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ESTRUTURA DE COMÉRCIO

EXTERIOR I

Carga Horária: 80 h
Créditos: 04

Leandro Borges
COMÉRCIO INTERNACIONAL

X
COMÉRCIO EXTERIOR
 Comércio Internacional – São operações de troca entre países
distintos, caracterizado pelo intercâmbio de mercadorias, serviços e
movimentações de capitais.
As normas são aquelas que se aplicam uniformemente a mais de um país,
visando à facilitação dos negócios internacionais.
São criadas a partir de organismos internacionais, como a ONU, OMC ou
Câmara Internacional de Comércio (CCI).
Ex.: Incoterms (padronização internacional de compra e venda de
mercadorias)

 Comércio Exterior – são regras e normas nacionais de transações e


estudos realizados no comércio internacional.
As normas são aquelas que disciplinam a entrada no país de mercadorias
procedentes do exterior ou a saída de mercadorias do território nacional.
Ex.: Exigência da emissão de documentos necessários tanto para exportação
quanto importação.
Companhia das
Índias Orientais

Início do século XVII – Conhecida como a primeira


grande corporação multinacional.
Revolução Industrial
 Era Agrícola X Era Industrial.

 Mudança de paradigma: pensar tudo em curto


prazo.

 Cultura de massa: novo modo de vida, novos


produtos, novos gostos.

 Solucionar os problemas emergentes:


alimento, roupa e emprego.

 Invenção da máquina a vapor.

 Máquina de tear.

 Mecanização da agricultura
Conseqüências da Revolução Industrial
 Crescimento populacional desordenado nos grandes centros
urbanos, onde se concentravam as indústrias.

Entre 1500 e 1780 1780 a 1880


Inglaterra

3,5 milhões 36 milhões

 Intensificação da relação de domínio do homem sobre a natureza.

 Processo de colonização.

 Corrida armamentista (2 Grandes Guerras do século XX)


Progresso era sinônimo de poluição
Revolução Industrial
 Surgimento e fortalecimento de novas EMN: Serviços
financeiros, transportes e commodities.

 Inglaterra: supremacia na produção têxtil, carvão, aço e ferro.

 Tecnologia

 Infraestrutura de e para transporte na Europa.

 Liberdade de fluxo e capitais.

 Aumento de investimentos diretos.


ECONOMIA
MUNDIAL

 Capitalismo

 Aceleração do processo após a II Guerra Mundial (surgimento de um


conjunto de OIs, gerenciamento econômico, ordenamento monetário
internacional, entre outros).

 Década de 1950 - moedas européias tornam-se conversíveis, levando os


mercados financeiros a se internacionalizar.

 Década de 1970 - advento tecnológico.

 Criação de normas uniformes, visando facilitar, dar mais segurança e evitar


problemas de ordem técnica (nomenclatura, denominação e interpretação).
AS DIFICULDADES DO COMÉRCIO
EXTERIOR
 Diferenças culturais, como Falta de infra-estrutura dos
língua, fuso horário, forma de portos;
comercialização distinta;
Falta de cultura
 Adaptação dos produtos, exportadora.
como embalagens, etiquetas,
material de divulgação; Protecionismo

 Moeda, instabilidade Excessiva burocracia e


econômica; instabilidade econômica;

 Custos elevados de transporte Cotas de importação


devido a má condições das
estradas; Impostos.
OIs que atuam no
Comércio Exterior
 OMC – Organização Mundial do Comércio
 GATT - Acordo Geral de Tarifas e Comércio
 PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
 FAO – Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura
 FMI – Fundo Monetário Internacional
 BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento
 BIRD – Banco Mundial
 CEPAL – Comissão Econômica para a América Latina
 OACI – Organização da Aviação Civil Internacional
 OIT – Organização Internacional do Trabalho
 OMI – Organização Marítima Internacional
 OMPI – Organização Mundial da Propriedade Intelectual
 ONUDI - Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial
 UIT - União Internacional de Telecomunicações
 UNCTAD – Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento
 CCI – Centro de Comércio Internacional
 CIC – Câmara Internacional de Comércio
Sistemas e Órgãos Governamentais de
Controle do COMEX Brasileiro
CÂMARA DE COMÉRCIO EXTERIOR (CAMEX)

 Entidade máxima do Comércio Exterior do Brasil.

 OBJETIVO PRINCIPAL – coordenar esforços de diferentes


órgãos de Governo com o objetivo de tomar decisões em matéria
de comércio exterior.

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Decisões
CAMEX Comércio
MDIC Exterior
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CÂMARA DE COMÉRCIO EXTERIOR (CAMEX)

 Criada em 1995.

 Composta por um Conselho de Ministros e uma


Secretaria Executiva.

 A criação da câmara foi uma tentativa de responder as


rápidas transformações crescimento do setor externo
brasileiro, que sempre fora tratada de forma isolada por
cada um dos Ministérios do país, limitando
demasiadamente o processo decisório no comércio
exterior.

 Atualmente, nenhuma medida que afete o comércio


exterior brasileiro pode ser editada sem discussão
prévia da Câmara.
CÂMARA DE COMÉRCIO EXTERIOR (CAMEX)

Participantes da Camex

MDIC;
 Casa Civil;
 Relações Exteriores;
 Fazenda;
 Agricultura;
 Planejamento;
 Desenvolvimento Agrário.
CÂMARA DE COMÉRCIO EXTERIOR (CAMEX)
 Compete à CAMEX (Decreto nº 4.732/03), dentre outras,
definir diretrizes e procedimentos relativos a:

 Implementar a política de comércio exterior visando à inserção


competitiva do Brasil na economia internacional;
 Simplificar e racionalizar o comércio exterior e o sistema administrativo;

 Orientar políticas de incentivo à melhoria dos serviços portuários,


aeroportuários, de transporte e de turismo;
 Negociações de acordos e convênios relativos ao comércio exterior;

 Fixar ou alterar as alíquotas do imposto de exportação e importação;

 Fixar direitos antidumping e compensatórios, provisórios ou definitivos,


e salvaguardas.

 Medidas protecionistas;
MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES
EXTERIORES (MRE)
 O MRE atua em duas frentes de trabalho:

A promoção comercial das exportações


brasileiras;

 As negociações internacionais, sempre


buscando o interesse da política externa
brasileira.

 Atua no marketing externo, fazendo a promoção e


divulgação de oportunidades comerciais no estrangeiro.
MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES
EXTERIORES (MRE)
 A promoção comercial busca dar assistência às empresas brasileiras
interessadas no processo de internacionalização.

 Este serviço é feito através dos SECOMs.

 SECOMs são as “antenas” do Departamento de Promoção Comercial


do MRE, instalados em mais de 50 postos estratégicos no exterior.

 São responsáveis por captar e divulgar as informações de


oportunidades comerciais e de investimentos para empresas
brasileiras.

 Produzem também pesquisas de mercados para produtos brasileiros


com oportunidades no exterior.
MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES
EXTERIORES (MRE)
Antepenúltimo Ministro
Antônio Patriota Ministro Anterior
José Serra

Penúltimo Ministro
Mauro Vieira

Atual
Aloysio Nunes
Ministério do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior (MDIC)
Criado em 1999, tem como área de competência,
no comércio exterior, os seguintes assuntos:

 Política de desenvolvimento da indústria, do comércio e dos


serviços;

 Políticas de comércio exterior;

 Regulamentação e execução dos programas e atividades relativas


ao comércio exterior;

 Aplicação dos mecanismos de defesa comercial participação em


negociações internacionais relativas ao comércio exterior;
Ministério do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior (MDIC)
 É o ministério responsável pelas decisões e execução das
diretrizes políticas de comércio e exerce sua função através
do órgão gestor SECEX – Secretaria de Comércio
Exterior.

Ministro Anterior Ministro Interino


Ministro Demitido
Armando de Queiroz Marcos Jorge de
Marcos Pereira
Monteiro Neto Lima
SECRETÁRIA DE COMÉRCIO
EXTERIOR (SECEX)

 Pode-se dizer, assim, que o SECEX é o carro-chefe do


MDIC na gestão do comércio exterior brasileiro.

o É o órgão estratégico na gestão do controle comercial.

o Normatiza, supervisiona, orienta, planeja, controla e


avalia as atividades de comércio exterior de acordo com as
diretrizes da CAMEX e do MDIC.
Compete à SECEX...
• Emitir licenças de exportação e importação;

• Fiscalizar preços, peso, medidas, classificação, qualidade e tipos


declarados nas operações de exportação e importação;

• Elaborar estatística do comércio exterior;

• Adotar medidas de controle das operações do comércio exterior;

• Pronunciar-se sobre a participação do Brasil em acordos ou


convênios internacionais relacionados com o comércio exterior;

• Normatiza a política de comércio exterior, assim como orientar e


coordenar a sua expansão;

• Estabelecer as bases da política de seguros no comércio exterior;


SECRETÁRIA DE COMÉRCIO
EXTERIOR (SECEX)
 Com a finalidade de fornecer suporte técnico à
SECEX, foram instituídos quatro departamentos:

• DENOC – Departamento de Normas e Competitividade

• DECEX – Departamento de Operações de Comércio Exterior


• DECOM – Departamento de Defesa Comercial
• DEINT – Departamento de Negociações Internacionais

• DEPLA – Departamento de Planejamento e Desenvolvimento do


Comércio Exterior
SECRETÁRIA DE COMÉRCIO
EXTERIOR (SECEX)
 DENOC – Responsável por estabelecer normas e procedimentos que
tratam da operacionalização do comércio exterior brasileiro, a
coordenação de ações referente aos acordos sobre facilitação ao
comércio e sobre procedimentos de licenciamento de importação junto
à Organização Mundial do Comércio (OMC). Busca formular propostas
para o aumento da competitividade internacional do produto brasileiro.

 DECEX – É a parte operacional da SECEX. É encarregado por elaborar e


implementar os dispositivos regulamentares do comércio exterior
brasileiro. Envolve o licenciamento de mercadorias importação e
exportação, além da gestão do Sistema Brasileiro de Comércio Exterior
(SISCOMEX);

 DEINT – Coordena os trabalhos de negociações internacionais


brasileiras a qual o Brasil participa;
SECRETÁRIA DE COMÉRCIO
EXTERIOR (SECEX)

DECOM – Coordena as atividades de combate ao


comércio desleal às empresas e produtos brasileiros.
Acompanha e supervisiona os processos instaurados
no exterior contra empresas brasileiras, dando-lhes
assistências e assessoria cabível.

DEPLA – Coordena as políticas e programas aplicáveis


ao COMEX. É um departamento que coleta, analisa e
sistematiza os dados e informações estatísticas, de
onde partem as propostas objetivando o
desenvolvimento do COMEX brasileiro.
MINISTÉRIO DA FAZENDA (MF)
 Responsável pela política monetária e fiscal;

 Zela pela defesa e pelos interesses fazendários, de fiscalização e


controle de entrada e saída de mercadoria do comércio exterior.

 No Comércio exterior, sua intervenção


é feita através do principal órgão
atuante e operacional: a Receita
Federal do Brasil.

 Além da RFB, o MF exerce sua


competência também através do
Banco Central do Brasil (BACEN).
Secretaria da Receita Federal
(SRF)
• Muitas vezes possui status de Ministério, atua na fiscalização aduaneira
de mercadorias, produtos e bens que ingressam no país ou são enviados
ao exterior.

• É responsável pelo planejamento, coordenação, fiscalização e execução


das atividades aduaneiras e arrecadação tributária nacional, ou seja, a
administração dos tributos federais e do regime aduaneiro.

• A SRF tem dentro de sua estrutura a coordenação geral do sistema


aduaneiro, que se subdivide na coordenação de valoração aduaneira,
nomenclatura e classificação, coordenação de legislação aduaneira e
coordenação operacional.
BANCO CENTRAL (BACEN)
• Controla o fluxo de caixa do país.

• Fiscaliza as operações de entrada de


divisas, em pagamento das exportações e/
ou saída em pagamento das importações,
realizadas pelos bancos autorizados a operar
em câmbio.

 Autoriza os estabelecimentos bancários a comprar ou vender


moedas estrangeiras no Brasil. Esta obrigação se dá pelo fato
de no Brasil não ser permitido o livre curso de moedas
estrangeiras, tanto a pessoas físicas como jurídicas.
BANCO CENTRAL (BACEN)
• De forma prática, toda vez que um exportador ou importador for
receber/pagar suas operações deverá procurar um banco
autorizado pelo BACEN e comprar/vender as moedas estrangeiras
recebendo/pagando em moedas nacional (Real), operação esta
firmada através de um contrato de câmbio.

Presidente Anterior Atual presidente


Alexandre Tombini
Ilan Goldfajn
ÓRGÃOS ANUENTES

Estão interligados ao SISCOMEX, de modo a tornar


mais ágil esta análise.

Podemos definir órgãos anuentes aqueles


credenciados, dentro da sua área de competência, para
auxiliar no controle comercial, dada a natureza do
produto ou pela finalidade da operação, para fins de
licenciamento de importação ou exportação.

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