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Universidade Estadual de Santa Cruz

Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação


Programa Institucional de Iniciação Científica

RELATÓRIO FINAL

Estudos de Plantas Medicinais Aromáticas da Família


Asteraceae

Prospecção fitoquímica de plantas medicinais da família


Asteraceae

Bolsista: Hemerson Dantas dos Santos


Orientador (a): Rosilene Aparecida de Oliveira
Programa: ICB
Vigência da bolsa: agosto/2014 a julho/2015

Ilhéus, 14/08/2015
1. Resumo
A prospecção química vem contribuir com a caracterização dos metabolitos,
sendo um importante recurso para a associação com a capacidade de sequestro radicalar,
em que tais produtos podem ser fontes promissoras de antioxidantes naturais.
Considerando o grande potencial terapêutico das plantas medicinais utilizadas na região
Sul da Bahia, principalmente pertencentes a família Asteraceae, este trabalho teve como
objetivo quantificar os teores dos metabólitos (compostos fenólicos totais; flavonoides;
antocianonas; carotenoides e taninos) das folhas secas (FS) das espécies Bidens pilosa e
Sphagneticola trilobata bem como avaliar a atividade antioxidante (AAO) do extrato
etanólico foliar (ETA). Para a AAO, adotou-se o método DPPH (1,1-difenil-2-
picrilhidrazila), usando o ácido ascórbico (ASC) como referência. O ETA foi diluído
nas concentrações de 5 a 500µg/mL, realizando-se a leitura a 515nm. Calculou-se a
porcentagem de sequestro de radicais livres (%SRL) para obtenção da concentração
efetiva (CE50) e o Índice de Atividade antioxidante (IAA). Os teores de flavonoides
foram maiores para B. pilosa de 478,3 ± 0,4 mg/100g enquanto que para a S. trilobata
261.8 ± 0.02 mg/100g. Para a AAO da B. pilosa a partir da %SRL, obteve-se a CE50 de
38,4 µg/mL e o IAA de 3,1 e para S. trilobata obteve-se CE50: 48.6 µg/mL e IAA 2.4 O
ASC apresentou CE50 de 18,9 µg/mL e IAA 6,2. O ETA de B. pilosa e S. trilobata
apresentaram forte AAO, o que indica o provável indicativo das espécies para futuras
aplicações como antioxidante natural.

2. Introdução

Muitos estudos sobre prospecção química qualitativa têm sido realizados


referentes a família Asteraceae, no entanto, poucos são os relatos sobre a análise
quantitativa dos metabólitos secundários presentes nas plantas medicinais Bidens pilosa
Linn e Sphagneticola trilobata Linn Pruski pertencentes a esta família. Esse estudo é
importante para a caracterização dos metabolitos secundários presentes nessas plantas
medicinais de vasto no uso popular.
A família Asteraceae é considerada uma das mais importantes no campo de
pesquisa com interesses terapêuticos, pois possui diversas espécies que popularmente
são usadas como medicamentos (DI STASI et al, 2002). Outros autores relatam o
grande potencial químico e biológico desta família devido a riqueza das estruturas
químicas (metabólitos secundários) que apresentam atividades biológicas,
(CARVALHO et al, 2001; FRANZENER et al, 2007; GOTT et al, 2010).
Dentre as classes de compostos químicos que formam os metabólitos secundário
capazes de estabelecer ação biológica, destacam-se os flavonóides, compostos fenólicos
e os carotenóides. Inúmeros autores citam esses compostos como responsáveis pela
atividade antioxidante de espécies vegetais tais como Eugenia uniflora, Pereskia
aculeata Mill, Piper arboreum, dentre outras (SOUSA et al, 2007; DUZZIONI et al,
2010; AZEVEDO et al, 2011; PINHEIRO, 2013; ALMEIDA et al, 2014; SILVA et al
2014).
O estudo da atividade antioxidante de produtos naturais tem tido um grande
crescimento nas últimas décadas, o interesse por essas pesquisas se devem a sua
capacidade de prevenir e reduzir danos oxidativos ao DNA, as proteínas e aos lipídeos
(HESS; ZANINI, 2009). Atuando como sequestradores de radicais livres, estes são
responsáveis para iniciação ou progressão de doenças (DIPLOCK et al, 1998; SOUSA
et al,2014), tais como doenças cardíacas, arteriosclerose, alguns tipos de câncer,
Alzheimer e diabetes (TAKAO et al, 1994, VALKO et al, 2006, GONENC et al, 2011,
VERARAMIREZ et al., 2011).
Os antioxidantes também são amplamente utilizados como conservantes por inibir
ou reduzir a oxidação lipídica dos alimentos (RAMALHO et al, 2006). Entretanto, os
antioxidantes sintéticos podem causar lesões no fígado e carcinomas (GRICE, 1988).
Assim sendo, os produtos naturais vêm sendo investigado como fonte de antioxidantes
naturais, minimizando os efeitos colaterais dos antioxidantes sintéticos
Para a determinação da atividade antioxidante foi adotado o método do 2,2-
difenil-1-picrilhidrazila (DPPH), que se desenvolve através de sequestro de radicais
livres os quais podem ser quantificados por medidas espectrofotométricas de absorção
molecular. Inicialmente o DPPH apresenta uma coloração violeta indicando sua forma
como radical livre estável, porém quando em contato com alguma substância
antioxidativa ocorre a transferência de elétrons do composto antioxidante para o
oxidante (DPPH) mudando a coloração violeta para amarela. Por fim este decaimento
do radical livre pode ser mensurado através de um espectrofotômetro.
Neste trabalho foi estudada a espécie S. trilobata (L) Pruski de ocorrência em
todos os estados brasileiros e popularmente conhecida como “vedélia” (MONDIN et al,
2013). Suas propriedades terapêuticas se desenvolvem em diminuir os níveis de glicose
no sangue (FEIJÓ et al, 2012), potenciais efeitos anti-inflamatórios (MALDINI et
al,2009), além de ser muito utilizada na medicina popular contra gripes, resfriados,
dores de cabeça, febre, infecções e patologias respiratória, dor na uretra, dor nas pernas,
cólica menstrual, dor de estômago (AGRA et al, 2008; MALDINI et al, 2009, MEENA
et al. 2011; SILVA et al 2012).
A segunda espécie estudada foi a B. pilosa L. espécie nativa da América Tropical
e amplamente distribuída em quase todas as regiões tropicais e subtropicais (MONDIN
et al, 2010), popularmente conhecida por carrapicho-de-agulha, possui propriedades
antimalárica, antioxidante, antimicrobiana, hepatoprotetora, no tratamento da icterícia,
pedra na vesícula, dor nos rins, inflamação, hepatite, dores nos ossos, icterícia, infecção
(ROJAS 2011; FEIJO et al, 2013).
As propriedades terapêuticas presentes nestas espécies se devem a presença de
uma variedade de classes de compostos químicos tais como, os flavonoides,
carotenoides, antocianinas, entre outros que possam apresentar ação biológica (ROJAS
2011 e BALEKAR et al, 2014).
Em vista da importância e aplicabilidade desses metabolitos secundários, este
trabalho sobre fitoprospecção química, tem como objetivo realizar a prospecção
fitoquímica das folhas secas de duas espécies de plantas medicinais pertencentes a
família Asteraceae da região de Ilhéus-Bahia, bem como avaliar a atividade antioxidante
frente ao DPPH de seus extratos etanólicos.

3. Material e Métodos
3.1. a - Coleta do material vegetal

As folhas das espécies S. trilobata e B. pilosa foram coletadas no Horto de Plantas


Medicinais da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) sendo a S. trilobata
coletada no mês de julho/2014 e a B. pilosa coletada em fevereiro/2015. As folhas
foram secas em estufa de ventilação forçada até massa constante. Ao fim deste
processo o material foi armazenado em saco plástico no Laboratório de Pesquisa em
Produtos Naturais e Sínteses (LPPNS) ao abrigo da luz.

3.2.b – Extrato etanólico


As folhas foram trituradas e submetidas a extração exaustiva pelo método de
Matos (1997), na qual o material vegetal (10g) foi adicionado a um erlenmeyer com
etanol (100 mL) sob agitação ocasional. A cada oito dias, a mistura foi filtrada, o
extrato foi concentrado no rotaevaporador e o sólido foi resubmetido novamente a
extração. Este procedimento se repetiu cinco vezes. Por fim, os extratos concentrados
foram combinados e armazenado em recipiente de vidro ao abrigo da luz.
3.3. Prospecção fitoquímica

3.3.1. Determinação de Carotenoides

Foi utilizada a metodologia descrita por KIMURA e RODRIGUES-AMAYA


(2003) com ajustes para amostras contendo clorofila em sua matriz. A 0,200g da
amostra adicionou-se 50mL de acetona, após 30min a mistura foi filtrada a vácuo. O
filtrado passou por um tratamento de clarificação usando uma solução de hidróxido de
bário a 5% e sulfato de zinco a 5% (1:1), deixando agir por 20min. Amostra foi
filtrada, e o filtrado foi transferido para um funil de separação, ao qual foram 30mL de
éter de petróleo. A fase etérea foi lavada, sucessivamente, seis vezes com água, e
secada com sulfato de sódio anidro. Em seguida foi transferida para um balão
volumétrico de 50mL, e o volume aferido com éter de petróleo. Ao fim deste
procedimento foi realizada a leitura de absorção molecular no comprimento de onda
de 450nm utilizando o espectrofotômetro modelo Nova 1600UV.
Para os cálculos dos teores de carotenoides aplicou-se a equação 1 seguinte:

Carotenoides (µg.100g-1) = (Equação 1)

Em que:
A =absorvância (450nm ); coeficiente de extinção molar do β-
caroteno em éter de petróleo = 2592.

3.3.2. Determinação do teor de Taninos insolúveis

Para a realização deste experimento foi adotado a metodologia segundo PEREZ et


al (1999). Para tanto foram utilizados 0,1250g da amostra com 10mL de solução
aquosa de acetona 80%. Após agitar por 20 minutos a mistura foi filtrada. O sólido foi
resubmetido a extração por duas vezes. Os filtrados foram transferidos para um balão
volumétrico e o volume aferido para de 25,0mL.
Em seguida transferiu para um tubo de ensaio, revestido com folha de alumínio,
uma alíquota de 500µL da amostra e 3,0mL de solução metanólica de vanilina a 4%. A
mistura foi homogeneizada e posteriormente adicionado 1,5mL de ácido clorídrico
concentrado. Após reagir por 20 minutos foi realizado leitura espectrofotométrica no
comprimento de onda de 500nm.
Foi preparado uma curva analítica com solução padrão de catequina. A partir da
solução mãe 140µg.mL-1 foram preparadas concentrações de (5; 35; 65; 95 e 125)
µg.mL-1. As concentrações foram submetidas as mesmas condições da análise da
amostra em triplicata

3.3.3. Determinação de Compostos Fenólicos

Este experimento foi baseado na metodologia de (LEMOS, 2008) com ajustes


para amostras contendo clorofila em sua matriz. Consistiu em pesar 0,3g da amostra e
transferir para um erlenmeyer contendo 8,0mL de etanol. A mistura foi agitada por
30minutos e o material vegetal resubmetido ao processo de extração por mais duas
vezes, os filtrados foram combinados e transferidos para um balão volumétrico de
25,0mL. Em seguida o extrato foi tratado com a solução clarificadora, semelhante ao
processo de clarificação realizado na determinação de carotenóide. Do filtrado retirou-
se uma alíquota de 500µL e transferiu-a para um tubo de ensaio revestido por folha de
alumínio, a ele adicionou-se 500µL de Folim-Ciocalteou, 1,0mL de carbonato de sódio
e 8,0mL de água destilada, deixando reagir por 30min. Em seguida foi realizada a
leitura no comprimento de onda de 773nm.
Para a quantificação dos teores de compostos fenólicos, preparou-se a curva
analítica com solução padrão de Ácido Gálico, obtendo as concentrações de (5; 10;
72,5; 145 e 217,5) µg.mL-1, preparadas a partir da solução mãe de 1000µg.mL-1.
Alíquotas de 0,5mL de cada concentração, foram submetidas a reações em tubos de
ensaio, semelhante ao ensaio realizado com as amostras vegetais, e as leituras de
absorções foram realizadas em 773nm, em triplicata

3.3.4. Determinação do teor de Antocianinas

Para a realização deste experimento foi baseado em FULEKI e FRANCIS (1968).


Adicionou 0,25g da amostra com 30mL de solução extratora (30% de ácido clorídrico
1,5mol.L-1 e 70% etanol) em um erlenmeyer. Esta mistura foi mantida a (7±2)ºC.
Após 12horas filtrou-se o extrato e o filtrado foi transferido para um balão volumétrico
de 50mL e aferido com a solução extratora, em seguida realizou-se a leitura de
absorção em 535nm. Esse procedimento foi realizado em triplicata. Para a
quantificação dos teores de antocianinas aplicou-se a equação (4):
, (Equação 4)

Em que: Abs = Absortividade.

3.3.5. Determinação do teor de Flavonoides

Foi utilizada a metodologia de (PEIXOTO et al, 2008) com adaptações. 0,25g de


amostra foi misturada a 13mL de metanol. Após 30minutos com agitação magnética e
aquecimento brando, a mistura foi filtrada e o sólido lavado com metanol. O filtrado
foi transferido para um balão volumétrico de 25,0mL e o volume aferido com metanol.
Da solução da amostra retirou-se uma alíquota de 400µL para um balão volumétrico
de 10,0mL, sendo adicionados 240µL de ácido acético glacial, 4,0mL de solução
metanólica de piridina 20% e 1mL de cloreto de alumínio. Por fim, o volume foi
aferido com água destilada. Após 30minutos foi realizado a leitura espectrofotométrica
em 420nm, em triplicata
Para a quantificação dos teores de flavonoides, preparou-se a curva analítica com
solução metanólica do padrão Rutina, obtendo as concentrações de (10; 30; 50; 70 e
100) µg.mL-1 preparadas a partir da solução mãe de 5,0mg.mL-1. Alíquotas de 400µL
de cada concentração obtida, foram submetidas ao mesmo procedimento realizado
com as amostras vegetais, e as leituras de absorções foram realizadas em 420nm.
Realizada em triplicata.

3.4. Atividade Antioxidante

Foi adotado o procedimento conforme (Silva et al, 2014), usando ácido ascórbico
como referência para a determinação da atividade antioxidante, sendo assim foi
preparada uma solução de DPPH (SIGMA) à 0,3mMol com absorção molecular obtida
na faixa entre 0,6-0,8 através do espectrofotômetro modelo Nova 1600UV. No
decorrer de todo o experimento evitou-se a exposição dos reagentes à luminosidade do
ambiente. A partir das soluções mãe 1000µg.mL-1 das amostras S. trilobata e B. pilosa
em etanol preparou-se as concentrações de 5, 27.5, 50, 72.5, 125, 250 e 500 µg.mL-1.
As concentrações foram submetidas à reação, em triplicata, com o radical DPPH· em
uma proporção de 2,5mL de amostra e 1,0mL de DPPH num total de 3,0mL ao abrigo
da luz por 30min. Após este período foram feitas as leituras das absorvâncias em
comprimento de onda de 515nm, em triplicata. O controle positivo foi realizado com
o ácido ascórbico nas mesmas concentrações das amostras e a solução controle
negativo foi preparado com 2,5mL do solvente (etanol) e 1,0mL da solução de DPPH·
sem a presença de antioxidantes, em triplicata. A porcentagem de sequestro de radicais
livres (%SRL) foi calculada correlacionando-se a absorvância média de cada amostra
com a absorvância da solução controle ao final da reação conforme equação 6. A
concentração efetiva (CE50) foi calculada a partir de uma curva de regressão linear,
obtida através das concentrações das amostras e o restante do SRL, que corresponde à
diferença entre o valor máximo e a quantidade de SRL encontrada. O índice de
atividade antioxidante (IAA) foi calculado correlacionando-se a massa de DPPH
(μg.mL-1) com CE50 (μg.mL-1) conforme Equação 7:

Equação 6

Absc: Absorção da solução controle; Absa: Absorção da amostra

Equação 7

mDPPH: massa de DPPH; CE50: Concentração efetiva

3.5 – Análise estatística:


As folhas secas de S. trilobata e B. pilosa foram submetidas aos testes para
quantificação dos teores de carotenóides, taninos solúveis, compostos fenólicos totais,
antocianinas e flavonóides bem como a determinação da atividade antioxidante. Os
dados obtidos foram submetidos ao tratamento estatístico descritivo com auxílio do
software BioEstat5.0 para verificação de outliers e análise de variância um critério,
seguido de comparações múltiplas das médias pelo teste Tukey. Os valores obtidos
correspondem à média de três replicatas (n=3) ± desvio padrão da média. Para os
resultados considerados diferentes apresentam probabilidade de ocorrência da hipótese
de nulidade menor que 5% (P<0,05)
4. Resultados e discussão

4.1. Preparo da amostra vegetal

Aproximadamente 10g de folhas secas das amostras foram trituradas (figura 1),
afim de obter uma maior superfície de contato e consequentemente uma melhor
extração dos componentes químicos da amostra. Esse material foi rotulado e
adequadamente armazenado em frascos de vidros vedados, afim de evitar umidade, e
ao abrigo da luz para realização dos experimentos de prospecção fitoquímica.

Figura 1 – Folhas da mostra triturada B. pilosa (esquerda) e S. trilobata (direita)

4.2. Prospecção fitoquímica

4.2.1. Determinação de Carotenoides

Os pigmentos de carotenóides extraídos na fase etérea foram quantificados de


acordo com a metodologia proposta de (KIMURA et al, 2003) com adaptações. Os
valores de absorvâncias foram submetidos a equação (1) e os teores obtidos são
apresentados na tabela-1.
Tabela 1-Quantificação dos teores de carotenoides das folhas secas de S. trilobata e B. pilosa.
Teor
AMOSTRAS MASSA (g) abs abs média
*(mg/100g)
WTB1 0.1500 0.0739 0.0740 0.0738 0.0739 4,75
WTB2 0.1500 0.0795 0.0795 0.0795 0.0795 5,11
WTB3 0.1500 0.0618 0.0618 0.0618 0.0618 3,97
Teor médio (µg.100g-1) 4,61 ± 0,58
BBP1 0.1257 0.2490 0.2490 0.2489 0.2490 19,10
BBP2 0.1253 0.2447 0.2447 0.2447 0.2447 18,84
BBP3 0.1251 0.2540 0.2541 0.2541 0.2541 19,59
Teor médio (µg.100g-1) 19,18 ± 0.38
abs: absovância; WTB: S. trilobata BBP: B. pilosa; p<0,05 * 100g de massa seca da
amostra
Existem diversos tipos de carotenoides como os carotenos, xantofilas entre outros.
Por serem compostos com várias insaturações – 3 à 15 – em sua cadeia, figura 2,
possui propriedades cromóforas e, portanto, podem influenciar na coloração das
substâncias, como podemos observar na figura 3. Estudos apontam que os
carotenoides apresentam benefícios contra o câncer doenças de coração, reguladores
para o sistema imune e ação antioxidante (GAZIANO, 1993; OLSON, 1999 e
AMBRÓSIO et al 2006).

Figura 2 - β-caroteno

Figura 3 - Pigmentos de carotenoides (esquerda) extraído das


folhas secas de B. pilosa e extrato contendo clorofila (direita).

Um fator muito importante, tanto neste ensaio quanto na determinação de


compostos fenólicos, foi observado na etapa de clarificação, na qual ocorre a
eliminação de clorofila (figura 4), essa substância pode mascarar a leitura de absorção
molecular característica dos os carotenoides por ser capaz de absorver radiação em
comprimento de onda próximos aos característicos dos carotenóides.

Figura 4 - Processo de Clarificação do extrato: Á esquerda se encontra o extrato contendo clorofila, ao


meio a clorofila sólida ao reagir com a solução clarificadora e a última imagem à direita a solução sem
clorofila.
Os teores de carotenóides obtidos neste trabalho foi mais significativo para as
folhas de B. pilosa (1.92±0.04) µg.100g-1 em comparação aos teores das folhas de S.
trilobata.
Na literatura não há relatos de estudos referentes a quantificação dos teores de
carotenóides para essas espécies, porém existem estudos qualitativos referentes a
presença qualitativa desses metabolitos em plantas medicinais da família Asteraceae
(BALEKAR et al, 2014 e FABRI, et al. 2011).

4.2.2. Determinação do teor de Taninos pelo método da vanilina

O método da vanilina se baseia na formação de aduto (figura 5), de coloração


vermelha, a partir da reação entre os taninos e aldeídos (NASCIMENTO, 2011).
Os parâmetros analíticos obtidos a partir da Curva analítica de Catequina foram:
y=0.0024x + 0.2173 equação(2)
2 -1
r =0.9990; limite de detecção = 0,233µg.mL e limite de quantificação
(LQ)=5,0µg.mL-1 à 125µg.mL-1.

Figura 5 - Reação da vanilina com a Catequina formando um aducto colorido com absorvância máxima a
517nm.

No entanto, ambas as espécies vegetais não apresentaram quantidades


mensuráveis destas substâncias usando a essa metodologia, de forma qualitativa
também não foi observado alteração de cor, esperado como indicativo de formação do
aduto.
Teor de taninos significativos são, mais comuns, em cascas e grãos (Chang et al.
1994).
4.2.3. Determinação de Compostos Fenólicos

Os parâmetros analíticos obtidos da curva analítica para a quantificação dos teores


de compostos fenólicos com o padrão Ácido Gálico em etanol, foram:
y=0,0034x – 0,0194, equação (3)
r2=0.9995; Limite de detecção = 1,973ug.mL-1 e Limite de quantificação entre 5,0
µg.mL-1 a 217µg.mL-1.
Os resultados encontrados para a determinação de compostos fenólicos, utilizando
o reagente Folin-Ciocalteu e valores de massa expresso em equivalente de Ácido
Gálico são apresentados na tabela 2. Os teores de fenóis totais foram encontrados com
a aplicação da equação-3 da curva analítica. Dos teores obtidos, entre a B. pilosa e S.
wedélia são próximos.

Tabela 2 - Quantificação dos teores de compostos fenólicos das folhas secas de WTB e BBP.
AMOSTRAS MASSA (g) abs abs média Teor (mg EAG/100g extrato)
WTB1 0.3002 0.0408 0.0408 0.0408 0.0408 147.45
WTB2 0.3000 0.0397 0.0397 0.0397 0.0397 144.85
WTB3 0.3000 0.0434 0.0434 0.0433 0.0434 153.84
-1 148.7 ± 3.4
Teor médio (mg.100g )
BBP1 0.3002 0.0569 0.0568 0.0569 0.0569 11.2
BBP2 0.3003 0.0305 0.0305 0.0305 0.0305 7.3
BBP3 0.3002 0.0407 0.0408 0.0408 0.0408 8.9
-1 152.1 ± 0.2
Teor médio (mg.100g )
abs: absovância; WTB: S. trilobata BBP: B. pilosa; p<0,05. EAG: Equivalente Ácido Gálico

A quantificação dos teores de compostos fenólicos para B. pilosa corrobora com a


existências desses compostos nessas espécies em estudos realizados por KVIECINSKI,
(2007) 3,6 mg EAG/g. Estes compostos estão implicado contra muitas doenças
incluindo as inflamatórias (ROJAS, 2011).

4.2.4. Determinação do teor de Antocianinas

A tabela 3 apresenta os teores de antocianinas obtidos pela metodologia de


(LIMA, 2003) aplicando a equação 4, o qual utiliza o parâmetro de absortividade
molar fundamentada na lei de Lambert-Beer.
Tabela 3 - Quantificação dos teores de antocianinas das folhas secas de WTB e BBP.
AMOSTRAS MASSA (g) abs abs média Teor (mg/100g extrato)
WTB1 0.250 0.0930 0.0929 0.0931 0.0930 0.0474
WTB2 0.250 0.0721 0.0721 0.0721 0.0721 0.0367
WTB3 0.250 0.0737 0.0737 0.0737 0.0737 0.0375
-1
Teor médio (mg.100g ) 0.041±0.006
BBP1 0.1255 0.2180 0.2180 0.2180 0.2180 0.056
BBP2 0.1252 0.2266 0.2266 0.2266 0.2266 0.058
BBP3 0.1254 0.2223 0.2223 0.2223 0.2223 0.057
-1
Teor médio (mg.100g ) 0.057 ± 0.001
abs: absovância; WTB: S. trilobata BBP: B. pilosa; p<0,05

Na literatura ainda há poucos relatos sobre teores de antocianinas presentes nestas


espécies, apesar de ser uma das classes mais importantes de flavonoides (MOON et al,
2006).

4.2.5. Determinação do teor de Flavonoides

Os parâmetros obtidos a partir da curva analítica com o padrão Rutina, foram:


y=0,0075x+01, equação(5); sendo r2=0,9349; Limite de detecção = 0,480µg.mL-1
e Limite de quantificação = 10,0 µg.mL-1 a 1,599µg.mL-1.
Os resultados dos teores de flavonoides foram obtidos com o cálculo de regressão
linear substituindo “y” da equação 5 - da curva analítica com o padrão de Rutina em
metanol - pelos valores de absorvâncias obtidos nas análises. Os dados de absorção
molecular das amostras encontram-se dentro da faixa de trabalho, ou seja, em
proporcionalidade com as concentrações do padrão Rutina. Os dados obtidos são
apresentados na tabela 4.

Tabela 4 - Quantificação dos teores de flavonoides das folhas secas de S. trilobata e B. pilosa.
AMOSTRAS MASSA (g) abs abs média Teor (mg ER/100g extrato)
WTB1 0.2500 0.1787 0.1785 0.1785 0.1786 261.8
WTB2 0.2500 0.1777 0.1774 0.1775 0.1775 258.4
WTB3 0.2500 0.1796 0.1796 0.1795 0.1796 265.2
-1
Teor médio (mg.100g ) 261.8 ± 0.02
BBP1 0.2502 0.2267 0.2267 0.2268 0.2267 422.1
BBP2 0.2506 0.2607 0.2607 0.2607 0.2607 534.4
BBP3 0.2504 0.2437 0.2437 0.2438 0.2437 478.3
-1
Teor médio (mg.100g ) 478.3 ± 0.4
abs: absovância; WTB: S. trilobata BBP: B. pilosa; p<0,0; ER: Equivalente Rutina
Os flavonoides são estruturas polifenólicas de baixo peso molecular os quais
podem ser encontrados naturalmente nas plantas, possuem propriedades cromóforas,
desta forma também contribuem com a coloração das folhas e flores, além de ser
capaz de absorver a radiação UV e visível do espectro solar, protegendo assim as
plantas desta radiação (MOON et al, 2006). Metabólitos secundários assim como os
flavonoides, estão presentes em estudos de plantas como responsáveis por importantes
atividades biológicas, tais como citotóxicas, antitumoral, pesticida, vermicidas,
antimicrobiana, etc. (SANTOS, 2007)
Para esta classe de compostos químicos, a B. pilosa apresentou significativamente
o maior teor 478,3mg.100g -1 em comparação com o obtido com o extrato da folha seca
de S. trilobata. Estes resultados indicam que os extratos etanólicos das folhas de B.
pilosa pode ser considerada uma fonte de compostos fenólicos com possível atividade
antioxidante, pois muitos autores relacionam o teor de compostos fenólicos com
atividade antioxidante (NASCIMENTO, 2006; SOUSA et al, 2007; CARPES, 2008;
DUZZIONI, 2010; PINHEIRO, 2013;).
A tabela 7 abaixo traz o resumo dos teores mensurados para as espécies S.
trilobata e B. pilosa nos ensaios de bioprospecção fitoquímica realizados neste estudo.

Tabela 5 - Dados gerais da prospecção fitoquímica obtidos para ambas as espécies estudadas neste
trabalho

Análises Teores WTB BBP


Carotenoides (mg.100g-1) 0.46 ± 0,06 1.92 ± 0.04
Flavonoides (mg.100g-1) 261 ± 2,3 478.3 ± 0.4
Metabolitos
Antocianina (mg.100g-1) 0.041 ± 0,006 0.057 ± 0.001
secundários
Compostos Fenólicos (mg.100g-1) 148 ± 3,4 152.1 ± 0.2
Taninos nd nd
WTB: S. trilobata; BBP: B. pilosa; nd: Não detectado pelo método; todos os valores diferem
significativamente (p<0,05).

4.3. Atividade Antioxidante

A atividade antioxidante foi determinada empregando o método com o radical


livre DPPH· (1,1-difenil-2-picrilhidrazila) (figura 6). Este teste é simples e pode
fornecer informações quanto à capacidade antioxidativa de um composto, por um
mecanismo de doação de átomo(s) de hidrogênio, porém, este método pode oferecer
respostas relativas quanto ao poder redutor da amostra em análise, uma vez que a
estrutura química do doador de elétrons não é conhecida como no caso dos extratos
vegetais (ZHUANG et al, 1999; POULLAIN et al, 2004). O DPPH é estável à
temperatura ambiente, e na sua forma radicalar possui uma coloração violeta, e após
reagir com o antioxidante converte-se do DPPH· em DPPH-H (equação 8) apresentando
uma coloração amarela, a quantificação pode então ser obtida através do decréscimo da
absorção no comprimento de onda de 515nm.

Figura 6 - Estrutura do radical DPPH

Equação 8: Estabilização do radical livre DPPH. (RUFINO, 2007)

Os resultados foram expressos em percentagens de sequestro radicalares (%SRL),


ou seja, a atividade antioxidante corresponde à quantidade de DPPH consumida pelo
antioxidante, no caso as espécies vegetais. Quanto maior for o consumo de DPPH maior
é a atividade antioxidante, podendo então comparar a intensidade desta ação
antioxidativa entre as espécies vegetais por meio do cálculo do IAA a partir da CE50
obtida e a massa de DPPH. É importante destacar que para calcular a atividade
antioxidante é necessário a utilização das leituras do controle negativo de cada amostra.
Todos os valores obtidos estão expressos na tabela 5.
Tabela 6 – Valores de absorções para atividade antioxidante e percentagem de sequestros radicalares.

Concentração (µg.mL-1)
Amostras
250 125.0 72.5 50.0 27.5 5.0
Abs 1 0.0929 0.0724 0.1344 0.2384 0.4443 0.6133
WTB Abs 2 0.0905 0.0710 0.1266 0.2230 0.4564 0.6299
Abs 3 0.0900 0.0704 0.1328 0.2255 0.4650 0.6310
80.3 31.7 ±
%SRL 86.5 ± 0.2a 89.4 ± 0.1a 66.0 ± 0.9c 7.3 ± 1.1e
±0.5b 1.1d
Abs 1 0.0946 0.0755 0.1004 0.2445 0.4195 0.6347
BBP Abs 2 0.0942 0.0746 0.0940 0.2509 0.4043 0.6173
Abs 3 0.0955 0.0764 0.0980 0.2014 0.4080 0.6250
%SRL 86.5 ± 0.1a 89.2 ± 0.1a 85.4 ±0.3 66.9 ± 2.9 38.4 ± 0.9 10.9 ±0.9
Abs 1 0.0186 0.0186 0.0209 0.0194 0.0242 0.4321
Padrão Abs 2 0.0186 0.0186 0.0216 0.0194 0.0218 0.4322
Abs 3 0.0186 0.0186 0.0213 0.0195 0.0216 0.4322
%SRL 97.3 ± 0.01* 97.3 ± %* 96.81 ± * 97.2 ± 0.01 96.6 ± 0.2 37.7 ± 0.01
abs: absovância; WTB: S. trilobata; BBP: B. pilosa; p>0,05.

Os valores de SRL calculados apresentados na figura 7 mostram um aumento


significativo entre as amostras vegetais e para o controle com o aumento das
concentrações dos mesmos, o menor valor de SRL foi obtido para a amostra de S.
trilobata 7.3%. A maior percentagem de sequestro radicalar foi obtido para o controle
97.2% e apesar da B. pilosa ter apresentado maior tendência em sequestros radicalares
comparado a S. trilobata seu maior valor de SRL não foi significativo, porém isto se
deve ao valor estatístico de DP médio e não à sua natureza antioxidante. Diante disto
podemos portanto, comparar o poder antioxidativos das amostras vegetais e controle
através de seus valores de CE50 e IAA.
A maior atividade antioxidante para a B. pilosa comparada a S. trilobata, deve-se
principalmente a presença de maior quantidade dos metabólitos secundário tais como os
carotenoides, compostos fenólicos e flavonoides. Além do mais, a S. trilobata
apresentou concentrações significativa para consumo do radical DPPH de 5,0 a 125,0
µg/mL enquanto que a B. pilosa a partir de 72,5 µg/mL consumiu praticamente todo o
radical DPPH, um indício de que o poder antioxidativo dessa espécie é ligeiramente
maior. O controle positivo (ácido ascórbico) apresentou a maior atividade antioxidante
comparando as concentrações mínimas necessárias entre as amostras para estabilizar o
radical DPPH.
Através do valor do IAA segundo (SCHERER et al, 2009), também citado por
(SILVA et al, 2014), é possível classificar a ação antioxidante de uma amostra vegetal,
esses valores foram obtidos aplicando a equação 7, e são apresentados na tabela 6, bem
como os valores de CE50.

Figura 7 - Gráfico das percentagens de %SRL obtidos para as amostras de S.


trilobata (WTB6), B. pilosa (BBP) e o padrão de ácido ascórbico

Tabela 7 - Valores de CE50 e IAA para as amostras e controle positivo

Amostras CE50 IAA Poder antioxidante


WTB 48.6 2.4 Forte
BBP 38.4 3.1 Muito Forte
Asc 18,9 6,2 Muito Forte
Asc: Ácido Ascórbico; WTB: S. trilobata; BBP: B. pilosa; CE50: Concentração Efetiva para 50%:
IAA: Índice de Atividade Antioxidante. Faixa muito fraca (IAA < 0,5), fraca (IAA entre 0,5 e 1,0),
moderada (IAA entre 1,0 a 2,0), forte (IAA entre 2,0 e 2,5) e muito forte (IAA > 2,5).

Os valores de IAA calculados indicaram atividade antioxidante muito forte para a


B. pilosa, fato que pode ser observado pelos altos valores de %SRL nas baixas
concentrações das amostras desta espécie. De maneira geral podemos observar na tabela
7 os teores obtidos nos experimentos de prospecção fitoquímica de ambas as espécies na
qual a B. apresentou maiores teores de compostos fenólicos (152,1 ± 0,2) mg.100g-1.
Segundo (MICHALAK, 2006), a atividade antioxidante dos compostos fenólicos
depende da estrutura das moléculas e propriedades químicas, bem como o número e a
posição dos grupos hidroxilas tornando-os capaz de diminuir e impedir a difusão dos
radicais livres e restringir a reação de peroxidativos.
A (figura 8) traz uma correlação dos teores de compostos fenólicos e flavonoides
obtidos com o IAA das espécies B. pilosa e S. trilobata, na qual pode-se notar o
crescimento do poder antioxidativo com o aumento do teor dos metabolitos secundários.
A correlação linear corrobora com o obtido por (AZEVEDO, 2011) em sua pesquisa
sobre atividade antioxidante em extratos de plantas. Neste caso como a força
antioxidante é representada com o valor crescente do IAA, podemos correlaciona-la
com o aumento do teor de compostos fenólicos pelo coeficiente de inclinação positiva
da reta com valor de (0,7) indicando crescimento.

Figura 8 - Correlação crescente de compostos fenólicos totais com IAA das folhas secas de B. pilosa
e S. trilobata. FONTE: Dados da pesquisa

5. Conclusões

As folhas secas das espécies vegetais da família Asteraceae, B. pilosa e S.


trilobata, apresentaram teores significativos de metabolitos secundários como os
flavonoides e os compostos fenólicos, o que segundo a literatura apresentam correlação
com a atividade antioxidante. A espécie B. pilosa apresentou uma maior atividade
antioxidante IAA 3.1 (muito forte) comparado a S. trilobata IAA 2.4 (forte) podendo
ser um bom indicativo desta espécie para futuras pesquisas.
6. Referências

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7. Publicações

O trabalho intitulado Atividade Antioxidante das Folhas de Bidens Pilosa


(Asteraceae), foi aceito para ser apresentado na forma de pôster no X Simpósio
Brasileiro de Farmacognosia e V Simpósio de Plantas Medicinais do Vale do São
Francisco Juazeiro/Ba que será realizado entre 16 e 19 de setembro de 2015.

Aluno de IC
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
Gerência de Pesquisa
Rodovia Ilhéus-Itabuna, Km 16 – Ilhéus-BA – Brasil - CEP 45.650-000
Fone: (73)680-5129
E-mail: gpesquisa@uesc.br

AVALIAÇÃO FINAL DE DESEMPENHO DO BOLSISTA

(a ser preenchido pelo orientador)


1. IDENTIFICAÇÃO

1.1. NOME DO BOLSISTA: Hemerson Dantas dos Santos

1.2. PROGRAMA INSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

( X ) PROIIC ( ) PIBIC ( ) FAPESB

1.3. NOME DO ORIENTADOR: Rosilene Aparecida de Oliveira

1.4. DATA DE INGRESSO NA EQUIPE: 08/2014 1.5. PERÍODO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS:

08/2014 a 07/2015
1.6. TÍTULO DO PROJETO DE PESQUISA: 1.7. N° CADASTRO PROPP:
Estudos de Plantas Medicinais Aromáticas da Família
Sem registro
Asteraceae

1.8. TÍTULO DO PROJETO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA: Prospecção fitoquímica de plantas medicinais


da família Asteraceae

2. DESEMPENHO
2.1. PARTICIPAÇÃO DO BOLSISTA NO DESENVOLVIMENTO DO PROJETO E, OU GRUPO DE PESQUISA
(atribuir notas de 0 – 5)
NÃO SE APLICA
AULAS E SEMINÁRIOS: () (X)
APRESENTAÇÃO DE COMUNICAÇÕES EM () (X)
SEMINÁRIOS/CONGRESSOS:
DISCUSSÕES TÉCNICAS: (4) ()
COLETA DE DADOS: (5 ) ()
ANÁLISE DE DADOS: ( 4) ()
OUTROS TIPOS DE PARTICIPAÇÃO (ESPECIFICAR): () (X)
2.2. ANÁLISE DO DESEMPENHO (atribuir notas de 0-5):
INICIATIVA: (5) CRIATIVIDADE: (5)
QUALIDADE DOS TRABALHOS
LIDERANÇA ( 4,5 ) (5)
DESENVOLVIDOS/RESULTADO FINAL
CAPACIDADE DE REFLEXÃO ( 4,9 ) CAPACIDADE DE DISCUSSÃO (4)
ASSIDUIDADE: (5) RESPONSABILIDADE: (5)
3. PARECER (OBRIGATÓRIO) E OBSERVAÇÕES (SE HOUVER)

Nesse período de convívio com o grupo o bolsita tem mostrado um grande


aprendizado, melhorou seu senso critico e suas habilidades no laboratório. Demonstra interesse
pela área de pesquisa e entusiasmo pelas atividades.
Sobretudo é responsável, assíduo e demonstra capacidade de trabalho em grupo,
portanto recomendo a sua continuidade no programa de IC da UESC.

4. CONTINUIDADE NO PROGRAMA

RECOMENDA (X) NÃO RECOMENDA ( )

Orientador

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