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Tudo pelo poder?

Thomas Hobbes, acreditava que o homem era o lobo do homem, ou seja, quando se
faz necessário, às vezes matamos nossos inimigos para alcançar o objetivo maior, no caso, o
poder.Lula precisou de uma costura de alianças que envolveu até seu arque rival, Geraldo
Alckmin.
A política é como um sabão, quando se acredita estar no comando, é possível não ter
controle de nada e estar no chão de um minuto para outro. Me recordo do império
bolsonaristas caírem em ruínas, saindo do cenário seus aliados um atrás do outro, sobrando
alguns poucos radicais que destruíram os edifícios dos três poderes. Lula ainda não percebeu,
que o governo que ele está herdando, não é o mesmo que o FHC deixou. Economia
organizada, inflação controlada, taxa de câmbio baixa, Boom das commodities e surfando na
onda da ascensão de classe social. Agora dona Maria, fará sua primeira viagem de avião.
Um dos primeiros sinais de que essa grande aliança pode se voltar contra o próprio
capital político do presidente. Daniela Carneiro, Min. do Turismo envolvida em escândalos e a
volta de pautas desgastantes, como corrupção e desgaste Político. Podemos observar por
exemplo, a guerra que Lula trava com a taxa Selic, imposta pelo Banco Central, que por sua
vez, mencionou que a médio prazo poderá acontecer uma desaceleração econômica mundial,
advinda da guerra na Ucrânia e Rússia.
Vale ressaltar o protagonismo de Lula no cenário internacional. Dado como líder
mundial, Lula em menos de 60 dias, viajou para mais países que o Bolsonaro em todo seu
mandato. É importante ressaltar que o auxílio de R$ 600 com acréscimo de mais R$150 por
criança em idade escolar pode manter ao Presidente com uma percepção positiva porém, isso
poderia se converter numa faca de dois gumes, caso não consiga sustentar o benefício ao
longo do tempo, ou o salário mínimo e auxílios estejam completamente corroídos pela inflação.
A outra cara da moeda é a necessidade urgente de atrair investimento privado e
estrangeiro para aumentar a geração de empregos. A volta do Fundo da Amazônia,
desbloqueio de mais de R$1 bilhão de reais pela lei Rouanet e a lua de mel que por enquanto
perdura entre Haddad e Faria Lima tem levado o Brasil a uma estabilidade econômica com
pouca fuga de capital. A vitória no senado, elegendo Rodrigo Pacheco como presidente do
Senado, deu um aviso aos bolsonaristas. Mas até quando essa frente ampla e com
pensamentos tão diferentes suportará as tempestades que poderá há de vir durante o
mandato. Certo é que a volta da valorização real do salário mínimo e crédito para obras, teve
que vir advinda de um rombo fiscal. Não esquecemos os precatórios. A pergunta é. O governo
vai ou racha?

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