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GESTÃO DE LOGÍSTICA E ADUANA

2021/2

Prof. Msc. Rafael Viegas

Faculdade Invest
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20/10/2021 LOGÍSTICA REVERSA
27/10/2021 CONCEITOS BÁSICOS DE ADUANA
03/11/2021 RECINTOS ALFANDEGÁRIO
10/11/2021 REGIMES ADUANEIROS
15 a 19/11 AVALIAÇÃO PARCIAL
17/11/2021 DESPACHOS ADUANEIROS
24/11/2021 RESPONSABILIDADE DOS TRANSPORTADORES
01/12/2021 OPERADORES LOGÍSTICOS
06 a 10/12 AVALIAÇÃO FINAL
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GLOBALIZAÇÃO

A globalização se refere ao intercâmbio cultural, social e


às atividades econômicas interdependentes e referentes
ao comércio de bens e serviços (compra e venda); aos
fluxos de capitais e também aos fluxos de trabalho
(correntes migratórias) entre países.
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Profissionais de Logistica Internacional
•  Providenciar o transporte de mercadorias entre países, podendo realizar
movimentações por longas distâncias;
•  Conhecer as vantagens e desvantagens das alternativas de modos de
transporte;
•  Garantir que as mercadorias sejam embaladas adequadamente;
•  Providenciar seguro para essas mercadorias;
•  Identificar a melhor forma de pagamento pela melhor estratégia de proteção
cambial (hedging);
•  Definir as responsabilidades das partes locais e estrangeiras na remessa das
cargas;
•  Providenciar a documentação ADUANEIRA de acordo com a legislação
vigente nos países de compra e venda.
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MARCOS DO COMÉRCIO INTERNACIONAL
● Fundo Monetário Internacional (FMI), criado em dezembro de 1945,
estabelecendo um sistema internacional de pagamento e taxas de câmbio
entre moedas estáveis.
● Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio (GATT), em 1947, com o intuito de
realizar negociações de redução de impostos.
● A Organização Mundial do Comércio (OMC), criada em 1995, substituiu o
GATT, tendo como atribuição básica aplicar as regras de livre-comércio.

Destaque -se a Rodada de Doha, iniciada no Qatar, em novembro de 2001, na IV Conferência


Ministerial da OMC, também conhecida como Rodada do Desenvolvimento, objetivou a abertura
de mercados agrícolas e industriais com regras favorecendo a ampliação dos fluxos de comércio
dos países em desenvolvimento.
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BLOCOS ECONÔMICOS

● A União Europeia (EU) surgiu em 1957 pela união de seis


países europeus sob sobre a sigla CCE (Comunidade
Econômica Europeia).
● Inicialmente, a CCE foi vista como algo fadado ao fracasso
por conta da diversidade cultural e econômica dos países
envolvidos.
● À época da formação da CCE, o objetivo principal foi de se
contrapor à economia norte-americana que se desenvolveu
fortemente a partir da II Guerra Mundial e no pós-guerra,
tornando-se a principal economia o planeta.

A atual União Europeia é a união econômica e política de 28


Estados-membros independentes situados principalmente na Europa e foi
fundada em novembro de 1993 pelo Tratado de Maastricht (Países
Baixos).
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BLOCOS ECONÔMICOS

● O Tratado Norte-Americano de Livre Comércio,


conhecido por sua sigla em inglês: NAFTA integra
as economias dos EUA, Canadá e México, ao
estabelecer vantagens no acesso a esses mercados
com o fim de tarifas e barreiras alfandegárias,
preferência nas compras governamentais, regras de
comércio favoráveis (tipos de proteção, padrões e
leis contra práticas desleais de comércio), e
serviços (regras de negociação, serviços
financeiros, de seguro, transporte e
telecomunicações, entre outros).

● Esse acordo não estabeleceu uma zona de livre


comércio entre os três países, mas reduz cerca de
20 mil tarifas, em um prazo máximo de 15 anos,
prevendo o corte das tarifas alfandegárias de mais
da metade dos produtos comercializados entre os
três países.
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BLOCOS ECONÔMICOS

● Criado em 26 de março de 1991 e tendo como


estados parte Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai,
e a partir de 12 de agosto de 2012, a Venezuela.
● A Bolívia é estado parte em processo de adesão e
o Mercosul conta ainda como estados associados,
o Chile (desde 1996), o Peru (desde 2003), a
Colômbia, o Equador (desde 2004), a Guiana e o
Suriname (ambos desde 2013).
● Na verdade, todas as nações sul-americanas fazem
parte do Mercosul de uma forma ou outra.
● A origem do Mercosul está nos acordos comerciais
entre Brasil e Argentina elaborados em meados dos
anos 1980 e tem como objetivo consolidar a
integração política, econômica e social entre os
países que o integram, fortalecer os vínculos entre
os cidadãos do bloco e contribuir para melhorar
sua qualidade de vida.
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“Na hora de importar ou exportar mercadorias, é comum se deparar


com uma série de normas e restrições. E caso elas não sejam
cumpridas, você corre o risco de ter os produtos apreendidos e pagar
multas altas para a Receita Federal. Para evitar que isso aconteça, é
importante conhecer o que é e como funciona a aduana brasileira.”
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“ADUANA = ALFÂNDEGA”

Alfândega é a repartição governamental


responsável por controlar a entrada e saída
de mercadorias para o exterior ou
provenientes deles. Também é encarregada
por cobrar os tributos incidentes desses
produtos.
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Objetivo Principal é melhorar a importância dos sistemas logísticos


externos que ligam o fabricante aos seus parceiros da rede
industrial, como fornecedores, transportadores e operadores.
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EGITO ANTIGO GRÉCIA ANTIGA IMPÉRIO ROMANO


Proibição de exportar Proibição de exportar Proibição de exportar
trigo grãos e figos. trigo, sal e armas.

IMPÉRIO BIZANTINO
ESPANHA MEDIEVAL FRANÇA MEDIEVAL
Proibição de exportar
Proibição de exportar Proibição de exportar
ouro, ferramentas e
cavalos cereais, ouro e prata
armas

O QUE ESTES EXEMPLOS TÊM EM COMUM?

O CONTROLE EXERCIDO SOBRE O COMÉRCIO


EXTERIOR POR ALGUMA AUTORIDADE SOBERANA
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MAS, POR QUE ESSE CONTROLE?

● PROTEÇÃO DA ECONOMIA LOCAL E DA SOCIEDADE;

● ABUNDÂNCIA X ESCASSEZ DE MERCADORIA

● ESTABELECIMENTO DE COTAS

● GRAVAME

CONTROLE DE TRÁFEGO EXTERNO NAS FRONTEIRAS;

ARRECADAÇÃO;

REGULAÇÃO DO COMÉRCIO INTERNACIONAL (PÓS-GUERRA)


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Constituição Federal
Art. 237. A fiscalização e o controle sobre o comércio
exterior, essenciais à defesa dos interesses fazendários
nacionais, serão exercidos pelo Ministério da Fazenda.
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HISTÓRICO DA LEGISLAÇÃO ADUANEIROS

● Marco inicial da Aduana no Brasil: visando combater o contrabando.

● Criação da Alfândega do Rio de Janeiro, em 1566.

● Outorga do Foral da Alfândega Grande de Lisboa, em 15/10/1587

● Regulamento das Alfândegas de 25/04/1832

● Decreto-Lei nº 37/66

● Regulamento Aduaneiros de 1985, 2002, 2009


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Incoterms (International Commercial Terms – Termos
Internacionais de Comércio)

● Os Incoterms tratam de regras internacionais, imparciais, de


caráter uniformizador, que explicitam a base dos negócios
internacionais, de modo a promover seu entendimento e
harmonia, facilitando a negociação de eventuais conflitos.
● Eles definem na estrutura de um contrato de compra e venda
internacionais, os direitos e obrigações recíprocos do
exportador e do importador, com base em um conjunto de
conceitos–padrão de regras e práticas neutras e acordadas. Por
exemplo, onde o exportador deve entregar a mercadoria, quem
contrata e paga o frete, quem é o responsável pela contratação
do seguro.
● O conhecimento dos Incoterms é indispensável para os
negociadores ou profissionais da área de comércio exterior e de
logística internacional, para que possam identificar e buscar as
melhores condições e trocas compensatórias em relação às
operações de importação e exportação.
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Cronologia dos Incoterms

● Ano de 1936: Surgiram em 1936, quando a Câmara Internacional do Comércio, com sede em
Paris, interpretou e consolidou as diversas formas contratuais até então utilizadas no comércio
internacional.
● Ano de 1976: Os Termos Internacionais de Comércio, inicialmente, foram empregados nos
transportes marítimos e terrestres entre países e a partir de 1976, nos transportes aéreos.
● Ano de 1980: Mais dois termos (padrões) foram criados em 1980 para compatibilizar com o
aparecimento de sistemas intermodais de transporte que utilizam o processo de unitização da
carga.
● Ano de 2000: Está em vigor desde 1º. de janeiro de 2000, os Incoterms 2000, que leva em
consideração o recente crescimento das zonas de livre–comércio, o aumento de
comunicações eletrônicas em transações comerciais e mudanças nas práticas relativas ao
transporte de mercadorias. Além disso, o Incoterms 2000 oferece uma visão mais simples e
clara dos treze Incoterms.
● Ano de 2011: A partir de 1º. de janeiro de 2011, entrou em vigor a versão Incoterms 2010, que
não excluiu quatro termos da versão 2000 e incluiu dois novos termos, reduzindo de treze para
onze o número de Incoterms. Dessa forma, ao se estabelecer a regra de referência, deve–se
sempre explicitar seu ano– base, ou seja, os Incoterms 2010.
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Incoterms

● As regras são estabelecidas internacionalmente e são uniformes e imparciais,


servindo de base para negociação no comércio entre países.
● Os Incoterms são classificados por grupos ou famílias de conceitos na ordem
crescente das obrigações do vendedor.
● As vendas referidas nos grupos compreendem as que são efetuadas na partida e na
chegada da mercadoria, como segue:
● As vendas na partida, caso dos grupos E, F e C, deixam os riscos do transporte a
cargo do comprador.
● No caso de vendas na chegada, os riscos serão de responsabilidade do vendedor, e
expressos conforme os termos do grupo D, exceto o DAF.

No caso do DAF – Delivery at Frontier – entregue na fronteira, o


vendedor assume os riscos até a fronteira citada no contrato e o
comprador, a partir dela.
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Incoterms
● Os termos do grupo C merecem atenção para evitar confusões. Por exemplo, se o
contrato de transporte internacional ou o seguro for contratado pelo vendedor, isso não
implica que os riscos totais do transporte principal caibam a ele.
● A CCI seleciona como próprios ao transporte marítimo, fluvial ou lacustre os termos
FAS, FOB, CFR, CIF, DES e DEQ. •
● Destinam–se a todos os meios de transporte, inclusive multimodal: EXW, FCA, CPT,
CIP, DAF, DDU e DDP. O DAF é o mais utilizado no transporte terrestre.
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Grupos de Incoterm
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Grupo E
EXW – Ex Works – a mercadoria é entregue no
estabelecimento do vendedor, em local designado. O
comprador recebe a mercadoria no local de sua produção
(fábrica, plantação, mina, armazém), na data combinada; com
todas as despesas e riscos sob sua responsabilidade, desde a
retirada no local designado até o destino final. Nesses
Incoterms, são mínimas as obrigações e responsabilidades do
vendedor
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Grupo F
FCA – Free Carrier (named place...) – Livre no Transportador
(local designado....). A obrigação do vendedor termina ao
entregar a mercadoria, desembaraçada para a exportação, à
custódia do transportador nomeado pelo comprador, no local
designado. O desembaraço aduaneiro é encargo do
vendedor.
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Grupo F
FAS – Free Alongside Ship – Livre no Costado do Navio. A
obrigação do vendedor é colocar a mercadoria ao lado do
costado do navio, no cais do porto de embarque designado ou
em embarcações de transbordo. A partir dos Incoterms 2000, o
desembaraço da mercadoria passa a ser de responsabilidade do
vendedor.
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Grupo F
FOB – Free on Board – Livre a Bordo do Navio. O vendedor,
sob sua conta e risco, deve colocar a mercadoria a bordo do
navio indicado pelo comprador, no porto de embarque
designado, cabendo a ele atender às formalidades de
exportação. Esta fórmula é a mais usada nas exportações
brasileiras de produtos a granel (produtos agrícolas e minérios)
por via marítima.
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Grupo C
CFR – Cost and Freight – Custo e Frete. Despesas decorrentes
da colocação da mercadoria a bordo do navio. O frete até o porto de
destino designado e as formalidades de exportação correm por
conta do vendedor; os riscos e danos da mercadoria, a partir do
momento em que é colocada a bordo do navio, no porto de
embarque, passam a ser de responsabilidade do comprador, que
deverá contratar e pagar o seguro e os gastos com o desembarque.
Este termo pode ser utilizado somente para transporte marítimo ou
fluvial doméstico.
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Grupo C
CIF – Cost, Insurance and Freight – Custo, Seguro e Frete.
Cláusula amplamente utilizada em que cadoria no porto de destino e arca com
todas as despesas, tais como desembarque, impostos, taxas, direitos
aduaneiros. Esta modalidade somente pode ser utilizada para transporte
marítimo. Deverá ser utilizado o termo CIP para os casos de transporte
rodoviário, ferroviário ou aéreo.
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Grupo C
CPT – Carriage Paid To – Transporte Pago Até. O vendedor
paga o frete até o local do destino indicado; o comprador
assume o ônus dos riscos de perdas e danos, a partir do
momento em que a transportadora assume a custódia das
mercadorias. Este termo pode ser utilizado independentemente
da forma de transporte, inclusive multimodal.
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Grupo C
CIP – Carriage and Insurance Paid to – Transporte e Seguro
Pagos até. O frete é pago pelo vendedor até o destino
convencionado; as responsabilidades são as mesmas indicadas
na CPT, acrescidas do pagamento de seguro até o destino; os
riscos e danos passam para a responsabilidade do comprador
no momento em que o transportador assume a custódia das
mercadorias. Este termo pode ser utilizado independentemente
da forma de transporte, inclusive multimodal.
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Grupo D
DAF – Delivered At Frontier – Entregue na Fronteira. A
entrega da mercadoria é feita em um ponto antes da fronteira
alfandegária com o país limítrofe já desembaraçada para
exportação, porém não desembaraçada para importação; a partir
desse ponto a responsabilidade por despesas, perdas e danos é
do comprador.
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Grupo D
DES – Delivered Ex–Ship – Entregue no Navio. O vendedor
coloca a mercadoria, não desembaraçada, a bordo do navio, no
porto de destino designado, à disposição do comprador; até
chegar ao destino, a responsabilidade por perdas e danos é do
vendedor. Este termo somente pode ser utilizado para o
transporte marítimo.
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Grupo D
DEQ – Delivered Ex–Quay – Entregue no Cais. O vendedor
entrega a mercadoria não desembaraçada ao comprador, no porto
de destino designado; a responsabilidade pelas despesas de
entrega das mercadorias ao porto de destino e desembarque no
cais é do vendedor. Estes Incoterms preveem que é de
responsabilidade do comprador o desembaraço das mercadorias
para importação e o pagamento de todas as formalidades,
impostos, taxas e outras despesas relativas à importação.
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Grupo D
DDU – Delivered Duty Unpaid – Entregues
Encargos/Impostos Não pagos. Consiste na entrega de
mercadorias no país do comprador, descarregadas; os riscos e
despesas até a entrega da mercadoria correm por conta do
vendedor, exceto as decorrentes do pagamento de direitos,
impostos e outros encargos resultantes da importação.
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Grupo D
DDP – Delivered Duty Paid – Entregue Encargos/Impostos
Pagos. O vendedor cumpre os termos de negociação ao tornar
a mercadoria disponível no país do importador no local
combinado, desembaraçada para importação, porém sem o
compromisso de efetuar desembarque; o vendedor assume os
riscos e custos referentes a impostos e outros encargos até a
entrega da mercadoria; este termo representa o máximo de
obrigação do vendedor em contraposição ao EXW
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Grupo D
DAT (Delivered at Terminal – Entregue no Terminal) – para
interpretação e negociação, entende–se como “terminal”: terminal
aéreo, terminal ferroviário, terminal rodoviário, cais, armazém ou
terminal de contêineres (depôt), desde que a mercadoria esteja
descarregada do veículo transportador internacional (avião, navio,
caminhão, trem) e colocada à disposição do comprador. Para se
reduzirem eventuais conflitos nas negociações, alguns cuidados podem
ser adotados:

Obs: O local interpretado como terminal é um recinto alfandegado


com presença de autoridade fiscal–aduaneira para realizar os
procedimentos de desembaraço.
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Contato
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Prof. Rafael Viegas


Whats: 65 9 9606-4122
Email: rafael.luiz@institutoinvest.edu.br

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