrafo único do art. 23 da Constituição
Federal, para a cooperação entre a União, os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios
nas ações administrativas decorrentes do
exercício da competência comum relativas à
proteção das paisagens naturais notáveis, à
proteção do meio ambiente, ao combate à
poluição em qualquer de suas formas e à

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

preservação das florestas, da fauna e da


flora.
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, no exercício da competência
comum a que se refere esta Lei
Complementar:
I - proteger, defender e conservar o meio
ambiente ecologicamente equilibrado,
promovendo gestão descentralizada,
democrática e eficiente;
II - garantir o equilíbrio do desenvolvimento
socioeconômico com a proteção do meio
ambiente, observando a dignidade da pessoa
humana, a erradicação da pobreza e a
redução das desigualdades sociais e
regionais;
III - harmonizar as políticas e ações
administrativas para evitar a sobreposição de
atuação entre os entes federativos, de forma
a evitar conflitos de atribuições e garantir uma
atuação administrativa eficiente;
IV - garantir a uniformidade da política
ambiental para todo o País, respeitadas as
peculiaridades regionais e locais.

Para a execução do projeto e implantação de toda infraestrutura do


Supermercado Atacadão Atacadista deverá ser levado em consideração as

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

principais normas referentes a construção civil da Associação Brasileira de


Normas Técnicas (ABNT);

5.2. LEGISLAÇÃO ESTADUAL

A Constituição do Estado da Bahia, promulgada em 05 de outubro de 1989


estabelece, em seu artigo 11, inciso VIII, que compete ao estado;

proteger o meio ambiente e combater a


poluição em qualquer de suas formas,
preservando as florestas, a fauna e a flora.

Assim como a Constituição Federal, a Constituição do Estado da Bahia


trata de um capítulo inteiro sobre o meio ambiente. Em seu capítulo VIII a lei em
questão, no seu artigo 213 estabelece;

O Estado instituirá, na forma da lei, um


sistema de administração da qualidade
ambiental, proteção, controle e
desenvolvimento do meio ambiente e uso
adequado dos recursos naturais, para
organizar, coordenar e integrar as ações da
administração pública e da iniciativa privada,
assegurada a participação da coletividade.
§ 1º- O órgão superior do sistema será o
Conselho Estadual de Meio Ambiente,
colegiado normativo e deliberativo, tripartite,
composto paritariamente de representantes

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

do Poder Público, entidades ambientalistas e


outros segmentos da sociedade civil, o qual
deverá, entre outras competências definidas
em lei, formular a Política Estadual de Meio
Ambiente.
§ 2º - Ao órgão coordenador do sistema
caberá, entre outras competências definidas
em lei, a organização, coordenação e
integração das atividades do Poder Público e
da iniciativa privada, além da elaboração do
Plano Estadual de Meio Ambiente, aprovado
por lei.
§ 3º - Caberá aos órgãos executores a
implementação das diretrizes da política e do
Plano Estadual de Meio Ambiente, além da
participação no seu processo de elaboração
e reavaliação.
§ 4º - Aos Conselhos e órgãos de defesa do
meio ambiente, criados por lei municipal,
poderá o Estado repassar recursos e delegar
competências.

A Política Estadual de Meio Ambiente do estado da Bahia somente foi


aprovada no ano de 2006, através da lei estadual 10.431 de 2006 alterada pela
Lei nº 12.377, de 28 de dezembro de 2011 através do Decreto n° 14.024 de junho
de 2012. São instrumentos da Política Estadual de Meio Ambiente do Estado da
Bahia, descritos no artigo 6° desta lei supracitada;

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

I - os Planos Estaduais de Meio Ambiente, de


Mudanças do Clima, de Proteção da
Biodiversidade e de Unidades de
Conservação;
II - o Sistema Estadual de Informações
Ambientais e de Recursos Hídricos - SEIA;
III - a Educação Ambiental;
IV - a Avaliação e Monitoramento da
Qualidade Ambiental;
V - o Zoneamento Territorial Ambiental;
VI - as Unidades de Conservação e outros
Espaços Especialmente Protegidos;
VII - as normas e os padrões de qualidade
ambiental e de emissão de efluentes líquidos
e gasosos, de resíduos sólidos, bem como de
ruído e vibração;
VIII - o Autocontrole Ambiental;
IX - a Avaliação de Impactos Ambientais;
X - o Licenciamento Ambiental, que
compreende as licenças e as autorizações
ambientais, dentre outros atos emitidos pelos
órgãos executores do SISEMA;
XI - a Fiscalização Ambiental;
XII - os instrumentos econômicos e tributários
de gestão ambiental;
XIII - a cobrança pelo uso dos recursos
ambientais e de biodiversidade;
XIV - a Compensação Ambiental;
XV - Conferência Estadual de Meio Ambiente.

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

Ainda segundo a Política Estadual de Meio Ambiente do Estado da Bahia,


conforme artigo 146;

O Sistema Estadual do Meio Ambiente -


SISEMA tem por objetivo promover, integrar
e implementar a gestão, a conservação, a
preservação e a defesa do meio ambiente no
âmbito da política de desenvolvimento do
Estado.

§ 1º Integram o SISEMA:
I - o Conselho Estadual de Meio Ambiente -
CEPRAM, órgão superior, de natureza
consultiva, normativa, deliberativa e recursal,
que tem por finalidade planejar e acompanhar
a política e as diretrizes governamentais
voltadas para o meio ambiente, a
biodiversidade e definir normas e padrões
relacionados à preservação e conservação
dos recursos naturais;
II - a Secretaria do Meio Ambiente - SEMA,
órgão central, que tem por finalidade planejar,
coordenar, supervisionar e controlar a política
estadual e as diretrizes governamentais
fixadas para o meio ambiente, a
biodiversidade e os recursos hídricos;
III - o Instituto do Meio Ambiente e Recursos
Hídricos - INEMA, o órgão executor da

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

Política Estadual de Meio Ambiente e de


Proteção à Biodiversidade e da Política
Estadual de Recursos Hídricos;
IV - os órgãos locais do Poder Público
Municipal responsáveis pela formulação e
execução da Política Municipal de Meio
Ambiente, bem como pelo controle e
fiscalização das atividades capazes de
provocar a degradação ambiental.

Em linhas gerais, o processo de licenciamento e avaliação de impactos


ambientais adotados pelo Estado da Bahia o é semelhante ao descrito nas
normas federais e se encontra consolidada pela Lei nº 12.377/2011 alterando a
10.431/2006, que traz novas modalidades de licenciamento, sendo todas
concedidas pelo INEMA, órgão executor do SISEMA.
Em seu capítulo VII, a Política Estadual de Meio Ambiente do estado da
Bahia trata apenas sobre o licenciamento ambiental trazendo alguns artigos
interessantes;

Art. 42. A localização, implantação, operação


e alteração de empreendimentos e atividades
que utilizem recursos ambientais, bem como
os capazes de causar degradação ambiental,
dependerão de prévio licenciamento
ambiental, na forma do disposto nesta Lei e
demais normas dela decorrentes.
Art. 42-A. O licenciamento ambiental far-se-á:
I - por empreendimentos ou atividades
individualmente considerados;

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

II - por conjunto de empreendimentos ou


atividades segmento produtivo ou recorte
territorial;
III - por planos ou programas
Art. 47. O licenciamento de empreendimentos
de significativo impacto ambiental que
possam afetar Unidade de Conservação - UC
específica ou sua Zona de Amortecimento -
ZA, assim considerados pelo órgão ambiental
licenciador, com fundamento em Estudo de
Impacto Ambiental e respectivo Relatório de
Impacto Ambiental - EIA/RIMA, só poderá ser
concedido após anuência do órgão
responsável pela administração da UC ou, no
caso das Reservas Particulares de
Patrimônio Natural - RPPN, pelo órgão
responsável pela sua criação.
Art. 54. As pessoas físicas ou jurídicas,
públicas ou privadas, que exerçam atividades
que utilizem recursos ambientais ou
consideradas efetiva ou potencialmente
degradadoras do meio ambiente, deverão, na
forma do regulamento, adotar o autocontrole
ambiental através de sistemas que
minimizem, controlem e monitorem seus
impactos, garantindo a qualidade ambiental.

Em seu artigo 147, a Política Nacional de Meio Ambiente estabelece


algumas funções do CEPRAM, entre elas;

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

V - estabelecer diretrizes, normas e critérios


para o licenciamento ambiental;

A resolução CEPRAM 4.237 de outubro de 2013 que dispõe sobre as


atividades de impacto local de competência dos Municípios, fixa normas gerais
de cooperação federativa nas ações administrativas decorrentes do exercício da
competência comum relativas à proteção das paisagens naturais notáveis, à
proteção do meio ambiente e ao combate da poluição em qualquer de suas
formas alterada pela resolução CEPRAM n° 4.420 de 27 de novembro de 2015,
estabelece em seu parágrafo único a classificação do empreendimento conforme
sua classe estabelecida pelos parâmetros de porte e potencial poluidor.
A Obra do Supermercado Atacadão Atacadista, segundo essa resolução,
não estaria classificada em nenhum dos grupos de portes do empreendimento e
potencial poluidor.
Existe também a Política Estadual de Resíduos Sólidos (PERS) instituída
pela Lei Estadual de n° 12.932 de janeiro de 2014. No capítulo III, Dos Princípios,
Objetivos e Diretrizes;
Art. 7º A Política Estadual de Resíduos
Sólidos - PERS baseia-se nos seguintes
princípios:

I - da prevenção e da precaução;
II - do poluidor-pagador e do protetor-
recebedor;
III - da participação e do controle social;
IV - da educação ambiental;

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

V - da universalização do acesso aos serviços


públicos de limpeza urbana e manejo de
resíduos sólidos;
VI - do respeito às diversidades locais e
regionais e aos valores histórico-culturais;
VII - do direito da sociedade ao acesso à
informação;
VIII - da responsabilidade compartilhada pelo
ciclo de vida dos produtos, especialmente a
ambiental;
IX - do desenvolvimento sustentável;
X - da inclusão social nos serviços de limpeza
urbana e de manejo dos resíduos sólidos;
XI - da cooperação interinstitucional entre o
setor público, o setor empresarial, as
cooperativas e associações de catadores de
materiais reutilizáveis e recicláveis, e os
demais segmentos da sociedade civil;
XII - do respeito à ordem de prioridade
estabelecida nessa Lei para o gerenciamento
de resíduos sólidos;
XIII - da visão sistêmica na gestão dos
resíduos sólidos, considerando as variáveis
ambientais sociais, culturais, econômicas,
tecnológicas e de saúde pública.

Parte importante da Política Estadual de Resíduos Sólidos, estão


descritos no artigo 8°, citada baixo;

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

São objetivos da Política Estadual de


Resíduos Sólidos - PERS:
I - não geração, redução, reutilização,
reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos
e disposição final ambientalmente adequada
dos rejeitos, devendo ser observada essa
ordem de prioridade na gestão e no
gerenciamento integrados de resíduos
sólidos;
II - a proteção e a melhoria da saúde pública
e da qualidade do meio ambiente;
III - a adoção de padrões e práticas
sustentáveis de produção e consumo de bens
e serviços;
IV - a geração de benefícios sociais e
econômicos.
Parágrafo único. Respeitando-se a ordem de
prioridade mencionada no inciso I deste
artigo, podem ser adotados, como formas de
gerenciamento de resíduos, dentre outras, a
compostagem, a redução do volume e da
periculosidade, a recuperação e o
aproveitamento energético, desde que
comprovada a viabilidade social, técnica,
econômica e ambiental.

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

5.3. LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

A Lei municipal de n° 9.069/2016 dispõe sobre o Plano Diretor de


Desenvolvimento Urbano do Município de Salvador sendo instrumento básico da
Política de Desenvolvimento Urbano do Município de Salvador. Segundo a
legislação supracitada, o território do município de Salvador foi dividido em duas
macrozonas, a saber;
I – Macrozona de Ocupação Urbana;
II – Macrozona de Conservação Ambiental.

Em seu artigo 131, o PDDU traz o seguinte;

A Macrozona de Ocupação Urbana


compreende os espaços urbanizados do
Município em seus diversos estágios de
estruturação, qualificação e consolidação,
destinando-se à moradia, ao exercício de
atividades econômicas e sociais
predominantemente urbanas, comportando
níveis diferenciados de densidade
populacional e de ocupação do solo.
Parágrafo único. A Macrozona de Ocupação
Urbana, de acordo com o estágio de
adensamento, a disponibilidade de espaço, a
oferta de infraestrutura e serviços, e a
capacidade de suporte do meio ambiente,
subdivide-se nas seguintes macroáreas,

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

delimitadas no Mapa 01A do Anexo 03 desta


Lei:
I - Macroárea de Integração Metropolitana;
II - Macroárea Urbanização Consolidada;
III - Macroárea de Estruturação Urbana;
IV - Macroárea de Reestruturação da Borda
da Baía de Todos os Santos;
V - Macroárea de Requalificação da Borda
Atlântica.

A área onde será implantado o ATACADÃO Atacadista é classificada


como macrozona de ocupação urbana e macro área de estruturação urbana.
Na referida lei, a macro área de estruturação urbana é assim definida;

Art. 141. A Macroárea de Estruturação


Urbana corresponde ao centro geográfico de
Salvador, o chamado Miolo, a grande área
estratégica para a estruturação urbana do
território do Município na sua porção norte e,
também, para a integração da cidade aos
Municípios de Simões Filho e Lauro de
Freitas, que podem ter uma melhor conexão
entre si através dessa região.

Parágrafo único. Esta macroárea, que


compreende as regiões do Cabula, Tancredo
Neves, Pau da Lima e Cajazeiras, é habitada
predominantemente por população de baixa
e média renda e tem a ocupação do seu

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

território caracterizada por assentamentos


precários em diferentes estágios de
consolidação, grandes conjuntos
habitacionais, atividades comerciais,
industriais e serviços diversificados de
atendimento local, e por parcela ainda
significativa de terrenos vazios, constituindo
uma urbanização fragmentada e incompleta,
com baixa conectividade da rede viária e
apresentando condições insatisfatórias de
acessibilidade, de infraestrutura, de
equipamentos e serviços urbanos.

Art. 142. A Macroárea de Estruturação


Urbana tem como objetivo geral promover a
estruturação do território a partir da
implantação das vias transversais integrantes
da rede estrutural de transporte de média e
alta capacidade, promovendo a conexão dos
bairros, qualificando os espaços para
oportunidades de negócios e criação de
postos de trabalho, conformando e
fortalecendo centralidades com diversidade
de usos, promovendo a expansão urbana
estruturada nos espaços não urbanizados ou
subutilizados e a melhoria dos padrões de
ocupação existentes, especialmente dos
assentamentos precários.

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

Art. 143. O ordenamento territorial da


Macroárea de Estruturação Urbana tem como
estratégias:
I - estruturação da expansão urbana nos
espaços não urbanizados, de forma
compatível com a infraestrutura implantada e
planejada, tendo como referência a qualidade
urbanística e ambiental, a densidade
populacional com diversidade social e a
qualidade do ambiente construído e seus
espaços abertos;
II - complementação das redes estruturais
viária e de transporte coletivo de média
capacidade nos eixos transversais Av. 29 de
Março/ Av. Orlando Gomes e Via Pituaçu/ Av.
Pinto de Aguiar, que fazem a ligação da Orla
Atlântica com a Orla da Baía de Todos os
Santos;
III - implantação de novas vias, segmentos
viários e ampliações de vias existentes,
conectadas às Redes Viárias Estrutural
(RVE) e Complementar (RVC), de modo a
propiciar condições adequadas de
segurança, acessibilidade e fluidez para o
deslocamento de veículos dos modais
motorizados, não motorizados e pedestres;
IV - implantação de rede de ciclovias
articulada à rede de transporte de alta e

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

média capacidade e, dentro dos bairros,


articulada às centralidades;
V - manutenção da população moradora e
promoção da urbanização e egularização
fundiária de assentamentos precários e
irregulares, ocupados por população de baixa
renda, com oferta adequada de serviços,
equipamentos e infraestruturas urbanas;
VI - incentivo à participação do setor privado
na produção de habitações de interesse
social, por meio de projetos de urbanização
integrada, com adequada provisão de
equipamentos sociais, de espaços públicos e
de áreas destinadas às atividades
econômicas necessárias para atendimento
da população moradora, viabilizando suas
conexões e pertencimento à estrutura urbana
existente;
VII - estímulo à provisão de habitação de
interesse social para a população de baixa e
média renda, em áreas que aproximem a
moradia do emprego;
VIII - potencialização das centralidades dos
bairros de Pau da Lima, Cajazeiras e Cabula,
por meio do fortalecimento da base
econômica local, adequação da densidade
demográfica e da oferta habitacional,
renovação dos padrões de uso e ocupação e
otimização da oferta de infraestrutura;

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IX - preservação das encostas total ou


parcialmente consideradas como Áreas de
Preservação Permanente (APP), nos termos
do Código Florestal, das planícies de
inundação e áreas de mananciais hídricos, de
modo a contribuir para a permeabilidade do
solo e a qualidade da paisagem urbana;
X - eliminação das situações de riscos,
perigos e ameaças que expõem diversos
grupos sociais, especialmente os de baixa
renda, à vulnerabilidade urbana;
XI - manutenção, com controle ambiental, das
áreas de mineração ativa e recuperação
ambiental das áreas de mineração
paralisadas e desativadas;
XII - estímulo à oferta de novos equipamentos
de saúde e educação, de escala urbana e
metropolitana, com prioridade para a
implantação do Hospital Municipal;
XIII - solução das situações configuradas em
áreas com riscos geológico e geotécnicos e
de inundações e prevenção do surgimento de
novas situações de risco;
XIV - implantação do Parque Urbano da Mata
Escura de forma integrada à estrutura
urbana, respeitando as características
ambientais e culturais do território e as
práticas sociais pré-existentes;

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

XV - requalificação do Jardim Botânico


Municipal – Mata dos Oitis como Parque
Urbano, conciliando a preservação ambiental
com o usufruto e o lazer da população;
XVI - implantação dos Parques de Bairro da
Pedra de Xangô e de Fazenda Grande,
respeitando suas características ambientais e
culturais;
XVII - incentivo à implementação de
atividades não residenciais nos bairros,
capazes de gerar emprego e renda para a
mão de obra local;
XVIII - estruturação dos bairros populares,
majoritariamente ocupados pela população
negra, mediante intervenções estruturais,
complementação das infraestruturas e
implantação de equipamentos urbanos.
Art. 144. Na Macroárea de Estruturação
Urbana aplicam-se prioritariamente os
seguintes instrumentos de política urbana,
dentre os previstos nesta Lei e facultados
pelo Estatuto da Cidade:
I - parcelamento, edificação e utilização
compulsória;
II - consórcio imobiliário;
III - regularização fundiária, compreendendo:
usucapião especial de imóvel urbano e
demarcação urbanística e legitimação de
posse, concessão de direito real de uso e

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

concessão de uso especial para fins de


moradia;
IV - Zonas Especiais de Interesse Social
(ZEIS);
V - Transferência do Direito de Construir –
(TRANSCON);
VI - outorga onerosa do direito de construir;
VII - outorga onerosa de alteração de uso;
VIII - direito de preferência, para a aquisição
de terrenos para implantação
de empreendimentos de habitação de
interesse social, equipamentos urbanos e
sociais de educação, cultura e espaços para
prática de esporte e lazer;
IX - desapropriação urbanística e por zona;
X - Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV-
RIVI);
XI - Estudo de Impacto Ambiental (EIA-
RIMA);
XII - incentivos fiscais e financeiros.

Referente as zonas do uso, o PDDU assim classifica;

Art. 161. O Município de Salvador,


compreendendo as macrozonas e as
macroárea, atendendo às diferentes
especificidades do território, fica dividido nas
seguintes zonas de uso:

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

I - ZPR – Zona Predominantemente


Residencial;
II - ZEIS – Zona Especial de Interesse Social;
III - ZCMe – Zona Centralidade Metropolitana;
IV - ZCMu – Zona Centralidade Municipal;
V - ZCLMe – Zona Centralidade Linear
Metropolitana;
VI - ZCLMu – Zona Centralidade Linear
Municipal;
VII - ZUSI – Zona de Uso Sustentável nas
Ilhas;
VIII - ZIT – Zona de Interesse Turístico;
IX - ZDE – Zona de Desenvolvimento
Econômico;
X - ZEM – Zona de Exploração Mineral;
XI - ZUE – Zona de Uso Especial;
XII - ZPAM – Zona de Proteção Ambiental.

Art. 165. As ZPR são porções do território


destinadas ao uso predominantemente uni e
multiresidencial, admitindo-se outros usos
desde que compatíveis com o uso
residencial, de acordo com os critérios e
restrições estabelecidos pela LOUOS, sendo
classificadas em:
I - ZPR-1, de baixa densidade construtiva e
demográfica, compreendendo edificações
com padrão horizontal, situadas em áreas
residenciais consolidadas, dotadas de

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

infraestrutura, mas também em áreas


residenciais periféricas inseridas em APA ou
em APRN;
II - ZPR-2, de média densidade construtiva e
demográfica, compreendendo edificações
com padrão horizontal e vertical de pequeno
e médio porte, situadas em áreas residenciais
que contam com diversidade de usos não
residenciais;
III - ZPR-3, de alta densidade construtiva e
demográfica, compreendendo edificações
com padrão vertical de grande porte,
destinados a usos residenciais, admitindo
também usos não residenciais.
§1º Serão enquadradas como ZPR as
quadras destinadas à habitação
uniresidencial e multiresidencial, tendo como
referência o coeficiente de aproveitamento
máximo das edificações desses loteamentos
para o enquadramento em ZPR-1, ZPR-2 ou
ZPR-3, prevalecendo sobre esses
loteamentos as regras de uso e ocupação do
solo definidas nos respectivos Termos de
Acordo e Compromisso, conforme estabelece
o art. 162 desta Lei.

A Lei de Ordenamento de Uso e Ocupação do Solo (LOUOS) de n°


9.148/2016 estabelece, para as zonas predominantemente residenciais (ZPR) o
seguinte;

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

Art. 19. As Zonas Predominantemente


Residenciais - ZPR são porções do território
destinadas prioritariamente ao uso
residencial, admitindo-se outros usos,
desde que conciliáveis com os usos
residenciais, sendo subdivididas em:
I - ZPR – 1, de baixa densidade construtiva e
demográfica;
II - ZPR – 2, de média densidade construtiva
e demográfica;
III - ZPR – 3, de alta densidade construtiva e
demográfica.

Segundo o mapa 01A, da LOUOS, Zonas de Uso, a área de estudo do


EIV em questão está localizada na ZPR-3, zona de alta densidade construtiva e
demográfica.
O quadro 06 da LOUOS define os coeficientes de aproveitamento da ZPR-
3, sendo esses coeficientes de aproveitamento1 mínimo, básico e máximo,
respectivamente; 0,3; 1,5; 3,0. Ainda define também o Índice de permeabilidade2
mínima de 0,2 para a ZPR-3 e os recuos mínimos, em metros, do
empreendimento em relação as vias de acesso de 4, 1,5 e 2,5, frente, lateral e
fundo, respectivamente.
A LOUOS, em seu título VI – Dos Usos, Capítulo I – Da Classificação dos
Usos, define;

1
Relação entre a área construída dividida pela área do terreno
2
Relação entre a área permeável dividida pela área do terreno

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

Art. 118. Os empreendimentos e as


atividades, públicos e privados, que
configuram o uso e a ocupação do solo no
Município classificam-se em duas categorias:
I - uso residencial, sob a sigla R, que envolve
a moradia de um indivíduo ou de um grupo de
indivíduos;
II - uso não residencial, que envolve todas as
modalidades de comércio, de serviços,
instituições, especiais e de infraestrutura, sob
a sigla nR, e de indústrias, sob a sigla ID.
Parágrafo único. A ocorrência concomitante
de duas ou mais categorias ou subcategorias
de uso distintas em um mesmo terreno ou
edificação caracteriza o uso misto.

No quadro 07 dessa mesma Lei, os supermercados e hipermercados


estão enquadrados como grupo nR2-01. Ainda sobre o os usos do solo na seção
I do próprio capítulo I da LOUOS define;

Art. 120. É admitido o uso misto em terreno


ou edificações localizadas em qualquer zona
de uso do Município, desde que se tratem de
usos permitidos na zona, possam funcionar
de modo independente e sejam atendidas as
disposições desta Lei para cada categoria ou
subcategoria de uso, exceto para o uso misto
industrial e residencial, que em nenhuma
hipótese é permitido.

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

Ainda na LOUOS, seção III – Da Categoria de Uso Não Residencial e suas


Subcategorias, do Capítulo I, Título IV;

Art. 125. A categoria de uso não residencial


está classificada em subcategorias, segundo
níveis de incomodidade e de compatibilidade
com o uso residencial, dividindo-se em:
I - nRa: uso não residencial ambientalmente
compatível com o equilíbrio ecológico,
englobando atividades comerciais, de
serviços, institucionais e produtivas,
compatíveis com a proteção, preservação
e/ou recuperação ambiental;
II - nR1: uso não residencial compatível com
a vizinhança residencial;
III - nR2: uso não residencial tolerável pela
vizinhança residencial;
IV - nR3: uso não residencial especial ou
potencialmente incômodo à vizinhança
residencial;
V - nR4: uso não residencial de infraestrutura;
VI - ID1: uso industrial não incômodo,
compatível com a vizinhança
residencial;
VII - ID2: uso industrial potencialmente
incômodo à vizinhança residencial;
VIII - ID3: uso industrial especial que implica
na fixação de padrões específicos de

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

ocupação do lote, de localização, de tráfego


e de níveis de ruído, de vibrações e de
poluição ambiental.

Art. 127. Classificam-se nas subcategorias de


uso nR1, nR2 e nR3 os seguintes grupos de
usos:
I - Grupo 01: comércio de abastecimento;
II - Grupo 02: serviços de alimentação;
III - Grupo 03: comércio diversificado;
IV - Grupo 04: comércio especializado;
V - Grupo 05: serviços de saúde;
VI - Grupo 06: serviços de educação e
assistência social;
VII - Grupo 07: serviços de diversão, de
cultura, de reunião e de afluência de
público;
VIII - Grupo 08: serviços de armazenamento,
distribuição e locação;
IX - Grupo 09: serviços de confecção, de
manutenção e reparação;
X - Grupo 10: associações, fundações e
organizações;
XI - Grupo 11: serviços de administração e
utilidade pública;
XII - Grupo 12: serviços profissionais e
pessoais;
XIII - Grupo 13: serviços de hospedagem;
XIV - Grupo 14: usos especiais.

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

O quadro 10 da LOUOS traz os usos permitidos por zona de uso, assim


permitindo que nas áreas classificadas como ZPR-3 estejam localizados os
empreendimentos do grupo de zona de uso nR2-01.

Na seção IX do PDDU, é atribuído a Gestão dos Impactos Urbanísticos e


Ambiental, e no seu art. 314 é definido;
São considerados empreendimentos,
atividades e intervenções urbanísticas
geradores de impacto aqueles que, por sua
característica, porte ou natureza, possam
causar impacto ou alteração no ambiente
natural ou construído, sobrecarga na
capacidade de atendimento de infraestrutura
básica e que exijam licenciamento especial
por parte dos órgãos competentes do
Município.

Na subseção II traz do Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV);

Art. 320. Quando o impacto ambiental


previsto corresponder, basicamente, a
alterações das características ambientais,
culturais, urbanas e socioeconômicas de
vizinhança, os empreendimentos, atividades
e intervenções urbanísticas causadoras
estarão dispensados da Licença Ambiental,
mas estarão sujeitos à avaliação de EIV e seu
respectivo Relatório de Impacto de

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

Vizinhança (RIV) por parte do órgão


municipal competente, previamente à
emissão das licenças ou alvarás e
autorizações de construção, ampliação ou
funcionamento.
§1º A revisão da LOUOS definirá os
empreendimentos, atividades e intervenções
urbanísticas, públicos e privados, referidos no
caput deste artigo, para os quais se exigirá
EIV-RIV durante o seu processo de
licenciamento urbanístico.
§2º Os empreendimentos, atividades e
intervenções urbanísticas cujos impactos se
restringirem ao sistema viário, a serem
definidos como PGT na revisão da LOUOS,
ficam dispensados do EIV-RIV, sujeitando-se
apenas à fixação de diretrizes do órgão
competente do Município, em fase anterior ao
licenciamento urbanístico, que estabelecerão
os parâmetros a serem seguidos no projeto
da edificação e apontarão as medidas
mitigadoras ou compensatórias dos impactos
no tráfego, necessárias para a implantação
dos empreendimentos.
§3º A LOUOS deverá detalhar os objetivos do
EIV-RIV e definir os seus parâmetros,
procedimentos, prazos de análise,
competência, conteúdos e formas de gestão

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

a serem adotadas na sua elaboração, análise


e avaliação, compreendendo, no mínimo:
I - os dados necessários à caracterização do
uso do solo pretendido;
II - a definição e características de sua área
de influência;
III - a avaliação do impacto do uso pretendido,
demonstrando sua compatibilidade com o
local e com a área de influência, os benefícios
e ônus resultantes de sua implantação;
IV - a indicação de medidas corretivas ou
compensatórias dos efeitos não desejados.
§4º O EIV e o RIV devem contemplar os
efeitos positivos e negativos de
empreendimentos, atividades e intervenções
urbanísticas, incluindo a análise, no mínimo,
das seguintes questões:
I - adensamento populacional e seus efeitos
sobre o espaço urbano e a população
moradora e usuária da área;
II - demanda de serviços, equipamentos e
infraestruturas urbanas e comunitárias;
III - alterações no uso e ocupação do solo e
seus efeitos na estrutura urbana;
IV - efeitos da valorização imobiliária;
V - geração de tráfego e demandas por
melhorias e complementações nos sistemas
de transporte público e de circulação não

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

motorizada, em especial de bicicletas e


pedestres;
VI - alterações na paisagem e obstrução de
marcos visuais significativos para a imagem
da cidade;
VII - geração de ruídos e emissão de resíduos
sólidos e de efluentes líquidos e gasosos;
VIII - conservação do ambiente natural e
construído;
IX - ampliação ou redução do risco ambiental
urbano.
§5º - A elaboração do EIV-RIV não substitui a
elaboração de EIA-RIMA.
§6º O EIV-RIV estabelecerá as medidas
mitigadoras dos impactos negativos, bem
como daquelas que poderão ser adotadas
para potencializar os impactos positivos
identificados.

Art. 321. A exigência de elaboração de EIV-


RIV aplica-se, inclusive, aos
empreendimentos, atividades e intervenções
urbanísticas que estejam inseridos em áreas
de Operações Urbanas ou que já tenham sido
licenciadas por meio de EIARIMA ou outro
instrumento de licenciamento ambiental.

Na LOUOS, capítulo II – Dos Impactos Urbanísticos e Ambientais define;

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

Art. 133. Os usos residenciais e não


residenciais potencialmente geradores de
impactos urbanísticos e ambientais serão
enquadrados conforme as seguintes
subcategorias especiais:
I - Polos Geradores de Tráfego - PGT:
empreendimentos ou atividades que atraem
ou produzem grande número de viagens ao
longo do dia e/ou período determinado,
causando impacto no sistema viário e de
transporte, podendo ocasionar
comprometimento da acessibilidade, da
mobilidade e na segurança de veículos e
pedestres, e que devem observar as
diretrizes e condicionantes estabelecidas por
órgão municipal competente;
II - Empreendimentos Geradores de Impacto
de Vizinhança - EGIV: empreendimentos ou
atividades que, pela natureza ou porte,
podem gerar impactos significativos na
estrutura urbana, relacionados à sobrecarga
na capacidade de atendimento da
infraestrutura urbana e viária, bem como à
deterioração das condições da qualidade de
vida do entorno;
III - Empreendimentos Geradores de Impacto
Ambiental - EGIA: aqueles que possam
causar alteração das propriedades físicas,

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

químicas e biológicas do meio ambiente e


que, direta ou indiretamente, afetem:
a) a saúde, a segurança e o bem-estar da
população;
b) as atividades sociais e econômicas;
c) a biota;
d) as condições paisagísticas e sanitárias do
meio ambiente;
e) a qualidade dos recursos ambientais.

Na seção I, deste capítulo, fala dos Polos Geradores de Tráfego (PGT);

Art. 135. Os empreendimentos ou atividades


enquadradas como Polos Geradores de
Tráfego - PGT são os que apresentam, ao
menos, uma das seguintes características:
...
III - não residenciais em ZPR destinados a:
...
b) comércio diversificado ou
especializado com 50 (cinquenta) vagas
de estacionamento ou mais;
...
g) demais serviços com 120 (cento e vinte)
vagas de estacionamento ou mais;

Sendo assim, o empreendimento em estudo sendo classificado como um


Polo Gerador de Tráfego. Ainda referente a esse artigo, segue alguns parágrafos
importantes;

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

§ 1º O enquadramento dos empreendimentos


como PGT poderá ser revisto através de lei
específica.
§ 2º Caberá ao Executivo a definição de
medidas de mitigação ou compensação,
ficando o empreendedor obrigado a cumpri-
las, para a aprovação do empreendimento ou
da atividade.
§ 3º Para os empreendimentos e atividades
listados nos incisos I a XIII deste artigo, será
exigida a apresentação de Relatório de
Impacto no Trânsito – RIT, para análise do
setor competente.
§ 4º O licenciamento de empreendimentos e
atividades que, por sua localização, possam
gerar impactos negativos na circulação viária
estará sujeito à apresentação e aprovação do
RIT, mesmo que o empreendimento não se
caracterize como PGT.

Na seção II desse mesmo capítulo, temos os Empreendimentos


Geradores de Impacto de Vizinhança, assim definidos;

Art. 137. Os Empreendimentos Geradores de


Impacto de Vizinhança – EGIV são os
seguintes:
I - empreendimentos não residenciais
constituídos por uma ou mais atividades que

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

apresentarem área construída total superior a


40.000m² (quarenta mil metros quadrados);
II - usos industriais;
III - uso residencial com área construída total
superior a 40.000m² (quarenta mil metros
quadrados) ou que apresentem mais de 600
(seiscentas) vagas de estacionamento;
IV - empreendimentos constituídos por usos
residenciais e não residenciais, cujo
somatório das áreas construídas totais seja
superior a 40.000m² (quarenta mil metros
quadrados);
V - urbanização integrada a partir de 1.500
(mil e quinhentas) unidades habitacionais;
VI - parcelamento e urbanização do solo com
área superior a 30 ha (trinta hectares);
VII - alteração de uso ou reforma de
edificação existente em lotes com dimensões
superiores a 20.000m² (vinte mil metros
quadrados);
VIII - usos especiais enquadrados como nR3-
14, conforme Quadro 07 do Anexo 01 desta
Lei;
IX - empreendimentos sujeitos à
apresentação de EIA – RIMA, nos termos da
legislação pertinente;
X - empreendimentos de hospedagem com
área de terreno superior a 5.000m² (cinco mil
metros quadrados);

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

XI - hospital e maternidade;
XII - shopping center.

Sendo assim, o empreendimento em questão não é um EGIV, sendo sua


aprovação da instalação pela prefeitura não vinculada ao estudo de impacto de
vizinhança.
Na seção III deste capítulo, Dos empreendimentos Geradores de Impacto
Ambiental – EGIA, a LOUOS define;
Art. 139. A regulamentação da Lei nº 8.915,
de 2015, que dispõe sobre a Política
Municipal de Meio Ambiente e
Desenvolvimento Sustentável, definirá os
Empreendimentos Geradores de Impacto
Ambiental - EGIA.

Art. 140. Os Empreendimentos Geradores de


Impacto Ambiental - EGIA são sujeitos à
elaboração de Estudo de Impacto Ambiental -
EIA e do respectivo Relatório de Impacto
Ambiental - RIMA, a ser analisado e aprovado
por órgão municipal ambiental competente,
ficando o empreendedor obrigado a cumprir
as disposições estabelecidas no EIA para
emissão das licenças ambientais e
urbanísticas, atendendo a todas as
exigências da Lei nº 8.915, de 2015.
Parágrafo único. A elaboração do EIV/RIV
não substitui a elaboração e aprovação do

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EIA/RIMA, quando requerido nos termos da


legislação ambiental.

Art. 149. A instalação de usos deverá atender


aos padrões de incomodidade relativos à
emissão:
I - de ruído;
II - de efluentes líquidos;
III - de resíduos sólidos;
IV - atmosférica: odores, gases, vapores,
material particulado e fumaça;
V - de radiação eletromagnética.
§ 1º Os parâmetros elencados no caput deste
artigo poderão variar segundo a zona e
horários, diurno e noturno, conforme Quadro
12 do Anexo 01 desta Lei.
§ 2º O profissional habilitado na elaboração
dos projetos relacionados aos padrões de
incomodidade, bem como na execução e
implantação de obras, é responsável pela
observância das normas técnicas oficiais,
assumindo total responsabilidade pela
adequação do empreendimento aos padrões
de incomodidade previstos nesta Lei,
mediante requerimento declaratório e/ou
apresentação de atestados, na ocasião do
pedido de alvará de licença ou do Termo de
Viabilidade de Localização - TVL.

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

§ 3º O proprietário do imóvel, ou seu sucessor


a qualquer título, responde pela observância
dos parâmetros de incomodidade previstos
nesta Lei, especialmente pela manutenção
das condições declaradas por ocasião do
pedido de licença.
§ 4º No requerimento do Termo de
Viabilidade de Localização -TVL, é a pessoa
física ou jurídica responsável pela edificação
ou pelo uso que declara o conhecimento dos
padrões de incomodidade previstos nesta Lei
e exigidos para a zona em que se situa o
imóvel, bem como das sanções a que estará
sujeita, no caso da fiscalização municipal vir
a constatar a ocorrência de incomodidades
oriundas da atividade exercida no local.
§ 5º Para o controle da observância dos
parâmetros de incomodidade previstos nesta
Lei, o Executivo poderá firmar convênios com
órgãos estaduais, federais ou instituições
competentes.
Art. 150. Poderão ser definidos parâmetros
especiais de incomodidade por lei municipal
específica, em especial aqueles que
busquem a redução de ruído no uso do solo
conforme especificidades locais,
determinados usos e grandes equipamentos
de infraestrutura geradores de ruído.

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Conforme quadro 12 - Parâmetros de Incomodidade por Zona de Uso da


LOUOS a ZPR 3 possui as seguintes liberações conforme
Tabela 2;

Tabela 2 - Parâmetros de Incomodidade por Zona de Uso – Zpr-3


Nível de Ruído Máximo
Emissão de
para Ambiente Externo
Emissão de Emissão de gases, Emissão de
em dB Emissão de efluentes
resíduos vapores e
líquidos odores radiação
das 7h às das 22h sólidos material
particulado
22h às 7h

70 60 Não pode emitir Geradores de Não poderão Vedada No que diz respeito
efluentes líquidos em resíduos sólidos emitir à limitação da
desconformidade enquadrados nas substâncias exposição a campos
com o estabelecido classes I, II ou III odoríferas na elétricos,
na legislação conforme a NBR atmosfera em magnéticos e
ambiental específica 10004, deverão quantidades que eletromagnéticos
ou por normas da apresentar no ato possam ser não ionizantes,
ABNT, e na falta do licenciamento, perceptíveis fora deverá ser
dessas, o critério do plano de transporte, dos limites do observada a
órgão ambiental tratamento e lote, por Resolução ANATEL
municipal, não disposição final dos constatação nº 303, de 02 de
devendo os efluentes resíduos em efetuada por julho de 2002, ou
líquidos emitidos unidades técnicos outra
oferecer riscos à devidamente credenciados do regulamentação que
saúde e ao bem estar licenciadas pelo órgão ambiental vier a substituí-la ou
da população, bem órgão de controle municipal. sucedê-la
como ocasionar dano ambiental e
ao meio ambiente. compatível com sua
classificação,
conforme a ABNT,
atendida ainda a
legislação
pertinente Federal,
Estadual e
Municipal em vigor,
além de
estudos geológicos
enfocando as
questões de riscos
de deslizamentos,
contaminação do
solo, subsolo e
recursos hídricos
superficiais e
subterrâneos por
resíduos sólidos.

Ainda conforme a LOUOS;

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Art. 160. Todo empreendimento a ser


implantado ou atividade a ser realizada no
território do Município, inclusive obras
públicas municipais, estaduais e federais, que
configura o parcelamento e urbanização, o
uso e a ocupação do solo, depende de prévio
licenciamento urbanístico pelo órgão
competente da Administração Municipal, sem
prejuízo de outras licenças e autorizações
exigíveis

A Lei de Ordenamento de Uso e Ocupação do Solo também define


algumas condições de instalações por subcategoria de uso em função da
classificação viária, conforme Quadro 11A. Segundo esse quadro, os
empreendimentos enquadrados no grupo nR2-01 não podem ser instalados em
Vias de Transporte Não Motorizado e/ou de Pedestre (VP) e em Vias Locais
(VL). O quadro 11B, que define outras condições de instalações por subcategoria
de uso define que o empreendimento enquadrado no grupo nR2-01 deve possuir
um número mínimo de vagas de veículos de passeio por Área Construída
Computável (ACC) de 1/35 m², pelo menos uma vaga para Carga e Descarga, e
uma previsão de pátio para Carga e Descarga de 5% (Aplicável apenas quando
a ACC do empreendimento for superior a 750,00 m².)
A Lei 8.915 de 2015 que dispõe sobre a Política Municipal de Meio
Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; institui o Cadastro Municipal de
Atividades Potencialmente Degradadoras e Utilizadoras de Recursos Naturais-
CMAPD e a Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental - TCFA, no Município de
Salvador, e dá outras providências estabelece algumas normas, parâmetros e
padrões de qualidade ambiental como o do monitoramento, do controle da
qualidade ambiental, da poluição visual e sonora além da gestão dos resíduos

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

sólidos já citada na legislação federal. Na seção IV, dos Resíduos da Construção


Civil, sendo esse o principal resíduo gerado na fase de implantação do
empreendimento em questão, vale ressaltar o que essa legislação define;

Art. 60. O gerenciamento de resíduos


provenientes da construção civil é de
responsabilidade dos geradores desde a
origem até a destinação final, conforme as
disposições da legislação vigente.
§ 1º O manejo de resíduos de construção civil
provenientes de pequenos geradores, com
geração menor ou igual 2m3, é de
responsabilidade do Poder Público,
compreendendo as etapas de coleta,
transporte e disposição final.
§ 2º A execução, pelo Município, dos serviços
mencionados neste artigo, não exime a
responsabilidade da fonte geradora quanto à
segregação na origem.
§ 3º O Plano de Gerenciamento de Resíduos
da Construção Civil - PGRCC é o instrumento
para a implementação da gestão destes
resíduos.
Art. 61. A Prefeitura Municipal de Salvador
deverá disponibilizar locais adequados para
a disposição de resíduos sólidos inertes aos
pequenos geradores, com geração menor ou
igual a 2m3 de resíduos de construção civil.

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

Art. 62. No que for pertinente à limpeza e


conservação dos logradouros públicos, as
construções e demolições reger-se-ão pelas
disposições da presente Lei e pelas seguintes
obrigações:
I - manter em estado permanente de limpeza
e conservação o trecho fronteiro à obra;
II - evitar excesso de material particulado e
queda de detritos nas propriedades vizinhas,
vias e logradouros públicos;
III - não dispor material no passeio ou via
pública, senão o tempo necessário para sua
descarga ou remoção, salvo quando se
destinar a obras a serem executadas no
próprio local.
Parágrafo único. As sanções decorrentes da
inobservância do disposto neste artigo serão
aplicadas ao responsável pela obra ou ao
proprietário do imóvel.

6. ÁREAS DE INFLUÊNCIA DO EMPREENDIMENTO

A área a ser considerada “vizinhança” para fins do EIV é a área de


influência do empreendimento em questão, que corresponde aos locais
passiveis de percepção dos impactos do projeto, tanto na fase de implantação
(obras) quanto na de operação, a curto, médio e longo prazo. As áreas de
influência serão compreendidas e mapeadas da seguinte forma:
• Área Diretamente Afetada (ADA) - consiste no espaço específico da
implantação física do empreendimento, onde as alterações no ambiente

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

são intensas, seja pela substituição completa dos usos atuais, seja pela
alteração das feições morfológicas e, ou, outros fatores ambientais. Para
o presente estudo foi considerada a área definida pela poligonal do
terreno adquirido pelo empreendedor. Devido às características dos
fenômenos físicos e biológicos se manifestarem circunscritos a áreas
territoriais restritas, a caracterização e a análise de potenciais impactos
positivos e negativos a serem abordados serão limitadas exclusivamente
ao sítio do empreendimento.
• Área de Influência Direta (AID) – A delimitação da AID foi definida de
forma a englobar as áreas reais ou potencialmente ameaçada pelos
impactos diretos da implementação e operação do empreendimento, bem
como das atividades associadas e decorrentes. Portanto, será
considerado 500 m do muro do empreendimento para a área externa.
• Área de Influência Indireta (AII) - compreende o espaço onde se
desenvolvem os impactos indiretos das fases de planejamento, instalação
e operação. Portanto, entende-se que os bairros circunvizinhos serão
afetados pelo empreendimento, principalmente na fase de operação,
sendo eles: Granjas Rurais Presidente Vargas, Jardim Santo Inácio,
Calabetão, São Caetano, Bom Juá, Arraial do Retiro, Barreias,
Sussuarana, Pau da Lima e Jardim Cajazeiras.

Em anexo segue o Mapa das Áreas de Influência do Empreendimento.

7. SUSTENTABILIDADE DO EMPREENDIMENTO

O empreendimento em questão apresenta impactos ambientais positivos


para a região em que será implantado. O empreendimento denominado
Atacadão Mata Escura trata de uma atividade de comércio setorial de grande
porte, que são atividades comerciais varejistas e de prestação de serviços,

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

destinadas a um atendimento de maior abrangência, visando atender a


comunidade local, bem como demais regiões da cidade, com produtos e gêneros
de primeira necessidade.
A instalação do ATACADÃO MATA ESCURA visa atender a parcela da
área urbana, cujo adensamento populacional encontra-se em franco crescimento
e que necessitam de produtos com um preço mais acessível devido ao poder
aquisitivo da comunidade que habita ao seu redor.
Quanto à legislação ambiental, o empreendimento está inserido em área
urbana e não faz confrontações com rios e áreas de preservação permanente,
conforme Art. 4 da Lei Federal 12.651/12.
Em função do nível de antropização da região, a fauna é incipiente,
formada por repteis (Calango, Cobras, Lagartixa) e alguns primatas (Sagui)
adaptados à vida urbana (Sinantrópicos).
Não foram identificados na área indivíduos presentes na lista de espécies
(Animal e Vegetal) em extinção do IBAMA.
A formação florestal no terreno encontra-se no PDDU/2016 e na
LOUS/2016 como vegetação secundária em estágio inicial de regeneração. A
definição do estágio sucessional de uma formação florestal do Bioma Mata
Atlântica tem implicações diretas no uso da terra, na economia, no
desenvolvimento regional e na política ambiental.
No terreno em questão as principais espécies encontradas foram: Aroeira
(Schinus terebinthifolius Raddi), Pau bombo (Tapiria guianensis Aubl.), Janaúba
(Himatanthus bracteatus (A.DC.) Woodson), Matataúba (Schefffera morototoni
(Aubl.) Maguire et. Al.), Embaúba (Cecropia pachystachya Trécul), Amescla
(Protium heptaphyllum (Aubl.) March.), Birreiro (Crataeva tapia L.), entre outros.
No Mapa das Fisionomias Vegetais da Mata Atlântica para o Município de
Salvador, elaborado pelo Ministério Público e UFBA, a gleba possui uma área
classificada “Em Antropismo”, área como vegetação secundária em Estagio

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

Inicial de Regeneração, e, portanto, passível da aplicação da Lei da Mata


Atlântica (Lei Federal Nº 11.428/2006). Em seu artigo 11° a lei define;
A Lei da Mata Atlântica (Lei 11.428/2006), estabelece que na utilização de
Área em Estágio Médio, o Empreendimento deve manter 30% desta Área, e
disponibilizar outra área, equivalente aos 70% utilizados, preferencialmente na
mesma Bacia Hidrográfica, e mantê-la preservada.
Sendo assim, da área total 26.553,59 m², a área de 20.298,16 m²
encontra-se inserida na área classificada como em Estágio Inicial de
Regeneração. Isso significa que 30% desta área equivalente a 6.089,44 m² serão
preservados, e deverá ser disponibilizada pelo empreendedor para
compensação ambiental.

8. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL

O Diagnóstico Ambiental retrata a qualidade ambiental da área de


abrangência dos estudos, de forma a permitir o entendimento da dinâmica e das
interações existentes entre os meios físico, biótico e socioeconômico,
englobando as variáveis decorrentes da implantação e operação do
empreendimento, que possam provocar impactos diretos ou indiretos.

8.1. CARACTERIZAÇÃO DO MEIO FÍSICO

A caracterização do meio físico refere-se a estudos relacionados a


aspectos do clima, hidrologia, solo, relevo, dentre outros aspectos físicos da área
do empreendimento.

8.1.1. Clima

De acordo com a nomenclatura de THORNTHWAITE (1948), o clima das


regiões é definido levando-se em consideração diversos elementos climáticos

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

simultaneamente, facilitando a troca de informações e análises posteriores para


diferentes objetivos. O clima de uma dada região é classificado de acordo com
os seguintes fatores:
i) Evapotranspiração Potencial (ETP)
ii) Precipitação Anual

Assim realiza-se um balanço hídrico em que são analisadas e


expressadas em números a deficiência hídrica do solo e o excedente hídrico do
mesmo. No entanto os estudos climatológicos feitos pelo IBGE baseiam-se nas
análises das medidas pluviométricas e de temperatura. A tabela de classificação
climática segundo Thornthwaite (1948, apud SEI, 2007) exibe nove tipologias
climáticas, classificadas pelo índice de Umidade e nove tipologias climáticas em
função da Eficácia Térmica, classificadas pela ocorrência da evapotranspiração
como mostra a Tabela 3.

Tabela 3 - Classificação Climática segundo THORNTHWAITE (1948)


Em Função da Umidade Em Função da Eficácia Térmica
Índice de ETP em
Tipo de Clima Tipo de Clima
umidade centímetro
A Perúmido > 100 A Megatérmico > 144
B4 Úmido 80 – 100 B4 Mesotérmico 99,7 – 114
B3 Úmido 60 – 80 B3 Mesotérmico 88,5 - 99,7
B2 Úmido 40 – 60 B2 Mesotérmico 71,2 - 88,5
B1 Úmido 20 – 40 B1 Mesotérmico 57 - 71,2
C2 Sub-úmidoúmido 0 – 20 C2 Microtérmico 42,7 – 57
C1 Sub-úmidoseco -33 – 0 C1 Microtérmico 28,5 - 42,7
D Semi-árido -66 – (-33) D Tundra 14,2 - 28,5
E Árido -100 – (-67) E Gelo < 14,2

O município de Salvador está localizado na zona climática denominada


de B1rA’, apresentando um tipo climático classificado como úmido (representado

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pela simbologia B2 e cor azul escura), como mostra a Figura 1, com


precipitações anuais acima de 1900 mm e média aproximada de 1.100 mm. A
subdivisão climática representada pela letra “r” define os índices de umidade e
aridez, o que indica pouca ou nenhuma deficiência hídrica na região
(THORNTHWAITE, 1948 apud SEI, 2007). A simbologia (A’) indica as condições
termoclimáticas da região.

Figura 1 - Mapa Climático da Bahia

Fonte: SEI, 2007 (Adaptado).

O clima úmido tem a característica de apresentar temperaturas elevadas


durante o verão e amenas no inverno, com temperaturas médias mensais altas
ao longo de todo o ano. As amplitudes térmicas anuais são reduzidas, as
precipitações são constantes durante o ano e não há estação seca definida.

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A faixa onde se encontra o município de Salvador apresenta índice hídrico


de 40 a 20% com excedente hídrico de 300 a 600 mm e regime pluviométrico
durante o outono/inverno.
O mês mais seco caracteriza-se por apresentar normalmente precipitação
total inferior a 60 mm, ou seja, apresenta um verão seco. A estação chuvosa
verifica-se no inverno, mais especificamente nos meses de julho, agosto e
setembro. Observando-se também os dados disponíveis no INMET referentes à
Estação Meteorológica de Salvador/BA, a Tabela 4 mostra os dados termos
pluviométricos mensais do município enquanto a Figura 2 o gráfico.

Tabela 4 - Dados termos pluviométricos mensais - Salvador


MÊS Pluviometria (mm) Temperatura (°C)
JANEIRO 111 26,5
FEVEREIRO 121 26,6
MARÇO 145 26,7
ABRIL 322 25,2
MAIO 325 25,2
JUNHO 351 24,3
JULHO 204 23,6
AGOSTO 136 23,7
SETEMBRO 112 24,2
OUTUBRO 122 25,0
NOVEMBRO 118 25,5
DEZEMBRO 132 26,0
TOTAL 2199 -
MÉDIA 183,3 25,2
Fonte: (INMET, 2016)
Lat: 12,02S Log: 38,52W Altitude 51m Período: 1961-1990

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Figura 2 – Temperatura e pluviosidade do município de Salvador

Fonte: INMET, 2016 (Adaptado)

Analisando os dados disponíveis pelo INMET sobre a pluviosidade e


temperatura média do município de Salvador, percebe-se que os meses mais
chuvosos são abril, maio e junho, sempre com valores superiores aos 300 mm,
com queda a partir do mês de julho, meses onde ocorrem o outono e início do
inverno, sendo julho o único mês do ano que o índice pluviométrico esteve na
faixa dos 200 mm. Durante os meses subsequentes a pluviosidade se mantém
entre a faixa dos 100 mm a 150 mm.
Quanto à temperatura, essa se apresenta com média anual em torno de
25 Cº, sendo o mês de março o mais quente do ano, e julho o mais frio, percebe-
se que a temperatura se apresenta linear com diferenças de 3,1º C entre a menor
e a maior temperatura do ano. No entanto, o comportamento da pluviosidade é
característico de climas tropicais úmidos, com chuvas predominantes todo o ano.
Quanto ao balanço hídrico anual, o mesmo apresenta-se positivo. Sua
evaporação apresenta valores variando entre 800 a 1.200 mm, não sendo
verificado por tanto, déficit mensal significativo ao longo do ano.

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

As massas de ar e circulação atmosférica também são fatores que


influenciam no clima local. A circulação atmosférica no Nordeste Brasileiro
apresenta um padrão complexo devido a conjunção de diferentes correntes
dentre as quais se destacam:
• A Zona de Convergência Intertropical ZCIT (Corrente do Norte),
• Os alísios orientados do anticiclonal semifixo do Atlântico Sul (Corrente
do Leste);
• A expansão da Massa Equatorial Continental - MEC (Corrente Oeste) e
• Frentes Polares (Correntes do Sul).

Além dos fenômenos de larga escala, são de suma importância os


fenômenos de menor escala, citados por Peterson & Stramma, 1991; Hastenrath
& Greischar, 1993; Cavalcanti & Kousky, 1982, apud SEI, 2007 tais como:
• As Linhas de Instabilidade;
• As Brisas Marítima e Terrestre e
• Os Complexos Convectivos de Mesoescala.

As condições locais de tempo sofrem perturbações móveis de


mesoescala, estes responsáveis por fortes ventos na Região Nordeste,
determinados como sistemas frontais e ciclones extratropicais.
Os ventos são resultados da diferenciação de pressão na superfície
terrestre, diante das radiações solares entre as zonas equatoriais e polares, além
da movimentação da Terra.
Os estudos das ocorrências tais como: velocidade, partida e direção dos
ventos são de suma importância à avaliação das interferências desses
fenômenos diante das estruturas a serem construídas, além da sinergia dos
impactos ligados a suspensão de partículas e do lançamento de substâncias
nocivas no ar inerentes as atividades da obra.

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

Serão apresentados dados das direções dos ventos fornecidos pelo


Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) para os anos de 2010, 2011, 2012 e
2013, conforme Figura 3 e Figura 4.
Os estudos de ventos para o município de Salvador exibem ventos entre
os códigos 0 (calmaria) e 36 (Norte), no entanto podem ser vistos ventos
provenientes de todos quadrantes.
Enquanto à velocidade desses ventos os dados do INMET apresentaram
ventos para o período de janeiro de 2010 a outubro de 2013, entre 0 e 6 m/s.
Essas medições ocorreram nas datas de 23 de junho de 2013 e 21 de outubro
de 2011, respectivamente. No decorrer do período entre os anos de 2010 e 2013
a maioria dos ventos ocorridos foram considerados calmos (oscilam entre a
parada total 0,0m/s e menor ou igual a 0,3m/s) e ventos médios (0,0m/s à 1,5m/s
durante 10 minutos de medição).

Figura 3 - Tabela de códigos de direção dos ventos

Fonte: INMET, 2016 apud Ambiente Sustentável EIA/RIMA – BRT Salvador, 2014

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

Figura 4 - Direção dos ventos ao longo do período de 2010 à 2013

Fonte: INMET, 2016 apud Ambiente Sustentável EIA/RIMA – BRT Salvador, 2014

Os ventos que alcançavam os 6 m/s, considerados rajadas de vento


(sopro súbito que excede a velocidade média do momento obtida em dez
minutos e mais de 5,14m/s por um curto período de tempo que não se estenda
por mais de 20 segundos), ocorrem esporadicamente. A Figura 5 mostra a
intensidade média dos ventos para o município de Salvador no período de 10
dias para o ano de 2013.
Outro fator que influência preponderantemente no clima local, sendo
moderador das amplitudes térmicas e tornando as temperaturas mais estáveis é
a maritimidade que corresponde à influência da umidade proveniente da
evapotranspiração das águas do mar de uma determinada área.

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

A cidade do Salvador sofre influência direta da maritimidade, já que seus


limites ao sudeste, leste e sul são banhados pelo oceano Atlântico e pelas águas
da Baía de Todos os Santos, como mostra a Figura 6.

Figura 5 - Intensidade média diária do vento para o município de Salvador no período


de 10 dias

4,44
4,17 4,17 4,17
3,89 3,89
Velocidade dos ventos (m/s)

3,61
3,33 3,33

2,78

09/DEZ 10/DEZ 11/DEZ 12/DEZ 13/DEZ 14/DEZ 15/DEZ 16/DEZ 17/DEZ 18/DEZ

Fonte: Ambiente Sustentável EIA/RIMA – BRT Salvador, 2014

Figura 6 - Localização do município de Salvador e seus limites físicos

Fonte: GoogleEarth, imagem 2023

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

Considerada como unidade verificada entre a pressão de vapor de água


na atmosfera e a saturação da pressão de vapor na mesma temperatura, a
umidade relativa do ar é um dos fatores climáticos ligados à pluviosidade e a
evaporação, além da evapotranspiração das vegetações locais, constituindo o
do ciclo da água. A umidade do ar é representada em porcentagem.
De acordo com a Figura 7 para o ano de 2010, o município apresentou
umidades relativas favoráveis dentro dos limites sinalizados pela Organização
Mundial de Saúde (OMS), entre os 50 e 80%.
Os meses que apresentaram maior umidade estão entre março e
setembro, sendo abril o mês mais úmido com cerca de 85% de umidade. Já o
mês de fevereiro apresentou a menor umidade do ano com 65%.
A qualidade do ar também possui grande influência no clima de uma
região. O município de Salvador conta com 08 (oito) Estações de Monitoramento
do Ar (EMA), localizadas em diferentes bairros de Salvador. Essas Estações têm
como objetivo monitorar a emissão de poluentes atmosféricos e seus índices.

Figura 7 - Umidade relativa do ar para o município de Salvador, média anual referente


ao ano de 2010

Fonte: INMET, 2020 (adaptado)

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

De acordo com a Resolução n° 03/90 do Conselho Nacional de Meio


Ambiente (CONAMA), entende-se como poluente atmosférico qualquer forma de
matéria ou energia com intensidade e em quantidade, concentração, tempo ou
características em desacordo com os níveis estabelecidos, e que tornem ou
possam tornar o ar:
I - Impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde;
II - Inconveniente ao bem-estar público;
III - Danoso aos materiais, à fauna e flora;
IV - Prejudicial à segurança, ao uso e gozo da propriedade e às atividades
normais da comunidade.
A Cetrel S. A disponibiliza em seu site os resultados obtidos ára cada
Estação de Monitoramento do Ar (EMA) instalada em Salvador, informando a
cada índice e suas qualificações. A Tabela 5 mostra o resultado para a estação
de Pirajá, para o dia 12/12/2013, enquanto a Figura 13 mostra o mapa de
localização das EMA’s no município de Salvador.
A EMA localizada no bairro de Pirajá é a estação mais próxima da área
de estudo desse EIV. Essas Estações de Monitoramento do Ar, que analisam os
seguintes padrões diretamente relacionados às emissões veiculares:
• Dióxido de Enxofre (SO2)
• Óxido de Nitrogênio (NO+NO2)
• Monóxido de Carbono (CO)
• Ozônio (O3)

Outros dois fatores que estão relacionados com o clima e que se


correlacionam juntos são a nebulosidade e a insolação. Quanto a nebulosidade,
o município de Salvador, segundo dados do INMET de 1964-2019, numa escala
de 0 a 10, apresenta índice médio de 5,04, contudo, esses são registrados
apenas em poucos períodos do dia.

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Figura 8 - Mapa de localização das EMA’s de Salvador

Fonte: Cetrel, 2014 apud Ambiente Sustentável EIA/RIMA – BRT Salvador, 2014

Tabela 5 - Índices da EMA do Bairro de Pirajá em Salvador para o dia 12/12/13


EMA ÍNDICES Qualificação
CO NO2 O3 PM10 SO2
Pirajá 4,44 9,59 26,23 36,10 0,16 BOA
Fonte: Cetrel, 2014 apud Ambiente Sustentável EIA/RIMA – BRT Salvador, 2014

A insolação da região, também conforme dados do INMET para o mesmo


período, referentes à Estação Meteorológica de Salvador-BA possui uma média
de 2415 h/ano, distribuídos de forma heterogênea, apresentada em períodos
chuvosos a média de 171 h mensais, inferior à média total mensal que é de
aproximadamente 201 h. A Figura 9 mostra os dados mensais médios de
nebulosidade e insolação para o município de Salvador.

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Figura 9 - Dados de Nebulosidade e Insolação para o município de Salvador

237
226 228 222
211 207 204
190 196
175
164
153

4,5 4,7 4,7 5,3 5,8 5,9 5,5 5,2 4,9 4,5 4,9 4,6
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Insolação Nebulosidade

Fonte: INMET, 2020

8.1.2. Hidrografia

Segundo o Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CONERH),


RESOLUÇÃO nº 80, de 25 de agosto de 2011, o Estado da Bahia possui 25
(vinte e cinco) Regiões de Planejamento e Gestão da Água (RPGA) estando o
município de Salvador localizada na RPGA XI – Recôncavo Norte e Inhambupe.
A RPGA XI – Recôncavo Norte e Inhambupe, está localizada no Nordeste
da Bahia e possui uma área de 18.015 Km² equivalente a cerca de 3% da
superfície do Estado. Possui em seu território cerca de 3.742.632 habitantes e é
formada por 46 municípios, no entanto, apenas 29 integram totalmente a
mencionada RPGA, sendo eles: Madre de Deus, Entre Rios, Mata de São João,
Camaçari, Simões Filho, Candeias, Lauro de Freitas, Santo Amaro, Coração de
Maria, Conceição do Jacuípe, Teodoro Sampaio, Terra Nova, Água Fria, Irará,
Cardeal da Silva, Alagoinhas, Aramari, Pedrão, Catu, Amélia Rodrigues,

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Itanagra, Santanópolis, Ouriçangas, Pojuca, Araçás, Dias D’Ávila, São Sebastião


do Passé, São Francisco do Conde e Salvador.
O livro Caminho das Águas em Salvador fez um estudo de delimitações
das Bacias Hidrográficas (BH) do município, revelando 12 (doze) bacias
hidrográficas dentro do município de Salvador sendo elas: Seixos-
Barra/Centenário, Camarajipe, Cobre, Ipitanga, Jaguaripe, Lucaia, Ondina,
Paraguari, Passa Vaca, Pedras/Pituaçu, Ilha de Maré, Ilha dos Frades. Foram
catalogadas 9 bacias de drenagem natural (Amaralina/Pituba,
Armação/Corsário, Comércio, Itapagipe, Plataforma, São Tomé de Paripe, Stella
Maris, Vitória/Contorno e Ilha de Bom Jesus dos Passos)
A área de estudo desse EIV (em vermelho), como mostra a Figura 10,
está inserida na Bacia do Rio Camarajipe. O livro em questão relata que foram
coletadas amostras de águas em diversos pontos das bacias hidrográficas do
município de Salvador, assim como analisou diversos fatores que envolvem o
monitoramento ambiental das bacias. Na BH do rio Camarajipe, as análises
constataram ser grave a situação em que se encontra a bacia, com diversos
processos antrópicos, com pouco ou quase nenhum controle. Na maioria das
estações amostradas, o Rio Camarajipe e seus afluentes apresentam-se
assoreados ou revestidos e em algumas estações com grande concentração de
macrófitas ou perifiton, sendo que em 7 estações, de 11, a presença de plantas
aquáticas era ausente.
Uma dessas estações avaliadas na BH do rio Camarajipe, está localizada
no bairro de Mata Escura, próxima ao empreendimento. Essa estação obteve os
seguintes parâmetros mostrados na Tabela 6.

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Figura 10 - Delimitação da BH do Camarajipe e a área de estudo desse EIV

Área de estudo

Fonte: O Caminho das Águas, 2010 (adaptado)

As coletas para análise de água foram feitas em períodos chuvosos e


secos nas onze estações da bacia sendo avaliados os seguintes parâmetros;
Oxigênio Dissolvido (OD), Coliformes Termotolerantes, Demanda Bioquímica de
Oxigênio (DBO), Nitrogênio Total e Fósforo Total.
O Índice de Qualidade das Águas - IQA do Rio Camarajipe se apresenta
na categoria Péssimo nas estações CAM02, CAM03, CAM04, CAM10, CAM05
no Período Seco e nas estações CAM03 e CAM10 no Período Chuvoso, e na
categoria Ruim nas demais estações, tanto no Período Seco como no Período

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Chuvoso, configurando-se como o IQA mais baixo dos rios do município de


Salvador.

Tabela 6 - Observações na estação de coleta de amostras de água no bairro da Mata


Escura (CAM-02) no Rio Camarajipe e afluentes
Parâmetros Observações
Tipo de ocupação das margens Residencial
Estado do leito do rio Assoreado
Mata ciliar Dominância de gramíneas / Pavimentado
Plantas aquáticas Ausente
Odor da água Leve
Oleosidade da água Ausente
Transparência da água Opaca ou colorida
Tipo de fundo Com disposição de lixo
Fluxo de águas Lâmina d’água em 75% do leito
Estação locada nas coordenadas UTM x= 557394,6373; y= 8570451,657
Fonte: O Caminho das Águas, 2010

8.1.3. Vegetação

De maneira geral, a vegetação predominante na região, é classificada,


como Vegetação Secundária remanescente do Bioma da Mata Atlântica, na
categoria Floresta Ombrófila Densa, nos estágios inicial e médio de
regeneração. (Resolução CONAMA nº. 10/93; Decreto Federal nº. 750/93,
art.3,5 e 6).
Na década de 1960, grande parte da região era composta de pastagens
para criação de gado. Posteriormente as pastagens deram lugar aos sítios e
chácaras, quando espécies exóticas de frutíferas foram introduzidas. Hoje, a
fisionomia vegetal apresenta-se entremeada de espécies originárias do Bioma

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Original, com espécies exóticas a exemplo de Mangueiras, Coqueiros, Jambo,


Canela, Fruta Pão, Sombreiro Mexicano, Mungubarana, Palmeira Imperial, entre
outras.
Atualmente, a área encontra-se intensamente urbanizada, tomada por
toda sorte edificações, rodovias, cortes de talude e de aterro, terraplanagens,
entre outras, que ocupam indiscriminadamente as áreas de topo, encostas e
vales, restando muito pouco da vegetação original.
A formação florestal do terreno encontra-se classificado no PDDU/2016 e
na LOUOS/2016 como vegetação secundária em estágio inicial de regeneração.
A definição do estágio sucessional de uma formação florestal do Bioma Mata
Atlântica tem implicações diretas no uso da terra, na economia, no
desenvolvimento regional e na política ambiental.
No Mapa das Fisionomias Vegetais da Mata Atlântica para o Município de
Salvador, elaborado pelo Ministério Público e UFBA, a gleba em questão possui
uma área classificada “Em Antropismo”, área em Estágio Inicial de Regeneração
e, portanto, passível da aplicação da Lei da Mata Atlântica (Lei Federal Nº
11.428/2006). Não foram identificados indivíduos da flora ou da fauna, presentes
na lista de espécies em extinção do IBAMA. A Figura 11 mostra a vegetação da
ADA.

8.1.4. Geologia

A Cidade do Salvador encontra-se assentada sobre dois domínios


geológicos distintos, justapostos pela Falha de Salvador: (i) Alto de Salvador,
representado por um horst de rochas cristalinas metamórficas de alto e médio
graus, datadas do Arqueano – Proterozoico, e; (ii) Bacia Sedimentar do
Recôncavo, de idade mesozoica (Cretáceo inferior). Esses dois domínios

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aparecem eventualmente recobertos por sedimentos do Grupo Barreiras, de


idade neógena, e depósitos quaternários de origem fluvial, marinha e eólica.
Desta forma, segundo a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais
(CPRM), Salvador possui 6 domínios litológicos, sendo eles;
• Ilhas;
• Barreiras;
• Salvador-Esplanada;
• Depósitos Litorâneos;
• Depósitos Flúvio-lagunares;
• Depósitos Litorâneos Indiferenciados Antigos.

Figura 11 - Vegetação existente na ADA

A área do empreendimento se situa integralmente no domínio litológico


Salvador-Esplanada. As rochas que constituem o substrato rochoso do Alto de
Salvador integram a Faixa Salvador – Esplanada (BARBOSA e DOMINGUEZ,

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1996), contendo rochas metamórficas, a maioria classificada como da fácies


granulito (FUJIMORI e ALLARD, 1966; FUJIMORI, 1968, 1988; JESUS, 1978).
Os estudos efetuados por Barbosa et al. (2005) e Souza et al. (2010) mostraram
que essas rochas são constituídas por uma grande diversidade de litotipos
metamórficos, orto e paraderivados de alto e médio grau, deformados de modo
polifásico e frequentemente cortados por diques máficos e corpos tabulares
monzo-sieno-graníticos. Por vezes, esses últimos apresentam evidências de que
foram metamorfizados. O Mapa Litológico de Salvador, em anexo, mostra a
área de estudo situada na faixa Salvador-Esplanada.

8.1.5. Geomorfologia

A área do Município de Salvador teve o seu arcabouço morfoestrutural


estabelecido na era mesozoica, quando a ação de processos endógenos e
epirogênicos resultou na formação de dois blocos estruturais diferenciados,
representados, respectivamente, pelo graben no qual se estabeleceu a bacia do
Recôncavo e pelo horst de rochas metamórficas cristalinas, que constitui o Alto
de Salvador. Esses blocos são separados pela falha de Salvador.
No período Terciário (Neógeno) ocorreu um grande episódio de
sedimentação, de origem continental e marinha, constituída de sedimentos
terrígenos, finos a grossos. Esses depósitos sedimentares, hoje denominados
de Grupo Barreiras, recobriram os relevos das áreas localizadas no graben do
Recôncavo e no horst do Alto de Salvador, entre outras.
Durante o Quaternário as drenagens se instalaram e, sob a influência das
variações climáticas e do nível do mar, formaram-se planícies e dunas, dando
origem a depósitos sedimentares arenosos, siltosos e argilosos, que recobrem
indistintamente as áreas rebaixadas do substrato cristalino, da Bacia do
Recôncavo e Grupo Barreiras.

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A evolução do relevo da região de Salvador está, em grande parte,


atrelada às variações climáticas ao longo da sua história geológica, marcada por
períodos alternados de clima seco e de clima úmido. Os períodos de clima seco,
com predomínio da morfogênese sobre a pedogênese, promoveram as grandes
dissecações do relevo. Nos períodos de clima úmido, quando a pedogênese se
sobrepõe à morfogênese, formaram-se solos de grandes espessuras sobre as
rochas cristalinas do Alto de Salvador e rochas sedimentares da Bacia do
Recôncavo.
Segundo o Plano Diretor de Recursos Hídricos do Estado da Bahia
(PDRH, 2005) está divido em quatro formas geomorfológica, sendo ela;
• Região de Acumulação (E) - Planície resultante do trabalho do vento
sobre material arenoso de origens diversas;
• Região de Acumulação (FM) - Planície resultante da combinação das
ações marinhas e fluviais nas embocaduras de rios sujeitos às
penetrações das marés; podendo conter mangues e terraços;
• Mares de Morro/Planalto Costeiro - Relevos de topos tabulares, capeados
por sedimentos. Barreiras que localmente recobrem rochas cratonizadas
do Escudo Oriental lateritizados em superfície e entalhados por drenagem
dendrítica ou paralelo-ramificada.
• Bacia Sedimentar Recôncavo-Tucano - Relevo de topos aplanados
bordas desniveladas c/ degraus e planos embutidos às encostas de
formas predominantemente convexas, dissecadas nas rochas
sedimentares arenosas e argilosas, os efeitos da tectônica e da litologia
se refletem na compartimentação do relevo.

A área do empreendimento é plana, apresentando uma discreta


declividade no sentido Noroeste – Sudeste e está integralmente assentada no
domínio morfoestrutural do Alto de Salvador, posicionada completamente no

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Mares de Morro/Planalto Costeiro conforme ilustrado no Mapa Geoformológico


de Salvador, em anexo.

8.1.6. Solos

De acordo com Salvador (2004), os solos resultantes da alteração das


rochas do substrato metamórfico cristalino do Alto de Salvador são normalmente
muito desenvolvidos, podendo alcançar espessuras superiores a 10m. Em geral,
apresentam textura areno-argilosa, com teor médio de 50% de argila caulinítica,
sendo comum a presença de areias grossas quartzosas. Um perfil de solo típico
dos terrenos cristalinos mostra uma camada superficial de cor amarela, com
espessura de 1 a 5m e rica em sesquióxidos de ferro. Abaixo dessa camada
ocorre uma outra de 2 a 5m, empobrecida em humus, com baixa umidade e
correspondente ao horizonte B. O horizonte C, equivalente ao regolito, mostra
uma grande espessura e guarda formas reliquiares da rocha original, tais como
foliações e minerais caulinizados. Abaixo dessa camada podem ocorrer
matacões e blocos de rocha granulítica bem preservados ou o substrato rochoso.
Segundo o PDRH do estado da Bahia, existem quatro tipos de solos no
município de salvador, sendo eles;
• Neossolo Quartzarênico (RQ);
• Argissolo Vermelho-Amarelo Distrófico (PVAd);
• Latossolo Amarelo Distrófico (LAd) e;
• Latossolo Vermelho-Amarelo Distrófico (LVAd)

O empreendimento será instalado em área predominantemente de solo


Latossolo Vermelho-Amarelo Distrófico (LVAd) como mostra o Mapa
Pedológico do Município de Salvador em anexo.

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8.2. CARACTERIZAÇÃO DO MEIO BIÓTICO

O empreendimento em questão se insere na Fitofisionomia Floresta


Ombrólio Densa. Este tipo de formação vegetal é característico de região que
possui clima tropical de elevadas temperaturas e alta precipitação, bem
distribuída durante o ano, o que determina uma situação bioecológica
praticamente sem período biologicamente seco.
Segundo o IBGE (2019) a estrutura vertical deste tipo vegetacional pode
der caracterizada pela presença de árvores com altura elevada.
Trata-se de uma área onde hoje apresenta árvores elevadas e de grande
porte. Sendo as principais espécies encontradas foram: Aroeira, Pau pombo,
Janaúba, Matataúba, Embaúba, Amescla e Birreiro.
Por conseguinte, não foram, portanto, identificados na área indivíduos
presentes na lista de espécies (animal e vegetal) em extinção do IBAMA.

8.3. CARACTERIZAÇÃO DO MEIO SOCIOECONÔMICO

A área de influência direta do empreendimento é uma área com


característica residencial e comercial. Os insipientes estabelecimentos
comerciais na região são bastante diversificados, com bares, pizzarias,
restaurantes, serviços, e feira livre que oferece frutas, verduras e legumes. Nos
últimos anos, o bairro da Mata Escura vem crescendo em número de população,
todavia, de forma desordenada geograficamente.

Na área diretamente afetada será construído o supermercado Atacadão


SA, onde existia uma área sem exploração com vegetações e uma casa.

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O terreno encontra-se localizado em uma Zona Predominantemente


Residencial 3, a que possui os índices mais permissivos, admitindo usos
comerciais.

9. ANÁLISE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS E DE VIZINHANÇA

9.1. AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS

Diversas definições e conceitos podem ser apresentados com relação à


Análise de Impacto Ambiental, onde uma delas, Moreira (1992, p. 33 apud
Sánchez, p. 39) define que a AIA é um instrumento da política ambiental,
formado por um conjunto de procedimentos, capaz de assegurar, desde o início
do processo que se faça um exame sistemático dos impactos ambientais de uma
ação proposta (projeto, programa, plano ou política) e de suas alternativas, e que
os resultados sejam apresentados de forma adequada ao público e aos
responsáveis pela tomada de decisão, e por eles sejam considerados.
Na Bahia, o Decreto Estadual n° 14.024/12 que regulamenta a Lei
Estadual de Política Ambiental de n° 10.431/06 define:

Art. 91 – O Licenciamento ambiental de


empreendimentos e atividades suscetíveis de
causar impacto ao meio ambiente deve ser
fundamentado em Avaliação de Impacto
Ambiental – AIA.

Na Resolução do CONAMA 001/86, no seu Art. 5º diz que: o estudo de


impacto ambiental, além de atender à legislação, em especial os princípios e
objetivos expressos na Lei de Política Nacional do Meio Ambiente, destaca-se

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

em seu parágrafo II onde cita: deve-se identificar e avaliar sistematicamente os


impactos ambientais gerados nas fases de implantação e operação da atividade.

9.1.1. Metodologia

Os métodos de Avaliação de Impactos Ambientais são mecanismos


estruturados para identificar, coletar e organizar os dados de impacto ambiental,
permitindo a sua apresentação em formatos visuais que facilitem a interpretação
pelas partes interessadas (ANDREAZZI & MILWARD-DE-ANDRADE, 1990).
Estes métodos variam com as características do projeto e as condições
ambientais. Dentre os principais métodos empregados na Avaliação de Impactos
Ambientais estão: Matriz de Leopold, ad hoc, checklists, matrizes, overlays,
redes e modelagem (MAGRINI, 1989; SILVA, 1994).
A metodologia aplicada para a identificação e avaliação dos impactos
ambientais da DO SUPERMERCADO baseou-se no modelo empregado na
avaliação de impacto nos conceitos e metodologias supracitados por Sanchez,
ANDREAZZI & MILWARD-DE-ANDRADE, MAGRINI e SILVA, bem como: (i) -
numa matriz de correlação das ações relacionada às três fases do
empreendimento (planejamento/projeto, implantação e operação); (ii) - suas
cadeias de efeitos, com os diferentes componentes ambientais relacionados, de
modo a permitir uma visão dinâmica e inter-relacional dos mesmos; (iii) Produto
gerado do Diagnóstico Ambiental dos meios físico, biótico e socioeconômico,
onde os impactos são classificados segundo atributos pré-estabelecidos na
Tabela 8 e na Tabela 9 resultantes do Projeto do Supermercado, onde uma vez
identificados os impactos ambientais, foram classificados quanto à Natureza,
Abrangência, Intensidade, Duração, Reversibilidade, Probabilidade de
ocorrência, de forma ponderada, permitindo relacionar os diferentes fatores e

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determinar sua Magnitude que expressa o grau de transformação que poderá


ocasionar em determinado componente ambiental.

9.1.2. Conceitos

Para a compreensão geral dos tópicos a serem abordados neste item,


será apresentada a seguir uma breve definição dos conceitos a serem abordados
na presente avaliação.
Atividade: Conjunto de tarefas que definem as operações do empreendimento.
As atividades são descritas na caracterização do empreendimento bem como na
AIA.
Aspecto ambiental: elemento das atividades, produtos ou serviços de uma
organização que pode interagir com o meio ambiente (ABNT, 2004).
Impacto Ambiental: “qualquer modificação do meio ambiente, benéfica ou
adversa, que resulte, no todo ou em parte, das atividades, produtos ou serviços
de uma organização” (ABNT, 2004)
Natureza Preventiva: Quando a ação resulta na prevenção da ocorrência total
ou parcial do impacto ambiental negativo.
Natureza Corretiva: Quando a ação resulta na correção total ou parcial do
impacto ambiental negativo que já ocorreu.
Medida Maximizadora: Quando a ação resulta no aumento dos efeitos do
impacto ambiental positivo.
Medida Mitigatória: ação que tem a função de reduzir os efeitos dos impactos
ambientais identificados, podendo essas ações serem executadas através de
planos, programas ou projetos.
Medida Compensatória: é um instrumento que visa garantir à sociedade um
ressarcimento pelos danos causados à biodiversidade por empreendimentos de

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significativo impacto ambiental onde foi constituída pela Lei Federal n°


9.985/2000 e regulamentada pelo Decreto n° 4.340/2002.

9.1.3. Critério Preliminar

Fornece a informação para subsidiar os critérios de valoração e ao


detalhamento das ações propostas, conforme Tabela 7.

Tabela 7 - Critério Natureza


CRITÉRIO DEFINIÇÃO CLASSIFICAÇÃO SIGLA
Positivo = Característica
Característica do impacto do Impacto Ambiental
quanto ao seu resultado Benéfico à área de +
benéfico (+) ou adverso (+) influência do
Natureza para um ou mais fatores empreendimento.
ambientais de cada etapa do Negativo = Impacto
projeto. Ambiental Adverso à área
-
de influência do
empreendimento.
Fonte: NT n° (01/2011); Sanchez, 2008

9.1.4. Critérios de Valoração

Tratam-se dos critérios associados diretamente a definição da magnitude


do impacto. A estes critérios foram atribuídas às classificações que se encontram
definidas na Tabela 8 e Tabela 9 as quais foram atribuídos valores relativos,
objetivando-se minimizar a subjetividade na sua avaliação e um melhor
entendimento na sua avaliação. Cabe ressaltar que segundo ROMERE E
LÉBRE (2001). A atribuição aos impactos de parâmetros de importância ou
significância, que envolvem uma valoração subjetiva ou normativa, torna a fase
da avaliação propriamente dita a mais crítica do processo.

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Tabela 8 - Critérios de Valoração dos Impactos Ambientais resultantes da implantação


do Supermercado.
CRITÉRIO DEFINIÇÃO CLASSIFICAÇÃO SIGLA ESCALA

Traduz a extensão de Pontual: quando a ação afeta apenas a Área P 1


ocorrência do impacto Diretamente Afetada - ADA
levando em consideração a Local: Quando um efeito se propaga na Área de
Abrangência L 3
área diretamente afetada Influência Direta - AID
(ADA), de influência direta
Regional – Quando ocorre em uma área de interesse
(AID) e influencia indireta R 5
coletivo, Área de Influência Indireta – AII ou além da
(AII).
mesma
Baixa: ver caracterização para meio físico, biótico e B 1
Característica do impacto socioeconômico.
Importância que traduz o significado Média: ver caracterização para meio físico, biótico e M 3
ecológico do ambiente a ser socioeconômico.
atingido. Alta: ver caracterização para meio físico, biótico e A 5
socioeconômico.
Temporário: o impacto permanece por um tempo
determinado após a execução da ação. Existe a
Característica do impacto possibilidade da reversão das condições ambientais T 1
que traduz a sua anteriores à ação, num breve período de tempo, ou
temporariedade no ambiente. seja, que imediatamente após a conclusão da ação,
Duração É o registro de tempo de haja a neutralização do impacto por ela gerado.
permanência do impacto Cíclico: o impacto se manifesta de forma recorrente C 3
após concluída a ação que o em intervalos de tempo regulares e/ou imprevisíveis.
gerou. Permanente: quando uma vez executada a ação, o
impacto não cessa de se manifestar num horizonte PE 5
temporal conhecido.
Reversível em curto prazo: quando um fator ou
parâmetro ambiental afetado após sua ação, retorna RCP 1
a condições normais sem a necessidade de qualquer
Traduz a capacidade de o medida ambiental.
ambiente retornar ou não à Reversível a Médio e longo Prazo = quando um fator
Reversibilidade sua condição original depois ou parâmetro ambiental afetado leva um
de cessada a ação determinado tempo para retorna a condições RMP 3
impactante, no curto médio e normais após sua ação, com a necessidade de uma
longo prazo. medida ambiental, como por exemplo, a execução
de um plano ou programa.
Irreversível: quando um fator ou parâmetro ambiental IR 5
afetado após a ação, não retorna a situação inicial.
Baixa: aquele cuja possibilidade de ocorrência seja
nula ou muito remota (no mínimo 1 caso em 5 anos BA 1
ou mais, por exemplo)
Média: aquele cuja possibilidade de ocorrência seja
Probabilidade Refere-se ao grau de razoável ou existam evidências de algumas ME 3
incerteza de ocorrência de ocorrências no passado de empreendimentos
de ocorrência
um impacto. semelhantes
Alta = aquele cuja possibilidade de ocorrência seja
muito grande ou existam evidências de muitas AL 5
ocorrências no passado em empreendimentos
semelhantes.

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Tabela 9 - Classificação Importância do Impacto Ambiental

O impacto causado não é percebido ou medido ou implica uma leve alteração da qualidade ambiental
BAIXA
da área de abrangência considerada. Os padrões ambientais legais são mantidos.
Meio físico

O impacto causado é percebido ou medido e implica uma média alteração da qualidade ambiental da
MEDIA área de abrangência considerada. Os estudos indicam que os padrões ambientais podem ser
eventualmente ultrapassados (eventos isolados).

O impacto causado é percebido ou medido e implica uma grande alteração da qualidade ambiental da
ALTA área de abrangência considerada. Os estudos indicam que os padrões ambientais podem ser
ultrapassados com maior frequência.

O impacto é passível de ser percebido ou verificável, sem caracterizar perdas na qualidade ambiental
da área de abrangência. Ocorre, por exemplo, quando o ecossistema afetado é muito pouco complexo;
BAIXA
já se encontra descaracterizado em sua composição e estrutura e/ou apresenta resiliência Os impactos
não prescindem da indicação de medidas mitigadoras acompanhamento ou compensação.
Meio biótico

O impacto caracteriza perdas na qualidade ambiental da área de abrangência. As alterações verificadas


podem ser expressas na supressão ou alteração de habitats pouco complexos e na perda de espécies
da flora e da fauna silvestres pouco restritivas. O impacto pode atingir áreas ou espécies sobre as quais
MEDIA
existam restrições legais (APPs, espécies imunes ao corte, ameaçadas etc.). Os impactos não são
reversíveis, mas podem ser minimizados por ações de controle ambiental ou recuperação de
ecossistemas e eventualmente medidas compensatórias.

O impacto caracteriza perdas muito significativas na qualidade ambiental da área de abrangência, com
repercussões que podem extrapolar as áreas de influência consideradas. Tais perdas podem estar
relacionadas à supressão de habitats bem conservados ou habitats únicos ou pouco representados
ALTA regionalmente; espécies ou habitats restritivos e/ou para os quais existam restrições legais (APP’s,
espécies imunes ao corte, ameaçadas etc.). Os impactos não são mitigáveis, mas podem
eventualmente ser compensados. Neste caso, é imprescindível a indicação de medidas
compensatórias.

O impacto provoca pequenas alterações, sem gerar mudanças na estrutura e na dinâmica


BAIXA socioeconômica. Com relação ao Patrimônio Arqueológico, provoca pequenas alterações nas
Meio socioeconômico

ocorrências e/ou sítios arqueológicos, que podem ser absorvidas com ações de proteção.

O impacto provoca alterações na estrutura e na dinâmica socioeconômica, as quais podem ser


absorvidas com ações de ajuste na estrutura socioeconômica municipal. Com relação ao Patrimônio
MEDIA
Arqueológico não provoca alterações nas ocorrências e/ou sítios arqueológicos, que podem ser
absorvidas com ações de proteção e/ou de salvamento.

O impacto provoca alterações significativas na estrutura e na dinâmica socioeconômica, as quais só


podem ser minimizadas com ações de transformação da estrutura socioeconômica. Com relação ao
ALTA Patrimônio Arqueológico, provoca alterações nas ocorrências e/ou sítios arqueológicos, que só podem
ser minimizadas com o resgate de vestígios, além das ações de proteção e/ou salvamento. A aplicação
de Compensação Patrimonial pode ser indicada nesse caso.

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

9.1.5. Magnitude do Impacto

Conforme Resolução CEPRAM 4.180 de 29 de abril de 2011, NT


(01/2011) em seu anexo III a Magnitude do impacto pode ser traduzida como a
característica do impacto relacionada ao porte ou grandeza da intervenção no
ambiente, onde sua interpretação de valoração exigido na norma supracitada
será resultante do cruzamento dos critérios de valoração utilizados
anteriormente.
A magnitude do impacto ambiental indica a dimensão espacial e temporal
do impacto ambiental, obtida como resultante da operação entre a importância,
abrangência, duração e reversibilidade referente a CTVTRS, onde é dada
através da seguinte fórmula:

MAG = I x A (R+D+ PO), onde:

MAG: Magnitude
I: Importância do Impacto
A: Abrangência do Impacto
PO: Probabilidade de ocorrência
D: Duração do Impacto
R: Reversibilidade de Impacto

Dessa maneira, a magnitude, além da multiplicação da importância e


abrangência, é a soma dos valores determinados para os atributos,
Reversibilidade, Duração e Probabilidade de Ocorrência.
O resultado da magnitude do impacto ambiental poderá abranger as
seguintes faixas e classificação:

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

MAGNITUDE
VALORAÇÃO CLASSIFICAÇÃO
3 A 52 BAIXA
53 a 81 MÉDIA
82 a 375 ALTA

BAIXA: Quando o impacto for classificado como pouco relevante à situação


diagnosticada.

MÉDIA: Quando o impacto for classificado como medianamente relevante à


situação diagnosticada.

ALTA: Quando o impacto for classificado como muito relevante à situação


diagnosticada.

9.1.6. Avaliação das Etapas

Os impactos ambientais gerados no empreendimento serão analisados de


acordo com a fase do empreendimento, conforme a Tabela 10, abrangendo o
meio físico, biótico e socioeconômico tendo como referência o conceito abaixo
retirado da Norma Técnica 01/2011 do CEPRAM.

Tabela 10 - Fases do empreendimento


FASE DESCRIÇÃO
Trata-se da execução de serviços de sondagem necessários na elaboração do projeto básico de
localização do empreendimento e definição do local do canteiro de obra. Também são realizados
Projeto
estudos ambientais para a caracterização do meio físico, biótico e sócio econômico da área de
implantação da obra.
Implantação Consiste na etapa de execução das obras.
Operação Corresponde ao início da operação do empreendimento.

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

9.1.6.1. Identificação e Avaliação dos Impactos Ambientais

• Projeto/Planejamento

FICHA DE AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS


FATOR AMBIENTAL AFETADO: Físico
FASE DO PROJETO: Projeto
ASPECTO Execução de sondagem FICHA N◦ F01
IMPACTO: Erosão e compactação do solo
DESCRIÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL
Os dados obtidos através da sondagem deverão confirmar a localização do supermercado, bem como os locais pré-selecionados para
posicioná-los. Para assegurar a representatividade dos dados, deverá ser executada uma malha detalhada de sondagem. Com a remoção
da camada superficial de solo e compactação para instalação da sonda, o solo fica exposto, susceptível a ação dos processos erosivos e
com a compactação do solo poderá aumentar o escoamento superficial nesses locais.

CLASSIFICAÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL

NATUREZA Negativo
ABRANGÊNCIA Pontual
IMPORTÂNCIA Média
DURAÇÃO Temporário
REVERSIBILIDADE Reversível a médio e longo prazo
PROBABILIDADE DE OCORRÊNCIA Alta
MAGNITUDE DO IMPACTO

MEDIDAS MITIGADORAS, MAXIMIZADORAS OU COMPENSATÓRIAS

→ Executar programas de controle de processos erosivos e assoreamento;


TIPO Maximizadora
NATUREZA Preventiva
COMPETÊNCIA Empreendedor e Poder Público Estadual

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

FICHA DE AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS


FATOR AMBIENTAL AFETADO: Biótico
FASE DO PROJETO: Projeto
ASPECTO: Elaboração do Projeto Básico e Estudos Ambientais FICHA N◦ F02
IMPACTO: Aumento do conhecimento técnico-científico
DESCRIÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL
A fase do projeto consiste na realização de todos os estudos necessários para embasar o desenvolvimento do
projeto, por meio de levantamento de dados primários e secundários visando caracterizar e diagnosticar os
elementos envolvidos no meio biótico. Muitas regiões ainda são deficientes em informações quanto ao
conhecimento biótico local. Muitas são as plantas e animais descritos como espécies novas ou tem sua distribuição
geográfica expandida, por conta de estudos de diagnósticos, levantamentos e inventários realizados em regiões de
futuros projetos.

CLASSIFICAÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL

NATUREZA Positiva
ABRANGÊNCIA Regional
IMPORTÂNCIA Média
DURAÇÃO Temporária
REVERSIBILIDADE Irreversível
PROBABILIDADE DE OCORRÊNCIA Alta
MAGNITUDE DO IMPACTO

MEDIDAS MITIGADORAS, MAXIMIZADORAS OU COMPENSATÓRIAS

→ Este estudo deve ser realizado com metodologias adequadas e com reconhecimento científico para que o
resultado obtido retrate corretamente a realidade da área.
→ Deverá também ser obtida previamente as autorizações e /permissões para estudo, quando couber, junto aos
orgãos competentes, a exemplo da Autorização para Captura, Resgate ou Transporte de Animais Silvestres (ARTA)
requerido junto ao INEMA, ou Autorização para manejo de fauna em Unidade de Conservação requerida junto ao
ICMBio, dentre outros.
→ Disponibilizar os estudos ambientais, bem como se houver a descoberta de novas espécies encaminhar para
universidades dados com resultados.
TIPO Maximizadora
NATUREZA Preventiva
COMPETÊNCIA Empreendedor e Poder Público Estadual

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

FICHA DE AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS


FATOR AMBIENTAL AFETADO: Biótico
FASE DO PROJETO: Projeto
ASPECTO: Processo de regularização de áreas FICHA N◦ F03
IMPACTO: Regularização de Área de Preservação e de Compensação Ambiental
DESCRIÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL
A Lei da Mata Atlântica (Lei 11.428/2006), estabelece que na utilização de Área em Estágio Médio, o
Empreendimento deve manter 30% desta Área, e disponibilizar outra área, equivalente aos 70% utilizados,
preferencialmente na mesma Bacia Hidrográfica, e mantê-la preservada. Sendo assim, da área total de 34.850 m²,

CLASSIFICAÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL

NATUREZA Positivo
ABRANGÊNCIA Local
IMPORTÂNCIA Alta
DURAÇÃO Permanente
REVERSIBILIDADE Irreversível
PROBABILIDADE DE OCORRÊNCIA Alta
MAGNITUDE DO IMPACTO

MEDIDAS MITIGADORAS, MAXIMIZADORAS OU COMPENSATÓRIAS

→ Requerer junto ao INEMA a Aprovação da Localização da Área de Preservação e de Compensação.


TIPO Maximizadora
NATUREZA Preventiva
COMPETÊNCIA Empreendedor

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

FICHA DE AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS


FATOR AMBIENTAL AFETADO: Biótico
FASE DO PROJETO: Projeto
ASPECTO: Execução de Sondagem FICHA N◦ F04
IMPACTO: Perda da Cobertura Vegetal
DESCRIÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL

Com a remoção da camada superficial de solo e compactação para implantação de acesso e instalação da
sonda, haverá a retirada da vegetação nativa existente, contribuindo assim para a diminuição da cobertura
vegetal local e conseqüentemente perda das espécies, além das emissões de ruídos, provocados pelo
funcionamento dos equipamentos de sondagem provocando a fuga da fauna local.

CLASSIFICAÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL

NATUREZA Negativa
ABRANGÊNCIA Local
IMPORTÂNCIA Alta
DURAÇÃO Temporário
REVERSIBILIDADE Reversível a curto prazo
PROBABILIDADE DE OCORRÊNCIA Alta
MAGNITUDE DO IMPACTO
MEDIDAS MITIGADORAS, MAXIMIZADORAS OU COMPENSATÓRIAS
→ Executar programa de monitoramento da flora;

→ Elaboração e execução de programa de restauração e recuperação ambiental além de monitoramento


da fauna e flora.
TIPO Compensatórias
NATUREZA Corretiva
COMPETÊNCIA Empreendedor

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

FICHA DE AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS


FATOR AMBIENTAL AFETADO: Biótico
FASE DO PROJETO: Projeto
ASPECTO: Execução de Sondagem FICHA N◦ F05
IMPACTO: Fuga da fauna
DESCRIÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL

A perda de cobertura vegetal resultante da supressão de vegetação e a movimentação de máquinas e


equipamentos nas áreas de intervenção acarretarão em fuga e dispersão da fauna (mamíferos, aves, répteis
e anfíbios) das áreas impactadas e perturbadas para novos ambientes o que pode causar alteração na
dinâmica populacional nas novas áreas de refúgio, modificando o equilíbrio trófico local.

CLASSIFICAÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL

NATUREZA Negativo
ABRANGÊNCIA Pontual
IMPORTÂNCIA Baixa
DURAÇÃO Temporário
REVERSIBILIDADE Reversível a curto prazo
PROBABILIDADE DE OCORRÊNCIA Alta
MAGNITUDE DO IMPACTO

MEDIDAS MITIGADORAS, MAXIMIZADORAS OU COMPENSATÓRIAS

→ Requerer junto ao INEMA a devida autorização para supressão vegetal;


→ Implementar um Programa de Revegetação para a área do empreendimento visando prover a
cobertura vegetal das áreas atualmente desnudas com o plantio de espécies nativas locais,
→ Implantar um Programa de Recuperação de Áreas Degradadas com uso de plantas nativas;
→ Programa de Afugentamento e Resgate da Fauna e Programa de Resgate e Monitoramento da Flora
associado ao Programa de Educação Ambiental.
da fauna e flora.
TIPO Mitigadora
NATUREZA Corretiva e Preventiva
COMPETÊNCIA Empreendedor

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

FICHA DE AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS


FATOR AMBIENTAL AFETADO: Socioeconômico
FASE DO PROJETO: Projeto
Presença do empreendedor na região para elaboração do projeto
ASPECTO básico do supermercado ATACADÃO TROBOGY FICHA N◦ F06
IMPACTO: Expectativa da população em relação ao empreendimento
DESCRIÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL
A disseminação de informações, ainda que de forma parcial, gera expectativas na população e em representantes
do Poder Público local, em função da possibilidade de postos de trabalho e renda partir do empreendimento, bem
como melhorias na infraestrutura local.

CLASSIFICAÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL

NATUREZA Positivo
ABRANGÊNCIA Regional
IMPORTÂNCIA Média
DURAÇÃO Temporário
REVERSIBILIDADE Reversível a médio e longo prazo
PROBABILIDADE DE OCORRÊNCIA Média
MAGNITUDE DO IMPACTO

MEDIDAS MITIGADORAS, MAXIMIZADORAS OU COMPENSATÓRIAS

→ Realizar reuniões públicas nas comunidades diretamente afetadas;


→Divulgar informações precisas acerca do empreendimento através do Programa Comunicação Social,
desfazendo expectativas não condizentes com a proposta de implantação do projeto, de modo a não
tornar o impacto negativo.
TIPO Maximizadora
NATUREZA Preventiva
COMPETÊNCIA Empreendedor

Responsável Técnico
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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

FICHA DE AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS


FATOR AMBIENTAL AFETADO: Socioeconômico
FASE DO PROJETO: Projeto
ASPECTO Elaboração do projeto básico do supermercado ATACADÃO TROBOGY FICHA N◦ F07
IMPACTO: Aumento do conhecimento técnico-científico
DESCRIÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL
Algumas das regiões de interesse para o empreendimento foram pesquisadas, mas poucas em escala de detalhe o que se percebe quando
das pesquisas bibliográficas. Este impacto acontece quando da realização dos estudos de detalhe realizados contribuindo assim para
aumentar o conhecimento local.

CLASSIFICAÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL

NATUREZA Positivo
ABRANGÊNCIA Regional
IMPORTÂNCIA Média
DURAÇÃO Temporário
REVERSIBILIDADE Irreversível
PROBABILIDADE DE OCORRÊNCIA Alta
MAGNITUDE DO IMPACTO

MEDIDAS MITIGADORAS, MAXIMIZADORAS OU COMPENSATÓRIAS

→ Divulgar os estudos ambientais a universidades e comunidades.


TIPO Maximizadora
NATUREZA Preventiva
COMPETÊNCIA Empreendedor e Poder Público Estadual

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

• Implantação

FICHA DE AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS


FATOR AMBIENTAL AFETADO: Físico
FASE DO PROJETO: Implantação
Terraplanagem em áreas de infraestruturas (canteiro de obras, usinas de concretagem, vias de
ASPECTO: acesso interno, ect) FICHA N◦
F08

IMPACTO: Alteração da topografia


DESCRIÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL
Este impacto esta relacionado à ação que compreende o uso de máquinas para nivelamento e compactação
de todas as áreas relacionadas à infraestrutura. Considerando a situação atual da área apresenta topografia irregular, apresentando
inclinação nos sentidos sul - norte e leste - oeste

CLASSIFICAÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL

NATUREZA Negativo
ABRANGÊNCIA Pontual
IMPORTÂNCIA Baixa
DURAÇÃO Temporário
REVERSIBILIDADE Irreversível
PROBABILIDADE DE OCORRÊNCIA Baixa
MAGNITUDE DO IMPACTO

MEDIDAS MITIGADORAS, MAXIMIZADORAS OU COMPENSATÓRIAS

→ Limitar ao máximo os locais a serem realizados a terraplanagem


TIPO Mitigadora
NATUREZA Preventiva
COMPETÊNCIA Empreendedor e Poder Público Estadual

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

FICHA DE AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS


FATOR AMBIENTAL AFETADO: Físico
FASE DO PROJETO: Implantação
ASPECTO Abertura de acessos e construção do supermercado. FICHA N◦ F09
IMPACTO: Aumento da emissão de poeira
DESCRIÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL
Ocorrerá emissão de partículas no ar, decorrente da movimentação de maquinário, gerando maior emissão na fase inicial e tendo a
estabilização com a conclusão da obra, ocorrendo poucas emissões temporárias, quando da necessidade de manutenção.

CLASSIFICAÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL

NATUREZA Negativo
ABRANGÊNCIA Local
IMPORTÂNCIA Média
DURAÇÃO Temporário
REVERSIBILIDADE Reversível a curto prazo
PROBABILIDADE DE OCORRÊNCIA Alta
MAGNITUDE DO IMPACTO

MEDIDAS MITIGADORAS, MAXIMIZADORAS OU COMPENSATÓRIAS

→Uso obrigatório de EPI’s para funcionários envolvidos em atividades próximos a fonte de emissão, de
acordo as norma e regulamentação interna da Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional.
→Monitoramento e avaliação colorimétrica de densidade de emissão fumaça proveniente dos caminhões e
automóveis utilizar a Escala de Ringelmann, a fim de atender a legislação CONAMA.

TIPO Mitigadora
NATUREZA Corretiva e Preventiva
COMPETÊNCIA Empreendedor

Responsável Técnico
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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

FICHA DE AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS


FATOR AMBIENTAL AFETADO: Físico
FASE DO PROJETO: Implantação
ASPECTO: Abertura de acessos e construção do supermercado. FICHA N◦ F10
IMPACTO: Poluição sonora
DESCRIÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL
Serão oriundos da passagem dos veículos, em locais como canteiro de obras e frentes de serviços e durante a fase de construção do
supermercado ATACADÃO TROBOGY.

CLASSIFICAÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL

NATUREZA Negativo
ABRANGÊNCIA Local
IMPORTÂNCIA Média
DURAÇÃO Temporário
REVERSIBILIDADE Reversível a curto prazo
PROBABILIDADE DE OCORRÊNCIA Alta
MAGNITUDE DO IMPACTO

MEDIDAS MITIGADORAS, MAXIMIZADORAS OU COMPENSATÓRIAS

→Uso de EPI’s de todos os operários envolvidos nas atividades do empreendimento;


→Executar o Programa de Monitoramento e Controle de Ruídos;
→Estabelecer horários para as atividades de implantação do acesso, com especial atenção para as
operações mais ruidosas ao período diurno, de modo a não causar incômodos significativos às populações
residentes nas margens do acesso.
TIPO Mitigadora
NATUREZA Corretiva e Preventiva
COMPETÊNCIA Empreendedor

Responsável Técnico
Eng.º Matheus da S. D. dos Santos
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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

FICHA DE AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS


FATOR AMBIENTAL AFETADO: Físico
FASE DO PROJETO: Implantação
ASPECTO: Implantação do supermercado ATACADÃO TROBOGY FICHA N◦ F11
IMPACTO: Contaminação do solo e recursos hídricos
DESCRIÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL
Este impacto ambiental esta relacionado à geração de efluente líquidos e resíduos sólidos provenientes das
infraestruturas do canteiro de obras tais como oficina de manutenção, banheiros, refeitório e usina de
concretagem. Durante a fase de implantação as atividades realizadas tais como
administrativo, manutenção de equipamentos e maquinário, entre outros, poderá gerar efluentes líquidos como
óleos e graxas e resíduos sólidos tais como papel, papelão, resíduos de construção civil, orgânico, etc.

CLASSIFICAÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL

NATUREZA Negativo
ABRANGÊNCIA Pontual
IMPORTÂNCIA Média
DURAÇÃO Temporário
REVERSIBILIDADE Reversível a médio e longo prazo
PROBABILIDADE DE OCORRÊNCIA Média
MAGNITUDE DO IMPACTO

MEDIDAS MITIGADORAS, MAXIMIZADORAS OU COMPENSATÓRIAS

→Implantar um sistema tratamento de efluentes com Fossa Séptica, Filtro e sumidouro, bem como caixa
separadora de água e óleo para setor de manutenção para recepção dos efluentes líquidos ou adquirir banheiros químicos;
→Executar o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos;
→Executar Plano de Educação Ambiental com os funcionários da obra.

TIPO Mitigadora
NATUREZA Corretiva e Preventiva
COMPETÊNCIA Empreendedor

Responsável Técnico
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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

FICHA DE AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS


FATOR AMBIENTAL AFETADO: Físico
FASE DO PROJETO: Implantação
ASPECTO: Implantação do supermercado ATACADÃO TROBOGY. FICHA N◦ F12
IMPACTO: Alterações no solo
DESCRIÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL
As alterações acontecerão nos locais onde será implantado o supermercado,
desta forma também são consideradas pontuais. Essas alterações envolvem a remoção do solo e da rocha
adjacente por meio de escavações, como para fundação da base do supermercado.

CLASSIFICAÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL

NATUREZA Negativo
ABRANGÊNCIA Pontual
IMPORTÂNCIA Média
DURAÇÃO Temporário
REVERSIBILIDADE Reversível em curto prazo
PROBABILIDADE DE OCORRÊNCIA Alta
MAGNITUDE DO IMPACTO

MEDIDAS MITIGADORAS, MAXIMIZADORAS OU COMPENSATÓRIAS

→Recompor o solo ao longo das valas após a implantação da fundação.


TIPO Metigadora
NATUREZA Corretiva
COMPETÊNCIA Empreendedor

Responsável Técnico
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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

FICHA DE AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS


FATOR AMBIENTAL AFETADO: Biótico
FASE DO PROJETO: Implantação
ASPECTO: Supressão da vegetação FICHA N◦ F13
IMPACTO: Perda da biodiversidade
DESCRIÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL
A ação de retirada da vegetação nativa para a implantação do empreendimento contribui para a diminuição
da biodiversidade da região seja pelo corte da vegetação nativa ou pela morte de animais acidentados pelo
processo de supressão. Com a supressão, naturalmente estará se reduzindo as espécies vegetais ali presente
consequentemente repercutirá a diminuição de micro-habitats para a fauna favorecendo também o declínio
de espécies locais. Com a retira da cobertura vegetal e emissões de ruídos, provocado pelo funcionamento de
motosserra e máquinas, haverá uma fuga da fauna no local. O efeito de borda advém do processo de
fragmentação da mata e constitui a modificação na abundância relativa e na composição de espécies na
parte marginal do fragmento. O impacto visual ocasionado pela supressão da cobertura vegetal causará uma
descaracterização local da paisagem natural.

CLASSIFICAÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL

NATUREZA Negativo
ABRANGÊNCIA Pontual
IMPORTÂNCIA Alta
DURAÇÃO Permanente
REVERSIBILIDADE Reversível a médio prazo
PROBABILIDADE DE OCORRÊNCIA Alta
MAGNITUDE DO IMPACTO

MEDIDAS MITIGADORAS, MAXIMIZADORAS OU COMPENSATÓRIAS

→ Coleta de sementes para formação de banco de sementes e aproveitamento para replantio em áreas a serem
determinadas.
TIPO Compensatória
NATUREZA Corretiva
COMPETÊNCIA Empreendedor

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

FICHA DE AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS


FATOR AMBIENTAL AFETADO: Biótico
FASE DO PROJETO: Implantação
ASPECTO: Supressão da vegetação FICHA N◦ F14
IMPACTO: Fuga da fauna
DESCRIÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL
A fuga da fauna é provocada pelo ruído de máquinas e equipamentos no ambiente durante a atividade de
supressão, podendo causar de forma irregular a ocupação de outros ambientes no entorno e acidentes no
local.

CLASSIFICAÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL

NATUREZA Negativo
ABRANGÊNCIA Pontual
IMPORTÂNCIA Média
DURAÇÃO Temporário
REVERSIBILIDADE Reversível a curto prazo
PROBABILIDADE DE OCORRÊNCIA Alta
MAGNITUDE DO IMPACTO

MEDIDAS MITIGADORAS, MAXIMIZADORAS OU COMPENSATÓRIAS

→ Implantar o programa de Resgate e Afugentamento da Fauna Silvestre.


TIPO Mitigadora
NATUREZA Corretiva
COMPETÊNCIA Empreendedor

Responsável Técnico
Eng.º Matheus da S. D. dos Santos
115 _____________________________
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

FICHA DE AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS


FATOR AMBIENTAL AFETADO: Biótico
FASE DO PROJETO: Implantação
ASPECTO: Supressão da vegetação FICHA N◦ F15
IMPACTO: Efeito de borda
DESCRIÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL
Provocado pelo processo de fragmentação de manchas de vegetação, limitando o desenvolvimento de
espécies vegetais sensíveis a perturbações e exposição ao sol, ventos e poeira, além de contribuir para o
aumento de vegetação ruderal e invasora.

CLASSIFICAÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL

NATUREZA Negativo
ABRANGÊNCIA Pontual
IMPORTÂNCIA Alta
DURAÇÃO Permamente
REVERSIBILIDADE Irreversível
PROBABILIDADE DE OCORRÊNCIA Alta
MAGNITUDE DO IMPACTO

MEDIDAS MITIGADORAS, MAXIMIZADORAS OU COMPENSATÓRIAS

→ Implantar o Programa de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD) com utilização de espécies nativas.
TIPO Mitigadora
NATUREZA Corretiva
COMPETÊNCIA Empreendedor

Responsável Técnico
Eng.º Matheus da S. D. dos Santos
116 _____________________________
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

FICHA DE AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS


FATOR AMBIENTAL AFETADO: Biótico
FASE DO PROJETO: Implantação
ASPECTO: Supressão da vegetação FICHA N◦ F16
IMPACTO: Perda da camada de solo orgânico
DESCRIÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL
Este impacto está relacionado diretamente com o banco de semente, que é caracterizado como um
reservatório natural de sementes depositado geralmente na porção orgânica do solo ou em serrapilheiras, a
retirada dessa porção do solo compromete a eficiência da regeneração vegetal da área impactada. Esse
impacto tem natureza adversa, com importância de pouca significância, e magnitude baixa, temporário,
reversível e abrangência pontual.

CLASSIFICAÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL

NATUREZA Negativo
ABRANGÊNCIA Pontual
IMPORTÂNCIA Baixa
DURAÇÃO Temporário
REVERSIBILIDADE Reversível a curto prazo
PROBABILIDADE DE OCORRÊNCIA Alta
MAGNITUDE DO IMPACTO

MEDIDAS MITIGADORAS, MAXIMIZADORAS OU COMPENSATÓRIAS

→ Fazer o aproveitamento do solo orgânico para utilização no Programa de Recuperação de Áreas Degradadas.
TIPO Mitigadora
NATUREZA Corretiva
COMPETÊNCIA Empreendedor

Responsável Técnico
Eng.º Matheus da S. D. dos Santos
117 _____________________________
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

FICHA DE AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS


FATOR AMBIENTAL AFETADO: Biótico
FASE DO PROJETO: Implantação
ASPECTO: Transporte de equipamentos e materiais FICHA N◦ F17
IMPACTO: Risco de atropelamento de fauna
DESCRIÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL

O risco de atropelamento de animais se dá devido ao trânsito de veículos nas vias de acesso.

CLASSIFICAÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL

NATUREZA Negativo
ABRANGÊNCIA Pontual
IMPORTÂNCIA Média
DURAÇÃO Temporário
REVERSIBILIDADE Reversível a médio e longo prazo
PROBABILIDADE DE OCORRÊNCIA Baixa
MAGNITUDE DO IMPACTO

MEDIDAS MITIGADORAS, MAXIMIZADORAS OU COMPENSATÓRIAS

→ Executar o Plano de Sinalização e Controle de Tráfego, colocando placas e advetência e instruir os motoristas
TIPO Mitigadora
NATUREZA Preventiva
COMPETÊNCIA Empreendedor

Responsável Técnico
Eng.º Matheus da S. D. dos Santos
118 _____________________________
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

FICHA DE AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS


FATOR AMBIENTAL AFETADO: Socioeconômico
FASE DO PROJETO: Implantação
ASPECTO: Contratação de mão-de-obra e serviços. FICHA N◦ F18
IMPACTO: Oportunidade de emprego e contratação de serviços locais
DESCRIÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL
Este impacto está diretamente ligado a fase de implantação, pois com a necessidade da construção do
supermercado será necessário contratar mão de obra e serviços.

CLASSIFICAÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL

NATUREZA Positivo
ABRANGÊNCIA Regional
IMPORTÂNCIA Alta
DURAÇÃO Temporário
REVERSIBILIDADE Reversível a curto prazo
PROBABILIDADE DE OCORRÊNCIA Alta
MAGNITUDE DO IMPACTO
MEDIDAS MITIGADORAS, MAXIMIZADORAS OU COMPENSATÓRIAS
→ Contratar mão de obra local;
→Executar o Plano de Contratação de Mão-de-obra;
→Divulgar e orientar a população, através do Programa de Comunicação Social, sobre os processos de
contratação para o empreendimento.
TIPO Maximizadora
NATUREZA Preventiva
COMPETÊNCIA Empreendedor

Responsável Técnico
Eng.º Matheus da S. D. dos Santos
119 _____________________________
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

FICHA DE AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS


FATOR AMBIENTAL AFETADO: Socioeconômico
FASE DO PROJETO: Implantação
ASPECTO: Passagem dos equipamentos pelas vias de acesso e comunidades. FICHA N◦ F19
IMPACTO: Poluição sonora através do ruído proviniente do transporte de equipamentos.
DESCRIÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL
Este impacto esta diretamente ligado ao meio socioeconômico, pois deve-se levar em consideração que, com o
transporte de equipamentos, haverá o aumento de ruído nas vias de acesso, podendo causar incômodo aos
moradores localizados na AID. Mesmo que temporariamente, a geração de ruído deve ser controlada através do
seu monitoramento, por isto se propõem a apresentação e posterior execução do Plano de Monitoramento e
Controle de Ruído. Embora seja considerado um dos impactos mais significativos na fase implantação, sua
magnitude é baixa, pois este impacto ambiental acontece pontualmente, sendo que ele não se prolonga além da
AID. Portanto, na sua valoração, levando em conta a abrangência, o mesmo é de magnitude baixa.

CLASSIFICAÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL

NATUREZA Negativo
ABRANGÊNCIA Local
IMPORTÂNCIA Alta
DURAÇÃO Temporário
REVERSIBILIDADE Reversível a curto prazo
PROBABILIDADE DE OCORRÊNCIA Alta
MAGNITUDE DO IMPACTO

MEDIDAS MITIGADORAS, MAXIMIZADORAS OU COMPENSATÓRIAS

→ Uso de EPI's de todos os operários envolvidos nas atividades do empreendimento;


→Realizar medições do nível de ruído próximo às comunidades através da execução do Programa de
Monitoramento e Controle de Ruídos;
→ Estabelecer horários para as atividades de implantação do acesso, com especial atenção para as
operações mais ruidosas ao período diuno, de modo a não causar incômodos significativos às
populações residentes nas margens do terreno.
TIPO Mitigadora
NATUREZA Corretiva e Preventiva
COMPETÊNCIA Empreendedor

Responsável Técnico
Eng.º Matheus da S. D. dos Santos
120 _____________________________
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

FICHA DE AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS


FATOR AMBIENTAL AFETADO: Socioeconômico
FASE DO PROJETO: Implantação
ASPECTO: Implantação do empreendimento FICHA N◦ F20
IMPACTO: Alteração do modo de vida dos moradores da área de influência direta
DESCRIÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL
Na medida em que o empreendimento trará novas oportunidades de inserção de residentes locais no mercado
formal de trabalho e propiciará condições de melhoria dos níveis de renda, direta e indiretamente, haverá
modificações no modo de vida, principalmente de moradores que residem nas áreas circunvizinhas ao
empreendimento.

CLASSIFICAÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL

NATUREZA Positivo
ABRANGÊNCIA Local
IMPORTÂNCIA Média
DURAÇÃO Cíclico
REVERSIBILIDADE Reversível a médio e longo prazo
PROBABILIDADE DE OCORRÊNCIA Alta
MAGNITUDE DO IMPACTO

MEDIDAS MITIGADORAS, MAXIMIZADORAS OU COMPENSATÓRIAS

→ Realizar reuniões públicas com a comunidade com o objetivo de sanar as dúvidas com relação ao
empreendimento;
→ Apresentar e executar o Programa de Comunicação Social, a fim de esclarecer os benefícios do
empreendimento.
TIPO Maximizadora
NATUREZA Preventiva
COMPETÊNCIA Empreendedor

Responsável Técnico
Eng.º Matheus da S. D. dos Santos
121 _____________________________
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

• Fase de Operação

FICHA DE AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS


FATOR AMBIENTAL AFETADO: Físico
FASE DO PROJETO: Operação
ASPECTO Visual FICHA N◦ F21
IMPACTO: Melhoria do impacto visual
DESCRIÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL
A área de construção do supermercado é localizado em uma áre de invasão com mata fechada em processo de antropização em Estagio
Médio de Regeneração. Com a construção do empreendimento terá um impacto positivo visual devido ao projeto de paisagismo em todo o
terreno do supermercado.

CLASSIFICAÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL

NATUREZA Positivo
ABRANGÊNCIA Local
IMPORTÂNCIA Média
DURAÇÃO Permanente
REVERSIBILIDADE Reversível a médio e longo prazo
PROBABILIDADE DE OCORRÊNCIA Alta
MAGNITUDE DO IMPACTO

MEDIDAS MITIGADORAS, MAXIMIZADORAS OU COMPENSATÓRIAS

→ Execução do prejeto paisagístico.


TIPO Mitigadora
NATUREZA Preventiva
COMPETÊNCIA Empreendedor

Responsável Técnico
Eng.º Matheus da S. D. dos Santos
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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

FICHA DE AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS


FATOR AMBIENTAL AFETADO: Físico
FASE DO PROJETO: Operação
ASPECTO Emissão de ruído FICHA N◦ F22
IMPACTO: Incômoda da vizinhança
DESCRIÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL
Maior número de veículos trafegando na região por se tratar de uma atividade comercial de grande porte.

CLASSIFICAÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL

NATUREZA Negativo
ABRANGÊNCIA Local
IMPORTÂNCIA Baixa
DURAÇÃO Permanente
REVERSIBILIDADE Reversível a médio e longo prazo
PROBABILIDADE DE OCORRÊNCIA Alta
MAGNITUDE DO IMPACTO

MEDIDAS MITIGADORAS, MAXIMIZADORAS OU COMPENSATÓRIAS

→ Verificar o Relatório de Interferência no Trânsito.


TIPO Mitigadora
NATUREZA Preventiva
COMPETÊNCIA Empreendedor

Responsável Técnico
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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

FICHA DE AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS


FATOR AMBIENTAL AFETADO: Físico
FASE DO PROJETO: Operação
ASPECTO Aumento do tráfego FICHA N◦ F23
IMPACTO: Maior frequência de congestionamento
DESCRIÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL
Devido ao incremento de tráfego que o empreendimento ocasionará, mesmo que pequeno diante do volume total do
município poderá causar pontos de congestionamento nos entroncamentos identificados no decorrer deste Estudo.

CLASSIFICAÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL

NATUREZA Negativo
ABRANGÊNCIA Local
IMPORTÂNCIA Baixa
DURAÇÃO Permanente
REVERSIBILIDADE Reversível a médio e longo prazo
PROBABILIDADE DE OCORRÊNCIA Média
MAGNITUDE DO IMPACTO

MEDIDAS MITIGADORAS, MAXIMIZADORAS OU COMPENSATÓRIAS

→ Verificar o Relatório de Interferência no Trânsito.


TIPO Mitigadora
NATUREZA Preventiva
COMPETÊNCIA Empreendedor

Responsável Técnico
Eng.º Matheus da S. D. dos Santos
124 _____________________________
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

FICHA DE AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS


FATOR AMBIENTAL AFETADO: Físico
FASE DO PROJETO: Operação
ASPECTO Geração de Resíduos Sólidos FICHA N◦ F24
IMPACTO: Poluição do solo, água e ar
DESCRIÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL
Os resíduos gerados são decorrentes da área administrativa, loja e depósito de materiais, tais como: papel
plástico, vidro, metal e madeira, classificados como resíduos classe II (ABNT 10.004) subdivididos em recicláveis e
não recicláveis. Também haverá a geração de resíduos oriundos da padaria, banheiros, açougue e área em geral,
tais como lixo comum, óleo vegetal, sebo e osso sendo estes classificados como resíduos classe II (ABNT 10.004),
não recicláveis. Por fim, teremos a geração de resíduos classificados como Classe I, tais como lâmpadas
fluorescentes utilizadas na iluminação do supermercado e pilhas e baterias, utilizadas em equipamentos.

CLASSIFICAÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL

NATUREZA Negativo
ABRANGÊNCIA Regional
IMPORTÂNCIA Alta
DURAÇÃO Permanente
REVERSIBILIDADE Reversível a médio e longo prazo
PROBABILIDADE DE OCORRÊNCIA Alta
MAGNITUDE DO IMPACTO

MEDIDAS MITIGADORAS, MAXIMIZADORAS OU COMPENSATÓRIAS

→Executar o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos.


TIPO Mitigadora
NATUREZA Preventiva
COMPETÊNCIA Empreendedor

Responsável Técnico
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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

FICHA DE AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS


FATOR AMBIENTAL AFETADO: Socioeconômico
FASE DO PROJETO: Operação
ASPECTO Utilização de mão de obra FICHA N◦ F25
IMPACTO: Contratação de trabalhadores
DESCRIÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL
Para a operação será necessária à contratação de funcionários que são utilizados desde a função limpeza,
reposição de mercadorias, empacotamento, caixas, gerências, seguranças para atuação no local do
empreendimento.

CLASSIFICAÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL

NATUREZA Positivo
ABRANGÊNCIA Regional
IMPORTÂNCIA Alta
DURAÇÃO Permanente
REVERSIBILIDADE Reversível a médio e longo prazo
PROBABILIDADE DE OCORRÊNCIA Alta
MAGNITUDE DO IMPACTO

MEDIDAS MITIGADORAS, MAXIMIZADORAS OU COMPENSATÓRIAS

→Executar o Plano de Contratação de Mão de Obra


TIPO Maximizadora
NATUREZA Preventiva
COMPETÊNCIA Empreendedor

Responsável Técnico
Eng.º Matheus da S. D. dos Santos
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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

FICHA DE AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS


FATOR AMBIENTAL AFETADO: Socioeconômico
FASE DO PROJETO: Operação
ASPECTO Geração de impostos FICHA N◦ F26
IMPACTO: Aumento da Arrecadação Tributária
DESCRIÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL
Devido às particularidades da atividade realizada, e da legislação vigente, há impacto significativo, de magnitude
na arrecadação de impostos regionais e menores de impostos municipais.

CLASSIFICAÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL

NATUREZA Positivo
ABRANGÊNCIA Regional
IMPORTÂNCIA Média
DURAÇÃO Permanente
REVERSIBILIDADE Reversível a médio e longo prazo
PROBABILIDADE DE OCORRÊNCIA Alta
MAGNITUDE DO IMPACTO

MEDIDAS MITIGADORAS, MAXIMIZADORAS OU COMPENSATÓRIAS

→ Pagamento dos impostos municipais, estaduais e federais.


TIPO Maximizadora
NATUREZA Preventiva
COMPETÊNCIA Empreendedor

Responsável Técnico
Eng.º Matheus da S. D. dos Santos
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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

FICHA DE AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS


FATOR AMBIENTAL AFETADO: Socioeconômico
FASE DO PROJETO: Operação
ASPECTO Valorização Imobiliária FICHA N◦ F27
IMPACTO: Melhoria da Infra estrutura local
DESCRIÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL
O local onde o empreendimento será instalado é predominantemente residencial e com pequenos comércios, e por
se tratar de uma região que se encontra em crescimento o empreendimento fomentou a melhoria da infraestrutura
local. Além disso, as residencias próximas ao empreendimento sofrerão um aumento imobiliário devido a sua
maior valorização.

CLASSIFICAÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL

NATUREZA Positivo
ABRANGÊNCIA Regional
IMPORTÂNCIA Média
DURAÇÃO Permanente
REVERSIBILIDADE Reversível a médio e longo prazo
PROBABILIDADE DE OCORRÊNCIA Alta
MAGNITUDE DO IMPACTO

MEDIDAS MITIGADORAS, MAXIMIZADORAS OU COMPENSATÓRIAS

→ Executar projetos de melhorias locais.


TIPO Maximizadora
NATUREZA Preventiva
COMPETÊNCIA Empreendedor

Responsável Técnico
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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

FICHA DE AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS


FATOR AMBIENTAL AFETADO: Socioeconômico
FASE DO PROJETO: Operação
ASPECTO Oportunidade de negócio FICHA N◦ F28
IMPACTO: Aumento da atividade comercial
DESCRIÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL
A instalação do supermercado pode fomentar a cadeia de oportunidades além dos limites da sua operação, sendo
que atividades do ramo da alimentação, comércio e serviços são estimuladas com o início do empreendimento,
pois existe sempre uma atração natural de novas atividades comerciais no entorno de outros existentes, que
coexistirão em função do fluxo de pessoas que o empreendimento atrai.

CLASSIFICAÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL

NATUREZA Positivo
ABRANGÊNCIA Regional
IMPORTÂNCIA Alta
DURAÇÃO Permanente
REVERSIBILIDADE Reversível
PROBABILIDADE DE OCORRÊNCIA Média
MAGNITUDE DO IMPACTO

MEDIDAS MITIGADORAS, MAXIMIZADORAS OU COMPENSATÓRIAS

→ Disponibilidade de reuniões com novos micro empreendedores.


TIPO Maximizadora
NATUREZA Preventiva
COMPETÊNCIA Empreendedor

Responsável Técnico
Eng.º Matheus da S. D. dos Santos
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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

9.1.7. Ponderação dos impactos ambientais

Para um melhor entendimento dos impactos ambientais levantados na


fase de projeto, implantação e operação do supermercado ATACADÃO MATA
ESCURA, e através da Matriz de Avaliação de Impacto Ambiental com as
ponderações dos mesmos, foi feito uma análise dos impactos gerados pelo
empreendimento.
Conforme a matriz de avaliação de impacto ambiental do ATACADÃO
MATA ESCURA, observou-se que dos impactos gerados em todas as fases do
empreendimento 37,03% são positivos e 62,97% são negativos. Dos impactos
positivos gerados, a maioria será beneficiada para o meio socioeconômico, 70%.
Alguns desses impactos estão relacionados à geração de emprego e renda,
arrecadação de impostos, capacitação da mão-de-obra, regularização e
valorização das terras, entre outros já supracitados nos quadros. Os impactos
positivos do meio físico representam 10% do total dos impactos, já os impactos
positivos do meio biótico representam 20% do total. A Figura 12 mostra a taxa
dos impactos positivos gerados nas três fases do empreendimento.

Figura 12 - Impactos positivos gerados nas fases de projeto, implantação e operação


do supermercado ATACADÃO MATA ESCURA

Responsável Técnico
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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

Analisando os impactos positivos por fase do empreendimento, temos que


40% dos impactos positivos estão na fase de projeto, 20% na fase de
implantação e 40% na fase de operação, conforme Figura 13.

Figura 13 - Impactos positivos por fase do empreendimento

Impactos Positivos x Fase do Empreendimento


45%
40%
35%
Impactos Positivos

30%
25%
20%
15%
10%
5%
0%
Projeto Implantação Operação
Fases do empreendimento

Quanto aos impactos negativos gerados durante as fases de projeto,


implantação e operação a maioria se dá para o meio físico, correspondendo a
53% do total dos impactos para as três fases do empreendimento. Esses
impactos estão relacionados, em sua grande maioria, a geração de ruídos,
poeira e poluentes atmosféricos nas fases de implantação e de operação. O meio
biótico obteve um índice de 41% (relacionado particularmente a impactos
causados pela supressão vegetal), e para o meio socioeconômico o índice foi de
apenas 6%, este último relacionado a poluição sonora devido a passagem de
maquinário para realização da obra. A Figura 14 mostra a taxa dos impactos
negativos gerados nas três fases do empreendimento.

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

Figura 14 - Impactos negativos gerados nas fases de projeto, implantação e operação


do supermercado

Analisando os impactos negativos por fase do empreendimento, temos


que 18% dos impactos negativos estão na fase de projeto, 65% na fase de
implantação e 18% na fase de operação, conforme Figura 15.

Figura 15 - Impactos negativos por fase do empreendimento

Responsável Técnico
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132 _____________________________
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

A Figura 16 representa os impactos ambientais gerados durante as fases


de projeto, implantação e operação, separadamente, do supermercado, onde se
pode constatar, através do gráfico, que os impactos gerados tiveram na fase de
projeto apenas 26%, na fase de implantação o maior percentual com 48% e na
fase de operação representa também 26%. Dos impactos gerados pelo
empreendimento, 44% foram de magnitude alta, 19% de magnitude média e 37%
de baixa magnitude, conforme Figura 17.

Figura 16 - Impactos gerados durantes as fases do empreendimento

Figura 17 - Porcentagem das magnitudes dos impactos gerados nas fases do


empreendimento.

Responsável Técnico
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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

Os impactos gerados nas três fases do empreendimento se dividiram nos


meios físicos, bióticos e socioeconômicos. Porém a magnitude dos impactos foi
diferente em cada fase. A Figura 18 mostra a porcentagem das magnitudes dos
impactos pela caracterização do meio. Segundo o gráfico os impactos de baixa
magnitude estão divididos entre 60% meio físico, 40% meio biótico. Já os
impactos de magnitude média são 40% meio físico, 40% meio biótico e 20%
meio socioeconômico, enquanto os impactos de alta magnitude são 17% meio
físico, 25% biótico e 58% socioeconômico.

Figura 18 - Magnitude dos impactos x caracterização do meio

A Figura 19 apresenta a relação das magnitudes dos impactos com as


fases do empreendimento. Na fase de projeto, 29% dos impactos são de baixa
magnitude e 71% de alta magnitude, enquanto que na fase de implantação 46%
são de baixa, 38% de média e 15% de alta magnitude. Já na fase de operação,
29% são de baixa e 71% de alta magnitude.

Responsável Técnico
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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

A Figura 20 mostra que dos impactos de baixa e média magnitude todos


foram negativos e os impactos de alta magnitude quase a totalidade foram de
natureza positiva (83%).

Figura 19 - Magnitude do impacto x fase do empreendimento

Figura 20 - Magnitude dos impactos x natureza dos impactos

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

10. MEDIDAS MITIGADORAS, POTENCIALIZADORAS E


COMPENSATÓRIAS.

As medidas mitigadoras são aquelas ações que objetivam minimizar os


impactos previstos pela implantação do empreendimento, sejam originados por
ações diretas ou indiretamente praticadas ou provocadas pelo empreendedor.
Encontram-se englobadas neste conceito, as medidas potencializadoras, que
tem por função potencializar os efeitos positivos provocados ou induzidos pelo
empreendimento. As medidas compensatórias, que por sua vez, são aquelas
que buscam dar ao ambiente afetado compensações pelos impactos não
mitigados parciais ou totalmente.
Os principais impactos gerados na fase de implantação e de operação
estão ligados a geração de particulados, poluição atmosféricas e geração de
ruídos. Durante a fase de implantação do empreendimento, caminhões,
caçambas e carros irão circular pelo entorno e dentro do terreno. Estes veículos
utilizam como combustíveis o óleo diesel e gasolina, assim para evitar a poluição
através dos motores de combustão, os veículos deverão ser devidamente
fiscalizados e verificados a existência do filtro para diminuir a disseminação dos
poluentes no ar.
Além disso, durante a movimentação dos materiais da obra, há a emissão
de poeiras e particulados que são emitidos no meio ambiente, também na fase
de operação, para tal, deverão ser adotadas algumas medidas para amenizar
essa dispersão no ar, como:

• Materiais potencialmente sujeitos à dispersão pela ação dos ventos e das


chuvas, como a areia e a brita, e potencialmente geradores de poeira,
devem ser armazenados em locais cobertos e ao abrigo dos ventos e das
chuvas.

Responsável Técnico
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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

• As vias de acesso ao local da obra e, as pilhas de materiais (obviamente


quando se tratar de materiais não reagentes com água) deverão ser
constantemente umedecidas.
• Sempre que possível, a vegetação existente nas áreas (ou próximo a elas)
deverá ser mantida, para funcionar como absorvente de poluentes.
• A partir da própria vegetação nativa, conservar uma cortina vegetal de
proteção de contato no entorno das obras, visando evitar a migração de
poeiras para áreas mais distantes.
• Os equipamentos tais como: carretas, retroescavadeiras, guindastes
móveis, compressores, caminhões para transporte de concreto, entre
outros, que são geradores de poeira, recomenda-se limitar o tempo de
operação destes equipamentos, bem como, assegurar, a manutenção de
seus motores.

Durante a implantação do empreendimento e da operação, ruídos e


vibrações serão gerados. De acordo com as etapas que envolve a obra será
gerado os seguintes ruídos e vibrações:

• Limpeza da área de implantação do empreendimento: o veículo


utilizado será um trator de esteira, pá carregadeira e caminhão
basculante
• Preparação de acesso: utilizará rolo de esteira, caminhão pipa, rolo
liso, rolo vibratório,
• Preparação do acesso permanente: rolo pé de carneiro
• Preparação dos taludes: escavação direta do solo com a escavadeira
hidráulico, rolo compactador, motoniveladora.

As medidas mitigadoras que serão adotadas para minimizar os efeitos de


ruídos e vibrações são:

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137 _____________________________
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

• Manter os veículos e maquinários utilizados no momento da obra e


até mesmo durante o funcionamento do empreendimento em bom
estado de conservação e com manutenção preventiva.

O horário de circulação dos veículos em período que não incomode o


horário de descanso habitual da sociedade residente vizinha a área
Outros impactos já citados anteriormente também possuem significativas
medidas mitigadoras e compensatórias. Estas medidas estão listadas abaixo de
acordo com a fase do empreendimento.

10.1. PROJETO

• Divulgar os resultados ambientais a universidades e comunidades;


• Elaborar reuniões públicas para divulgação dos resultados ambientais;
• Requerer junto ao INEMA a Aprovação da Localização da Área de
Preservação e de Compensação;
• Requerer junto ao INEMA a devida autorização para supressão vegetal;
• Implementar um Programa de Revegetação para a área do
empreendimento visando prover a cobertura vegetal das áreas
atualmente desnudas com o plantio de espécies nativas locais;
• Implantar um Programa de Recuperação de Áreas Degradadas com uso
de plantas nativas;
• Programa de Afugentamento e Resgate da Fauna e Programa de Resgate
e Monitoramento da Flora associado ao Programa de Educação
Ambiental;
• Divulgar informações precisas acerca do empreendimento através do
Programa de Comunicação Social, desfazendo expectativas não

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138 _____________________________
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

condizentes com a proposta de implantação do projeto, de modo a não


tornar o impacto negativo.

10.2. IMPLANTAÇÃO

• Tráfego de veículos pesados: fazer a manutenção das vias de acesso,


incluindo drenagem de minas e águas pluviais, incluindo a pavimentação
asfáltica do acesso ao terreno;
• Executar o Plano de Controle de Processos Erosivos;
• Solo Retirado: armazenar o solo retirado em locais apropriados,
proporcionando condições que permitam ser utilizados na recuperação
das áreas impactadas, que posteriormente serão revegetadas;
• Recompor o solo ao longo das valas após a implantação da fundação;
• Implementação de Sistema constante de Umectação do Canteiro, para
evitar e reduzir a produção de particulados;
• Implementar um Programa de Revegetação para área do
empreendimento;
• Executar o Programa de Sinalização e Controle de Tráfego;
• Uso de EPI’s de todos os operários envolvidos nas atividades do
empreendimento;
• Executar o Programa de Monitoramento e Controle de Ruídos;
• Estabelecer horários para as atividades de implantação do acesso, com
especial atenção para as operações mais ruidosas ao período diurno, de
modo a não causar incômodos significativos às populações residentes
nas margens do acesso;
• Executar Plano de Educação Ambiental com os funcionários da obra;

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139 _____________________________
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

• Implantar um sistema tratamento de efluentes com Fossa Séptica, Filtro


e sumidouro, bem como caixa separadora de água e óleo para setor de
manutenção para recepção dos efluentes líquidos ou adquirir banheiros
químicos;
• Implantação de Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil
PGRCC, de forma promover melhor controle e a reduzir a acumulação de
entulho e outros resíduos;
• Coleta de sementes para formação de banco de sementes e
aproveitamento para replantio em áreas a serem determinadas;
• Implantar o programa de Resgate e Afugentamento da Fauna Silvestre;
• Implantar o Programa de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD)
com utilização de espécies nativas;
• Fazer o aproveitamento do solo orgânico para utilização no Programa de
Recuperação de Áreas Degradadas;
• Executar o Plano de Sinalização e Controle de Tráfego, colocando placas
e advertência e instruir os motoristas do possível impacto, para que seja
redobrada a atenção;
• Contratar mão de obra local;
• Executar o Plano de Contratação de Mão-de-obra;
• Divulgar e orientar a população, através do Programa de Comunicação
Social, sobre os processos de contratação para o empreendimento;
• Realizar medições do nível de ruído próximo às comunidades através da
execução do Programa de Monitoramento e Controle de Ruídos;
• Estabelecimento de horários rígidos para início e finalização da obra
durante a semana e durante os finais de semana;
• Controle de horário de funcionamento e de atividades realizadas durante
a obra, de forma a reduzir a Pressão Sonora em horários de “Pico”, e
também antes das 8:00h e após as 18:00h, bem como aos sábados;

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140 _____________________________
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

• Apoio às Cooperativas de Reciclagem de Resíduos da região, com a


implantação de pontos de coletas de resíduos;
• Realizar reuniões públicas com a comunidade com o objetivo de sanar as
dúvidas com relação ao empreendimento;
• Apresentar e executar o Programa de Comunicação Social, a fim de
esclarecer os benefícios do empreendimento.

10.3. OPERAÇÃO

• Execução do projeto paisagístico;


• Verificar o Relatório de Interferência no Trânsito;
• Executar o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos;
• Promover treinamentos para aproveitamento de mão de obra local;
• Intensificação do uso de sinalização vertical e horizontal, com o objetivo
de orientar os motoristas na definição de rota de acesso dos caminhões
aos terminais: conforme apontado por este plano, e após a sua
aprovação, será necessária a intensificação da sinalização, indicando as
rotas de acessos dos veículos aos terminais de armazenamento. Essa
sinalização poderá ser realizada através de placas nas vias e banners;
• Pagamento dos impostos municipais, estaduais e federais;
• Executar projetos de melhorias locais;
• Disponibilidade de reuniões com novos micro empreendedores.

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141 _____________________________
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

11. CONCLUSÕES

De maneira sucinta o empreendimento tem uma grande importância para


a comunidade local e circunvizinhas por se tratar de um comércio que tem a
oportunidade de trazer melhorias para região, oportunidade de empregos,
valorização das residências próximas ao supermercado. Além disso a proposta
do ATACADÃO MATA ESCURA é de comercializar produtos com um preço mais
acessível, viabilizando a compra para a comunidade de baixa renda. Os
impactos negativos a serem gerados possuem magnitude média ou, na grande
maioria, baixa e deverão ser mitigados e compensados de forma a beneficiar
ainda mais o meio físico, biótico e socioeconômico da região, enquanto a maioria
dos impactos positivos possuem magnitude alta e deve ser potencializado ao
máximo.

12. PROGRAMAS AMBIENTAIS DE ACOMPANHAMENTO E


MONITORAMENTO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS

Os Programas de Acompanhamento e Monitoramento dos Impactos


proposto tem o objetivo de garantir a eficiência nas ações a serem executadas
nas fases de implantação e operação do supermercado ATACADÃO MATA
ESCURA. A seguir, estão descritos de forma detalhadas todos os programas
que devem ser implementados como forma de mitigar e/ou minimizar os
impactos ambientais oriundos da implantação do empreendimento.

12.1. PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS


(PGRS)

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142 _____________________________
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

O Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) é um documento


técnico solicitado pelo órgão ambiental para autorizações ou licenças
ambientais. O documento estabelece princípios, procedimentos, normas e
critérios referentes à geração, acondicionamento, armazenamento, coleta,
transporte e destinação final dos resíduos sólidos gerados por alguma atividade.
Na gestão dos resíduos, devem ser seguidos os seguintes princípios:
➔ Não geração e minimização de resíduos – Essa é a medida mais racional
e assim são evitados desperdícios. Como consequência, menor
quantidade de resíduos é gerada, além de possibilidade de economia
para o empreendimento.
➔ Reutilizar – Quando não é possível a não geração e minimização,
funciona como uma alternativa a reutilização ou reuso. Ou seja, tornar o
resíduo ainda útil para uso, mesmo que para outras funções.
➔ Reciclar – Devolver o material usado ao ciclo de produção. Determinados
resíduos possuem essa característica, possibilidade de ser processado e
transformado em matéria-prima. A reciclagem possui vantagens
econômicas, sociais e ambientais.
➔ Tratamento e disposição final – Tratar os resíduos ou reprocessa-los são
formas que antecedem a disposição final, como a destinação em aterros
industriais e sanitários.
Este documento é integrante do sistema de gestão ambiental, baseado
nos princípios de não geração e da minimização da geração de resíduos, que
aponta e descreve as ações relativas ao seu manejo.

12.1.1. Justificativa

As empresas geradoras de resíduos e que apresentam potencial poluidor


ao meio ambiente são passivas de licenciamento ambiental. O licenciamento

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Eng.º Matheus da S. D. dos Santos
143 _____________________________
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

ambiental é um procedimento administrativo realizado pelo órgão ambiental,


sendo um dos instrumentos de gestão ambiental estabelecido pela Lei Federal
nº 6.938/81 conhecida como a Política Nacional do Meio Ambiente.
No licenciamento ambiental são avaliados impactos causados pelo
empreendimento, tais como: seu potencial ou sua capacidade de gerar líquidos
poluentes (despejos e efluentes), resíduos sólidos, emissões atmosféricas,
ruídos e o potencial de risco, como por exemplo, explosões e incêndios. Para o
empreendimento adquirir a Licença Ambiental são necessários alguns
documentos, dentre eles, o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos.

12.1.2. Objetivos

O PGRS tem por objetivo minimizar e controlar a geração de resíduos


sólidos, visando preservar a saúde e a integridade física dos trabalhadores, bem
como a proteção do meio ambiente e recursos naturais, em conformidade com
a legislação vigente.

12.1.3. Natureza do Programa

O Programa de Gestão de Resíduos Sólidos é de natureza preventiva na


medida em que se propõe minimizar ou eliminar os efeitos adversos desde as
fases de implantação e operação do supermercado ATACADÃO MATA
ESCURA.

12.1.4. Metas

- Estabelecer mecanismos para levantamento e análise do resíduo gerado.

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144 _____________________________
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

- Implantar coleta seletiva com a separação dos resíduos no momento e local de


sua geração obedecendo a sua classificação de acordo com:
A. A NBR 10.004/2004, norma que classifica os resíduos sólidos quanto aos
seus riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde pública;
B. As normatizações estabelecidas pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente –
CONAMA (Resolução N. 307 de 05 de julho de 2002, que estabelece diretrizes,
critérios e procedimentos para a gestão de resíduos da construção civil.
Vale ressaltar que esta resolução foi alterada pelas Resoluções N. 348 de 16 de
agosto de 2004 e N. 448 de 18 de janeiro de 2012; Resolução N. 358 de 29 de
abril de 2005);

12.1.5. Indicadores de Implementação das Metas

Para a implementação das metas descritas no item anterior, propõe-se


alguns indicadores descritos a seguir:

Metas Indicadores de Implementação de Metas


Estabelecer mecanismos para levantamento Elaborar um inventário de resíduos.
e análise do resíduo gerado.
Implantar coleta seletiva com a separação Relatório mensal com o percentual de resíduos
dos resíduos no momento e local de sua separados por tipo.
geração obedecendo a sua classificação.
Realizar vistoria a cada seis meses para o Relatório diagnóstico semestral indicando o
reconhecimento dos resíduos contidos nos percentual de reconhecimento dos resíduos
sacos e recipientes de coleta atendendo aos armazenados nos locais de origem.
parâmetros referenciados na norma NBR
7.500/2009.
Destinação final adequada dos resíduos. Destinação final ambientalmente adequada.

12.1.6. Público-Alvo

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145 _____________________________
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

Este programa tem como público alvo todos os atores sociais envolvidos
na fase de implantação do supermercado.

12.1.7. Procedimentos Metodológicos

O Programa de Gestão dos Resíduos Sólidos ocorrerá nas fases de


implantação e operação do supermercado, descritos a seguir:

Fase de implantação:

Na fase de implantação todos resíduos gerados no canteiro de obras


deverão obedecer às metas estabelecidas mencionadas acima, no que diz
respeito a elaboração de um inventário de resíduos, bem como a separação e
classificação destes.
A literatura técnica afirma que a obra se inicia com a terraplanagem do
terreno, sendo este termo definido como o conjunto de operações de escavação,
carga, transporte, descarga, compactação e acabamento executados a fim de
passar de um terreno em seu estado natural para uma nova conformação
topográfica desejada. A preparação do terreno é composta por algumas etapas
genéricas, que obviamente, podem ser desnecessárias conforme as
características específicas do terreno encontrado. As etapas são:
desmatamento, destocamento, limpeza, remoção da camada vegetal.
Os resíduos oriundos da construção deverão ser reaproveitados na
operação de corte e aterro na medida do possível, visto que não são resíduos
perigosos, classificados como resíduos II B – Inertes, de acordo com a
Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT na NBR 10.004/2004 e I
Classe A, conforme Resolução CONAMA Nº 307.

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146 _____________________________
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

Os resíduos que não são reaproveitados pertencentes às Classes B, C e


D (conforme Resolução CONAMA Nº 307) e ainda os resíduos de serviços de
saúde deverão ser segregados no canteiro de obras e retirados por empresa
especializada em gerenciamento de resíduos para o destino final adequado,
emitindo certificado de destinação final do resíduo. Este procedimento também
deverá ser adotado para os resíduos orgânicos gerados nesta fase,
acondicionados em sacos plásticos e coletados diariamente.
A classificação atual dos resíduos de construção civil em quatro grupos
principais, conforme Resolução CONAMA N. 307, se estabelece da seguinte
forma:

• I Classe A – Resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais


como:
a. De construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de
outras obras de infraestrutura, inclusive solos provenientes de
terraplanagem.
b. De construção, demolição, reformas e reparos de edificações:
componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento,
etc.), argamassa e concreto.
c. De processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em
concreto (blocos, tubos, meios-fios, etc.) produzidas nos canteiros de
obras.

• II Classe B – Resíduos recicláveis para outras destinações, tais como:


plásticos, papel/papelão, metais, vidros, madeiras e outros.
• III Classe C – Resíduos para os quais não foram desenvolvidas
tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua
reciclagem/recuperação, tais como os produtos oriundos do gesso.

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147 _____________________________
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

• IV Classe D – Resíduos perigosos oriundos do processo de construção,


tais como: tintas, solventes, óleos e outros, ou aqueles contaminados
oriundos de demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas,
instalações industriais e outros.

Fase de operação:

Na fase de operação os resíduos deverão ser previamente separados nos locais


de origem com a implantação da coleta seletiva. Após a coleta (resíduos
recicláveis e não recicláveis) deverão ser encaminhados para cooperativas ou
local ambientalmente adequado para o seu recebimento, passando pelas
seguintes etapas:

Resíduos recicláveis:

1. Recepção: aferição de peso ou volume;


2. Triagem: separação de recicláveis por tipo;
3. Armazenagem: após a separação os resíduos com valor comercial (metal,
vidro, papel, papelão, plástico) serão armazenados em locais próprios
gerenciados com auxílio de cooperativas/associações locais.

Resíduos orgânicos:

1. Recepção: aferição de peso ou volume


2. Compostagem

Resíduos oriundos dos serviços de saúde:

1. Recepção: aferição de peso ou volume

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

2. Autoclavagem
3. Aterramento

Este Programa de Gestão de Resíduos será ampliado de modo a


gerenciar os resíduos do supermercado ATACADÃO Atacadista Mata Escura.
Reiteramos que tanto na fase de implantação quanto na fase de operação a
coleta seletiva é fundamental para o modelo de tratamento de resíduos adotado
por este programa, sendo o Programa de Educação Ambiental a base para a
mudança de hábitos e para a formação de multiplicadores que auxiliarão no
processo, trabalhando diretamente ou indiretamente, pois o ciclo infinito da
reciclagem, além de minimizar os resíduos, possibilita a geração de emprego e
renda para os atores sociais envolvidos no processo.

12.1.8. Acompanhamento e Avaliação

O Programa de Gestão de Resíduos deverá ser acompanhado por uma


equipe de especialistas que farão a orientação necessária e o monitoramento
das ações nas fases de implantação e operação.

12.1.9. Resultados Esperados

Espera-se com este Programa, através das metas e da metodologia


proposta, promover a gestão adequada dos resíduos gerados, de modo a
minimizar o impacto destes no ambiente, transformando-o em energia, em
composto orgânico e em material inerte, ou seja, não poluente.

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

12.1.10. Fases de Implementação

Os funcionários contratados para dar início às obras receberão


treinamento que abordará, dentre outros assuntos, a coleta seletiva e o manejo
adequado dos resíduos. Outro assunto complementar a este é o correto uso dos
Equipamentos de Proteção Individual – EPI’s e a preocupação com saúde e
segurança ocupacional.

12.2. PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA


CONSTRUÇÃO CIVIL (PGRCC)

12.2.1. Apresentação

O Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil (PGRCC) é


um documento técnico voltado ao gerenciamento dos resíduos na indústria da
construção civil, enquanto um segmento importante no desenvolvimento social
e econômico, bem como orientar sobre práticas ambientalmente viáveis e
sustentáveis em um canteiro de obra. O documento estabelece princípios,
procedimentos, normas e critérios referentes à geração, acondicionamento,
armazenamento, coleta, transporte e destinação final dos resíduos sólidos
gerados no canteiro. Na gestão dos resíduos, devem ser seguidos os seguintes
princípios:

➔ Não geração e minimização de resíduos – Essa é a medida mais racional


e assim são evitados desperdícios. Como consequência, menor
quantidade de resíduos é gerada, além de possibilidade de economia
para o empreendimento.

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

➔ Reutilizar – Quando não é possível a não geração e minimização,


funciona como uma alternativa a reutilização ou reuso. Ou seja, tornar o
resíduo ainda útil para uso, mesmo que para outras funções.
➔ Reciclar – Devolver o material usado ao ciclo de produção. Determinados
resíduos possuem essa característica, possibilidade de ser processado e
transformado em matéria-prima. A reciclagem possui vantagens
econômicas, sociais e ambientais.
➔ Tratamento e disposição final – Tratar os resíduos ou reprocessá-los são
formas que antecedem a disposição final, como a destinação em aterros
de inertes e sanitários.

Este documento é integrante do sistema de gestão ambiental, baseado


nos princípios de não geração e da minimização da geração de resíduos, que
aponta e descreve as ações relativas ao seu manejo.

12.2.2. Objetivo

O PGRCC tem por objetivo minimizar e controlar a geração de resíduos


sólidos da construção civil, visando preservar a saúde e a integridade física dos
trabalhadores, bem como a proteção do meio ambiente e recursos naturais, em
conformidade com a legislação vigente.

12.2.3. Descrição da Atividade

A empresa irá realizar a obra de uma um supermercado para atender a


comunidade local e circunvizinhas, será construído um galpão de estrutura
metálica.

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12.2.4. Definições – ABNT NBR 10.004

✓ Resíduo: Resíduos nos estados sólido e semi-sólido, que resultam de


atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola,
de serviços e de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos
provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em
equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como
determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu
lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água, ou exijam para
isso soluções técnica e economicamente inviáveis em face à melhor
tecnologia disponível.
✓ Resíduo Classe I: São resíduos que apresentam periculosidade em
função de uma das seguintes características: inflamabilidade,
corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade.
✓ Resíduo Classe II-A: São resíduos que apresentam características de:
combustibilidade, biodegradabilidade, solubilidade em água.
✓ Resíduo Classe II-B: São resíduos que, quando em contato com água
destilada, não apresentam nenhum de seus constituintes solubilizados a
concentrações superiores aos padrões de potabilidade da água
excetuando-se os padrões de cor, dureza, sabor e turbidez.
✓ Resíduo Reciclável: São materiais que após uso podem retornar ao ciclo
de produção industrial, agrícola ou artesanal para serem reutilizados,
prolongando o seu tempo de vida útil.
✓ Reciclagem: É o processo de reintrodução de resíduos no ciclo de
produção, fazendo com que após alguma transformação o mesmo venha
a ter valor socioeconômico.

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

✓ Tratamento: É qualquer método, técnica ou processo, inclusive


incineração, utilizado para transformar um resíduo perigoso em não
perigoso ou menos perigoso, ou para dele recuperar energia ou outros
materiais.

12.2.5. Definições – CONAMA 307/2002

✓ I - Resíduos da construção civil: são os provenientes de construções,


reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, e os
resultantes da preparação e da escavação de terrenos, tais como: tijolos,
blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas,
colas, tintas, madeiras e compensados, forros, argamassa, gesso, telhas,
pavimento asfáltico, vidros, plásticos, tubulações, fiação elétrica etc.,
comumente chamados de entulhos de obras, caliça ou metralha;
✓ II - Geradores: são pessoas, físicas ou jurídicas, públicas ou privadas,
responsáveis por atividades ou empreendimentos que gerem os resíduos
definidos nesta Resolução;
✓ III - Transportadores: são as pessoas, físicas ou jurídicas, encarregadas
da coleta e do transporte dos resíduos entre as fontes geradoras e as
áreas de destinação;
✓ IV - Gerenciamento de resíduos: é o sistema de gestão que visa reduzir,
reutilizar ou reciclar resíduos, incluindo planejamento, responsabilidades,
práticas, procedimentos e recursos para desenvolver e implementar as
ações necessárias ao cumprimento das etapas previstas em programas e
planos;
✓ V - Aterro de resíduos da construção civil: é a área onde serão
empregadas técnicas de disposição de resíduos da construção civil
Classe “A” no solo, visando a reservação de materiais segregados de
forma a possibilitar seu uso futuro e/ou futura utilização da área, utilizando

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princípios de engenharia para confiná-los ao menor volume possível, sem


causar danos à saúde pública e ao meio ambiente;
✓ VI - Áreas de destinação de resíduos: são áreas destinadas ao
beneficiamento ou à disposição final de resíduos.

Ainda dentro da resolução CONAMA 307/2002 os resíduos de construção


civil, possuem, entre si, outro tipo de classificação da seguinte forma:
✓ I - Classe A - são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados,
tais como:
o a) de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação
e de outras obras de infraestrutura, inclusive solos provenientes de
terraplanagem.
o b) de construção, demolição, reformas e reparos de edificações:
componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de
revestimento etc.), argamassa e concreto.
o c) de processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-
moldadas em concreto (blocos, tubos, meios-fios etc.) produzidas
nos canteiros de obras;
✓ II - Classe B - são os resíduos recicláveis para outras destinações, tais
como: plásticos, papel/papelão, metais, vidros, madeiras e outros;
✓ III - Classe C - são os resíduos para os quais não foram desenvolvidas
tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua
reciclagem/recuperação, tais como os produtos oriundos do gesso;
✓ IV - Classe D: são resíduos perigosos oriundos do processo de
construção, tais como tintas, solventes, óleos e outros ou aqueles
contaminados ou prejudiciais à saúde oriundos de demolições, reformas
e reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais e outros, bem
como telhas e demais objetos e materiais que contenham amianto ou

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outros produtos nocivos à saúde. (Nova redação dada pela Resolução n°


348/04).

12.2.6. Metas

• Indicadores de implementação das metas:


• Estabelecer mecanismos para levantamento e análise do resíduo gerado
e elaboração de um inventário de resíduos;
• Destinação final ambientalmente adequada.

12.2.7. Procedimentos Metodológicos

Na fase de implantação todos resíduos gerados no canteiro de obras


deverão obedecer às metas estabelecidas deste programa, no que diz respeito
a elaboração de um inventário de resíduos, bem como a separação e
classificação destes. A obra inicia-se com a terraplanagem do terreno, sendo
este termo definido como o conjunto de operações de escavação, carga,
transporte, descarga, compactação e acabamento executados a fim de passar
de um terreno em seu estado natural para uma nova conformação topográfica
desejada. A preparação do terreno é composta por algumas etapas genéricas,
que obviamente, podem ser desnecessárias conforme as características
específicas do terreno encontrado. As etapas são: desmatamento,
destocamento, limpeza, remoção da camada vegetal.
Os resíduos oriundos da construção deverão ser reaproveitados na
operação de corte e aterro na medida do possível, visto que não são resíduos
perigosos, classificados como resíduos II B – Inertes, de acordo com a

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Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT na NBR 10.004/2004 e I


Classe A, conforme Resolução CONAMA Nº 307.
Os resíduos que não são reaproveitados pertencentes às Classes B, C e
D (conforme Resolução CONAMA Nº 307) deverão ser segregados no canteiro
de obras e retirados por empresa especializada em gerenciamento de resíduos
para o destino final adequado, emitindo certificado de destinação final do
resíduo.

12.3. PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

12.3.1. Justificativas/objetivos:

O Programa de Educação Ambiental, cuja natureza é de controle,


monitoramento e prevenção, compreende atividades de conscientização e
educação ambiental da população dos municípios do entorno, assim como dos
trabalhadores envolvidos com a obra.
Sua implantação se justifica, visto que, objetiva-se garantir o envolvimento
da comunidade local e dos trabalhadores, a internalização de valores ambientais
atuais e sua qualificação frente às questões educativas dos aspectos
socioambientais da região a partir da construção do conhecimento coletivo.
Pretende-se, com este programa, facilitar a transformação e multiplicação de
atitudes e à formação de um conjunto de novos valores e significados culturais,
relacionados às questões ambientais.
O programa deverá ser implantado dentro de uma metodologia
participativa, fomentando debates e discussões sobre a temática da gestão
ambiental, notadamente no que se refere ao uso e preservação do patrimônio
natural.

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12.3.2. Componente Ambiental Afetado

População da AII.

12.3.3. Escopo

O Programa de Educação Ambiental do supermercado ATACADÃO Mata


Escura será estruturado de acordo com as atividades descritas a seguir:

12.3.4. Planejamento

Nesta etapa, serão executadas as ações iniciais do programa por meio da


seleção da equipe técnica, capacitação sobre o empreendimento e sobre os
estudos ambientais elaborados durante o licenciamento.

• Articulação com o poder público e entidades locais

Considerando que Programa de Educação Ambiental do supermercado


estará orientado à educação formal e não formal, as articulações institucionais
com o Poder Público da região (Secretarias Municipais e Estadual de Educação;
de Agricultura e de Meio Ambiente) e com entidades locais (escolas,
associações, cooperativas, ONGs, etc.) são atividades importantes a serem
desenvolvidas.

• Elaboração do Diagnóstico Rápido Participativo (DRP)

O Programa Nacional de Educação Ambiental (ProNEA) orienta que, além


do estabelecimento de parcerias institucionais, é importante a compreensão,

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

junto ao público alvo envolvido, de suas percepções a respeito das


especificidades locais, além de suas demandas, de forma a permitir que o
processo de ensino/aprendizado previsto no Programa de Educação Ambiental
dialogue com os saberes e repertórios políticos culturais das comunidades
locais. Para tanto, utiliza-se a técnica do Diagnóstico Rápido Participativo (DRP),
voltada para programas e projetos que utilizam sistema de planejamento
participativo. Nesta técnica destacam-se os dados qualitativos obtidos junto aos
grupos sociais envolvidos de forma rápida, dinâmica e reflexiva. A dinâmica de
construção do DRP obedece a seguinte sistemática:

• Contexto formal: realizado a partir de entrevistas em unidades de ensino


mais próximas a Área de influência do empreendimento, junto aos
educadores e às Secretarias de Educação;
• Contexto não formal: realizado a partir de entrevistas ou oficinas, em
conjunto com a metodologia de observação participante da realidade junto
às instituições ou atores sociais importantes na região.

As informações, percepções diagnosticadas e temas gerados no DRP


subsidiarão o planejamento e execução das ações formativas, orientando a
construção do seu conteúdo programático.

• Planejamento pedagógico

Os dados obtidos por meio do DRP serão utilizados como base para o
planejamento pedagógico das ações a serem executadas pelo programa. Nesta
etapa, serão definidos, portanto, os conteúdos dos cursos de formação em
educação ambiental para educadores e de formação ambiental para a
comunidade. Ressalta-se que o planejamento pedagógico será reavaliado
periodicamente e poderá ser revisto, com base nas atividades desenvolvidas e
resultados obtidos.

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

• Produção do material pedagógico e de apoio

Os materiais pedagógicos e de apoio serão utilizados nas atividades a


serem desenvolvidas após o planejamento, tanto com educadores, quanto com
comunidades. Esses materiais deverão ser capazes de subsidiar as ações
desenvolvidas no programa e devem ser construídos de maneira que possam
ser consultados e trabalhados após a finalização do mesmo. Desta forma, os
seguintes materiais serão elaborados:

✓ Cartilhas, folders e cartazes sobre Educação Ambiental para Educadores;


✓ Cartilhas, folders e cartazes de Formação Ambiental para Comunidades.

• Cursos para a comunidade

Esses cursos, orientados aos membros das comunidades próximas ao


empreendimento, têm como objetivo apresentar conteúdos que auxiliem o
público alvo na tomada de decisões relativas à gestão ambiental em suas
respectivas regiões. O detalhamento desta atividade, todavia, só poderá ser
apresentado após a definição do perfil de cada comunidade a ser contemplada
pela ação.

• Oficinas de educação ambiental para trabalhadores

Essas oficinas serão dinâmicas e interativas, e buscarão a formação


continuada dos trabalhadores envolvidos com as obras. As atividades previstas
buscarão a elaboração conjunta de um acordo de convivência dos trabalhadores
com o meio socioambiental onde se realizam as atividades do empreendimento.
Os participantes serão capacitados em temas diversos, e deverão realizar, em

Responsável Técnico
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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

grupos ou individualmente, atividades lúdico-pedagógicas orientadas pelos


educadores do programa.
As oficinas abordarão temas ligados ao universo do trabalho, bem como
questões referentes ao meio ambiente local, à organização social e econômica
das populações próximas ao empreendimento, aos impactos, riscos e medidas
mitigadoras vinculadas ao tipo de projeto a ser executado. As oficinas deverão
ser oferecidas de acordo com as diversas etapas da construção da obra.

• Elaboração do material pedagógico e de apoio

Será elaborada uma cartilha como material gráfico pedagógico para


subsidiar as temáticas trabalhadas no programa. O material de apoio será
distribuído a todos os trabalhadores que atuarão na obra; e será elaborado em
formato de caderneta ou bloco para permitir seu manuseio no dia-a-dia do
trabalho, garantindo maior acesso ao seu conteúdo.

12.3.5. Abrangência

Local e Regional

12.3.6. Público alvo

O Programa deverá sensibilizar a população da AID, bem como os


trabalhadores e as demais partes interessadas, para a importância do uso
racional dos recursos naturais e para a consolidação de práticas
conservacionistas cotidianas, estimulando a reflexão e destacando os valores
naturais locais. Deverá ainda contribuir para difundir, junto às populações locais
(AII), conceitos e práticas ambientais adequadas, promovendo agentes

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

multiplicadores dos conhecimentos a serem ministrados. Desta forma os


estudantes das escolas públicas municipais e estaduais do município de
Serrinha se tornam o público alvo interessante.

12.3.7. Natureza do programa

Preventivo

12.4. PROGRAMA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL (PCS)

12.4.1. Justificativas/objetivos:

A implementação deste programa se justifica pela necessidade de


informar adequadamente a população da área de influência sobre o andamento
das atividades do empreendimento e sobre os impactos e riscos socioambientais
decorrentes do supermercado ATACADÃO Atacadista Mata Escura.
Este Programa de Comunicação Social (PCS) destina-se ao
estabelecimento de canais permanentes de comunicação entre o empreendedor
e a comunidade impactada pela instalação e operação do empreendimento, bem
como as instituições e organizações diretamente afetadas.
Parte-se do princípio de que as pessoas que estejam sob a influência do
empreendimento precisarão ter segurança e conhecimento sobre as atividades
de implantação (obras) e do supermercado, suas consequências e repercussões
nos mais diversos âmbitos. Dessa forma, é possível evitar apreensão e falsas
expectativas, sentimentos de desconfiança, insegurança e instabilidade e
reflexos negativos junto às comunidades envolvidas, permitindo que elas

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

convivam com a realidade do empreendimento de um modo mais coerente e


menos conflituoso.
A implementação deste programa auxiliará na execução dos demais
programas, planos e ações ambientais de responsabilidade do empreendedor e
informará a sociedade civil afetada sobre o projeto constantemente. Serão
esclarecidos seu andamento, impactos decorrentes e compromissos assumidos
pelo empreendedor para evitá-los, mitigá-los ou compensá-los.
O programa pode ser entendido, portanto, como o conjunto de iniciativas
e procedimentos voltados para a institucionalização de um processo interativo
em que a empresa e a comunidade possam, num fluxo contínuo, veicular
informações, sanar dúvidas, sugestões e esclarecimentos acerca do
empreendimento e suas repercussões socioambientais. Pretende-se, por fim,
garantir a transparência das ações do empreendedor e a possibilidade de
participação e interação/acompanhamento de sua atuação pela sociedade.

12.4.2. Componente Ambiental Afetado

População, Instituições Públicas e Organizações sociais.

12.4.3. Escopo

Na execução deste Programa de Comunicação Social, utilizar-se-á de


duas estratégias de comunicação social: a face a face e a mediada.
A primeira consiste no contato direto, interpessoal, entre os atores sociais
envolvidos. Essa modalidade será a base do relacionamento comunitário e
contemplará as visitas informativas previstas pelo programa e sua implantação
se dará por meio de campanhas de Comunicação Social.

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

Quanto à comunicação social mediada, tem como base a utilização de


mídias (rádio, televisão, jornal, telefone, Internet). No caso em foco, serão
utilizadas as mídias mais acessíveis à população, a serem identificadas e
definidas. Cabe ressaltar que todas as ações propostas deverão considerar as
seguintes premissas: comunicação com foco no diálogo social, visando à
construção e manutenção de relacionamentos baseados em informações
fidedignas; valorização da ótica dos públicos atingidos; conhecimento do
processo de licenciamento do empreendimento.

• Material Institucional e Informativo

Anteriormente à implantação do empreendimento, faz-se a confecção dos


materiais institucionais e informativos (cartaz, cartilha, folder) sobre temas
ambientais contendo dados relativos às características e funcionamento do
supermercado, direcionados aos públicos alvo.

• Etapas de Execução

As atividades de Comunicação Social estão orientadas segundo um


conjunto de estratégias gerais que permitem uma compreensão melhor dos
princípios que devem nortear o processo de realização de um trabalho mais
direto e envolvido com as questões sociais locais. O desenvolvimento das ações
de comunicação, descritas a seguir, foi organizado de acordo com a atual
previsão sobre o período de implantação do empreendimento. Destaca-se que,
ao longo desse processo, serão estimuladas parcerias com representantes do
Poder Público, sociedade civil, lideranças comunitárias e outras instituições.

Etapa 1: Ações para o período que antecede a implantação

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

As ações a serem implementadas nesta etapa se subdividem em duas


frentes: criação do serviço de Ouvidoria e divulgação de informações sobre o
empreendimento.

• Serviço de Ouvidoria

Um serviço de Ouvidoria deverá ser estabelecido objetivando instituir um


canal de comunicação direto com a população das Áreas de Influência do
empreendimento. Será constituído de um sistema de Ouvidoria telefônica
voltado para esclarecimento de dúvidas do público-alvo, quanto ao
empreendimento e seu processo de licenciamento ambiental.
A Ouvidoria contará com a disponibilização de uma linha de chamada
gratuita ou outro sistema de recebimento de ligações a cobrar.

• Divulgação de Informações

As ações implantadas nesta frente terão caráter informativo e envolverão


instrumentos de comunicação destinados às Instituições Públicas e da
Sociedade Civil, proprietários e população residente nas áreas do entorno do
empreendimento. A divulgação de informações sobre o empreendimento e suas
etapas na imprensa local será feita conforme as necessidades se apresentem,
devendo ser previamente analisada pelo empreendedor. As campanhas de
campo deverão ter início antes da construção do empreendimento, na fase de
mobilização. A equipe de Comunicação Social realizará o primeiro contato com
os proprietários e comunidades rurais, povoados, escolas, instituições
particulares, públicas e da sociedade civil, além dos estabelecimentos em geral
e da Prefeitura Municipal, para distribuição de material gráfico e esclarecimento
dos objetivos da implantação do supermercado.

Etapa 2: Ações para o período de implantação

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

Serão realizadas atividades com os moradores locais e do entorno que


propiciem esclarecimentos gerais sobre o empreendimento e forneçam
informações sobre o início das obras e suas etapas, sobre noções de segurança
e meio ambiente, bem como os demais aspectos da implantação do
empreendimento. Deverão ser desenvolvidas oficinas, dinâmicas, jogos e
palestras, dentre outras atividades, que viabilizem a efetivação do programa.
Atividades complementares poderão ser praticadas em função das demandas
que surgirem durante a implementação do programa e o contato com o público
alvo. Nesses eventos, serão distribuídos folders e cartazes informativos sobre a
obra, além de cartilhas com informações gerais sobre o empreendimento, nos
quais será divulgado o número de telefone para atendimento à população.

Etapa 3: Ações para o início de operação

Quando do início desta etapa serão realizadas atividades com os


moradores locais e do entorno, que propiciem esclarecimentos gerais sobre o
funcionamento do empreendimento e forneçam informações sobre as medidas
de segurança e demais aspectos pertinentes. Aqui também será utilizado
material gráfico de ampla divulgação, tais como folders e cartilhas, com
linguagem clara e acessível.

12.4.4. Abrangência do programa

Regional

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

12.4.5. Público Alvo

Quando do início desta etapa serão realizadas atividades com os


moradores locais e do entorno, que propiciem esclarecimentos gerais sobre o
funcionamento do empreendimento e forneçam informações sobre as medidas
de segurança e demais aspectos pertinentes. Aqui também será utilizado
material gráfico de ampla divulgação, tais como folders e cartilhas, com
linguagem clara e acessível.

12.4.6. Natureza do programa

Preventivo

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

13. REFERÊNCIAS
ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. NBR 9050 -
Acessibilidade de pessoas portadoras de deficiências a edificações, espaço, mobiliário e
equipamentos urbanos. Rio de Janeiro, 1994.

ANDREAZZI, M. A. R; MILWARD-DE-ANDRADE. Impactos das grandes barragens na saúde da


população – uma proposta metodológica para Amazônia. In: Forest’ 90, Simpósio Internacional
de Estudos Ambientais em Florestas Tropicais Úmidas, Manaus, Anais... Rio de Janeiro,
Biosfera, 1990.

A experiência brasileira em avaliação de impacto ambiental. In: SANCHEZ, L.E. Avaliação


de Impacto Ambiental: situação atual e perspectivas. São Paulo: EPUSP. p39-45.

AMBIENTE SUSTENTÁVEL. ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL – Corredor de Transporte


Público Integrado BRT Lapa-Iguatemi SALVADOR, 2014.

Azevedo, R. A. (2019). Conceitos Fundamentais sobre Migmatitos. Terrae Didatica, 15,


e019001. Disponível em: https://doi.org/10.20396/td.v15i1.8653435 Acessado em 28/11/2019.

BAHIA. Assembleia Legislativa. Decreto Nº 14.024 DE 06/06/2012, aprova o Regulamento da


Lei nº 10.431, de 20 de dezembro de 2006, que instituiu a Política de Meio Ambiente e de
Proteção à Biodiversidade do Estado da Bahia, e da Lei nº 11.612, de 08 de outubro de 2009,
que dispõe sobre a Política Estadual de Recursos Hídricos e o Sistema Estadual de
Gerenciamento de Recursos Hídricos.

BAHIA. Assembleia Legislativa. Lei 10.431 de 20 de dezembro de 2006, que dispõe sobre a
Política de Meio Ambiente e de Proteção à Biodiversidade do Estado da Bahia e dá outras
providências. Governo do estado, Bahia, 2008.

BAHIA. Assembleia Legislativa. Lei 12.932 de 07 de janeiro de 2014, que Institui a Política
Estadual de Resíduos Sólidos, e dá outras providências. Governo do estado, Bahia, 2014.

BAHIA. Conselho Estadual de Meio Ambiente, CEPRAM. Resolução nº 4.180 de 29 de abril de


2011. Aprova a Norma Técnica NT- (01/2011) e seus Anexos, que dispõe sobre o Processo de
Licenciamento Ambiental de Empreendimentos de Geração de Energia Elétrica a partir de fonte
eólica no Estado da Bahia. Secretaria de Meio Ambiente, Bahia, 2011.

BAHIA. Conselho Estadual de Meio Ambiente, CEPRAM. Resolução nº 4.327 de 31 de outubro


de 2013. Dispõe sobre as atividades de impacto local de competência dos Municípios, fixa
normas gerais de cooperação federativa nas ações administrativas decorrentes do exercício da
competência comum relativas à proteção das paisagens naturais notáveis, à proteção do meio
ambiente e ao combate da poluição em qualquer de suas formas, conforme previsto na Lei
Complementar n° 140/2011, e dá outras providências. Secretaria de Meio Ambiente, Bahia, 2013.

BAHIA. Conselho Estadual de Meio Ambiente, CEPRAM. Resolução n° 4.420 de 27 de novembro


de 2015. Altera a Resolução Cepram nº 4.327 de 31 de outubro de 2013, que dispõe sobre as
atividades de impacto local de competência dos Municípios, fixa normas gerais de cooperação
federativa nas ações administrativas decorrentes do exercício da competência comum relativas
à proteção das paisagens naturais notáveis, à proteção do meio ambiente e ao combate da
poluição em qualquer de suas formas. Secretaria de Meio Ambiente, Bahia, 2013.

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BAHIA. Conselho Estadual de Recursos Hídricos – CONERH. RESOLUÇÃO Nº 80, de 25 de


agosto de 2011 Altera a Resolução N°43, que institui a Divisão Hidrográfica Estadual em Regiões
de Planejamento e Gestão das Águas. Bahia, 2011.

BAHIA. Constituição do Estado da Bahia. Salvador: Assembleia Legislativa do Estado da Bahia,


1989.

BRASIL. Congresso Nacional. Lei 6.938 de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política
Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras
providências. Ministério do Meio Ambiente. Brasília, agosto de 1981.

BRASIL. Conselho Nacional de Meio Ambiente, CONAMA. Resolução 001 de 23 de janeiro de


1986. Dispõe de critérios básicos e diretrizes gerais para a avaliação de impacto ambiental.
Ministério do Meio Ambiente. Brasília, janeiro de 1986.

BRASIL. Conselho Nacional de Meio Ambiente, CONAMA. Resolução 010 de 1° de outubro de


1993. Estabelece os parâmetros básicos para análise dos estágios de sucessão de Mata
Atlântica. Ministério do Meio Ambiente. Brasília, outubro de 1993.

BRASIL. Conselho Nacional de Meio Ambiente, CONAMA. Resolução CONAMA nº 237, de 19


de dezembro de 1997 – Regulamenta os aspectos de licenciamento ambiental estabelecidos na
Política Nacional do Meio Ambiente;

BRASIL. Conselho Nacional de Meio Ambiente, CONAMA. Resolução CONAMA nº 307, de 5 de


julho de 2002 – Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da
construção civil;

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF:


Senado Federal: Centro Gráfico, 1988.

BRASIL. Decreto, n° 750 de 10 de fevereiro de 1993. Dispõe sobre o corte, a exploração e a


supressão de vegetação primária ou nos estágios avançado e médio de regeneração da Mata
Atlântica, e dá outras providências. Brasília, DF, 1993.

BRASIL. Decreto, n° 5.296 de 02 de dezembro de 2004. Regulamenta as Leis nos 10.048, de 8


de novembro de 2000, que dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica, e 10.098,
de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção
da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras
providências. Brasília, DF, 2004.

BRASIL. Lei Complementar nº 140, de 08 de dezembro de 2011 – Fixa normas, nos termos dos
incisos III, VI e VII do parágrafo único do art. 23 da Constituição Federal, para a cooperação
entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios nas ações administrativas
decorrentes do exercício da competência comum relativas à proteção das paisagens naturais
notáveis, à proteção do meio ambiente, ao combate à poluição em qualquer de suas formas e à
preservação das florestas, da fauna e da flora; e altera a Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981.

BRASIL. Lei N° 9.503 de 23 de setembro de 1997. Institui o Código de Trânsito Brasileiro.


Brasília, setembro de 1997.

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BRASIL. Lei Nº 9.985, de 18 de julho de 2000. Regulamenta o art. 225, § 1o, incisos I, II, 3 e V2
da Constituição Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza
e dá outras providências. Brasília, julho de 2000.

BRASIL. Lei N° 10.257, de 10 de julho de 2001 – Regulamenta os arts. 182 e 183 da Constituição
Federal estabelece diretrizes gerais da política urbana e dá outras providências Brasília, julho de
2001.

BRASIL. Lei N° 10.741, de 1° de outubro de 2003. Dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras
providências. Brasília, outubro de 2003.

BRASIL. Lei N° 12.305, de 02 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos;
altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências. Brasília, agosto de
2010.

BRASIL. Lei N° 12.651, de 25 de maio de 2012. Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa;
altera as Leis nºs 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e 11.428,
de 22 de dezembro de 2006; revoga as Leis nºs 4.771, de 15 de setembro de 1965, e 7.754, de
14 de abril de 1989, e a Medida Provisória nº 2.166-67, de 24 de agosto de 2001; e dá outras
providências. Brasília, maio de 2012.

FUJIMORI S. Granulitos e charnockitos de Salvador (BA). Anais Acad. Bras. Ciências, v. 40,
p.181-202, 1968.

FUJIMORI S. e ALLARD G. O. Ocorrência de Safirina em Salvador, Bahia. Bol. Soc. Bras. Geol.,
v.15, 1966. p. 67-81.

FUJIMORI S. Condições de P-T de formação dos granulitos do Farol da Barra, Salvador, Bahia,
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IBGE. IBGE - cidades @. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ba/salvador/panorama


Acesso em: 10/06/2020.

INMET. Normais climatológicas (1961- 1990). Disponível em:


http://www.inmet.gov.br/portal/index.php?r=clima/normaisClimatologicas. Acesso em:
20/06/2020

LEBRE, Emilio; ROMERE, Silvio. Metodologia de Avaliação de Impacto Ambiental. Documento


final, “Instrumentos de Planejamento e Gestão Ambiental para a Amazônia, Pantanal e Cerrado
– Demandas e Propostas”. Brasília: Ibama, 2001.

MAGRINI, A. Avaliação de Impactos Ambientais e a região amazônica, In: Curso: Impactos


Ambientais de Investimentos na Amazônia – Problemática e Elementos de Avaliação. Manaus:
Projeto BRA/87/021 – SUDAM/PNUD/BASA/SUFRAMA e Projeto BRA/87/040 –
ELETRONORTE/PNUD, 1989

MOREIRA, L. V. D. Vocabulário básico de meio ambiente, Rio de Janeiro; Petrobras; 1992.

NASCIMENTO, S. A. M.; BARBOSA, J. S. F. Qualidade da água do aquífero freático no alto


cristalino de Salvador, Bacia do Rio Lucaia, Salvador, Bahia. Revista Brasileira de Geociências.
V. 35, n. 4, p 543-550, 2005.

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O Caminho das Águas em Salvador: Bacias Hidrográficas, Bairros e Fontes / Elisabete Santos,
José Antonio Gomes de Pinho, Luiz Roberto Santos Moraes, Tânia Fischer, organizadores. –
Salvador: CIAGS/UFBA; SEMA, 2010. 486p.:il.; - (Coleção Gestão Social).

SOUZA, J. S.; BARBOSA J. S. F.; CORREA-GOMES, L. C. Litogeoquímica dos granulitos


ortoderivados da cidade do Salvador, Bahia. Rev. Bras. Geoc., v. 40, n. 3, 2010. p. 339-354.

SALVADOR. Plano Diretor de Encostas. Prefeitura Municipal de Salvador. Salvador, Secretaria


Municipal do Saneamento e Infraestrutura Urbana. Coordenadoria de Áreas de Risco Geológico,
CARTOGRAFIA TOMO III-III A3, v. 2-2\TEXTO, 2004.

SALVADOR. Secretaria de Desenvolvimento Urbano. Lei n° 9.069/2016 Dispõe sobre o Plano


Diretor de Desenvolvimento Urbano do Município de Salvador – PDDU 2016 e dá outras
providências. Salvador, junho de 2016.

SALVADOR. Secretaria de Desenvolvimento Urbano. Lei n° 9.148/2016 Dispõe sobre o


Ordenamento do Uso e da Ocupação do Solo do Município de Salvador e dá outras providências.
Salvador, junho de 2016.

SALVADOR. Secretaria de Desenvolvimento Urbano. Lei n° 8.915/2015 Dispõe sobre a Política


Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; institui o Cadastro Municipal de
Atividades Potencialmente Degradadoras e Utilizadoras de Recursos Naturais - CMAPD e a Taxa
de Controle e Fiscalização Ambiental - TCFA, no Município de Salvador, e dá outras
providências. Salvador, setembro de 2015.

SILVA, E. Avaliação de Impactos Ambientais no Brasil. Viçosa, SIF, 1994 a

SUPERINTENDÊNCIA DE ESTUDOS ECONÔMICOS E SOCIAIS DA BAHIA (SEI). Tipologia


Climática – Segundo Thornthwalte. Estado da Bahia. Salvador, 2007.

UFBA. Faculdade de Arquitetura. Observatório de Bairros de Salvador. Disponível em: <


https://observatoriobairrossalvador.ufba.br/bairros/Mata
Escura#:~:text=De%20acordo%20com%20os%20dados,anos%20(51%2C31%25) > Acesso em
03/06/2020

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14. ANEXO

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BARBOZA & LEAL ENGENHARIA LTDA.

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