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b.

AMÉRICA LATINA: INTEGRAÇÃO REGIONAL E INSERÇÃO GLOBAL


Assunto 34. América Latina: identidade e diversidade;
Assunto 35. A inserção da América Latina na economia mundial;
Assunto 36. Processos de integração na América Latina;
Assunto 37. Os novos arranjos políticos e institucionais;
Assunto 38. Os ilícitos transfronteiriços na América Latina; e
Assunto 39. As imigrações populacionais na América Latina.

Comparar os aspectos característicos dos países latino-americanos, de acordo com a documentação


referenciada, para concluir sobre a inserção da América Latina na economia global.
Quais são as características dos países latino-americanos que contribuem ou dificultam na participação
na economia global?
Blocos Econômicos da AL: 1ª AS GEO 2019

Ideias Gerais
- A América Latina (AL) é constituída por 20 países: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica,
Cuba, Equador, El Salvador, Guatemala, Haiti, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru,
República Dominicana, Uruguai e Venezuela.

- A AL é a parte do continente americano localizada ao sul do Rio Grande (fronteira do México com os
EUA) onde houve majoritariamente colonização espanhola e portuguesa. Tradicionalmente, a atuação
dos EUA no cenário geopolítico latino-americano está dividida entre grupos que defendem posições
isolacionistas e grupos internacionalistas que pregam a integração.

- A AL não é um espaço geográfico ou continente, mas sim uma expressão usada para fazer referência
aos países e dependências da América que foram colonizados por países latinos, ou seja, Portugal,
Espanha e França. Portanto, são países e dependências que tem como línguas oficiais o português, o
espanhol e o francês.

- Durante a década de 1990, entrou em crise o modelo econômico e social desenvolvimentista e


predominou o modelo neoliberal.

-A AL possui questões econômicas e sociais como a dinâmica do narcotráfico, o saneamento básico, a


crescente violência e a desigualdade de renda.

- Em quase todos os países da AL foram adotadas a economia de mercado.

- Na expressão psicossocial da AL há uma grande desigualdade social.

- O processo de globalização atingiu praticamente todos os países da AL

- A globalização obrigou os países da AL a formarem blocos econômicos, dentre eles; o MERCOSUL, o


Mercado Comum Centro-americano, a Comunidade Andina, a Aliança Latino-Americana de Integração e
outros.

- No atual processo de globalização a economia da maioria dos países da AL encontra-se fragilizada e


com grande índice de endividamento.

- Na área social os problemas são diversos e com índices baixíssimos de satisfação.

- A inserção da AL no processo de globalização exige um grande esforço dos governos, centrados na


economia de mercado e na melhoria das condições sociais da população.

- América do Sul possui cerca de 17,8 milhões de km² de extensão.

MERCOSUL
- O MERCOSUL surgiu com o Tratado de Assunção, cujo objetivo era integrar os países membros - na
época Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai - por meio da livre circulação de bens e serviços, do
estabelecimento de uma Tarifa Externa Comum, da adoção de uma política comercial comum, além da
coordenação de políticas macroeconômicas e da harmonização de legislações nas áreas pertinentes.

- Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai assinaram, em 26 de março de 1991, o Tratado de Assunção, com
vistas a criar o Mercado Comum do Sul (MERCOSUL).

- O objetivo primordial do Tratado de Assunção é a integração dos Estados Partes por meio da livre
circulação de bens, serviços e fatores produtivos, do estabelecimento de uma Tarifa Externa Comum
(TEC), da adoção de uma política comercial comum, da coordenação de políticas macroeconômicas e
setoriais e da harmonização de legislações nas áreas pertinentes.

- Os seguintes países são Estados Partes Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai são os fundadores do
MERCOSUL. A Venezuela foi incorporada oficialmente em 12 de agosto de 2012 como novo sócio, mas
está suspensa do bloco desde dezembro de 2016 . A Bolívia, que era um Estado Associado desde 1996 é
hoje um Estado Parte em processo de adesão.

- Os Estados Associados podem participar, como convidados, das reuniões dos órgãos do MERCOSUL
para discutir termas de interesse comum. São eles: Chile, Colômbia, Equador, Peru, Guiana e Suriname.
Logo, todos os países da América do Sul fazem parte do , seja na condição de Estados Parte, seja na
condição de Estados Associados.

- De acordo com o estabelecido no Protocolo de Ushuaia sobre o Compromisso Democrático no


Mercosul, de 24 de julho de 1998, a plena vigência das instituições democráticas é condição essencial
para o desenvolvimento do processo de integração

- O MERCOSUL demonstra uma vitalidade nas trocas comerciais intrabloco, apresentando um


incremento, a partir de 1991, de US$ 4,5 bilhões para US$ 59,4 bilhões, em 2013. O bloco destaca-se
ainda no comércio internacional como uma potência em exportação de commodities, figurando nas
primeiras posições na comercialização de diversos produtos agrícolas, sendo ainda, segundo a
Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), detentor da maior reserva certificada de
petróleo do mundo, o que demonstra o potencial de negócios do MERCOSUL no comércio internacional.

- O atual processo de integração econômica da América Latina é muito complexo devido aos governos
adotarem políticas de forma bem distintas, como ocorre com o Mercosul e a ALBA.

- O Mercosul que intenta ser uma união aduaneira de longo prazo na região, valoriza o caráter
comercial. O bloco tem em vista a necessidade crescimento dos países da região afim de garantir maior
poder de barganha no contexto mundial.

- Os objetivos primordiais do MERCOSUL são: eliminação das barreiras tarifárias e não-tarifárias no


comércio entre os países membros; adoção de uma Tarifa Externa Comum (TEC); coordenação de
políticas macroeconômicas; livre comércio de serviços; livre circulação de mão-de-obra; e livre circulação
de capitais.

CP: ... A interferência política dos governos da Argentina e Venezuela na economia de ambos os países, é
altamente prejudicial a integração do bloco.

CP: Considerando os fatores acima, atualmente, o Mercosul passa por um período desfavorável em
virtude da retração econômica do Brasil e da Argentina que são os pilares da economia do bloco. Além
disso, enfrentam a baixa do preço das commodities, seu principal produto no mercado mundial

CP: ... A política econômica protecionista aplicada na Argentina dificulta as transações comerciais no
bloco. A Venezuela, com sua economia fraca, dificulta as transações comerciais no bloco.

CP: O MERCOSUL desenvolve políticas que objetivam a progressiva eliminação de obstáculos à livre
movimentação de capital e trabalho, bens e serviços, e dos povos da região entre os Estados membros,
otimizando o processo de desenvolvimento e integração entre os países membros.

CP: O MERCOSUL é uma zona de livre comércio entre os países membros, que visa estimular as trocas
comerciais no bloco, por meio da eliminação de taxas e tarifas alfandegárias de bens e serviços
produzidos o âmbito dos seus países membros, facilitando as exportações e importações no bloco.

Ideias para Conclusão:

- Atualmente o bloco apresenta problemas para sua melhor integração econômica e política face aos
problemas que ocorrem na Argentina e na Venezuela.

- As diferenças políticas e econômicas comparadas entre os países dos dois blocos representam um
desafio aos governos atuais no sentido de buscar a integração da América Latina.

- A IIRSA encontra-se estacionada, tanto no campo político como no campo econômico, para
implementação dos corredores de transportes, ligando o Brasil aos países andinos, fruto dos problemas
com a Venezuela e a Argentina.

- Em síntese, o Mercosul encontra-se em dificuldades sérias, motivadas pelas políticas econômicas e


engajamentos políticos errados da Argentina e da Venezuela.
- Em síntese a atual situação do Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) nos campos político e econômico
revela avanços irrefutáveis para a consolidação do bloco, superando conflitos que surgem e contribuindo
para uma maior integração dos países da América do Sul.

- A valorização da diplomacia, das relações diplomáticas bilaterais, dos acordos e tratados, com o fim de
promover o benefício mútuo, os direitos humanos, a democracia a solidariedade e a igualdade para
todos os estados membros tem contribuído para a integração dos países membros.

- A criação da Universidade do Mercosul, na cidade de Foz do Iguaçu-PR, vai priorizar a integração entre
os países membros na esfera da educação.

- A busca de uma harmonização de políticas econômicas, monetárias, fiscais, sociais e outras políticas
setoriais contribuem para a geração de novos empregos e incentivam o processo de industrialização.

- A integração econômica, bem-sucedida, aumentaria o desenvolvimento econômico nos países


membros, além de facilitar as relações comerciais entre o Mercosul e outros blocos econômicos, como o
NAFTA e a União Europeia, além de que promoveria uma maior integração entre o os países da América
do Sul.

- Por outro lado, o Mercosul fracassou regionalmente em não atrair as economias dinâmicas do Chile e
da Colômbia, devido às restrições impostas pela Tarifa Externa Comum (TEC). Com efeito, tal mecanismo
restringiria a expansão global dos países da Aliança do Pacífico que preferem a liberdade de comércio
com áreas consideradas de interesse mundial.

- O bloco Mercosul, por duas décadas, interagiu timidamente com o mercado mundial, realizando mais
trocas comerciais com seus parceiros do bloco.

- MERCOSUL NA EXPRESSÃO POLÍTICA

1) Integração política
O MERCOSUL tem por objetivo consolidar a integração política entre os países que o integram,
fortalecendo os vínculos entre os cidadãos e as instituições do bloco, contribuindo para melhoraria da
qualidade de vida na América do Sul.

2) Ideologia política no Mercosul


Democracia é o Regime de Estado de todos os países, mas o Socialismo de Esquerda foi adotado pela
Venezuela, Equador, Uruguai e Bolívia. Tal fato não impede que o Bloco siga a lógica do mercado e siga
também os trâmites normais de interdependência entre as nações e blocos que compõem o sistema
internacional

3) Abrangência de atuação
Todos os países da América do Sul participam do MERCOSUL, seja como Estado Parte, seja como Estado
Associado. No primeiro caso temos Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai (desde 26 de março de 1991) e
Venezuela (desde 12 de agosto de 2012), além de um Estado Parte em processo de adesão: Bolívia
(desde 7 de dezembro de 2012). Já os estados associados são Chile (desde 1996), Peru (desde 2003),
Colômbia, Equador (desde 2004), Guiana e Suriname (ambos desde 2013).
4) Unidade de pensamento político
O Mercosul foi concebido com o intuito, dentre outros objetivos, de coordenar posições conjuntas em
fóruns internacionais e harmonização de legislações nacionais, visando maior integração. Porém, ao
longo do tempo, o bloco conseguiu pequenos avanços, tornando a evolução política do bloco lenta.

5) Outras Ideias na expressão política

- Política Econômica: foi adotada uma política comercial comum, por meio da livre circulação de bens,
serviços e fatores produtivos e o estabelecimento de uma Tarifa Externa Comum (TEC), que obriga todos
os membros a adotarem a mesma política tarifária em relação a terceiros países.

- O bloco desenvolve políticas que tem por objetivo a progressiva eliminação de obstáculos a livre
movimentação dos povos da região entre os Estados membros.

- O bloco executa a coordenação de políticas macroeconômicas entre seus membros.

- O Protocolo de Ouro Preto, de 17 de dezembro de 1994, instituiu o Conselho de Mercado Comum


(CMC), órgão supremo cuja função é a condução política do processo de integração. O CMC é formado
pelo Ministros de Relações Exteriores e de Economia dos estados-partes, que se pronunciam através de
decisões.

- Em 06 de dezembro de 2002 foi assinado o Acordo sobre Residência para os Estados do Mercosul,
Bolívia e Chile, concedendo o direito à “residência temporária” de até dois anos em todos os países do
bloco, podendo ser solicitado o direito de residência permanente.

- Em 2002, foi assinado o Acordo de Residência, concedendo o direito de “residência temporária” de até
dois anos em todos os países do bloco.

- Em 2012, o Paraguai é suspenso do bloco e a Venezuela é admitida, gerando um rompimento


diplomático entre ambos, só reatado em outubro de 2013, com a reintegração paraguaia ao bloco.
- Atualmente, passados mais de três décadas, o bloco sul-americano ainda luta para conciliar os
diferentes interesses de seus integrantes.

- A Venezuela almeja que os demais membros aceitem a criação da República Bolivariana, abrangendo
toda a América do Sul.

- MERCOSUL NA EXPRESSÃO ECONÔMICA

1) Produto Interno Bruto (PIB)


O MERCOSUL tem PIB nominal de mais de US$ 4 trilhões e ocuparia a posição de quinta economia
mundial se fosse considerado como um único país (Fonte: World Economic Outlook Database - FMI)

2) Comércio
O comércio dentro do MERCOSUL multiplicou-se por mais de 12 vezes em duas décadas, saltando de US$
4,5 bilhões (1991) para US$ 59,4 bilhões (2013). Oitenta e sete por cento (87%) das exportações
brasileiras para o bloco é composta de produtos industrializados.

Comércio Intrabloco: é a troca de produtos por dinheiro ou por outros produtos internamente. O
comércio dentro do Mercosul, em duas décadas, saltou de US$ 4,5 bilhões (1991) para US$ 59,4 bilhões
(2013).

3) Produção agrícola/Agricultura
O MERCOSUL é uma potência agrícola. Ressaltam suas capacidades de produção das cinco principais
culturas alimentares globais (trigo, milho, soja, açúcar e arroz). O MERCOSUL é o maior exportador
líquido mundial de açúcar, o maior produtor e exportador mundial de soja, 1º produtor e 2º maior
exportador mundial de carne bovina, o 4º produtor mundial de vinho, o 9º produtor mundial de arroz,
além de ser grande produtor e importador de trigo e milho.

4) Energia
O MERCOSUL é uma das principais potências energética do mundo. O bloco detém 19,6% das reservas
provadas de petróleo do mundo, 3,1% das reservas de gás natural e 16% das reservas de gás
recuperáveis de xisto. O MERCOSUL ainda é detentor da maior reserva de petróleo do mundo, com mais
de 310 bilhões de barris de petróleo em reservas certificadas pela OPEP. Desse montante, a Venezuela
concorre com uma reserva de 296 milhões de barris.

5) Outras Ideias na expressão econômica

- Política Econômica: Em 1995, o bloco adotou a Tarifa Externa Comum (TEC), com o objetivo de livre
comércio de serviços e circulação de mão de obra e de capitais.

- A tarifa externa comum (TEC) é uma taxa comercial padronizada para um grupo de países, como a
existente no MERCOSUL.

Renda per Capita: a renda média no Mercosul é de, aproximadamente, US$ 12.300, mas existem
grandes disparidades internas

Investimento Estrangeiro Direto (IED): o bloco é o principal receptor na região. Recebeu 47,6% de todo
fluxo de IED direcionado à América do Sul, América Central e México.

Reservas Minerais: O Mercosul é uma das principais potências energética do mundo. O bloco detém
19,6% das reservas de petróleo do mundo, com mais de 310 bilhões de barris em reservas pela OPEP.
Possuem, ainda, 3,1% das reservas de gás natural e 16% das reservas de gás de xisto.

- Em 2000, foi criada a Integração da Infraestrutura Regional Sul-Americana (IIRSA), com a finalidade de
promover o desenvolvimento da infraestrutura de transporte, energia e telecomunicações, visando a
integração do Mercosul com os países da chamada América Andina.

- A Argentina, atualmente, tem atrasado a liberação de licença de importação, dificultando assim o


comércio no âmbito do bloco.

- A Venezuela criou a Lei de Preços Justos, na qual o governo passou a ditar o valor de tudo e a prender
empresários, gerando insegurança na população.

- A economia da Venezuela, nos últimos anos, enfrenta escassez de dólares e inflação alta, além de uma
crise de abastecimento de produtos básicos nos supermercados.

-A Argentina segue firme na imitação da política de preços da Venezuela. Em setembro deste ano,
aprovaram a reforma na Lei de Abastecimento, gerando escassez de mercadorias e mais inflação.

- Recentemente, a Argentina protagonizou um calote nos credores internacionais, gerando um ambiente


altamente desconfortável no âmbito do MERCOSUL.

- A Argentina criou barreiras comerciais, dificultando a integração entre as economias do bloco.

- Principais produtos da pauta de exportações brasileiras: veículos e acessórios (carros, caminhões,


Peças); máquinas e dispositívos elétricos e mecânicos; produtos químicos; aço, chapas de aço,
ferramentas; produtos minerais (cimento, compostos, sal, enxofre, minérios em estado bruto); produtos
alimentícios, bebidas, cacau; e produtos têxteis.

- Principais produtos da pauta de exportações argentinas: máquinas, carros e componentes; soja e trigo;
carne e outros produtos alimentícios; aço e dispositivos mecânicos; frutas, vinhos; produtos
petroquímicos; produtos de couro, peles; e peixe.

- Principais produtos da pauta de exportações paraguaias: algodão; soja e café; carne; menta; e tabaco.

- Principais produtos da pauta de exportações uruguaias: trigo, arroz; carne e produtos derivados; peixe,
laticínios, queijos; produtos têxteis; óleos; comestíveis; cevada; produtos de couro; e peles.

- Contribuições no desenvolvimento dos países

1) Argentina.
a) Fundação do Bloco Econômico e relação econômica com os demais membros.
Membro fundador do MERCOSUL, a Argentina se destaca como a segunda economia do bloco, porém a
crise econômica que o país vem atravessando, sustentada por alguns governos de cunho populista,
demonstra a assimetria entre os integrantes do bloco, o que vem dificultando a implementação de
política de integração regional e de fortalecimento do MERCOSUL no plano do comércio internacional.

b) Principal destino das trocas comerciais e influência na economia nacional.


O Brasil é o principal sócio comercial da Argentina, tendo suas trocas comerciais realizadas segundo as
regras tarifárias em vigor no âmbito do MERCOSUL: cerca de 20% das exportações argentinas destinam-
se ao mercado brasileiro, ao passo que 26% das compras externas do país são feitas pelo país vizinho,
com destaque na complementariedade existente na indústria automobilística dos dois países. Estima-se
que tal interdependência seja responsável por quadruplicar o tamanho da indústria automotiva na
Argentina.

c) Destaque nas relações comerciais no âmbito do MERCOSUL e outros blocos econômicos.


Cabe destacar que um eventual acordo entre MERCOSUL e União Europeia (UE) não poderá
desconsiderar a fragilidade da economia argentina e seus impactos sobre os demais integrantes do
MERCOSUL. Assim, é bem provável que o acordo não seja concluído enquanto perdurar a incerteza sobre
o futuro do país vizinho.
2) Brasil.
a) Fundação do Bloco Econômico e relação econômica com os demais membros.
Como membro fundador do MERCOSUL, o Brasil elencou como objetivo a ampliação das relações
comerciais entre os seus componentes. Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
(MDIC) indicam que em 2014, o Brasil exportou US$ 20,4 bilhões para os países que formam o bloco. Os
produtos industrializados, em especial os manufaturados, respondem por US$ 17,1 bilhões deste valor.

b) Processo de integração e aproveitamento de vantagem comparativa para o comércio de bens de


alta tecnologia.
Ao analisar o atual estado das assimetrias existentes entre os países do bloco, os economistas
mostraram que o Brasil foi o grande ganhador do processo de integração em seu principal aspecto: a
liberalização tarifária. Sem barreiras para vender seus produtos dentro do MERCOSUL, os setores
produtores de bens de alta tecnologia e maior valor agregado (notadamente máquinas, equipamentos e
peças e conjuntos automotivos) brasileiros ganharam um espaço de exportação dentro do bloco que não
teriam fora dele.

c) Destaque nas relações comerciais no âmbito do MERCOSUL, o contraponto com a ALCA e a


aproximação com a UE.
Cabe destacar que, aliado à característica integradora, o Brasil, a partir do MERCOSUL, demarca
definitivamente a América do Sul como sua área de influência político-econômica. Reforça, ainda, a
posição a favor do multilateralismo para fazerfrente a posição norte-americana e à tentativa de
implementação da Área de Livre Comércio das Américas (ALCA), bem como a aproximação com a União
Europeia (UE), a fim de buscar mercado não só para commodities, como também, para produtos
manufaturados com maior valor agregado.

3) Paraguai.
a) Fundação do Bloco Econômico e relação econômica com os demais membros.
O Paraguai foi o palco da assinatura do Tratado de Assunção que em 1991 deu origem ao MERCOSUL,
tendo como signatários a Argentina, o Brasil eu Uruguai. Em 2012 a cúpula do MERCOSUL decidiu
suspender o Paraguai das questões políticas no âmbito do bloco, porém a sua agenda de mercado
intrabloco não foi afetada significativamente, o que demonstrou que a instabilidade política do bloco não
influenciou, de forma decisiva, as relações de mercado já estabelecidas entre os parceiros. Neste ano, o
PIB do Paraguai teve um crescimento recorde da ordem de 13%, tendo as exportações paraguaias um
aumento de 38%.

b) Evolução do comércio exterior paraguaio no âmbito do MERCOSUL e a influência brasileira no


desenvolvimento econômico do Paraguai.
Entre 2002 e 2013, o fluxo de comércio bilateral elevou-se de US$ 942 milhões para US$ 4 bilhões, o que
corresponde a um aumento de cerca de mais de 300%. No mesmo período, as exportações brasileiras
para o Paraguai cresceram de US$ 559 milhões em 2002 para US$ 2,9 bilhões em 2012. Os fluxos de
investimento entre Brasil e Paraguai têm-se ampliado nas últimas décadas, e há crescente interesse de
empresas brasileiras em produzir no Paraguai. O Brasil já é o segundo país com maior estoque de
Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) no Paraguai, tendo alcançado US$ 809 milhões em 2012.

c) O comércio exterior paraguaio como integrante do MERCOSUL em comparação com acordos


bilaterais.
O comércio exterior paraguaio, considerando as trocas entre os países integrantes do MERCOSUL, desde
2007 somam quase 10 bilhões de dólares. Na comparação das exportações nos últimos cinco anos até
2011 para o restante da América do Sul (sem os integrantes do MERCOSUL), esse valor é de apenas 3,6
bilhões, quase três vezes menor. E esse perfil se repete quando analisadas as exportações paraguaias à
União Europeia, grupo com o qual o MERCOSUL tenta fortalecer laços. Em 2011, foram apenas 515
milhões de dólares e desde 2007 o valor fica em torno de 1,8 bilhão de dólares. Número bem inferior às
exportações paraguaias do último ano ao MERCOSUL.

4) Uruguai.
a) Fundação do Bloco Econômico e relação econômica com os demais membros.
A partir da Assinatura do Tratado de Assunção, em 1991, o Uruguai, em parceria com Argentina, Brasil e
Paraguai, tornou-se um membro pleno do MERCOSUL. Durante alguns anos, os fluxos de comércio no
interior do bloco aumentaram significativamente. Em 1999, ocorreu um revés e o bloco perdeu parte da
sua importância comercial para o país. O processo de integração entre Brasil e Uruguai contribui para o
desenvolvimento socioeconômico em ambos os países e fortalece suas posições nos fóruns multilaterais.
Sobressai a cooperação entre Brasil e Uruguai no âmbito do MERCOSUL, mecanismo de grande
relevância para a promoção da melhoria de vida da população de seus Estados Partes.

b) Evolução do comércio exterior uruguaio no âmbito do MERCOSUL e a influência brasileira no


desenvolvimento econômico do Paraguai.
No tocante ao comércio bilateral entre Brasil e Uruguai, em 1995 o Uruguai comprou do Brasil US$ 662
milhões, já em 2011 as compras chegaram a US$1,9 bilhão, um crescimento de mais de 201%. Quanto às
exportações, o Uruguai vendeu para o Brasil US$ 700 milhões em 1995, já em 2011, as vendas passaram
de US$ 1,6 bilhão, um aumento no fluxo do comércio de 135%. Em 1995, as exportações para Argentina
eram de cerca de US$267 milhões, passando para US$587 milhões em 2011, com um crescimento de
119%. Quanto ao período de 2002 a 2011, as exportações paraguaias, para o Uruguai, passaram de
US$165 milhões para US$1,06 bilhão, um aumento de aproximadamente 543%.

c) O comércio exterior uruguaio como integrante do MERCOSUL em comparação com acordos


bilaterais.
Se existe uma marca nas relações internacionais do Uruguai dos últimos anos, foi seu indisfarçável desejo
de se aproximar comercialmente da China. O ímpeto foi posto em evidência com a presidência pro
tempore, ou temporária, do Uruguai no MERCOSUL, bloco que divide com Brasil, Argentina e Paraguai. A
relação teve um bom momento na recente reunião MERCOSUL-China em Montevidéu, estimulada pelo
Uruguai depois de mais de dez anos sem encontros entre o bloco regional e o país asiático. O encontro
não obteve o êxito desejado, uma vez que Brasil e Argentina não foram favoráveis aos termos do
pretendido acordo, sendo apoiado apenas pelo Paraguai. Os acordos bilaterais fora do MERCOSUL não
são autorizados para os membros do Bloco.

5) Venezuela.
a) A entrada no Bloco e a desordem democrática em vigor na Venezuela.
Após uma decisão controversa aprovada por Brasil, Argentina e Uruguai, durante a reunião de cúpula do
MERCOSUL, a Venezuela passou a ser membro pleno em 2012 e o Paraguai foi suspenso, em razão do
processo de impeachment sofrido pelo seu presidente. Após desrespeitar preceitos de ordem técnica,
política e econômica, a Venezuela foi suspensa em dezembro de 2016. A notificação da suspensão
declara que a decisão vale até que o país reúna as condições para restabelecer o exercício de seus
direitos no bloco econômico.

b) Evolução do comércio exterior venezuelano no âmbito do MERCOSUL e a influência brasileira no


desenvolvimento econômico da Venezuela.
No período de 1995 a 2011, as exportações brasileiras para a Venezuela aumentaram em média 15,15%
ao ano, enquanto as importações, 2,73% ao ano. A balança comercial do Brasil com a Venezuela
apresentou uma melhoria expressiva ao longo do período 1995-2003, passando de um déficit de US$ 433
milhões para um superávit de US$ 333 milhões. Entretanto, entre 2003 e 2011, observou-se um aumento
significativo no superávit do comércio bilateral. A taxa média anual de crescimento do superávit
comercial neste último período foi de 33,20% totalizando US$ 3,3 bilhões de superávit para o Brasil no
final do período.

c) O comércio exterior venezuelano como integrante do MERCOSUL e caos econômico promovido pelo
Governo venezuelano.
O fluxo de comércio (exportações + importações) entre o Brasil e a Venezuela registrou em 2017 o nível
mais baixo da série histórica e situou-se em torno de US$ 800 milhões, abaixo do montante de US$ 883
milhões apurados em 2003, que ficou marcado como o pior na história do comércio bilateral desde o ano
2000. O caos no país vizinho levou a um empobrecimento real da população, enquanto a crise fiscal
vivida pelo governo de Nicolás Maduro também reduziu de forma dramática as importações e
investimentos.

6) Chile
a) Entrada no Bloco e condições de participação.
Após três anos de negociações, o Chile foi o primeiro país observador a formalizar um acordo de
complementação econômica com o MERCOSUL. Este acordo prevê a liberalização recíproca de comércio
para bens, capitais – salvo alguns produtos sensíveis – e serviços para um prazo de oito anos.

b) Constituição da zona de livre comércio com os países integrantes do MERCOSUL.


O acordo passou a vigorar em 1º de outubro de 1996, e o programa de reduções tarifárias entrou em
funcionamento em outubro de 1997, de modo que, o MERCOSUL e o Chile deveriam ter construído uma
zona de livre comércio até o ano 2005. Também havia sido previsto que naquela data deveria ser
completada a união alfandegária do MERCOSUL.

c) Relações comerciais do Chile com o MERCOSUL.


Porém, para o Chile, o MERCOSUL tem maior relevância como destino para seus investimentos. Os
quatro países-membros do MERCOSUL são destinatários de mais de 70% destes recursos. Sob o ponto de
vista estratégico, o Chile conseguiu, por intermédio de uma “concertação” com o MERCOSUL, fortalecer
sua posição sobre outros países vizinhos e agrupamentos regionais.

7) Bolívia
a) Entrada no Bloco e condições de participação.
O protocolo de adesão da Bolívia ao MERCOSUL foi celebrado em Brasília, em 17 de julho de 2015. Todos
os demais países sul-americanos estão vinculados ao MERCOSUL como Estados Associados. A Bolívia, por
sua vez, tem o “status” de Estado Associado em processo de adesão, porque falta a aprovação
internamente pelos estados membro.

b) Celebração de acordo de complementação econômica entre Bolívia e MERCOSUL.


É preciso destacar que a Bolívia foi, juntamente com o Chile, o primeiro país a celebrar um Acordo de
Complementação Econômica (ACE) com o MERCOSUL. Em virtude de tal acordo, boa parte das
exportações bolivianas encontra-se isenta de tarifas. Nesse sentido, recorda-se que os 5 (cinco)
principais itens da pauta de exportação desse país (gás natural, zinco, petróleo, resíduos de óleo de soja
e prata) que respondem por 68,9% de suas exportações já possuem 100% de preferência tarifária ao
adentrarem os territórios de Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai.

c) Relações comerciais da Bolívia com o MERCOSUL.


Para a Bolívia, a adesão ao MERCOSUL representa, assim, tentativa de consolidar e intensificar as
relações com seus principais parceiros comerciais. Esta também poderá ser uma boa oportunidade para
a expansão do comércio exterior do MERCOSUL. Há, no entanto, a necessidade de análise de outras
questões que extrapolam o âmbito econômico envolvido neste processo.

8) Equador
a) Entrada no Bloco e a possibilidade de adesão como membro permanente.
O Equador formalizou a associação ao MERCOSUL em 2004 mediante a assinatura do Acordo de
Complementação Econômica MERCOSUL-Colômbia, Equador e Venezuela. No ano em que o MERCOSUL
completa 20 anos de sua criação, os mandatários dos países membros e associados celebraram os
avanços no processo de integração, bem como o crescimento econômico e a expansão do comércio
intrabloco. A 41ª Reunião de Cúpula de Chefes de Estado do MERCOSUL e Estados Associados, realizada
em 29 de junho de 2011, serviu também como palco para anunciar a intenção de expandir o bloco, com
a incorporação de Bolívia e Equador como membros permanentes.

b) Comércio bilateral com o Brasil e com o MERCOSUL.


O intercâmbio bilateral entre o Brasil e o Equador se insere no marco do Acordo de Complementação
Econômica Nº 59, firmado pelos países da CAN e do MERCOSUL em 2004, no qual se outorgam
preferências tarifárias recíprocas e uma abertura gradativa dos mercados para assegurar a soberania e o
desenvolvimento das nações. De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e
Comércio Exterior (MDIC), o comércio bilateral entre Brasil e Equador movimentou, em 2015, US$
783milhões. O intercâmbio, no entanto, vem apresentando queda. Em 2006, eram US$ 908 milhões.

c) Estagnação e barreiras comerciais entre Brasil e Equador


A corrente de comércio entre o Brasil e o Equador, estagnada no período 2010-2015, mostrou-se vítima
de barreiras técnicas e fitossanitárias, do desconhecimento mútuo, da aplicação de salvaguardas
comerciais pelo Equador e pelo contínuo fechamento do Brasil às exportações equatorianas de banana e
camarão, os dois principais produtos da pauta exportadora depois do petróleo, mantendo-se
essencialmente inalterada uma ampla vantagem superavitária para o Brasil, o que se mostra
incompatível com nosso desejo de fazer crescer o comércio e os investimentos em bases mais
equilibradas e se revela um irritante crescente para o Equador.

9) Peru
a) Entrada no Bloco e condições de participação.
A 25ª reunião de cúpula dos presidentes dos países que integram o MERCOSUL, realizada nesta terça-
feira (16/12/2003), em Montevidéu, marcou a confirmação da adesão do Peru ao bloco, na qualidade de
membro associado.

b) Integração da infraestrutura de transporte para facilitar o comércio entre Brasil e Peru.


Cresceu o fluxo comercial entre Brasil e Peru após a integração física proporcionada pela rodovia
Interoceânica, que liga o Estado do Acre ao litoral do Peru. O comércio entre os dois países continua mais
expressivo pelos transportes aéreo e marítimo, mas, após 2011, quando a rodovia começou a operar em
sua totalidade, houve aumento de 3% nas exportações brasileiras e 5% nas peruanas, somente pelo
modo rodoviário. Essa integração física entre Brasil e Peru começou no início dos anos 2000 com a
Iniciativa para a Integração da Infraestrutura Regional Sul-Americana (IIRSA), projeto que busca conectar
os países da América do Sul nas áreas de transporte, energia e telecomunicações. Os produtos que
passam pela rodovia vão desde produtos primários, como soja, carne e minério de ferro, até produtos
industrializados.

c) O comércio exterior entre o Peru e os países do MERCOSUL.


As exportações peruanas para o MERCOSUL foram de 2.100 milhões de dólares, sendo o Brasil e a
Argentina os maiores mercados de destino que concentraram 97% do total exportado para o MERCOSUL.
Os maiores produtos exportados para o MERCOSUL são os minerais e manufaturas de cobre, os minerais
de zinco, a prata, azeitonas, lacas corantes, fosfatos de cálcio, as camisas de algodão, tara e as matérias
corantes. A partir de janeiro de 2012 todos os produtos de exportação peruanos destinados para a
Argentina e para o Brasil tem uma preferência alfandegária de 100%, isto é, ingressam com tarifa
aduaneira zero a ditos países. A exportação do Peru ao Brasil no que se refere a manufaturas de baixa,
média e alta tecnologia não representam um alto padrão percentual de exportação, considerando que a
soma do total dessas três categorias está em uma média de 10%, aproximadamente.

10) Colômbia
a) Entrada no Bloco e consolidação da parceria.
MERCOSUL e Colômbia assinaram em 27 de julho de 2017 um acordo que reduzirá a zero as tarifas de
importação de 97% dos itens da pauta comercial a partir de janeiro de 2018. Os principais beneficiados
são os setores têxtil, automotivo e siderúrgico. O entendimento foi formalizado nesta sexta-feira, 21, em
Mendoza, na Argentina, durante a reunião de cúpula do MERCOSUL.

b) Interesse do MERCOSUL em diversificar parceiros.


A assinatura do novo acordo com a Colômbia é expressão da disposição do Brasil e dos sócios do
MERCOSUL de diversificar parcerias comerciais, ampliar a integração com a região e intensificar a
aproximação com os países da Aliança do Pacífico.

c) Comércio entre Brasil e Colômbia e participação de empresas brasileiras na economia colombiana.


Em 2017, o comércio entre Brasil e Colômbia cresceu 25% e alcançou US$ 3,9 bilhões, com superávit
para o Brasil de aproximadamente US$ 1 bilhão. Dentre as exportações brasileiras para a Colômbia,
92,8% são produtos manufaturados. Um estudo da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e
Investimentos (Apex-Brasil) aponta o país vizinho como o segundo destino de interesse para a
internacionalização de empresas brasileiras – atrás somente dos Estados Unidos da América (EUA).

11) Suriname
a) Entrada no Bloco e condições de participação.
A admissão do Suriname tinha sido aprovada na Cúpula do MERCOSUL de 2013 em Montevidéu,
enquanto o Paraguai estava suspenso transitoriamente do bloco por causa da crise política que vivia.

b) Suriname como elo entre o MERCOSUL e a Comunidade do Caribe (CARICOM)


O Suriname aposta no estreitamento de sua relação bilateral com o Uruguai para
consolidar os vínculos com o MERCOSUL, bloco do qual faz parte como membro
associado, e olha para esse país como um articulador estratégico no âmbito comercial.
A presença do Suriname como membro da CARICOM e como Estado associado no
MERCOSUL faz com que possa ser um elo para criar acordos futuros entre ambos os
blocos.

c) Acordos entre Suriname e o Brasil.


Como fomento a áreas técnicas e científicas, foi assinado o acordo de execução do projeto de introdução
da produção sustentável do açaí no interior do Suriname, que levará o conhecimento dos técnicos
brasileiros ao país vizinho. Ainda na área da agricultura, as nações firmaram acordo para execução do
projeto de consolidação e ampliação da capacidade de zoneamento agroecológico e de educação
ambiental do Suriname, em que profissionais do Brasil serão enviados ao país para apoiar as atividades
de cooperação e a capacitação dos surinameses. A ausência de linha de navegação e de rota terrestre
representa desafios para o aumento das relações econômico-comerciais entre o Brasil e o Suriname. O
fluxo de comércio bilateral, contudo, apesar de modesto, é relativamente diversificado, com trocas de
maquinários e material elétrico, produtos da indústria química e commodities.

12) Guiana
a) Entrada no Bloco e condições de participação.
A Guiana, integrante da Comunidade Caribenha (Caricom), assinou em 2013 em Montevidéu, capital
uruguaia, um acordo-quadro para aderirem como Estados associados ao Mercado Comum do Sul
(MERCOSUL). Com a entrada da Guiana como membro associado do MERCOSUL, será estabelecida uma
agenda nas áreas de cooperação e comercialização entre os países integrantes do Bloco.

b) Acordo de desenvolvimento da infraestrutura rodoviária permite a integração entre a Guiana e o


Brasil.
A integração da infraestrutura física, pelo seu papel central no desenvolvimento, é prioridade. Em 2009,
foi inaugurada a ponte sobre o Rio Tacutu, primeira ligação terrestre entre os dois países. Em 2017, por
ocasião da visita do presidente David Granger a Brasília, foi assinado acordo que permite ao Brasil apoiar,
por meio de projeto de engenharia, a pavimentação da estrada entre Lethem, cidade lindeira com o
Brasil, e a localidade de Mabura Hill, o que, associado a outro projeto na Guiana, resultará em ligação
adequada entre nossa fronteira e portos guianenses no Caribe. A obra é de importância estratégica para
o norte do Brasil, já que facilitará seu acesso ao mar, reduzindo custos no escoamento da produção, o
fluxo de pessoas e investimentos.

c) Volume de negócios entre Guiana e o Brasil.


O intercâmbio comercial entre o Brasil e a Guiana aumentou 25% entre janeiro e novembro de 2016.
Durante esse período, a soma de importações e exportações chegou a US$ 35 milhões. Em todo o ano de
2016, essa soma foi de US$ 31,7 milhões, com US$ 25,8 milhões de exportações brasileiras e US$ 5,9
milhões de importações vindas da Guiana.

Comunidade Andina (CAN)


- A CAN é um bloco econômico formado atualmente por Bolívia, Colômbia, Equador e Peru. O Chile
deixou o bloco em 1977 e a Venezuela em 2006.

- A Comunidade Andina possui 103 milhões de habitantes, 20% da biodiversidade e 10% dos recursos
hídricos em uma área de 4.700,000 quilômetros quadrados, com um produto interno bruto nominal de
280 bilhões de dólares.

- A “Integração Integral” é o paradigma de integração vigente entre os países andinos que consiste em
equilibrar os aspectos sociais culturais, econômicos, ambientais e comerciais.

- O Sistema Andino de Integração (SAI) abriga todos os órgãos e instituições com os objetivos coligados
aos do grupo. No nível principal do SAI está o Conselho Presidencial Andino, constituído pelos
presidentes de Bolívia, Colômbia, Equador e Peru. O conselho é a liderança política da CAN.

- A livre circulação de pessoas permite que os cidadãos dos cinco países que compõem a CAN possam
ingressar sem visto em qualquer país membro na condição de turistas, o que favorece a constituição
gradual do Mercado Comum Andino.

- Além dos atuais estados membros a CAN possui a associação com o Chile, a Argentina, o Brasil, o
Uruguai e o Paraguai, o que a aproxima os países andinos da estrutura da União das Nações Sul-
Americanas (UNASUL), via o estabelecimento da Iniciativa para Integração da Infraestrutura Sul-
americana (IIRSA).

- O Tribunal Andino de Justiça é a entidade que controla a legalidade das ações de todos os órgãos e
instituições, além de resolver disputas entre países, entre os cidadãos ou entre países e os cidadãos
quando eles violam os acordos alcançados no âmbito da Comunidade Andina.

- O Parlamento Andino, sediado em Bogotá, capital colombiana, formado por vinte deputados eleitos
pelo voto popular (cinco para cada país membro), representa a população em geral e trata de temas
ligados à integração andina por meio de ações políticas.

- Dentre os objetivos da CAN está promover o desenvolvimento equilibrado e harmônico dos Países
Membros em condicões de igualdade, mediante a integracão e a cooperacão econômica e social.

CP: A CAN visa estimular as trocas comerciais por meio da eliminação de taxas e tarifas alfandegárias de
bens e serviços produzidos no âmbito dos seus países membros. O Brasil possui relação privilegiada com
os países integrantes desse bloco devido a sua posição geográfica e a empreendimentos no campo dos
transportes e da energia.

Aliança do Pacífico
- A Aliança do Pacífico é um bloco comercial criado em 2012, no Chile. Os membros fundadores foram o
Chile, a Colômbia, o México e o Peru. A Costa Rica incorporou-se em 2013.

- A Aliança do Pacífico tem como objetivos o comércio livre e a integração econômica, sendo livre o
estabelecimento de tratados bilaterais com outros blocos e países.

1) Produto Interno Bruto: O PIB, aproximado, da Aliança do Pacífico é de US$3,10 trilhões. É menor
comparando com o Mercosul.

2) Comércio Intrabloco: segue uma orientação clara em direção a Ásia. As exportações atingiram,
aproximadamente, 600 US$ Bi em 2016. Comparando com o Mercosul é quase 60% maior.

3) Política Econômica: a adotada foi uma redução agressiva da tarifa de exportação, entre as fronteiras
dos países partes, englobando todos os produtos. É uma política econômica muito semelhante ao do
Mercosul, porém com conotações neoliberais.

4) Energia: Nos países da Aliança do Pacífico predominam as fontes não renováveis como o petróleo no
México e na Colômbia, que também se destaca na hidreletricidade, o lítio no Chile e gás natural no Peru.
5) Agricultura: Nos países da Aliança do Pacífico predominam as commodities como o milho, feijão,
algodão e café, e, na pecuária a criação de bovinos, bem como pesca no Peru.

6) Renda per Capita: é maior do que a do Mercosul, em torno, US$15.100, apesar da grande disparidade.

7) Investimento Estrangeiro Direto (IED): atingiu US$73.710 bilhões, em 2016, um pouco maior do
recebido pelo Mercosul, principalmente devido à presença chinesa e norte-americana nas economias
dos países latino-americanos banhados pelo pacífico.

8) Reservas Minerais: o Chile possui grandes reservas de cobre. O México e a Colômbia produzem
petróleo em boa quantidade. O Mercosul está em melhor situação do que a Aliança do Pacífico.

- CP: Considerando os fatores acima, atualmente, a Aliança do Pacífico atravessa um período favorável,
em virtude do crescimento econômico. Além disso, valoriza o livre-comércio por meio de acordos
bilaterais com países que é fruto de sua prioridade pelo mercado asiático e norte-americano.

- Em síntese, a Aliança do Pacífico soube aproveitar melhor o fenômeno da globalização, e a tendência


de crescimento da região do pacífico com destaque para a China, o Japão e a costa oeste dos Estados
Unidos da América(EUA).

- O bloco Aliança do Pacífico, nos dias de hoje, faz a sua inserção na economia mundial em melhores
condições, pois aplica uma abertura de mercado global, agressiva e com vantagens competitivas devido
às reformas econômicas e a grande liberalização de suas economias.

- Por fim, a projeção feita pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) indica que a Aliança do Pacífico
pode alcançar o posto de terceira maior economia do mundo, mantidos os índices da atualidade(antes
de 2017), superando o Mercosul.

ALBA
- Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (ALBA) então proposta pelo presidente
venezuelano Hugo Chávez na III Cúpula de Chefes de Estado e de Governo da Associação de Estados do
Caribe, realizada em 2001 na Ilha de Margarida na Venezuela é firmada em Havana, Cuba, no dia 14 de
dezembro de 2004. Fidel Castro e Hugo Chávez assinaram neste dia a Declaração Conjunta para a criação
da ALBA.

- A ALBA, afirmando representar o socialismo do século XXI, ilustra o movimento existente na América
Latina de oposição às ideias neoliberais e o sistema capitalista.

- ALBA NA EXPRESSÃO POLÍTICA

1) Integração política
A proposta de integração política dos países da América Latina e Caribe, por meio da criação da ALBA em
2004, foi fruto da oposição orquestrada por Cuba, Venezuela e Bolívia aos interesses dos Estados Unidos
na região, quando da proposta de criação da Área de Livre Comércio para a Américas (ALCA). C20

2) Ideologia política da ALBA


Ideologicamente, a ALBA está sustentada no pensamento dos próceres latino-americanos Simón Bolívar,
José Martí, Antonio José de Sucre, Bernardo O"Higgins, José de San Martín, Augusto César Sandino,
dentre outros. A ideologia do grupo é, numa vertente intitulada de Socialismo do Século XXI, relativizar
os nacionalismos egoístas e as políticas nacionais restritivas que neguem o objetivo de construir a
“Grande Pátria Latino-americana” idealizada pelos libertadores da América.

3) Abrangência de atuação
São membros: Antígua e Barbuda, Bolívia, Cuba, Dominica, Equador, Nicarágua, São Vicente e
Granadinas e Venezuela. Honduras retirou-se em 2010 alegando um suposto tratamento desrespeitoso
em relação ao país, o que diz respeito à reação contrária dos principais membros do grupo ao golpe
militar que destituiu o presidente Manuel Zelaya no ano de 2009.

4) Unidade de pensamento político


A maior parte dos governos dos países da ALBA possui características socialistas, com exceção de Cuba,
onde o socialismo é totalitário.

- ALBA NA EXPRESSÃO ECONÔMICA

1) O Produto Interno Bruto


O PIB do grupo ALBA-TCP é de, aproximadamente, 669,2 bilhões US$.

2) Comércio
O Banco da Alba e o Sistema Unitário de Compensação Regional de Pagamentos (Sucre) foram criados
para promover o comércio justo e a complementaridade econômica e diminuir a dependência do
investimento estrangeiro. O principal desafio dessas instituições é construir a independência financeira e
proteger-nos da crise do capitalismo mundial provocada, em grande parte, pela irresponsabilidade dos
países do Norte.

3) Produção agrícola
Os países da ALBA são basicamente exportadores de commodities (frutas e produtos tropicais) para o
mercado internacional.

4) Energia
Destaca-se a criação do acordo multilateral “Petroamérica”, um empreendimento do governo da
Venezuela, que tem como finalidade integrar e ampliar o mercado energético na região através da
parceria entre empresas estatais como PDVSA, PETROBRAS, YPFB, ENAP, entre outras. Por conseguinte,
possibilitando investimentos conjuntos em exploração, produção e refino do petróleo, além de viabilizar
a comercialização desta matriz energética na América Latina e Caribe. Ademais, a Petroamérica possui
três iniciativas sub-regionais que são a Petrocaribe, Petrosur e Petroandina

ALADI
Consultar Barema 1ª AS 2014

Crise Humanitária
-CP ... perseguições políticas, da intimidação e da condenação criminal dos oposicionistas, a Venezuela
vive hoje uma grave e generalizada violação de Direitos Humanos o que influenciou diretamente na
migração

- Expressão Política
- O fechamento de fronteiras – Ações de fechamento das fronteiras entre países vizinhos à Venezuela,
causando impactos em diversos setores do Estado. Destacam-se a medida de restrição e as medidas de
controle na área de fronteira.
- Aumento do número de deportações – É o caso de venezuelanos que estejam envolvidos em crimes
comuns nos países de destino.
- Aumento do pedido de refúgios – Venezuelanos solicitam refúgio, mas processo demora cerca de dois
anos. Destaque para medidas de construção de abrigos e interiorização de migrantes.
- Possibilidade de contenciosos territoriais – Principalmente na região de fronteira com Colômbia,
Guiana e mesmo o Brasil.
- Aumento do número de requerentes de asilo – Destaque para o controle e análise dos processos
feitos por agências de governo.
- Formação de Comitê Federal para a Acolhida – Ações de acolhida a imigrantes venezuelanos por
meio da Força Tarefa Logística Humanitária no Estado de Roraima. Destaque para a montagem de postos
de identificação e recepção, além da triagem, dando ao Exército Brasileiro(EB) a missão de coordenação
dessa FT.
- Resistências políticas internas ao governo Venezuelano – Aumento da instabilidade política interna,
colocando risco à democracia.
- Política externa – Aumento da desconfiança política, principalmente nos atuais governos de direita,
diante da instabilidade venezuelana.
- Diplomacia – Afastamentos e aproximações entre países da região e a Venezuela.
- Criação de novas leis – O aumento da imigração gerando mudanças dos dispositivos legais dos países
sul-americanos.

- Expressão Psicossocial
- Aumento da incidência de doenças antes erradicadas – países receptores como o Brasil vivenciam
surtos sarampo. Destaque para as campanhas de vacinação feitas pelo governo e Forças Armadas
- Questões de segurança pública – crimes e escalada de violência em áreas receptoras. Destaque para
as medidas de deportação aplicadas a criminosos
- Aumento dos casos de xenofobia – casos de conflitos étnicos entre habitantes locais e migrantes
venezuelanos.
- Aumento do contrabando (bachaqueros) – Casos ligados a contrabando de alimentos e drogas.
Destaque para medidas de combate ao contrabando nas fronteiras.
- Aumento do desemprego – em localidades de destino dos migrantes venezuelanos como a Colômbia,
o Peru e o Brasil não apresentam condições de absorver a mão de obra.
- Crise no sistema de saúde (hospitais) – aumento do atendimento de venezuelanos que foram
atendidos no Hospital Geral de Roraima (HGR), colapsando o sistema.
- Problemas educacionais – aumento do número de matrículas de crianças venezuelanas,
sobrecarregando o sistema educacional dos países receptores.
- Aumento da informalidade no mercado de trabalho – devido a não absorção no mercado de trabalho
local.
- Aumento de casos de prostituição – oferta de mulheres venezuelanas nas cidades.
- Oferta de mão de obra qualificada no setor de óleo e gás – fuga de cérebros sendo absorvida nos
mercados locais.
- Aumento da imigração na América do Sul – região se torna uma área instável sob o ponto de vista
migratório, gerando problemas sociais.

Narcotráfico
- Causa impactos econômicos, sociais e políticos nos diversos países da área.

- Aumento da violência e dos índices de homicídio em países como o México, o Peru, a Colômbia, o
Paraguai e o Brasil.

- As principais regiões produtoras de drogas orgânicas. As drogas orgânicas mais produzidas na AL são a
maconha, a cocaína e a heroína.

- A ação sobre instituições na AL. O narcotráfico se infiltrando nos poderes executivo, legislativo e
judiciário de diversos países latino-americanos.

- O Peru destaca-se, atualmente, como o maior centro mundial de produção de coca. A dinâmica
econômica do narcotráfico peruano e a projeção de seus negócios ilícitos e de conflitos aumentando a
instabilidade na região.

- A influência dos Estados Unidos da América (EUA). A população norte americana como grande
mercado consumidor e fornecedor.

- A Colômbia é o país latino-americano de maior penetração do narcotráfico. A partir de cartéis


organizados em torno da indústria global de cocaína.

- A indústria da droga na AL. O tráfico de drogas na AL é em grande parte orientada para a exportação.

- A Bolívia destaca-se como o terceiro maior centro de produção de coca no mundo. A projeção dos
negócios e de conflitos aumentando a necessidade de vigilância e repressão ao tráfico transfronteiriço.
O sistema de lavagem de dinheiro na AL. Está associado às instituições, empresários e políticos latino-
americanos.

- A corrupção relacionada ao tráfico de drogas. As milícias e a corrupção das autoridades civis e, por
vezes, militares, contaminadas pelas relações com o tráfico.

- O Plano Colômbia. Iniciou-se em 2000 e destina-se ao combate à produção e tráfico de cocaína na


Colômbia.

- O tráfico e a alteração dos valores morais da população. A instabilidade gerada pela ação das drogas
nas famílias e na sociedade latino-americana.

- O México é um grande centro regional de distribuição e de consumo de drogas. Um dos principais


cartéis localiza-se em Tijuana na fronteira com os EUA, gerando grande instabilidade na área.

AL na Expressão Econômica
- Brasil, México e Argentina produzem 75% do Produto Interno Bruto (PIB) dos países da AL.

- São considerados países emergentes: Brasil, México, Argentina e Chile.

- Os destaques da economia da AL são: a agricultura, a pecuária, o extrativismo mineral e indústrias que


produzem bens de consumo.
- Os países latinos são grandes exportadores de produtos primários.

A agricultura latina experimenta, atualmente, alterações profundas na área técnica e na economia. As


mudanças ocorreram em decorrência da inserção de máquinas, tecnologias, implementos, insumos
agrícolas (herbicidas, fertilizantes, inseticidas entre outros) e técnicas de manejo, que resultou no
aumento da produtividade e, consequentemente, dos lucros.

- Outra atividade econômica bastante difundida em praticamente todos os países da AL é o extrativismo


e a mineração. Existe um grande fluxo comercial desenvolvido internamente entre os componentes
latinos, uma vez que há uma dependência em relação a alguns minérios, além da sua exportação para
diversos lugares do mundo.

- O setor industrial é dividido em indústrias tradicionais e de beneficiamento. Atuam na produção de


matéria-prima a partir do beneficiamento de minérios ou produtos agropecuários, incluindo aquelas que
produzem bens de consumo, como as tradicionais indústrias alimentícias e têxteis.

- Brasil, Argentina e México possuem um setor industrial mais diversificado, que varia desde a indústria
de base até a tecnologia de ponta.

AL na Expressão Psicossocial
- População: aproximadamente 845 milhões de habitantes da AL ocupam o território de forma irregular.
Algumas regiões são mais densamente povoadas do que outras.

- Densidade demográfica: o número maior de habitantes por km² da AL estão na porção leste, que foi
primeiro colonizada pelos europeus. Os extremos norte e sul apresentam as menores densidades. A
média atual é de 23 hab/km².

- As razões dos problemas sociais na AL encontram-se fundamentalmente na distribuição desigual da


riqueza. Os problemas sociais mais graves da AL estão relacionados à saúde pública. Em grande parte
dos países latino-americanos, o atendimento médico-hospitalar é inadequado e insuficiente para a
maioria da população.

- Um elevado contingente de pessoas vive na pobreza, com renda insuficiente para obter alimentação
adequada ou acesso a medicamentos.

- Os países subdesenvolvidos da AL apresentam taxas de mortalidade mais altas e expectativa de vida


mais baixa do que as dos países em desenvolvimento.

- A taxa da população urbana é de 80% na AL. A acelerada e desorganizada urbanização criou


megacidades com infraestrutura deficiente e graves déficits habitacionais.
- Educação: persistem problemas para que crianças e jovens concluam seus estudos primários e, mais
ainda, os secundários. Os indicadores revelam uma clara situação de desvantagem para os alunos
provenientes de setores mais pobres e que vivem em zonas rurais.

- Alfabetização: dos 36 milhões de adultos analfabetos na AL, 38,5% são brasileiros.

Dificuldades da AL (Óbices)
- Má distribuição de renda. Países da AL com grandes desigualdades sociais. Destaque para a atuação do
Estado na concessão de bolsas e políticas públicas de inclusão social.

- Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). A grande maioria dos países latino-americanos ocupam
posição intermediária ou baixa na classificação da Organização das Nações Unidas (ONU).

- Saneamento básico. A AL possui grande deficiência no saneamento em termos de cobertura do serviço,


tanto nas áreas urbanas como rurais. Destaque para programas sociais em infraestrutura e educação
sanitária.

- Desemprego conjuntural. A AL sofre com as mudanças no mercado de trabalho e a reestruturação nos


modelos de emprego do período desenvolvimentista causada pelas crises internacionais e pelos
problemas internos.

- Movimentos populacionais. A AL assiste a um aumento da mobilidade populacional devido a diversos


fatores de atração e repulsão, dentre eles a instabilidade política, a crise econômica e a busca por
melhores condições de vida.

- Altas taxas de homicídio. A AL é a área mundial com mais altos índices de homicídio por mil habitantes,
fato causado pela alta criminalidade e disseminação da violência. Destaque para as medidas de
investimento em segurança pública.

- Aumento dos casos de dependência química. A AL vivencia uma grande penetração do narcotráfico em
países como Bolívia, Peru, Colômbia, México, Paraguai e Brasil.

- Educação deficiente. Os níveis educacionais dos países da AL estão aquém dos existentes no Primeiro
Mundo. Destaque para programas governamentais na área de educação.

- Alto custo da energia. A energia é ainda muito cara, devido ao alto preço internacional do petróleo e
seus derivados e da dependência, com exceção do Brasil, de fontes não renováveis, bem como dos altos
custos de instalação e manutenção internos.

- Priorização do modal rodoviário. Os países da AL adotaram o modelo rodoviário prioritariamente, fato


que encarece o frete e dificulta a integração territorial. Destaque para a ação do governo na
diversificação dos modais de transporte.

- Desindustrialização. A AL perde uma séria de plantas industriais devido ao alto custo da mão de obra e
a baixa qualificação se comparadas aos países asiáticos, que passam as receber mais investimentos
econômicos diretos por parte das multinacionais.
- Dificuldade de integração regional. O processo de integração regional é dificultado pela baixa
capacidade de integração das infraestruturas de transporte e energia, vide o Mercosul e a Unasul, bem
como outras iniciativas Aladi.

- Dependência de commodities. A pauta de exportações dos países latino-americanos está centrada na


exportação de gêneros agrícolas e pecuária.

- Disputas Territoriais:
Colômbia e Venezuela: Disputam um golfo no Caribe, importante pelas reservas de petróleo que
contém.
Chile e Bolívia: Fruto de antagonismo histórico da Guerra do Pacífico em 1879 quando o Chile anexou
a região ao norte do país e a Bolívia contesta na Corte de Haia desde 2013.
Chile e Peru: Também como consequência da Guerra do Pacífico de 1879
Chile e Argentina na fronteira ao Sul que estão referenciadas em marcos naturais mutáveis o que leva
a divergências esporádicas.
Venezuela e Guiana: Três quartos do território da Guiana são reivindicadas pela Venezuela. No fim de
setembro de 2015, o Ministério da Defesa da Venezuela despachou tropas para a fronteira entre os dois
países, no que classificou como “exercício de deslocamento operacional”.
Argentina e Inglaterra: Argentina reivindica a posse do arquipélago das Ilhas Maldivas desde a vitória
britânica no conflito de 1982. O tema ainda é pauta da diplomacia argentina.
- Desnível econômico entre os países
- Disputas políticas internas
- Disputa política entre os países
- Concorrência comercial
- Antagonismos históricos
- Ilícitos fronteiriços
- Deficiência de infraestrutura de transporte
- Interesses divergentes

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