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O Mercosul foi criado em 1991 pelo Tratado de Assunção, tendo como membros fundadores

Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Esse tratado estabeleceu um modelo de integração entre
os países com a lógica de mercado comum, isto é, livre circulação de bens, serviços, pessoas,
informações e mercadorias.

A Venezuela aderiu ao bloco no ano de 2012, porém, desde dezembro de 2016, está
suspensa por descumprir o Protocolo de Adesão, pois violou a Cláusula Democrática do bloco.
A Bolívia entrou como país associado em 1996, mas, atualmente, encontra-se como Estado
Associado em processo de adesão. Os demais países da América do Sul possuem status de
países associados.

Um bloco econômico do tipo mercado comum tem como finalidade não só desenvolver
aspectos econômicos, mas também promover a livre circulação de produtos, pessoas, bens,
capital e trabalho, tornando as fronteiras entre os seus membros quase inexistentes em
termos gerais.

Os objetivos do Mercosul implicam que os países possam estabelecer a livre circulação de


bens, serviços e fatores produtivos, com eliminação de impostos, tarifas e direitos
alfandegários. Para tal, houve o estabelecimento de uma Tarifa Externa Comum (TEC) no
comércio com outros países e a adoção de uma política comercial comum entre os membros.

O bloco também visa a coordenar e direcionar a criação e adequação de políticas econômicas


na tentativa de assegurar aos membros condições de concorrência no cenário capitalista
mundial. No campo político, os Estados, ao entrarem no bloco, têm obrigação de adequar seus
sistemas de governo a algumas exigências impostas, como a democracia, Direitos Humanos,
políticas de desenvolvimento social etc. Essas adequações permitem uma maior harmonização
entre as políticas internas dos países e, automaticamente, maior integração enquanto bloco,
do ponto de vista social, político e, claro, econômico.

Os participantes do Mercosul na atualidade são todos os países da América do Sul, que atuam
no bloco como membros ou países associados. Os países-membros consistem nos países
fundacionais (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai) e a Venezuela, país-membro desde 2012,
mas que se encontra suspenso por infringir regras do bloco.

Já os demais países da América do Sul (Chile, Bolívia, Equador, Colômbia, Guiana, Peru e
Suriname) são os associados, por participarem do bloco de maneira regular, mas não possuem
as mesmas vantagens dos membros, como a Tarifa Externa Comum (TEC).

Características do Mercosul

Os cinco países do Mercosul, juntos, somam em território o equivalente a 72% de toda a


extensão territorial da América do Sul, um tamanho equivalente a três vezes à área da União
Europeia (total de 12,8 milhões de km²). São 288,5 milhões de habitantes, quase 70% do total
de pessoas sul-americanas, e um PIB de US$ 2,79 trilhões, 76% do total de US$ 3,66 trilhões da
América do Sul inteira. O bloco, em dados reais, representa a 5ª maior economia do mundo.

Na prática, o Mercosul é mais que uma aliança em que se busca o funcionamento e


desenvolvimento pleno do comércio por meio de importação e exportação. Há uma bandeira
maior defendida entre os membros e políticas que transcendem a Organização Mundial do
Comércio ou outras organizações do desenvolvimento econômico mundial capitalista.
Trata-se de uma integração para a busca pela prosperidade econômica, democracia,
estabilidade política e respeito aos Direitos Humanos e liberdades fundamentais. Essas
bandeiras defendidas por um acordo econômico, social e político buscam e priorizam o pleno
desenvolvimento dos países e das pessoas, no campo social e também individual.

Esse bloco também funciona de forma prática na vida do cidadão por meio de algumas
políticas, a saber:

 Acordo sobre documentos de viagens: não há necessidade de visto ou passaporte para o


trânsito de pessoas dentro do Mercosul.

 Acordo de Residência: concede o direito à residência e ao trabalho para os cidadãos sem


outro requisito que não a nacionalidade.

 Acordo Multilateral de Seguridade Social: permite que trabalhadores migrantes tenham


acesso aos benefícios da seguridade social.

 Integração Educacional: prevê a revalidação de diplomas, certificados, títulos e o


reconhecimento de estudos nos níveis fundamental e médio, técnico e não técnico. Os
protocolos abrangem, ainda, estudos de pós-graduação.

Questão 1 - (Ufop) O Mercosul é um processo de integração econômica regional que


objetiva a construção de um mercado comum na América do Sul. Sobre o Mercosul,
assinale a alternativa incorreta.

A) É um acordo que regula o livre-comércio entre os países-membros e entrou em vigor


em 1º de janeiro de 1995.

B) É um movimento de resistência ao processo de globalização econômica e cultural e tem


como objetivo difundir a ideologia bolivariana apregoada por Hugo Chávez.

C) É um processo de integração econômica regional que objetiva a construção de um


mercado comum na América do Sul.

D) Propõe a eliminação das barreiras tarifárias e não tarifárias no comércio entre os países-
membros e a livre circulação de mão de obra e de capitais.

E) É um bloco econômico fundado na década de 1990 por Brasil, Argentina, Uruguai e


Paraguai.

Resolução

Alternativa B. Essa alternativa faz referência às políticas e movimentos sociais bolivianos,


portanto não diz respeito às características do Mercosul, como pede o enunciado.

Questão 2 - (FEI) Um dos fatos que mais chamam a atenção no mundo contemporâneo é a
formação dos chamados blocos econômicos. O Brasil vem aprofundando os
entendimentos com os seus parceiros do Mercosul para melhor operacionalizar essa
união. São parceiros do Brasil no Mercosul:

A) Argentina, Uruguai e Chile

B) Argentina, Bolívia e Paraguai


C) Uruguai, Argentina e Peru

D) Argentina, Paraguai e Uruguai

E) Chile, Paraguai e Argentina

Resolução

Alternativa D. São países-membros do Mercosul: Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.


Atualmente a Venezuela encontra-se suspensa do bloco, portanto vale saber que os
países-membros ainda são os fundadores.

O Mercado Comum do Sul – Mercosul – é um bloco econômico, ou seja, um acordo feito por
alguns países para facilitar o comércio e as relações econômicas entre eles, com o objetivo de
aumentar o desenvolvimento e a integração. No caso desse bloco, o acordo envolve países da
América do Sul, incluindo o Brasil. Ele foi fundado em 1991 pelo Tratado de Assunção.

Os países-membros do Mercosul são divididos em duas categorias: a dos membros efetivos e a


dos membros associados. Além desses dois grupos, existem também os membros
observadores, que são paises que não fazem parte de fato do Mercosul, mas que
acompanham o andamento do bloco, são eles México e Nova Zelândia.

Os membros efetivos do Mercosul são: Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai (membros que
fundaram o bloco) e a Venezuela (2012)**. Esses países participam de todos os principais
acordos e possuem uma integração comercial maior.

Já os membros associados do Mercosul são: Chile, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Guiana e
Suriname. Eles não participam plenamente do bloco, fazendo parte apenas em alguns acordos.
Os membros associados também não possuem poder de voto nas decisões mais importantes
do bloco.

A principal característica do Mercosul é a adoção da Tarifa Externa Comum, o que faz com que
esse bloco seja chamado de União Aduaneira. Essa tarifa só é totalmente adotada pelos
membros permanentes do bloco e é um dos fatores que tornam o Mercosul um bloco
importante para a região da América do Sul.

E o que é a Tarifa Externa Comum?

A Tarifa Externa Comum, também chamada de TEC, é um preço padronizado das trocas
comerciais. Com ela, os países “combinam” de colocar o mesmo preço sobre um mesmo
produto que eles vendem para aqueles que não fazem parte do bloco. Isso evita a
concorrência entre eles, além de facilitar as trocas entre si, pois a TEC é mais cara para países
que não são membros do Mercosul.

Por exemplo: se os Estados Unidos quiserem comprar milho do Brasil, o preço desse produto
deverá ser o mesmo do milho oferecido pelo Paraguai. Assim, não haverá concorrência entre
esses dois países sobre esse produto, evitando que um deles saia perdendo.

Por causa dessas características, o Mercosul tornou-se um bloco muito importante para a
integração dos países da América do Sul, que, antes de sua fundação, não possuíam uma
relação comercial muito grande. Hoje em dia, por exemplo, o Brasil é o principal exportador
para os seus vizinhos, o que não acontecia antes.
*A Nova Zelândia não aparece no mapa por fazer parte da Oceania.

** A Venezuela foi suspensa do Mercosul por tempo indeterminado em dezembro de 2016.

No início não havia moeda. Sua existência é fruto de uma longa evolução. A história nos conta
que no início das civilizações, o homem primitivo procurava se abrigar do frio em cavernas e
procurava acabar com a fome alimentando-se de frutos, caça e pesca.
Ao longo dos séculos, com seu desenvolvimento,o homem passou a sentir a necessidade de
maior conforto. Assim, em decorrência das necessidades individuais, surgiu o escambo, onde
as pessoas trocavam o excesso de mercadorias escassas, como por exemplo a troca de milho
por peixe e assim por diante.
Não era atribuído um valor a cada mercadoria trocada e elas geralmente eram trocadas em
seu estado natural.
Com o passar do tempo, e pela sua utilidade, algumas mercadorias eram mais procuradas do
que outras, tais como, o bovino e o sal, que se tornaram moeda-mercadoria.
Esse sistema de trocas diretas, que durou por vários séculos, deu origem ao surgimento de
palavras que conhecemos hoje, como:
Pecúlio que significa “dinheiro acumulado”, vem de pecus – “gado” em latim (Pecúnia
“dinheiro”, mesmo radical). Capital vem de capita, “cabeça”, em latim. Salário vem de sal.
Com o passar do tempo, esse sistema de trocas por mercadorias se tornou inconveniente às
transações comerciais, devido aos seguintes fatores:
(a) seu valor era oscilante;
(b) não era possível fracionar;
(c) são perecíveis, não permitiam acumular riquezas.
Com a descoberta do metal, o problema da perecibilidade estava resolvido. O metal podia ser
acumulado, entesourado, era divisível, raro, belo e fácil de transportar.
A princípio, era utilizado em seu estado natural, mas depois passou a ser utilizado em barras e,
ainda, sob a forma de objetos, como joias e utensílios.
Para evitar a aferição de peso e avaliação de seu grau de pureza a cada troca, o metal ganhou
forma definida e peso determinado, recebendo uma marca para indicar valor, que também
apontava o responsável pela sua emissão.
As primeiras moedas – até então de metal raro – surgiram no século VII a.C. Elas foram
cunhadas na Grécia em prata, já na Lídia, em eletro, que era uma liga de ouro e prata.
De modo geral, a moeda até hoje reflete a mentalidade de um povo e de sua época, faz parte
de sua cultura, da sua história, das riquezas e do poder das sociedades. Nelas podem ser
observados aspectos políticos, econômicos, tecnológicos e culturais.
A moeda foi uma invenção revolucionária, que facilitou o acesso das camadas mais pobres às
riquezas, o acúmulo de dinheiro e a coleta de impostos – coisas que seriam muito difíceis de
realizar caso tivéssemos que fazer contagem em bois ou sacas de sal.
A cunhagem de moedas em ouro e prata manteve-se durante muitos e muitos séculos. As
peças eram garantidas pelo valor comercial do metal utilizado na confecção, conhecido como
valor intrínseco.
Diferente de como era outrora, a moeda como conhecemos hoje vale por seu valor extrínseco,
que é o valor gravado em sua face, independentemente do metal nela contido.
Hoje em dia, a moeda ficou restrita a valores menores, necessários para troco. A durabilidade
trouxe a qualidade. Utilizam-se ligas modernas, que buscam durabilidade para suportar a alta
rotatividade do numerário de troco.
Segundo os historiadores, a origem da 2ª grande revolução na história do dinheiro, o papel-
moeda, foi na China, por volta do ano 960, mas se espalharam para outros lugares e caíram em
desuso no fim do século XIV. As notas teriam reaparecido na Europa somente em 1661, na
Suécia.
A necessidade de estocar as moedas em segurança, deu origem aos Bancos. Os negociantes de
Ouro e Prata, por terem cofres e guardas a seu serviço, passaram então a aceitar a
responsabilidade de cuidar do dinheiro de seus clientes e dar recibos onde constavam as
quantias guardadas.
Assim, surgiram as primeiras cédulas de papel-moeda ou cédulas de Banco, ao mesmo tempo
em que a guarda de valores em espécie dava origem a instituições bancárias.
Os primeiros Bancos reconhecidos oficialmente surgiram na Suécia em 1656, na Inglaterra em
1694, na França em 1700 e no Brasil em 1808.
No Brasil, os primeiros bilhetes de banco, precursores das cédulas atuais, foram lançados pelo
Banco do Brasil, em 1810, e seus valores eram preenchidos a mão, como fazemos com
cheques hoje em dia.
Como já dito, um dos primeiros lugares a produzir moedas foi Atenas, a cidade-estado da
Grécia Antiga (século VI a.C.). A invenção facilitou tanto o comércio que logo se expandiu por
todo o Mediterrâneo.
Entre 1125 e 1152 surgiram os monges banqueiros, uma ordem de monges guerreiros, que se
espalhavam por toda a Europa, guardavam dinheiro, arrecadavam fundos para as Cruzadas e
ofereciam diversos serviços financeiros aos governantes. O Conde de Troyes foi um dos
fundadores dos Templários.
A história da moeda não inclui apenas sucessos, mas também uma série de fracassos, que
podemos chamar de vergonhosos.
Em Roma, o pagamento do exército e a organização das finanças do império eram feitas em
moedas romanas de prata pura. Mas a partir de 64 d.C., com a necessidade de arrecadar mais
recursos, os imperadores romanos misturaram essa prata com outros metais – esta mistura
por sua vez tinha apenas 5% de prata. Como era de se esperar, o resultado disso foi uma
inflação que enfraqueceu o todo o império.
Em 1644, a Suécia, que não possuía prata, mas era rica em cobre, começou a cunhar as
maiores moedas já feitas, que pesavam mais de 19,7 quilos cada. Já imaginou andar pelas ruas
carregando algumas dessas moedas?
A França foi uma das pioneiras no uso de papel-moeda, mas a primeira tentativa de implantá-
lo, em meados de 1716, foi abaixo quando descobriram que as notas emitidas equivaliam a
mais que o dobro do ouro presente no país.
Em 1776, o Congresso americano precisava de um exército para lutar pela independência do
país, mas não possuía dinheiro para financiá-lo. A solução foi emitir cartas de crédito,
apelidadas de continentals, sob pena de aplicação de duras penas a quem se recusasse a
aceitá-las. Fala sério!?
O grande poder de troca e o baixo custo de produção atraiu falsificadores de papel-moeda
desde a sua invenção. Um dos casos mais famosos de fraude foram as cédulas inglesas que os
alemães imprimiram durante a Segunda Guerra, para desvalorizar a moeda do adversário.
Gente, não dá para acreditar, até na Guerra teve falsificação!

No decorrer dos anos, o dinheiro cada vez mais se desmaterializa, e assume formas abstratas,
tais como cheque, cartão e movimentações eletrônicas. A inovação vem assumindo um papel
muito importante no setor financeiro. Hoje em dia, cada vez mais as operações são realizadas
sem a utilização de formas físicas, como cheque ou dinheiro.
Jack Weatherford, antropólogo, da Faculdade Macalester, nos Estados Unidos da América,
afirma que “Com a informática, o dinheiro se transformou em impulsos eletrônicos invisíveis,
livres do espaço, do tempo e do controle de governos e corporações”.
Cada vez mais o sistema financeiro busca maneiras eletrônicas de transferência de recursos.
Não há dúvidas de que a forma eletrônica de pagamento permite uma segurança muito maior
do que outros meios, o que veio a se confirmar com a nova configuração do Sistema de
Pagamentos Brasileiro (SBP), adotado a partir de abril de 2002.

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