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Livro Eletrônico

Aula 00

Questões Comentadas de Comércio Internacional e Legislação Aduaneira p/ Receita Federal ESAF

Professor: Equipe Ricardo e Nádia 01, Equipe Ricardo e Nádia 02, Nádia Carolina, Ricardo Vale
Equipe Ricardo e Nádia 01, Equipe Ricardo e Nádia 02, Nádia Carolina, Ricardo Vale
Prof. Ricardo Vale
Aula 00
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AULA 00: POLêTICAS COMERCIAIS

Ol‡, amigos (as) do EstratŽgia, tudo bem? Como v‹o os estudos?

Grande prazer estar aqui com voc•s! Meu nome Ž Ricardo Vale e, desde
2009, sou professor de ComŽrcio Internacional e Direito Internacional Pœblico em cursos
preparat—rios presenciais e on-line.

Hoje, come•amos nosso curso de ÒComŽrcio Internacional e Legisla•‹o


Aduaneira em Exerc’cios para a RFBÓ. Trata-se de um curso destinado aos alunos
que j‡ estudaram a nossa disciplina e, agora, desejam apenas praticar e
refinar seus conhecimentos. Se voc• nunca estudou ÒComŽrcio InternacionalÓ,
aconselho que adquira o curso de Teoria + Quest›es, tambŽm dispon’vel aqui no
EstratŽgia, pois ele vai te permitir uma vis‹o completa e detalhada da nossa disciplina.

Amigos, em nosso curso resolveremos TODAS as quest›es j‡ cobradas


pela ESAF que guardem rela•‹o com o œltimo edital de Auditor / Analista da RFB.
Teremos a oportunidade, inclusive, de resolvermos as quest›es mais recentes da ESAF:
AFRFB (2014), ACE (2012), AFRFB (2012), ATRFB (2012). AlŽm disso, ser‹o
comentadas inœmeras quest›es inŽditas, assim como quest›es elaboradas por
outras bancas examinadoras. O objetivo Ž que voc•s estejam muit’ssimo bem
treinados para a prova!

Qual ser‡ a metodologia de nosso curso?

A metodologia do curso ser‡ baseada em coment‡rios bem objetivos ˆs


quest›es de provas anteriores, ou seja, n‹o nos alongaremos demais nos detalhes da
disciplina. Antes dos coment‡rios de cada quest‹o, todavia, faremos uma r‡pida
revis‹o de cada assunto, sempre que for pertinente.

Vamos ao nosso cronograma! J

ASSUNTO DATA
Aula 00 Pol’ticas Comerciais 03/09
Aula 01 O sistema multilateral de comŽrcio 07/09
Aula 02 Integra•‹o Regional e MERCOSUL 14/09
Aula 03 Pr‡ticas Desleais de ComŽrcio e Defesa Comercial 21/09
Aula 04 Institui•›es Intervenientes no ComŽrcio Exterior 28/09
Brasileiro / Contratos Internacionais e INCOTERMS /
Sistema Harmonizado e Classifica•‹o de Mercadorias
Aula 05 Jurisdi•‹o Aduaneira / Controle aduaneiro de ve’culos 05/10
/ Tributa•‹o no ComŽrcio Exterior

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Aula 06 Procedimentos Gerais de Importa•‹o e Exporta•‹o / 12/10


Regimes Aduaneiros Especiais
Aula 07 Bagagem / Avaria e Extravio / Abandono de 19/10
Mercadorias / Infra•›es e Penalidades / San•›es
Administrativas / SISCOSERV

Todos preparados?

Ent‹o, vamos em frente!

Um abra•o,

Ricardo Vale

ricardovale@estrategiaconcursos.com.br

http://www.facebook.com/rvale01

ÒO segredo do sucesso Ž a const‰ncia no objetivo!Ó

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QUESTÍES COMENTADAS

1- (AFRF-2000) A Teoria de Vantagens Absolutas afirma em quais condi•›es


determinado produto ou servi•o poderia ser oferecido com:

a) pre•os de custo inferiores aos do concorrente.

b) pre•os de aquisi•‹o inferiores aos do concorrente.

c) pre•o final (CIF) inferiores aos do concorrente.

d) custo de oportunidade maior que as do concorrente.

e) menor efici•ncia que os do concorrente.

Coment‡rios:

A Teoria das Vantagens Absolutas foi criada por Adam Smith e disp›e que
cada pa’s se especializa na produ•‹o de bens em que seja mais eficiente. E
como Ž que se mede a efici•ncia de um pa’s na produ•‹o de um bem? A efici•ncia de
um pa’s na produ•‹o de um bem Ž determinada a partir do custo de produ•‹o. (letra
A)

Cabe destacar que o modelo criado por Adam Smith n‹o explica a exist•ncia
do comŽrcio internacional quando um pa’s Ž mais eficiente na produ•‹o de todos os
bens considerados. Nesse caso, a explica•‹o foi dada por David Ricardo, com sua Teoria
das Vantagens Comparativas.

2- (AFTN-1998)- Indique a op•‹o que n‹o est‡ relacionada com a pr‡tica do


mercantilismo.

a) O princ’pio segundo o qual o Estado deve incrementar o bem-estar nacional.

b) O conjunto de concep•›es que inclu’a o protecionismo, a atua•‹o ativa do Estado e


a busca de acumula•‹o de metais preciosos, que foram aplicadas em toda a Europa
homogeneamente no sŽculo XVII.

c) O comŽrcio exterior deve ser estimulado, pois um saldo positivo na balan•a fornece
um estoque de metais preciosos.

d) A riqueza da economia depende do aumento da popula•‹o e do volume de metais


preciosos do pa’s.

e) Uma forte autoridade central Ž essencial para a expans‹o dos mercados e a prote•‹o
dos interesses comerciais.

Coment‡rios:

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Vamos relembrar algumas ideias acerca do mercantilismo!

O mercantilismo Ž uma pol’tica comercial de car‡ter eminentemente


intervencionista, com forte atua•‹o de uma autoridade central. Baseava-se na ideia
de que, quanto mais metais preciosos possu’sse um pa’s, mais rico ele seria. A busca
pela acumula•‹o de metais preciosos era feita de duas formas diferentes: i) explora•‹o
das riquezas coloniais e; ii) protecionismo alfandeg‡rio.

Analisando as alternativas!

Letra A: correta. A miss‹o do Estado no mercantilismo era incrementar o bem-


estar nacional, o que era conquistado por meio da acumula•‹o de metais preciosos.

Letra B: errada. As pr‡ticas mercantilistas n‹o foram aplicadas de forma


homog•nea na Europa. Na Inglaterra, buscou-se o desenvolvimento de manufaturas;
na Espanha e Portugal, a •nfase era na explora•‹o de riquezas coloniais.

Letra C: correta. Uma das formas de acumula•‹o de riquezas era por meio do
comŽrcio exterior. Os pa’ses buscavam obter super‡vits na balan•a comercial,
incentivando as exporta•›es e impondo barreiras ˆs importa•›es.

Letra D: correta. A l—gica mercantilista era a de quanto mais ouro e prata um


pa’s tivesse mais rico ele seria. Da mesma forma, a riqueza da economia estava
atrelada ao aumento da popula•‹o, uma vez que isso significa maior dota•‹o do fator
de produ•‹o trabalho.

Letra E: correta. O mercantilismo se baseava na exist•ncia de uma forte


autoridade central, Ž dizer, predominava o intervencionismo governamental.

3- (AFRF-2000) A transnacionaliza•‹o Ž um fen™meno distinto que,


sutilmente, relega a internacionaliza•‹o comercial quase a um segundo plano.
Este fen™meno come•ou a ser percebido a meados dos anos sessenta, quando
o valor da produ•‹o das subsidi‡rias dos grandes conglomerados industriais
no estrangeiro come•ou a superar o valor do comŽrcio internacional. O auge
da invers‹o estrangeira direta, que alentou a instala•‹o destas sucursais,
deveu-se a mœltiplos fatores: a reconstru•‹o e recupera•‹o de um mundo
destru’do pela guerra, o descobrimento da possibilidade de dividir o ciclo
produtivo de maneira muito mais fina do que no passado e a compreens‹o de
que era poss’vel ter acesso ˆs vantagens comparativas (relativas) peculiares
que ofereciam os diversos pa’ses e regi›es do mundo. O grande mŽrito de um
economista foi mostrar que o comŽrcio tambŽm seria proveitoso para dois
pa’ses, mesmo que um deles tivesse vantagem absoluta sobre o outro na
produ•‹o de todas as mercadorias; mas sua vantagem seria maior em alguns
produtos do que em outros.

O economista em quest‹o foi:

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a) Adam Smith

b) Stephen Kanitz

c) Keneth Galbraith

d) Karl Max

e) David Ricardo

Coment‡rios:

T’pica quest‹o da ESAF, na qual ela consegue vencer o aluno pelo cansa•o! J

Vejamos o finalzinho do enunciado: ÒO grande mŽrito de um economista foi


mostrar que o comŽrcio tambŽm seria proveitoso para dois pa’ses, mesmo que um
deles tivesse vantagem absoluta sobre o outro na produ•‹o de todas as de mercadorias;
mas sua vantagem seria maior em alguns produtos do que em outrosÓ.

Como j‡ sabemos, o modelo de Adam Smith n‹o era suficiente para explicar
que o comŽrcio internacional seria poss’vel quando um pa’s fosse mais eficiente na
produ•‹o de todos os bens considerados. Foi a Teoria das Vantagens Comparativas que
conseguiu resolver esse problema!

Criada por David Ricardo, a Teoria das Vantagens Comparativas previa que
cada pa’s deveria se especializar na produ•‹o de bens em que fosse
relativamente (comparativamente) mais eficiente. Segundo David Ricardo, o
comŽrcio internacional seria poss’vel mesmo que um pa’s tivesse vantagens absolutas
em todos os bens considerados. A resposta Ž, portanto, a letra E.

4-(ACE-2012) De acordo com o modelo de David Ricardo, o padr‹o de


especializa•‹o produtiva de um pa’s e, por consequ•ncia, a composi•‹o de sua
pauta exportadora est‡ diretamente relacionada ˆ(s)

a) diferen•as entre os custos de remunera•‹o do capital em diferentes indœstrias.

b) vantagens relativas determinadas pela produtividade do fator trabalho em diferentes


indœstrias.

c) dota•‹o dos fatores de produ•‹o.

d) vantagens absolutas derivadas das diferen•as na remunera•‹o da m‹o de obra.

e) vantagens comparativas relativas determinadas pela produtividade do capital.

Coment‡rios:

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O modelo ricardiano prev• que cada pa’s dever‡ se especializar na produ•‹o


de bens em que seja relativamente mais eficiente. Trata-se da teoria das vantagens
comparativas, que leva em considera•‹o apenas um œnico fator de produ•‹o como
determinante do custo de produ•‹o: o trabalho.

Mais ˆ frente, surge um novo modelo, que atribui as vantagens comparativas


ˆs dota•›es de fatores de produ•‹o. ƒ o modelo Hecksher-Ohlin, segundo o qual
cada pa’s se especializa na produ•‹o de bens intensivos no fator de produ•‹o
relativamente abundante em seu territ—rio.

Vamos ˆs alternativas!

Letra A: errada. A Teoria das Vantagens Comparativas leva em considera•‹o


apenas a produtividade do trabalho.

Letra B: correta. No modelo ricardiano, a especializa•‹o decorre das


vantagens comparativas, que s‹o determinadas pela produtividade do trabalho, œnico
fator de produ•‹o considerado.

Letra C: errada. O Teorema Hecksher-Ohlin Ž que determina que a


especializa•‹o Ž decorrente da dota•‹o de fatores de produ•‹o.

Letra D: errada. A Teoria das Vantagens Absolutas foi criada por Adam Smith.

Letra E: errada. O modelo ricardiano leva em considera•‹o apenas a


produtividade do trabalho.

5- (AFRF 2002.2) Segundo a teoria cl‡ssica do comŽrcio internacional, na


concep•‹o de David Ricardo, o comŽrcio entre dois pa’ses Ž mutuamente
benŽfico quando:

a) cada pa’s especializa-se na produ•‹o de bens nos quais possa empregar a menor
quantidade de trabalho poss’vel, independentemente das condi•›es de produ•‹o e do
pre•o dos mesmos bens no outro pa’s, o que permitir‡ a ambos auferir maiores lucros
com a exporta•‹o do que com a venda daqueles bens nos respectivos mercados
internos.

b) intercambiam-se bens em cuja produ•‹o sejam empregadas as mesmas quantidades


de trabalho, o que lhes permite auferir ganhos em virtude de diferen•as, entre esses
mesmos pa’ses, na dota•‹o dos demais fatores de produ•‹o.

c) ambos pa’ses produzem os bens necess‡rios para o abastecimento de seus


respectivos mercados, obtendo lucros adicionais com a exporta•‹o dos excedentes
gerados.

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d) cada pa’s especializa-se na produ•‹o daqueles bens em que possua vantagem


relativa, importando do outro aqueles bens para os quais o custo de oportunidade de
produ•‹o interna seja relativamente maior.

e) a capacidade relativa de produ•‹o entre ambos pa’ses for semelhante, o que os leva
a procurar obter vantagens absolutas e assim obter ganhos com o comŽrcio mediante
a exporta•‹o dos excedentes de produ•‹o.

Coment‡rios:

Letra A: errada. ƒ a Teoria das Vantagens Absolutas que defende que cada
pa’s ir‡ especializar-se na produ•‹o de bens em que possa empregar a menor
quantidade de trabalho poss’vel, independentemente do pre•o desses bens no outro
pa’s. Pela Teoria das Vantagens Comparativas, deve-se fazer uma an‡lise
comparativa entre os custos de produ•‹o do bem nos dois pa’ses considerados.
E a’, cada pa’s ir‡ se especializar na produ•‹o do bem em que for relativamente mais
eficiente.

Letra B: errada. A Teoria das Vantagens Comparativas considera a exist•ncia


de apenas um fator de produ•‹o: o trabalho.

Letra C: errada. Pela Teoria das Vantagens Comparativas, cada pa’s se


especializa na produ•‹o do bem em que for relativamente mais eficiente.

Letra D: correta. De in’cio, cumpre-nos esclarecer que o modelo ricardiano


n‹o tratou do conceito de custo de oportunidade. Foi Haberler quem usou esse
conceito econ™mico para explicar as vantagens comparativas, criando a chamada
Teoria das Vantagens Comparativas Modificada. Por essa teoria, cada pa’s se
especializa na produ•‹o do bem em que tenha menor custo de oportunidade,
passando a importar os bens em que possua maior custo de oportunidade.

Letra E: errada. Estou atŽ agora tentando entender o que o examinador quis
dizer!J Ele fez uma ÒmisturebaÓ danada entre vantagens absolutas e vantagens
comparativas!

6- (AFRF 2002.2) De acordo com a moderna teoria do comŽrcio internacional,


segundo o modelo Heckcsher-Ohlin:

a) os padr›es de especializa•‹o e de comŽrcio entre os pa’ses resultam de diferen•as


entre os pre•os praticados domesticamente e aqueles praticados internacionalmente.

b) os pa’ses tender‹o a produzir e exportar bens cuja produ•‹o seja intensiva no fator
produtivo mais abundante em suas respectivas economias.

c) os pa’ses tender‹o a concentrar-se na produ•‹o e exporta•‹o de bens cujos custos


de produ•‹o, definidos pela remunera•‹o dos fatores de produ•‹o, sejam menores.

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d) a produtividade da m‹o-de-obra determina os padr›es de especializa•‹o e as


possibilidades de comŽrcio entre os pa’ses.

e) a disponibilidade dos fatores de produ•‹o n‹o exerce influ•ncia significativa sobre o


padr‹o de comŽrcio entre os pa’ses uma vez que a mobilidade dos mesmos equilibra
as condi•›es de produ•‹o internacionalmente.

Coment‡rios:

O Teorema Hecksher-Ohlin prev• que cada pa’s ir‡ se especializar na


produ•‹o de bens intensivos no fator de produ•‹o relativamente abundante
em seu territ—rio. Assim, Ž a oferta relativa de fatores de produ•‹o e a intensidade
do emprego dos fatores de produ•‹o na fabrica•‹o de um bem que determinam os
padr›es de especializa•‹o.

Letra A: errada. N‹o Ž a diferen•a entre os pre•os no mercado interno e no


mercado internacional que determina a especializa•‹o. O que determina a
especializa•‹o Ž a dota•‹o de fatores de produ•‹o.

Letra B: correta. Isso Ž o que prev• o Teorema Hecksher-Ohlin! Os pa’ses se


especializam na produ•‹o de bens intensivos no fator de produ•‹o relativamente
abundante em seu territ—rio.

Letra C: errada. A especializa•‹o Ž determinada pela dota•‹o de fatores de


produ•‹o.

Letra D: errada. ƒ o modelo ricardiano que considera como determinante da


especializa•‹o a produtividade da m‹o-de-obra. O modelo Hecksher-Ohlin disp›e que
as vantagens comparativas existem em raz‹o das diferen•as nas dota•›es de fatores
de produ•‹o.

Letra E: errada. No modelo Hecksher-Ohlin, a disponibilidade de fatores


de produ•‹o Ž um elemento essencial na determina•‹o dos padr›es de especializa•‹o.
Destaque-se que, nesse modelo, os fatores de produ•‹o s‹o totalmente m—veis entre
os setores e im—veis entre os pa’ses.

7-(ACE-2012) Considere as premissas e os objetivos do Modelo Hecksher-


Ohlin e assinale a op•‹o correta.

a) O modelo permite demonstrar como a oferta relativa de fatores de produ•‹o e o


emprego dos mesmos em diferentes intensidades na produ•‹o explicam os padr›es de
especializa•‹o e as possibilidades do comŽrcio internacional.

b) O modelo Ž um complemento do modelo ricardiano por aliar a abund‰ncia dos fatores


de produ•‹o aos custos do trabalho como fator explicativo dos padr›es de
especializa•‹o e dos ganhos do comŽrcio.

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c) O modelo preconiza que um pa’s produzir‡ e exportar‡ aqueles produtos cujos


fatores produtivos sejam aproveitados mais eficientemente, independentemente de sua
oferta internamente.

d) O modelo ressalta a dota•‹o de recursos como fator determinante dos padr›es de


especializa•‹o e de comŽrcio, considerando de import‰ncia secund‡ria os custos dos
fatores e a intensidade relativa de seu emprego na produ•‹o como elementos
explicativos daqueles padr›es.

e) O modelo preconiza que, com a ocorr•ncia do comŽrcio, a especializa•‹o decorrente


da abund‰ncia de fatores tende a produzir, ao longo do tempo, crescente diferencia•‹o
dos pre•os relativos dos fatores de produtos no mercado internacional.

Coment‡rios:

Letra A: correta. No modelo Hecksher-Ohlin, o que determina a especializa•‹o


Ž a abund‰ncia relativa dos fatores de produ•‹o em um pa’s, ou seja, Ž a oferta
relativa de fatores de produ•‹o. Os pa’ses se especializam na produ•‹o de
bens intensivos no fator de produ•‹o relativamente abundante no pa’s.

Letra B: errada. O Teorema Hecksher-Ohlin n‹o Ž contr‡rio ao modelo


ricardiano. No entanto, n‹o se pode afirmar que ele trata especificamente dos custos
do trabalho. O Teorema Hecksher-Ohlin determina que a especializa•‹o Ž decorr•ncia
das diferen•as nas dota•›es de fatores de produ•‹o.

Letra C: errada. A oferta relativa (dota•‹o relativa) dos fatores de produ•‹o


Ž que determina a especializa•‹o de um pa’s na produ•‹o de um bem.

Letra D: errada. A intensidade de utiliza•‹o de um fator de produ•‹o na


produ•‹o de um bem Ž importante para determinar qual pa’s se especializar‡ na
fabrica•‹o desse bem. O pa’s a se especializar ser‡ aquele que tiver abund‰ncia relativa
do fator de produ•‹o utilizado de forma intensiva na produ•‹o do bem.

Letra E: errada. Pelo Teorema Hecksher-Ohlin-Samuelson, o livre comŽrcio


ir‡ promover uma equaliza•‹o dos pre•os dos fatores de produ•‹o (e n‹o uma
crescente diferencia•‹o dos pre•os dos fatores!). Segundo esse teorema, o livre
comŽrcio leva ao aumento da remunera•‹o do fator de produ•‹o abundante e ˆ redu•‹o
da remunera•‹o do fator de produ•‹o escasso.

8- (CVM/2010)- Em n’vel te—rico, a abordagem tradicional do comŽrcio


internacional, com suporte no teorema de Stolper-Samuelson, refere-se ao
processo de abertura comercial como uma forma de reduzir as disparidades
de sal‡rio entre trabalhadores qualificados e n‹o-qualificados nos pa’ses em
desenvolvimento. Esse argumento tem como pressuposto o fato de a
liberaliza•‹o comercial:

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a) diminuir o pre•o do fator abundante (trabalho n‹o-qualificado) nos pa’ses em


desenvolvimento.

b) reduzir o pr•mio do trabalho qualificado.

c) melhorar os termos de troca em favor das importa•›es.

d) piorar os termos de troca em favor das exporta•›es.

e) aumentar o pr•mio do trabalho qualificado.

Coment‡rios:

Essa Ž uma quest‹o interessante, que versa sobre os efeitos do comŽrcio


internacional sobre a distribui•‹o de renda. Para entender melhor esse fen™meno, Ž
necess‡rio conhecermos o Teorema Hecksher-Ohlin-Samuelson e o Teorema Stolper-
Samuelson!

O Teorema Hecksher-Ohlin-Samuelson versa sobre um dos efeitos do livre


comŽrcio. Segundo esse teorema, a abertura comercial leva ao aumento da
remunera•‹o do fator de produ•‹o abundante. Se um pa’s tem abund‰ncia de
m‹o-de-obra, o livre comŽrcio ter‡ como efeito o aumento dos sal‡rios (remunera•‹o
do fator de produ•‹o m‹o-de-obra). Ainda como efeito da abertura comercial, haver‡
redu•‹o da remunera•‹o do fator de produ•‹o escasso. Destaque-se que o Teorema
Hecksher-Ohlin-Samuelson somente ser‡ v‡lido caso a tecnologia seja uma
constante.

Por sua vez, o Teorema Stolper-Samuelson disp›e sobre os efeitos da


imposi•‹o de uma tarifa sobre a importa•‹o de um bem. Segundo esse teorema, a
imposi•‹o de uma tarifa leva ao aumento da remunera•‹o do fator de produ•‹o
intensivo no bem protegido. Assim, se produtos t•xteis s‹o intensivos em m‹o-de-
obra, a imposi•‹o de uma tarifa sobre esses produtos, leva ao aumento dos sal‡rios.

Feita essa r‡pida revis‹o, vamos ao exame da quest‹o!

De in’cio, cumpre-nos esclarecer que o enunciado da quest‹o fez men•‹o ao


Teorema Stolper-Samuelson para se referir aos efeitos da liberaliza•‹o comercial. Na
verdade, o Teorema Stolper-Samuelson explica os efeitos da imposi•‹o de barreiras
comerciais. O teorema que explica os efeitos da liberaliza•‹o comercial sobre a
remunera•‹o dos fatores de produ•‹o Ž o Teorema Hecksher-Ohlin-
Samuelson. ƒ, ent‹o, com base nele que examinaremos a quest‹o!

O enunciado fez refer•ncia ˆ redu•‹o das disparidades de sal‡rio entre


trabalhadores qualificados e n‹o-qualificados nos pa’ses em desenvolvimento como
decorr•ncia do livre comŽrcio. Vejamos:

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1) Nos pa’ses em desenvolvimento, h‡ abund‰ncia de m‹o-de-obra n‹o-


especializada.

2) Nos pa’ses em desenvolvimento, h‡ escassez de m‹o-de-obra


especializada.

Se, nos pa’ses em desenvolvimento, h‡ abund‰ncia de m‹o-de-obra n‹o-


especializada, pela aplica•‹o do Teorema Hecksher-Ohlin-Samuelson, o livre comŽrcio
levar‡ ao aumento dos sal‡rios dos trabalhadores n‹o-especializados. Isso
porque o trabalho n‹o-especializado Ž o fator de produ•‹o abundante nos pa’ses em
desenvolvimento.

Por outro lado, se, nos pa’ses em desenvolvimento, h‡ escassez de m‹o-de-


obra especializada, o livre comŽrcio levar‡ ˆ redu•‹o dos sal‡rios dos
trabalhadores especializados (letra B). Isso porque o trabalho especializado Ž o
fator de produ•‹o escasso nos pa’ses em desenvolvimento.

9-(AFRF-2000) Tradicionalmente os pa’ses latino-americanos mantiveram


economias fechadas, fundamentalmente prim‡rio-exportadoras, com uma
indœstria incipiente e protegida; governos grandes, nacionalistas e pouco
eficientes; setores privados excessivamente t’midos e quase inexistentes,
sociedades simples, mas tremendamente dicot™micas; mercados de trabalho
fortemente concentrados, e uma cultura paroquial que, de acordo com um
ditado mexicano, vivia agarrada ao passado. Os primeiros passos de sua
inser•‹o no processo de globaliza•‹o lhes deram acesso aos mercados
comerciais, tecnol—gicos e financeiros internacionais e, o que Ž mais
importante, aos mercados do conhecimento e das ideias, que favoreceu o
fortalecimento de suas vincula•›es pol’ticas com o resto do mundo,
permitindo-lhes constituir esquemas de integra•‹o competitivos, abertos e
extrovertidos, proporcionando a diversifica•‹o de sua estrutura social e
ocupacional, exercendo press‹o para a melhoria de seus sistemas educativos,
estabelecendo desafios, cujas respostas est‹o surpreendentemente
atrasadas, do ponto de vista da moderniza•‹o de seus sistemas pol’ticos e do
Estado. J‡ vimos que o comŽrcio internacional depende das diferen•as dos
custos (ou pre•os) relativos dos artigos produzidos pelos v‡rios pa’ses.

Por que os pa’ses apresentam uma estrutura de custo diferenciado?

a) A resposta nos Ž dada pelo economista Adam Smith em sua obra ÒComŽrcio
Interregional e InternacionalÓ.

b) A resposta nos Ž dada pelo economista Bertil Ohlin em sua obra ÒComŽrcio Inter-
regional e InternacionalÓ.

c) A resposta nos Ž dada pelo economista Peter Schumpeter em sua obra ÒComŽrcio
Interregional e InternacionalÓ.

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d) A resposta nos Ž dada pelo economista Francis Fukuyama em sua obra ÒComŽrcio
Interregional e InternacionalÓ.

e) A resposta nos Ž dada pelo economista Paul Singer em sua obra ÒComŽrcio Inter-
regional e InternacionalÓ.

Coment‡rios:

Mais uma quest‹o tipicamente esafiana! Texto longo e resposta simples! J

A grande pergunta que ela nos faz Ž a seguinte: por que os pa’ses apresentam
uma estrutura de custo diferenciado?

Ora, os pa’ses t•m estruturas de custo diferenciadas porque eles t•m


diferentes dota•›es de fatores de produ•‹o. Um fator de produ•‹o relativamente
abundante no territ—rio de um pa’s ter‡ um custo relativo mais baixo (lei da oferta e da
procura!). Isso faz com que os pa’ses se especializem na produ•‹o de bens intensivos
no fator de produ•‹o relativamente abundante em seu territ—rio. Trata-se da
explica•‹o dada pelo Teorema Hecksher-Ohlin. A resposta Ž, portanto, a letra B.

10-(ACE-2012) Analise as assertivas abaixo e, em seguida, assinale a op•‹o


correta.

a) O aproveitamento de economias de escala em diferentes pa’ses conduz ˆ


especializa•‹o em um nœmero restrito de produtos, reduzindo assim a oferta de bens
no mercado mundial e as possibilidades de comŽrcio entre eles.

b) Em um modelo de concorr•ncia imperfeita e em condi•›es monopol’sticas, o


comŽrcio internacional Ž restringido pela segmenta•‹o dos mercados, escalas de
produ•‹o limitadas e pequena diversidade de bens dispon’veis para o interc‰mbio
comercial.

c) Mesmo em condi•›es de concorr•ncia imperfeita, as possibilidades e os ganhos do


comŽrcio resultam de vantagens comparativas relativas tal como definidas no modelo
ricardiano e n‹o do aproveitamento de economias de escala pelas indœstrias.

d) No modelo de concorr•ncia monopol’stica centrado na produ•‹o de manufaturas, um


pa’s tanto produzir‡ e exportar‡ bens manufaturados como tambŽm os importar‡,
alimentando assim o comŽrcio intra-indœstrias e gerando ganhos extras no comŽrcio
internacional.

e) Os rendimentos crescentes associados ao aproveitamento de economias de escala


alimenta a concentra•‹o monopol’stica, levando assim ao aumento dos pre•os nos
mercados domŽsticos e no mercado internacional e impactando negativamente o
comŽrcio internacional.

Coment‡rios:

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O modelo Hecksher-Ohlin explica a exist•ncia do comŽrcio internacional pela


diferen•a nas dota•›es de fatores de produ•‹o entre os pa’ses. No entanto, ele n‹o
consegue explicar os fluxos de comŽrcio entre pa’ses com dota•‹o de fatores
de produ•‹o id•nticas ou semelhantes. S‹o as novas teorias do comŽrcio
internacional que explicam que o comŽrcio internacional tambŽm ser‡ poss’vel entre
pa’ses com estruturas de produ•‹o id•nticas ou semelhantes.

Entenda-se por novas teorias o modelo de Linder e o modelo de


concorr•ncia monopol’stica criado por Paul Krugman. Segundo o modelo de Linder,
o fluxo comercial ser‡ mais intenso entre pa’ses com estruturas de demanda
semelhantes, Ž dizer, quanto mais parecidos forem os gostos dos consumidores, maior
ser‡ o fluxo de comŽrcio. O modelo da concorr•ncia monopol’stica, por sua vez,
associa os gostos dos consumidores ˆs economias de escala.

Vamos ˆs alternativas!

Letra A: errada. As economias de escala fazem com que cada pa’s se


especialize em um nœmero limitado de bens. No entanto, isso aumenta as
possibilidades de comŽrcio entre os pa’ses e aumenta a oferta de bens no
mercado mundial.

Letra B: errada. Em um modelo de concorr•ncia monopol’stica, h‡ ganhos


de escala e uma maior diversidade de bens Ž disponibilizada para o interc‰mbio
comercial.

Letra C: errada. No modelo de concorr•ncia imperfeita, os ganhos do


comŽrcio resultam das economias de escala. Em modelos de concorr•ncia perfeita,
os retornos de escala s‹o constantes.

Letra D: correta. O modelo de concorr•ncia monopol’stica explica o comŽrcio


intra-indœstria, que resulta das economias de escala. Assim, cada pa’s exporta e
importa, ao mesmo tempo, bens manufaturados.

Letra E: errada. Os rendimentos crescentes de escala est‹o, de fato,


associados ao aproveitamento de economias de escala. No entanto, os ganhos de escala
levam ˆ redu•‹o dos pre•os nos mercados domŽstico e internacional.

11-(AFRF 2002.2) O comŽrcio de bens manufaturados vem crescendo


significativamente desde a Segunda Guerra Mundial, inclusive com crescente
participa•‹o de pa’ses em desenvolvimento. Entre os fatores que t•m
concorrido para a expans‹o do comŽrcio de bens industrializados encontram-
se:

a) os investimentos diretos, a internacionaliza•‹o da produ•‹o e o comŽrcio intra-


firmas.

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b) a concentra•‹o da produ•‹o, da gera•‹o de tecnologias e da renda nos pa’ses


desenvolvidos.

c) o menor custo da m‹o-de-obra, a maior oferta de matŽrias-primas e a concentra•‹o


de investimentos diretos nos pa’ses emergentes.

d) as disparidades de renda e as diferen•as quanto ˆ estrutura da demanda entre os


pa’ses desenvolvidos e os pa’ses em desenvolvimento.

e) a diminui•‹o da demanda por commodities no mercado mundial, a dissemina•‹o de


tecnologias aplicadas e a atua•‹o das empresas transnacionais.

Coment‡rios:

Letra A: correta. Os investimentos diretos, a internacionaliza•‹o da


produ•‹o e o comŽrcio intra-firmas s‹o causas da expans‹o do comŽrcio de bens
industrializados. Percebam que todos esses fatores v•m como em um efeito cascata.
Os investimentos estrangeiros diretos permitem a cria•‹o de filiais de grandes
empresas multinacionais no exterior (internacionaliza•‹o da produ•‹o). Isso gera o
comŽrcio intra-indœstria, isto Ž, o comŽrcio no mesmo setor. Um exemplo caracter’stico
do comŽrcio intra-indœstria Ž o que existe no setor automobil’stico. O Brasil, ao mesmo
tempo em que exporta, tambŽm importa uma grande variedade de autom—veis.

Letra B: errada. N‹o h‡ concentra•‹o da produ•‹o nos pa’ses desenvolvidos.


O que se percebe Ž um movimento inverso, de desconcentra•‹o da produ•‹o industrial
e da renda.

Letra C: errada. Os fatores listados acima s‹o a causa da desconcentra•‹o


da produ•‹o industrial (e n‹o a causa da expans‹o do comŽrcio de bens
industrializados!)

Letra D: errada. As disparidades de renda e as diferen•as entre as estruturas


de demanda s‹o fatores que levam ˆ redu•‹o do fluxo comercial de bens
industrializados. Para Linder, quanto mais semelhantes forem a estrutura de demanda
de dois pa’ses, maior ser‡ o fluxo comercial entre eles.

Letra E: errada. N‹o h‡ diminui•‹o da demanda por commoditties no mercado


internacional. Ao contr‡rio, o que se percebe nos œltimos anos Ž o aumento dos pre•os
das commoditties, o que Ž decorr•ncia do aumento da demanda por esses produtos.

12-(AFRFB-2009)- A participa•‹o no comŽrcio internacional Ž importante


dimens‹o das estratŽgias de desenvolvimento econ™mico dos pa’ses, sendo
perseguida a partir de •nfases diferenciadas quanto ao grau de exposi•‹o dos
mercados domŽsticos ˆ competi•‹o internacional. Com base nessa assertiva e
considerando as diferentes orienta•›es que podem assumir as pol’ticas
comerciais, assinale a op•‹o correta.

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a) As pol’ticas comerciais inspiradas pelo neo-mercantilismo privilegiam a obten•‹o de


super‡vits comerciais notadamente pela via da diversifica•‹o dos mercados de
exporta•‹o para produtos de maior valor agregado.

b) Pa’ses que adotam pol’ticas comerciais de orienta•‹o liberal s‹o contr‡rios aos
esquemas preferenciais, como o Sistema Geral de Prefer•ncias, e aos acordos regionais
e sub-regionais de integra•‹o comercial celebrados no marco da Organiza•‹o Mundial
do ComŽrcio por conterem, tais esquemas e acordos, componentes protecionistas.

c) A pol’tica de substitui•‹o de importa•›es valeu-se preponderantemente de


instrumentos de incentivos ˆ produ•‹o e ˆs exporta•›es, tendo o protecionismo tarif‡rio
import‰ncia secund‡ria em sua implementa•‹o.

d) A •nfase ao est’mulo ˆ produ•‹o e ˆ competitividade de bens de alto valor agregado


e de maior potencial de irradia•‹o econ™mica e tecnol—gica a serem destinados
fundamentalmente para os mercados de exporta•‹o caracteriza as pol’ticas comerciais
estratŽgicas.

e) As economias orientadas para as exporta•›es, como as dos pa’ses do Sudeste


Asi‡tico, praticam pol’ticas comerciais liberais em que s‹o combatidos os incentivos e
quaisquer formas de prote•‹o setorial, privilegiando antes a cria•‹o de um ambiente
econ™mico favor‡vel ˆ plena competi•‹o comercial.

Coment‡rios:

Letra A: errada. O neomercantilismo Ž uma pol’tica comercial


eminentemente protecionista, que se baseia em est’mulos ˆs exporta•›es e
restri•›es ˆs importa•›es. O objetivo principal dessas pol’ticas Ž alcan•ar sœper‡vits na
Balan•a Comercial. No entanto, isso n‹o Ž feito por meio da diversifica•‹o dos mercados
de exporta•‹o, mas sim por meio de est’mulos ˆs exporta•›es e imposi•‹o de barreiras
ˆs importa•›es. Cabe destacar que o neomercantilismo (neoprotecionismo) se
caracteriza pela ampla utiliza•‹o de barreiras n‹o-tarif‡rias.

Letra B: errada. Os pa’ses que adotam pol’ticas comerciais de orienta•‹o


liberal s‹o a favor dos esquemas preferenciais (SGP e SGPC) e dos acordos regionais
de integra•‹o. Os acordos regionais e os esquemas preferenciais s‹o iniciativas de
liberaliza•‹o que abrangem um nœmero limitado de pa’ses.

Letra C: errada. A pol’tica de substitui•‹o de importa•›es foi eminentemente


protecionista, tendo se utilizado das tarifas como forma de conferir prote•‹o ˆ indœstria
domŽstica. A estratŽgia de substitui•‹o de importa•›es foi amplamente utilizada como
modelo de industrializa•‹o dos pa’ses da AmŽrica Latina. A ideia era a de que os pa’ses
em desenvolvimento deveriam industrializar-se a qualquer custo, n‹o podendo
ficar dependente apenas da produ•‹o e exporta•‹o de bens prim‡rios.

Letra D: correta. As pol’ticas comerciais estratŽgicas se caracterizam pelo


est’mulo ˆ produ•‹o e competitividade de bens de alto valor agregado,

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preferencialmente destinados aos mercados de exporta•‹o. Esses bens de alto valor


agregado t•m alto potencial de irradia•‹o econ™mica, isto Ž, geram externalidades
positivas que trazem benef’cios para outros setores.

Letra E: errada. As economias orientadas para exporta•‹o se utilizam em


larga escala de subs’dios e incentivos setoriais aos setores exportadores. Nos
pa’ses que se utilizaram da industrializa•‹o voltada para exporta•›es, percebe-se
amplo intervencionismo governamental.

13-(Quest‹o InŽdita)- Levando-se em considera•‹o as teorias do comŽrcio


internacional e as pol’ticas comerciais utilizadas pelos pa’ses, analise os itens
a seguir e atribua a letra (V) para as assertivas verdadeiras e a letra (F) para
as falsas. Em seguida, marque a op•‹o que contenha a sequ•ncia correta:

( ) O modelo ricardiano n‹o Ž suficiente para explicar o comŽrcio internacional quando


um pa’s Ž mais eficiente que outro na produ•‹o de todos os bens considerados.

( ) A imposi•‹o de tarifas e restri•›es quantitativas sobre as importa•›es aumenta a


competitividade da indœstria nacional.

( ) As vantagens comparativas decorrem das diferen•as nas dota•›es de fatores de


produ•‹o entre os pa’ses.

( ) As pol’ticas comerciais estratŽgicas t•m como objetivo gerar externalidades positivas


atravŽs do est’mulo a setores intensivos em tecnologia.

( ) A deteriora•‹o dos termos de troca Ž tese defendida pela corrente estruturalista,


que argumenta que os pa’ses em desenvolvimento possuem desvantagem no comŽrcio
internacional e que, em raz‹o disso, devem promover uma industrializa•‹o voltada para
fora.

a) FFVVF

b) FFVFF

c) FVFVV

d) VFVVF

e) VVVVF

Coment‡rios:

A primeira assertiva est‡ errada. A Teoria das Vantagens Absolutas Ž que


n‹o consegue explicar a exist•ncia do comŽrcio internacional quando um pa’s Ž mais
eficiente que outro na produ•‹o de todos os bens. O modelo ricardiano explicou que o
comŽrcio internacional seria poss’vel mesmo nessa situa•‹o.

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A segunda assertiva est‡ errada. A imposi•‹o de barreiras ˆs importa•›es


isola a indœstria nacional da concorr•ncia estrangeira e, ao faz•-lo, desestimula os
investimentos em inova•‹o. Isso leva ˆ indœstria nacional ˆ obsolesc•ncia (e n‹o a
elevar sua competitividade!)

A terceira assertiva est‡ correta. O Teorema Hecksher-Ohlin, ao dispor que


cada pa’s ir‡ se especializar na produ•‹o de bens que sejam intensivos no fator de
produ•‹o relativamente abundante em seu territ—rio, explica a teoria das vantagens
comparativas. Por esse teorema, o que determina as vantagens comparativas Ž
justamente a diferen•a na dota•‹o dos fatores de produ•‹o entre os pa’ses.

A quarta assertiva est‡ correta. Esse Ž o conceito de pol’tica comercial


estratŽgica.

A quinta assertiva est‡ errada. A tese da deteriora•‹o dos termos de troca


foi o argumento utilizado para a implementa•‹o de modelos de industrializa•‹o voltados
Òpara dentroÓ (industrializa•‹o por substitui•‹o de importa•›es).

Mas o que vem a ser Òdeteriora•‹o dos termos de trocaÓ?

Essa tese foi defendida pelo argentino Raœl PrŽbisch, no ‰mbito da CEPAL.
Baseava-se na ideia de que os bens prim‡rios, por possu’rem menor elasticidade-
renda da demanda, v‹o valendo cada vez menos com o passar do tempo se
comparados aos bens industrializados. Isso levava ˆ deteriora•‹o dos termos de
troca dos pa’ses em desenvolvimento, que se especializavam na produ•‹o de bens
prim‡rios e, portanto, levavam desvantagem no comŽrcio internacional. Era necess‡rio,
por isso, que os pa’ses em desenvolvimento se industrializassem a qualquer custo.

14-(Quest‹o InŽdita)- Assinale a alternativa incorreta acerca das pol’ticas


comerciais:

a) A doutrina econ™mica aponta a exist•ncia de falhas de mercado como um argumento


para a utiliza•‹o de pr‡ticas protecionistas.

b) A imposi•‹o de restri•›es quantitativas Ž admitida pela normativa do sistema


multilateral de comŽrcio em situa•›es excepcionais.

c) O comŽrcio internacional Ž resultado das diferentes dota•›es de fatores de produ•‹o


entre os pa’ses e das economias de escala.

d) Segundo a teoria econ™mica, o livre comŽrcio pode alterar a distribui•‹o de renda


em uma economia em favor dos detentores do fator de produ•‹o abundante no
territ—rio do pa’s.

e) A prote•‹o a setores intensivos em tecnologia tem por efeito desestimular a


inova•‹o, n‹o sendo poss’vel falar-se em gera•‹o de externalidades positivas
decorrentes do protecionismo.

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Coment‡rios:

A letra A est‡ correta. Um dos argumentos apontados pelos economistas para


a imposi•‹o de pr‡ticas protecionistas Ž a exist•ncia de falhas de mercado. Para o nosso
estudo de pol’ticas comerciais, podemos identificar tr•s falhas de mercado:

- Falha no mercado de trabalho: a m‹o de obra Ž t‹o especializada em um


setor que estaria desempregada em outro setor. Isso dificulta uma realoca•‹o —tima
dos fatores de produ•‹o.

- Falha no mercado de capitais: o mercado de capitais n‹o permite uma


aloca•‹o eficiente de recursos.

- ÒProblema da apropriabilidadeÓ: as empresas inovadoras t•m


dificuldades de se apropriar integralmente dos benef’cios decorrentes do conhecimento
por elas gerado. Os setores de alta tecnologia, como se sabe, demandam altos
investimentos em P & D (pesquisa e desenvolvimento). O grande problema Ž que, ap—s
desembolsar toda essa grana, a empresa inovadora corre o risco de ter seu produto
copiado ou imitado. Nesse ambiente, cabe a pergunta: qual incentivo uma empresa
tem para inovar?

Pouco, n‹o Ž mesmo! Eu gasto uma ÒgranaÓ e outra empresa vem e copia! A’
entra o papel do governo, que dever‡ estimular os setores de alta tecnologia,
para corrigir o Òproblema da apropriabilidadeÓ.

Cabe ressaltar que o ideal era que o governo corrigisse todas essas falhas de
mercado por meio de outras pol’ticas domŽsticas que n‹o a comercial. Nesse sentido,
a pol’tica comercial protecionista Ž apenas a Òsegunda melhorÓ op•‹o (second
best).

A letra B est‡ correta. Em regra, a imposi•‹o de restri•›es quantitativas Ž


vedada pela normativa do sistema multilateral de comŽrcio (art. XI do GATT). Em
alguns casos, como restri•›es no Balan•o de Pagamentos e salvaguardas comerciais, a
normativa da OMC admite a imposi•‹o de restri•›es quantitativas.

A letra C est‡ correta. O comŽrcio internacional ocorre por dois motivos: i)


diferentes dota•›es de fatores de produ•‹o (o que Ž explicado pelo Teorema Hecksher-
Ohlin) e; ii) economias de escala (teoria defendida por Paul Krugman)

A letra D est‡ correta. Segundo o Teorema Hecksher-Ohlin-Samuelson, o livre


comŽrcio tem como efeito o aumento da remunera•‹o do fator de produ•‹o abundante
no territ—rio de um pa’s. Logo, Ž poss’vel afirmar que o livre comŽrcio redistribui a
renda de uma economia em favor dos detentores do fator de produ•‹o
abundante (cuja remunera•‹o Ž aumentada)

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A letra E est‡ errada. Os defensores de pol’ticas comerciais estratŽgicas


advogam que a prote•‹o a setores intensivos em tecnologia pode gerar externalidades
positivas.

15-(Quest‹o InŽdita)-ÒO estudo de economia internacional nunca foi t‹o


importante como agora. No come•o do sŽculo XXI, as na•›es est‹o mais
intimamente ligadas do que antes, por meio do comŽrcio de bens e servi•os,
dos fluxos de moedas e do investimento nas demais economias. E a economia
global criada por essas liga•›es Ž um mar bem agitado: os formuladores de
pol’tica econ™mica e os l’deres empresariais em cada pa’s, incluindo os
Estados Unidos, precisam levar em conta as mudan•as, ˆs vezes velozes, na
prosperidade econ™mica mundo afora.Ó

KRUGMAN, Paul & OBSTFELD, Maurice. Economia Internacional, 8» ed. S‹o


Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010. pp. 01

Assinale a alternativa incorreta acerca das pol’ticas comerciais:

a) O livre comŽrcio, alŽm de evitar as perdas de efici•ncia associadas ˆ prote•‹o,


elimina as distor•›es de produ•‹o e consumo.

b) O livre comŽrcio fornece maiores oportunidades para a inova•‹o e aprendizagem do


que um sistema de comŽrcio ÒadministradoÓ.

c) Um pa’s grande, ao impor uma tarifa sobre as importa•›es de determinado produto,


pode afetar os pre•os internacionais desse produto, beneficiando, assim, seus termos
de troca.

d) A possibilidade de vazamentos tecnol—gicos e a exist•ncia de defeitos nos mercados


de trabalho e de capitais s‹o argumentos apresentados a favor de pol’ticas comerciais
liberais.

e) As pol’ticas comerciais adotadas com base em falhas de mercado s‹o consideradas


Òpol’ticas do segundo melhorÓ.

Coment‡rios:

Letra A: correta. O protecionismo resulta em perdas de efici•ncia


distor•›es de produ•‹o e consumo. O livre comŽrcio elimina essas distor•›es e evita as
perdas de efici•ncia associadas ˆ prote•‹o, permitindo uma aloca•‹o —tima dos fatores
de produ•‹o.

Letra B: correta. Entenda-se sistema de comŽrcio ÒadministradoÓ como a


ado•‹o, em certos setores, de pol’ticas comerciais protecionistas. No livre comŽrcio, a
indœstria nacional fica exposta ˆ concorr•ncia internacional e, portanto, precisa inovar
e desenvolver-se tecnologicamente, a fim de aumentar sua competitividade. Assim, um
ambiente em que predomina o livre comŽrcio favorece a inova•‹o.

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Letra C: correta. Um pa’s grande, ao impor uma tarifa sobre a importa•‹o de


um determinado produto, pode afetar os pre•os internacionais desse produto. Mas
como assim?

Simples. O pa’s grande Ž um mercado consumidor enorme. Ao impor uma


tarifa e barrar importa•›es, aumentam os estoques internacionais do produto afetado
pela tarifa. H‡, portanto, um aumento da oferta, que leva ˆ redu•‹o dos pre•os do
produto.

E qual a rela•‹o disso com os termos de troca?

Os termos de troca s‹o a rela•‹o entre o pre•o das exporta•›es e o pre•o


das importa•›es (Termos de troca= Pre•o das Exporta•›es / Pre•o das Importa•›es).
Se o pre•o do produto importado diminuiu (denominador diminuiu), os termos de troca
aumentam (melhoram).

Letra D: errada. A possibilidade de vazamentos tecnol—gicos (Òproblema da


apropriabilidadeÓ) e defeitos nos mercados de trabalho e de capitais s‹o falhas de
mercado. A doutrina econ™mica considera as falhas de mercado como argumentos
leg’timos para a imposi•‹o de pr‡ticas protecionistas.

Letra E: correta. O ideal Ž que as falhas de mercado sejam combatidas por


pol’ticas domŽsticas diversas ˆ pol’tica comercial. Nesse sentido, a pol’tica comercial Ž
considerada apenas uma Òpol’tica do segundo melhorÓ.

16-(AFRF-2003) - Sobre o protecionismo, em suas express›es


contempor‰neas, Ž correto afirmar-se que:

a) tem aumentado em raz‹o da prolifera•‹o de acordos de alcance regional que mitigam


o impulso liberalizante da normativa multilateral.

b) possui express‹o eminentemente tarif‡ria desde que os membros da OMC acordaram


a tarifica•‹o das barreiras n‹o-tarif‡rias.

c) assume fei•›es preponderantemente n‹o-tarif‡rias, associando-se, entre outros, a


procedimentos administrativos e ˆ ado•‹o de padr›es e de controles relativos ˆs
caracter’sticas sanit‡rias e tŽcnicas dos bens transacionados.

d) vem diminuindo progressivamente ˆ medida que as tarifas tambŽm s‹o reduzidas a


patamares historicamente menores.

e) associa-se a estratŽgias defensivas dos pa’ses em desenvolvimento frente ˆs


press›es liberalizantes.

Coment‡rios:

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Letra A: errada. Os acordos regionais devem ser associados ˆ liberaliza•‹o


comercial, ainda que em n’vel regional. Portanto, n‹o se pode dizer que o protecionismo
aumentou em raz‹o da prolifera•‹o de acordos regionais.

Letra B: errada. Em raz‹o dos compromissos tarif‡rios assumidos pelos pa’ses


no ‰mbito da OMC, as tarifas chegaram a um n’vel bem reduzido. Os pa’ses come•aram,
ent‹o, a pensar: ÒO que fazemos para proteger a indœstria nacional?Ó. Foi ent‹o que
eles criaram uma nova forma de protecionismo, que Ž predominante nos dias de hoje:
o protecionismo n‹o-tarif‡rio.

Letra C: correta. Devido ˆ redu•‹o das tarifas, o protecionismo se tornou


eminentemente n‹o-tarif‡rio. S‹o exemplos de barreiras n‹o-tarif‡rias os
regulamentos tŽcnicos e as medidas sanit‡rias e fitossanit‡rias

Letra D: errada. No atual contexto internacional, notadamente ap—s a crise


financeira internacional eclodida em 2008, houve o recrudescimento das pr‡ticas
protecionistas.

Letra E: errada. N‹o s‹o apenas os pa’ses em desenvolvimento que adotam


pr‡ticas protecionistas. Os pa’ses desenvolvidos tambŽm o fazem.

17- (AFRF-2002.2) - A literatura econ™mica afirma, com base em argumentos


te—ricos e emp’ricos, que o comŽrcio internacional confere importantes
est’mulos ao crescimento econ™mico. Entre os fatores que explicam o efeito
positivo do comŽrcio sobre o crescimento destacam-se:

a) a crescente import‰ncia dos setores exportadores na forma•‹o do Produto Interno


dos pa’ses; as press›es em favor da estabilidade cambial e monet‡ria que prov•m do
comŽrcio; e o aumento da demanda agregada sobre a renda.

b) a melhor efici•ncia alocativa propiciada pelas trocas internacionais; a substitui•‹o


de importa•›es; e a conseqŸente gera•‹o de super‡vits comerciais.

c) a crescente import‰ncia das exporta•›es para o Produto Interno dos pa’ses; a


import‰ncia das importa•›es para o aumento da competitividade; e o melhor
aproveitamento de economias de escala.

d) os efeitos sobre o emprego e sobre a renda decorrentes do aumento da demanda


agregada; e o est’mulo ˆ obten•‹o de saldos comerciais positivos.

e) a amplia•‹o de mercados; os deslocamentos produtivos; e o equil’brio das taxas de


juros e dos pre•os que o comŽrcio induz.

Coment‡rios:

A pergunta central do enunciado Ž a seguinte: quais s‹o os efeitos positivos


do comŽrcio sobre o crescimento?

!
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Letra A: errada. De fato, os setores exportadores t•m crescente


import‰ncia na forma•‹o do PIB. Sobre isso, vale lembrar as aulas de economia,
em que aprendemos que PIB=C+I+G+X-M.1

No entanto, n‹o se pode afirmar que o comŽrcio leva a Òpress›es em favor da


estabilidade cambial e monet‡riaÓ. Ao contr‡rio disso, a competi•‹o no mercado
internacional faz com que as empresas pressionem seus governos a se utilizarem do
instrumento cambial como forma de aumentar-lhes a competitividade.

TambŽm n‹o se pode dizer que h‡ aumento da demanda agregada sobre a


renda. A demanda agregada cresce junto com a renda da economia. Mais uma vez,
lembremo-nos das li•›es de economia, em que Produto=Renda=Despesa.

Letra B: errada. O livre comŽrcio permite uma aloca•‹o —tima dos fatores
de produ•‹o. No entanto, a substitui•‹o de importa•›es n‹o est‡ relacionada ao livre
comŽrcio, mas sim ao protecionismo. Destaque-se, ainda, que o pensamento liberal
n‹o est‡ preocupado com a obten•‹o de super‡vits comerciais.

Letra C: correta. Tr•s ideias importantes abordadas pela quest‹o:

- Exporta•›es s‹o importantes para a forma•‹o do PIB.

- Importa•›es levam ao aumento da competitividade: a indœstria nacional,


por estar submetida ˆ concorr•ncia com empresas estrangeiras, precisa desenvolver
tecnologia, inovar, melhorar seus processos e mŽtodos de produ•‹o. H‡, portanto, um
aumento da competitividade da indœstria nacional.

- Gera•‹o de economias de escala: com a abertura comercial, o mercado


consumidor Ž ampliado, o que permite que as empresas aufiram economias de escala.

Letra D: errada. O livre comŽrcio n‹o ir‡, necessariamente, levar a super‡vits


comerciais. Os liberais est‹o preocupados com a maior efici•ncia econ™mica (maior
efici•ncia alocativa) e n‹o com a obten•‹o de super‡vits na Balan•a Comercial.

Letra E: errada. A amplia•‹o dos mercados Ž um efeito positivo do livre


comŽrcio. TambŽm podemos dizer que h‡ deslocamentos produtivos como decorr•ncia
do livre comŽrcio, uma vez que este promove o desenvolvimento tecnol—gico. De igual
modo, o Teorema Hecksher-Ohlin prev• a equaliza•‹o dos custos dos recursos
(equil’brio das taxas de juros e dos pre•os). No entanto, a equaliza•‹o dos custos
dos recursos Ž um efeito apenas te—rico do livre comŽrcio (e n‹o emp’rico, como
quer o enunciado da quest‹o!) Na pr‡tica, sabemos que os sal‡rios n‹o s‹o livremente
determinados pelo mercado (h‡ leis trabalhistas que protegem os sal‡rios contra

1
C= Consumo; I= Investimentos; G=Gastos do governo; X= Exporta•›es; I= Importa•›es.

!
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redu•›es!). As taxas de juros tambŽm n‹o est‹o ao livre arb’trio do mercado, sendo
determinadas pelas autoridades monet‡rias.

18- (ACE-2002) Ð A respeito dos processos de industrializa•‹o por


substitui•‹o de importa•›es, Ž correto afirmar o seguinte:

a) Historicamente, tais processos favoreceram o desenvolvimento tecnol—gico em


escala global, j‡ que as economias mais atrasadas alcan•am condi•›es para
desenvolver indœstrias que passar‹o a competir com as das economias desenvolvidas.

b) No que concerne ˆ pol’ticas pœblicas implementadas pelos governos, assemelham-


se aos processos de industrializa•‹o baseados em atividades orientadas para a
exporta•›es. Diferenciam-se apenas pela •nfase na diversifica•‹o da pauta de
importa•›es.

c) Mostraram-se eficientes ao longo do sŽculo XX, como ilustra o desempenho dos


chamados ÒTigres Asi‡ticosÓ.

d) Aceitando-se que podem ser bem-sucedidos, implicam a necessidade da op•‹o, pela


sociedade que os implementam, de financiar um setor econ™mico espec’fico, uma vez
que requeiram a imposi•‹o de pol’ticas que distorcem, a um tempo, os fluxos comerciais
e a aloca•‹o eficiente dos fatores de produ•‹o internos.

e) Para que sejam implementados inteiramente, requerem a efetiva realiza•‹o de uma


reforma agr‡ria.

Coment‡rios:

Letra A: errada. N‹o se pode dizer que o modelo de industrializa•‹o por


substitui•‹o de importa•›es favoreceu o desenvolvimento tecnol—gico em escala global.
Na verdade, esse modelo de industrializa•‹o levou ˆ obsolesc•ncia da indœstria nos
pa’ses latino-americanos.

Letra B: errada. O modelo de substitui•‹o de importa•›es Ž diametralmente


oposto ao modelo de industrializa•‹o orientada para exporta•›es. O primeiro Ž
baseado em uma industrializa•‹o voltada para dentro; o segundo, fundamenta-se em
uma industrializa•‹o voltada para fora, cujo foco Ž o mercado internacional.

Letra C: errada. Os Tigres Asi‡ticos n‹o usaram uma estratŽgia de


substitui•‹o de importa•›es, mas sim empregaram um modelo de industrializa•‹o
orientada para exporta•›es.

Letra D: correta. A industrializa•‹o por substitui•‹o de importa•›es implica na


op•‹o do governo por proteger um setor. Ao escolher um setor para ser protegido,
Ž como se a sociedade estivesse financiando esse setor. Essa escolha distorce os fluxos
comerciais e a aloca•‹o eficiente dos fatores de produ•‹o.

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Letra E: errada. N‹o h‡ qualquer exig•ncia de realiza•‹o de reforma agr‡ria


como condi•‹o prŽvia ˆ ado•‹o da estratŽgia de substitui•‹o de importa•›es.

19-(ACE-2012) Considerando-se a a•‹o governamental no modelo de


industrializa•‹o orientada para as exporta•›es, Ž correto afirmar que:

a) Ž limitada em raz‹o do protagonismo central dos agentes econ™micos privados


nacionais e estrangeiros atuantes na atividade exportadora na realiza•‹o de
investimentos produtivos e em rela•‹o aos fatores que garantem competitividade nos
mercados internacionais.

b) Ž semelhante ˆ desenvolvida no modelo de substitui•‹o de importa•›es na medida


em que est‡ centrada na aplica•‹o de instrumentos tarif‡rios e incentivos ˆ produ•‹o.

c) Ž de car‡ter subsidi‡rio e envolve fundamentalmente a promo•‹o de marcos


==0==

pol’ticos, jur’dicos e institucionais favor‡veis aos investimentos e ˆ atividade


econ™mica.

d) prescinde de formas de interven•‹o econ™mica e concentra-se na prote•‹o da livre


iniciativa, da competi•‹o e dos fluxos de comŽrcio e de investimento.

e) Ž de grande alcance, envolvendo o apoio ao desenvolvimento da infraestrutura, a


concess‹o de incentivos fiscais e credit’cios, o financiamento da produ•‹o e das
exporta•›es e investimentos em educa•‹o e qualifica•‹o profissional.

Coment‡rios:

Letra A: errada. A a•‹o governamental no modelo de industrializa•‹o


orientada para exporta•›es Ž ampla (e n‹o limitada, como afirma a quest‹o!)

Letra B: errada. O modelo de industrializa•‹o orientada para exporta•›es Ž


diametralmente oposto ao modelo de industrializa•‹o por substitui•‹o de importa•›es.
A utiliza•‹o de instrumentos tarif‡rios foi marcante no modelo de substitui•‹o de
importa•›es.

Letra C: errada. A a•‹o governamental no modelo de industrializa•‹o


orientada para exporta•›es teve papel preponderante (e n‹o subsidi‡rio!)

Letra D: errada. No modelo de industrializa•‹o orientada para exporta•›es,


h‡ forte interven•‹o governamental na economia. O governo atua concedendo
incentivos fiscais e credit’cios aos setores exportadores, como forma de estimular-lhes
a atua•‹o no mercado internacional.

Letra E: correta. A forte interven•‹o governamental foi essencial para o


sucesso do modelo de industrializa•‹o orientada para exporta•›es. Ela se manifestou
por meio da concess‹o de incentivos fiscais e credit’cios (emprŽstimos), investimentos
em educa•‹o e em infra-estrutura.

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20- (AFRF-2000) Ð Para explicar a rela•‹o entre comŽrcio de produtos


prim‡rios e industrializados, a Comiss‹o Econ™mica para AmŽrica Latina
(CEPAL) apresentou uma sŽrie de estudos e propostas. Acerca da CEPAL
podem-se fazer as seguintes afirmativas abaixo, exceto:

a) A CEPAL teve um papel decisivo na cria•‹o da ALALC.

b) O comŽrcio internacional tendia a gerar uma desigualdade b‡sica nas rela•›es de


troca (uma deteriora•‹o nas rela•›es de troca) pois os pre•os das matŽrias-primas
tendiam a declinar a longo prazo, enquanto o pre•o dos produtos manufaturados
(fabricados em geral em pa’ses desenvolvidos) tendia a subir.

c) Os pa’ses produtores de bens prim‡rios deveriam diversificar sua produ•‹o, deixando


de ser produtores de monoculturas.

d) Os pa’ses em desenvolvimento deveriam procurar exportar produtos manufaturados.

e) Os pa’ses em desenvolvimento deveriam abrir suas economias para torn‡-las mais


competitivas e assim conquistarem espa•o no comŽrcio internacional.

Coment‡rios:

Quando for feita men•‹o ˆ CEPAL, voc•s j‡ podem fazer uma associa•‹o direta
com o pensamento de Raœl PrŽbisch, ok?

Letra A: correta. De fato, a CEPAL teve um papel decisivo na cria•‹o da ALALC


(Associa•‹o Latino-Americana de Livre ComŽrcio). Embora defendesse uma pol’tica
protecionista de substitui•‹o de importa•›es, a CEPAL n‹o pregava um isolamento
completo dos pa’ses latino-americanos. Ao contr‡rio, deveria existir livre comŽrcio
entre os pa’ses latino-americanos, que possuem o mesmo n’vel de desenvolvimento.

Letra B: correta. A ideia de PrŽbisch Ž a de que os bens prim‡rios v‹o valendo


cada vez menos com o passar do tempo se comparados aos bens industrializados. Isso
leva ˆ deteriora•‹o dos termos de troca! J

Letra C: correta. Os PEDÕs deveriam industrializar-se a qualquer custo,


diversificando sua produ•‹o. Ao invŽs de serem apenas produtores de bens prim‡rios,
os PEDÕs deveriam tambŽm produzir bens manufaturados.

Letra D: correta. Os PEDÕs deveriam rejeitar as vantagens comparativas,


deixando de produzir e exportar apenas bens prim‡rios. Era importante que eles
tambŽm passassem a produzir e exportar bens manufaturados.

Letra E: errada. N‹o era isso o que pregava o argentino Raœl PrŽbisch! O nosso
ÒhermanoÓ defendia que os PEDÕs deveriam impor restri•›es ˆs importa•›es e
industrializar-se a qualquer custo, substituindo importa•›es pela produ•‹o domŽstica.

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21-(Quest‹o InŽdita)- Assinale a alternativa correta sobre barreiras tarif‡rias


e n‹o-tarif‡rias:

a) Os direitos antidumping, por representarem um adicional ao imposto de importa•‹o,


s‹o considerados barreiras tarif‡rias.

b) A concess‹o de subs’dios ˆ exporta•‹o pode, no longo prazo, trazer aumento de


bem-estar a uma economia.

c) As barreiras tŽcnicas e as medidas sanit‡rias s‹o, muitas vezes, utilizadas como


formas arbitr‡rias de restri•‹o ao comŽrcio internacional, passando, ent‹o, a constituir-
se em pr‡ticas protecionistas disfar•adas.

d) As pr‡ticas arbitr‡rias de valora•‹o aduaneira e as pol’ticas de pre•os m’nimos s‹o


autorizadas pela normativa da OMC quando destinadas a combater um surto de
importa•›es.

e) As restri•›es cambiais e as restri•›es quantitativas s‹o admitidas pela normativa da


OMC, salvo quando houver graves restri•›es no Balan•o de Pagamentos.

Coment‡rios:

Letra A: errada. Os direitos antidumping s‹o considerados barreiras n‹o


tarif‡rias.

Letra B: errada. A concess‹o de subs’dios ˆ exporta•‹o causa, no longo prazo,


distor•›es sobre a economia. No curto prazo, a concess‹o de subs’dios ˆ exporta•‹o
pode atŽ trazer efeitos favor‡veis, por expandir as exporta•›es l’quidas.

Letra C: correta. As barreiras tŽcnicas e as medidas sanit‡rias e fitossanit‡rias


s‹o, atualmente, utilizadas como uma forma velada de protecionismo.

Letra D: errada. As pr‡ticas arbitr‡rias de valora•‹o aduaneiras e as pol’ticas


de pre•os m’nimos n‹o s‹o autorizadas pela normativa da OMC.

Letra E: errada. As restri•›es cambiais e as restri•›es quantitativas s‹o


admitidas para salvaguardar a posi•‹o financeira exterior e o Balan•o de Pagamentos.

22- (Quest‹o InŽdita)- ÒA maioria da popula•‹o mundial, contudo, vive em


na•›es bem mais pobres. A gama de renda entre esses pa’ses em
desenvolvimento Ž, por sua vez, muito ampla. Alguns deles, como Cingapura,
est‹o na verdade prestes a ser promovidos a pa’ses avan•ados, tanto no que
concerne ˆs estat’sticas oficiais quanto ˆ forma como pensam sobre si
mesmos. Outros, como Bangladesh, permanecem desesperadamente pobres.
Todavia, em quase todos os pa’ses em desenvolvimento a tentativa de

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alcan•ar a renda das na•›es mais avan•adas tem sido uma preocupa•‹o
central da pol’tica econ™mica.Ó

KRUGMAN, Paul & OBSTFELD, Maurice. Economia Internacional, 8» ed. S‹o


Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010. pp.187.

Sobre as pol’ticas comerciais em pa’ses em desenvolvimento, assinale a


alternativa correta:

a) As imperfei•›es no mercado de capitais e a o problema da apropriabilidade s‹o


justificativas para a utiliza•‹o de pol’ticas comerciais protecionistas.

b) Ainda que um pa’s n‹o possua vantagens comparativas em determinado setor, Ž


poss’vel que um per’odo de prote•‹o ˆ indœstria nascente torne esse setor competitivo.

c) Os subs’dios devem ser concedidos ˆqueles setores em que h‡ gera•‹o de fortes


externalidades negativas.

d) A imposi•‹o de tarifas sobre as importa•›es de bens intensivos em alta tecnologia


tem como efeito o aumento da remunera•‹o dos trabalhadores de baixa renda no pa’s.

e) A pol’tica de valoriza•‹o da taxa de c‰mbio, adotada por alguns pa’ses, tem


funcionado como uma espŽcie de subs’dio ˆ exporta•‹o.

Coment‡rios:

Letra A: correta. As imperfei•›es no mercado de capitais e o Òproblema da


apropriabilidadeÓ s‹o falhas de mercado, consideradas pela doutrina como argumento
para a imposi•‹o de pol’ticas comerciais protecionistas.

Letra B: errada. Segundo Krugman, se um pa’s n‹o possui vantagens


comparativas em determinado setor, um per’odo de prote•‹o ˆ indœstria nascente
n‹o ser‡ suficiente para torn‡-lo competitivo. ƒ claro, n‹o h‡ unanimidade sobre
essa posi•‹o.

Letra C: errada. Os subs’dios devem ser concedidos aos setores em que h‡


gera•‹o de fortes externalidades positivas.

Letra D: errada. Pelo Teorema Stolper-Samuelson, a imposi•‹o de tarifas


sobre a importa•‹o de um bem leva ao aumento da remunera•‹o do fator de produ•‹o
intensivo no bem protegido. AlŽm disso, leva ˆ redu•‹o da remunera•‹o do fator de
produ•‹o escasso no bem protegido. Nos bens intensivos em alta tecnologia, o trabalho
n‹o-qualificado Ž escasso. Portanto, ao impor uma tarifa sobre a importa•‹o desses
bens, h‡ redu•‹o dos sal‡rios dos trabalhadores n‹o-qualificados (trabalhadores
de baixa renda).

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Letra E: errada. ƒ a desvaloriza•‹o da taxa de c‰mbio que pode ser


considerada como uma espŽcie de subs’dio ˆ exporta•‹o. ƒ claro, essa n‹o Ž uma
posi•‹o dominante, mas que j‡ foi mencionada por alguns autores.

23- (Quest‹o InŽdita)- ÒAp—s o abandono das pol’ticas de substitui•‹o de


importa•›es postas em pr‡tica atŽ os anos 80, os pa’ses em desenvolvimento
(PEDs) conheceram uma expans‹o sem precedentes nos n’veis de integra•‹o
comercial. De fato, entre 1983 e 2008, o comŽrcio global cresceu 85% acima
da produ•‹o global, e os PEDs beneficiaram-se particularmente dessa
expans‹o: as exporta•›es anuais dos pa’ses de renda mŽdia e baixa cresceram
14% ao ano desde 1990, bem acima dos 8% ao ano dos pa’ses de renda alta.
O r‡pido crescimento econ™mico da China e dos pa’ses do Leste asi‡tico est‡
intrinsecamente associado ˆ ado•‹o de estratŽgias de crescimento baseadas
em exporta•›es, as quais contribu’ram para uma r‡pida diversifica•‹o
econ™mica e uma mudan•a na composi•‹o do comŽrcio baseado em
commodities para produtos manufaturados.Ó

CANUTO, Otaviano & REIS, JosŽ Guilherme. ComŽrcio Global e crescimento:


perspectivas e desafios para as economias em desenvolvimento. In: Pontes,
Vol: 8, N¼ 1, Dispon’vel em: http://ictsd.org/i/news/pontes/124285/

Assinale a alternativa correta acerca das pol’ticas comerciais:

a) Os impactos sobre o comŽrcio internacional da crise econ™mica eclodida em 2008


foram muito grandes. Nem mesmo pa’ses como Brasil, China e êndia apresentaram
taxas de crescimento positivas nos fluxos de comŽrcio entre 2007 e 2009.

b) As regras do sistema multilateral de comŽrcio, apesar de n‹o impedirem a ado•‹o


de pr‡ticas protecionistas, funcionam como fator dissuas—rio do protecionismo.

c) As pol’ticas comerciais dos governos n‹o s‹o influenciadas por interesses


particulares, mas apenas por interesses pœblicos.

d) As economias asi‡ticas de alto desempenho (EAADÕs) caracterizam-se por taxas de


prote•‹o mais elevadas do que os demais pa’ses em desenvolvimento.

e) A industrializa•‹o por substitui•‹o de importa•›es foi um modelo largamente


empregado na AmŽrica Latina, sendo motivado pela ideias estruturalistas da CEPAL, as
quais relacionavam a deteriora•‹o dos termos de troca ao baixo n’vel de integra•‹o
regional.

Coment‡rios:

Letra A: errada. Apesar dos efeitos negativos da crise sobre o comŽrcio


internacional, Brasil, China e êndia apresentaram taxas de crescimento positivas nos
fluxos de comŽrcio entre 2007 e 2009.

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Letra B: correta. As regras do sistema multilateral de comŽrcio n‹o impedem


pr‡ticas protecionistas. No entanto, elas condicionam os Estados na formula•‹o de
pol’ticas pœblicas em matŽria de comŽrcio exterior. A exist•ncia de um sistema de
solu•‹o de controvŽrsias d‡ maior garantia de que os compromissos assumidos ser‹o
cumpridos, funcionando, portanto, como fator dissuas—rio do protecionismo.

Letra C: errada. As pol’ticas comerciais dos governos s‹o muito influenciadas


por interesses privados. Grandes setores, com alto poder de lobby, conseguem
pressionar o governo e obter prote•‹o.

Letra D: errada. As economias asi‡ticos de alto desempenho (Tigres Asi‡ticos


e China) caracterizam-se por uma taxa de prote•‹o mais reduzida do que os demais
pa’ses em desenvolvimento. Muitos economistas, inclusive, atribuem o sucesso dessas
economias a esse fator.

Letra E: errada. A deteriora•‹o dos termos de troca n‹o deve ser relacionada
ao baixo n’vel de integra•‹o, mas sim ao fato de os pa’ses em desenvolvimento se
especializarem na produ•‹o de bens prim‡rios.

24- (ACE-2002)- Com base nas novas teorias de comŽrcio internacional, Ž


correto afirmar, a respeito da rela•‹o entre comŽrcio internacional e pre•os
dos fatores de produ•‹o, com implica•›es para a distribui•‹o de renda:

a) o aumento de riqueza ocasionado pela liberaliza•‹o comercial produz, cedo ou tarde,


maior distribui•‹o de renda, motivo pelo qual o pensamento neoliberal defende a
remo•‹o de barreiras ao comŽrcio.

b) a abertura do mercado ocasiona o aumento do pre•o relativo do fator trabalho em


uma economia em que este fator seja abundante e reduz o seu pre•o na economia em
que o fator capital seja relativamente abundante.

c) a especializa•‹o das economias em setores nos quais possuem vantagens


comparativas engendra o abandono de atividades outrora realizadas em tais
economias, produzindo desemprego e, no longo prazo, aumento nas disparidades de
renda entre os mais ricos e os mais pobres.

d) a abertura do mercado ocasiona a redu•‹o do pre•o relativo do fator trabalho em


uma economia em que este fator seja abundante e aumenta o seu pre•o na economia
em que o fator capital seja relativamente abundante.

e) a abertura do mercado ocasiona a redu•‹o do pre•o relativo do fator trabalho tanto


em uma economia em que este fator seja abundante quanto na economia em que o
fator capital seja relativamente abundante.

Coment‡rios:

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Letra A: errada. Aplicando-se o Teorema Hecksher-Ohlin-Samuelson,


percebe-se que o livre comŽrcio traz efeitos diferentes sobre a distribui•‹o de renda em
uma economia, a depender do pa’s que estivermos analisando. Vejamos:

1) Nos pa’ses desenvolvidos: h‡ aumento da disparidade social. Nesses


pa’ses, o fator de produ•‹o abundante Ž o trabalho qualificado e o fator de produ•‹o
escasso Ž o trabalho n‹o-qualificado. Aplicando-se o Teorema Hecksher-Ohlin-
Samuelson, percebe-se que haver‡ aumento dos sal‡rios dos trabalhadores qualificados
(que j‡ ganhavam relativamente bem!) e uma redu•‹o dos sal‡rios dos trabalhadores
n‹o-qualificados (que ganhavam relativamente mal!).

2) Nos pa’ses em desenvolvimento: h‡ redu•‹o da disparidade social.


Nesses pa’ses, o fator de produ•‹o abundante Ž o trabalho n‹o-qualificado e o fator de
produ•‹o escasso Ž o trabalho qualificado. Aplicando-se o Teorema Hecksher-Ohlin-
Samuelson, percebe-se que haver‡ aumento dos sal‡rios dos trabalhadores n‹o-
qualificados (que ganhavam relativamente mal!) e redu•‹o dos sal‡rios dos
trabalhadores qualificados (que ganhavam relativamente bem!)

Letra B: correta. Pelo Teorema Hecksher-Ohlin-Samuelson, a abertura


comercial resulta no aumento da remunera•‹o do fator de produ•‹o abundante
e redu•‹o da remunera•‹o do fator de produ•‹o escasso. Logo, em uma
economia em que o trabalho Ž abundante, o livre comŽrcio leva ao aumento dos
sal‡rios. Em uma economia em que o capital Ž abundante, o trabalho ser‡ escasso.
Nesse pa’s, os sal‡rios se reduzem.

Letra C: errada. As teorias do comŽrcio internacional defendem que o livre


comŽrcio proporciona uma aloca•‹o —tima dos fatores de produ•‹o (e n‹o que a
abertura comercial causa desemprego!)

Letras D e E: erradas. Em uma economia em que o trabalho seja abundante,


ocorrer‡ aumento dos sal‡rios. E, em uma economia onde o trabalho Ž escasso, haver‡
redu•‹o dos sal‡rios.

25-(ACE-2012) A imposi•‹o de tarifas ˆs importa•›es exerce importantes


efeitos sobre a renda internamente. Acerca desses efeitos, Ž correto afirmar
que:

a) a renda do governo e dos produtores domŽsticos beneficiados com a prote•‹o


tarif‡ria aumenta, ao mesmo tempo em que se reduz o poder aquisitivo dos
consumidores.

b) n‹o h‡ efeitos significativos decorrentes da taxa•‹o das importa•›es sobre a renda,


pois os ganhos auferidos pelos setores beneficiados pela prote•‹o tarif‡ria tendem a
ser anulados pelo aumento subsequente dos pre•os relativos e pela contra•‹o da
demanda no mercado domŽstico.

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c) exerce efeito concentrador na medida em que alimenta a transfer•ncia de renda dos


consumidores para os produtores.

d) em virtude da contra•‹o das importa•›es e do favorecimento da produ•‹o domŽstica,


o efeito concentrador inicial tende a se reverter em raz‹o do crescimento da produ•‹o
e da renda nacional em um segundo momento.

e) a renda do governo diminui e aumenta, concomitantemente, a renda dos produtores


domŽsticos.

Coment‡rios:

A quest‹o pergunta sobre os efeitos da imposi•‹o de tarifas sobre a


importa•‹o. Sobre o assunto, podemos dizer:

1) Segundo o Teorema Stolper-Samuelson, a imposi•‹o de tarifa sobre a


importa•‹o leva ao aumento da remunera•‹o do fator de produ•‹o intensivo no bem
protegido.

2) A imposi•‹o de tarifa aumenta a renda do governo, que v• sua arrecada•‹o


ser incrementada.

3) A imposi•‹o de tarifa reduz a oferta de bens, o que leva ao aumento dos


pre•os e ˆ redu•‹o da satisfa•‹o do consumidor, cujo poder aquisitivo diminui.

Letra A: correta. Com a imposi•‹o de uma tarifa sobre a importa•‹o, h‡


aumento da renda do governo (pela maior arrecada•‹o) e da renda dos
detentores do fator de produ•‹o intensivo no bem protegido (produtores
domŽsticos beneficiados pela prote•‹o). Ao mesmo tempo, a redu•‹o da oferta do bem
protegido leva ao aumento do pre•o, o que impacta negativamente o poder aquisitivo
dos consumidores.

Letra B: errada. A imposi•‹o de tarifas sobre a importa•‹o provoca sim efeitos


sobre a renda.

Letra C: foi considerada errada pela ESAF. A tarifa provoca sim uma
transfer•ncia de renda dos consumidores para os produtores nacionais
protegidos. Trata-se de um efeito concentrador, uma vez que os consumidores s‹o
muitos e os produtores protegidos s‹o poucos. Foram feitos recursos contra essa
assertiva, mas a ESAF n‹o aceitou, afirmando que o Òefeito concentrador da tarifa n‹o
Ž autom‡ticoÓ.

Letra D: errada. N‹o h‡ crescimento da renda nacional com a imposi•‹o de


uma tarifa, mas sim redistribui•‹o de renda na economia.

Letra E: errada. A renda do governo e a dos produtores domŽsticos aumentam


com a imposi•‹o da tarifa.

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26-(ACE-2012) Em rela•‹o aos subs’dios ˆs exporta•›es, Ž correto afirmar


que:

a) s‹o proibidos pela normativa da OMC por distorcerem as condi•›es de concorr•ncia


internacional.

b) seus efeitos sobre os pre•os no mercado interno do pa’s que os aplica s‹o
semelhantes aos de uma tarifa sobre as importa•›es.

c) produzem deteriora•‹o dos termos de troca ao elevar os pre•os no mercado interno


e reduzi-los nos mercados de destino, o que Ž compensado pelo aumento da renda que
provocam no mercado interno.

d) exercem efeitos concentradores de renda na medida em que envolvem transfer•ncia


de recursos pœblicos em favor de um segmento espec’fico do setor produtivo, e
diminuem a renda do pr—prio governo e dos consumidores.

e) possuem efeitos positivos em termos do bem-estar econ™mico geral de um pa’s na


medida em que contribuem diretamente para o crescimento e diversifica•‹o da
atividade econ™mica e para o aumento do emprego e da renda nos setores
exportadores.

Coment‡rios:

Letra A: correta. Os subs’dios ˆ exporta•‹o s‹o proibidos pela


normativa do sistema multilateral de comŽrcio, mais especificamente pelo Acordo
sobre Subs’dios e Medidas Compensat—rias. A normativa da OMC admite apenas os
subs’dios ˆ exporta•‹o de produtos agr’colas.

Letra B: errada. As tarifas aumentam o pre•o do bem no pa’s importador, ao


passo que os subs’dios ˆ exporta•‹o reduzem o pre•o do bem no pa’s importador.
Assim, os efeitos s‹o exatamente opostos!

Letra C: errada. Os subs’dios ˆ exporta•‹o reduzem os pre•os do bem


no pa’s importador (mercados de destino) e elevam o pre•o do bem no pa’s
exportador (mercado interno), o que leva ˆ deteriora•‹o dos termos de troca do pa’s
que concede o subs’dio. No entanto, n‹o se pode dizer que o subs’dio leva ao aumento
da renda no mercado interno, uma vez que a literatura econ™mica se posiciona no
sentido de que os subs’dios diminuem o bem estar l’quido geral da economia.

Letra D: errada. Os subs’dios envolvem transfer•ncia de recursos em favor


dos produtores (efeito concentrador de renda). No entanto, n‹o h‡ consenso na
literatura a esse respeito, uma vez que os efeitos ir‹o depender do tamanho do pa’s.

Letra E: errada. Os subs’dios ˆs exporta•‹o provocam perda de bem-estar


social ˆ economia, na medida em que distorcem a aloca•‹o eficiente dos fatores de
produ•‹o.

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27- (ACE-2002)- Os argumentos em favor da prote•‹o ˆs indœstrias nascentes


ganhou for•a com a publica•‹o do ÒReport on ManufacturesÓ, de Alexander
Hamilton, que defendeu o desenvolvimento nos Estados Unidos da AmŽrica e
o uso de tarifas para promov•-lo. A respeito dos instrumentos de prote•‹o a
indœstrias nascentes Ž correto afirmar que:

a) o argumento que analisa as economias de escala produzidas pela prote•‹o a


indœstrias nascentes defende como instrumento principal as firmas, em vez de
indœstrias, uma vez que, ao concentrar os benef’cios nas m‹os de poucos agentes
privados, preferencialmente um monop—lio, criam-se condi•›es para que a indœstria
local se desenvolva mais rapidamente.

b) desde que ocorra, a prote•‹o a indœstrias nascentes atinge os resultados pretendidos


a custos semelhantes, n‹o importando muito se utiliza instrumentos tais como cotas,
subs’dios ou tarifas.

c) o argumento que analisa a aquisi•‹o de experi•ncia pela economia nacional, baseado


no princ’pio de se Òaprender fazendoÓ, o que permite justificar a prote•‹o a tais
indœstrias por tempo indeterminado, preferencialmente longo, j‡ que a inova•‹o Ž
condi•‹o necess‡ria ˆ manuten•‹o da competitividade industrial.

d) entre as principais cr’ticas aos instrumentos utilizados para proteger indœstrias


nascentes est‹o os argumentos que apontam algumas de suas implica•›es, a exemplo
da dificuldade de se escolher corretamente as indœstrias que devem receber prote•‹o,
a relut‰ncia das indœstrias a dispensar a prote•‹o recebida e seus efeitos deletŽrios
sobre outras indœstrias.

e) entre as principais cr’ticas aos instrumentos utilizados para proteger indœstrias


nascentes est‹o os argumentos que apontam algumas de suas implica•›es, a exemplo
da dificuldade de se combinar as indœstrias que devem receber prote•‹o com o modelo
de substitui•‹o de importa•›es, a concord‰ncia das indœstrias em dispensar a prote•‹o
recebida e seus efeitos deletŽrios sobre outras indœstrias.

Coment‡rios:

A prote•‹o ˆ indœstria nascente Ž um argumento protecionista autorizado


pela normativa da OMC. Trata-se de ideia originalmente concebida por Friederich
List, que defendeu que somente deveria existir livre comŽrcio entre pa’ses que
estivessem no mesmo n’vel de desenvolvimento.

Letra A: errada. O estabelecimento de um monop—lio n‹o contribui para o


desenvolvimento da indœstria nacional. Uma firma que tenha o monop—lio da produ•‹o
e venda de um bem no mercado domŽstico e que, adicionalmente, receba prote•‹o do
governo, ficar‡ completamente isolada da concorr•ncia e n‹o ter‡ incentivos para
inovar e aumentar sua competitividade.

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Letra B: errada. Cada um dos instrumentos protecionistas (tarifas, cotas e


subs’dios) tem um efeito diferente sobre as importa•›es. O mecanismo protecionista
mais restritivo ao comŽrcio s‹o as cotas (restri•›es quantitativas).

Letra C: errada. A prote•‹o ˆ indœstria nascente deve ser de natureza


tempor‡ria (e n‹o permanente, como afirma a quest‹o!)

Letra D: correta. S‹o cr’ticas ao protecionismo: i) dificuldade de escolher


as indœstrias que receber‹o a prote•‹o (o governo n‹o tem como proteger todos os
setores); ii) relut‰ncia da indœstria em dispensar a prote•‹o recebida (a indœstria est‡
sendo carregada Òno coloÓ e n‹o vai querer perder isso de jeito nenhum); iii) efeitos
deletŽrios sobre outras indœstrias (ao optar por um setor em detrimento dos outros, h‡
uma aloca•‹o ineficiente dos fatores de produ•‹o).

Letra E: errada. N‹o h‡ concord‰ncia da indœstria nacional em dispensar a


prote•‹o recebida. Ao contr‡rio, a indœstria nacional n‹o quer, de jeito nenhum, que o
governo retire a prote•‹o a ela concedida.

28- (AFRF-2000)-Os fundadores da teoria do desenvolvimento, que provinham


principalmente da economia dos anos cinqŸenta, como Nurkse, Myrdall,
Rosenstein- Rodan, Singer, Hirschmann, Lewis e, certamente, Prebisch, n‹o
s— centraram sua an‡lise nas diferen•as estruturais existentes entre os pa’ses
desenvolvidos e os pa’ses em desenvolvimento, mas tambŽm postularam, a
partir de ‰ngulos distintos, que a forma de funcionar dos pa’ses desenvolvidos
constitui a causa principal do subdesenvolvimento destes œltimos. As
estratŽgias de desenvolvimento recomendadas e seguidas nos pa’ses
subdesenvolvidos Ð e especialmente na AmŽrica Latina Ð tenderam a ser
diametralmente opostas ˆs pol’ticas dos pa’ses industriais. Com efeito, devido
ˆ tend•ncia secular de deteriora•‹o dos termos de interc‰mbio dos produtos
industriais que os pa’ses desenvolvidos exportavam e os bens prim‡rios que
exportavam os pa’ses atrasados, a œnica solu•‹o a mŽdio e longo prazos para
estes œltimos seria modificar sua inser•‹o na economia mundial, produzindo
localmente aqueles bens industriais que antes importavam, atravŽs de
pol’ticas que procurassem substituir essas importa•›es, criando uma indœstria
nacional protegida pelo Estado.

a) Por essa raz‹o, pa’ses como o Brasil, procuraram dedicar-se somente ˆ produ•‹o de
um œnico artigo (soja, por exemplo). Dessa forma, ele poder‡ utilizar parte dos fatores
na produ•‹o da soja, mas o restante poder‡ aplicar na produ•‹o de outros artigos,
mesmo sofisticados, como autom—veis, computadores e avi›es.

b) Por essa raz‹o, a transfer•ncia de popula•‹o do setor prim‡rio para o setor industrial
contribui, em muitos casos, para a degenera•‹o do n’vel de vida dessa popula•‹o.

c) Por essa raz‹o, os governantes dos pa’ses subdesenvolvidos procedem unicamente


do ponto de vista pol’tico, evitando introduzir indœstrias em seu pa’s, pois politicamente,
n‹o aumentar‹o seu prest’gio junto ˆ popula•‹o.

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d) Por essa raz‹o, os pa’ses subdesenvolvidos, pesadamente dependentes da produ•‹o


e exporta•‹o de produtos prim‡rios, acabam rejeitando a teoria das vantagens
comparativas e procuram industrializar-se a qualquer custo.

e) Por essa raz‹o, os pa’ses subdesenvolvidos e em desenvolvimento procuram manter


a capacidade de produzir um œnico artigo, considerado estratŽgico, tal como
combust’vel, cafŽ, armamento bŽlico etc., mesmo que tal atitude seja desinteressante
em termos puramente econ™micos.

Coment‡rios:

O enunciado da quest‹o faz men•‹o ˆ Òdeteriora•‹o dos termos de trocaÓ dos


pa’ses em desenvolvimento. Essa ideia advŽm do pensamento de Raœl PrŽbisch, que
explicava que os PEDÕs levavam desvantagem no comŽrcio internacional se
comparados aos pa’ses desenvolvidos.

Qual a raz‹o dessa desvantagem?

A raz‹o para essa desvantagem Ž o fato de que os PEDÕs se especializavam


na produ•‹o de bens prim‡rios, ao passo que os pa’ses desenvolvidos se
especializavam na produ•‹o de bens industrializados. O problema Ž que, com o
passar do tempo, os bens prim‡rios v‹o valendo cada vez menos se comparados aos
bens industrializados.

Moral da hist—ria: os PEDÕs deveriam industrializar-se a qualquer custo.


Para isso, deveriam adotar uma estratŽgia de substitui•‹o de importa•›es, baseada em
restri•›es ˆs importa•›es como mecanismo para estimular a produ•‹o nacional.

Vamos ˆs assertivas!

Letra A: errada. Com base na ideia de Raœl PrŽbisch, o Brasil adotou um


modelo de industrializa•‹o por substitui•‹o de importa•›es. Assim, est‡ errado afirmar
que nosso pa’s buscou se dedicar ˆ produ•‹o de um œnico artigo.

Letra B: errada. De fato, a transfer•ncia de popula•‹o do setor prim‡rio para


o setor industrial pode degenerar a qualidade de vida da popula•‹o. Isso porque as
cidades n‹o conseguem absorver toda a m‹o-de-obra que vem do campo. Muita gente
acaba ficando desempregada! Mas vejam: isso n‹o Ž o que defendeu Raœl PrŽbisch! Ao
contr‡rio, isso Ž uma cr’tica ao modelo de substitui•‹o de importa•›es.

Letra C: errada. As ideias de Raœl PrŽbisch s‹o exatamente inversas a essa.


Os governos dos PEDÕs devem estimular o desenvolvimento da indœstria nacional.

Letra D: correta. Esse Ž o pensamento de PrŽbisch! Os PEDÕs deveriam


industrializar-se a qualquer custo, substituindo importa•›es pela produ•‹o domŽstica.
Era necess‡rio, portanto, rejeitar a teoria das vantagens comparativas, deixando
de produzir apenas bens prim‡rios.

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Letra E: errada. Os PEDÕs n‹o devem se especializar na produ•‹o de um œnico


produto. Ao contr‡rio, precisam industrializar-se a qualquer custo e produzir, alŽm de
bens prim‡rios, bens manufaturados.

29- (AFRF 2000) ÒO comŽrcio internacional depende das diferen•as dos custos
(ou pre•os) relativos dos artigos produzidos pelos v‡rios pa’ses. Mas por que
esses custos relativos diferem entre pa’ses?Ó

A Dota•‹o Relativa dos Fatores de Produ•‹o n‹o se refere a uma das


afirmativas abaixo. Identifique- a.

a) A causa da diferen•a de custos relativos reside na distribui•‹o desigual de recursos


(fatores) de produ•‹o.

b) Os diversos produtos exigem propor•›es diferentes de fatores de produ•‹o para


serem produzidos.

c) O conjunto de condi•›es naturais e sociais que influenciam a efic‡cia das for•as


produtivas nos diversos setores de produ•‹o e produtividade do trabalho tambŽm
teriam uma forte influ•ncia nos pre•os.

d) Um fator relativamente escasso em um pa’s ter‡ um custo relativo mais elevado.

e) Os fatores de produ•‹o n‹o se encontram distribu’dos nas mesmas propor•›es nos


diversos pa’ses.

Coment‡rios:

Quando falamos em Òdota•‹o relativa dos fatores de produ•‹oÓ, estamos nos


referindo ao Teorema Hecksher-Ohlin. Segundo esse teorema, cada pa’s se
especializa na produ•‹o de bens que sejam intensivos no fator de produ•‹o
relativamente abundante em seu territ—rio.

Vejamos as assertivas:

Letra A: correta. De fato, a diferen•a de custos relativos reside na distribui•‹o


desigual de fatores de produ•‹o entre os pa’ses. Em outras palavras, as vantagens
comparativas existem em raz‹o das diferen•as nas dota•›es de fatores de
produ•‹o. Um pa’s que tenha abund‰ncia de terra, ter‡ custos relativos mais baixos
na produ•‹o de bens intensivos em terra.

Letra B: correta. Cada bem, para ser produzido, precisa de uma determinada
propor•‹o de fatores de produ•‹o. Imaginemos, por exemplo, o caso de uma camisa.
Trata-se de um bem intensivo em m‹o-de-obra, mas que tambŽm exige certa dota•‹o
do fator de produ•‹o capital para ser produzido.

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Letra C: errada. O Teorema Hecksher-Ohlin n‹o trata especificamente da


produtividade do trabalho, mas sim da dota•‹o de fatores de produ•‹o. Ademais, o
teorema Hecksher-Ohlin n‹o faz qualquer men•‹o ao Òconjunto de condi•›es naturais
e sociais que influenciam as for•as produtivasÓ.

Letra D: correta. ƒ a lei da oferta e da demanda! Se h‡ escassez relativa de


um fator de produ•‹o em um determinado pa’s, nada mais natural que ele tenha um
custo relativo mais elevado.

Letra E: correta. Os pa’ses t•m diferentes dota•›es de fatores de produ•‹o,


ou seja, os fatores de produ•‹o est‹o distribu’dos desigualmente entre os pa’ses.

30- (AFRF 2000) A Teoria da Concorr•ncia Monopol’stica n‹o tem o seguinte


pressuposto:

a) Se h‡ comŽrcio intraindœstria, um pa’s pode produzir todos os bens.

b) Exist•ncia de diferencia•‹o de produtos.

c) Exist•ncia de economias de escala.

d) Exist•ncia de importante comŽrcio intraindœstria.

e) Exist•ncia de um grande nœmero de firmas produzindo bens diferenciados.

Coment‡rios:

Antes de qualquer coisa, vale a pena esclarecermos a diferen•a entre comŽrcio


inter-indœstria e comŽrcio intra-indœstria!

Vamos considerar um modelo de dois pa’ses e duas situa•›es diferentes:

- Situa•‹o n¼ 1: O pa’s A vende soja ao pa’s B, ao passo que o pa’s B vende


autom—veis ao pa’s A. Temos a’ um comŽrcio envolvendo setores diferentes! Trata-se
de um comŽrcio inter-indœstria.

- Situa•‹o n¼ 2: O pa’s A vende autom—veis ao pa’s B, que, por sua vez,


tambŽm vende autom—veis ao pa’s A. Temos aqui um comŽrcio dentro de um mesmo
setor. Trata-se de um comŽrcio intra-indœstria.

Pois bem, o modelo Hecksher-Ohlin explicava a exist•ncia do comŽrcio


inter-indœstria, que ocorria motivado pelas diferen•as de dota•‹o de fatores de
produ•‹o. Esse modelo, todavia, n‹o explicava a exist•ncia do comŽrcio intra-indœstria.
E destaque-se: uma parte importante do fluxo do comŽrcio internacional Ž um comŽrcio
intra-indœstria!

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O comŽrcio intra-indœstria foi explicado pelas novas teorias do comŽrcio


internacional. Nesse contexto, dois modelos se destacam: i) a hip—tese de Linder; ii)
o modelo de concorr•ncia monopol’stica.

Segundo Linder, o fluxo comercial Ž maior entre pa’ses que t•m a mesma
estrutura de demanda, isto Ž, pa’ses cujos gostos dos consumidores sejam
semelhantes. Isso explicaria o grande fluxo comercial entre pa’ses desenvolvidos.

A teoria da concorr•ncia monopol’stica foi criada por Paul Krugman, que


buscou associar duas ideias: i) a diversidade de gostos dos consumidores e; ii) as
economias de escala. A concorr•ncia monopol’stica Ž uma estrutura de mercado que
tem caracter’sticas de concorr•ncia perfeita e de monop—lio. Isso porque h‡ muitos
vendedores e compradores (concorr•ncia perfeita) e cada vendedor torna-se
monopolista do seu pr—prio produto, ao promover a diferencia•‹o deste.

Vejamos as assertivas!

Letra A: errada. No modelo de concorr•ncia monopol’stica, um pa’s n‹o ir‡


produzir todos os produtos. Ao contr‡rio, em raz‹o das economias de escala, haver‡
um importante comŽrcio intra-indœstria. Nesse sentido, uma f‡brica na Argentina
produzir‡ o Renault Megane e uma f‡brica no Brasil produzir‡ o Renault Logan. O
objetivo Ž que a especializa•‹o leve a economias de escala.

Letra B: correta. Na concorr•ncia monopol’stica, cada produtor tem o


monop—lio de seu produto. Isso Ž obtido por meio da diferencia•‹o do produto.

Letra C: correta. O modelo de concorr•ncia monopol’stica criado por Krugman


associa a diversidade de gostos dos consumidores ˆs economias de escala.

Letra D: correta. O modelo da concorr•ncia monopol’stica busca dar


explica•›es para a exist•ncia do comŽrcio intra-indœstria.

Letra E: correta. Na concorr•ncia monopol’stica, h‡ um grande nœmero de


produtores. Cada um deles busca diferenciar seu produto pela agrega•‹o de uma
marca.

31- (AFRF-2000) Julgue as op•›es abaixo e assinale a correta.

a) O livre-cambismo Ž uma doutrina de comŽrcio estabelecida atravŽs de tarifas


protecionistas, a subven•‹o de crŽditos, a ado•‹o de c‰mbios diferenciados.

b) O livre-cambismo rege que a livre troca de produtos no campo internacional, os quais


seriam vendidos a pre•os m’nimos, num regime de mercado, se aproximaria ao da livre
concorr•ncia perfeita.

c) O livre-cambismo Ž uma doutrina pela qual o governo n‹o prov• a remo•‹o dos
obst‡culos legais em rela•‹o ao comŽrcio e aos pre•os.

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d) O livre-cambismo s— beneficia os pa’ses em desenvolvimento, que apresentam uma


pauta de exporta•›es onde a maioria dos produtos possui demanda inel‡stica.

e) O livre-cambismo defende a ado•‹o de tarifas em situa•‹o de defesa nacional.

Coment‡rios:

O livre-cambismo (liberalismo) baseia-se na ideia de que o comŽrcio


internacional Ž o grande motor do crescimento e desenvolvimento econ™mico.
O governo deve abster-se de intervir na economia, deixando que atue a Òm‹o invis’velÓ
do mercado. Isso ir‡ permitir uma aloca•‹o —tima dos fatores de produ•‹o.

Vamos ˆs alternativas!

Letra A: errada. Tarifas protecionistas, subven•‹o de crŽditos e ado•‹o de


c‰mbios diferenciados s‹o manifesta•›es do protecionismo (e n‹o do livre-
cambismo!)

Letra B: correta. Em um mercado de concorr•ncia perfeita, h‡ muitos


vendedores e muitos compradores, nenhum dos quais possui poder para influenciar os
pre•os. Com a livre circula•‹o de mercadorias, h‡ um aumento da oferta de
produtos que, consequentemente, leva a uma redu•‹o de pre•os. Os pre•os
chegam, ent‹o, a um valor m’nimo.

Letra C: errada. Na doutrina do livre-cambismo, o governo busca remover os


obst‡culos ao comŽrcio.

Letra D: errada. Segundo PrŽbisch, o que ocorre Ž exatamente o contr‡rio! O


livre-cambismo somente beneficiaria os pa’ses desenvolvidos, uma vez que os PEDÕs
t•m uma pauta de exporta•‹o concentrada em bens prim‡rios, o que levaria ˆ
Òdeteriora•‹o dos termos de trocaÓ.

Letra E: errada. O livre-cambismo n‹o defende a ado•‹o de tarifas em


situa•‹o alguma. O comŽrcio deve ser livre de barreiras.

AlguŽm pode dizer: ÒAh, Ricardo, mas a OMC admite que sejam impostas
medidas protecionistas por raz›es de seguran•a nacional!Ó

Eu respondo: ÒSim, permite mesmo. No entanto, a seguran•a nacional Ž


argumento dos protecionistas para impor barreiras comerciais!Ó

32- (AFTN-1998)- O livre-cambismo Ž uma doutrina de comŽrcio que parte do


pressuposto de que a natureza desigual dos pa’ses e regi›es torna a
especializa•‹o uma necessidade, sendo o comŽrcio o meio pelo qual todos os
participantes obt•m vantagens dessa especializa•‹o. Cada pa’s deveria
especializar-se na produ•‹o de bens onde consegue maior efici•ncia, trocando
o excedente por outros bens que outros pa’ses produzem com mais efici•ncia.

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O principal argumento contra o livre-cambismo, desde o sŽculo XIX (A.


Hamilton e F.List), se concentra na ideia de que:

a) O livre-cambismo Ž incapaz de promover a justi•a social

b) No livre-cambismo, somente se beneficiam do comŽrcio os pa’ses que apresentam


uma pauta de exporta•›es onde a maioria dos produtos possui demanda inel‡stica.
Quando isso n‹o ocorre, a concorr•ncia Ž predat—ria.

c) O livre-cambismo Ž bom para os pa’ses de economia madura, mas os pa’ses com


indœstrias nascentes necessitam de alguma forma de prote•‹o.

d) O livre-cambismo atende apenas aos interesses dos grandes exportadores, que usam
a liberdade econ™mica para estabelecer monop—lios e cartŽis.

e) Na verdade n‹o existe livre-cambismo na pr‡tica. Todos os pa’ses s‹o protecionistas


em raz‹o da interven•‹o do Estado.

Coment‡rios:

O enunciado da quest‹o faz men•‹o ˆ Friedrich List, que foi quem concebeu
o argumento da prote•‹o ˆ indœstria nascente.

Letra A: errada. Segundo as teorias do comŽrcio internacional, o livre


comŽrcio traz maior bem-estar social do que um modelo protecionista.

Letra B: errada. A ideia de PrŽbisch Ž a de que os pa’ses cuja pauta de


exporta•›es Ž baseada em bens com menor elasticidade-renda da demanda t•m
desvantagem no comŽrcio internacional. E, justamente por isso, eles precisam
industrializar-se a qualquer custo.

Letra C: correta. Essa Ž exatamente a ideia de Friedrich List. O livre comŽrcio


deve existir apenas entre pa’ses que se encontrem no mesmo est‡gio de
desenvolvimento. Pa’ses com indœstrias nascentes devem se utilizar de pr‡ticas
protecionistas.

Letra D: errada. Essa ideia n‹o guarda rela•‹o alguma com o pensamento de
List.

Letra E: errada. A assertiva tambŽm n‹o est‡ em conformidade com o


pensamento de List. Destaque-se, entretanto, que, realmente, todos os pa’ses se
utilizam, em certa medida, de pr‡ticas protecionistas.

33- (AFTN-1998) Um pa’s se beneficia do comŽrcio internacional com base na


produ•‹o de bens que mais utilizem fatores de produ•‹o relativamente
abundantes em seu mercado interno. Este pa’s exportar‡ tais bens e importar‡

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aqueles cuja produ•‹o exija maior quantidade de fatores de produ•‹o


relativamente escassos no pa’s. Este enunciado:

a) Se op›e ˆ teoria das vantagens comparativas porque nessa teoria o comŽrcio deve
se originar da diferen•a dos custos de produ•‹o e n‹o da diferen•a na dota•‹o de
fatores.

b) ƒ complementar ˆ teoria das vantagens comparativas porque parte do mesmo


pressuposto de que o que origina o comŽrcio Ž a diferen•a nos custos relativos de
produ•‹o dos diferentes tipos de bens que o pa’s pode produzir.

c) Se op›e ˆ teoria das vantagens absolutas, que assume apenas a divis‹o internacional
do trabalho, com base nos custos de produ•‹o.

d) N‹o se relaciona com a teoria das vantagens comparativas porque nessa teoria a
quest‹o central Ž a do valor do trabalho

e) Difere da teoria das vantagens comparativas porque, nesta teoria, a divis‹o


internacional do trabalho Ž definida pela capacidade comparativa das na•›es, isto Ž,
pa’ses pessimamente dotados, como o Jap‹o, s‹o bem sucedidos, enquanto outros,
com muito mais recursos, v•m-se saindo mal no comŽrcio internacional.

Coment‡rios:

O enunciado da quest‹o faz refer•ncia ao Teorema Hecksher-Ohlin,


segundo o qual cada pa’s se especializa na produ•‹o de bens que sejam intensivos no
fator de produ•‹o relativamente abundante em seu territ—rio.

Letra A: errada. O Teorema Hecksher-Ohlin n‹o se op›e ˆ Teoria das


Vantagens Comparativas. Ao contr‡rio, ele explica que as vantagens comparativas s‹o
determinadas pelas diferen•as de dota•‹o de fatores de produ•‹o.

Letra B: correta. De fato, o Teorema Hecksher-Ohlin Ž complementar ˆ Teoria


das Vantagens Comparativas. Os dois partem do mesmo pressuposto: o de que a
especializa•‹o Ž determinada pelos custos relativos de produ•‹o. A diferen•a Ž que, na
Teoria das Vantagens Comparativas, o custo relativo Ž baseado apenas pela
produtividade do trabalho. No Teorema Hecksher-Ohlin, o custo relativo Ž determinado
pela dota•‹o de fatores de produ•‹o.

Letra C: errada. N‹o h‡ uma rela•‹o de oposi•‹o entre o a Hecksher-Ohlin e


a Teoria das Vantagens Absolutas. O que podemos dizer Ž que a Teoria das Vantagens
Absolutas Ž insuficiente para explicar o comŽrcio entre dois pa’ses quando um deles Ž
mais eficiente na produ•‹o de todos os bens considerados.

Letra D: errada. H‡ sim rela•‹o entre o Teorema Hecksher-Ohlin e a Teoria


das Vantagens Comparativas. A diferen•a Ž que na teoria das vantagens

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comparativas, leva-se em considera•‹o apenas o fator de produ•‹o ÒtrabalhoÓ.


No Teorema Hecksher-Ohlin, todos os fatores de produ•‹o s‹o considerados.

Letra E: errada. O Teorema Hecksher-Ohlin e a Teoria das Vantagens


Comparativas n‹o nos permitem inferir o porqu• de um pa’s se sair bem ou mal no
comŽrcio internacional.

34- (AFRF 2002.1) De acordo com a teoria cl‡ssica do comŽrcio internacional,


as trocas comerciais entre dois pa’ses podem ser vantajosas mesmo quando
um pa’s n‹o usufrua de vantagem absoluta no tocante ˆ produ•‹o de um
determinado bem, mas sim de vantagem comparativa, a qual decorre, segundo
Ricardo, de diferen•as, entre ambos pa’ses, em rela•‹o:

a) ˆ produtividade da m‹o-de-obra.

b) aos custos das matŽrias-primas.

c) aos custos de transporte.

d) aos custos de remunera•‹o do capital.

e) ˆ dota•‹o de fatores de produ•‹o.

Coment‡rios:

Essa Ž uma quest‹o bem direta! Para David Ricardo, cada pa’s se especializa
na produ•‹o de bens em que seja relativamente mais eficiente. A especializa•‹o Ž fruto,
portanto, das vantagens comparativas, que est‹o baseadas apenas em um œnico fator
de produ•‹o: o trabalho (produtividade da m‹o de obra). A resposta Ž, portanto, a letra
A.

35-(AFRF 2002.1) A teoria moderna do comŽrcio internacional procurou


superar as limita•›es da abordagem cl‡ssica das vantagens absolutas e
relativas, caracterizando-se pela produ•‹o de modelos de an‡lise do comŽrcio
internacional mais sofisticados, a exemplo do Hecksher-Ohlin, que atribuir as
diferen•as de custos de produ•‹o entre os pa’ses e os padr›es de
especializa•‹o com base na(o):

a) estrutura da demanda externa.

b) qualidade da m‹o-de-obra.

c) qualidade da infraestrutura de produ•‹o.

d) dota•‹o dos fatores de produ•‹o.

e) custo do trabalho.

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Coment‡rios:

Mais uma quest‹o bem direta da ESAF!

Segundo o Teorema Hecksher-Ohlin, cada pa’s se especializa na produ•‹o de


bens que sejam intensivos no fator de produ•‹o relativamente abundante em seu
territ—rio. Nesse modelo, o que determina a especializa•‹o Ž a dota•‹o de fatores de
produ•‹o. Logo, a resposta Ž a letra D.

36- (AFRF 2002.1) No que se refere ao comŽrcio internacional, a dŽcada de


noventa foi caracterizada pelo(a)

a) recrudescimento do protecionismo em virtude do contexto recessivo herdado da


dŽcada anterior.

b) preponder‰ncia das exporta•›es de servi•os aos pa’ses desenvolvidos.

c) tend•ncia ˆ liberaliza•‹o impulsionada por medidas unilaterais, por acordos bilaterais


e regionais bem como por compromissos assumidos multilateralmente.

d) fracasso das negocia•›es multilaterais no marco do GATT.

e) prolifera•‹o de acordos de integra•‹o econ™mica entre pa’ses desenvolvidos e em


desenvolvimento.

Coment‡rios:

Letra A: errada. A dŽcada de 90 foi uma dŽcada em que houve maior


liberaliza•‹o do comŽrcio internacional (e n‹o recrudescimento do protecionismo!)

Letra B: errada. Os grandes exportadores de servi•os s‹o justamente os


pa’ses desenvolvidos. Assim, n‹o se pode afirmar que houve preponder‰ncia das
exporta•›es de servi•os para esses pa’ses.

Letra C: correta. Na dŽcada de 90, houve maior tend•ncia ˆ liberaliza•‹o


do comŽrcio internacional. Isso foi, de fato, impulsionado por compromissos
multilaterais celebrados no ‰mbito da OMC, prolifera•‹o de acordos regionais e
iniciativas unilaterais (muitos pa’ses derrubaram unilateralmente barreiras comerciais).

Letra D: errada. N‹o houve fracasso das negocia•›es no marco do GATT. Ao


contr‡rio, a Rodada Uruguai resultou na cria•‹o da Organiza•‹o Mundial do ComŽrcio.

Letra E: errada. N‹o se pode afirmar que houve prolifera•‹o de acordos entre
pa’ses desenvolvidos e pa’ses em desenvolvimento. Houve sim prolifera•‹o de
acordos, mas, principalmente, entre pa’ses no mesmo est‡gio de desenvolvimento.

37- (AFRF-2000)- Durante crise de encomendas ˆ produ•‹o interna de


determinado produto do pa’s A, amea•ada pelo aumento desproporcional das

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importa•›es similares dos pa’ses B e C, que subsidiam fortemente a produ•‹o


e a exporta•‹o desse produto, as autoridades econ™micas do pa’s A, a fim de
obterem uma redu•‹o imediata da quantidade do produto importado Ð bem
conhecendo a prefer•ncia de seus consumidores pela oferta estrangeira e a
inferior qualidade da mercadoria domŽstica Ð dever‹o adotar como medida
mais eficaz a seus prop—sitos:

a) o contingenciamento dos produtos importados, fixando quotas ao produto para os


pa’ses exportadores;

b) a cria•‹o de subs’dios ˆ produ•‹o e ˆ comercializa•‹o do produto manufaturado no


pa’s;

c) o aumento da tarifa aduaneira nas posi•›es referentes a esse produto, a fim de


encarecer os importados, para benef’cio da indœstria nacional;

d) o aumento dos impostos de exporta•‹o, a fim de desestimular as exporta•›es do


produto domŽstico para mercados tradicionais;

e) o est’mulo ‡ prefer•ncia pelo produto nacional, mediante a promo•‹o de sorteios de


pr•mios para seus consumidores.

Coment‡rios:

O enunciado da quest‹o descreve uma situa•‹o em que a indœstria


domŽstica do pa’s A, fabricante de determinado produto, est‡ sofrendo com o
aumento das importa•›es de produtos similares origin‡rios dos pa’ses B e C. Os
pa’ses B e C est‹o conseguindo obter acesso ao mercado do pa’s B em virtude dos
elevados subs’dios que concedem ˆ produ•‹o e exporta•‹o do produto.

A pergunta que a quest‹o faz Ž a seguinte: qual medida mais eficaz a ser
adotada pelas autoridades econ™micas do pa’s A, a fim de obterem uma redu•‹o da
quantidade de produto importado?

Perceba, caro aluno, que a quest‹o n‹o perguntou qual a medida legal a ser
adotada. Se estivŽssemos falando sobre a medida legal a ser adotada, dir’amos que o
pa’s A deveria aplicar medidas compensat—rias para fazer frente ao subs’dio. A
medida mais eficaz Ž aquela que importa em maiores restri•›es ao comŽrcio.

E o que causa maiores restri•›es ao comŽrcio?

Em primeiro lugar, seria a proibi•‹o de importa•›es. J‡ que essa alternativa


n‹o est‡ entre as op•›es, vamos para a segunda medida mais restritiva, que Ž a
imposi•‹o de restri•›es quantitativas (contingenciamento de importa•›es). A
resposta Ž, portanto, a letra A.

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38- (AFRF-2000) Ð As Barreiras n‹o-tarif‡rias s‹o freqŸentemente apontadas


como grandes obst‡culos ao comŽrcio internacional. Podem vir a se constituir
Barreiras n‹o-tarif‡rias (BNT) todas as modalidades abaixo, exceto:

a) Medidas fitossanit‡rias

b) Normas de seguran•a

c) Direitos Aduaneiros.

d) Sistema de Licen•a de Importa•‹o

e) Quotas

Coment‡rios:

As barreiras comerciais podem ser de dois tipos: i) barreiras tarif‡rias e; ii)


barreiras n‹o-tarif‡rias. As barreiras tarif‡rias s‹o os direitos aduaneiros, tambŽm
chamados de tarifas de importa•‹o. As barreiras n‹o-tarif‡rias, por sua vez, s‹o todas
as restri•›es comerciais que n‹o s‹o impostas sob a forma de direitos aduaneiros.

S‹o barreiras n‹o-tarif‡rias: as medidas sanit‡rias e fitossanit‡rias, os


regulamentos tŽcnicos, os procedimentos de avalia•‹o da conformidade, as licen•as de
importa•‹o, as pr‡ticas arbitr‡rias de valora•‹o aduaneira, as formalidades
alfandeg‡rias, os subs’dios, as cotas, dentre outras. Como gosto de dizer nas minhas
aulas, Òn‹o h‡ limites para a maldadeÓ na cria•‹o de barreiras n‹o-tarif‡rias! J
Qualquer restri•‹o comercial que n‹o seja imposta na forma de direitos aduaneiros
pode ser considerada uma barreira n‹o-tarif‡ria.

Respondendo a quest‹o, as letras A, B, D e E relacionam exemplos de


barreiras n‹o-tarif‡rias. Os direitos aduaneiros, por sua vez, s‹o barreiras tarif‡rias.
Portanto, o gabarito Ž a letra C.

39-(ACE-1997) Ð Alguns pa’ses alegam que seu comŽrcio externo Ž afetado


pela a•‹o do governo de outros pa’ses, como os Acordos Volunt‡rios de
Exporta•›es (AVREÕs). Esses acordos t•m como objetivo principal:

a) Estimular as exporta•›es

b) Canalizar as exporta•›es para um determinado produto

c) Aumentar a qualidade das importa•›es, com a imposi•‹o de normas de seguran•a e


de higiene (aspectos fitossanit‡rios).

d) Levar o pa’s a equilibrar suas exporta•›es, como em um sistema de compensa•›es.

e) Limitar as importa•›es de um determinado produto.

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Coment‡rios:

Os AVREÕs s‹o uma espŽcie de barreira n‹o-tarif‡ria por meio da qual um


pa’s limita suas exporta•›es para outro pa’s. Como ele faz isso? Impondo uma restri•‹o
quantitativa em suas exporta•›es. Assim:

Letra A: errada. Os AVREÕs n‹o buscam estimular exporta•›es, mas sim


restringi-las.

Letra B: errada. O objetivo dos AVREÕs n‹o tem qualquer rela•‹o com canalizar
as exporta•›es para um determinado produto.

Letra C: errada. Os AVREÕs n‹o t•m qualquer rela•‹o com medidas sanit‡rias
/ fitossanit‡rias e normas de seguran•a.

Letra D: errada. O objetivo dos AVREÕs Ž que limitar as exporta•›es de um


produto (e n‹o levar um pa’s a equilibrar suas exporta•›es!)

Letra E: correta. Ë primeira vista, o candidato que sabia o conceito de AVRE


poderia se confundir nessa assertiva. Isso porque o AVRE Ž um mecanismo por meio
do qual um pa’s limita suas exporta•›es, impondo uma restri•‹o quantitativa. Mas
percebam: ao definir AVRE, estamos olhando sob o ponto de vista do pa’s exportador.
Se olharmos do ponto de vista do pa’s importador, o objetivo dos AVREÕs Ž limitar as
importa•›es.

40- (INMETRO-2010)- Assinale a op•‹o correta, de acordo com a teoria das


propor•›es de fatores.

a) Pa’ses tendem a exportar bens intensivos cujos fatores de produ•‹o contribuem para
que a oferta n‹o seja abundante.

b) Pa’s que possua grande oferta de determinado recurso tender‡ a produzir mais bens
que utilizem modicamente esse recurso, poupando o seu uso e explorando, ao m‡ximo,
suas possibilidades de mercado.

c) Pa’ses tendem a importar bens intensivos nos fatores de produ•‹o cuja oferta interna
Ž abundante.

d) Deve-se buscar estabelecer a inter-rela•‹o entre as propor•›es dos diferentes


fatores de produ•‹o dispon’veis em diferentes pa’ses e dos diferentes fatores de
produ•‹o utilizados na produ•‹o de diferentes bens.

e) Considerando que as mudan•as nos pre•os relativos dos bens tenham baixo impacto
sobre as remunera•›es relativas dos recursos e que o comŽrcio suscite mudan•a dos
pre•os relativos, o comŽrcio internacional ter‡, tambŽm, forte impacto sobre a
distribui•‹o de renda.

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Coment‡rios:

Letra A: errada. Pelo Teorema Hecksher-Ohlin, os pa’ses se especializam na


produ•‹o de bens intensivos no fator de produ•‹o abundante em seu territ—rio.

Letra B: errada. Pa’ses que possuem grande oferta de determinado recurso


tender‹o a produzir mais bens que utilizem intensivamente esse recurso.

Letra C: errada. Em decorr•ncia do Teorema Hecksher-Ohlin, os pa’ses


tendem a importar bens intensivos no fator de produ•‹o escasso em seu territ—rio.

Letra D: correta. Segundo o Teorema Hecksher-Ohlin, para determinarmos


qual pa’s se especializa na produ•‹o de um determinado bem, teremos que
saber: i) qual a propor•‹o de fatores de produ•‹o utilizada na fabrica•‹o de um bem
(em um mesmo bem, pode-se usar, por exemplo, o fator de produ•‹o capital e m‹o-
de-obra!); ii) qual a dota•‹o de fatores de produ•‹o de um pa’s.

Para saber qual pa’s Ž relativamente mais abundante em um determinado


fator de produ•‹o, devemos verificar se a taxa capital-trabalho (K/L) naquele pa’s Ž
superior ˆ do outro. Isso Ž exatamente o que a quest‹o chama de Òinter-rela•‹o entre
as propor•›es dos diferentes fatores de produ•‹o dispon’veis em diferentes pa’ses.Ó

Letra E: errada. Pelo Teorema Hechsher-Ohlin-Samuelson, um dos efeitos do


comŽrcio internacional Ž a equaliza•‹o dos custos dos recursos. Em outras
palavras, h‡ um aumento da remunera•‹o do fator de produ•‹o abundante e uma
redu•‹o na remunera•‹o do fator de produ•‹o escasso. Assim, n‹o se pode dizer que
haja pouco impacto nas remunera•›es relativas dos recursos.

41-(INMETRO-2010)- Acerca de tarifas sobre importa•›es e subs’dios ˆs


exporta•›es, assinale a op•‹o correta.

a) As tarifas sobre importa•›es consistem em interven•›es que os governos realizam


para propiciar a distribui•‹o de renda, a promo•‹o de indœstrias consideradas cruciais
para a economia ou o balan•o de pagamentos.

b) Os subs’dios ˆs exporta•›es e as tarifas sobre as importa•›es s‹o quantias


destinadas ˆ equaliza•‹o dos pre•os, por meio dos quais os bens s‹o comercializados
no pa’s e no mercado mundial.

c) As mudan•as nos pre•os geradas por tarifas sobre importa•›es e subs’dios ˆs


exporta•›es afetam os termos de troca do pa’s, mas n‹o acometem os termos de troca
do resto do mundo.

d) Os subs’dios ˆs exporta•›es tornam mais lucrativa a venda no mercado externo, em


rela•‹o ao mercado domŽstico, excetuando-se a essa situa•‹o as circunst‰ncias em
que o pre•o interno seja mais baixo, de modo que, por meio desse subs’dio, seja
aumentado o pre•o dos bens exportados no pa’s.

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e) A intensidade do impacto dos subs’dios sobre as exporta•›es e das tarifas de


importa•‹o sobre os termos de troca relaciona-se diretamente ao desenvolvimento
tecnol—gico do pa’s que imp›e a tarifa, de maneira que, caso o pa’s seja uma grande
pot•ncia tecnol—gica, n‹o causar‡ forte influ•ncia na oferta relativa mundial e na
demanda relativa mundial e, portanto, n‹o exercer‡ forte influ•ncia nos pre•os
relativos.

Coment‡rios:

Essa foi uma quest‹o muit’ssimo dif’cil!

Letra A: correta. Alguns dos objetivos governamentais ao impor tarifas sobre


a importa•‹o s‹o:

- promover distribui•‹o de renda (lembrem-se do Teorema Stolper-


Samuelson!);

- proteger indœstrias consideradas cruciais para a economia (lembrem-se da


pol’tica comercial estratŽgia!);

- evitar desequil’brios no Balan•o de Pagamentos (lembrem-se do art. XII do


GATT)

Letra B: errada. N‹o se pode dizer que os subs’dios ˆs exporta•›es e as tarifas


s‹o destinados ˆ equaliza•‹o dos pre•os por meio dos quais os bens s‹o
comercializados no pa’s e no mercado mundial. Na verdade, ocorre exatamente o
contr‡rio! Ao impor tarifas sobre autom—veis, por exemplo, o governo aumenta o pre•o
pelo qual este autom—vel Ž comercializado internamente. Por outro lado, ao conceder
subs’dios ˆs exporta•›es de autom—veis, o governo reduz o pre•o pelo qual este
autom—vel Ž comercializado no mercado internacional. H‡, portanto, uma diverg•ncia
entre os pre•os praticados no mercado interno e no mercado internacional.

Letra C: errada. Termos de troca podem ser definidos como a rela•‹o entre
o pre•o das exporta•›es de um pa’s e o pre•o de suas importa•›es. As tarifas e os
subs’dios afetam os termos de troca de um pa’s, pois alteram os pre•os dos produtos.
Se estivermos analisando um pa’s grande, as tarifas e os subs’dios poder‹o afetar o
pre•o do produto no mercado mundial e, portanto, os termos de troca do resto do
mundo.

Letra D: errada. Os subs’dios ˆ exporta•‹o ter‹o o efeito de reduzir o pre•o


dos bens exportados.

Letra E: errada. A intensidade do impacto dos subs’dios sobre as exporta•›es


e das tarifas de importa•‹o sobre os termos de troca relaciona-se diretamente ao
tamanho da economia do pa’s que imp›e a tarifa. Caso seja um pa’s grande, ele
exercer‡ forte influ•ncia sobre a oferta e demanda relativa mundial.

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42-(ACE-2008)-EstratŽgias de desenvolvimento por meio da substitui•‹o de


importa•›es tendem a incluir um viŽs em favor do setor urbano industrial
porque essas pol’ticas, alŽm de insularem o setor industrial da concorr•ncia
internacional, contribuem tambŽm para reduzir o desemprego urbano, elevar
os pre•os agr’colas e valorizar as taxas de c‰mbio.

Coment‡rios:

A industrializa•‹o por substitui•‹o de importa•›es n‹o contribui para reduzir


o desemprego urbano. Ao contr‡rio, com o est’mulo ao setor industrial, ocorre forte
movimento migrat—rio em dire•‹o ˆs cidades. Como nem todo mundo consegue
emprego, o desemprego urbano acaba aumentando, o que torna a quest‹o errada.

43-(ACE-2008) - Os ganhos derivados do uso de pol’ticas industriais


orientadas para as exporta•›es ser‹o mais elevados quando adotadas por
pa’ses pequenos, em que os setores potencialmente exportadores apresentam
substanciais economias internas de escala.

Coment‡rios:

De fato, pa’ses pequenos conseguem auferir maiores benef’cios do uso de


pol’ticas industriais orientadas para exporta•›es, haja vista o exemplo dos Tigres
Asi‡ticos. Quest‹o correta.

44-(ACE-2008) - A aus•ncia de um sistema financeiro eficiente, que permita


canalizar a poupan•a dos setores tradicionais para as novas indœstrias, por
representar uma falha de mercado, justifica o uso de restri•›es comerciais,
tais como tarifas e subs’dios, para proteger a indœstria nascente.

Coment‡rios:

A exist•ncia de falhas de mercado Ž apontada pela doutrina econ™mica como


argumento para a utiliza•‹o de pr‡ticas protecionistas que tenham como objetivo
proteger a indœstria nascente. Com efeito, um sistema financeiro ineficiente
impede que os recursos dispon’veis sejam canalizados para o desenvolvimento
de novas indœstrias. Ressalte-se, todavia, que, apesar de esse argumento ser
considerado leg’timo pela doutrina, a OMC n‹o aceita medidas protecionistas
amparadas em falhas de mercado. Por tudo isso, a quest‹o est‡ correta.

45-(ACE-2008)- De acordo com a hip—tese do crescimento empobrecedor, os


efeitos perversos sobre os termos de troca, decorrentes do crescimento
econ™mico baseado nas exporta•›es, ser‹o tanto mais elevados quanto mais
inel‡stica for a curva de oferta e demanda relativa mundial dos produtos
transacionados.

Coment‡rios:

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O crescimento empobrecedor ocorre quando h‡ um crescimento viesado


para exporta•›es, isto Ž, um crescimento mais forte no setor exportador. Esse tipo de
crescimento Ž pernicioso, j‡ que provoca a deteriora•‹o dos termos de troca do pa’s.
Tal efeito Ž maior quanto menor for a elasticidade da oferta e da demanda relativa
mundial pelos produtos transacionados.

Como assim provoca a deteriora•‹o dos termos de troca?

Bem, pessoal, se h‡ um crescimento grande no setor exportador, haver‡


muita oferta do bem que est‡ sendo exportado. Se a oferta Ž grande, os pre•os do bem
exportado se reduzem. O pre•o das exporta•›es diminui. A’ precisamos olhar a
f—rmula dos Termos de Troca:

Termos de Troca= Pre•o das Exporta•›es/Pre•o das Importa•›es

Se o pre•o das exporta•›es (numerador) se reduz, os termos de troca se


deterioram. A quest‹o est‡, portanto, correta.

46-(ACE-2008) - A idŽia de que, nos pa’ses avan•ados, o comŽrcio


internacional prioriza inova•›es tecnol—gicas fortemente baseadas em
trabalho qualificado para dificultar a imita•‹o tecnol—gica pelos pa’ses menos
desenvolvidos Ž consistente com a hip—tese de complementaridade entre o
capital humano e as novas tecnologias, que resulta no aumento das
desigualdades salariais nesses grupos de pa’ses.

Coment‡rios:

Nos pa’ses desenvolvidos (avan•ados), o trabalho qualificado Ž um fator de


produ•‹o abundante e o trabalho n‹o-qualificado Ž um fator de produ•‹o escasso.
Aplicando-se o Teorema Hecksher-Ohlin-Samuelson, percebe-se que haver‡ aumento
dos sal‡rios dos trabalhadores qualificados e redu•‹o dos sal‡rios dos
trabalhadores n‹o-qualificados. H‡, portanto, um aumento da desigualdade salarial
nos pa’ses desenvolvidos.

Ainda conforme afirma a quest‹o, h‡ uma complementaridade entre o capital


humano e novas tecnologias, afinal, o desenvolvimento tecnol—gico depende de
trabalho qualificado. Por tudo isso, a quest‹o est‡ correta.

47- (Economista BNDES-2011) No modelo de Heckscher-Ohlin de comŽrcio


internacional, as vantagens comparativas, que levam ao comŽrcio entre dois
pa’ses, decorrem de:

a) economias de escala na produ•‹o

b) dota•›es diferentes dos fatores de produ•‹o

c) tecnologias de produ•‹o diferentes

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d) diferen•as nas taxas de infla•‹o interna dos pa’ses

e) desvaloriza•›es cambiais competitivas

Coment‡rios:

Pelo Teorema Hecksher-Ohlin, as vantagens comparativas decorrem das


diferen•as entre as dota•›es de fatores de produ•‹o. A resposta Ž a letra B.

48- (Economista BNDES-2009) Duas economias s‹o precisamente iguais, em


termos de dota•‹o de fatores, tecnologia usada, estrutura da demanda
interna, de impostos e gastos pœblicos (e, portanto, id•nticas em pre•os e
custos). A abertura comercial entre as duas e o consequente aumento do
mercado dispon’vel para as empresas, em ambas:

a) vai levar ao comŽrcio internacional se houver rendimentos crescentes de escala em


pelo menos um setor produtivo.

b) vai levar ao comŽrcio internacional apenas se houver rendimentos crescentes de


escala em todos os setores produtivos.

c) n‹o vai levar ao comŽrcio internacional, pois n‹o h‡ possibilidades de ganhos.

d) aumentar‡ a competi•‹o entre as empresas e reduzir‡ seus lucros.

e) reduzir‡ os sal‡rios reais, pela maior oferta de m‹o de obra.

Coment‡rios:

Quando duas economias s‹o iguais quanto ˆ dota•‹o de fatores produ•‹o, a


explica•‹o para e exist•ncia do comŽrcio internacional n‹o ser‡ dada pelo Teorema
Hecksher-Ohlin. A explica•‹o est‡ na exist•ncia de economias de escala, hip—tese
aventada por Paul Krugman. Dessa forma, pode-se afirmar que a abertura comercial
entre as duas economias ir‡ levar ao comŽrcio internacional caso existam economias
de escala (rendimentos crescentes de escala) em pelo menos um setor. Portanto, a
resposta Ž a letra A.

49- (Economista BNDES-2008) O comŽrcio internacional tem sido muito


intenso entre os pa’ses industrializados, os quais t•m estruturas produtivas e
dota•›es similares de fatores de produ•‹o. Isto sugere que:

a) a teoria das vantagens comparativas se aplica perfeitamente ˆ explica•‹o desse


padr‹o de comŽrcio.

b) a teoria das vantagens absolutas n‹o explica adequadamente esse padr‹o de


comŽrcio.

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c) a hip—tese de concorr•ncia perfeita entre as indœstrias dos pa’ses explica o padr‹o


de comŽrcio descrito.

d) o comŽrcio intra-setorial entre os pa’ses industrializados deve ser pequeno.

e) as economias de escala podem explicar esse padr‹o de comŽrcio.

Coment‡rios:

Letra A: errada. A Teoria das Vantagens Comparativas n‹o explica o comŽrcio


entre pa’ses com mesma estrutura produtiva e dota•›es semelhantes de fatores de
produ•‹o. A explica•‹o para esse comŽrcio foi dada pelas novas teorias de comŽrcio,
de Linder e Krugman.

Letra B: errada. A Teoria das Vantagens Absolutas n‹o explica o comŽrcio


nem mesmo quando um pa’s Ž mais eficiente na produ•‹o de todos os bens
considerados.

Letra C: errada. Os modelos de concorr•ncia imperfeita, notadamente o


modelo de concorr•ncia monopol’stica, Ž que explica o padr‹o de comŽrcio descrito
pela quest‹o.

Letra D: errada. O comŽrcio intra-indœstria ser‡ maior entre pa’ses com


a mesma estrutura produtiva e dota•›es semelhantes de fatores de produ•‹o.

Letra E: correta. Segundo Krugman, s‹o as economias de escala que


explicam o comŽrcio intra-indœstria.

50- (Quest‹o InŽdita)-Assinale a alternativa correta:

a) A extraordin‡ria expans‹o dos fluxos financeiros internacionais aumentou o poder


das pol’ticas monet‡ria e fiscal domŽsticas dos pa’ses.

b) A equaliza•‹o dos custos dos recursos Ž efeito te—rico da abertura comercial previsto
pelo Teorema Hecksher-Ohlin-Samuelson, cuja aplica•‹o somente ser‡ poss’vel caso a
tecnologia seja constante.

c) A liberaliza•‹o do comŽrcio internacional leva ao aumento das disparidades de


sal‡rios entre trabalhadores especializados e n‹o especializados em pa’ses em
desenvolvimento.

d) Termos de troca s‹o as rela•›es entre as dota•›es de fatores de produ•‹o de dois


pa’ses.

e) O pa’s grande, ao impor uma tarifa sobre a importa•‹o de determinado produto,


pode piorar seus termos de troca ˆs custas do resto do mundo.

Coment‡rios:

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Letra A: errada. A expans‹o dos fluxos financeiros internacionais reduziu o


poder das pol’ticas monet‡ria e fiscal domŽsticas dos pa’ses. Em quest‹o de segundos,
enormes quantias de dinheiro podem ser movimentadas de um pa’s para outro.

Letra B: correta. A equaliza•‹o dos custos dos recursos, efeito previsto pelo
Teorema Hecksher-Ohlin-Samuelson, Ž algo apenas te—rico, que n‹o se verifica de
forma perfeita na pr‡tica. A varia•‹o dos sal‡rios e das taxas de juros n‹o Ž
determinada pelo mercado. Destaque-se que o Teorema Hecksher-Ohlin-Samuelson
somente ser‡ v‡lido caso a tecnologia seja constante.

Letra C: errada. Nos pa’ses em desenvolvimento, a abertura comercial leva


ˆ redu•‹o das disparidades sociais. Isso porque haver‡ aumento dos sal‡rios dos
trabalhadores n‹o-qualificados (o trabalho n‹o-qualificado Ž o fator de produ•‹o
abundante nos PEDÕs) e redu•‹o dos sal‡rios dos trabalhadores qualificados (o trabalho
qualificado Ž o fator de produ•‹o escasso nos PEDÕs).

Letra D: errada. Termos de troca Ž a rela•‹o entre o pre•o das exporta•›es


e o pre•o das importa•›es de um pa’s.

Letra E: errada. O pa’s grande, ao impor uma tarifa sobre a importa•‹o de


determinado produto, pode melhorar seus termos de troca ˆs custas do resto do
mundo. Mas como assim?

Seguinte: o pa’s grande Ž um mercado consumidor enorme e, por meio da


imposi•‹o de uma tarifa sobre a importa•‹o de determinado produto, consegue
influenciar os pre•os internacionais desse produto. Se ele imp›e uma tarifa e
come•a a barrar as importa•›es, a conseqŸ•ncia ser‡ o acœmulo de estoques do
produto. Se h‡ acœmulo de estoques (aumento da oferta), o pre•o do produto se reduz.

Se o pre•o do produto importado se reduz, veremos, ao aplicar a f—rmula dos


termos de troca, que estes melhoram. Vejamos:

Termos de Troca= Pre•o das Exporta•›es / Pre•o das Importa•›es

Se o pre•o das importa•›es (denominador) diminuiu, os termos de troca


aumentam (melhoram). ƒ em raz‹o disso que podemos afirmar que o pa’s grande, ao
impor uma tarifa sobre as importa•›es de determinado produto, pode
melhorar seus termos de troca.

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LISTA DE QUESTÍES

1- (AFRF-2000) A Teoria de Vantagens Absolutas afirma em quais condi•›es


determinado produto ou servi•o poderia ser oferecido com:

a) pre•os de custo inferiores aos do concorrente.

b) pre•os de aquisi•‹o inferiores aos do concorrente.

c) pre•o final (CIF) inferiores aos do concorrente.

d) custo de oportunidade maior que as do concorrente.

e) menor efici•ncia que os do concorrente.

2- (AFTN-1998)- Indique a op•‹o que n‹o est‡ relacionada com a pr‡tica do


mercantilismo.

a) O princ’pio segundo o qual o Estado deve incrementar o bem-estar nacional.

b) O conjunto de concep•›es que inclu’a o protecionismo, a atua•‹o ativa do Estado e


a busca de acumula•‹o de metais preciosos, que foram aplicadas em toda a Europa
homogeneamente no sŽculo XVII.

c) O comŽrcio exterior deve ser estimulado, pois um saldo positivo na balan•a fornece
um estoque de metais preciosos.

d) A riqueza da economia depende do aumento da popula•‹o e do volume de metais


preciosos do pa’s.

e) Uma forte autoridade central Ž essencial para a expans‹o dos mercados e a prote•‹o
dos interesses comerciais.

3- (AFRF-2000) A transnacionaliza•‹o Ž um fen™meno distinto que,


sutilmente, relega a internacionaliza•‹o comercial quase a um segundo plano.
Este fen™meno come•ou a ser percebido a meados dos anos sessenta, quando
o valor da produ•‹o das subsidi‡rias dos grandes conglomerados industriais
no estrangeiro come•ou a superar o valor do comŽrcio internacional. O auge
da invers‹o estrangeira direta, que alentou a instala•‹o destas sucursais,
deveu-se a mœltiplos fatores: a reconstru•‹o e recupera•‹o de um mundo
destru’do pela guerra, o descobrimento da possibilidade de dividir o ciclo
produtivo de maneira muito mais fina do que no passado e a compreens‹o de
que era poss’vel ter acesso ˆs vantagens comparativas (relativas) peculiares
que ofereciam os diversos pa’ses e regi›es do mundo. O grande mŽrito de um
economista foi mostrar que o comŽrcio tambŽm seria proveitoso para dois
pa’ses, mesmo que um deles tivesse vantagem absoluta sobre o outro na

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produ•‹o de todas as mercadorias; mas sua vantagem seria maior em alguns


produtos do que em outros.

O economista em quest‹o foi:

a) Adam Smith

b) Stephen Kanitz

c) Keneth Galbraith

d) Karl Max

e) David Ricardo

4-(ACE-2012) De acordo com o modelo de David Ricardo, o padr‹o de


especializa•‹o produtiva de um pa’s e, por consequ•ncia, a composi•‹o de sua
pauta exportadora est‡ diretamente relacionada ˆ(s)

a) diferen•as entre os custos de remunera•‹o do capital em diferentes indœstrias.

b) vantagens relativas determinadas pela produtividade do fator trabalho em diferentes


indœstrias.

c) dota•‹o dos fatores de produ•‹o.

d) vantagens absolutas derivadas das diferen•as na remunera•‹o da m‹o de obra.

e) vantagens comparativas relativas determinadas pela produtividade do capital.

5- (AFRF 2002.2) Segundo a teoria cl‡ssica do comŽrcio internacional, na


concep•‹o de David Ricardo, o comŽrcio entre dois pa’ses Ž mutuamente
benŽfico quando:

a) cada pa’s especializa-se na produ•‹o de bens nos quais possa empregar a menor
quantidade de trabalho poss’vel, independentemente das condi•›es de produ•‹o e do
pre•o dos mesmos bens no outro pa’s, o que permitir‡ a ambos auferir maiores lucros
com a exporta•‹o do que com a venda daqueles bens nos respectivos mercados
internos.

b) intercambiam-se bens em cuja produ•‹o sejam empregadas as mesmas quantidades


de trabalho, o que lhes permite auferir ganhos em virtude de diferen•as, entre esses
mesmos pa’ses, na dota•‹o dos demais fatores de produ•‹o.

c) ambos pa’ses produzem os bens necess‡rios para o abastecimento de seus


respectivos mercados, obtendo lucros adicionais com a exporta•‹o dos excedentes
gerados.

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d) cada pa’s especializa-se na produ•‹o daqueles bens em que possua vantagem


relativa, importando do outro aqueles bens para os quais o custo de oportunidade de
produ•‹o interna seja relativamente maior.

e) a capacidade relativa de produ•‹o entre ambos pa’ses for semelhante, o que os leva
a procurar obter vantagens absolutas e assim obter ganhos com o comŽrcio mediante
a exporta•‹o dos excedentes de produ•‹o.

6- (AFRF 2002.2) De acordo com a moderna teoria do comŽrcio internacional,


segundo o modelo Heckcsher-Ohlin:

a) os padr›es de especializa•‹o e de comŽrcio entre os pa’ses resultam de diferen•as


entre os pre•os praticados domesticamente e aqueles praticados internacionalmente.

b) os pa’ses tender‹o a produzir e exportar bens cuja produ•‹o seja intensiva no fator
produtivo mais abundante em suas respectivas economias.

c) os pa’ses tender‹o a concentrar-se na produ•‹o e exporta•‹o de bens cujos custos


de produ•‹o, definidos pela remunera•‹o dos fatores de produ•‹o, sejam menores.

d) a produtividade da m‹o-de-obra determina os padr›es de especializa•‹o e as


possibilidades de comŽrcio entre os pa’ses.

e) a disponibilidade dos fatores de produ•‹o n‹o exerce influ•ncia significativa sobre o


padr‹o de comŽrcio entre os pa’ses uma vez que a mobilidade dos mesmos equilibra
as condi•›es de produ•‹o internacionalmente.

7-(ACE-2012) Considere as premissas e os objetivos do Modelo Hecksher-


Ohlin e assinale a op•‹o correta.

a) O modelo permite demonstrar como a oferta relativa de fatores de produ•‹o e o


emprego dos mesmos em diferentes intensidades na produ•‹o explicam os padr›es de
especializa•‹o e as possibilidades do comŽrcio internacional.

b) O modelo Ž um complemento do modelo ricardiano por aliar a abund‰ncia dos fatores


de produ•‹o aos custos do trabalho como fator explicativo dos padr›es de
especializa•‹o e dos ganhos do comŽrcio.

c) O modelo preconiza que um pa’s produzir‡ e exportar‡ aqueles produtos cujos


fatores produtivos sejam aproveitados mais eficientemente, independentemente de sua
oferta internamente.

d) O modelo ressalta a dota•‹o de recursos como fator determinante dos padr›es de


especializa•‹o e de comŽrcio, considerando de import‰ncia secund‡ria os custos dos
fatores e a intensidade relativa de seu emprego na produ•‹o como elementos
explicativos daqueles padr›es.

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e) O modelo preconiza que, com a ocorr•ncia do comŽrcio, a especializa•‹o decorrente


da abund‰ncia de fatores tende a produzir, ao longo do tempo, crescente diferencia•‹o
dos pre•os relativos dos fatores de produtos no mercado internacional.

8- (CVM/2010)- Em n’vel te—rico, a abordagem tradicional do comŽrcio


internacional, com suporte no teorema de Stolper-Samuelson, refere-se ao
processo de abertura comercial como uma forma de reduzir as disparidades
de sal‡rio entre trabalhadores qualificados e n‹o-qualificados nos pa’ses em
desenvolvimento. Esse argumento tem como pressuposto o fato de a
liberaliza•‹o comercial:

a) diminuir o pre•o do fator abundante (trabalho n‹o-qualificado) nos pa’ses em


desenvolvimento.

b) reduzir o pr•mio do trabalho qualificado.

c) melhorar os termos de troca em favor das importa•›es.

d) piorar os termos de troca em favor das exporta•›es.

e) aumentar o pr•mio do trabalho qualificado.

9-(AFRF-2000) Tradicionalmente os pa’ses latino-americanos mantiveram


economias fechadas, fundamentalmente prim‡rio-exportadoras, com uma
indœstria incipiente e protegida; governos grandes, nacionalistas e pouco
eficientes; setores privados excessivamente t’midos e quase inexistentes,
sociedades simples, mas tremendamente dicot™micas; mercados de trabalho
fortemente concentrados, e uma cultura paroquial que, de acordo com um
ditado mexicano, vivia agarrada ao passado. Os primeiros passos de sua
inser•‹o no processo de globaliza•‹o lhes deram acesso aos mercados
comerciais, tecnol—gicos e financeiros internacionais e, o que Ž mais
importante, aos mercados do conhecimento e das ideias, que favoreceu o
fortalecimento de suas vincula•›es pol’ticas com o resto do mundo,
permitindo-lhes constituir esquemas de integra•‹o competitivos, abertos e
extrovertidos, proporcionando a diversifica•‹o de sua estrutura social e
ocupacional, exercendo press‹o para a melhoria de seus sistemas educativos,
estabelecendo desafios, cujas respostas est‹o surpreendentemente
atrasadas, do ponto de vista da moderniza•‹o de seus sistemas pol’ticos e do
Estado. J‡ vimos que o comŽrcio internacional depende das diferen•as dos
custos (ou pre•os) relativos dos artigos produzidos pelos v‡rios pa’ses.

Por que os pa’ses apresentam uma estrutura de custo diferenciado?

a) A resposta nos Ž dada pelo economista Adam Smith em sua obra ÒComŽrcio
Interregional e InternacionalÓ.

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b) A resposta nos Ž dada pelo economista Bertil Ohlin em sua obra ÒComŽrcio Inter-
regional e InternacionalÓ.

c) A resposta nos Ž dada pelo economista Peter Schumpeter em sua obra ÒComŽrcio
Interregional e InternacionalÓ.

d) A resposta nos Ž dada pelo economista Francis Fukuyama em sua obra ÒComŽrcio
Interregional e InternacionalÓ.

e) A resposta nos Ž dada pelo economista Paul Singer em sua obra ÒComŽrcio Inter-
regional e InternacionalÓ.

10-(ACE-2012) Analise as assertivas abaixo e, em seguida, assinale a op•‹o


correta.

a) O aproveitamento de economias de escala em diferentes pa’ses conduz ˆ


especializa•‹o em um nœmero restrito de produtos, reduzindo assim a oferta de bens
no mercado mundial e as possibilidades de comŽrcio entre eles.

b) Em um modelo de concorr•ncia imperfeita e em condi•›es monopol’sticas, o


comŽrcio internacional Ž restringido pela segmenta•‹o dos mercados, escalas de
produ•‹o limitadas e pequena diversidade de bens dispon’veis para o interc‰mbio
comercial.

c) Mesmo em condi•›es de concorr•ncia imperfeita, as possibilidades e os ganhos do


comŽrcio resultam de vantagens comparativas relativas tal como definidas no modelo
ricardiano e n‹o do aproveitamento de economias de escala pelas indœstrias.

d) No modelo de concorr•ncia monopol’stica centrado na produ•‹o de manufaturas, um


pa’s tanto produzir‡ e exportar‡ bens manufaturados como tambŽm os importar‡,
alimentando assim o comŽrcio intra-indœstrias e gerando ganhos extras no comŽrcio
internacional.

e) Os rendimentos crescentes associados ao aproveitamento de economias de escala


alimenta a concentra•‹o monopol’stica, levando assim ao aumento dos pre•os nos
mercados domŽsticos e no mercado internacional e impactando negativamente o
comŽrcio internacional.

11-(AFRF 2002.1) O comŽrcio de bens manufaturados vem crescendo


significativamente desde a Segunda Guerra Mundial, inclusive com crescente
participa•‹o de pa’ses em desenvolvimento. Entre os fatores que t•m
concorrido para a expans‹o do comŽrcio de bens industrializados encontram-
se:

a) os investimentos diretos, a internacionaliza•‹o da produ•‹o e o comŽrcio intra-


firmas.

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b) a concentra•‹o da produ•‹o, da gera•‹o de tecnologias e da renda nos pa’ses


desenvolvidos.

c) o menor custo da m‹o-de-obra, a maior oferta de matŽrias-primas e a concentra•‹o


de investimentos diretos nos pa’ses emergentes.

d) as disparidades de renda e as diferen•as quanto ˆ estrutura da demanda entre os


pa’ses desenvolvidos e os pa’ses em desenvolvimento.

e) a diminui•‹o da demanda por commodities no mercado mundial, a dissemina•‹o de


tecnologias aplicadas e a atua•‹o das empresas transnacionais.

12-(AFRFB-2009)- A participa•‹o no comŽrcio internacional Ž importante


dimens‹o das estratŽgias de desenvolvimento econ™mico dos pa’ses, sendo
perseguida a partir de •nfases diferenciadas quanto ao grau de exposi•‹o dos
mercados domŽsticos ˆ competi•‹o internacional. Com base nessa assertiva e
considerando as diferentes orienta•›es que podem assumir as pol’ticas
comerciais, assinale a op•‹o correta.

a) As pol’ticas comerciais inspiradas pelo neo-mercantilismo privilegiam a obten•‹o de


super‡vits comerciais notadamente pela via da diversifica•‹o dos mercados de
exporta•‹o para produtos de maior valor agregado.

b) Pa’ses que adotam pol’ticas comerciais de orienta•‹o liberal s‹o contr‡rios aos
esquemas preferenciais, como o Sistema Geral de Prefer•ncias, e aos acordos regionais
e sub-regionais de integra•‹o comercial celebrados no marco da Organiza•‹o Mundial
do ComŽrcio por conterem, tais esquemas e acordos, componentes protecionistas.

c) A pol’tica de substitui•‹o de importa•›es valeu-se preponderantemente de


instrumentos de incentivos ˆ produ•‹o e ˆs exporta•›es, tendo o protecionismo tarif‡rio
import‰ncia secund‡ria em sua implementa•‹o.

d) A •nfase ao est’mulo ˆ produ•‹o e ˆ competitividade de bens de alto valor agregado


e de maior potencial de irradia•‹o econ™mica e tecnol—gica a serem destinados
fundamentalmente para os mercados de exporta•‹o caracteriza as pol’ticas comerciais
estratŽgicas.

e) As economias orientadas para as exporta•›es, como as dos pa’ses do Sudeste


Asi‡tico, praticam pol’ticas comerciais liberais em que s‹o combatidos os incentivos e
quaisquer formas de prote•‹o setorial, privilegiando antes a cria•‹o de um ambiente
econ™mico favor‡vel ˆ plena competi•‹o comercial.

13-(Quest‹o InŽdita)- Levando-se em considera•‹o as teorias do comŽrcio


internacional e as pol’ticas comerciais utilizadas pelos pa’ses, analise os itens
a seguir e atribua a letra (V) para as assertivas verdadeiras e a letra (F) para
as falsas. Em seguida, marque a op•‹o que contenha a sequ•ncia correta:

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( ) O modelo ricardiano n‹o Ž suficiente para explicar o comŽrcio internacional quando


um pa’s Ž mais eficiente que outro na produ•‹o de todos os bens considerados.

( ) A imposi•‹o de tarifas e restri•›es quantitativas sobre as importa•›es aumenta a


competitividade da indœstria nacional.

( ) As vantagens comparativas decorrem das diferen•as nas dota•›es de fatores de


produ•‹o entre os pa’ses.

( ) As pol’ticas comerciais estratŽgicas t•m como objetivo gerar externalidades positivas


atravŽs do est’mulo a setores intensivos em tecnologia.

( ) A deteriora•‹o dos termos de troca Ž tese defendida pela corrente estruturalista,


que argumenta que os pa’ses em desenvolvimento possuem desvantagem no comŽrcio
internacional e que, em raz‹o disso, devem promover uma industrializa•‹o voltada para
fora.

a) FFVVF

b) FFVFF

c) FVFVV

d) VFVVF

e) VVVVF

14-(Quest‹o InŽdita)- Assinale a alternativa incorreta acerca das pol’ticas


comerciais:

a) A doutrina econ™mica aponta a exist•ncia de falhas de mercado como um argumento


para a utiliza•‹o de pr‡ticas protecionistas.

b) A imposi•‹o de restri•›es quantitativas Ž admitida pela normativa do sistema


multilateral de comŽrcio em situa•›es excepcionais.

c) O comŽrcio internacional Ž resultado das diferentes dota•›es de fatores de produ•‹o


entre os pa’ses e das economias de escala.

d) Segundo a teoria econ™mica, o livre comŽrcio pode alterar a distribui•‹o de renda


em uma economia em favor dos detentores do fator de produ•‹o abundante no
territ—rio do pa’s.

e) A prote•‹o a setores intensivos em tecnologia tem por efeito desestimular a


inova•‹o, n‹o sendo poss’vel falar-se em gera•‹o de externalidades positivas
decorrentes do protecionismo.

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15-(Quest‹o InŽdita)-ÒO estudo de economia internacional nunca foi t‹o


importante como agora. No come•o do sŽculo XXI, as na•›es est‹o mais
intimamente ligadas do que antes, por meio do comŽrcio de bens e servi•os,
dos fluxos de moedas e do investimento nas demais economias. E a economia
global criada por essas liga•›es Ž um mar bem agitado: os formuladores de
pol’tica econ™mica e os l’deres empresariais em cada pa’s, incluindo os
Estados Unidos, precisam levar em conta as mudan•as, ˆs vezes velozes, na
prosperidade econ™mica mundo afora.Ó

KRUGMAN, Paul & OBSTFELD, Maurice. Economia Internacional, 8» ed. S‹o


Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010. pp.01

Assinale a alternativa incorreta acerca das pol’ticas comerciais:

a) O livre comŽrcio, alŽm de evitar as perdas de efici•ncia associadas ˆ prote•‹o,


elimina as distor•›es de produ•‹o e consumo.

b) O livre comŽrcio fornece maiores oportunidades para a inova•‹o e aprendizagem do


que um sistema de comŽrcio ÒadministradoÓ.

c) Um pa’s grande, ao impor uma tarifa sobre as importa•›es de determinado produto,


pode afetar os pre•os internacionais desse produto, beneficiando, assim, seus termos
de troca.

d) A possibilidade de vazamentos tecnol—gicos e a exist•ncia de defeitos nos mercados


de trabalho e de capitais s‹o argumentos apresentados a favor de pol’ticas comerciais
liberais.

e) As pol’ticas comerciais adotadas com base em falhas de mercado s‹o consideradas


Òpol’ticas do segundo melhorÓ.

16-(AFRF-2003) - Sobre o protecionismo, em suas express›es


contempor‰neas, Ž correto afirmar-se que:

a) tem aumentado em raz‹o da prolifera•‹o de acordos de alcance regional que mitigam


o impulso liberalizante da normativa multilateral.

b) possui express‹o eminentemente tarif‡ria desde que os membros da OMC acordaram


a tarifica•‹o das barreiras n‹o-tarif‡rias.

c) assume fei•›es preponderantemente n‹o-tarif‡rias, associando-se, entre outros, a


procedimentos administrativos e ˆ ado•‹o de padr›es e de controles relativos ˆs
caracter’sticas sanit‡rias e tŽcnicas dos bens transacionados.

d) vem diminuindo progressivamente ˆ medida que as tarifas tambŽm s‹o reduzidas a


patamares historicamente menores.

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e) associa-se a estratŽgias defensivas dos pa’ses em desenvolvimento frente ˆs


press›es liberalizantes.

17- (AFRF-2002.2) - A literatura econ™mica afirma, com base em argumentos


te—ricos e emp’ricos, que o comŽrcio internacional confere importantes
est’mulos ao crescimento econ™mico. Entre os fatores que explicam o efeito
positivo do comŽrcio sobre o crescimento destacam-se:

a) a crescente import‰ncia dos setores exportadores na forma•‹o do Produto Interno


dos pa’ses; as press›es em favor da estabilidade cambial e monet‡ria que prov•m do
comŽrcio; e o aumento da demanda agregada sobre a renda.

b) a melhor efici•ncia alocativa propiciada pelas trocas internacionais; a substitui•‹o


de importa•›es; e a conseqŸente gera•‹o de super‡vits comerciais.

c) a crescente import‰ncia das exporta•›es para o Produto Interno dos pa’ses; a


import‰ncia das importa•›es para o aumento da competitividade; e o melhor
aproveitamento de economias de escala.

d) os efeitos sobre o emprego e sobre a renda decorrentes do aumento da demanda


agregada; e o est’mulo ˆ obten•‹o de saldos comerciais positivos.

e) a amplia•‹o de mercados; os deslocamentos produtivos; e o equil’brio das taxas de


juros e dos pre•os que o comŽrcio induz.

18- (ACE-2002) Ð A respeito dos processos de industrializa•‹o por


substitui•‹o de importa•›es, Ž correto afirmar o seguinte:

a) Historicamente, tais processos favoreceram o desenvolvimento tecnol—gico em


escala global, j‡ que as economias mais atrasadas alcan•am condi•›es para
desenvolver indœstrias que passar‹o a competir com as das economias desenvolvidas.

b) No que concerne ˆ pol’ticas pœblicas implementadas pelos governos, assemelham-


se aos processos de industrializa•‹o baseados em atividades orientadas para a
exporta•›es. Diferenciam-se apenas pela •nfase na diversifica•‹o da pauta de
importa•›es.

c) Mostraram-se eficientes ao longo do sŽculo XX, como ilustra o desempenho dos


chamados ÒTigres Asi‡ticosÓ.

d) Aceitando-se que podem ser bem-sucedidos, implicam a necessidade da op•‹o, pela


sociedade que os implementam, de financiar um setor econ™mico espec’fico, uma vez
que requeiram a imposi•‹o de pol’ticas que distorcem, a um tempo, os fluxos comerciais
e a aloca•‹o eficiente dos fatores de produ•‹o internos.

e) Para que sejam implementados inteiramente, requerem a efetiva realiza•‹o de uma


reforma agr‡ria.

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19-(ACE-2012) Considerando-se a a•‹o governamental no modelo de


industrializa•‹o orientada para as exporta•›es, Ž correto afirmar que:

a) Ž limitada em raz‹o do protagonismo central dos agentes econ™micos privados


nacionais e estrangeiros atuantes na atividade exportadora na realiza•‹o de
investimentos produtivos e em rela•‹o aos fatores que garantem competitividade nos
mercados internacionais.

b) Ž semelhante ˆ desenvolvida no modelo de substitui•‹o de importa•›es na medida


em que est‡ centrada na aplica•‹o de instrumentos tarif‡rios e incentivos ˆ produ•‹o.

c) Ž de car‡ter subsidi‡rio e envolve fundamentalmente a promo•‹o de marcos


pol’ticos, jur’dicos e institucionais favor‡veis aos investimentos e ˆ atividade
econ™mica.

d) prescinde de formas de interven•‹o econ™mica e concentra-se na prote•‹o da livre


iniciativa, da competi•‹o e dos fluxos de comŽrcio e de investimento.

e) Ž de grande alcance, envolvendo o apoio ao desenvolvimento da infraestrutura, a


concess‹o de incentivos fiscais e credit’cios, o financiamento da produ•‹o e das
exporta•›es e investimentos em educa•‹o e qualifica•‹o profissional.

20- (AFRF-2000) Ð Para explicar a rela•‹o entre comŽrcio de produtos


prim‡rios e industrializados, a Comiss‹o Econ™mica para AmŽrica Latina
(CEPAL) apresentou uma sŽrie de estudos e propostas. Acerca da CEPAL
podem-se fazer as seguintes afirmativas abaixo, exceto:

a) A CEPAL teve um papel decisivo na cria•‹o da ALALC.

b) O comŽrcio internacional tendia a gerar uma desigualdade b‡sica nas rela•›es de


troca (uma deteriora•‹o nas rela•›es de troca) pois os pre•os das matŽrias-primas
tendiam a declinar a longo prazo, enquanto o pre•o dos produtos manufaturados
(fabricados em geral em pa’ses desenvolvidos) tendia a subir.

c) Os pa’ses produtores de bens prim‡rios deveriam diversificar sua produ•‹o, deixando


de ser produtores de monoculturas.

d) Os pa’ses em desenvolvimento deveriam procurar exportar produtos manufaturados.

e) Os pa’ses em desenvolvimento deveriam abrir suas economias para torn‡-las mais


competitivas e assim conquistarem espa•o no comŽrcio internacional.

21-(Quest‹o InŽdita)- Assinale a alternativa correta sobre barreiras tarif‡rias


e n‹o-tarif‡rias:

a) Os direitos antidumping, por representarem um adicional ao imposto de importa•‹o,


s‹o considerados barreiras tarif‡rias.

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b) A concess‹o de subs’dios ˆ exporta•‹o pode, no longo prazo, trazer aumento de


bem-estar a uma economia.

c) As barreiras tŽcnicas e as medidas sanit‡rias s‹o, muitas vezes, utilizadas como


formas arbitr‡rias de restri•‹o ao comŽrcio internacional, passando, ent‹o, a constituir-
se em pr‡ticas protecionistas disfar•adas.

d) As pr‡ticas arbitr‡rias de valora•‹o aduaneira e as pol’ticas de pre•os m’nimos s‹o


autorizadas pela normativa da OMC quando destinadas a combater um surto de
importa•›es.

e) As restri•›es cambiais e as restri•›es quantitativas s‹o admitidas pela normativa da


OMC, salvo quando houver graves restri•›es no Balan•o de Pagamentos.

22- (Quest‹o InŽdita)- ÒA maioria da popula•‹o mundial, contudo, vive em


na•›es bem mais pobres. A gama de renda entre esses pa’ses em
desenvolvimento Ž, por sua vez, muito ampla. Alguns deles, como Cingapura,
est‹o na verdade prestes a ser promovidos a pa’ses avan•ados, tanto no que
concerne ˆs estat’sticas oficiais quanto ˆ forma como pensam sobre si
mesmos. Outros, como Bangladesh, permanecem desesperadamente pobres.
Todavia, em quase todos os pa’ses em desenvolvimento a tentativa de
alcan•ar a renda das na•›es mais avan•adas tem sido uma preocupa•‹o
central da pol’tica econ™mica.Ó

KRUGMAN, Paul & OBSTFELD, Maurice. Economia Internacional, 8» ed. S‹o


Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010. pp.187.

Sobre as pol’ticas comerciais em pa’ses em desenvolvimento, assinale a


alternativa correta:

a) As imperfei•›es no mercado de capitais e a o problema da apropriabilidade s‹o


justificativas para a utiliza•‹o de pol’ticas comerciais protecionistas.

b) Ainda que um pa’s n‹o possua vantagens comparativas em determinado setor, Ž


poss’vel que um per’odo de prote•‹o ˆ indœstria nascente torne esse setor competitivo.

c) Os subs’dios devem ser concedidos ˆqueles setores em que h‡ gera•‹o de fortes


externalidades negativas.

d) A imposi•‹o de tarifas sobre as importa•›es de bens intensivos em alta tecnologia


tem como efeito o aumento da remunera•‹o dos trabalhadores de baixa renda no pa’s.

e) A pol’tica de valoriza•‹o da taxa de c‰mbio, adotada por alguns pa’ses, tem


funcionado como uma espŽcie de subs’dio ˆ exporta•‹o.

23- (Quest‹o InŽdita)- ÒAp—s o abandono das pol’ticas de substitui•‹o de


importa•›es postas em pr‡tica atŽ os anos 80, os pa’ses em desenvolvimento

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(PEDs) conheceram uma expans‹o sem precedentes nos n’veis de integra•‹o


comercial. De fato, entre 1983 e 2008, o comŽrcio global cresceu 85% acima
da produ•‹o global, e os PEDs beneficiaram-se particularmente dessa
expans‹o: as exporta•›es anuais dos pa’ses de renda mŽdia e baixa cresceram
14% ao ano desde 1990, bem acima dos 8% ao ano dos pa’ses de renda alta.
O r‡pido crescimento econ™mico da China e dos pa’ses do Leste asi‡tico est‡
intrinsecamente associado ˆ ado•‹o de estratŽgias de crescimento baseadas
em exporta•›es, as quais contribu’ram para uma r‡pida diversifica•‹o
econ™mica e uma mudan•a na composi•‹o do comŽrcio baseado em
commodities para produtos manufaturados.Ó

CANUTO, Otaviano & REIS, JosŽ Guilherme. ComŽrcio Global e crescimento:


perspectivas e desafios para as economias em desenvolvimento. In: Pontes,
Vol: 8, N¼ 1, Dispon’vel em: http://ictsd.org/i/news/pontes/124285/

Assinale a alternativa correta acerca das pol’ticas comerciais:

a) Os impactos sobre o comŽrcio internacional da crise econ™mica eclodida em 2008


foram muito grandes. Nem mesmo pa’ses como Brasil, China e êndia apresentaram
taxas de crescimento positivas nos fluxos de comŽrcio entre 2007 e 2009.

b) As regras do sistema multilateral de comŽrcio, apesar de n‹o impedirem a ado•‹o


de pr‡ticas protecionistas, funcionam como fator dissuas—rio do protecionismo.

c) As pol’ticas comerciais dos governos n‹o s‹o influenciadas por interesses


particulares, mas apenas por interesses pœblicos.

d) As economias asi‡ticas de alto desempenho (EAADÕs) caracterizam-se por taxas de


prote•‹o mais elevadas do que os demais pa’ses em desenvolvimento.

e) A industrializa•‹o por substitui•‹o de importa•›es foi um modelo largamente


empregado na AmŽrica Latina, sendo motivado pela ideias estruturalistas da CEPAL, as
quais relacionavam a deteriora•‹o dos termos de troca ao baixo n’vel de integra•‹o
regional.

24- (ACE-2002)- Com base nas novas teorias de comŽrcio internacional, Ž


correto afirmar, a respeito da rela•‹o entre comŽrcio internacional e pre•os
dos fatores de produ•‹o, com implica•›es para a distribui•‹o de renda:

a) o aumento de riqueza ocasionado pela liberaliza•‹o comercial produz, cedo ou tarde,


maior distribui•‹o de renda, motivo pelo qual o pensamento neoliberal defende a
remo•‹o de barreiras ao comŽrcio.

b) a abertura do mercado ocasiona o aumento do pre•o relativo do fator trabalho em


uma economia em que este fator seja abundante e reduz o seu pre•o na economia em
que o fator capital seja relativamente abundante.

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c) a especializa•‹o das economias em setores nos quais possuem vantagens


comparativas engendra o abandono de atividades outrora realizadas em tais
economias, produzindo desemprego e, no longo prazo, aumento nas disparidades de
renda entre os mais ricos e os mais pobres.

d) a abertura do mercado ocasiona a redu•‹o do pre•o relativo do fator trabalho em


uma economia em que este fator seja abundante e aumenta o seu pre•o na economia
em que o fator capital seja relativamente abundante.

e) a abertura do mercado ocasiona a redu•‹o do pre•o relativo do fator trabalho tanto


em uma economia em que este fator seja abundante quanto na economia em que o
fator capital seja relativamente abundante.

25-(ACE-2012) A imposi•‹o de tarifas ˆs importa•›es exerce importantes


efeitos sobre a renda internamente. Acerca desses efeitos, Ž correto afirmar
que:

a) a renda do governo e dos produtores domŽsticos beneficiados com a prote•‹o


tarif‡ria aumenta, ao mesmo tempo em que se reduz o poder aquisitivo dos
consumidores.

b) n‹o h‡ efeitos significativos decorrentes da taxa•‹o das importa•›es sobre a renda,


pois os ganhos auferidos pelos setores beneficiados pela prote•‹o tarif‡ria tendem a
ser anulados pelo aumento subsequente dos pre•os relativos e pela contra•‹o da
demanda no mercado domŽstico.

c) exerce efeito concentrador na medida em que alimenta a transfer•ncia de renda dos


consumidores para os produtores.

d) em virtude da contra•‹o das importa•›es e do favorecimento da produ•‹o domŽstica,


o efeito concentrador inicial tende a se reverter em raz‹o do crescimento da produ•‹o
e da renda nacional em um segundo momento.

e) a renda do governo diminui e aumenta, concomitantemente, a renda dos produtores


domŽsticos.

26-(ACE-2012) Em rela•‹o aos subs’dios ˆs exporta•›es, Ž correto afirmar


que:

a) s‹o proibidos pela normativa da OMC por distorcerem as condi•›es de concorr•ncia


internacional.

b) seus efeitos sobre os pre•os no mercado interno do pa’s que os aplica s‹o
semelhantes aos de uma tarifa sobre as importa•›es.

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c) produzem deteriora•‹o dos termos de troca ao elevar os pre•os no mercado interno


e reduzi-los nos mercados de destino, o que Ž compensado pelo aumento da renda que
provocam no mercado interno.

d) exercem efeitos concentradores de renda na medida em que envolvem transfer•ncia


de recursos pœblicos em favor de um segmento espec’fico do setor produtivo, e
diminuem a renda do pr—prio governo e dos consumidores.

e) possuem efeitos positivos em termos do bem-estar econ™mico geral de um pa’s na


medida em que contribuem diretamente para o crescimento e diversifica•‹o da
atividade econ™mica e para o aumento do emprego e da renda nos setores
exportadores.

27- (ACE-2002)- Os argumentos em favor da prote•‹o ˆs indœstrias nascentes


ganhou for•a com a publica•‹o do ÒReport on ManufacturesÓ, de Alexander
Hamilton, que defendeu o desenvolvimento nos Estados Unidos da AmŽrica e
o uso de tarifas para promov•-lo. A respeito dos instrumentos de prote•‹o a
indœstrias nascentes Ž correto afirmar que:

a) o argumento que analisa as economias de escala produzidas pela prote•‹o a


indœstrias nascentes defende como instrumento principal as firmas, em vez de
indœstrias, uma vez que, ao concentrar os benef’cios nas m‹os de poucos agentes
privados, preferencialmente um monop—lio, criam-se condi•›es para que a indœstria
local se desenvolva mais rapidamente.

b) desde que ocorra, a prote•‹o a indœstrias nascentes atinge os resultados pretendidos


a custos semelhantes, n‹o importando muito se utiliza instrumentos tais como cotas,
subs’dios ou tarifas.

c) o argumento que analisa a aquisi•‹o de experi•ncia pela economia nacional, baseado


no princ’pio de se Òaprender fazendoÓ, o que permite justificar a prote•‹o a tais
indœstrias por tempo indeterminado, preferencialmente longo, j‡ que a inova•‹o Ž
condi•‹o necess‡ria ˆ manuten•‹o da competitividade industrial.

d) entre as principais cr’ticas aos instrumentos utilizados para proteger indœstrias


nascentes est‹o os argumentos que apontam algumas de suas implica•›es, a exemplo
da dificuldade de se escolher corretamente as indœstrias que devem receber prote•‹o,
a relut‰ncia das indœstrias a dispensar a prote•‹o recebida e seus efeitos deletŽrios
sobre outras indœstrias.

e) entre as principais cr’ticas aos instrumentos utilizados para proteger indœstrias


nascentes est‹o os argumentos que apontam algumas de suas implica•›es, a exemplo
da dificuldade de se combinar as indœstrias que devem receber prote•‹o com o modelo
de substitui•‹o de importa•›es, a concord‰ncia das indœstrias em dispensar a prote•‹o
recebida e seus efeitos deletŽrios sobre outras indœstrias.

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28- (AFRF-2000)-Os fundadores da teoria do desenvolvimento, que provinham


principalmente da economia dos anos cinqŸenta, como Nurkse, Myrdall,
Rosenstein- Rodan, Singer, Hirschmann, Lewis e, certamente, Prebisch, n‹o
s— centraram sua an‡lise nas diferen•as estruturais existentes entre os pa’ses
desenvolvidos e os pa’ses em desenvolvimento, mas tambŽm postularam, a
partir de ‰ngulos distintos, que a forma de funcionar dos pa’ses desenvolvidos
constitui a causa principal do subdesenvolvimento destes œltimos. As
estratŽgias de desenvolvimento recomendadas e seguidas nos pa’ses
subdesenvolvidos Ð e especialmente na AmŽrica Latina Ð tenderam a ser
diametralmente opostas ˆs pol’ticas dos pa’ses industriais. Com efeito, devido
ˆ tend•ncia secular de deteriora•‹o dos termos de interc‰mbio dos produtos
industriais que os pa’ses desenvolvidos exportavam e os bens prim‡rios que
exportavam os pa’ses atrasados, a œnica solu•‹o a mŽdio e longo prazos para
estes œltimos seria modificar sua inser•‹o na economia mundial, produzindo
localmente aqueles bens industriais que antes importavam, atravŽs de
pol’ticas que procurassem substituir essas importa•›es, criando uma indœstria
nacional protegida pelo Estado.

a) Por essa raz‹o, pa’ses como o Brasil, procuraram dedicar-se somente ˆ produ•‹o de
um œnico artigo (soja, por exemplo). Dessa forma, ele poder‡ utilizar parte dos fatores
na produ•‹o da soja, mas o restante poder‡ aplicar na produ•‹o de outros artigos,
mesmo sofisticados, como autom—veis, computadores e avi›es.

b) Por essa raz‹o, a transfer•ncia de popula•‹o do setor prim‡rio para o setor industrial
contribui, em muitos casos, para a degenera•‹o do n’vel de vida dessa popula•‹o.

c) Por essa raz‹o, os governantes dos pa’ses subdesenvolvidos procedem unicamente


do ponto de vista pol’tico, evitando introduzir indœstrias em seu pa’s, pois politicamente,
n‹o aumentar‹o seu prest’gio junto ˆ popula•‹o.

d) Por essa raz‹o, os pa’ses subdesenvolvidos, pesadamente dependentes da produ•‹o


e exporta•‹o de produtos prim‡rios, acabam rejeitando a teoria das vantagens
comparativas e procuram industrializar-se a qualquer custo.

e) Por essa raz‹o, os pa’ses subdesenvolvidos e em desenvolvimento procuram manter


a capacidade de produzir um œnico artigo, considerado estratŽgico, tal como
combust’vel, cafŽ, armamento bŽlico etc., mesmo que tal atitude seja desinteressante
em termos puramente econ™micos.

29- (AFRF 2000) ÒO comŽrcio internacional depende das diferen•as dos custos
(ou pre•os) relativos dos artigos produzidos pelos v‡rios pa’ses. Mas por que
esses custos relativos diferem entre pa’ses?Ó

A Dota•‹o Relativa dos Fatores de Produ•‹o n‹o se refere a uma das


afirmativas abaixo. Identifique- a.

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a) A causa da diferen•a de custos relativos reside na distribui•‹o desigual de recursos


(fatores) de produ•‹o.

b) Os diversos produtos exigem propor•›es diferentes de fatores de produ•‹o para


serem produzidos.

c) O conjunto de condi•›es naturais e sociais que influenciam a efic‡cia das for•as


produtivas nos diversos setores de produ•‹o e produtividade do trabalho tambŽm
teriam uma forte influ•ncia nos pre•os.

d) Um fator relativamente escasso em um pa’s ter‡ um custo relativo mais elevado.

e) Os fatores de produ•‹o n‹o se encontram distribu’dos nas mesmas propor•›es nos


diversos pa’ses.

30- (AFRF 2000) A Teoria da Concorr•ncia Monopol’stica n‹o tem o seguinte


pressuposto:

a) Se h‡ comŽrcio intraindœstria, um pa’s pode produzir todos os bens.

b) Exist•ncia de diferencia•‹o de produtos.

c) Exist•ncia de economias de escala.

d) Exist•ncia de importante comŽrcio intraindœstria.

e) Exist•ncia de um grande nœmero de firmas produzindo bens diferenciados.

31- (AFRF-2000) Julgue as op•›es abaixo e assinale a correta.

a) O livre-cambismo Ž uma doutrina de comŽrcio estabelecida atravŽs de tarifas


protecionistas, a subven•‹o de crŽditos, a ado•‹o de c‰mbios diferenciados.

b) O livre-cambismo rege que a livre troca de produtos no campo internacional, os quais


seriam vendidos a pre•os m’nimos, num regime de mercado, se aproximaria ao da livre
concorr•ncia perfeita.

c) O livre-cambismo Ž uma doutrina pela qual o governo n‹o prov• a remo•‹o dos
obst‡culos legais em rela•‹o ao comŽrcio e aos pre•os.

d) O livre-cambismo s— beneficia os pa’ses em desenvolvimento, que apresentam uma


pauta de exporta•›es onde a maioria dos produtos possui demanda inel‡stica.

e) O livre-cambismo defende a ado•‹o de tarifas em situa•‹o de defesa nacional.

32- (AFTN-1998)- O livre-cambismo Ž uma doutrina de comŽrcio que parte do


pressuposto de que a natureza desigual dos pa’ses e regi›es torna a
especializa•‹o uma necessidade, sendo o comŽrcio o meio pelo qual todos os

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participantes obt•m vantagens dessa especializa•‹o. Cada pa’s deveria


especializar-se na produ•‹o de bens onde consegue maior efici•ncia, trocando
o excedente por outros bens que outros pa’ses produzem com mais efici•ncia.
O principal argumento contra o livre-cambismo, desde o sŽculo XIX (A.
Hamilton e F.List), se concentra na ideia de que:

a) O livre-cambismo Ž incapaz de promover a justi•a social

b) No livre-cambismo, somente se beneficiam do comŽrcio os pa’ses que apresentam


uma pauta de exporta•›es onde a maioria dos produtos possui demanda inel‡stica.
Quando isso n‹o ocorre, a concorr•ncia Ž predat—ria.

c) O livre-cambismo Ž bom para os pa’ses de economia madura, mas os pa’ses com


indœstrias nascentes necessitam de alguma forma de prote•‹o.

d) O livre-cambismo atende apenas aos interesses dos grandes exportadores, que usam
a liberdade econ™mica para estabelecer monop—lios e cartŽis.

e) Na verdade n‹o existe livre-cambismo na pr‡tica. Todos os pa’ses s‹o protecionistas


em raz‹o da interven•‹o do Estado.

33- (AFTN-1998) Um pa’s se beneficia do comŽrcio internacional com base na


produ•‹o de bens que mais utilizem fatores de produ•‹o relativamente
abundantes em seu mercado interno. Este pa’s exportar‡ tais bens e importar‡
aqueles cuja produ•‹o exija maior quantidade de fatores de produ•‹o
relativamente escassos no pa’s. Este enunciado:

a) Se op›e ˆ teoria das vantagens comparativas porque nessa teoria o comŽrcio deve
se originar da diferen•a dos custos de produ•‹o e n‹o da diferen•a na dota•‹o de
fatores.

b) ƒ complementar ˆ teoria das vantagens comparativas porque parte do mesmo


pressuposto de que o que origina o comŽrcio Ž a diferen•a nos custos relativos de
produ•‹o dos diferentes tipos de bens que o pa’s pode produzir.

c) Se op›e ˆ teoria das vantagens absolutas, que assume apenas a divis‹o internacional
do trabalho, com base nos custos de produ•‹o.

d) N‹o se relaciona com a teoria das vantagens comparativas porque nessa teoria a
quest‹o central Ž a do valor do trabalho

e) Difere da teoria das vantagens comparativas porque, nesta teoria, a divis‹o


internacional do trabalho Ž definida pela capacidade comparativa das na•›es, isto Ž,
pa’ses pessimamente dotados, como o Jap‹o, s‹o bem sucedidos, enquanto outros,
com muito mais recursos, v•m-se saindo mal no comŽrcio internacional.

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34- (AFRF 2002.1) De acordo com a teoria cl‡ssica do comŽrcio internacional,


as trocas comerciais entre dois pa’ses podem ser vantajosas mesmo quando
um pa’s n‹o usufrua de vantagem absoluta no tocante ˆ produ•‹o de um
determinado bem, mas sim de vantagem comparativa, a qual decorre, segundo
Ricardo, de diferen•as, entre ambos pa’ses, em rela•‹o:

a) ˆ produtividade da m‹o-de-obra.

b) aos custos das matŽrias-primas.

c) aos custos de transporte.

d) aos custos de remunera•‹o do capital.

e) ˆ dota•‹o de fatores de produ•‹o.

35-(AFRF 2002.1) A teoria moderna do comŽrcio internacional procurou


superar as limita•›es da abordagem cl‡ssica das vantagens absolutas e
relativas, caracterizando-se pela produ•‹o de modelos de an‡lise do comŽrcio
internacional mais sofisticados, a exemplo do Hecksher-Ohlin, que atribuir as
diferen•as de custos de produ•‹o entre os pa’ses e os padr›es de
especializa•‹o com base na(o):

a) estrutura da demanda externa.

b) qualidade da m‹o-de-obra.

c) qualidade da infraestrutura de produ•‹o.

d) dota•‹o dos fatores de produ•‹o.

e) custo do trabalho.

36- (AFRF 2002.1) No que se refere ao comŽrcio internacional, a dŽcada de


noventa foi caracterizada pelo(a)

a) recrudescimento do protecionismo em virtude do contexto recessivo herdado da


dŽcada anterior.

b) preponder‰ncia das exporta•›es de servi•os aos pa’ses desenvolvidos.

c) tend•ncia ˆ liberaliza•‹o impulsionada por medidas unilaterais, por acordos bilaterais


e regionais bem como por compromissos assumidos multilateralmente.

d) fracasso das negocia•›es multilaterais no marco do GATT.

e) prolifera•‹o de acordos de integra•‹o econ™mica entre pa’ses desenvolvidos e em


desenvolvimento.

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37- (AFRF-2000)- Durante crise de encomendas ˆ produ•‹o interna de


determinado produto do pa’s A, amea•ada pelo aumento desproporcional das
importa•›es similares dos pa’ses B e C, que subsidiam fortemente a produ•‹o
e a exporta•‹o desse produto, as autoridades econ™micas do pa’s A, a fim de
obterem uma redu•‹o imediata da quantidade do produto importado Ð bem
conhecendo a prefer•ncia de seus consumidores pela oferta estrangeira e a
inferior qualidade da mercadoria domŽstica Ð dever‹o adotar como medida
mais eficaz a seus prop—sitos:

a) o contingenciamento dos produtos importados, fixando quotas ao produto para os


pa’ses exportadores;

b) a cria•‹o de subs’dios ˆ produ•‹o e ˆ comercializa•‹o do produto manufaturado no


pa’s;

c) o aumento da tarifa aduaneira nas posi•›es referentes a esse produto, a fim de


encarecer os importados, para benef’cio da indœstria nacional;

d) o aumento dos impostos de exporta•‹o, a fim de desestimular as exporta•›es do


produto domŽstico para mercados tradicionais;

e) o est’mulo ‡ prefer•ncia pelo produto nacional, mediante a promo•‹o de sorteios de


pr•mios para seus consumidores.

38- (AFRF-2000) Ð As Barreiras n‹o-tarif‡rias s‹o freqŸentemente apontadas


como grandes obst‡culos ao comŽrcio internacional. Podem vir a se constituir
Barreiras n‹o-tarif‡rias (BNT) todas as modalidades abaixo, exceto:

a) Medidas fitossanit‡rias

b) Normas de seguran•a

c) Direitos Aduaneiros.

d) Sistema de Licen•a de Importa•‹o

e) Quotas

39-(ACE-1997) Ð Alguns pa’ses alegam que seu comŽrcio externo Ž afetado


pela a•‹o do governo de outros pa’ses, como os Acordos Volunt‡rios de
Exporta•›es (AVREÕs). Esses acordos t•m como objetivo principal:

a) Estimular as exporta•›es

b) Canalizar as exporta•›es para um determinado produto

c) Aumentar a qualidade das importa•›es, com a imposi•‹o de normas de seguran•a e


de higiene (aspectos fitossanit‡rios)

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d) Levar o pa’s a equilibrar suas exporta•›es, como em um sistema de compensa•›es

e) Limitar as importa•›es de um determinado produto.

40- (INMETRO-2010)- Assinale a op•‹o correta, de acordo com a teoria das


propor•›es de fatores.

a) Pa’ses tendem a exportar bens intensivos cujos fatores de produ•‹o contribuem para
que a oferta n‹o seja abundante.

b) Pa’s que possua grande oferta de determinado recurso tender‡ a produzir mais bens
que utilizem modicamente esse recurso, poupando o seu uso e explorando, ao m‡ximo,
suas possibilidades de mercado.

c) Pa’ses tendem a importar bens intensivos nos fatores de produ•‹o cuja oferta interna
Ž abundante.

d) Deve-se buscar estabelecer a inter-rela•‹o entre as propor•›es dos diferentes


fatores de produ•‹o dispon’veis em diferentes pa’ses e dos diferentes fatores de
produ•‹o utilizados na produ•‹o de diferentes bens.

e) Considerando que as mudan•as nos pre•os relativos dos bens tenham baixo impacto
sobre as remunera•›es relativas dos recursos e que o comŽrcio suscite mudan•a dos
pre•os relativos, o comŽrcio internacional ter‡, tambŽm, forte impacto sobre a
distribui•‹o de renda.

41-(INMETRO-2010)- Acerca de tarifas sobre importa•›es e subs’dios ˆs


exporta•›es, assinale a op•‹o correta.

a) As tarifas sobre importa•›es consistem em interven•›es que os governos realizam


para propiciar a distribui•‹o de renda, a promo•‹o de indœstrias consideradas cruciais
para a economia ou o balan•o de pagamentos.

b) Os subs’dios ˆs exporta•›es e as tarifas sobre as importa•›es s‹o quantias


destinadas ˆ equaliza•‹o dos pre•os, por meio dos quais os bens s‹o comercializados
no pa’s e no mercado mundial.

c) As mudan•as nos pre•os geradas por tarifas sobre importa•›es e subs’dios ˆs


exporta•›es afetam os termos de troca do pa’s, mas n‹o acometem os termos de troca
do resto do mundo.

d) Os subs’dios ˆs exporta•›es tornam mais lucrativa a venda no mercado externo, em


rela•‹o ao mercado domŽstico, excetuando-se a essa situa•‹o as circunst‰ncias em
que o pre•o interno seja mais baixo, de modo que, por meio desse subs’dio, seja
aumentado o pre•o dos bens exportados no pa’s.

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e) A intensidade do impacto dos subs’dios sobre as exporta•›es e das tarifas de


importa•‹o sobre os termos de troca relaciona-se diretamente ao desenvolvimento
tecnol—gico do pa’s que imp›e a tarifa, de maneira que, caso o pa’s seja uma grande
pot•ncia tecnol—gica, n‹o causar‡ forte influ•ncia na oferta relativa mundial e na
demanda relativa mundial e, portanto, n‹o exercer‡ forte influ•ncia nos pre•os
relativos.

42- (ACE-2008) - EstratŽgias de desenvolvimento por meio da substitui•‹o de


importa•›es tendem a incluir um viŽs em favor do setor urbano industrial
porque essas pol’ticas, alŽm de insularem o setor industrial da concorr•ncia
internacional, contribuem tambŽm para reduzir o desemprego urbano, elevar
os pre•os agr’colas e valorizar as taxas de c‰mbio.

43-(ACE-2008) - Os ganhos derivados do uso de pol’ticas industriais


orientadas para as exporta•›es ser‹o mais elevados quando adotadas por
pa’ses pequenos, em que os setores potencialmente exportadores apresentam
substanciais economias internas de escala.

44-(ACE-2008) - A aus•ncia de um sistema financeiro eficiente, que permita


canalizar a poupan•a dos setores tradicionais para as novas indœstrias, por
representar uma falha de mercado, justifica o uso de restri•›es comerciais,
tais como tarifas e subs’dios, para proteger a indœstria nascente.

45-(ACE-2008)- De acordo com a hip—tese do crescimento empobrecedor, os


efeitos perversos sobre os termos de troca, decorrentes do crescimento
econ™mico baseado nas exporta•›es, ser‹o tanto mais elevados quanto mais
inel‡stica for a curva de oferta e demanda relativa mundial dos produtos
transacionados.

46-(ACE-2008) - A idŽia de que, nos pa’ses avan•ados, o comŽrcio


internacional prioriza inova•›es tecnol—gicas fortemente baseadas em
trabalho qualificado para dificultar a imita•‹o tecnol—gica pelos pa’ses menos
desenvolvidos Ž consistente com a hip—tese de complementaridade entre o
capital humano e as novas tecnologias, que resulta no aumento das
desigualdades salariais nesses grupos de pa’ses.

47- (Economista BNDES-2011) No modelo de Heckscher-Ohlin de comŽrcio


internacional, as vantagens comparativas, que levam ao comŽrcio entre dois
pa’ses, decorrem de:

a) economias de escala na produ•‹o

b) dota•›es diferentes dos fatores de produ•‹o

c) tecnologias de produ•‹o diferentes

d) diferen•as nas taxas de infla•‹o interna dos pa’ses

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e) desvaloriza•›es cambiais competitivas

48- (Economista BNDES-2009) Duas economias s‹o precisamente iguais, em


termos de dota•‹o de fatores, tecnologia usada, estrutura da demanda
interna, de impostos e gastos pœblicos (e, portanto, id•nticas em pre•os e
custos). A abertura comercial entre as duas e o consequente aumento do
mercado dispon’vel para as empresas, em ambas:

a) vai levar ao comŽrcio internacional se houver rendimentos crescentes de escala em


pelo menos um setor produtivo.

b) vai levar ao comŽrcio internacional apenas se houver rendimentos crescentes de


escala em todos os setores produtivos.

c) n‹o vai levar ao comŽrcio internacional, pois n‹o h‡ possibilidades de ganhos.

d) aumentar‡ a competi•‹o entre as empresas e reduzir‡ seus lucros.

e) reduzir‡ os sal‡rios reais, pela maior oferta de m‹o de obra.

49- (Economista BNDES-2008) O comŽrcio internacional tem sido muito


intenso entre os pa’ses industrializados, os quais t•m estruturas produtivas e
dota•›es similares de fatores de produ•‹o. Isto sugere que:

a) a teoria das vantagens comparativas se aplica perfeitamente ˆ explica•‹o desse


padr‹o de comŽrcio.

b) a teoria das vantagens absolutas n‹o explica adequadamente esse padr‹o de


comŽrcio.

c) a hip—tese de concorr•ncia perfeita entre as indœstrias dos pa’ses explica o padr‹o


de comŽrcio descrito.

d) o comŽrcio intra-setorial entre os pa’ses industrializados deve ser pequeno.

e) as economias de escala podem explicar esse padr‹o de comŽrcio.

50- (Quest‹o InŽdita)-Assinale a alternativa correta:

a) A extraordin‡ria expans‹o dos fluxos financeiros internacionais aumentou o poder


das pol’ticas monet‡ria e fiscal domŽsticas dos pa’ses.

b) A equaliza•‹o dos custos dos recursos Ž efeito te—rico da abertura comercial previsto
pelo Teorema Hecksher-Ohlin-Samuelson, cuja aplica•‹o somente ser‡ poss’vel caso a
tecnologia seja constante.

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c) A liberaliza•‹o do comŽrcio internacional leva ao aumento das disparidades de


sal‡rios entre trabalhadores especializados e n‹o especializados em pa’ses em
desenvolvimento.

d) Termos de troca s‹o as rela•›es entre as dota•›es de fatores de produ•‹o de dois


pa’ses.

e) O pa’s grande, ao impor uma tarifa sobre a importa•‹o de determinado produto,


pode piorar seus termos de troca ˆs custas do resto do mundo.

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GABARITO

1-Letra A 12-Letra D 23-Letra B 34-Letra A 45-Certa


2-Letra B 13-Letra A 24-Letra B 35-Letra D 46-Certa
3-Letra E 14-Letra E 25-Letra A 36-Letra C 47-Letra B
4-Letra B 15-Letra D 26-Letra A 37-Letra A 48-Letra A
5-Letra D 16-Letra C 27-Letra D 38-Letra C 49-Letra E
6-Letra B 17-Letra C 28-Letra D 39-Letra E 50-Letra B
7-Letra A 18-Letra D 29-Letra C 40-Letra D
8-Letra B 19-Letra E 30-Letra A 41-Letra A
9-Letra B 20-Letra E 31-Letra B 42-Errada
10-Letra D 21-Letra C 32-Letra C 43-Certa
11-Letra A 22-Letra A 33-Letra B 44-Certa

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