INVESTIGAÇÃO DE
ANTOCIANINAS POTENCIAIS NA
FLOR “BORBOLETINHA”
Mayara Marques Lima; Jessica Neves da Silva de Almeida; Rosemary Maria Pimentel Coutinho
Instituto Federal do Pará – Marabá Industrial (Marabá/PA)
1 INTRODUÇÃO
As principais classes de pigmentos responsáveis pelo
colorido de flores, frutos e folhas são designadas de agentes
cromóforos, que contribuem na coloração das espécies
destacando-se as porfirinas, os carotenoides e os
flavonoides (CIPRIANO, 2012).
Figura 1 – Flor “borboletinha”
Fonte: AUTORES (2018).
O objetivo deste trabalho foi avaliar a extração mais
eficaz, identificar e quantificar o teor de antocianinas na flor
“borboletinha”, já que não há estudos na literatura que
relatem a presença de antocianinas relacionadas à mesma.
2 METODOLOGIA
O material botânico (flores) foi coletado nas vias
principais do bairro Nova Marabá, da cidade de Marabá-PA.
Após as flores serem coletadas, foram submetidas a uma
triagem através da separação manual dos caules, botões e
flores, com vistas à eliminação de material estranho.
Figura 2 – separação manual dos caules, botões e flores.
Fonte: AUTORES (2018).
A extração dos pigmentos foi adaptada a partir dos
trabalhos de FRANCIS (1968). A técnica de cromatografia
em papel (CP) foi a metodologia adotada para detecção da
presença de antocianinas e a quantificação foi realizada por
meio do método espectrofotométrico UV-Vis marca HACH,
modelo DR 3900, a 535 nm, conforme figura abaixo.
Figura 3 – espectrofotométrico UV-Vis.
Fonte: AUTORES (2018).
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Os resultados foram positivos para o teste de detecção
nas concentrações de 70%, 85% e 95%, fator de retenção
(Rf), de 0,44 cm, 1,9 cm e 32 cm respectivamente.
Observou-se a presença de manchas azuis (Figura 4), após
o desenvolvimento cromatográfico, indicando a existência
de antocianina no extrato.
Figura 4 – Cromatografia em papel.
Fonte: AUTORES (2018).
A quantificação do teor de antocianina, pH 2, nas
concentrações detectadas foram de 112 mg/100g, 548,17
mg/100g e 1129 mg/100g respectivamente (Tabela 1),
revelando que quanto maior a concentração de etanol,
maior a interação do teor de antocianina a ser extraído,
conforme Figura 5.
Figura 5 – Três concentrações de etanol.
Fonte: AUTORES (2018).
Tabela 1 – Teor de Antocianina em mg/100g encontrado em
extratos com diferentes concentrações de etanol.
Concentração de etanol Teor de antocianina em
mg/100 g
70 % 112
85 % 548,17
95 % 1129,90
Fonte: AUTORES (2018).
A flor “borboletinha” pode ser classificada como vegetal
com levado teor de antocianinas quando se refere às
concentrações de etanol 85% e 95%, conforme a classificação
adotada por MACHEIX et al. (1990), apud TEIXEIRA,
STRINGHETA E OLIVEIRA (2008), que estabeleceram limite
inferior de 200 mg/100 g para tal classificação.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através dos resultados obtidos, comprovou-se a presença de
antocianina na flor “borboletinha” e seu teor em duas
concentrações de etanol foi considerado como alto quando
comparado com outros trabalhos, sendo assim, os próximos
estudos a serem realizados serão os testes de estabilidade,
identificação das antocianinas majoritárias e avaliação do seu
potencial antioxidante.
REFERÊNCIAS
FULEKI, T.; FRANCIS, F. J. Quantitative methods for
anthocyanins: 2. Determination of total anthocyanins and
degradation index for cranberry juice. Journal of Food Science,
v.33, p.78-83, 1968. DOI: 10.1111/j.1365-
2621.1968.tb00888.x.
TEIXEIRA, L. N.; STRINGHETA, P. C.; DE OLIVEIRA, F. A.;
Comparação de métodos para quantificação de antocianinas.
Revistas Ceres, v. 55, n. 4, p. 297-304, 2008.
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