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MOLAS ASA BRANCA

PLANO DE CONTROLE AMBIENTAL – PCA

Sumário
1. INTRODUÇÃO..................................................................................3

2. INFORMAÇÕES CADASTRAIS DA EMPRESA.............................4

2.1. Identificação e localização do Empreendimento.....................4

3. IDENTIFICAÇÃO DO RESPONSÁVEL TÉCNICO.........................4

4. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO..............................5

4.1. Localização...............................................................................5

Figura 01 – Localização do empreendimento........................................5

4.2. Atividades desenvolvidas.......................................................5

4.3. Descrição da planta.................................................................6

4.4. Mão-de-obra utilizada..............................................................9

4.5. Regime de Funcionamento da Empresa...................................9

4.6. Abastecimento de água.............................................................9

4.7. Abastecimento de Energia Elétrica..........................................11

5. AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS................................11

5.1. Identificação e Análise dos Impactos Ambientais...................12

5.2. Impactos Associados a Fase de Operação.............................13

5.2.1. Meio Antrópico.........................................................................13

 IMPACTO: Geração de empregos diretos e indiretos....................13

5.2.2. Meio Físico...............................................................................17

6. PLANOS DE CONTROLE AMBIENTAL.......................................18

6.1. Aspectos Gerais dos Planos de Controle Propostos...............18

6.2. Plano de Controle dos Recursos Hídricos...............................19

6.2.1. Justificativa............................................................................19

6.2.2. Objetivo...................................................................................19

6.2.3. Controle das Águas Subterrâneas.......................................19


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6.2.3.1. Fase de Operação...............................................................19

6.2.4. Controle das Águas Superficiais..........................................20

6.2.4.1. Fase de Operação...............................................................20

6.3. Plano de Controle dos Resíduos.............................................21

6.3.1. Justificativa............................................................................21

6.3.2. Objetivo...................................................................................21

6.3.3. Ações Previstas para a Fase de Operação.........................21

6.4. Plano de Educação Ambiental.................................................22

6.4.1. Justificativa............................................................................22

6.4.2. Objetivo...................................................................................22

6.4.3. Ações Previstas para a Fase de Operação.........................22

6.4.3.1. Treinamentos dos Funcionários em Questões


Ambientais 22

6.5. Plano de Gerenciamento de Riscos........................................24

6.5.1. Justificativa............................................................................24

6.5.2. Objetivo...................................................................................24

6.5.3. Ações Previstas para a Fase de Operação.........................24

6.5.3.1. Prevenção de Acidentes.....................................................24

6.5.3.2. Sinalização do Empreendimento.........................................25

6.5.3.2. Controle de Ruídos.............................................................25

6.6. Plano de Gestão Ambiental.....................................................26

6.6.1. Justificativa............................................................................26

6.6.2. Objetivo...................................................................................26

6.6.3. Ações Previstas para a Fase de Operação.........................26

6.6.3.1. Gerenciamento Ambiental do Empreendimento.............26

7.1. Objetivos..................................................................................28

7.2. Justificativa...............................................................................28
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7.3. Revisão Bibliográfica................................................................29

8.1. CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................3


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1. INTRODUÇÃO

Este documento constitui o Plano de Controle Ambiental solicitado pela


Secretaria Municipal de Meio Ambiente, contendo informações necessárias à
análise do licenciamento ambiental do empreendimento MOLAS ASA BRANCA
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LTDA.

O empreendimento encontra-se em operação no Município de Marabá –


PA, tendo como atividade principal Serviço de alinhamento e balanceamento
de veículos automotores para tanto, solicia a Licença Ambiental para a
atividade descrita e apresenta o Plano de Controle Ambiental – PCA, o qual
foi elaborado respeitando as leis ambientais vigentes e normas técnicas que
tratam do assunto.
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2. INFORMAÇÕES CADASTRAIS DA EMPRESA

2.1. Identificação e localização do Empreendimento

Razão Social: Molas Asa Branca LTDA.


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Nome Fantasia: Molas Asa Branca

CNPJ: 83.658.443/0001-00

Endereço: Rodovia PA 150, Km 06,5, s/n, Nova Marabá, Marabá-PA.


CEP: 68501-250

Atividade econômica principal: 45.30-7-03 - Comércio a varejo de peças


e acessórios novos para veículos automotores.

3. IDENTIFICAÇÃO DO RESPONSÁVEL TÉCNICO

Responsáveis técnicos pela elaboração:

Nomes: Beatriz Soares Ranke

Giovanna Saraiva Marquioro

Jucyanna Célia Lopes Lima

Mayara Marques Lima


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4. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

4.1. Localização

O empreendimento Molas Asa Branca encontra-se instalado no


município de Marabá, nas coordenadas Lat 5°21'32.34"S Long 49° 4'42.57"O, 12

conforme croqui de localização apresentado na Figura 1.

Figura 01 – Localização do empreendimento

4.2. Atividades desenvolvidas

A empresa está instalada no municipio de Marabá, tendo como atividade


econômica principal o comércio a varejo de peças e acessórios novos para
veículos automotores, tendo como atividade secundária serviço de manutenção
e reparação mecânica de veículos automotores, serviços de lanternagem ou
funilaria e pintura de veículos automotores e serviço de alinhamento e
balanceamento de veículos automotores. Ressalta-se que a empresa realiza o
serviço de lavagem de peças em área apropriada, onde foi instalado área de
lavagem interligada com sistema de tratamento (caixa separadora de água e
óleo).
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4.3. Descrição da planta

O empreendimento apresenta uma área total de 181 (cento e oitenta e


um) metros quadrados, possuindo área administrativa, área de espera dos
cliente, pista para os serviço de manutenção, área de lavagem de peças. A
12
operação envolvendo óleos é efetuada através de métodos específicos, com os
veículos estacionados em área coberta com piso impermeável dotada de
sistema de drenagem interligados ao sistema de tratamento de efluentes
chamado de Separador de Água e Óleo – SAO.

Figura 02 – Fachada do empreendimento


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Figura 03: Layout do empreendimento

Figura 03: Vista da caixa separadora água e óleo. Na imagem “A” observa-se o local de
entrada do efluente. A imagem B destaca onde ocorre a separação.
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Figura 04: Veículo suspenso para manutenção. Nota-se que o piso neste local é
impermeabilizado.

Figura 05: Entrada do veículo na área de reparos. Também com piso


impermeabilizado.

4.4. Mão-de-obra utilizada


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A mão-de-obra utilizada na empresa é contratada em conformidade com


as leis trabalhistas. Seu quadro funcional é de 11 (onze) funcionários e
encontra-se descrito na tabela 1 de acordo com a função e quantidade.

Tabela 1: Mão-de-obra utilizada


DESCRIÇÃO NÚMERO 12

Vendedor 2
Auxiliar Administrativo 2
Mecânico 4
Alinhador 1
Ajudante 2

4.5. Regime de Funcionamento da Empresa

A empresa funciona de domingo à domingo, sendo:

 Segunda a sábado - 08:00 às 12:00, e 13:00 às 18:00 hs;


Todos os trabalhados trabalham sobe o regime da Consolidação das
Leis Trabalhista – CLT.

4.6. Abastecimento de água

O abastecimento de água do empreendimento é proveniente de poço


tubular profundo, sendo armazenada em um reservatório de fibra com
capacidade total para 2.000 litros. Sendo assim, a Outorga do Direito de Uso
da Água é dispensada para este empreendimento.
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Figura 06: Vista do poço de captação Figura 07: Outra vista do poço de
de água subterrânea. captação de água subterrânea.

Figura 08: Vista do reservatório elevado, utilizado para armazenamento de água


captada no poço tubular profundo.
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A água captada é utilizada na limpeza e higienização de equipamentos e


piso, além das instalações sanitárias e pista de abastecimento.

4.7. Abastecimento de Energia Elétrica


12
A energia elétrica consumida tanto no setor administrativo como na pista
de abastecimento é fornecida pela Central Elétrica do Pará - REDE CELPA.

A quantidade média de energia utilizada mensalmente está especificada


na tabela 02:

Tabela 02: Abastecimento de energia elétrica


QUANTIDADE
UNIDADE DE MEDIDA
(UNIDADE)

KWh/mês 6751

5. AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS


A identificação dos impactos sobre o meio ambiente decorrentes de
determinado empreendimento é de fundamental importância para o
conhecimento real do desempenho ambiental de uma atividade e sua
consequente avaliação.

A Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) envolve um conjunto de


métodos e técnicas de gestão ambiental reconhecidas, com a finalidade de
identificar, predizer e interpretar os efeitos e impactos sobre o meio ambiente
decorrente de ações propostas.

Para a identificação dos impactos ambientais referentes a fase de


operação do Auto Peças Molas Asa Branca LTDA, optou-se por utilizar o
método denominado Check-List. Tal método trata-se de uma simples listagem
dos indicadores do meio natural e do meio antrópico, acompanhada de uma
caracterização de cada indicador listado (base científica de sua interferência e
relação com os demais indicadores).

Essa caracterização, quando realizada com base no conceito de impacto


ambiental adotado na Resolução CONAMA nº 001/86, e no conhecimento
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técnico-científico disponível, confere a necessária transparência à avaliação


dos indicadores, segundo o seu grau de significância.

5.1. Identificação e Análise dos Impactos Ambientais


12
A identificação dos impactos ambientais refere-se ao prognóstico das
condições emergentes, segundo o perfil impactante de cada uma das etapas
do empreendimento proposto. Assim, serão identificados e interpretados os
prováveis impactos ambientais na fase de operação, sobre os meios físicos,
biótico e antrópico.

Dessa forma, foi possível através dos trabalhos de campo, visualizar


ações importantes e os impactos a serem gerados pelo empreendimento,
individualizados nos diferentes meios, seus efeitos e os respectivos graus de
comprometimento aos ecossistemas. Os impactos sobre os meios físico,
biótico e antrópico com possibilidade de ocorrência, foram analisados conforme
detalhado abaixo:

Ação Geradora: consta da identificação das causas do impacto. Será


explicitada a ação ou ações geradoras do impacto inerentes às etapas do
empreendimento (planejamento, instalação e operação). Um mesmo tipo de
impacto poderá ter causas diversas, associadas às várias atividades do
processo em estudo.

Descrição e Análise: descreve o processo de modificação do meio


ambiente e os elementos afetados, analisando-se suas condições atuais e as
condições resultantes das interferências do empreendimento.

Classificação: compreende a qualificação das modificações ambientais


resultantes das etapas do empreendimento, seguindo a seguinte classificação:

 Categoria do Impacto: Classificam-se os impactos como negativos (N)


ou positivos (P);
 Tipo de Impacto: Discriminação dos seus efeitos, podendo ser direto
(D) ou indireto (I);
 Área de Abrangência: O impacto foi classificado, conforme sua área de
abrangência, em local (L) e regional (R);
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 Duração: É o tempo que o impacto atua na área em que se manifesta,


variando entre temporário (T), permanente (P) e cíclico (C);
 Reversibilidade: Quando é possível reverter à tendência, levando-se
em conta a aplicação de medidas para reparação do mesmo, ou a
suspensão da atividade geradora, podendo então ser considerado 12

reversível (Rv) ou irreversível (Ir);


 Magnitude: Levando-se em conta a força com que o impacto se
manifesta, segundo uma escala nominal de forte (Fo), médio (M), fraco
(Fr) e variável (V);
 Prazo: Considerando o tempo para o impacto se manifestar, sendo a
curto (Ct), médio (Md) e longo prazo (Lg).

Medida Mitigadora ou Potencializadora: Refere-se à medida de


controle ambiental para mitigar (quando o impacto é negativo) e potencializar
(quando o impacto é positivo) a alteração imposta ao meio ambiente em função
da implantação do empreendimento.

Responsabilidade: Diz respeito ao responsável pela implementação


das medidas propostas.

Nos itens seguintes são descritos e analisados os impactos ambientais


potenciais associados a fase de operação da Auto Peças Molas Asa Branca
LTDA.

5.2. Impactos Associados a Fase de Operação

5.2.1. Meio Antrópico

 IMPACTO: Geração de empregos diretos e indiretos

Ação Geradora: Contratação de mão-de-obra para a operação da


empresa.

Descrição e Análise: Devido à criação de novos empregos decorrente


da contratação de mão-de-obra para as atividades de operação do
empreendimento. Esta geração de empregos contribuirá para aumentar a
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renda familiar dos operários beneficiados, influenciando no aumento da


demanda por bens e serviços.

Classificação: Positivo, direto, local, curto prazo, temporário, reversível.

Medida Potencializadora: Priorização da contratação de mão-de-obra 12

da região.

Responsabilidade: Empreendedor.

 IMPACTO: Geração de tributos

Ação Geradora: Contratação de mão-de-obra para a as atividades de


operação do empreendimento.

Descrição e Análise: Os salários pagos com a mobilização da mão-de-


obra para a operação do empreendimento são, em parte, destinados ao
consumo de bens e serviços, provocando um impacto positivo nas finanças
públicas, ao aumentar a arrecadação de ICMS para o Estado e de ISS para o
município.

Classificação: Positivo, indireto, local, médio prazo, temporário,


reversível.

Medida Potencializadora: Aplicação de recursos, por parte do governo,


na região próxima ao empreendimento, priorizando as áreas de infra-estrutura,
saúde, educação, segurança pública, entre outros.

Responsabilidade: Governo Municipal

 IMPACTO: Aumento da renda local

Ação Geradora: Contratação de mão-de-obra para as atividades de


operação do empreendimento.

Descrição e Análise: Devido à criação de novos postos de serviços e o


aumento nas contratações, gerando emprego e renda para a comunidade local.
Na composição da renda da população, os salários são a variável mais
relevante, principalmente quando se considera as classes de baixa renda, em
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que outras fontes de renda aluguéis, pensões e benefícios são irrelevantes. O


aumento da renda pessoal da população, oriundo do crescimento da massa de
salários, constitui um efeito de natureza positiva, aumentando o poder de
compra e propiciando melhor qualidade de vida a população.
12
Classificação: Positivo, indireto, local, curto prazo, temporário,
reversível.

Medida Potencializadora: Priorização da contratação de mão-de-obra


da região de Marabá, mais especificamente de áreas próximas ao
empreendimento.

Responsabilidade: Empreendedor.

 IMPACTO: Geração de conflitos

Ação Geradora: Fiscalização dos órgãos ambientais.

Descrição e Análise: Devido às possíveis inconformidades que por


ventura possam ser detectadas no decorrer da operação pela fiscalização do
órgão ambiental competente.

Classificação: Negativo, indireto, local, curto prazo, temporário,


reversível.

Medida Mitigadora: Realizar as atividades de operação do


empreendimento cumprindo todas as ações propostas nos estudos ambientais
aprovadas pelo órgão ambiental.

Responsabilidade: Empreendedor.

 IMPACTO: Possível aumento do risco de propagação de doenças


transmitidas por vetores nas imediações do local

Ação Geradora: Limpeza da área, geração de resíduos sólidos e


líquidos por parte dos funcionários da empresa.
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Descrição e Análise: A inadequada disposição de dejetos fisiológicos e


no acúmulo de entulhos e resíduos sólidos pode provocar a proliferação de
vetores de doenças

Classificação: Negativo, direto, local, médio prazo, temporário,


12
reversível.

Medida Mitigadora: Evitar o armazenamento inadequado de materiais


utilizados ou retirados da empresa, pois poderá atrair vetores, insetos e
roedores causadores de doenças, colocando em risco a saúde pública;
promover destinação adequada dos dejetos fisiológicos (se ocorrer) produzidos
pelos funcionários e dos resíduos sólidos e entulhos.

Responsabilidade: Empreendedor

 IMPACTO: Aumento no risco de acidentes no trabalho

Ação Geradora: Atividades da empresa.

Descrição e Análise: Devido a operação com líquido inflamável


(produto perigoso).

Classificação: Negativo, direto, local, curto prazo, temporário,


reversível.

Medida Mitigadora: Uso de equipamentos de proteção individual (EPI)


por parte dos funcionários de acordo com o tipo de serviço realizado;
sinalização de orientação aos usuários; restrição de acesso às áreas que
oferecem riscos, aplicação de treinamento e conscientização dos trabalhadores
para a prevenção de acidentes e atendimento de primeiros socorros quando
necessário; para a operação de equipamentos, todas as medidas de segurança
devem ser tomadas para proteção aos trabalhadores, e os equipamentos
devem ser utilizadas sempre em boas condições.

Responsabilidade: Empreendedor.
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5.2.2. Meio Físico

 IMPACTO: Possível contaminação do solo

Ação Geradora: Lançamento de efluentes domésticos, vazamentos de 12

produtos utilizados (óleos e derivados) e disposição inadequada de resíduos


sólidos contaminados com óleos, lixo doméstico.

Descrição e Análise: Durante a operacionalização dos processos


inerentes a atividade, essas alterações estão associadas ao vazamento de
óleos, ao descarte inadequado de estopas contaminadas com óleo. Outro fator
deve-se à geração de resíduos sólidos e dejetos fisiológicos proveniente das
instalações de apoio que eventualmente seja disposto inadequadamente.

Classificação: Negativo, direto, local, curto prazo, permanente,


irreversível.

Medidas Mitigadoras: Instalação de sistemas individuais de tratamento


de efluentes, dentro das normas de engenharia; coleta periódica dos resíduos
sólidos; todo resultante da caixa separadora e estopa contaminado com óleo
devem ser mantidos em tambores e estocados em locais cobertos para serem
destinados única e exclusivamente a empresas recicladoras devidamente
licenciadas.

Responsabilidade: Empreendedor.

 IMPACTO: Possível depreciação da qualidade das águas


superficiais e subterrâneas

Ação Geradora: Geração de resíduos sólidos e líquidos pelas estruturas


de apoio, geração de efluentes líquidos.

Descrição e Análise: Durante a operacionalização dos processos


inerentes à empresa, essas alterações estão associadas ao vazamento de
óleos na pista manutenção ou da lavagem de peças, ao descarte inadequado
de estopas contaminadas com óleo.
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Também, por esgoto doméstico disposto inadequadamente, que podem


infiltrar no solo e alcançar o lençol freático sem receber o prévio tratamento;
pela disposição inadequada de resíduos sólidos por parte funcionários da
empresa. Alguns dos materiais citados podem percolar no solo e alcançar o
lençol freático, e outros podem ser carreados pelas águas da chuva ou pelo 12

vento (no caso do lixo) e alcançar os cursos d’água próximos.

Classificação: Negativo, indireto, local, médio prazo, temporário,


reversível.

Medida Mitigadora: Instalação de sistemas individuais de tratamento de


efluentes, dentro das normas de engenharia; a coleta periódica dos resíduos
sólidos; todo óleo lubrificante e estopas contaminadas utilizadas deverão ser
mantidas em tambores e estocados em locais cobertos para serem destinados
única e exclusivamente a empresas recicladoras devidamente licenciadas.

Responsabilidade: Empreendedor.

6. PLANOS DE CONTROLE AMBIENTAL

6.1. Aspectos Gerais dos Planos de Controle Propostos

Os planos e medidas aqui propostos estão pautadas em práticas que


impeçam, minimizem e/ou compensem os impactos provenientes da operação
do empreendimento. Baseadas no estudo da área de operação de influencias
direta e indireta, bem como da realidade tecnológica possível de aplicação no
contexto econômico e geográfico que se insere o empreendimento.

A proposição de medidas mitigadoras e potencializadoras devem ser


feitas para cada efeito sobre o meio ambiente proveniente de cada uma das
atividades e processos impactantes previstas, embora algumas medidas
adotadas para certa atividade impactante surtam efeitos positivos em outra.
Neste contexto, a partir da identificação e classificação dos prováveis impactos
ambientais decorrentes das ações e processos impactantes das fases de
operação do empreendimento, propõem-se medidas que visam à redução ou
eliminação dos impactos negativos (medidas mitigadoras) e também ações
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objetivando a maximização dos impactos positivos (medidas


potencializadoras).

Cabe ressaltar que, a responsabilidade pela execução das medidas


propostas para a fase de operação é do empreendedor.
12

6.2. Plano de Controle dos Recursos Hídricos

6.2.1. Justificativa
A adoção de medidas de controle ambiental a partir da instalação do
empreendimento se faz necessário devido aos usos que área do mesmo
sofrerá com a possibilidade de afetar a qualidade tanto das águas subterrâneas
como superficiais.

6.2.2. Objetivo
Implementar medidas que possam minimizar ou até mesmo evitar a
degradação dos recursos hídricos do local por forma inadequada de disposição
dos efluentes.

6.2.3. Controle das Águas Subterrâneas


A água subterrânea é a parcela da água que permanece no subsolo,
onde flui lentamente até descarregar em corpos de água de superfície, ser
interceptada por raízes de plantas ou ser extraída em poços. Tem papel
essencial na manutenção da umidade do solo, do fluxo dos rios, lagos e brejos,
além de ser também responsável pelo fluxo de base dos rios, sendo
responsável pela sua perenização durante os períodos de estiagem.

6.2.3.1. Fase de Operação


Como a forma de tratamento dos esgotos se dará por tratamento
individual com uso do sistema de fossa séptica e sumidouro, algumas medidas
devem ser tomadas na execução dos mesmos para evitar a poluição das águas
subterrâneas.

O poço tubular profundo encontra-se instalado de acordo com as normas


da ABNT (12212/92 e 12244/92) e deverá ser requerida a outorga de direito de
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uso dos recursos hídricos junto a Secretária do Estado do Meio Ambiente e


Sustentabilidade - SEMAS.

Os poços estão em posições contrárias e distantes (ideal 30 m) de


qualquer sistema de tratamento de esgoto individual, se possível na parte mais
12
elevada do terreno em relação ao sistema de tratamento individual;

Encontra-se revestido até 3,0 metros de profundidade (do nível do solo


para baixo) para evitar infiltrações laterais, tampado para evitar a entrada de
algum contaminante e com elevação das paredes de no mínimo 20 centímetros
acima do solo, além de serem examinados periodicamente;

A empresa deverá proceder à limpeza e desinfecção do poço constatada


alguma contaminação.

6.2.4. Controle das Águas Superficiais


Com a instalação do empreendimento e a partir do escoamento
superficial das águas, carreamento de substâncias poluidoras, entre outros,
poderá ocasionar na degradação da qualidade das águas. Para controle dessa
degradação deverão ser adotadas medidas de controle que estão descritas a
seguir:

6.2.4.1. Fase de Operação


Nesta etapa, os principais problemas relacionados aos corpos d’água
dizem respeito à manutenção dos dispositivos de drenagem superficial. Neste
contexto, algumas medidas são propostas:

 Manutenção das medidas de dissipação de velocidade das águas


superficiais conduzindo-as para áreas vegetadas;
 Manutenção das obras de drenagem superficial como valetas, terraços e
patamares, executadas na fase de instalação, fazendo as devidas
correções quando necessário;
 As atividades envolvendo manuseio de óleos e lubrificantes deverão ser
executadas em áreas com piso impermeável ou em bacias de
contenção. A empresa deverá dispor ainda de kit Emergencial composto
por tonel com serragem, balde, pá e tonel para colocar serragem
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contaminada com óleo. O kit emergencial também serve para em caso


de derramamento de combustível, ser absorvido pela serragem antes de
infiltrar no solo, diminuindo o impacto ambiental;
 Manutenção da caixa separadora de água e óleo, para retirada de
material, para evitar a saturação da mesma. Destaca-se que todo 12

material coletado deverá ser encaminhado para tratamento em empresa


licenciadas para este fim.

6.3. Plano de Controle dos Resíduos

6.3.1. Justificativa
O gerenciamento adequado dos resíduos produzidos na operação do
empreendimento, com a execução deste plano, tornará o processo mais viável
e ambientalmente saudável. Assim, a degradação dos recursos naturais bem
como, o prejuízo à saúde dos trabalhadores estará sendo minimizado, tornando
o ambiente mais agradável.

6.3.2. Objetivo
Gerenciar a disposição dos resíduos de forma adequada, evitando a
contaminação dos compartimentos ambientais e a possível proliferação de
doenças em ambiente de ocupação urbana.

6.3.3. Ações Previstas para a Fase de Operação


Um dos grandes problemas da operação do empreendimento é a
geração de resíduos. As atividades do empreendimento geram volumes de lixo
que podem provocar impactos ambientais irreversíveis ao meio ambiente se
não dispostos corretamente, na tentativa de mitigação das consequências de
tais ações, são sugeridas as seguintes medidas:

 Instalação de lixeiras em áreas previamente selecionadas para o


armazenamento dos resíduos sólidos domésticos;
 Ao final de cada dia de trabalho deverá haver uma equipe responsável
pela verificação de acúmulo de resíduos sólidos em locais inadequados,
providenciando, se for o caso, a remoção dos mesmos;
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 Conscientizar os funcionários envolvidos na operação do


empreendimento no que diz respeito à disposição inadequada dos
resíduos sólidos, através de Diálogos Diário de Segurança (DDS)
conforme detalhado no Plano de Educação Ambiental;
 Disposição dos resíduos sólidos em locais adequados para a coleta pela 12

Prefeitura Municipal de Marabá/PA;


 Resíduos classificados como perigosos deverão ser identificados e
acondicionados em locais apropriado e cobertos para posterior
recolhimento por empresas especializadas no transporte e eliminação do
mesmo.

6.4. Plano de Educação Ambiental

6.4.1. Justificativa
Considerando-se que serão executadas diversas ações de proteção
ambiental ao longo das etapas de construção e operação do empreendimento,
torna-se necessário atuar juntos aos funcionários contratados visando prepará-
los para as funções que irão desempenhar dentro de bases ambientalmente
sustentáveis.

6.4.2. Objetivo
Orientar o empreendedor e os funcionários que participarão da operação
dos procedimentos que ocasionarão no menor impacto possível ao meio
ambiente, bem como a criação de condições para a participação dos
funcionários no processo de gestão ambiental e no entendimento de seu papel
como agentes e cidadãos para a melhoria da qualidade de vida individual e
coletiva.

6.4.3. Ações Previstas para a Fase de Operação

6.4.3.1. Treinamentos dos Funcionários em Questões


Ambientais
Orientar os funcionários da responsabilidade socioambiental que envolve
o empreendimento, através de treinamentos frequentes, conforme metodologia
descrita abaixo.
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METODOLOGIA DE TREINAMENTO
A metodologia adotada para o treinamento dos trabalhadores envolvidos
operação fundamenta-se na orientação e sensibilização da responsabilidade
socioambiental que envolve o empreendimento, através de reuniões mensais a 12

serem realizadas com a presença dos dirigentes, funcionários, antes do início


da jornada de trabalho, respeitando no máximo 15 minutos. É o chamado
Diálogo Diário de Segurança (DDS).

Diálogos de segurança são criados com a finalidade de divulgar


conhecimentos de segurança, medicina, higiene do trabalho, meio ambiente
entre outros, para auxiliar na educação, aumentando conhecimento com o
propósito de desenvolver a consciência das pessoas em eliminar atos
inseguros e criar uma atitude vigilante na prevenção de acidentes e despertar
também para as questões ambientais.

As reuniões deverão ser conduzidas, abordando os seguintes temas:

1) Lixo: Problema mundial; o homem como principal responsável pelo


consumo e descarte de material; os problemas causados pelo lixo em
obras urbanas (marmitex, tocos de cigarro, etc.) e os cuidados que se
devem ter no ambiente de trabalho.
2) Queimadas: Efeitos provocados pelas queimadas descontroladas;
como fazer uma queimada controlada e as técnicas alternativas ao uso
do fogo.
3) Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST): Tipos de DST; formas
de transmissão; consequências da DST e como evitar as DST.
4) Cuidados com Animais Peçonhentos: O que são animais
peçonhentos e os mais encontrados em nossa região; como evitar
acidentes com animais peçonhentos e o manuseio destes animais.
5) Lei de Crimes Ambientais: A criação de instrumentos legais como
forma de assegurar os direitos e deveres do cidadão; algumas
atividades ilegais e tempo de reclusão previsto na lei; tráfico de
animais silvestres e suas implicações.
6) Segurança no Trabalho: Formas de conduta dos trabalhadores; como
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evitar acidentes de trabalho e a obrigatoriedade de utilização de


equipamentos de proteção individual (EPI).
Os temas abordados poderão ser alterados de acordo com a
necessidade do empreendedor e dos funcionários.
12

6.5. Plano de Gerenciamento de Riscos

6.5.1. Justificativa
O levantamento de riscos ambientais para a saúde dos trabalhadores na
fase de operação do empreendimento é de fundamental importância para
definir as situações de riscos inerentes ao empreendimento com o intuito de
prover os operários e técnicos de informações quanto aos procedimentos e
cuidados específicos.

6.5.2. Objetivo
Desenvolver atividades que minimizem os riscos para os funcionários
uma vez que estes se encontrarão em constante situação de perigo, bem
como, de evitar a possibilidade de acidentes na área do empreendimento.

6.5.3. Ações Previstas para a Fase de Operação

6.5.3.1. Prevenção de Acidentes


 Disponibilização de equipamentos para resgate e salvamento de
funcionários, vítimas de acidentes de trabalho como: macas para
transporte, Kits de primeiros-socorros;
 Observar as restrições ambientais quanto à disposição de resíduos
domésticos, obedecendo, ainda, o disposto nos demais Planos deste
PCA;
 Proteger e sinalizar áreas de risco de acidentes terrestres;
 Os funcionários deverão usar Equipamentos de Proteção Individual
(EPI) visando à prevenção de acidentes com: ferramentas de cortes;
ruídos; material particulado; quedas de ferramentas ou outros materiais;
fagulhas ou material de pequeno porte que possam oferecer risco à
visão dos funcionários e choques elétricos;
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 Realização de Campanhas de Segurança do Trabalho e Meio Ambiente


enfocando diversos temas, como: Doenças Sexualmente Transmissíveis
(DST), conscientização e incentivo do uso de EPI por parte dos
trabalhadores; educação, higiene e limpeza pessoal, auto
reconhecimento precoce de doenças de pele, presença de piolhos e 12

sarnas.

6.5.3.2. Sinalização do Empreendimento


Um importante aspecto que deverá ser implementado no
empreendimento é a sinalização, advertindo os funcionários dos possíveis
riscos. Abaixo são apresentadas as principais áreas que receberão sinalização
de advertência:

 Áreas eletrificadas;
 Área de armazenamento de resíduos sólidos;
 Resíduos Perigosos;
 Equipamentos geradores de ruídos;
 Riscos de incêndio.

6.5.3.2. Controle de Ruídos


As principais atividades do empreendimento ocorrem dentro de estrutura
coberta com abertura nas laterais devido à característica do mesmo, assim, os
ruídos se dissipam com menor intensidade, porém ainda serão necessárias
medidas de controle da emissão de ruídos, que serão descritas a seguir:

 Fiscalização da utilização de equipamentos de proteção individual (EPI),


como máscaras, botas, protetores auriculares, luvas e capacetes, pelos
funcionários contratados;
 Fiscalização da regulagem equipamentos;
 Elaboração de Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho -
LTCAT, para avaliação quantitativa dos agentes ambientais o qual o
trabalhador está exposto e tomada de ações, caso necessário.
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6.6. Plano de Gestão Ambiental

6.6.1. Justificativa
Com a necessidade de implementação de uma série de planos
ambientais que possibilitem a mitigação dos impactos negativos do
12
empreendimento e otimizem os positivos, a Gestão Ambiental torna-se
fundamental no sentido de gerenciar as normas, tarefas e ações previstas nos
estudos, projetos e planos ambientais, assim como a coordenação geral da
equipe técnica.

6.6.2. Objetivo
Estabelecer um sistema de gerenciamento ambiental eficaz durante a
operação do empreendimento, capaz de honrar os compromissos ambientais
assumidos no processo de licenciamento ambiental.

6.6.3. Ações Previstas para a Fase de Operação

6.6.3.1. Gerenciamento Ambiental do Empreendimento


A seguir estão descritas as medidas para se alcançar o gerenciamento
ambiental do empreendimento de forma eficaz e eficiente:

 Priorizar a contratação de mão-de-obra da região de entorno do


empreendimento;
 Garantir o suporte técnico necessários para condução dos planos
ambientais previstos;
 Garantir a realização de todos os acordos e condições estabelecidas
para as diferentes fases do licenciamento junto aos organismos de
fiscalização e controle ambiental nos prazos estabelecidos;
 Garantir que todos os outros planos ambientais e condicionantes
instituídos sejam desenvolvidos com estrita observância à legislação de
qualquer nível (federal, estadual e municipal);
 Averiguação e fornecimento de suporte técnico em questionamentos ao
empreendimento, tais como os originados por auditorias,
representações, inquéritos, ações civis públicas, denúncias de
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organismos não-governamentais, bem como os de outras naturezas e


origens;
 Promover as adequações que se fizerem necessárias durante a
implantação e execução dos planos ambientais, desde que devidamente
comunicada e aprovada pela SEMMA (Secretaria Municipal de Meio 12

Ambiente de Marabá).
Mesmo após a obtenção do licenciamento ambiental do
empreendimento, algumas medidas deverão ser adotadas, tendo em vista as
possíveis vistorias dos órgãos ambientais competentes, evitando com isso a
aplicação de multas pela desconsideração da legislação ambiental vigente.

7. ESTUDO DE RISCO AMBIENTAL

A identificação de perigos e a Análise Preliminar de Riscos podem ser


aplicadas nas oficinas mecânicas, visando às melhorias nos processos em
relação à saúde e segurança dos trabalhadores. Sendo assim, a aplicação da
APR pode ser eficiente na determinação dos riscos principais no interior de
uma oficina mecânica, já que o desconhecimento da empresa – em relação a
essa ferramenta –, seus resultados poderão ser significativos para adoção de
uma nova postura por parte de empregadores e funcionários.

Sendo assim, este documento visa a apresentação, por meio da Análise


Preliminar de Risco (APR) para o ambiente de trabalho em oficinas reparados
de veículos de médio e grande porte, tendo como base a antecipação e a
prevenção de condutores de passageiros, tendo por base que a antecipação e
a prevenção de acidentes é uma maneira de eliminar ou reduzir os riscos para
os trabalhadores, que é uma ferramenta de análise qualitativa na fase de
concepção ou desenvolvimento de um projeto, ou em uma atividade cuja
experiência em riscos, nas suas operações seja deficiente – sendo o caso da
empresa em questão.
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7.1. Objetivos

7.1.1. Objetivo Geral


Levantamento dos riscos existentes no ambiente de trabalho onde
ocorre os serviços mecânicos dos veículos de médio e grande porte por meio
12
de Análise Preliminar de Riscos (APR), visando a apresentação aos
empregadores as recomendações que possam auxiliar na minimização e/ou
eliminação dos riscos detectados.

7.1.2. Objetivos Específicos


 Levantar os riscos existentes na área da oficina mecânica da
empresa Molas Asas Branca LTDA. Me., pela observação
direta;
 Apresentação de recomendações de ações para os principais
riscos detectados.

7.2. Justificativa

Recentemente, por parte dos proprietários da empresa, iniciou-se a


preocupação de minimizar e/ou eliminar as ações trabalhistas decorrentes da
falta de segurança nas atividades exercidas – consequentemente, uma
redução no seu passivo trabalhista. Para tanto, faz-se necessário um Estudo
de Riscos Ambientais que venha a favorecer empresa e trabalhadores, também
pela preocupação e atenção ao ser humano, que é o principal bem de uma
organização.

Além do fato dos trabalhadores em oficinas mecânicas, em sua maioria,


desconhecerem os riscos aos quais estão expostos, sendo o documento aqui
apresentando podendo servir de manual de implantação às oficinas mecânicas
de veículos de médio e grande porte, fornecendo incentivo e funcionando como
arcabouço para a aplicação de um Programa de Segurança do Trabalho,
trazendo informações importante para a gestão ao lidar com os riscos
existentes.
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7.3. Revisão Bibliográfica

7.3.1. Riscos Ambientais


O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA descrito na
NR-9, determina que riscos ambientais são os agentes físicos, químicos e
12
biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua
natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de
causar danos à saúde do trabalhador (BRASIL, NR-09, 2013).

7.3.1.1. Riscos Físicos


Astete et al. (1995), determina como riscos físicos as mais diversas
formas de energia, tais como: ruído, vibração, temperaturas extremas,
pressões anormais, radiações eletromagnéticas e umidade. Para este
documento, foram considerados apenas o ruído e a vibração, ocasionados no
interior da oficina mecânica.

Quadro 1 – Relação Riscos Físicos X Consequências

RISCOS FÍSICOS CONSEQUÊNCIAS


Cansaço, irritação, dores de cabeça,
diminuição da audição, aumento da pressão
Ruídos arterial, problemas do aparelho digestivo,
taquicardia e perigo de infarto.
Cansaço, irritação, dores nos
membros, dores na coluna, doença do
Vibrações movimento, artrite, problemas digestivos,
lesões ósseas, lesões dos tecidos moles,
lesões circulatórias, etc.
Fonte: BRASIL, NR-09, 2013.

7.3.1.1.1. Ruído e Limites de Tolerância (LT) ao Ruído


Segundo Ilda (2005), ruído é um estimulo auditivo que não contém
informações uteis para a tarefa em execução, sendo considerado um som
indesejável e Fantini (2008) afirma que o ruído pode ser considerado todo som
excessivo ou incomodo ao organismo, encontrado em praticamente todos os
processos produtivos.
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A NR-15 (Brasil, NR-15, 2013), determina que o ruído pode ser


classificado como continuo, intermitente e de impacto. Sendo, o ruído contínuo
é aquele cujo nível de pressão sonora (nps) varia de 3 dB durante um período
longo (mais de 15 minutos) de observação; ruído intermitente aquele cujo nível
de pressão sonora (nps) varia de 3 dB em períodos curtos (superior a 0,2 e 12

menor que 15 minutos); ruído de impacto são picos de energia acústica de


curta duração (inferior a 1 segundo), a intervalos superiores a 1 segundo e que
chegam a níveis de 110 a 135 dB.

Ademais, a NR-15, Atividades e Operações Insalubres, Portaria nº 3.214


(BRASIL, NR-15, 2013) define como limite de tolerância a concentração, ou
intensidade máxima ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo de
exposição ao agente que potencialmente não causará danos à saúde do
trabalhador durante sua vida laboral.

Quadro 2 – Limites de Tolerância para Ruídos Contínuos e Intermitentes

NÍVEL DE RUÍDO Db (A) MÁXIMA EXPOSIÇÃO DIÁRIA


PERMISSÍVEL

85 8 horas

86 7 horas

87 6 horas

88 5 horas

89 4 horas e 30 minutos

90 4 horas

91 3 horas e 30 minutos

92 3 horas

93 2 horas e 40 minutos

94 2 horas e 15 minutos
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95 2 horas

96 1 hora e 45 minutos 12

98 1 hora e 15 minutos

100 1 hora

102 45 minutos

104 35 minutos

105 30 minutos

106 20 minutos

108 15 minutos

110 10 minutos

112 10 minutos

114 8 minutos

115 7 minutos
Fonte: (BRASIL, NR-15, 2013).

Os prejuízos da audição, assim como outros problemas ocasionados


pelo ruído podem ser reduzidos fixando-se limites máximos admissíveis para
os ruídos, expressos em dB(A). O ruído continuo de 85 dB é considerado
máximo tolerável para uma exposição de 8 horas de jornada de trabalho diária,
pelas normas brasileiras NR-15. Se o ruído subir para 90 dB ou mais, faz-se
necessário tomar medidas para reduzir o nível de ruído, limitar o tempo de
exposição do trabalhador ou adotar o uso de protetor auditivo.
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7.3.1.1.2. Vibração
A NR-15, Anexo 8, determina que as atividades e operações que
exponham os trabalhadores, sem a proteção adequada, às vibrações
localizadas ou de corpo inteiro, serão caracterizadas como insalubres, através
de perícia realizada no local de trabalho. 12

7.3.1.2. Riscos Químicos


Os riscos químicos estão estabelecidos por parâmetros mínimos na NR-
9, Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, e correspondem a poeiras,
fumos, névoas, gases e vapores que são absorvidos por via cutânea, via
digestiva e via respiratória. É o perigo a que determinado individuo está
exposto ao manipular produtos químicos que podem causar-lhe danos físicos
ou prejudicar-lhe a saúde. Os danos físicos relacionados à exposição química
variam desde irritação na pele e olhos, passando por queimaduras leves, indo
até aqueles de maior severidade, causado por incêndio ou explosão. Os danos
à saúde podem advir de exposição de curta e/ou longa duração, relacionadas
ao contato de produtos químicos tóxicos com a pele e olhos, bem como a
inalação de seus vapores, resultando em doenças respiratórias crônicas,
doenças do sistema nervoso, doenças nos rins e fígado, e até mesmo alguns
tipos de câncer (BRASIL, NR-09, 2013).

7.3.1.3. Riscos Biológicos


Os riscos biológicos são causados por microrganismos como bactérias,
fungos, vírus, bacilos e outros, sendo capazes de desencadear doenças devido
à contaminação e pela própria natureza do trabalho.

Quadro 3 – Riscos Biológicos e suas Consequências

RISCOS BIOLÓGICOS CONSEQUÊNCIAS

Vírus, bactérias e protozoários Doenças infectocontagiosas

Fungos e bacilos Infecções variadas externas

Parasitas Infecções cutâneas ou sistêmicas,


podendo causar contágio
Fonte: (BRASIL, NR-09, 2013).
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8. ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS – APR


A análise preliminar de riscos (APR) é uma técnica baseada em modelos
militares de programas de segurança de seus sistemas, também implantado
em empresas químicas. Evidencia-se a sua eficiência no desenvolvimento dos 12

processos sendo a sua execução importante para anteceder outros métodos


mais detalhados de identificação de riscos (AMORIM, 2013).
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Quadro 01 – Análise preliminar de riscos ambientais

SERVIÇO MECÂNICO

AVALIAÇÃO
IDENTIFICAÇÃO DO RISCO 12
DO RISCO
RECOMENDAÇÃO
S F I
PERIGO CAUSA RISCO CONSEQUÊNCIA
E R R
- Cuidados com a
Estocagem Dano à qualidade de armazenagem dos resíduos;
Acúmulo de água Presença de
irregular de vida dos habitantes - Manter resíduos que possam
parada vetores
resíduos no entorno da oficina acumular água (pneus e
embalagens) em local coberto.
Manobragem de - Boa ventilação do local de
veículos Vapores de escape trabalho;
Emissão/ Mal do veículo e odores - Sempre manter tambores
Alteração da
liberação de armazenamento são prejudiciais à
qualidade do ar
gases de substâncias saúde dos
que liberam funcionários
gases voláteis
Vazamento Estocage Incêndio Danos às 0 - Manter extintores de
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de m irregular/mal instalações do 1 incêndio no local, certificando-


óleo/lubrificante condições do empreendimento, se que estes sejam do tipo
usados recipiente de ferimentos, morte. apropriado para o incêndio;
armazenamento
12
Alteração da - Cuidados com os
Contamin qualidade do solo recipientes de
ação do solo armazenamento do resíduo;
- Piso
Contamin Alteração da impermeabilizado;
ação de águas qualidade da água - Quando for detectado
superficiais e vazamento de substância
subterrâneas oleosa, conter imediatamente
com material absorvente
(areia ou serragem).

Quadro 02 – Análise preliminar de riscos ocupacionais


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SERVIÇO MECÂNICO
AVALIAÇÃO
IDENTIFICAÇÃO DO RISCO
DO RISCO
RECOMENDAÇÃO
S F I 12
PERIGO CAUSA RISCO CONSEQUÊNCIA
E R R
Piso Queda em Escoriação, corte, Limpeza e organização.
Queda 3 3 6
escorregadio mesmo nível fratura e morte Treinamento.
Desmontagem Contato com Risco químico Doenças do aparelho 3 2 6 Uso dos devidos Equipamentos
e montagem produtos respiratório, doenças de Proteção Individual (EPIs).
de motores químicos de pele, doenças do Para este risco: bota e luva de
coração e sistema PVC, vestimenta de segurança,
circulatório, doenças capacete, uso de máscara para
neurológicas, fadiga, gases.
dor de cabeça,
convulsão, coma,
dermatite de contato,
eritema, bolhas. O
contato com os olhos
pode provocar
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sensação de
queimação, com lesão
do epitélio.
Uso de equipamentos de
Movimentação 12
levantamento e/ou bancadas de
Postura de carga
Ergonômico Lesões na coluna 3 2 6 apoio
inadequada
Posição de Exercícios periódicos de
trabalho ginastica laboral
Perda auditiva,
diminuição da
habilidade, hipertensão
arterial,taquicardia, Uso de protetorauricular tipo
Explosão de aumento da viscosidade concha nas dependências
Fagulha ou Ruído de
produto sanguínea, dilatação da 3 2 6 dalavagem;
curto circuito impacto
químico pupila, gastrite, Realização do Programa de
inquietude, depressão, Conservação Auditiva (PCA)
irritabilidade, falta de
memória e alteração do
sono.
Veículo Veículo Queda de Esmagamento, fratura e 3 1 3 Treinamento
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veículo morte.
Treinamento
em movimento descalçado Queda da Escoriação,
2 1 2
peça esmagamento e corte
12
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8.1. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os estudos ambientais realizados para elaboração do Plano de Controle


Ambiental do Auto Peças Molas Asa Branca LTDA. Me. tecer algumas
12
conclusões:

- As ações impactantes não ocasionarão impactos acentuados ao meio


ambiente, pelo fato da área já possuir certo grau de antropização, onde as
agressões à natureza serão bastante limitadas e pontuais;
- O empreendimento originara impactos altamente positivos ao meio
socioeconômico, fortalecendo o desenvolvimento da região, além da geração
de empregos e divisas;
- As medidas mitigadoras são de fácil execução, de baixo custo, o que
permitirá o controle dos impactos ambientais que podem ser desencadeados
pela operação do empreendimento.
Levando-se em consideração todas as medidas previstas no estudo
ambiental, de caráter preventivo e compensatório, objetivando minimizar os
efeitos das ações impactantes que poderão atuar sobre o meio ambiente, bem
como outras de caráter complementar, visando produzir os resultados
esperados, as atividades do empreendimento irão trazer ganhos
socioeconômicos para o município e região, através do uso sustentado dos
recursos naturais, evidenciando a perfeita viabilidade de operação do
empreendimento, tanto do ponto de vista técnico como também ambiental, pois
as atividades desenvolvidas permitem operação do empreendimento, dentro
das normas ambientais vigentes.

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