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2. O Intercâmbio Multidirecional
O comércio exterior brasileiro é multidirecional: as exportações e importações estruturam-se sobre vários eixos, com estabelecimento
de diversas parcerias. Assim, o Brasil pode ser considerado um global trader, um parceiro global.
Apesar de o Brasil depender dos mercados europeu e estadunidense para expandir as exportações, o governo brasileiro tem procurado
incrementar o intercâmbio com os “países continentais”. Esse é o caso principalmente da China, da Rússia e da Índia.
Durante muitos anos, os Estados Unidos foram o principal parceiro comercial do Brasil. Em 2009, porém, a China ultrapassou os Estados
Unidos e se tornou o principal parceiro comercial, mantendo-se nessa posição.
Em 2013, os 12 maiores parceiros comerciais do Brasil eram: China, Estados Unidos, Argentina, Alemanha, Países Baixos, Japão Coreia
do Sul, Itália, Nigéria, França, Índia e México. Os maiores déficits comerciais ficaram com os Estados Unidos e a Alemanha, e o maior saldo, com
a China. Dessa forma, vemos que o Brasil mantém vínculos comerciais importantes com países de diversos continentes, em especial com os países
asiáticos (China, Japão, Coreia do Sul e Índia), europeus (Alemanha, Países Baixos, Itália e França) e americanos (Estados Unidos, Argentina e
México). A África ganha importância com a Nigéria em virtude das importações de petróleo. Na América do Sul, nosso principal parceiro é a Argentina.
As exportações para a China são compostas basicamente de commodities primárias, como minério de ferro, soja e celulose. Desse país
importamos peças de veículos e tratores, aparelhos eletrônicos, aparelhos transmissores e receptores, ou seja, produtos de média e alta intensidade
tecnológica.
A Associação Latino-Americana de Integração (Aladi) e o Mercado Comum do Sul (Mercosul) respondem por mais de 20% do
comércio exterior brasileiro.
Com o objetivo de obter maior participação no comércio e na economia mundial, os países em desenvolvimento organizaram, em 1999, o
G-20, composto de 19 países desenvolvidos e em desenvolvimento, paralelamente ao G-8 (grupo de nações industrializadas). O Brasil foi um dos
países que organizou esse grupo. Entre os objetivos do grupo, estão: o desenvolvimento da cooperação econômica e financeira entre os países, o debate
de propostas de modelos de crescimento e estabilidade econômica e a correção de desequilíbrios macroeconômicos internacionais.
Merece destaque:
• Brasil, China e Índia também são chamados de mercados emergentes, porque oferecem um grande potencial de mercado e uma grande
população consumidora. Além disso, esse grupo de países destacou-se no cenário econômico internacional pelo rápido processo de
modernização de seu parque industrial e pelo rápido crescimento de suas economias.
• BRICS – Iniciais de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (South Africa). Esses países são considerados a elite dos mercados
emergentes com crescente importância na economia global.
• Atualmente, há uma nova divisão internacional do trabalho, com três grupos de países: centrais, semiperiféricos e periféricos,
predominantemente agroexportadores.
Centrais – Exportam alta intensidade tecnológica, da indústria de ponta. Estados Unidos, Alemanha, França, Reino Unido, Itália, Reino
Unido, Países Baixos, Bélgica, Suíça, Suécia, Japão e Canadá.
Semiperiféricos – Brasil, Argentina e México, que fabricam e exportam produtos industrializados utilizando principalmente baixa e média
tecnologia, mas também exportam produtos agrícolas, matérias-primas minerais e vegetais.
Periféricos – Parte dos países asiáticos, latino-americanos e a maioria dos africanos. Participam marginalmente do mercado mundial, e
fornecem principalmente produtos primários.