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INTRODUÇÃO
Sendo assim, este artigo tem o objetivo de analisar como os blocos econômicos podem
impulsionar os negócios das Micro, Pequenas e Grandes empresas. Para tanto, será utilizado
como objeto de estudo as relações no MERCOSUL entre Brasil e Argentina. Especialmente,
serão abordados alguns relatos de casos destes tipos de empresas citados anteriormente , em
relação a dois tipos de diferentes produtos que são comercializados entre estes países: dois
casos de manufaturados e um caso de commodities.
Para atingir este objetivo será realizada uma revisão bibliográfica acerca dos
benefícios da exportação para o MERCOSUL e como as empresas podem se beneficiar deste
bloco. Também foram apresentados os desafios para exportação das pequenas empresas. Por
fim, foi feito um levantamento secundário sobre os processos de internacionalização destas
empresas abordadas.
REFERENCIAL TEÓRICO
O objetivo deste trabalho foi abordar empresas no setor de commodities e manufaturados, pois
estes se destacam na matriz exportadora brasileira na relação bilateral entre Brasil e Argentina,
conforme apresentado no gráfico 1:
Brasil é responsável por 83,6% dos veículos que rodam em países do Mercosul. Os
dados, que constam no anuário dos transportes da Confederação Nacional do Transporte (CNT),
consideram as exportações de 2014, um total de 3,1 milhões de unidades – de lá para cá,
montadoras como a Volkswagen e Ford ampliaram suas gamas comercializadas no mercado
externo.
Balassa (1973) propõe que se defina integração econômica como um processo e uma
situação. Como processo, implica medidas destinadas à abolição de discriminações entre
unidades econômicas de diferentes Estados; como situação, pode corresponder à ausência de
várias formas de discriminação entre economias nacionais. Dentre o conceito de integração
regional existem as seguintes etapas de integração: Zona de Livre Comércio, União Aduaneira,
Mercado Comum, União Econômica e Integração Econômica Total.
Aprovado em seis de agosto de 2010, o acordo permite que as mercadorias que entram
na região paguem uma única vez os direitos aduaneiros e possam circular livremente pelos
países membros do MERCOSUL. A dupla tributação da Tarifa Externa Comum (TEC) era vista
por especialistas como um entrave para a integração regional.
O texto sobre as aduanas ressalva, no entanto, que a não incidência da alíquota em caso
de "reexportação" do produto só vale se não houver nenhuma complementação industrial ou
agregação de valor. O acordo prevê três fases para a eliminação da dupla cobrança da TEC: a
primeira, que tem início em janeiro de 2012, atinge todos os produtos acabados, como os
automóveis ou computadores. A segunda fase começou em 2014, quando o acordo se estendeu
aos produtos com tarifa de 2% e de 4%. A última etapa será implementada em 2019 e atingirá
todas as mercadorias.
Esse acordo é essencial para as empresas que visam mesclar sua matriz de produção,
como é o caso do automóvel e tratores brasileiros. Ao padronizar as taxas, as exportações e
importações das empresas são incentivadas. Por exemplo, parte dos carros da Volkswagen é
fabricado na Argentina e finalizado no Brasil, reduzindo a burocracia, tendo em vista a
padronização de documentos e taxas.
ACORDO SOBRE DISPENSA DE TRADUÇÃO DE DOCUMENTOS
ADMINISTRATIVOS
Além das questões burocráticas, diversos fatores influem na timidez das pequenas
companhias na hora de cruzar fronteiras. As pequenas empresas, muitas vezes, acabam fazendo
produtos específicos, de maior valor agregado, e não conseguem produzir em escala. Por isso, o
custo para exportar é alto. A saída para elas é se organizarem e buscarem o auxílio de entidades
setoriais. Por outro lado, as barreiras impostas por alguns dos principais parceiros comerciais,
como a Argentina, também afastam potenciais exportadores.
Por sua vez, os efeitos dinâmicos são os diversos ganhos que o incremento de
comércio com redução de barreiras trás, aumentando a taxa de crescimento da economia (El-
Agraa apud Thorstensen et al. (1994)). Tais efeitos consistem em:
METODOLOGIA
RESULTADOS
O modelo mais exportado foi o Gol, com 54.834 unidades, seguido do Voyage
(22.406), Saveiro (19.883), up! (16.554). O principal mercado externo da marca no exterior
continua sendo a Argentina, com 68.788 unidades embarcadas. A Volkswagen foi a marca líder
em vendas no país vizinho e o Gol, que é produzido nas fábricas brasileiras de São Bernardo do
Campo e Taubaté, foi o modelo mais vendido no ano entre todos os veículos comercializados no
mercado argentino.
A tática da cachaçaria prevê objetivos específicos para cada temporada. Agora, a meta é
entrar nos Emirados Árabes Unidos. É um país de pouco consumo de bebida alcoólica, pela
religião, mas tem muito turismo em Dubai. Quando se entra nos mercados mais difíceis, depois
os mais fáceis vêm sozinhos, acredita. Paralelamente, há a intenção de consolidar a presença nos
países já clientes.
Uma das opções responsáveis por fazer o meio de campo entre companhias brasileiras e
o exterior é o Exporta Fácil, dos Correios. Qualquer empresa pode usar o serviço, mesmo as que
não possuem registro de exportação. Os Correios atuam como uma espécie de despachante
aduaneiro, representando o cliente na hora do registro da exportação. O único custo é o do frete.
Por meio dessa fórmula, é possível realizar transações de até US$ 50 mil, tendo um limite de 30
quilos por caixa. Dentro de uma remessa, podem ser enviadas várias caixas de até 30 quilos,
desde que não passe US$ 50 mil, relata.
Apesar de ter sido criado em 2000, o serviço segue em busca de consolidação. Nos
últimos três anos, 4,8 mil empresas brasileiras utilizaram a modalidade, sendo somente 271
delas oriundas do Rio Grande do Sul. Desde sua existência até outubro de 2013, em todo o País,
11 mil companhias enviaram 196,7 mil remessas. Os Estados Unidos lideram a lista de destinos,
sendo responsáveis por 20,6% da demanda. Na sequência, aparecem Hong Kong (15%), Japão
(13,1%) e Argentina (5,6%).
Outra alternativa, que é usada com mais frequência pelos empreendedores de menor
porte, é o envio de produtos por meio de tradings comerciais. As micro e pequenas empresas
precisam se organizar para exportar, elas não têm fôlego para fazer exportação direta. As
tradings e até os consórcios de exportação surgem como ferramentas mais econômicas e
também garantem uma segurança jurídica maior nas negociações, aponta Demes Britto,
professor do Instituto Nacional de Estudos Jurídicos e Empresariais (Ineje) e especialista em
direito internacional.
Além da logística, um atributo que influi na competitividade no comércio internacional
é o financiamento das operações. No intuito de estimular o ingresso de pequenas empresas nessa
atividade, o governo federal, através do Banco do Brasil (BB), oferece o Programa de
Financiamento às Exportações (Proex). É uma forma de as micro e pequenas empresas não se
descapitalizarem, podendo garantir prazos maiores para seu comprador. O recurso é repassado
como em uma operação à vista. Só que o exportador precisa estar com as certidões negativas de
débito em dia e deve assegurar uma carta de crédito do importador. A modalidade cobra juros
médios de 1% ao ano.
Fonte: IBRAM,2016.
Com a queda da atividade econômica da China, acarretou em uma queda dos preços das
commodities, reduzindo por consequência a demanda e as exportações Brasileiras. A Vale tem
driblado esses percalços e diversificando sua rede de compradores como o potássio na
Argentina e o Minério de ferro. A vale sofreu com a queda do valor das commodities mas tem
revertido os prejuízos e voltando a seus investimentos no exterior.
CONCLUSÃO
Estes dados nos levam a ter uma compreensão do tamanho do mercado que o Brasil tem
acesso e como ele pode se aproveitar dos benefícios de se fazer parte de um bloco econômico
tão forte como o MERCOSUL. Há diversas oportunidades para os empreendedores brasileiros
em diferentes áreas como comprovadas, desde o setor industrial como a do plástico, peças
automotivas e automóveis até setores ligados à mineração como o ferro, aço, minérios e
petróleo (de onde é extraído o óleo mineral).
REFERÊNCIAS
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4ed. São Paulo: Atlas, 2002.
Gilpin, Robert. Global Political Economy: understanding the international economic order.
PrincetonUniversity Press, 2001.
OLIVEIRA, F. C. Brasil não consegue competir com China. Revista Integração Econômica,
v. 2, n. 11, abr/jun. 2005.