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OS TIPOS DE MANJERICÃO

O Manjericão é um grupo de plantas da família das plantas mentoladas ou


Lamiaceae. Ele é cultivado pelo menos desde 807 AC. Muitas pessoas atribuem sua
origem à Índia, mas existem evidências de que antes da Índia o manjericão era
cultivado na província de Hunan na China.

Por ser uma planta de fácil cultivo e que pode ser mantida dentro de casa, o
manjericão se espalhou para o mundo todo e ganhou protagonismo na culinária
Italiana e é destaque na medicina oriental.
Durante toda essa andança o manjericão sofreu várias mutações e cruzamento com
outras espécies. Hoje estima-se que existam cerca de 300 variações de manjericão,
entre elas o Manjericão Roxo, o Manjericão de Folha Larga e o Manjericão Italiano,
mas, além do uso culinário, há também Manjericões de uso paisagístico e
decorativo.
O Sabor do Manjericão

Se você nunca comeu Manjericão, seu sabor predominante é mentolado e


refrescante em todas as espécies; Os sabores que descrevemos abaixo são as
nuances de cada espécie.

● Uso Culinário:

De sabor inconfundivelmente mentolado, marcado e presente, ele é o principal


ingrediente do molho pesto e faz uma combinação imbatível com o tomate. Suas
folhas podem ser usadas cruas ou levemente cozidas (eles ficam negras se cozidas
por muito tempo), suas flores também são comestíveis, ficam lindas na salada e são
excelentes para fazer chás. As diferentes variedades descritas abaixo podem dar
um toque do especial ao exótico às criações.

● Uso Medicinal:

O Manjericão é anti-inflamatório, bactericida e rico em antioxidantes, muitas vezes


usado para acalmar o estômago, aliviar os sintomas do resfriado e da gripe, e para
tratar picadas de insetos. Ele é administrado como chá ou inalado. Seu óleo
essencial é usado em aromaterapia.
A variedade tulsi ou manjericão sagrado é muito utilizada na medicina Ayurveda e
Tamil.

● Uso Paisagístico:

Algumas variedades de Manjericão possuem flores e folhagens muito exuberantes


ou formam arbustos simétricos e organizados e são utilizados no paisagismo, com a
vantagem de também serem comestíveis, caso falte tempero na cozinha.

Vamos falar de algumas variedades:

Manjericão Doce (Sweet Basil):


É o manjericão mais comum no mundo, mas não o mais comum no Brasil. Ele tem
folhas grandes e lisas e sabor um pouco menos mentolado que o Manjericão
Alfavaca (O mais comum no Brasil).

Manjericão Genovês (Basilicão ou Basílico):

Essa variação se assemelha ao Manjericão Doce, mas tem as folhas um pouco


maiores e levemente enrugadas. Tem sabor semelhante e ainda menos mentolado
que o manjericão doce.

Manjericão Alfavaca:
Esse o Manjericão mais comum no Brasil. Tem folhas pequenas e abundantes, seu
sabor é próximo ao manjericão doce porém mais mentolado.

Os três tipos de manjericão acima são as espécies mais utilizadas no Brasil e


compõem 90% do que você vai encontrar como, apenas, manjericão.

Manjericão Sagrado, Manjericão Santo ou Tulsi (Holy Basil):


Esse é o Manjericão que escolhemos para fazer nosso azeite. Ele é bem mentolado
e tem notas de picância no after taste (aquele gostinho que fica na boca depois que
comemos). Sua folha é média e se assemelha à folha do manjericão alfavaca,
porém é um pouco maior e de um verde mais claro.
Esse manjericão é muito comum na Índia e no oriente, onde recebe o nome de
manjericão sagrado já que o seu chá é comumente usado na Ayurveda, pelo seus
poderes de cura, e sua folhas e caules são usados na tradição Vaishnava do
Hinduísmo.
Acredita-se que seja a melhor espécie de manjericão para melhorar a imunidade.

Manjericão Italiano ou Manjericão de Folha Larga:


Esse Manjericão tem folhas grandes como o Manjericão genovês, mas elas têm
aparência e formato mais parecidos com as do Manjericão alfavaca. Ele é o mais
doce dos manjericões, mas sem perder o característico mentolado.

Manjericão Alface (Lettuce Leaf Basil):


Menos mentolado que as variações anteriores, esse manjericão tem folhas enormes
que parecem um cruzamento de folhas de alface com folhas de couve. Pelas folhas
enormes e a velocidade de crescimento, esse manjericão é o mais produtivo de
todos. Quase toda a produção é usada pela indústria para fazer produtos como
molho pesto pronto para consumo. Em alguns países, o Manjericão Alface é usado
como embrulho em pratos semelhantes ao wrap ou panqueca.

Manjericão Limão (Pak i Tou):

É o manjericão mais comum no Laos, muito presente também na Indonésia e no


nordeste africano. Ele tem um forte aroma cítrico além do tradicional mentolado. No
Laos é muito usado em cozidos e sopas e na Tailândia em peixes.
Manjericão Tailandês (Horapha):

O Manjericão Tailandês tem folhas verdes médias e flores roxas. Seu sabor tem
notas pronunciadas de anis e notas suaves e picantes.
Aliás, na Tailândia se cozinham com pelo menos três espécies de manjericão para
diferentes fins culinários, são elas: manjericão tailandês, manjericão limão e
manjericão sagrado.

Manjericão de Natal (Christmas Basil):


Ele é um cruzamento do manjericão tailandês com o genovês. Na maioria das vezes
é cultivado como uma planta ornamental pela sua bela folhagem e flores roxas; mas
também é comestível e apresenta um sabor muito frutado que limita mais seu uso
culinário, geralmente é usado somente em saladas.

Manjericão Canela (Cinnamon Basil):


Esse Manjericão também é muito ornamental com seus caules vermelhos, folhas
verdes e flores roxas. Tem um Odor doce e sabor levemente picante com um after
taste (aquele sabor que fica depois que comemos o alimento) de canela.

Manjericão Grego (Greek Basil):

Esse é um manjericão que não cresce mais que 20cm de altura, sendo uma ótima
opção para pequenos espaços. Suas folhas são bem pequenas e arbusto muito
cheio, sendo usado, às vezes, para decoração. Seu sabor se assemelha ao
manjericão doce.

Spicy Globe Basil:


Esse também é uma planta pequena e compacta como o Manjericão Grego, mas
seu sabor tem toques de picância.

Manjericão Anão (Summerlong Basil):

Essa variedade de manjericão cresce muito rápido, é um uma planta compacta


também e está produzindo de 1 a 2 meses depois de plantada a semente.

Green Ruffles:
Este é uma subespécie do manjericão alface. Suas folhas de formato peculiar
deixam qualquer salada linda. Seu sabor é um dos mais complexos com notas
cítricas, de anis e canela.

Cardinal Basil:

Essa variedade chama muito a atenção pelas belíssimas flores


vermelho-arroxeadas. Essa variedade é conhecida por ser ótima para ser
infusionada (chás, óleos e vinagres).

Manjericão Roxo (Purple Basil):


O manjericão roxo tem as veias roxas e folhas entre tons de verde a roxo. Seu
sabor não é tão doce como a maioria dos manjericões. Tem notas que lembram
alho.

Dark Opal Basil (Manjericão Roxo):

Essa subespécie de manjericão roxo tem as folhas muito roxas. Ela foi desenvolvida
por John Scarchuk e Joseph Lent, na Universidade de Connecticut nos anos 1950.
O Roxo muito intenso de sua folha faz deste manjericão um ótimo aliado para
decorar arranjos ou pratos. Também é usado na indústria para produzir corante
vermelho. Seu sabor é o mesmo do manjericão roxo. Não se recomenda cozinhar
as folhas de manjericão roxo, apesar delas manterem o sabor elas se tornam pretas
e pouco apetitosas.

Manjericão Azul (African Blue Basil):


Ele é o cruzamento da Cânfora com o Dark Opal Basil. Essa variedade é estéril, não
produz sementes. Sua proliferação se dá apenas pela estaquia (corte de uma parte
da planta e depois replantá-la). Esse manjericão chama a atenção pelas flores
azuis, suas folhas nascem roxas e se tornam verdes quando adultas. Essa é uma
das poucas espécies de manjericão que não é perene.
Muitas pessoas não gostam de usar o manjericão azul na comida pelo seu cheiro de
cânfora mas, quem faz um pesto com este manjericão diz que o sabor é inigualável
e suave.

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