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SCREENING DE PLANTAS MEDICINAIS DO CERRADO DA

REGIÃO DO TRIÂNGULO MINEIRO

A. B. V. CAMPOS1, A. L. GUIMARAES1, S. A. GONÇALVES1, S. B. CAMPOS1, M. H.


OKURA2, S. S. THOMASI3, T. VENÂNCIO3, A. C. G. MALPASS1
1
Universidade do Estado do Triângulo Mineiro, Departamento de Engenharia Química
2
Universidade do Estado do Triângulo Mineiro, Departamento de Engenharia de Alimentos
3
Universidade Federal de São Carlos, Departamento de Química
E-mail para contato: ana@engquimica.uftm.edu.br

RESUMO – Esse trabalho descreve uma breve triagem de plantas medicinais utilizadas
na região do Triângulo Mineiro – MG. As plantas foram com extraídas com etanol,
obtendo-se assim os extratos brutos. Os extratos brutos de cada planta foram avaliados
através de Cromatografia em Camada Delgada (CCD), utilizando-se vários sistemas
eluentes e como reveladores: Lâmpada UV (254 e 365 nm), Ácido Fosfomolíbdico,
Ninidrina e Reagente de Dragendorff. Além disso, também foi realizada análise por
Ressonância Magnética Nuclear de hidrogênio (RMN-1H). Por fim, bioensaios de
atividade antibacteriana e antifúngica foram realizados com cada extrato bruto. A partir
dos resultados obtidos foi possível conhecer as classes de compostos presentes nos
extratos brutos, além de identificar os extratos bioativos.

1. INTRODUÇÃO
Ao longo dos tempos os seres humanos têm contado com a natureza para as suas necessidades
básicas, para a produção de alimentos, abrigo, roupas, meios de transporte, fertilizantes,
aromas e fragrâncias e, não menos importante, os medicamentos (Newman et al. 2000). Os
estudos químicos e farmacológicos destes medicamentos que derivam predominantemente de
plantas serviram como base de medicamentos mais recentes como a aspirina, a digoxina, a
partir das folhas de Digitalis, a morfina, a partir do Ópio, a quinina, a partir de Cinchona, e a
pilocarpina (Newman et al., 2000; Buss et al., 2003; Grabley et al., 2000; Sneader et al.,
1996; Mann et al., 2000).

As plantas formaram a base de sofisticados sistemas tradicionais de medicina que já


existem há milhares de anos. Os primeiros registros, escritos em tabuletas de argilas
utilizando-se caracteres cuneiformes são da Mesopotâmia, cerca de 2600 aC. A medicina
egípcia data de 2900 aC, mas o registro farmacêutico mais conhecido é o “Ebers Papyrus” que
data de 1500 aC. A Materia Medica Chinesa tem sido extensamente documentada ao longo
dos séculos, com seu primeiro registro datando de 1100 aC. Tem-se ainda documentos do
Sistema Ayurvedico Indiano que datam de 1000 aC e esse sistema formou a base para os
primeiros textos Tibetanos de medicina (Newman et al. 2000).

Com relação às drogas a partir de plantas, é importante ter em mente a distinção de


alguns conceitos. As plantas podem ser utilizadas como recurso terapêutico de várias formas,
como chás ou outros remédios feitos em casa, quando são consideradas plantas medicinais.
Estas podem ainda ser utilizadas como extratos brutos ou frações enriquecidas, em
preparações farmacêuticas, como tinturas, extratos fluidos, pó, pílulas e capsulas, quando elas
são consideradas ervas medicinais. Finalmente, as plantas podem ser submetidas a processos
sucessivas de extração e purificação através de vários métodos para se isolar compostos de
interesse, que são ativos e podem ser utilizados como drogas (Rates, 2001). Os produtos
isolados de plantas são produtos do metabolismo secundário e servem seus produtores como
agentes protetores contra herbívoros e vários patógenos, além de servirem como reguladores
do crescimento. Devido às suas funções esses metabólitos secundários podem ser potentes
compostos bioativos, apresentando as mais diferentes atividades biológicas (Abelson, 1990).

Nas últimas décadas houve um crescimento no interesse em terapias alternativas e no


uso terapêutico de produtos naturais, especialmente os derivados de plantas. Muitos são os
motivos que explicam esse crescente interesse, como a ineficiência da medicina convencional,
o uso incorreto de drogas sintéticas, os efeitos colaterais das drogas em uso, dentre outros.
Entretanto, a utilização de muitas dessas substâncias não é permitida pelas autoridades legais,
devido à eficácia e segurança dos processos de fabricação. Com isso, a pesquisa sistemática
com plantas medicinais, utilizadas pela medicina folclórica ou popular, representa uma
abordagem adequada para o descobrimento e desenvolvimento de novas drogas. Essa
pesquisa que tem levado a um aumento no número de publicações nesse campo, o que tem
levado a instituições privadas e do governo a financiar programas de pesquisas em todo
mundo (Rates, 2001). Entretanto, a potencial utilização de plantas superiores como fonte de
novas drogas é ainda pouco explorada (Rates, 2001).

A pesquisa e o desenvolvimento de materiais terapêuticos de origem de plantas é um


trabalho difícil e que envolve multidisciplinaridade, isso porque existem ciências básicas
envolvidas como a biologia, a química e a farmacologia, sem contar a biotecnologia
necessária para a produção em escala industrial de um novo fármaco (Rates, 2001). O
processo de descoberta de drogas a partir de plantas medicinais inicia-se com um botânico,
etnobotânico, etnofarmacologista ou ecologista de planta que coleta e identifica a (s) planta
(s) de interesse (Balunas et al., 2005). A coleta pode envolver espécies com atividade
biológica conhecida (p.e. plantas medicinais tradicionalmente utilizadas) ou pode ser aleatória
para um grande programa de screening. Os fitoquímicos preparam os extratos brutos a partir
das plantas, submetem esses extratos a avaliações biológicas em testes farmacológicos
relevantes. Com isso começa o processo de isolamento, purificação e caracterização dos
compostos ativos através do fracionamento guiado por bioensaios (Balunas et al., 2005).
Com o aumento de bactérias resistentes, de vírus que ameaçam a vida, os problemas de
doenças recorrentes em pessoas transplantadas, o grande aumento na incidência de infecções
por fungos e o câncer que é responsável por 12% da mortalidade mundial e é a segunda maior
causa de morta no mundo ocidental há necessidade de se encontrar novos compostos com
potencial químico e biológico (Strobel et al., 2004). Muito tem sido feito na procura por
novos compostos bioativos e os organismos marinhos, as plantas e os animais têm se
mostrado uma rica fonte de produtos naturais com as mais variadas atividades biológicas
(Newman et al., 2007; Butler, 2004). Estima-se que existam entre 250.000-300.000 espécies
de plantas superiores no mundo, destas cerca de 10.000 espécies apresentam relato de
utilização médica. Isso representa uma parcela mínima do total aproximado, mostrando que
há um enorme potencial na pesquisa com plantas visando a descoberta de novos compostos
com aplicações farmacológicas (McChesney et al., 2007).
A descoberta da penicilina por Fleming em 1928, o re-isolamento e os estudos clínicos por
Chain, Florey e colaboradores na década de 40 e a comercialização de penicilinas sintéticas
revolucionou a pesquisa sobre novas drogas (Alder, 1970; Lax, 2004; Wainwright, 1990;
Mann, 1999; Butler, 2004). O paclitaxel, mais conhecido como Taxol, é o maior exemplo de
um produto natural isolado de plantas. Esse composto é obtido da casca da planta Taxus
brevifolia. O Taxol apresenta atividade contra células de câncer de mama e ovário. A
artemisinina, outro importante exemplo de produto natural isolado de planta, foi isolada da
uma planta Chinesa Artemisia annua (Phillipson, 2001).
De acordo com Newman e Cragg entre 1981-2006 foram descobertos 1184 novos
compostos apresentando as mais diversas atividades biológicas, como atividade analgésica,
anti-Alzheimer, anti-Parkinson, antibacteriana, anticancerígena, antidiabetes, antiglaucoma,
antiviral, imunossupressora, dentre muitas outras (Newman et al., 2007). Destes, 111 são
agentes antibacterianos em uso clínico, 29 são agentes antifúngicos em uso clínico, 77 agentes
antivirais, 14 antiparasíticos e 32 antidaibetes. Ainda segundo os autores entre 1940-2006,
252 drogas anticâncer foram introduzidas no mercado mundial, destas 100 foram descobertas
entre 1981-2006 (Newman et al., 2007).

2. OBJETIVO
O objetivo deste trabalho foi realizar uma triagem química e farmacológica com
algumas plantas medicinais utilizadas pela população da Região do Triângulo Mineiro, Minas
Gerais. Para isso foi avaliado o perfil cromatográfico dos extratos de Equisetum arvense,
Mikania glomerata, Ginkgo biloba e várias marcas comerciais de chá verde para conhecer-se
a composição química dos compostos que constituem os extratos dessas plantas. Os extratos
também foram avaliados por Ressonância Magnética Nuclear de Hidrogênio (RMN- 1H) e em
bioensaios de atividade antimicrobiana.

3. EXPERIMENTAL
Para esse estudo foram utilizadas as plantas: Equisetum arvense in natura e
desidratada, Chá verde de várias marcas adquiridas em estabelecimentos comerciais da cidade
de Uberaba – MG, Mikania glomerata desidratada e Ginkgo biloba desidratado. Para a
obtenção dos extratos brutos, 20 g das plantas foram extraídas separadamente com 100 mL de
etanol macerando-se as ervas em almofariz com a ajuda de um pistilo. A mistura de etanol
com a planta foi mantida em repouso por 15 horas. Em seguida, a mistura foi filtrada e o
resíduo re-extraído com 20 mL de etanol seguindo o mesmo processo por 3 h. Os filtrados
foram reunidos e evaporados em evaporador rotativo para a obtenção dos extratos secos. Os
extratos foram nomeados: Equisetum arvense in natura (Extrato Eain) e desidratada (Extrato
Ead), Chá verde (Cv.1, Cv.2 e Cv.3), Ginkgo biloba (Extrato Gb) e Mikania glomerata
(Extrato Mg).

Os extratos foram avaliados por Cromatografia em Camada Delgada (CCD)


utilizando-se como eluente a Diclorometano/Metanol (1:1) e como reveladores: lâmpada UV-
vis (254 e 365 nm), Ninidrina, Ácido Fosfomolíbdico e Reagente de Dragendorff. Os extratos
também foram avaliados por RMN-1H, para tanto uma pequena quantidade de cada extrato foi
dissolvida em metanol deuterado e avaliada em um equipamento da marca Bruker, modelo
AVANCE III, 9,4 Tesla – 400 MHz para a frequência do hidrogênio. Os extratos também
foram testados em ensaios biológicos para avaliação da atividade antimicrobiana utilizando-se
E. coli (Gram+), S. aureus (Gram-), A. flavius e C. albicans.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
A partir da avaliação cromatográfica dos extratos de Equisetum arvense (Ead e Eain),
verifica-se que o extrato Eain (planta in natura), apresenta vários compostos polares e de
média polaridade e poucos compostos apolares que revelam à luz UV-Vis. As placas
cromatográficas desse extrato ainda mostram que os compostos polares e de média polaridade
revelam com ácido fosdomolíbdico e com ninidrina, mostrando a presença de compostos com
função oxigenada e de aminoácidos, respetivamente. Já o extrato Ead (planta desidratada),
apresenta somente compostos de média polaridade e apolares que revelam à luz UV-Vis.
Esses compostos revelam somente com ácido fosfomolíbdico. Analisando-se esses resultados
vemos que o processo de desidratação da planta deve ter levado à perda dos compostos
polares que correspondem parcialmente a metabólitos primários (aminoácidos), mas que pode
conter metabólitos secundários importantes para a atividade biológica da planta.

Já pela avaliação cromatográfica dos extratos de chá verde (Cv.1, Cv.2 e Cv.3)
verifica-se que esses apresentam a mesma composição de metabólitos secundários, ou seja, o
processo de desidratação utilizado para o preparo desses produtos, aparentemente, não
conduziu a perda de compostos. Os extratos de chá verde apresentam compostos polares, de
polaridade intermediária e compostos apolares que revelam à luz UV-Vis. Os extratos Cv.1,
Cv.2 e Cv.3 apresentam compostos de média polaridade e apolares que revelam com ácido
fosfomolíbdico e com Regente de Dragendorff, mostrando a presença de compostos com
função oxigenada e alcaloides, respectivamente. As placas cromatográficas dos extratos de
chá verde demonstram ainda a presença de aminoácidos polares que revelam com ninidrina.

O extrato de Mikania glomerata (Mg) apresenta compostos de polaridade


intermediária e apolares que revelam à luz UV-Vis e com ácido fosfomolíbdico, mostrando a
presença de compostos com função oxigenada. Quanto ao extrato de Ginkgo biloba (Gb), esse
apresenta compostos polares, de polaridade intermediária e compostos apolares que revelam à
luz UV-Vis e que também revelam com ácido fosfomolíbdico.

Os espectros de RMN-1H dos extratos das plantas em estudo podem ser vistos na
Figura 1. Com relação à avaliação por RMN-1H dos extratos Equisetum arvense (Ead e Eain),
observa-se uma diferença na constituição do extrato. O espectro do extrato da planta in natura
(Eain) apresenta: sinais de hidrogênios metilênicos (R-CH 2-R) entre d 1,0 -1,5 ppm, sinais de
hidrogênios ligados à carbonos funcionalizados entre d 3,0-4,0 ppm, particularmente um sinal
em d 3,6 ppm característico hidrogênios de grupo metoxila (-OCH 3), sinais de hidrogênios
ligados a carbonos em dupla ligação entre d 4,0-6,0 ppm e sinais menos intensos entre d 6,0-
8,0 ppm característicos de hidrogênios ligados a anel aromático. O espectro da planta
desidratada não apresenta tantos sinais de hidrogênios ligados a carbono em dupla ligação,
além disso, os sinais de hidrogênios ligados a anel aromático praticamente não são
visualizados.

Os espectros de RMN-1H dos extratos de chá verde (Cv.1, Cv.2 e Cv.3) apresentam o
mesmo padrão de sinais de hidrogênios metilênicos (R-CH2-R) entre d 1,0 -1,5 ppm e sinais
de hidrogênios ligados à carbonos funcionalizados entre d 3,0-4,0 ppm. Os extratos de chá
verde apresentam pelo menos 3 sinais em d 3,4, d 3,5 e d 3,8 ppm característico hidrogênios
de grupo metoxila (-OCH3), sinais de hidrogênios ligados a carbonos em dupla ligação entre d
4,0-6,0 ppm e vários sinais entre d 6,0-8,0 ppm característicos de hidrogênios ligados a anel
aromático.

O espectro de RMN-1H do extrato de Ginkgo biloba (Gb) apresenta um sinal intenso


de hidrogênios metilênicos (R-CH2-R) entre d 1,0 -1,5 ppm, sinais de hidrogênios ligados à
carbonos funcionalizados entre d 3,0-4,0 ppm, um sinal em d 3,4 ppm característico
hidrogênios de grupo metoxila (-OCH3), sinais de hidrogênios ligados a carbonos em dupla
ligação entre d 4,0-6,0 ppm, além de alguns sinais entre d 6,5-7,5 ppm característicos de
hidrogênios ligados a anel aromático. Já o espectro de RMN- 1H do extrato de Mikania
glomerata (Mg) apresenta vários sinais de hidrogênios de grupos metila (R-CH 3) e
metilênicos (R-CH2-R) entre d 1,0 -1,5 ppm e sinais de hidrogênios ligados à carbonos
funcionalizados entre d 3,0-4,0 ppm, um sinal bastante intenso em d 3,4 ppm característico
hidrogênios de grupo metoxila (-OCH3), sinais de hidrogênios ligados a carbonos em dupla
ligação entre d 4,0-6,0 ppm e vários sinais entre d 6,0-8,0 ppm característicos de hidrogênios
ligados a anel aromático.

RMN-1H do Extrato Ead RMN-1H do Extrato Eain

RMN-1H do Extrato Cv.1 RMN-1H do Extrato Cv.2

RMN-1H do Extrato Cv.3 RMN-1H do Extrato Gb


RMN-1H do Extrato Mg

Figura 1: Espectros de RMN-1H dos extratos brutos das plantas em estudo.

Já a partir da avaliação farmacológica através dos bioensaios de atividade


antimicrobiana verifica-se que quanto aos extratos da planta Equisetum arvense, a planta
desidratada que pode ser comprada em estabelecimentos comerciais da cidade e é amplamente
utilizada pela população tem atividade biológica contra E.coli consideravelmente menor que a
planta in natura. Entretanto o extrato da planta desidratada apresenta atividade biológica
contra S. aureus mais alta que o extrato da planta in natura. Já contra os fungos testados
ambos os extratos não apresentaram atividade biológica significante.

Quanto aos extratos de chá verde, percebe-se que os extratos 2 e 3 apresentam


atividade contra S. aureus e contra ambos os fungos testados consideravelmente maior que o
extrato 1. Porém, com relação a E. coli todos os extratos apresentam atividade semelhante.
Isso mostra que o processo industrial de desidratação das plantas não segue as mesmas regras
e que os produtos das marcas 2 e 3 são mais aconselháveis ao consumo por apresentar
melhores resultados de atividade biológica.

Com relação às plantas Mikania glomerata e Ginkgo biloba verifica-se através das
análises que ambas apresentam discreta atividade antimicrobiana contra os microrganismos
testados. Como ambas as plantas estudadas foram adquiridas comercialmente na forma
desidratada e não foram estudadas na forma in natura não é possível dizer se o processo de
desidratação das plantas leva a perda de metabólitos secundários bioativos importantes para a
expressão da atividade biológica. Futuros estudos deverão ser feitos com esse propósito.

Tabela 1: Dados dos bioensaios de atividade antimicrobiana com os extratos das plantas em
estudo.

Extrato E. coli S. aureus A. flavus C. albicans

Halo de inibição (mm)

Eain 12,28 21,2 9,6 10,6

Ead 6,17 26,2 4,6 -

Mg 1,05 1,35 - 14,0

Gb 7,1 4,6 17,1 13,4


Cv.1 13,5 13,0 - 12,0

Cv.2 14,9 20,5 23,7 18,3

Cv.3 13,9 26,5 21,8 15,8

5. CONCLUSÕES
O screening realizado com algumas plantas medicinais utilizadas pela população da região do
Triângulo Mineiro – MG foi importante, pois a partir desse estudo foi possível conhecer-se o
padrão químico e farmacológico dos extratos das plantas estudadas. Esse é o primeiro passo
para o estudo de isolamento biomonitorado dos metabólitos secundários dessas plantas. O
isolamento biomonitorado de metabólitos secundários é importante, pois nesse tipo de estudo
economiza-se tempo, fases estacionárias e também solventes orgânicos envolvidos no
processo de separação e purificação, sendo por isso considerado um “Processo Químico
Verde”.

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